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Processo de Execução e Cumprimento de Sentença

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O Código de Processo Civil, divide-se em cinco livros. A execução do título judicial é regulamentada no Livro II processo de conhecimento, mais precisamente no título II do cumprimento de sentença, enquanto que o processo de execução está previsto no Livro III do Processo de execução. De toda forma, o artigo 697 do Projeto original dispõe que as normas do processo de execução de título extrajudicial “aplicam-se também, no que couber, aos atos executivos realizados no procedimento de cumprimento de sentença, bem como aos efeitos de atos ou fatos processuais a que a lei atribuir força executiva”.
O Projeto não promove alterações substanciais, quer no cumprimento de sentença, quer na execução dos títulos extrajudiciais. Mesmo porque o sistema atual ainda se acha, praticamente, em fase de implantação prática. De toda forma, o projeto, procurou afastar controvérsias existentes, como, por exemplo, as relativas à aplicação da multa do atual art. 475-J e ao procedimento da penhora on line.
Desde a publicação da lei 11.232/05, a omissão legislativa, quanto ao termo inicial do cumprimento da sentença, causou grande divergência doutrinária e jurisprudencial. Diversas correntes doutrinárias surgiram, defendendo o termo inicial para o prazo de 15 dias previsto no artigo 475-J CPC.
Alguns doutrinadores entenderam que o termo inicial para o cumprimento da sentença ocorreria automaticamente com o trânsito em julgado, cabendo ao devedor cumprir voluntariamente a obrigação. Outros, porém, defenderam a necessidade de intimação pessoal devedor, sob o fundamento de que a finalidade da intimação é o cumprimento de dever jurídico que cabe à parte e não ao advogado.
Além disso, houve, ainda, posicionamento de que o prazo para o cumprimento da sentença seria iniciado com a intimação do devedor, por meio de seu advogado, após requerimento formulado pelo credor com a apresentação da memória de cálculo do valor da dívida.
O artigo 490, § 1º, do Projeto, previa, como regra geral, que da sentença que impuser cumprimento de obrigação, seria o devedor pessoalmente intimado, antes que se expedisse o mandado executivo.
Houve críticas em relação a esse dispositivo, com argumentação de o mesmo significar um retrocesso comparado ao Código atual, que, na jurisprudência do STJ, teria abolido a intimação pessoal e se contentado com a intimação do advogado, para a abertura do cumprimento de sentença relativa a obrigação de quantia certa.
Face à grande discussão instaurada, o substitutivo do projeto aprovado pelo Senado modificou o início do cumprimento de sentença, estabelecendo que a intimação para o cumprimento de sentença ocorrerá na pessoa do advogado constituído nos autos.
De toda forma, o § 2º do artigo 500 do PLS nº 166/10 ressalva a necessidade de intimação pessoal por carta quando o devedor for representado pela Defensoria Pública ou não tiver procurador constituído nos autos, bem como intimação por edital, quando o devedor tiver sido revel na fase de conhecimento (art. 344 do Projeto de Lei n. 166/10).
O projeto encerrou a discussão acerca do termo inicial do cumprimento de sentença e, com isso, a incidência da multa de 10%, caso o devedor não cumpra a obrigação. O projeto substitutivo do Senado acompanhou a orientação atual preconizada pelo Superior Tribunal de Justiça, tendo estatuído no artigo 509, § 1º (correspondente ao artigo 495 do projeto original), que após a planilha de cálculo apresentada pelo exequente, o executado será intimado para pagamento em 15 dias, acrescido de custas e honorários. Não efetuado o pagamento no prazo, haverá incidência da multa de 10%.
A proposta exarada no NCPC, no art. 716, é o resultado jurisprudencial formado acerca do art. 593, do CPC, 54 versando, principalmente, à proteção ao terceiro de boa-fé. O artigo 749 do Projeto Substitutivo do Senado expressa, claramente, em seus cinco incisos, haver fraude à execução, nos casos em que o vendedor dispõe do bem objeto da hipoteca judiciária ou de ato de constrição judicial, uma vez tendo eles sido submetidos a registro público, ou mesmo quando o bem tiver sido averbado no registro de imóveis, no registro de veículos ou no registro de outros bens sujeitos a penhora, arresto ou indisponibilidade, na pendência de ajuizamento da execução.
Desse modo, a fraude pode ocorrer antes ou depois da penhora, desde que exista registro público comprobatório erga omnes do gravame judicial, em qualquer das hipóteses.
A distinção entre a alienação do bem penhorado e fraude à execução prevista no art. 593, II, CPC vigente, é abordada no NCPC no art. 749, parágrafo único, pelo qual, nos casos em que não haja registro do bem, o terceiro adquirente tem o ônus da prova de que adotou as cautelas necessárias para a aquisição, mediante a exibição das certidões pertinentes, obtidas no domicílio do vendedor e no local onde se encontra o bem.
O título executivo judicial tem o intuito de possibilitar que uma parte entre com uma ação forçando a execução em juízo, tendo assim o estado o direito de intervir no patrimônio do devedor, para que assim o credor tenha como o pagamento aquilo que lhe é devido. Este título executivo judicial, considerado como taxativas; quais sejam: I – a sentença condenatória proferida no processo civil[3]; II – a sentença penal condenatória transitada em julgado; III – a sentença homologatória de conciliação ou de transação, ainda que verse matéria não posta em juízo; IV – a sentença estrangeira, homologada pelo Supremo Tribunal Federal; V – o formal e a certidão de partilha; VI – a sentença arbitral.
O legislador ao informar a sentença condenatória no processo civil limitou o âmbito de atuação deste título, pois assim excluiu a sentença declarativa e a constitutiva, o fez de forma correta, uma vez que ambas se satisfazem por si só, o que não ocorre com a sentença condenatória; além disso, há entendimentos doutrinários que não restringem a sentença condenatória proferida no processo cognitivo.
Processo de execução serve para efetivar no mundo fático as pretensões requeridas através de título executivo judicial ou extrajudicial, enquanto que o processo cautelar é mais recente, sendo utilizado para proteger direito que sofra grave ameaça.
O título executivo tem como função à de autorizar a execução, pois fixa seu objeto, sua legitimidade e seus limites de responsabilidade, sendo dividido em: judicial e extrajudicial. O primeiro é extraído da sentença condenatória prolatada no processo de conhecimento ou outro título judicial a ela equiparado; enquanto que a extrajudicial é reconhecida fora da tutela do Estado, ambas executadas no processo de execução, assim tanto o processo de conhecimento quanto o de execução são autônomos.
Sendo assim, executivo judicial é o documento do qual o Estado, através do Poder jurisdicional, tem participação em sua formação; tendo sua origem no poder estatal, o título extrajudicial dificilmente será questionado, como ocorre com o título executivo extrajudicial.
O título executivo extrajudicial é aquele onde a execução opera-se através do processo de execução autônomo, onde no Código de Processo Civil prevê em seu artigo 784 alguns títulos executivos extrajudiciais:
I- A letra de câmbio, a nota promissória, a duplicata, a debênture e o cheque;
A competência para execução de título extrajudicial é relativa, devendo ser observadas as regras gerais de competência para o processo de conhecimento. Algumas verificações são necessárias. Primeiramente, deve-se observar se há eleição de foro fixado no título, pois caso contrário irá prevalecer o foro da praça de pagamento. Caso não tenha sido acordada a praça de pagamento, prevalecerá o foro do réu.
A execução por quantia certa contra devedor solvente, regulada pelo artigo 824 a 913 do CPC, consiste na expropriação de tantos bens necessários para a satisfação do credor. É dizer, a execução por quantia certa há de agredir o patrimônio do devedor até apenas onde seja necessário para a satisfação do direito do credor.
Trata-se, portanto, de um remédio judicial movidoem face de devedor solvente e inadimplente, a fim de proporcionar ao credor a satisfação da dívida. 
FACULDADE ESTÁCIO MACAPÁ
CARLA THAYS BRITO PINHEIRO
PROCESSO CIVIL IV
Profª. Adriana Angelim
MACAPÁ-AP
2018

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