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A hexoquinase/glicoquinase (se o processo ocorrer no músculo ou no fígado, respectivamente) retira um grupo fosfato da molécula de ATP e passa para a glicose através de um processo de fosforilação oxidativa. A glicose torna-se glicose-6-fosfato e sob esta forma ela não retorna pela membrana, o que garante a continuidade da via. A fosfoglicose isomerase atua e transforma a glicose-6-fosfato em frutose-6-fosfato, uma forma mais instável. Há a atuação da fosfofrutoquinase, que retira o grupo fosfato de uma molécula de ATP, originando assim a frutose-1,6-difosfato. Por ação da aldolase esta molécula é clivada em duas moléculas de três carbonos: diidroxicetona-fosfato e gliceraldeído-3-fosfato. (O corpo humano apenas tem enzimas atuantes para que a via prossiga através do gliceraldeído-3-fosfato, contudo ele é tóxico para o organismo. Inicialmente há a formação de 96% de diidroxicetona-fosfato e apenas 4% de gliceraldeído-3-fosfato. Gradativamente ocorre a conversão da diidroxicetona para gliceraldeído por ação da enzima triose fosfato isomerase, o que garante a continuidade da via. A partir desta etapa cada substância produzida é x2, pois como a via não pode prosseguir através da diidroxicetona, através do gliceraldeído formam-se produtos por ambas). O gliceraldeído-3-fosfato, por ação da gliceraldeído-3-fosfato desidrogenase, da coenzima NAD + e de PI é convertido a 1,3-difosfoglicerato, com a liberação de NADH. Por ação da glicerato quinase o 1,3-difosfoglicerato perde um grupo fosfato, que é transferido para uma molécula de ATP, e torna-se 3-fosfoglicerato. A fosfoglicerato mutase converte a molécula a 2-fosfoglicerato (que possui maior potencial de transferência de grupo fosfato). Por ação da enolase o 2-fosfoglicerato sofre uma reação de desidratação e é convertido a fosfoenolpiruvato (PEP). A piruvato quinase atua, transferindo um grupo fosfato para uma molécula de ATP e então se obtém piruvato que poderá seguir pelas vias aeróbia ou anaeróbia. Rendimento: Equivale a: 1 Piruvato (x2) 1 Acetil-CoA (x2) = 2 Acetil-CoA 2 ATPs 2 ATPs 1 NADH (x2) 3 ATPs (x2) = 6 ATPs TOTAL: 8 ATPs* * Saldo da Glicólise aeróbia. Na glicólise anaeróbia o NADH é utilizado no processo de fermentação para a obtenção de NAD + , de modo que o saldo da glicólise anaeróbia é de apenas 2 ATPs. A glicose anaeróbia (anaerobiose) pode ocorrer por duas rotas principais: 1. Por ação da lactato desidrogenase e utilização de NADH, de modo que se obtém ácido lático e NAD + (que é utilizado na própria glicólise, para a conversão do gliceraldeído-3-fosfato). 2. Pode ocorrer também por ação da piruvato desidrogenase, que descarboxila a molécula, originando o acetaldeído. O acetaldeído, por ação da [enzima] álcool desidrogenase e do NADH produz etanol e libera NAD + .
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