7. PAPEIS

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Processos Grupais
 PAPÉIS
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Processos Grupais
 
O conceito de "papel" designa o modelo de comportamento que caracteriza o lugar do indivíduo no grupo. 
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O grupo – terapêutico, familiar, institucional ou social - estrutura na qual há uma distribuição complementária de papéis e posições. 
 
Em cada papel se condensam as expectativas, necessidades e crenças irracionais de cada um e que compõem a fantasia básica inconsciente comum ao grupo todo.
 
Em qualquer grupo - há sempre, um permanente jogo de atribuições e promoções de papéis.
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Um indicador de que está havendo uma boa evolução grupal é quando os papéis deixam de ser fixos e estereotipados e adquirem uma plasticidade intercambiável. 
À medida que os papéis forem sendo reconhecidos, assumidos e modificados, os indivíduos vão adquirindo um senso de sua própria a identidade, assim como uma diferenciação com a dos demais.
A importância desse fenômeno grupal - o indivíduo também executa esses mesmos papéis nas diversas áreas de sua vida (familiar, social, profissional, etc.)
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Processos Grupais
O papel do terapeuta - ficar atento na fixação de papéis patológicos exercidos sempre pelas mesmas pessoas (delineadas pelos papeis). 
Estereotipia (Repetição transitória ou permanente condutas rígidas frente à tarefa e/ou a “cura”)
Essas pessoas passam a agirem – em função de seus papéis. 
Ex: terapia de família paciente identificado (a família inconscientemente elege alguém dentre eles para servir como depositário da doença latente e oculta de todos os demais).
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PAPÉIS 
Bode Expiatório - toda a "maldade" do grupo fica depositada em um indivíduo que, se tiver uma tendência prévia, servirá como depositário, até vir a ser expulso, o que, aliás, é comum. Nesse caso, o grupo sairá em busca de um novo bode.
Porta-Voz - o portador deste papel mostra mais manifestamente aquilo que o restante do grupo pode estar, latentemente, pensando ou sentindo. 
Essa comunicação não é feita somente através da voz (reivindicações, protestos, verbalização de emoções, etc.), mas também através da linguagem extraverbal das dramatizações, silêncios, etc.
 (Zimerman, 2000)
PAPÉIS 
Apaziguador - aparece com grande frequência e costuma ser desempenhado por algum membro do grupo que tem muita dificuldade de se confrontar com situações tensas que envolvem outros participantes num clima de agressividade. 
Nesse caso, cabe ao facilitador assinalar esse temor à agressão, caso contrário, parecerá ao grupo que realmente é perigosa a emergência desse aspecto, quando na verdade ele existe em todos os indivíduos, de uma forma mais ou menos reprimida.
Sabotador - o sujeito que desempenha esse papel, por meio de inúmeros recursos resistenciais, procura obstaculizar o andamento exitoso da tarefa grupal.
 (Zimerman, 2000)
PAPÉIS 
Líder – surge em dois planos. 
Instituição - foi designado como o facilitador - 
Espontaneamente, entre os membros do grupo.
líderes construtivos: exercem o importante papel de integradores e construtores;
líderes negativos: nos quais prevalece um excessivo narcisismo destrutivo.
O termo "liderança" pertence a muitas áreas humanísticas, como as da Psicologia, Sociologia, Política, etc., e por isso pode ser conceituado a partir de vários pontos de vista, sendo que qualquer intento de classificação deve levar em conta o critério de abordagem empregado. 
PAPÉIS 
Os indivíduos no grupo desempenham papéis relacionados às categorias de interação em dois níveis: tarefa e sócioemocional.
Entre os papéis de facilitação da tarefa do grupo podem ser observados os seguintes:
Instrutor/Demonstrador: explica conceitos ao grupo, instrui sobre uma área de conhecimentos, traz fatos, dá ilustrações, etc.
Especialista: oferece conhecimentos especializados, relata descobertas de pesquisas e inovações.
PAPÉIS 
Orientador: ouve cuidadosamente, usa questões de indagação não-condicionadora, utiliza abordagem não diretiva para ajudar o grupo a pensar nos problemas, etc.
Conselheiro: sugere alternativas sobre o que pode ser feito e como fazê-lo, e usa uma abordagem mais diretiva na indicação de ações, procedimentos etc.
Assim, "ao nível da tarefa”, uma pessoa quase sempre inicia as atividades, propõe ou sugere ao grupo maneiras de abordar as tarefas ou cursos de ação
 PAPÉIS 
Entre as funções construtivas ou facilitadoras de manutenção do grupo no nível socioemocional.
Conciliador: busca um denominador comum; quando em conflito, aceita rever sua posição e acompanhar o grupo para não chegara impasses.
Mediador: resolve as divergências entre outros membros, alivia as tensões nos momentos mais difíceis através de brincadeiras oportunas.
 
 PAPÉIS 
Animador: demonstra afeto e solidariedade aos outros membros do grupo, bem como compreensão e aceitação de outros pontos de vista, idéias e sugestões, etc.
Ouvinte interessado: acompanha atentamente a atividade do grupo e aceita as ideias dos outros, servindo de auditório e apoio nas discussões e decisões do grupo.
Ao nível sócio-emocional, alguns indivíduos aliviarão habilmente as tensões que surgirem, outros mostrarão solidariedade ou discordância, ou aumentarão as tensões"
 
 PAPÉIS 
Papéis não-construtivos:
Alguns papéis não-construtivos, dificulta a tarefa do grupo, criando obstáculos e canalizando energias para atividades e comportamentos não conducentes aos objetivos comuns do grupo. Estes papéis muitas vezes, decorrem de falhas de estruturação ou da dinâmica do próprio grupo.
O dominador: procura afirmar sua autoridade ou superioridade, dando ordens incisivas, interrompendo os demais, manipulando o grupo ou alguns membros,sob forma de adulação, afirmação de status superior etc.
O dependente: busca ajuda, sob forma de simpatia dos outros membros do grupo, mostrando insegurança, autodepreciação, carência de apoio.
O criador de obstáculos: discorda e opõe-se sem razões, mantendo-se teimosamente negativo até a radicalização, etc.
O agressivo: ataca o grupo ou o assunto tratado, fazendo ironia ou brincadeiras agressivas, mostra desaprovação dos valores, atos e sentimentos dos outros.
 
 PAPÉIS 
Papéis não-construtivos:
O vaidoso: procura chamar a atenção sobre sua pessoa de várias maneiras, contando realizações pessoais e agindo de forma diferente, para afirmar sua superioridade.
O reivindicador: manifesta-se como porta-voz de outros, de subgrupos ou classes,revelando seus verdadeiros interesses pessoais, preconceitos ou dificuldades.
O gozador: aparentemente agradável, evidencia, entretanto, seu completo afastamento do grupo, podendo exibir atitudes cínicas e desagradáveis, indiferente à preocupação e ao trabalho do grupo. 
 PAPÉIS 
A competência interpessoal dos membros do grupo é desenvolvida à medida que eles se conscientizam da variedade de papéis exigidos para o desempenho global do grupo e se sensibilizam para o que é mais apropriado às necessidades existenciais do grupo e de seus membros num determinado momento da vida do grupo.
Um indicador de que um grupo está evoluindo: é a constatação de que esteja havendo uma alternância e modificação nos papéis desempenhados pelos membros, especialmente aqueles que se referem às lideranças.
 Bibliografia
KRAUSZ, R. O poder nas organizações. São Paulo: EPU, 1991.
MOSCOVICI,Fela. Participação no grupo. Cap.10. In: MOSCOVICI, Fela. Desenvolvimento Interpessoal: Treinamento em Grupo. 17ª ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 2008.
TEIXEIRA, S. A Gestão das Organizações. Lisboa: McGrawHill, 1998. 
ZIMERMAN, David E. Papéis e lideranças. In: Fundamentos básicos das grupoterapias. 2ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.