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PESQUISAS DIREITO PENAL I


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PESQUISAS DIREITO PENAL I
Garantismo Penal
	O Garantismo Penal surgiu a partir dos estudos e reflexões do jurista italiano Luigi Ferrajoli - "Direito e Razão" - trata-se de um modelo universal, destinado a contribuir com os sistemas penais, desde o nascedouro da lei até o final do cumprimento da sanção penal.
A Teoria do Garantismo Penal apresenta três significados:
Designa um modelo normativo de direito, próprio do Estado.
Designa uma Teoria Jurídica da validade e da efetividade como categorias distintas não só entre si, mas também pela existência ou vigor das normas.
Designa uma filosofia política que requer do Direito e do Estado o ônus da justificação externa com base nos bens e nos interesses dos quais a tutela ou garantia constituem a finalidade.
	Segundo o pensamento garantista, o direito penal não deve servir apenas à pessoa ofendida pela conduta delituosa, mas também ao infrator, sendo que este deve ser protegido em face das reações advindas de seu ato, sejam estas reações informais, públicas ou privadas. Com efeito, por essa ótica pode-se dizer que um sistema penal garantista não serve apenas para prevenir os injustos delitos, mas também os castigos injustos.
Ferrajoli propõe dez axiomas de garantias penais e processuais nos quais se assenta o garantismo: 
Nulla poena sine crimine; principio da retributividade da pena em relação ao delito
Nullum crimen sine lege; principio da reserva legal
Nulla lex poenalis sine necessitate; principio da necessidade ou da economia processual
Nulla necessitas sine iniuria; principio da lesividade ou ofensividade do resultado
Nulla iniuria sine actione; principio da materialidade ou da exterioridade da ação
Nulla actio sine culpa; principio da culpabilidade ou da responsabilidade pessoal
Nulla culpa sine iudicio; principio da jurisdicionalidade
Nullum indicium sine accusatione; principio acusatório ou da separação entre o juiz e a acusação
Nulla accusatio sine probatione; principio do ônus da prova ou da verificação
Nulla probatio sine defensione; principio do contraditório ou da defesa, ou da falsidade
	Segundo o pensamento garantista, o direito penal não deve servir apenas à pessoa ofendida pela conduta delituosa, mas também ao infrator, sendo que este deve ser protegido em face das reações advindas de seu ato, sejam estas reações informais, públicas ou privadas. Com efeito, por essa ótica pode-se dizer que um sistema penal garantista não serve apenas para prevenir os injustos delitos, mas também os castigos injustos. 
Fontes: Livro - Direito Penal Esquematizado - Parte Geral - Vol. 1 - Cleber Masson
https://jus.com.br/artigos/- pesquisa em 16/09/2017
Direito Penal do Inimigo
A Teoria Do Direito Penal Do Inimigo foi desenvolvida por Günther Jakobs, professor de Direito Penal e Filosofia do Direito na Universidade de Bonn, Alemanha.
Jakobs iniciou seus estudos na década de 1980,mas somente em 2003 que ele assume a postura na defesa do Direito Penal do Inimigo.
Para ele, inimigo é o indivíduo que afronta a estrutura do estado. São criminosos econômicos, terroristas, delinquentes, autores de delitos sexuais e outras infrações perigosas que pretendem desestabilizar a ordem, ou até mesmo, destruí-la. É a pessoa que revela um modo de vida contraria as normas jurídicas, não aceitando as regras impostas pelo Direito. Demonstra não ser um cidadão e, por consequencia, todas as garantias inerentes à pessoas de bem não podem ser a ele aplicada. O autor cita o fatídico 11 de setembro de 2001.
Aquele que se recusa a entrar num estado de cidadania não pode usufruir das prerrogativas inerentes ao conceito de pessoa. Se um indivíduo age dessa forma, não pode ser visto como alguém que cometeu um "erro", mas como aquele que deve ser impedido de destruir o ordenamento jurídico, mediante coação. 
Fundamento Filosóficos do Direito Penal do Inimigo
O inimigo ao infringir o contrato social, deixa de ser membro do estado, está em guerra contra ele, logo, deve morrer como tal - Rousseau
Quem abandona o contrato do cidadão perde os seus direitos - Fichte
Em caso de alta traição contra o Estado, o criminoso não deve ser castigado como súdito, senão como inimigo - Hobbes
Quem ameaça constantemente a sociedade e o Estado, quem não aceita o "Estado Comunitário Legal", deve ser tratado como inimigo - Kant
	Na concepção de Jakobs, dois direitos convivem no mesmo ordenamento jurídico: Um direito penal do cidadão, amplo e dotado de todas as garantias constitucionais, processuais e penais - Um Estado Democrático de Direito - E coexistindo o Direito Penal do Inimigo, no qual o seu sujeito deve ser enfrentado como fonte de perigo e sua eliminação da sociedade é o fim último do Estado.
Fontes: : Livro - Direito Penal Esquematizado - Parte Geral - Vol. 1 - Cleber Masson
	 Direito Penal do Inimigo ou Inimigos do Direito Penal - Luiz Flávio Gomes - Doutor em Direito Penal - FDUC - Madri. Mestre em Direito Penal pela USP.
A Velocidades do Direito Penal
A teoria das velocidades do direito penal foi inserida na doutrina por JESÚS-MARIA SILVA SÁNCHEZ, trabalha com o tempo que o Estado leva para punir o autor de uma infração mais, ou menos, grave.
Velocidade Do Direito Penal De Primeira Velocidade: Caracterizada pelo respeito às garantias constitucionais. Enfatiza infrações penais mais graves, punidas com penas privativas de liberdade, como última razão, observando todas as garantias penais e processuais.
Velocidade Do Direito Penal De Segunda Velocidade: Se caracteriza pela substituição da pena de prisão por penas alternativas que delimitam a vida do criminoso e impõe obrigações, proporcionalmente ao mal causado. Exemplo: Lei 9.099/95 Art. 76 "transação Penal".
Velocidade Do Direito Penal De Terceira Velocidade: Trata-se de uma mescla entre as duas anteriores, utiliza-se da pena privativa de liberdade (1ª velocidade), e, permite que haja a flexibilização de garantias constitucionais (2ª velocidade).
Velocidade Do Direito Penal De Quarta Velocidade: Está ligada ao Direito Internacional. Para aqueles que ostentavam a posição de Chefes de Estado e como tais violaram gravemente tratados internacionais de tutela de direitos humanos, serão aplicadas a eles as normas internacionais. O TPI - Tribunal Penal Internacional - será aplicado a esses réus. Nessa velocidade, há uma nítida diminuição das garantias individuais penais e processuais penais desses réus. Exemplos: Sadam Russem, Muammar Kadafi, Adolf Hitler, dentre outros. 
Fonte: Direito Penal - Parte Geral - Série Universitária - Francisco Dirceu Barros
Direito Penal de Emergência
Direito Penal de Emergência – É o Direito Penal utilizado pelo Estado para controlar a alta criminalidade. O Estado faz isso reduzindo direitos e garantias penais e processuais penais. (Limita-se ou derroga-se garantias penais e processuais penais em busca do controle da alta criminalidade). Ex. Lei dos Crimes Hediondos (Lei 8.072/90).
Direito Penal Promocional 
Direito Penal Promocional é o Estado utilizando o direito penal para promover suas próprias políticas; o Estado utiliza as leis penais para a consecução de suas finalidades políticas, podendo violar o princípio da intervenção mínima. Ex. Estado utilizando o Direito Penal para auxiliar a implementação da reforma agrária.
Direito Penal Subterrâneo: 
O professor Zaffaroni passou a trabalhar com a ideia de um “direito penal subterrâneo”. A marca fundamental desse direito penal SUBTERRÂNEO é uma espécie de hibridismo em sua essência, pois ele está atrelado a agentes e instituições estatais, mas em atuação à margem da lei, na escuridão. 
Isso porque ele seria exercido pelas mesmas agências e instituições que compõem o sistema punitivo criminal formal e oficial, mas com uma atuação arbitrária, marginalizada, ao arrepio da lei e dos aparatos de controle, servindo a interesses pouco ou nada republicanos, amiúde com a complacência do próprio Estado. Trata-se de um exercício IRREGULAR de poder punitivo estatal.
Ao contrário de algumas nomenclaturas que já comentamos aqui napágina, a consagração da expressão “Direito Penal Subterrâneo” é totalmente coerente e correta, já que se trata justamente daquele praticado ao arrepio da legalidade, às escuras (ou obscuramente), envolvendo tortura, arbítrio, cárcere privado, sempre com a finalidade de “tutelar a interesse público e combater a criminalidade”.
Esse direito penal subterrâneo revela a falência do Estado Democrático de Direito e suas instituições, razão pela qual deve ser integralmente rechaçado e não tolerado. Infelizmente, no Brasil, sabemos que ele existe e de maneira intensa.Direito Penal Paralelo: Segundo o professor Zaffaroni, o sistema penal paralelo é exercido por agências que não fazem parte do discurso manifesto do sistema penal, mas que, como aquelas, exercem poder punitivo.
Direito Penal Paralelo
Os sistemas penais paralelos punem com impetuosidade: banimento de atletas pelas federações esportivas em caso de doping, sanções administrativas que inviabilizam empreendimentos comerciais, multas de trânsito de elevado valor, entre outras. https://lfg.jusbrasil.com.br
Princípio da insignificância
Ligado aos chamados “crimes de bagatela” (ou “delitos de lesão mínima”), recomenda que o Direito Penal, pela adequação típica, somente intervenha nos casos de lesão jurídica de certa gravidade, reconhecendo a atipicidade do fato nas hipóteses de perturbações jurídicas mais leves (pequeníssima relevância material). Esse princípio tem sido adotado pela nossa jurisprudência nos casos de furto de objeto material insignificante, lesão insignificante ao Fisco, maus-tratos de importância mínima, descaminho e dano de pequena monta, lesão corporal de extrema singeleza etc. Hoje, adotada a teoria da imputação objetiva, que concede relevância à afetação jurídica como resultado normativo do crime, esse princípio apresenta enorme importância, permitindo que não ingressem no campo penal fatos de ofensividade mínima.
Para aplicação prática do princípio da insignificância, devem ser arguidos, no caso concreto, alguns critérios:
a mínima ofensividade da conduta do agente.
nenhuma periculosidade social da ação. 
reduzidíssimo grau de reprovabilidade do comportamento. 
inexpressividade da lesão jurídica provocada.
Fonte: Direito Penal Parte Geral - Damásio de Jesus - Editora Saraiva - 2013
Crime de Bagatela
Deve-se verificar sua ocorrência no caso concreto, incidindo o princípio da insignificância ou da bagatela de acordo com o crime praticado.
STF - Furto de celular até 500,00 reais
STF define que furto de celular de até R$ 500 deixa de ser crime se não houver violência
O entendimento dos ministros do STF, de acordo com o “princípio da insignificância”, é que roubos de pequena monta não são motivo de punição ou busca da Justiça. Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceram furtos de celulares de valor máximo de R$ 500 e que não apresentarem ameaças ou violência à vítima podem ser enquadrados no princípio de insignificância.
De acordo com a revista Consultor Jurídico, o entendimento da suprema corte partiu da 2ª Turma do STF, após um julgamento no último mês de maio de um homem que furtou um aparelho celular no valor de R$ 90 em Minas Gerais.
De acordo com o site do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios, o princípio de insignificância ou bagatela descriminaliza determinados atos por acreditar que o direito penal não pode julgar condutas em que “o resultado não é suficientemente grave a ponto de não haver necessidade de punir o agente, nem de se recorrer aos meios judiciais”.
O professor doutor em Direito Penal da Universidade Federal do Ceará (UFC), Daniel Maia, explica que a suprema corte só fez confirmar o entendimento compartilhado pelos outros tribunais há anos. Mas não são todos os furtos de celular que se enquadram nesse princípio. É preciso atender alguns requisitos estabelecidos pela Justiça.
“O crime não pode ter tido violência nem grave ameaça. A ação deve ter sido cometida contra o patrimônio e o responsável pelo ato não pode ser reincidente”, explicou Daniel.
 “O princípio não estabelece um percentual fixo de quanto custa a insignificância, devendo isso ser analisado caso a caso pela Justiça, inclusive levando em consideração o potencial econômico da vítima”, esclarece Daniel.
http://www.correioforense.com.br/direito-penal/stf-define-que-furto-de-celular-de-ate-r-500-deixa-de-ser-crime-se-nao-houver-violencia/#.Wbg4trKGO00
QUESTIONÁRIO
ART. 2
O que se entende por tempus regit actum?
Tempus regit actum é uma expressão jurídica latina que significa literalmente o tempo rege o ato, assim sendo, a regra é, a lei que deve ser aplicada é a vigente ao tempo da prática do fato criminoso.
Quando se verifica a sucessão de leis penais?
A Lei permanece em vigor até que outra posterior a modifique ou a revogue, a menos que se trate de lei temporária.
Quais as hipóteses de sucessão de leis penais que podem ocorrer?
Pode ocorrer quando a lei perde a sua eficácia, podendo ocorrer supressões ou reformas parciais na hipótese em que perde sua eficácia em parte. A ab-rogação expressa se produz quando entra em vigor a lei revogatória; a tácita, quando entra em vigor a lei de cuja matéria se pode inferir a revogação da outra.
O que se entende por novatio legis incriminadora?
Novatio legis incriminadora é a Lei posterior incrimina conduta que era lícita, cria um novo crime (irretroatividade).
O que se entende por abolitio criminis?
Abolitio criminis: quando a lei nova suprime normas incriminadoras anteriormente existentes (retroatividade).
O que se entende por novatio legis in pejus?
novatio legis in pejus: quando a lei nova modifica o regime anterior, agravando a situação do réu, ex.: aumenta a pena cominada ao crime (irretroatividade).
O que se entende por novatio legis in mellius?
novatio legis in mellius: Lei posterior, sem suprimir a incriminação do fato, beneficia de algum modo o agente, ex.: diminui a pena cominada ao crime (retroatividade).
Quais os princípios que devem ser aplicados para a solução dos conflitos de leis penais no tempo?
O que se entende por extra-atividade da lex mitior?
Lex mitior, do latim que significa "lei mais suave", é a expressão latina usada no direito penal para designar a lei mais benéfica ao réu.
Os efeitos extrapenais da condenação criminal são alcançados pela abolitio criminis?
Diz o art. 2.°, caput, que em consequência da lei supressiva de incriminação cessam a “execução e os efeitos penais da sentença condenatória”. Assim a abolitio criminis retroage, alcançando o autor de determinado fato, anteriormente tido como típico. Esse deverá ser posto em liberdade (se preso) e sua folha de antecedentes criminais liberta do fato não mais considerado delituoso. O delito desaparece, juntamente com todos os seus reflexos penais.
Transformando delito de ação privada em delito de ação pública, aplica-se a lei nova ou a lei anterior?
“Não se aplica a lei nova porque a decadência do jus querellandi não atinge apenas o jus persequendi do particular, mas também o jus puniendi do Estado; e tudo quanto impeça ou dificulte este último, além de favorecer o réu, se insere no âmbito da lei penal” (José F. Marques, ob. cit., p. 194).
Transformando um delito de ação pública condicionada à representação em delito de ação pública incondicionada, aplica-se a lei nova ou a lei anterior?
Transformando um delito de ação pública condicionada à requisição do Ministro da Justiça em delito de ação pública incondicionada, aplica-se a lei nova ou a lei anterior?
Transformando um delito de ação pública em delito de ação privada, aplica-se a lei nova ou a lei anterior?
Transformando em delito de ação pública em delito de ação pública condicionada à representação, aplica-se a lei nova ou a lei anterior?
Como se reconhece a lei mais benigna?
São as leis que retroagem para beneficio do réu. A constituição determina que as normas de Direito Penal que tenham conteúdo mais benéfico ao réu devem retroagir para beneficiá-lo.
O agente pratica o fato delituoso sobe a vigênciade uma lei penal. Surgem depois, sucessivamente, duas leis penais, sendo a intermediária a mais benigna. Qual a lei aplicável ao fato?
A lei que tenham conteúdo mais benéfico ao réu. 
É licito conjugar a lei antiga com a lei nova, delas extraindo as disposições mais favoráveis ao agente?
A CF/88, em seu art. 5º, XL diz que: “A lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu” e o art. 2º do Código Penal diz que: ”A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado”. Assim sendo, cabe ao comportamento jurisprudencial obter a resposta para este questionamento, é necessária reflexão profunda sobre as teses e correntes que compõem cenário argumentativo.
De quem é a competência para a adequação penal?
“Como guardião da legalidade constitucional, a missão primeira do juiz, em particular a do juiz criminal, antes de julgar os fatos, é julgar a própria lei aplicada” (QUEIROZ, Paulo de Souza. Direito Penal – introdução crítica. São Paulo: Saraiva, 2001, p. 39)
Tício praticou um delito na vigência da Lei nº X. Foi processado e condenado a um ano de reclusão, mas não foi preso. Após a sentença condenatória transitar em julgado, adveio a Lei nº Y, que diminuiu o prazo de prescrição (que é causa extintiva de punibilidade) de quatro para três anos. A Lei nº Y é aplicável ao caso de Ticio?
Sim, a lei Y é aplicável, pois aplica-se a lei nova, se for mais benéfica ao autor do delito.
Mévio praticou um delito na vigência da Lei nº Z. Foi processado e condenado a dois anos de reclusão, mas não foi preso. Após transitar em julgado a sentença condenatória, adveio a Lei nº T, que aumentou o prazo de prescrição (que é causa extintiva de punibilidade), de quatro para seis anos. A Lei nº T é aplicável ao caso de Névio?
A Lei T não se aplica ao caso de Mévio, ele foi julgado com base na lei antiga, ou seja, Mévio foi processado e condenado. A Lei nova adveio após o transito em julgado, novamente,a lei, não retroagirá para prejudicá-lo.
Art. 3º
O que se entende por lei temporária?
Lei temporária é a que possui vigência previamente fixada pelo legislador.
O que se entende por lei excepcional?
Lei excepcional é a que possui vigência durante determinada situação emergencial (exemplo: guerra, calamidades públicas, revoluções etc.).
Qual a razão da ultra-atividade da lei excepcional ou temporária?
As leis excepcionais e temporárias são leis ultra-ativas porque produzem efeitos mesmo após o término de sua vigência.
O art. 3º do Código Penal briga com o princípio constitucional da retroatividade da lei mais benigna?
O delito é punido, em regra, de acordo com a lei vigente em que foi praticado. Se a lei posterior inocenta fato considerado criminoso ao tempo em que foi praticado, aplica-se a lei mais benigna, mesmo que tenha havido condenação, cessando, a partir de sua vigência, a execução e os efeitos penais da sentença condenatória;
Modificado o complemento da norma penal em branco, beneficiando o agente, ocorre, ou não, a retroatividade?
As normas penais em branco são aquelas desprovidas de certos elementos, que são encontrados em outros dispositivos legais. A retroatividade benéfica é sempre imperiosa beneficiando o agente.
Durante uma guerra civil, a Lei nº ZZ erige à categoria de crime de "passar pela ponte X". Ticio pratica a conduta punível. No transcurso do processo, termina a guerra, ocorrendo a autorrevogação da Lei nº ZZ. Ticio pode ser condenado?
O Art. 3º Código Civil diz: A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência. Portanto, com o fim da guerra Ocorreu a sua autorrevogação, logo, Tício não pode ser mais condenado
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PRINCÍPIO DA RETROATIVIDADE
“A Lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu”.
	O instituto da retroatividade consiste em analisar um fato passado à luz do direito presente. A lógica norteadora do ordenamento penal estabelece que os fatos sejam apreciados com base na lei em vigor no momento em que eles aconteceram, ou seja, a lei aplicável é a lei do tempo do crime. Assim sendo, na regra geral, as normas penais não retroagem, salvo se trouxerem algum tipo de benefício para o réu.
	A lei penal que de algum modo beneficiar o réu retroagirá, tendo transitado ou não a sentença condenatória, como ocorre, por exemplo, quando a lei posterior deixa de considerar como crime, fato que anteriormente era tipificado.
	Esta questão da retroatividade ou não da lei penal também é matéria expressa no Código Penal: “Art. 2.º do CP: Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória. Parágrafo único. A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado”.
Fonte: Série Resumo 1ª fase OAB
PRINCÍPIO DA EXCLUSIVA PROTEÇÃO DE BENS JURÍDICOS
Por intermédio desse princípio, conclui-se que o direito penal deve tutelar apenas bens jurídicos fundamentais, reconhecidos pela CF/88. Afasta-se, portanto, os valores puramente morais, religiosos, éticos ou ideológicos. Nilo Batista também aduz que "a missão do direito penal é a proteção de bens jurídicos, através da cominação, aplicação e execução de pena". 
A pena, portanto, é simplesmente o instrumento de coerção de que se vale o Direito Penal para a proteção dos bens, valores e interesses mais significativos da sociedade. 
PRINCÍPIO DA INTERVENÇÃO MÍNIMA
	Somente se deve recorrer à intervenção do direito penal em situações extremas, como a última saída (ultima ratio). A princípio, portanto, deve-se deixar aos demais ramos do direito a disciplina das relações jurídicas. A subtração de um pacote de balas em um supermercado, já punida com a expulsão do cliente do estabelecimento e com a cobrança do valor do produto ou sua devolução, já foi resolvida por outros ramos do direito, de modo que não necessitaria da interferência do direito penal.
PRINCÍPIO DA CULPABILIDADE
	Como decorrência do princípio da dignidade da pessoa humana (CF, art. 1º, III) e da presunção de não culpabilidade (CF, art. 5º, LVII), vem a tona esse princípio, segundo o qual: Não há crime, nem pena, sem a culpabilidade. As penas se identificam com a culpabilidade. Partindo-se da premissa de que nullum crimen sine culpa, verifica-se que a responsabilização pelo cometimento de um crime não será objetiva, mas sim subjetiva, baseada na existência de culpa ou dolo. Ausentes a culpa ou o dolo, não poderá haver punição penal do sujeito que praticou o ato. 
PRINCÍPIO DA RESPONSÁBILIDADE PESSOAL
Só o autor da infração penal pode ser apenado (CF, art. 5º, XLV). Aquele que, de modo livre e consciente, e sendo inteiramente responsável por seus atos, realiza comportamentos perigosos e produz resultados lesivos a si mesmo arcará totalmente com seu comportamento, não se admitindo nenhum tipo de imputação a pessoas que o tenham eventualmente motivado a praticar tais condutas perigosas (ex.: o agente que incentiva desafeto a praticar “esportes radicais” não responde pelos acidentes sofridos pela vítima, que optou por fazê-lo livremente).
PRINCÍPIOS DA INSIGNIFICANCIA
	Também conhecido como princípio da bagatela, preceitua que devem ser consideradas materialmente atípicas para efeitos penais as condutas causadoras de danos ou perigos ínfimos aos bens penalmente protegidos. Nesse diapasão, lesões insignificantes devem ser excluídas da esfera penal, permanecendo apenas na esfera cível, dependendo da situação.
	O Supremo Tribunal Federal fixou vetores para aplicação do princípio da insignificância, quais sejam:
ausência de periculosidade social da ação;
reduzido grau de reprovabilidade do comportamento;
ofensividade mínima da conduta; e
inexpressividade da lesão jurídica provocada.
	Não se pode confundir o princípio da insignificância,cujo teor afasta a tipicidade, com o princípio da bagatela imprópria, segundo o qual uma vez reconhecido, exclui a culpabilidade do ato praticado em razão de diversos fatores, tais como ausência de antecedentes criminais, reparação de danos ou colaboração com a justiça.
PRINCÍPIO DA LESIVIDADE
O princípio da lesividade, também denominado de princípio da ofensividade, exige o resultado jurídico concreto na avaliação da tipicidade penal. Nessa esteira, não se considera crime propriamente dito se não houver lesão efetiva ou ameaça concreta ao bem jurídico tutelado., ou seja, há exigência de resultado jurídico ou normativo. Deve haver, portanto, efetiva lesão ou perigo real ou concreto, afastando-se o perigo meramente abstrato ou presumido.
Deve-se registrar, por oportuno, que o crime previsto no artigo 306 do Código de Trânsito Brasileiro excetua a regra contida nesse princípio, uma vez que o crime é de perigo abstrato e dispensa a demonstração de potencialidade lesiva na conduta, enquadrando-se na tipificação o mero ato de conduzir veículo em estado de embriaguez.
PRINCÍPIO DA ADEQUAÇÃO SOCIAL
	O Principio da adequação social concebido por Hans Welzel, preconiza que não se pode reputar criminosa uma conduta tolerada pela sociedade, ainda que se enquadre em uma descrição típica. Trata-se de condutas que, embora formalmente típicas, porquanto subsumidas num tipo penal, são materialmente atípicas, porque socialmente adequadas, isto é, estão em consonância com a ordem social. São exemplos: a circuncisão praticada na religião judaica, a tatuagem, o furo na orelha para colocação de brinco etc. 
PRINCIPIO DA PROPORCIONALIDADE
As penas devem ser proporcionais à gravidade da infração penal cometida, vedados o exagero na punição, assim como a extrema liberdade em seu cumprimento. A proporcionalidade surge como corolário natural da aplicação da justiça propriamente dita 
A proporcionalidade não pode ser confundida com a razoabilidade. Esta se refere especificamente à questão do controle do abuso, realizada em face de situações extremas e inequívocas. 
Ao legislador compete evitar a desproporcionalidade por excesso punitivo. Proíbe-se, todavia, tanto o excesso quanto a proteção deficiente, de modo a não se permitir a ineficácia da prestação legislativa, culminando na ausência de proteção a bens jurídicos essenciais.
QUESTIONÁRIO
Dê um conceito de Direito Penal
R: O Direito penal é o ramo do direito público que se encarrega de selecionar condutas atentatórias aos mais importantes bens jurídicos — justamente aqueles considerados essenciais para a vida em sociedade —, sancionando-as com uma pena criminal ou medida de segurança. Tem por função primordial servir como modelo orientador de condutas adequadas, promovendo o normal funcionamento da vida em sociedade.
Existe diferença entre lei penal e norma penal?
R: Lei Penal é o enunciado legislativo (Ex: No crime de homicídio na forma simples - art. 121, caput, do Código Penal é: "Matar alguém. Pena, de seis a vinte anos".
Norma Penal é a norma de conduta imposta a todos (Ex: "Não Matarás").
Conceitue norma penal
R: Normas Penais são regras de criação, aplicação ou extinção de condutas criminosas a regras proibitivas ou mandamentos. É aquela que disciplina algum aspecto do jus puniendi (agravante, atenuante, atc).
Conceitue norma penal incriminadora
R: Lei que cuida do crime, da pena, medida de segurança. Definem as infrações e fixam as respectivas penas.
Quantas partes contem uma norma incriminadora? Quais são elas?
Compõem-se de duas partes:
Preceito Primário: descrição da conduta proibida
Preceito Secundário: quantidade e qualidade da(s) pena(s) aplicável(eis).
O seu comando normativo pode ser proibitivo ou mandamental.
Proibitivo: Ação prevista proibida em Lei (Ex: Art. 121 CP "Você não pode matar".
Mandamental: Crimes omissos (ex.: a lei penal manda agir, sob pena de, omitindo-se, receber uma pena).
Conceitue normas penais permissivas?
R: Normas penais permissivas é uma das subdivisões da norma penal não-incriminadora e, é quando aumenta o âmbito de licitude da conduta. Ex: Lei permissiva, que autoriza uma conduta - aborto em caso de estupro.
Conceitue normas penais explicativas?
R: Normas penais explicativa ou complementar é uma das subdivisões da norma penal não-incriminadora e, é quando fornece parâmetros para a aplicação de outras normas. Ex: Lei explicativa ou complementar, que cuida de alguma causa justificante e exclui a antijuricidade - Legitima defesa e estado de necessidade.
O que se entende por normas penais gerais e por normas penais locais?
Normas penais gerais são as normas que tem validade em todo território brasileiro. Ex: Código Civil.
Normas penais locais são as normas que tem validade restrita a uma determinada área da federação. Ex: Constituição do estado do Maranhão.
O que se entende por normas penais comuns e por normas penais especiais?
Normas penais comuns se aplicam a todas as pessoas e aos atos delitivos em geral
Normas penais especiais são dirigidas a uma classe de indivíduos de acordo com sua qualidade especial, e a certos atos ilícitos particularizados.
O que se entende por normas penais completas e por normas penais incompletas?
Norma penal completa é aquela que dispensa complemento, seja valorativo ou seja normativo. Ex: Art. 121 CP / Art. 155 CP.
Norma penal incompleta é aquela que depende de complemento normativo ou valorativo.
Complemento normativo é aquele dado por outra norma Ex: Art. 327 CP complementa o art. 312 CP.
Complemento valorativo é aquele dado pelo juiz. Ex: Art. 121 § 3º CP cabe ao juiz complementar através dos valores.
Conceitue normas penais em branco
Conceitue e exemplifique normas penais em branco em sentido amplo
Conceitue e exemplifique normas penais em branco em sentido estrito
quanto ao sujeito que a realiza, como pode ser a interpretação?
Quanto ao meio empregado, como pode ser a interpretação?
Quanto ao resultado, como pode ser a interpretação?
O que se entende por interpretação declaratória?
O que se entende por interpretação restritiva?
O que se entende por interpretação extensiva?
O que se entende por interpretação analógica?
O que se entende por interpretação progressiva?
Conceitue analogia
O que se entende por analogia in bonam partem?
O que se entende por analogia in malam partem?
Diferença entre analogia e interpretação analógica?
O que se entende por princípio da legalidade?
É permitida,através de medida provisória, a composição de tipos penais com imposição de sanções?
Qual o significado político do princípio da legalidade?
Qual o significado jurídico do principio da legalidade?
Quais os princípios contidos no art. 1º do Código Penal?
 A analogia pode ser empregada para criar figuras delituosas não previstas pelo legislador?
O costume pode ser aplicado para criar figuras delituosas não previstas pelo legislador?
O art. 1º do Código Penal permite a aplicação retroativa da lei penal?
O princípio da anterioridade é aplicável às medidas de segurança?
QUESTIONÁRIO
Quais são as teorias a respeito do tempo do crime?
Qual a teoria adotada pelo Código Penal para determinar o tempo do crime?
Qual a consequência da adoção da teoria da atividade?
Se um menor com 17 anos e 11 meses pratica crime de sequestro, responde pelo delito se for preso em flagrante três meses depois?
Qual fi a teoria adotada pelo Código Penal em matéria de prescrição?
O que se entende por tempo do crime?
Enumere e explique as teorias existentes a respeito do tempus delicti.
Em tema de tempus delicti, qual a teoria adotada pelo nosso Código Penal?
Mévio, empregado de um supermercado, durante o mês de julho de 1990, diariamente, subtraiu, para si, levando para sua casa, uma lata de marmelada. Até o dia 15 de julho e 1990, vigorou a Lei nº X, que cominava ao furto as penas de "reclusão, de um a quatro anos, e multa". No dia 16 de julho de 1990, passou a vigorar a Lei nº Y, que cominou ao crime furto as penas de "reclusão, de dois a seis anos, e multa". Quala lei aplicável ao crime cometido por Mévio?
Tibério mantém Pompeu em cárcere privado, cuja sanção é "reclusão, de um a três anos". Sobrevém uma lei nova, cominando a esse crime pena de "reclusão, de um a três anos". Pompeu consegue evadir-sedo cárcere privado, qual a lei aplicável ao crime de cárcere privado praticado por Tibério?
Tício, sendo imputável, envia uma bomba relógio a Caio. A bombaexplode e mata Caio, quando Tício já se tornaria inimputável por doença mental. Tício responde por homicídio?
Semprônio, antes de completar 18 anos, desfere golpes de faca em seu desafeto Modestino, que vem a falecer dias depois de Semprônio ter completado 18 anos. Este responde por homicídio? 
TEORIA GERAL DO CRIME
Qual é o conceito de crime?
Qual é o conceito de crime sob o aspecto material?
Qual é o conceito de crime sob o aspecto formal do analítico?
Qual é o objeto do crime?
O que é objeto jurídico do crime?
O que é objeto material do delito?
Quem é o sujeito ativo do delito?
Quem é o sujeito passivo da conduta típica?
O que é fato típico?
Territorialidade Art. 5º 
Questionário
1 - Enumere os princípios que regulam a extensão da validade da lei penal no espaço.
2 - A lei penal no espaço - conceito de princípio da territorialidade.
3 - A lei penal do espaço - conceito de princípio da nacionalidade.
4 - A lei penal no espaço - conceito de princípio da defesa.
5 - A lei penal no espaço - conceito de princípio da justiça penal universal.
6 - A lei penal no espaço - conceito de princípio da representação.
7 - Em tema de lei penal no espaço, qual o princípio adotado como regra pelo nosso código penal?
8 - Em tema de lei penal no espaço, que princípios foram adotados no art. 7º, I "d" do código penal?
9 - Em tema de lei penal no espaço, que princípios foram adotados no art. 7º, II "b" do código penal?
10 - Em tema de lei penal no espaço, que princípios foram adotados no art. 7º, I "a" "b" e "c", do código penal?
11 - Em tema de lei penal no espaço, que princípios foram adotados no art. 7º, §3º, do código penal?
12 - Em tema de lei penal no espaço, que princípios foram adotados no art. 7º, II, "a", do código penal?
11 - Dê um conceito jurídico de território.
14 - O que compreende o território terrestre?
15 - O que compreende o território marítimo?
 16 - O que compreende o território marítimo?
16 - Qual a extensão do mar territorial?
17 - O que compreende o território fluvial?
18 - Quanto ao domínio do espaço aéreo, qual a teoria adotada pelo Brasil?
19 - O que se entende por território flutuante?
20 - Se um tripulante de embarcação ou aeronave pública, em território estrangeiro, descer à terra e cometer um crime, ficará sujeito à lei do estado em cujo território o delito foi praticado?
21 - Se alguém cometer crime em uma jangada, após naufrágio, ou nos destroços de um navio naufragado, em alto mar, a qual lei ficará adstrito?
22 - As embarcações e as aeronaves estrangeiras as constituem extensão do território nacional?
23 - O que se entende por imunidade diplomática?
24 - Quem goza de imunidade diplomática?
25 - A imunidade diplomática é extensiva aos cônjuges?
26 - As sedes diplomáticas constituem extensão do território estrangeiro?
27 - O que se entende por imunidades parlamentares?
28 - O que se entende por imunidade parlamentar material?
29 - A imunidade parlamentar material é renunciável?
30 - O que se entende por imunidade parlamentar formal?
31 - por quais crimes pode o parlamentar ser processado?
32 - Os deputados estaduais gozam de imunidades parlamentares?
33 - Os vereadores gozam de imunidade parlamentar material? e formal?
Lugar do crime - locus commissi delicti
1 - Quais teorias solucionam o problema do lugar em que o crime se considera praticado?
2 - Qual foi a teoria adotada pelo código penal?
3 - Havendo conflito para se determinar o lugar do crime, como se soluciona o problema?
4 - Em face da teoria da ubiquidade, no caso de conexão de crime praticados em territórios de diversos países, como se determina o lugar do crime?
5 - Conceitue lugar do crime.
6 - Enumere e explique as teorias a respeito do lugar do crime.
7 - Quanto ao lugar do crime, qual a teoria adotada pelo nosso código penal?
8 - O que se entende por crimes à distância?
9 - O que se entende por crimes plurilocais?
10 - Na fronteira Brasil-Bolivia, um cidadão brasileiro, que se encontra em território nacional, atira em outro, em solo boliviana, vindo este a falecer. Onde se reputa praticado o crime?
11 - Um francês, na Argentina, envia uma "máquina infernal" a um brasileiro, que se encontra no Rio de Janeiro, vindo a engenho a explodir a vitima. Onde reputa praticado o crime?
12 - Um brasileiro atravessa a fronteira Brasil-Uruguai atirando num argentino, que vem a sofrer ferimento. Onde se reputa praticado o crime de homicídio tentado?
Art. 7º
1 - O que se entende por extraterritorialidade da lei penal?
2 - O que se entende por extraterritorialidade incondicionada da lei penal brasileira?
3 - O que se entende por extraterritorialidade condicionada da lei penal brasileira?
4 - Se o crime de genocídio for cometido, no exterior, por estrangeiro não domiciliado no Brasil contra brasileiro, é aplicável a lei brasileira?
Art. 9º
1 - A sentença penal estrangeira pode ser executada no Brasil?
2 - Se a sentença penal estrangeira tiver aplicado medida de segurança a imputável, poderá ela ser executada no Brasil?
3 - De quem é a competência para a homologação de sentença penal estrangeira?
4 - Pode a sentença penal estrangeira produzir efeitos no Brasil como fato jurídico? Em caso afirmativo, exemplifique. É necessária, ou não a homologação?
Art. 10º
1 - Dê um conceito de prazo.
2 - Dê um conceito de termo.
3 - O que se entende por termo o que e por termo ad quem?
4 - Como se conta o prazo penal? E o prazo processual penal?
5 - Quando um instituto (como a decadência) tem o prazo regulado tanto pelo código penal como pelo código de processo penal, como se conta o prazo? segundo a regra do art. 10 do código penal ou segundo a regra do art. 798, §1º, do código de processo penal?
Art. 11 
"Desprezam-se, nas penas privativas de liberdade e nas restritivas de direitos, as frações de dia, e, na pena de multa, as frações de cruzeiro".
Delegado PC/SC 2008 - Não são desprezadas, nas penas privativas de direito, as funções de dia.
Auditor fiscal TCE/PB 2006 -Não se desprezam nas penas restritivas de direito as frações de dia.
Auditor Fiscal TCE/PB 2006- Desprezam-se nas penas privadas de liberdade as funções de dia.
1 - Que são funções de dia?
2 - Que são funções de cruzeiro?
3 - As frações de dia-multa devem ser desprezadas?
Questões
1 - Em que consiste o conflito aparente de normas?
2 - O conflito aparente de normas é composto por quais elementos?
3 - Quais princípios solucionam o conflito aparente de normas?
4 - Qual a decorrência do princípio da especialidade?
5 - O que é norma especial?
6 - A norma especial é mais grave do que a norma geral?
7 - O que decorre do princípio da subsidiariedade?
8 - O que é norma subsidiária?
9 - Quais as espécies da subsidiariedade?
10 - O que é princípio da consumação?
11 - Em quais hipóteses se verifica a consumação?
12 - O que é crime progressivo e quais seus elementos?
13 - Quais as consequências da aplicação do princípio da consumação no crime progressivo?
14 - O que é crime complexo?
15 - Qual a consequência da aplicação do princípio da consumação no crime complexo?
16 - Quando ocorre a progressão criminosa?
17 - Quais as espécies de progressão criminosa?
18 - Como se solucionam as hipóteses de progressão criminosa pela aplicação do princípio da consumação?
19 - Quando se emprega o princípio da alternatividade?
20 - Qual a consequência da aplicação do princípio da alternatividade?
55 - Tício desfecha um tiro em Caio no exato instante em que Caio está sofrendo um colapso cardíaco, provocando-se que a lesão produzida pelo tiro concorre para a eclosão letal. A morte de Caio é imputável a Tício? Aplica-seo art. 13, caput, do Código Penal ou o seu § 1º?
56 - O caso fortuito exclui a culpabilidade, o nexo de causalidade ou a tipicidade?
57 - Conceitue tipicidade.
58 - Conceitue tipo.
59 - Que funções desempenha o tipo?
60 - O que se entende por adequação típica de subordinação direta ou imediata?
61 - O que se entende por adequação típica de subordinação indireta ou mediata?
62 - Conceitue elementos objetivos do tipo.
63 - Conceitue elementos descritivos do tipo.
64 - Conceitue elementos normativos do tipo.
65 - conceitue elementos subjetivos do tipo.
66 - O que se entende por tipo fechado?
67 - O que se entende por tipo aberto?
68 - O que é tipo doloso?
69 - O que é tipo culposo?
70 - O que é tipo fundamental?
71 - O que é tipo derivado?
72 - O que se entende por tipo incongruente?
73 - O que se entende por tipo incongruente?
74 - O que se entende por tipicidade material?
75 - Qual o conteúdo do princípio da adequação social?
76 - Qual o conteúdo do princípio da insignificância?
77 - Quais os pressupostos do concurso aparente de normas penais?
78 - Explique o princípio da especialidade.
79 - Explique o princípio da subsidiariedade.
80 - Explique o princípio da consumação.
81 - Explique o princípio da alternatividade.
82 - O que é crime progressivo?
83 - Quando ocorre a progressão criminosa?
84 - O que se entende por artefato impunível?
85 - O que se entende por pós-fato impunível?
86 - Semprônio praticou um delito de furto simples em casa habitada. Sua conduta se subsume nas descrições típicas dos arts. 155, caput, e 150, caput, do Código Penal. Deve Semprônio responder por ambos os delitos?
87 - Mévio praticou um crime de furto com destruição de obstáculo à subtração da coisa. Sua conduta se subsume na descrição típica do art. 155, § 4º, I, e na do art. 163 do Código Penal. deve Mévio responder por ambos os delitos?
88 - Tício quer, de início, só ferir seu desafeto Caio. Depois de ferir, delibera matar e mata Caio. Tício responde pelas lesões corporais (CP, art. 129) e pelo homicídio (CP, art. 121), ou só pelo homicídio?
89 - Mévio, casado, pratica falsidade documental (CP, art. 297) para casar-se com Modestina, o que realmente faz, cometendo, assim, bigamia (CP, art. 235). Deve Mévio responder por ambos os delitos?
90 - Tício tem em seu poder instrumentos empregados usualmente na prática de furto (LPC, art. 25). Em seguida pratica um furto (CP, art. 155). Deve Tício responder por ambas as infrações?
Art. 13
1 - O crime é um ato ou um fato jurídico?
2 - Dê um conceito material de crime.
3 - Dê um conceito formal de crime?
4 - Conceitue formal-analiticamente o crime.
5 - O que se entende por requisitos genéricos do crime?
6 - O que se entende por elementares do delito?
7 - O que são circunstâncias?
8 - Diferença entre crime e contravenção.
9 - Conceito de sujeito ativo do crime.
10 - A pessoa jurídica pode ser sujeito ativo de crime?
11 - O que são crimes próprios?
12 - O que são crimes comuns?
13 - O que são crimes funcionais?
14 - O que são crimes funcionais próprios?
15 - O que são crimes funcionais impróprios?
16 - Conceito de sujeito passivo do crime.
17 - Quem pode ser sujeito passivo de crime?
18 - O incapaz pode ser sujeito passivo de crime?
19 - A pessoa jurídica pode ser passivo do crime de calúnia?
20 - A pessoa jurídica pode ser sujeito do crime de injúria?
21 - A pessoa jurídica pode ser sujeito passivo do crime de difamação?
22 - O homem morto pode ser sujeito passivo de delito?
23 - O que é crime vago?
24 - Conceito de objeto do delito.
25 - Conceito de objeto jurídico do delito.
26 - Conceito de objeto material do delito?
27 - Há crimes sem objeto material?
28 - Tício desfere facadas em Caio, produzindo-lhe a morte. Qual o ojeto jurídico? qual o objeto material? qual o sujeito passivo? A viúva de Caio, pode, no caso, ser considerada sujeito passivo?
29 - O homem morto pode ser objeto material de delito?
30 - Conceitue fato típico.
31 - Quais são os elementos do fato típico?
32 - Conceitue conduta.
33 - Conceito naturalista de conduta.
34 - Conceito finalista de conduta.
35 - Conceito social de conduta.
36 - O que é crime comissivo?
37 - O que ´s crime comissivo próprio?
38 - O que é crime comissivo impróprio?
39 - Para que alguém responda por crime comissivo por omissão é necessário que ele tenha o dever jurídico de evitar o resultado. Quando existe esse dever de agir?
40 - Conceito de resultado.
41 - Há crimes sem resultado?
42 - Em tema de relação de causalidade, qual a teoria adotada pelo nosso Código Penal?
43 - Tício, cocheiro, por estar dormindo, desvia-se do caminho que o levaria ao local a que se destinava o passageiro que conduz. Em dado momento, um raio atinge o veículo e mata o passageiro. A morte do passageiro é imputável a Tício? Aplica-se o art. 12, caput do Código Penal ou o seu § 1º?
44 - Tício agrediu Caio, produzindo-lhe lesões leves. Caio tomou rumo diverso da farmácia, por ter sido induzido a erro por Tício, que lhe ensinou erradamente a localização da drogaria. Nesse caminho errado, ao atravessar uma rua, Caio foi atropelado, vindo a morrer em consequência do atropelamento. A morte de Caio é imputável a Tício? Aplica-se o Art. 13, caput, do Código Penal ou o seu § 1º?
45 - Tício fere mortalmente o barqueiro Caio, mas este, antes que sobrevenha a morte em consequência do ferimento, parece afogado, porque um tufão fez soçobrar o barco. A morte de Caio é imputável a Tício? aplica-se o art. 13, caput, co Código Pen\al ou o seu § 1º?
46 - Mévio, mortalmente ferido por Seprônio, é transportado a um hospital, onde vem a falecer em consequência das queimaduras provocadas por um inceêndio que grassou na enfermaria. A morte de Mévio é imputável a Seprônio? Aplica-se o art. 13, caput, do código penal ou o seu § 1º?