Tanatologia Enfermagem e o cuidado do corpo após a morte.

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO
Acadêmicas: Carolina Walzburger
 Caroline Paz
 Edimara Silva
 Mayara Leal 
 Pamela Moraes
 Priscila Oliveira
 Vanessa Adriano
Disciplina: Tanatologia
Docente: Prfª Enfª Deyse Aquino
Enfermagem e Cuidado com o corpo após a Morte
INTRODUÇÃO
Neste trabalho, vamos abordar sobre a Enfermagem e o cuidado com o corpo após a morte.
Citaremos um artigo, da Revista Brasileira de Enfermagem, do ano de 2009, onde apresenta como tema: O cotidiano das vivências com a morte e o morrer pelos profissionais de saúde.
Mostraremos protocolos, leis, curiosidades, e o preparo passo a passo, do corpo sem vida.
 A morte incomoda e desafia a pretensa onipotência humana, podendo conter vários significados, de acordo com a formação estrutural, cognitiva e religiosa de cada pessoa. Porém na sociedade contemporânea ocidental, a finitude é pouco discutida, excluída gradativamente, do âmbito social, tornando-se TABU.
O cotidiano das vivências com a morte e o morrer pelos profissionais de saúde; Revista Brasileira de enfermagem, vol 62, núm.5 2009, Associação Brasileira de Enfermagem Brasília, Brasil.
A morte é fato inevitável, inerente ao ciclo dos seres vivos (nascer, crescer, envelhecer e morrer).
O cotidiano das vivências com a morte e o morrer pelos profissionais de saúde; Revista Brasileira
 de enfermagem, vol 62, núm.5 2009, Associação Brasileira de Enfermagem Brasília, Brasil.
A enfermagem tem como filosofia assistir ao paciente holisticamente. Portanto, esse assistir abrange as necessidades relacionadas ás esferas física, emocional, social e espiritual da pessoa doente. 
O cotidiano das vivências com a morte e o morrer pelos profissionais de saúde; Revista Brasileira
 de enfermagem, vol 62, núm.5 2009, Associação Brasileira de Enfermagem Brasília, Brasil.
O final da vida expressa o limite da nossa finitude humana, sendo que a equipe de enfermagem é a primeira a lidar e sentir a morte. Assim, o preparo do corpo é o último cuidado realizado pelo profissional á pessoa da qual cuidou em vida. 
O cotidiano das vivências com a morte e o morrer pelos profissionais de saúde; Revista Brasileira
 de enfermagem, vol 62, núm.5 2009, Associação Brasileira de Enfermagem Brasília, Brasil.
A assistência ao corpo de um paciente após a morte deve ser prestada com dignidade e respeito, independentemente do procedimento a ser seguido.
Os profissionais da equipe de enfermagem ultrapassam a dimensão do cuidar e do cuidado para além do momento da morte já que a eles cabem o cuidado com o corpo após a morte.
A Enfermagem, frente ao preparo do corpo após a morte
FOGLIATTO, Flavio. Organização de Textos Científicos, 2007. Disponível em:<http://www.producao.ufrgs.br/arquivos/disciplinas/146_seminario_de_pesquisa_2_diretrizes_referencial_teorico.doc>. 
Cuidados com o corpo pós-morte são os cuidados após a constatação médica de óbito. Após esta constatação, a enfermagem deve colocar o corpo do falecido em posição horizontal e começar os procedimentos para preparar o corpo antes que ocorra a rigidez cadavérica.
O preparo do corpo consiste na remoção de materiais e equipamentos, aos quais o corpo vivo possa estar conectado, higiene, tamponamento, vestimenta e identificação. Este cuidado deve ser realizado com técnica, mas, principalmente, com respeito e consideração porque cuidar do paciente independente do seu estado vital. 
SULZBAHER, M. et al..O enfermeiro em Unidade de Tratamento Intensivo vivenciando e enfrentando situações de morte e morrer. Scientia Médica, v. 19, n. 1, 2009.
“VIVENCIANDO O PREPARO DO CORPO”
FALAS DE ALGUNS PROFISSIONAIS 
“...não preparo o corpo mecanicamente, tem que ter respeito.” (Discurso AC)
“Durante o preparo do corpo, eu prepara com , respeito porque ele tem nome, uma identidade, ele tem uma família, ele tem uma história. Então, o corpo não é só um objeto, mas como um ser, ele não está respirando, mas é um corpo...um ser”. (Discurso XN)
O cotidiano das vivências com a morte e o morrer pelos profissionais de saúde; Revista Brasileira
 de enfermagem, vol 62, núm.5 2009, Associação Brasileira de Enfermagem Brasília, Brasil.
Diante das falas dos profissionais se percebe que o respeito está presente no ato do preparo do corpo e reconhecem a importância da seriedade neste momento, pois mesmo sendo desprovido de vida merece respeito com um ser que teve uma vida, uma história.
O cotidiano das vivências com a morte e o morrer pelos profissionais de saúde; Revista Brasileira
 de enfermagem, vol 62, núm.5 2009, Associação Brasileira de Enfermagem Brasília, Brasil.
CONCLUSÃO DO ARTIGO
Os profissionais que vivenciam a morte de seus pacientes passam por sentimentos de fracasso, perda ,impotência, tristeza e medo, pois são seres como os outros. Talvez o sentimento maior venha por que sua formação foi o compromisso com a vida e o cuidado.
	A assistência ao corpo de um paciente após a morte deve ser prestada com dignidade e respeito, independentemente do procedimento a ser seguido.
	Os profissionais da equipe de enfermagem ultrapassam a dimensão do cuidar e do cuidado para além do momento de morte já que a eles cabem o cuidado com o corpo pós-morte.
enfermagemnovidade.com.br/2014/07/cuidados-com-o-corpo-apos-morte.html
	O Código de ética dos profissionais de Enfermagem (Resolução COFEN nº 311/2007), em sua Seção I, afirma:
“Art. 19 – Respeitar o pudor, a privacidade e intimidade do ser humano, em todo seu ciclo vital, inclusive nas situações de morte e pós-morte.”
cofen.gov.br/resoluo-cofen-3112007
Morte o término de um ciclo
Desde a formação, o profissional de enfermagem tem uma pré-concepção em relação ao ser humano que vivencia seu processo de morte e de morrer. E em decorrência disso, torna-se possível fazer indagações sobre como podemos enfrentar o medo da morte e, assim, como sermos mais eficientes diante do outro ser humano que enfrenta a experiência única de estar findando sua existência física.
enfermagemnovidade.com.br/2014/07/cuidados-com-o-corpo-apos-morte.html
O que é a morte?
A Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem define a morte como um fenômeno pertencente ao desenvolvimento físico, que pode ser caracterizada como cessação da vida ou diminuição gradual ou súbita das funções orgânicas levando ao fim dos processos de manutenção da vida. A assistência ao corpo de um paciente após a morte deve ser prestada com dignidade e respeito. 
CINTRA, E. A; NISCHIDE, V. M; NUNES, W. A. Assistência de Enfermagem ao 
Paciente Gravemente Enfermo, São Paulo, Atheneu, 2003.
Cuidados imediatos pós morte:
Manter a privacidade;
Remover os dispositivos;
Manter o corpo limpo;
Dispor o corpo em posição anatômica antes do rigor mortis, para o sepultamento;
Identificar corretamente o corpo.
Causas da morte:
Morte natural (causa conhecida): (funerária)
Morte (causa desconhecida): (SVO)
Morte causa agressiva/violenta: (IML)
HUDAK, C. M.; GALLO, B. M. Cuidados Intensivos de Enfermagem- Uma abordagem holística. Rio de Janeiro, Ed. Guanabara Koogan S.A, 6ª Ed., 1997.
Identificação do corpo
A identificação do corpo normalmente é realizada com etiqueta ou fita adesiva na região frontal da cabeça (testa), peito ou pés.
HUDAK, C. M.; GALLO, B. M. Cuidados Intensivos de Enfermagem- Uma abordagem holística. Rio de Janeiro, Ed. Guanabara Koogan S.A, 6ª Ed., 1997.
Tamponamento
Procedimento realizado utilizando algodão e pinças para fechamento dos orifícios, evitando assim a saída de fluídos.
 Hoje a maioria das instituições não realizam o tamponamento, pois a funerária realiza a preparação do corpo para o velório, drenando os líquidos e quando necessário fazem o tamponamento com gel expansível.
HUDAK, C. M.; GALLO, B. M. Cuidados Intensivos de Enfermagem- Uma abordagem holística. Rio de Janeiro, Ed. Guanabara Koogan S.A, 6ª Ed., 1997.
CURIOSIDADES: 
Alguns pesquisadoresexaminando a atividade do cérebro descobriram que uma onda de atividade elétrica, chamada de “espelhamento de depressão”, parece marcar o momento final antes da morte, observaram uma enxurrada de atividade que parece preceder o desligamento fatal do nosso órgão mais vital;
O achado sugere que a consciência pode continuar a funcionar depois de muitos minutos, mesmo depois que o corpo parou de mostrar sinais de vida.
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CURIOSIDADES:
 O corpo passa por diversas mudanças quando uma pessoa morre. Quando o coração para de bater, as células do corpo e os tecidos param de receber oxigênio, onde irá causar a morte de todas elas;
 As células do cérebro são as primeiras a morrer (em torno de 3 a 7 minutos). As últimas são as células ósseas e da pele que sobrevivem por mais alguns dias;
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CURIOSIDADES:
 Quando uma pessoa morre a audição é o último sentido a se perder. O primeiro costuma ser a visão, segundo o paladar e logo o olfato e o tato;
 Após a morte cardíaca ou cerebral, a morte celular dependerá de reservas próprias e de intoxicação por acúmulo de detritos não removidos com a parada da circulação sanguínea; isso explica a continuidade do crescimento das unhas , cabelos e barba durante um certo tempo após a morte ainda;
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Conclusão
Entende-se que não devemos contribuir com fatores que possibilitem e dificultem a elaboração do luto. Devemos enquanto profissionais, fornecer subsídios para o desenvolvimento cognitivo e emocional frente ao processo de morte que fortaleçam a elaboração do luto.
www.enfermagemnovidade.com.br/2014/07
/cuidados-om-ocorpo-apos-morte.html
 Os profissionais de saúde acabam criando mecanismos de defesa que acabam por auxiliar no enfrentamento da morte e do processo de morrer.
 Por serem preparados para manutenção da vida, a morte acaba por trazer um sentimento de frustração e impotência. 
 Como um mecanismo de defesa o processo de morte e morrer acaba sendo visto como banal, ocasionado um endurecimento frente a morte, levando o profissional a considerar tal fato comum e rotineiro. 
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/cuidados-om-ocorpo-apos-morte.html
Referências Bibliográficas
O cotidiano das vivências com a morte e o morrer pelos profissionais de saúde; Revista Brasileira de enfermagem, vol 62, núm.5 2009, Associação Brasileira de Enfermagem Brasília, Brasil.
enfermagemnovidade.com.br/2014/07/cuidados-com-o-corpo-apos-morte.html
cofen.gov.br/resoluo-cofen-3112007
www.dailymail.com.br
CINTRA, E. A; NISCHIDE, V. M; NUNES, W. A. Assistência de Enfermagem ao Paciente Gravemente Enfermo, São Paulo, Atheneu, 2003.
 
HUDAK, C. M.; GALLO, B. M. Cuidados Intensivos de Enfermagem- Uma abordagem holística. Rio de Janeiro, Ed. Guanabara Koogan S.A, 6ª Ed., 1997.
 
Conselho Federal de Enfermagem. Resolução COFEN nº 311/2007. 2007. Disponível em: <http://www.cofen.gov.br/resoluo-cofen-3112007_4345.html>. Acesso em: 09 fev. 2018.
www.enfermagemnovidade.com.br/2014/07/cuidados-om-ocorpo-apos-morte.html
FOGLIATTO, Flavio. Organização de Textos Científicos, 2007. Disponível em:<http://www.producao.ufrgs.br/arquivos/disciplinas/146_seminario_de_pesquisa_2_diretrizes_referencial_teorico.doc>. 
SULZBAHER, M. et al..O enfermeiro em Unidade de Tratamento Intensivo vivenciando e enfrentando situações de mortee morrer. Scientia Médica, v. 19, n. 1, 2009.
A morte não é a maior perda da vida. A maior perda da vida é o que morre dentro de nós enquanto vivemos. (Picasso)