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pratica 4 aula 6 OSEAS

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA .... VARA CÍVEL DA COMARCA DE...
OSÉAS, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da identidade n°., inscrito no CPF n °..., domiciliado..., residente (endereço completo), vem por seu advogado, com endereço profissional na..., bairro..., cidade..., Estado..., que indica para os fins do artigo 106, inciso I do CPC, com fundamento no artigo 305 e seguintes do CPC, propor:
AÇÃO DE CONSIGNAÇÂO EM PAGAMENTO
Pelo rito especial, em face de LEONTINO SILVEIRA (1◦ Réu), nacionalidade, estado civil, empresário, portador da carteira de identidade n°., inscrito no CPF n °..., domiciliado ..., residente (endereço completo) e LOCADORA DE CARROS E AUTOMÓVEIS LTDA (2º Réu), inscrita no CNPJ n °..., com sede (endereço completo), pelos fatos e fundamentos a seguir:
DOS FATOS
 O Autor firmou contrato de locação de um automóvel com o 2º Réu, pelo prazo de 12 meses. Ocorre que quando completou o terceiro mês de vigência do contrato, o 1◦ Réu entrou em contato com o Autor, através de notificação judicial, alegando que comprou do 2º Réu, o veículo objeto do contrato de locação, e por consequência pleiteia o recebimento dos referidos aluguéis mensais.
O Autor buscou esclarecimentos com o 2º Réu, aquele com quem efetivamente firmou o contrato, e o mesmo informou desconhecer sobre o Contrato de Compra e Venda firmado com o 1◦ Réu.  Desta forma, diante da dúvida do Autor, sobre a quem pagar o aluguel, que vencerá dentro de quatro dias e os futuros até findo o contrato, não restou outra alternativa senão procurar as medidas judiciais cabíveis.
FUNDAMENTOS
No caso presente, ficou caracterizada a dúvida sobre o legítimo credor dos aluguéis referentes à locação do veículo objeto do contrato, conforme prevê o art. 539, §2º CPC e seguintes. 
 Art. 539do CPC- Nos casos previstos em lei, poderá o devedor ou terceiro requerer, com efeito de pagamento, a consignação da quantia ou da coisa devida. 
§ 2o Decorrido o prazo do § 1o, contado do retorno do aviso de recebimento, sem a manifestação de recusa, considerar-se-á o devedor liberado da obrigação, ficando à disposição do credor a quantia depositada.
Art. 540. Requerer-se-á a consignação no lugar do pagamento, cessando para o devedor, à data do depósito, os juros e os riscos, salvo se a demanda for julgada improcedente.
Desta forma, para que não incorra em mora e outros ônus, em razão da inadimplência, ou o pagamento equivocado aos terceiros ao contrato, o Autor de forma prudente preferiu ajuizar a presente, para depositar os valores devidos, se desincumbindo de qualquer responsabilidade e obrigação, de acordo com o art.334 do CC, até que a questão judicial entre os Réus seja sanada, como consta no art. 345 do CC.  
 Art. 334 do CC - Considera-se pagamento, e extingue a obrigação, o depósito judicial ou em estabelecimento bancário da coisa devida, nos casos e forma legais.
Art. 345 do CC - Se a dívida se vencer, pendendo litígio entre credores que se pretendem mutuamente excluir, poderá qualquer deles requerer a consignação.
Como diz Venosa:
http://www.conteudojuridico.com.br/artigo,acao-de-consignacao-em-pagamento-panorama-geral
“A consignação em pagamento tem a ver com a imputação da mora ao credor. No entanto, não é obrigatório ao devedor recorrer à ação de consignação para conseguir esse efeito. A mora do credor pode ser reconhecida na ação que este move contra o devedor: se o devedor é cobrado judicialmente e alega que não paga porque o credor não cumpriu sua parte na avença, aplicação da “exceptio non adimpleti contractus” (art. 476), reconhecida essa situação, reconhecida estará a mora do credor.”
Nas palavras de Maria Helena Diniz:
“O pagamento em consignação é o meio indireto do devedor exonerar-se do liame obrigacional, consistente no depósito em juízo (consignação judicial) ou em estabelecimento bancário (consignação extrajudicial) da coisa devida, nos casos e formas legais.”
Tal conceito vem basicamente expresso no artigo 334 CC, o qual diz:
“Considera-se pagamento, e extingue a obrigação, o depósito judicial ou em estabelecimento bancário da coisa devida, nos casos e forma legais.”
Portanto, a consignação em pagamento é considerada uma forma de pagamento a qual extingue a obrigação existente até o presente momento com o depósito da coisa devida, nos casos e forma legais.
Lembra-nos ainda Maria Helena Diniz que,
“Na ação de consignação, ante sua finalidade especifica, não se discute a validade contratual, nem a natureza ou substância do contrato (RT, 390:267). Todas as questões fundadas na lesividade do negócio, na alteração de clausula contratual, com inscrição de expressões estranhas, e na existência de direito de arrependimento, refoguem ao âmbito da consignatória.
	1ª Ementa
	Des(a). MÔNICA MARIA COSTA DI PIERO - Julgamento: 16/03/2018 - OITAVA CÂMARA CÍVEL
	 
	
	PELAÇÃO CIVIL. INDENIZATÓRIA C/C OBRIGAÇÃO DE FAZER COM PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA. EMPRÉSTIMOS BANCÁRIOS. NECESSIDADE DE LIMITAÇÃO DOS DESCONTOS REFERENTES AOS CONTRATOS DE MÚTUO CELEBRADO ENTRE AS PARTES AO PATAMAR DE TRINTA POR CENTO. INAPLICÁVEL À ESPÉCIE A REGRA CONTIDA NA MP 2215-10/01. APLICAÇÃO DA LEI 10.820/03. 1. Cuida-se de ação em que pretende o autor que os bancos réus procedam à imediata adequação dos empréstimos consignados em sua folha de pagamento, limitando os mesmos ao patamar de 30% de seus rendimentos líquidos. Sentença de improcedência que foi alvo do inconformismo da parte autora. 2. A Medida Provisória nº 2215-10, de 31.08.01, dispõe sobre a reestruturação da remuneração dos militares das Forças Armadas. Por sua vez, a Lei 10.820/03 em seu art. 6º, § 5º, determina que os descontos consignados em benefício previdenciário recebido do INSS sujeitam-se ao limite de 30%. 3. A margem de descontos de 70% previsto no § 3º do art. 14 da Medida Provisória nº 2215-10 se refere de forma geral a descontos obrigatórios e autorizados, não regulamentando especificamente os autorizados, incluídos nestes os empréstimos consignados. 4. Aplicação ao caso da Lei nº 1046/50, que cuida especificamente sobre consignação em folha de pagamento dos Militares do Exército, Marinha, Aeronáutica, Policia Militar e Corpo de Bombeiros do Distrito Federal. 5. Os descontos dos empréstimos consignados em contracheque do servidor Militar devem ser limitados a 30% sobre os seus vencimentos, conforme interpretação que privilegia o Princípio da Dignidade Humana, já que se trata de verba alimentar, e que, como tal, serve a manutenção da vida do autor e sua família. Súmulas nº 200 e 295 desta Corte de Justiça. 6. Provimento do recurso.
	 
DOS PEDIDOS
Diante do exposto, o Autor requer:
1-    A expedição de guia para depósito no valor de R$...
2-    A citação dos Réus para oferecerem resposta comprovando o direito de receber o valor consignado pelo autor;
3-    A procedência do pedido dando quitação da dívida ao autor declarando a extinção da obrigação;
4-    A condenação dos réus ao ônus da sucumbência;
DAS PROVAS
O Autor demonstra os fatos alegados através de prova documental anexa.
DO VALOR DA CAUSA
Dá-se à causa o valor de R$...
Nestes Termos, 
Pede deferimento.
Local e data
OAB nº...

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