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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DE UMA DAS VARAS CÍVEIS DA COMARCA ....DO ESTADO DE ...A QUEM COUBER POR DISTRIBUIÇÃO. AUTOR OSEAS, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da carteira de identidade n°..., inscrito no CPF n °..., com endereço eletrônico@...., domiciliado ..., residente na rua ...., nº ,,,,,, bairro ...., cidade ...., Estado...., CEP ...., vem por seu advogado, com endereço profissional na rua ..., nº...., bairro..., cidade..., Estado..., que indica para os fins do artigo 77, inciso V do CPC, com fundamento no artigo 539 e seguintes do CPC, propor: AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO pelo rito especial, em face dos RÉUS o sr. LEOTINO SILVEIRA, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da carteira de identidade n°..., inscrito no CPF n °..., telefone ....; com endereço eletrônico@...., domiciliado ..., residente na rua ...., nº ,,,,,, bairro ...., cidade ...., CEP .... e a empresa LOCADORA CARRO E AUTOMÓVEIS LTDA, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no MF com nº de CNPJ...., insc. Estadual nº ...., situada na Av.(rua) ...., nº ...., bairro ...., cidade ...., Estado ...., CEP ...., telefone ...., endereço eletrônico@ ...., pelos fatos e fundamentos a seguir: DOS FATOS De acordo com o relato, o AUTOR alega haver locado um automóvel por contrato firmado junto a LOCADORA CARRO E AUTOMÓVEIS LTDA, RÉ no processo, por prazo de doze meses iniciado no mês passado. Como locatário do veículo, o AUTOR recebeu logo no terceiro mês de vigência do contrato, notificação judicial oferecida pela pessoa física do sr. LEONTINO SILVEIRA, também RÉU no processo, o qual dizendo-se adquirente do veículo locado e exibindo contrato de compra e venda firmado com a locadora originária, notifica o locatário para, doravante, pagar a ele o adquirente, os aluguéis mensais. Contudo O AUTOR decidiu buscar esclarecimento junto à locadora originária, disse seu representante, desconhecer o contrato apresentado pelo suposto novo locador, esse é o motivo pelo qual o AUTOR oferece a presente ação. DOS FUNDAMENTOS No caso da locação do veículo o credor natural, como consta em contrato, seria a LOCADORA CARRO E AUTOMÓVEIS LTDA, já que o negócio nasceu entre o AUTOR e a RÉ que que agora são partes nessa lide. O caso de um terceiro interessado no recebimento do aluguel do veículo ter aparecido, não gera automaticamente uma obrigação do devedor para com esse novo suposto credor, agora também RÉU no processo, tendo em vista, que não há uma relação jurídica de fato entre o devedor e esse novo interessado, caso este, que desobriga o AUTOR a efetuar o pagamento a esse RÉU. Porém, há um fato no caso, que exige uma providência legal no sentido de cumprimento da obrigação pelo AUTOR, já que o RÉU, pessoa física, assegura ter firmado contrato de compra e venda do bem com a outra RÉ, a empresa LOCADORA CARRO E AUTOMÓVEIS LTDA, caso que deixa o devedor sem saber a quem efetuar o pagamento, por isso, o AUTOR resolveu recorrer a este meio legal que é a AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO. Conclui-se, que cabe ao AUTOR se precaver usando os meios legais para a resolução da lide, conforme o que institui o Código Civil em seu artigo abaixo e em outros mais, como também o próprio NCPC. Do Pagamento em Consignação Código Cível Art. 334. Considera-se pagamento, e extingue a obrigação, o depósito judicial ou em estabelecimento bancário da coisa devida, nos casos e forma legais. Art. 335. A consignação tem lugar: IV – Se ocorrer dúvida sobre quem deva legitimamente receber o objeto do pagamento; V – Se pender litígio sobre o objeto do pagamento. Art. 343. As despesas com o depósito, quando julgado procedente, correrão à conta do credor, e, no caso contrário, à conta do devedor. Art. 344. O devedor de obrigação litigiosa exonerar-se-á mediante consignação, mas, se pagar a qualquer dos pretendidos credores, tendo conhecimento do litígio, assumirá o risco do pagamento. Art. 345. Se a dívida se vencer, pendendo litígio entre credores que se pretendem mutuamente excluir, poderá qualquer deles requerer a consignação. Código de Processo Civil. Art. 539. Nos casos previstos em lei, poderá o devedor ou terceiro requerer, com efeito de pagamento, a consignação da quantia ou da coisa devida. § 1º Tratando-se de obrigação em dinheiro, poderá o valor ser depositado em estabelecimento bancário, oficial onde houver situado no lugar do pagamento, cientificando-se o credor por carta com aviso de recebimento, assinado o prazo de 10 (dez) dias para a manifestação de recusa. § 2º Decorrido o prazo do § 1º, contado do retorno do aviso de recebimento, sem a manifestação de recusa, considerar-se-á o devedor liberado da obrigação, ficando à disposição do credor a quantia depositada. § 3º Ocorrendo a recusa, manifestada por escrito ao estabelecimento bancário, poderá ser proposta, dentro de 1 (um) mês, a ação de consignação, instruindo-se a inicial com a prova do depósito e da recusa. Embora o pagamento espontâneo deva ser considerado como a forma primária e natural do cumprimento de uma prestação, não sendo a obrigação espontaneamente desfeita dessa forma, porque o devedor ficou impedido de realizar o pagamento por motivos alheios à sua vontade conforme o art. 335 CC, resta a esse interessado na extinção da obrigação, a via anormal do pagamento por consignação disposto nos arts. 334 a 345 CC. Direito do devedor STJ reúne jurisprudências sobre ação de consignação em pagamento Em uma das hipóteses em que a consignação é admitida, o depósito judicial serve para liberar o devedor de sua obrigação, ainda que de modo indireto, e está previsto no CPC. Citando o doutrinador Adroaldo Furtado Fabrício, o resumo no STJ lembra que o devedor é titular de direitos. "E não somente o direito de apenas pagar nos limites do devido e não antes do vencimento. O devedor é juridicamente interessado na própria exoneração, porque a permanência do débito é uma situação constrangedora e potencialmente danosa", explica Fabrício. Parcela controvertida A 2ª turma do STJ entendeu, em decisão de abril do ano passado, que o credor pode levantar os valores consignados pelo devedor, sem prejuízo do seguimento do processo quanto à parcela controvertida da dívida (REsp 1.132.662). No julgamento, a turma rejeitou recurso da sociedade mantenedora de um hospital no Piauí em ação contra a companhia energética do Estado, Cepisa. A sociedade propôs ação para revisar o contrato de fornecimento de energia elétrica. Fez, ainda, a consignação de débitos integrais correspondentes às faturas de energia consumida. Após a sentença, favorável à sociedade, a Cepisa apelou, mas levantou os valores depositados. Diante disso, a sociedade questionou o seguimento do processo. Para ela, com o ato, a Cepisa teria reconhecido os valores como incontroversos e seu pedido como procedente. https://www.stj.jus.br/webstj/processo/justica/jurisprudencia.asp?tipo=num_pro&valor=REsp1132662 O ministro Mauro Campbell Marques discordou, afirmando que a própria natureza da ação consignatória pressupõe a incontroversa dos valores depositados, ao menos do ponto de vista do devedor. O relator esclareceu que, se o credor ressalva a discordância com os valores depositados, não há por que dar a dívida por quitada. O artigo 899, parágrafo 1º, do CPC ainda permite que o réu na ação de consignação levante, desde o início, a quantia depositada, mas determina o seguimento do processo quanto aos valores controvertidos. Por: Redação do Migalhas DOS PEDIDOS Diante do exposto, requer: 1) Citação do réu para acatar depósito ou oferecer contestação; 2) A expedição de guia de depósito referente ao aluguel do veículo no valorde R$ ... ; 3) Julgar procedente o pedido com a quitação da dívida pelo autor e declarando extinta a obrigação a cada depósito; 4) Condenação do réu ao pagamento dos ônus de sucumbência. DAS PROVAS Requer a produção de provas, especialmente documental, testemunhal, depoimento e por todo tipo de prova admitido pelo Direito. DO VALOR DA CAUSA Dá-se à causa o valor de R$ ... (valor por extenso) Pelo que pede, espera deferimento. Local e data. Advogado OAB/UF
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