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CEDERJ – CENTRO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR A DISTÂNCIA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO Curso: Engenharia da Produção Disciplina: Engenharia Econômica Coordenadora da disciplina: Prof.ª Glaudiane Lilian de Almeida Aula 4 – Séries de Pagamentos Iguais Meta Introduzir os conceitos de séries de pagamentos e desenvolver o conteúdo de séries de pagamentos iguais. Objetivos 1. Identificar o conceito de série de pagamentos 2. Identificar o conceito de séries de pagamentos iguais 3. Entender as séries de pagamentos iguais e quais são seus impactos sob o fluxo de caixa 4. Calcular valor presente, montante e prestações em operações que apresentem pagamentos iguais 5. Representar graficamente um fluxo de caixa contendo tais operações Pré-requisitos: Antes de começar essa aula separe calculadora científica, régua, lápis e borracha, pois esse material será útil não só nesta, mas em todas as aulas dessa disciplina. 1. Introdução Prezados alunos, a partir de agora as aulas de engenharia econômica contarão com conceitos de série de pagamentos, que vão facilitar o entendimento das operações de crédito que são realizadas no “mundo real”. Essas operações de crédito se baseiam, na maioria das vezes, nas vendas, compras e investimentos realizados a prestação (ou parcelados), sendo o entendimento dos conceitos apresentados a seguir fundamentais para que seja compreendida a formação de juros no período da operação e seja feita a análise quanto a viabilidade da realização da operação. 2. Séries de Pagamentos As séries de pagamentos são sucessivos pagamentos ou recebimentos com vencimentos em épocas pré-determinadas, destinadas à quitação de dívidas ou construção de capital. Para facilitar o cálculo do montante (S), valor principal (P), taxa de juros (i) e prazos (n) nas operações que envolvem séries de pagamentos poderemos utilizar novas fórmulas, que serão apresentadas nesta aula. Essas séries de pagamentos podem ser finitas (por exemplo, 6 parcelas) ou infinitas (perpétua....); a diferença de tempo entre cada termo (ou parcela) é constante, ou seja, vencem de 30 em 30 dias, 45 em 45 dias, 60 em 60 dias, etc.. Além disso, os vencimentos desses pagamentos podem ocorrer no final desse período (termos vencidos ou postecipados) ou no início (termos antecipados). Nesta aula vamos trabalhar com séries finitas e de pagamentos iguais (constantes). Podemos ter, portanto, séries de pagamentos iguais com termos postecipados e séries de pagamentos iguais com termos antecipados. Para facilitar o entendimento de ambas, com a ajuda do fluxo de caixa vamos apresentar um exemplo das mesmas. Fluxo de caixa 1 Fluxo de caixa 2 Como podemos perceber o fluxo de caixa 1 apresenta uma série de pagamentos iguais e postecipados, onde o pagamento ocorre ao final do período das parcelas. É como se você comprasse a prazo e não pagasse a entrada, pagasse a primeira parcela 30 dias após a compra (no caso de parcelas mensais, que poderiam ser de 60 em 60 dias, 120 em 120 dias, etc.). Já o fluxo de caixa 2, apresenta um caso onde o pagamento ou a aplicação do recurso se dá no início do período. Poderia representar a abertura de uma poupança e o depósito da primeira parcela da aplicação no momento da abertura da conta poupança, e os demais a cada 30 dias subsequentes (ou 60 em 60 dias, 120 em 120 dias, etc). Os cálculos diferem nos casos de séries de pagamentos postecipados e antecipados. Na aula de hoje trabalharemos com séries de pagamentos iguais postecipados. Atividade 1- Atinge os objetivos 1 e 2 Defina séries de pagamentos. Classifique-as. Resposta: Resposta Comentada: As séries de pagamentos são sucessivos pagamentos ou recebimentos com vencimentos em épocas pré-determinadas, destinadas à quitação de dívidas ou construção de capital. Essas séries de pagamentos podem ser finitas (por exemplo, 6 parcelas) ou infinitas (perpétua....); a diferença de tempo entre cada termo (ou parcela) é constante, ou seja, vencem de 30 em 30 dias, 45 em 45 dias, 60 em 60 dias, etc.. Além disso, os vencimentos desses pagamentos podem ocorrer no final desse período (termos vencidos ou postecipados) ou no início (termos antecipados). Séries de Pagamentos Iguais com Termos Vencidos (ou postecipados) Exemplo 2.1. Calcule o montante, ao final do 5º mês, de uma série de cinco pagamentos iguais, mensais, consecutivos e postecipados, no valor de $200,00 cada uma, a uma taxa de juros de 3% ao mês. Primeiro vamos fazer o fluxo de caixa para o problema. Agora que conseguimos visualizar o problema através do fluxo de caixa, vamos resolvê-lo de maneira simples e a partir da utilização do conhecimento que já temos. Nas aulas anteriores vimos que para calcularmos o montante podemos aplicar a fórmula S= P (1+i)n. No nosso exemplo, para calcularmos o montante pedido deveríamos, aplicamos esta fórmula, calcular o montante de cada parcela separadamente. Devemos considerar cada parcela como valor presente para o cálculo, sendo, então: S1 = ? P = 200,00 I = 3% S1 = 200,00 (1,03)4 Nesse caso, o n será igual a 4 porque o recurso aplicado no mês 1 será regatado no mês 5, ficando aplicado por 4 meses. Assim, S1= 200 (1,1255) S1 = 225,10 Para o valor aplicado no 2º mês, temos: S2 = 200,00 (1,03)3 Nesse caso, o n será igual a 4 porque o recurso aplicado no mês 1 será regatado no mês 5, ficando aplicado por 4 meses. Assim, S2= 200 (1,0927) S2 = 218,55 Para o valor aplicado no 3º mês, temos: S3 = 200,00 (1,03)2 Nesse caso, o n será igual a 4 porque o recurso aplicado no mês 1 será regatado no mês 5, ficando aplicado por 4 meses. Assim, S3= 200 (1,0609) S3 = 212,18 Para o valor aplicado no 4º mês, temos: S4 = 200,00 (1,03)1 Nesse caso, o n será igual a 4 porque o recurso aplicado no mês 1 será regatado no mês 5, ficando aplicado por 4 meses. Assim, S4= 200 (1,03)1 S4 = 206,00 Para o valor aplicado no 5º mês, temos: S5 = 200,00 (1,03)0 Nesse caso, o n será igual a 4 porque o recurso aplicado no mês 1 será regatado no mês 5, ficando aplicado por 4 meses. Assim, S5= 200 (1,03)0 S5 = 200,00 Agora que já calculamos o montante para cada parcela, vamos somá-los para que possamos encontrar o resultado do problema. S = S1+ S2+ S3+ S4+ S5 S = 225,10 + 218,55+ 212,18+ 206,00+ 200,00 S = 1.061,83 O montante da operação é de R$1.061,83. Como podemos observar, conseguimos resolver o problema utilizando a fórmula que já conhecíamos, mas tivemos que fazer muitos cálculos. Imaginem se a nossa série de pagamentos fosse ainda maior. Para facilitar os cálculos vamos apresentar uma outra fórmula, que utiliza o Fator de Acumulação de Capital (FAC). S = R x , sendo o Fator de Acumulação de Capital. Além de introduzir o FAC, vamos trabalhar agora com o R, que será a parcela da operação apresentada. Vamos aplicar a nova fórmula aos dados do exemplo 2.1. Sendo: R = 200,00 n = 5 prestações i = 3% ao mês S = ? Vamos aplicar a fórmula: S = R x S = 200,00 x [(1+0,03)5 -1/0,03] S = 200,00 x 5,3091 S = 1061,83 Encontramos, com a aplicação da fórmula, um montante de R$1061,83, igual ao encontrado no cálculo anterior. Podemos ainda fazer o mesmo cálculo com o auxílio da tabela financeira. Devemos encontrar o FAC na tabela para a taxa de juros de 3%, n = 5 e série de pagamentos iguais. Nós já trabalhamos com a tabela financeira para pagamentoúnico e, agora, utilizaremos as tabelas para série de pagamentos iguais. Na tabela, o FAC (3%, 5) é de 5,30914, o mesmo que encontramos no nosso cálculo. Assim, S = R x FAC S = 200,00 x 5,30914 S = 1061,83 Novamente encontramos o montante de R$ 1.601,83. Como vimos, usamos três formas alternativas de cálculo do montante para séries de pagamentos iguais. Devemos optar pelo cálculo com o uso do Fator de Acumulação de Capital (cálculo ou tabela). É importante que, mesmo com a praticidade da tabela, aprendamos a calcular o montante com o uso da fórmula, pois nem sempre temos a tabela em mãos e precisamos resolver os problemas. Atividade 2: Atinge os objetivos 3,4 e 5 Marina abriu uma conta poupança e pretende depositar, nos próximos 12 meses, o valor mensal de 400,00. Sabendo-se que a taxa de juros para pela poupança é de 3,5% a. m. e que os pagamentos são postecipados, calcule o valor a ser retirado por Marina ao final dos 12 meses. Represente o fluxo de caixa para o problema. Resposta: Resposta Comentada: Primeiro vamos fazer o fluxo de caixa para o problema. Sendo: R = 400,00 n = 12 prestações i = 3,5% ao mês S = ? Vamos aplicar a fórmula: S = R x S = 400,00 x [(1+0,035)12 -1/0,035] S = 400,00 x 14,602 S = 5.840,78 O valor a ser retirado por Marina ao final das aplicações é de R$ 5.840,78. Para conferir, podemos consultar a tabela financeira e encontrar o FAC (3,5%, 12). O Fator de Acumulação de Capital para a taxa de juros e o período indicado é de 14,60196. Assim, temos que S = 400,00 x 14, 60196 S= 5840,78 O montante também é igual a R$ 5.840,78. O mesmo raciocínio deve ser adotado para todos os problemas que apresentem as mesmas condições. Fim da atividade Essa fórmula, que utiliza o Fator de Acumulação de Capital deve ser utilizada quando a incógnita do problema for o montante, ou seja, quando precisarmos calcular o montante da operação. Mas no caso, por exemplo, em que precisemos calcular o valor das prestações ou das aplicações realizadas, dado o montante da operação, devemos utilizar o Fator de Formação de Capital (FFC). Como o próprio nome sugere, trata-se do valor pago ou aplicado que gerará determinado montante ao final dos períodos da operação realizada. O FFC pode ser deduzido da expressão trabalhada anteriormente. Veja: S = R x , precisamos isolar o R na equação, R = S x Onde: R = S x em que é chamado de Fator de Formação de Capital. Exemplo. 2.2. Joana e Márcio precisam de R$ 15.000,00 daqui a 10 meses para pagar as despesas de seu casamento. Sabendo-se que uma instituição financeira paga uma taxa de juros mensal de 4,5% para as aplicações feitas em suas carteiras de investimento, calcule quanto os noivos deverão depositar mensalmente para obter o montante necessário para arcar com as referidas despesas. Resolução: Bom, ao ler o problema entende-se que precisamos calcular o R, que seria o valor depositado mensalmente pelo casal para obter o montante de R$15.000,00 daqui a 10 meses. Sendo a taxa de juros mensal i = 4,5% n=10 meses podemos calcular R: R = S x R = 15.000 x [0,045/(1,045)10-1] R = 15.000 x 0,08137 R = 1.220,60 Se utilizarmos o FFC da tabela financeira teremos: R = 15.000 x 0,08138 R = 1.220,7 Como podemos concluir, os noivos precisarão depositar R$1.220,70 por mês durante 10 meses para que possam obter o montante suficiente para pagarem as despesas do casamento. Atividade 3: Atinge os objetivos 3 e 4 A realização de sonhos depende, muitas vezes, de planejamento financeiro. Muitas vezes, quando queremos adquirir algum bem, temos que poupar, guardar dinheiro para podermos realizar nossos sonhos. Vamos supor que tenhamos o desejo de comprar um automóvel 0km á vista e, para isto, temos que poupar. Sendo o valor do carro R$ 42.000,00, e a intenção é de comprá-lo daqui a 48 meses, calcule quanto devemos depositar mensalmente, com rendimento de 2,5% ao mês, para que possamos comprar o carro pelo preço e no prazo desejado? Resposta: Resposta comentada: Devemos encontrar o R no problema. Sendo i = 2,5% e n =48, temos que: R = S x R = 42.000 x [0,025/(1,025)48-1] R = 42.000 x 0,011 R = 462,00 Utilizando a tabela financeira para FFC (2,5%, 48) R = 42.000,00 x 0,01101 R = 462,42 Para comprarmos o carro nas condições apresentadas devemos depositar a quantia mensal de R$462,42. A pequena diferença entre os dois resultados se deve ao arredondamento de alguns valores. Fim da atividade Vamos introduzir agora o Fator de Valor Atual (FVA), que nos auxilia quando o problema trata de encontrar o valor principal ou o valor atual em uma série de pagamentos iguais. Nesse caso, o entendimento do cálculo passa pelo mesmo raciocínio adotado no cálculo do Fator de Acumulação de Capital (FAC), ou seja, podemos calcular o valor atual para cada parcela e depois somá-las para encontrar o valor atual da operação, ou podemos calculá-lo através da aplicação da fórmula apresentada a seguir. P = R x , onde é o Fator de Valor Atual (FVA) Utilizando a tabela financeira: P = R x FVA (i% , n) Exemplo 2.3 Calcular o valor atual de uma série de 36 aplicações mensais iguais de R$2.000,00. Lembrando que a taxa de juros da operação é de 3,5% a. m. e que as aplicações são consecutivas. Fazer o fluxo de caixa para o problema. Resposta: Conforme o problema, precisamos encontrar o valor atual de uma série de 36 aplicações mensais e consecutivas no valor de R$2.000,00 a uma taxa de juros de 3,5% ao mês. Primeiramente vamos fazer o fluxo de caixa para o problema. Agora que visualizamos o problema, vamos aos cálculos. Sendo: P=? R = 2.000,00 i = 3,5% a. m. n = 36 P = R x , P = 2.000 x (1,035)36-1 / (1,035)36 x 0,035 P = 2.000 x 2,4503/0,1208 P = 2.000 x 20,2904 P = 40.580,98 Utilizando a tabela, P = R x FVA (3,5%, 36) P = 2.000,00 x 20,2904 P = 40.580,80 O valor atual na operação apresentada é de R$40.580,80. Atividade 4 - Atinge os objetivos 3,4 e 5 Calcule o valor atual de uma série de 8 pagamentos iguais e consecutivos de R$385,00. Considere a taxa de juros da operação de 4,5%. Faça o fluxo de caixa para o problema. Resposta: Resposta Comentada: Primeiramente vamos elaborar o fluxo de caixa para o problema. Agora vamos calcular o valor atual da operação. Sendo: R= R$ 385,00 n = 8 i = 4,5% P = ? P = R x , P = 385,00 x [(1,045)8-1/(1,045)8 x 0,045] P = 385,00 x 6,5959 P = 2.539,42 Utilizando a tabela: P = R x FVA (i, n) P = 385,00 x FVA (4,5%, 8) P = 385,00 x 6,59589 P= 2.539,42 O valor atual da série apresentada é de R$2.539,42. Fim da atividade A partir da fórmula P = R x , podemos deduzir o cálculo da prestação dado o valor atual. Para tanto, devemos isolar o R na equação, obtendo: R = P X , onde é o Fator de Recuperação de Capital (FRC) O Fator de Recuperação de capital deve ser utilizado quando se tem o valor atual da operação e pretende-se calcular o valor da prestação da série de pagamentos. Ele pode ser utilizado para determinar o valor das prestações de um empréstimo, por exemplo. Exemplo 2.4: O Banco X oferece aos seus clientes uma opçãode empréstimo em que é cobrada uma taxa de juros de 2,5% a.m. Considere um cliente que precise tomar emprestado 3.500,00 e pretende realizar o pagamento do mesmo em 10 parcelas. Calcule o valor da prestação para que o cliente possa avaliar se a mesma “cabe” em seu orçamento. Represente o fluxo de caixa da operação. Resposta: Primeiramente vamos elaborar o fluxo de caixa da operação. Agora, sendo: P = 3.500,00 i = 2,5% n = 10 meses Vamos calcular o R. R = P x R = 3.500,00 x [(1,025)10x 0,025/(1,025)10 – 1] R = 3.500,00 x [0,032/0,2801] R = 3.500 x 0,1142 R = 399,86 Consultando a tabela para o FRC: R = P x FRC(2,5%, 10) R = 3.500 x 0,11426 R = 399,90 Para tomar o empréstimo oferecido com as condições oferecidas pelo Banco X o cliente deverá pagar uma prestação de R$ 399,90 mensalmente, por um período de 10 meses. Cabe ao cliente avaliar sua capacidade de pagamento e decidir se deverá ou não fazer o empréstimo. Atividade 5 - Atinge os objetivos 3 e 4 No mês de novembro muitas lojas participam do Black Friday, que consiste em oferecer aos clientes promoções que vão desde menores preços ao pagamento de melhores taxas nos financiamentos. Maria gostaria de aproveitar a promoção e comprar uma smart TV de 40”. Uma semana antes do Black Friday a TV que Maria gostaria de adquirir estava sendo vendida por R$2.800,00 à vista e o financiamento desse valor poderia ser feito em 10 parcelas, incidindo sobre a operação uma taxa de 2% a.m. No dia do Black Friday o preço da TV estava o mesmo, mas poderia ser parcelado em 10 parcelas mensais a uma taxa de juros de 0,83% Considerando essas duas situações, calcule: a) quais seriam as parcelas pagas por Maria nas duas opções; b) qual seria a economia obtida por Maria caso a mesma optasse por comprar o aparelho de TV na promoção do Black Friday. Resposta: Resposta Comentada: a) Primeiramente devemos calcular o valor das prestações pagas por Maria nas duas propostas: com taxa de juros de 2% e com a taxa de juros de 0,83%. Sendo: P = 2.800,00 n = 10 Para i = 2% R = P x R = 2.800 x [(1,02)10 x 0,02/(1,02)10-1] R = 2.800 x 0,1113 R = 311,71 Utilizando a tabela financeira: R = P x FRC(2%, 10) R = 2.800 x 0,11133 R = 311,72 Comprando uma semana antes da promoção proposta Maria pagaria 10 parcelas de R$311,72. Para i = 0,83% R = P x R = 2.800 x [(1,0083)10x0,0083 / (1,0083)10-1] R = 2.800 x (0,009/0,0862) R = 2.800 x 0,1044 R = 292,34 Utilizando a tabela financeira: R = P x FRC(0,83%, 10) R = 2.800 x 0,1064 R = 292,99 Comprando na promoção proposta Maria pagaria 10 parcelas de 292,99. b) Para sabermos qual seria a economia de Maria ao comprar na promoção precisamos saber qual será o valor total pago por ela ao final da operação. Para i=2% 10 parcelas de R$311,72 = 3.117,20 Para i = 0,83% 10 parcelas de R$292,99 = 2.929,90 Como podemos perceber, Maria pagará um valor menor pela TV se comprar na promoção. Ela economizará R$187,30 se optar por comprar o aparelho na Black Friday. Fim da Atividade Box 4.1 No caso do exercício anterior, a Maria vai obter o desconto se comprar no dia da promoção, mas devemos ter cuidado quando decidimos comprar algo que não precisamos só por que as condições “parecem imperdíveis”. Quando vamos comprar algo e pagaremos em parcelas, pensamos no valor que pagaremos por mês, mas às vezes, esquecemos de contabilizar quanto pagaremos ao todo pelo produto ou serviço, gastando mais do que pretendíamos ou poderíamos. Veja no vídeo a seguir o caso da Judite e pense sobre como ele se relaciona com o caso da Maria (da atividade anterior) e com você mesmo. https://www.youtube.com/watch?v=k6O554uP2Kc (Vídeo do BCB série Educação Financeira). Fim do Box Para complementar a discussão, vamos resgatar um trecho da aula 2, que fala do Custo Efetivo Total: “Vale lembrar que os exemplos aqui são meramente ilustrativos e que o cálculo do valor da dívida feito pelas empresas considera, além da taxa de juros incidente outras taxas e impostos cobrados, elevando a dívida. Por isso muitas vezes o cálculo que fazemos a partir da taxa de juros divulgada não nos permite encontrar os valores das parcelas e dos juros cobrados pelas instituições. O Banco Central do Brasil (BCB) determinou que as empresas divulguem aos clientes não só a taxa de juros incidente na operação, mas todas as outras cobranças, através da divulgação do Custo Efetivo Total da Transação (CET). “O CET deve ser expresso na forma de taxa percentual anual, incluindo todos os encargos e despesas das operações, isto é, o CET deve englobar não apenas a taxa de juros, mas também tarifas, tributos, seguros e outras despesas cobradas do cliente, representando as condições vigentes na data do cálculo” (BCB). Com esse trecho percebemos que podemos calcular prestações, montantes e valores presentes caso tenhamos o custo efetivo da transação, ou seja, aquele que envolve todas as taxas cobradas na transação. 3. Conclusão A realização de operações de crédito impõe, conforme já aprendemos, o conhecimento de taxas de juros e de que maneira elas influenciam nessas operações de crédito. Para analisar o impacto dos juros nas operações que realizamos devemos estar atentos às taxas efetivas embutidas nessas operações e analisar a viabilidade da realização do empréstimo, financiamento, aplicação, etc. 4. Resumo: As séries de pagamentos são sucessivos pagamentos ou recebimentos com vencimentos em épocas pré-determinadas, destinadas à quitação de dívidas ou construção de capital. Essas séries de pagamentos podem ser finitas (por exemplo, 6 parcelas) ou infinitas (perpétua....); a diferença de tempo entre cada termo (ou parcela) é constante, ou seja, vencem de 30 em 30 dias, 45 em 45 dias, 60 em 60 dias, etc.. Além disso, os vencimentos desses pagamentos podem ocorrer no final desse período (termos vencidos ou postecipados) ou no início (termos antecipados). Nesta aula trabalhamos com séries finitas, de pagamentos iguais (constantes) e postecipadas. Aprendemos fórmulas que permitem fazer cálculos de montante, valor presente, prestações, juros e prazos para essas séries. Além disso, aprendemos a representar problemas que as envolvem no fluxo de caixa. Formulário para auxiliar na resolução dos exercícios e fixação do conteúdo. Encontrar: Fórmula Tabelado S dado R S = R x S = R x FAC(i%,n) R dado S R = S x R = S x FFC (i%,n) P dado R P = R x , P = R x FVA (i%,n) R dado P R = P x R = P x FRC (i%,n) Bom estudo! Não deixe acumular conteúdo ou dúvidas para a próxima aula!
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