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Direito Civil II Obrigação de Meio e Resultado na Cirurgia Plástica

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Direito Civil II 
Professora Bianca Pessanha
Aluna – Cristiane Romariz/201307059902
Pesquisa AVI - Obrigação de Meio e Resultado
Tema - A Obrigação de Médico em Cirurgia Plástica é considerada Obrigação de Meio ou de Resultado?
Para que possamos compreender, imaginemos o seguinte caso hipotético: 
 Laura uma jovem é levada por sua mãe, a um renomado cirurgião plástico para uma consulta. Laura se sente incomodada com seus seios, considerados por ela e suas amigas, muito desenvolvidos. Em sua primeira consulta, após avaliação, o cirurgião plástico e afirma se tratar de um procedimento casual, uma cirurgia simples e de baixo risco. Passado o tempo de recuperação, Laura observa uma diferença de tamanhos entre os seios, procura seu médico e este lhe afirma que não há nada mais que ele possa fazer, já que suas obrigações foram cumpridas e se resultado não foi como Laura sonhava, isso fazia parte dos riscos.
A Obrigação de Meio e Resultado não estão previstas no Código Civil, mas nem por isso deixam de ter importância. Na realidade essa classificação está ligada ao inadimplemento, pois em decorrência do descumprimento da obrigação surgirá a pergunta se se trata de uma obrigação de meio ou resultado tendo em vista que a resposta indicará o que deverá ser provado e por quem, credor ou devedor.
A Obrigação será de Resultado se o devedor se comprometeu com o resultado final, bastando o credor provar o inadimplemento para conseguir uma indenização do devedor, e a este não poderá alegra culpa de terceiros para eximir-se do pagamento de Perdas e Danos, salvo se, caso tiver ocorrido caso fortuito ou de força maior. Sua responsabilidade será objetiva, ou seja, independente da culpa.
A obrigação de Meio o devedor não se compromete com o objetivo final, mas apenas em se utilizar de todos os meios disponíveis para alcançar o resultado pretendido. Caberá ao devedor a prova de que se utilizou de todos os meios ao seu alcance e que desenvolveu adequadamente a sua função.
É de entendimento da corte que as ações indenizatórias por erro médico em cirurgias plásticas é OBRIGAÇÃO DE RESULTADO .
Responsabilidade Civil, por erro médico, Art. 14 do CDC. Cirurgias Plásticas OBRIGAÇÃO DE RESULTADO. CASO FURTUITO EXCLUDENTE DE RESPONSABILIDADE.
I -A jurisprudência desta Corte orienta que a obrigação éde 
resultado em procedimentos cirúrgicos par fins estéticos.
I -Esta Corte só conhece de valores fixados a título de danos 
morais que destoam razoabilidade, o que nãocoreu no 
presente caso. 
I - O agravo não trouxe nenhum argumento novo capaz de 
modificar conclusão alvitrada, a qual se mantém por seu 
própis fundamentos. Agravo improvido
Agravo Regimental improvido.
	Processo
	REsp 1180815 / MG
RECURSO ESPECIAL
2010/0025531-0
	Relator(a)
	Ministra NANCY ANDRIGHI (1118)
	Órgão Julgador
	T3 - TERCEIRA TURMA
	Data do Julgamento
	19/08/2010
	Data da Publicação/Fonte
	DJe 26/08/2010
RB vol. 563 p. 29
RT vol. 903 p. 196
	Ementa
	RECURSO ESPECIAL. RESPONSABILIDADE CIVIL. ERRO MÉDICO. ART. 14 DO
CDC. CIRURGIA PLÁSTICA. OBRIGAÇÃO DE RESULTADO. CASO FORTUITO.
EXCLUDENTE DE RESPONSABILIDADE.
1. Os procedimentos cirúrgicos de fins meramente estéticos
caracterizam verdadeira obrigação de resultado, pois neles o
cirurgião assume verdadeiro compromisso pelo efeito embelezador
prometido.
2. Nas obrigações de resultado, a responsabilidade do profissional
da medicina permanece subjetiva. Cumpre ao médico, contudo,
demonstrar que os eventos danosos decorreram de fatores externos e
alheios à sua atuação durante a cirurgia.
3. Apesar de não prevista expressamente no CDC, a eximente de caso
fortuito possui força liberatória e exclui a responsabilidade do
cirurgião plástico, pois rompe o nexo de causalidade entre o dano
apontado pelo paciente e o serviço prestado pelo profissional.
4. Age com cautela e conforme os ditames da boa-fé objetiva o médico
que colhe a assinatura do paciente em ?termo de consentimento
informado?, de maneira a alertá-lo acerca de eventuais problemas que
possam surgir durante o pós-operatório.
RECURSO ESPECIAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO.
	Acórdão
	Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça, na conformidade dos
votos e das notas taquigráficas constantes dos autos, por
unanimidade, negar provimento ao recurso especial, nos termos do
voto do(a) Sr(a). Ministro(a) Relator(a). Os Srs. Ministros Sidnei
Beneti, Paulo de Tarso Sanseverino e Vasco Della Giustina votaram
com a Sra. Ministra Relatora. Ausente, ocasionalmente, o Sr.
Ministro Massami Uyeda.

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