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Materia constitucional

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Matéria de Constitucional 
Conceito.- Constituição é a Lei Maior de uma sociedade politicamente organizada. É o modo pelo qual se forma, se estabelece e organiza uma sociedade.
Classificação.=
As constituições podem ser classificadas quanto ao conteúdo, como materiais e formais.
Do ponto de vista material, Constituição seria um conjunto de normas que disciplinam a criação do Estado, da sua estrutura básica, das atribuições de seus órgãos, dos limites de poder, dos direitos dos indivíduos, dos grupos e da sociedade como um todo.
Constituição é a lei maior, a lei fundamental e suprema de um Estado. Seu conteúdo atinge a estruturação do Estado, a formação dos poderes públicos, forma de governo, aquisição do poder, distribuição de competências, direitos, garantias e deveres dos cidadãos.
Formalmente,Constituição é o texto escrito resultante da manifestação do Poder Constituinte Originário que somente poderá ser modificado nos limites estabelecidos pelo mesmo Poder Constituinte.
A Constituição Federal é a norma superior de todo o ordenamento normativo brasileiro que determina como devem ser produzidas as demais normas e que limita o conteúdo das mesmas, condicionando-o ao seu texto, às suas determinações.
Conforme ensina Paulo Bonavides, as Constituições não raro inserem matéria de aparência constitucional. São pontos introduzidos no texto constitucional mas que não se referem a elementos básicos ou institucionais da organização política.
Em relação à forma, as constituições podem ser escritas e não escritas.
Escritas seriam as constituições sistematizadas em um só texto. Já as constituições não escritas são geralmente contidas em textos esparsos ou em costumes e convenções.
Em relação à origem, as constituições podem ser promulgadas ou democráticas e outorgadas.
O que se analisa aqui é a legitimidade democrática do exercício do Poder Constituite.
 Promulgadas serão as contituições que contarem com a participação popular na sua elaboração mediante a eleição de representantes.
Outorgadas serão as constituições resultantes da ausência da legítima manifestação popular na sua construção e da imposição pelos detentores do poder político de fato.
No tocante à estabilidade do seu texto, isto é, em relação ao procedimento adotado para a modificação do texto constitucional, as constituições serão rígidas, flexíveis ou semi-rígidas.
As constituições serão rígidas quando o procedimento de modificação da Constituição é mais complexo do que aquele estipulado para a criação de legislação infraconstituiconal.
Fléxíveis serão as constituições que poderão ser modificadas pelo legislador ordinário conforme o procedimento adotado para a edição da legislação infraconstitucional.
Semi-rígidas serão as constituições em que cuja parte só poderá ser alterada mediante um procedimento mais dificultoso, ao passo que o restante pode ser modificado pelo legislador ordinário, segundo o processo previsto para a edição de legislação infraconstitucional.
No tocante à extensão e finalidade, as constituições serão analíticas ou dirigentes e sintéticas ou negativas.
As constituições analíticas trabalham todos os assuntos relevantes à formação, destinação e funcionamento do Estado.
 As constituições sintéticas apenas preveem os princípios e as normas gerais de regência do Estado.
Primeiro uma rápida revisão de como uma norma constitucional pode ser classificada segundo José Afonso da Silva:
Eficácia Plena– São de aplicação direta e imediata e independem de uma lei que venha mediar os seus efeitos. As normas de eficácia plena também não admitem que uma lei posterior venha a restringir o seu alcance.
Eficácia Contida – Assim como a plena é de aplicação direta e imediata não precisando de lei para mediar os seus efeitos, porém, poderá ver o seu alcance limitado pela superveniência de uma lei infraconstitucional, por outras normas da própria constituição estabelece ou ainda por meio de preceitos ético-jurídicos como a moral e os bons costumes.
Eficácia Limitada – São de aplicação indireta ou mediata, pois há a necessidade da existência de uma lei para “mediar” a sua aplicação. Caso não haja regulamentação por meio de lei, não são capazes de gerar os efeitos finalísticos (apenas os efeitos jurídicos que toda norma constitucional possui). Pode ser:
a) Normas de princípio programático (normas-fim)- Direcionam a atuação do Estado instituindo programas de governo.
b) Normas de princípio institutivo - Ordenam ao legislador a organização ou instituição de órgãos, instituições ou regulamentos.
 Até aí tudo bem... Mas qual o pulo do gato? Basta seguir o fluxograma abaixo:
Se não conseguir visualizar, clique aqui!!
Vamos primeiro fazer uma questão exemplo, seguindo este fluxograma:
(FCC/Defensor-DPE-SP/2010) Utilizando-se a classificação de José Afonso da Silva no tocante a eficácia e aplicabilidade das normas constitucionais, a norma constitucional inserida no artigo 5°, XII:
"é inviolável o sigilo de correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal", pode ser classificada como norma
a) de eficácia plena, isto é, de aplicabilidade direta, imediata e integral, não havendo necessidade de lei infraconstitucional para resguardar o sigilo das comunicações.
b) de eficácia limitada, isto é, de aplicabilidade indireta, mediata e não integral, ou seja, o sigilo somente poderá ser garantido após a integração legislativa infraconstitucional.
c) de eficácia contida, isto é, de aplicabilidade direta, imediata, porém não integral, ou seja, a lei infraconstitucional poderá restringir sua eficácia em determinadas hipóteses.
d) com eficácia relativa restringível, isto é, o sigilo pode ser limitado em hipóteses previstas em regramento infraconstitucional.
e) de eficácia relativa complementável ou dependente de complementação legislativa, isto é, depende de lei complementar ou ordinária para se garantir o sigilo das comunicações. 
Comentários:
Vamos analisar a questão utilizando fluxograma:
Passo 1 - ler a norma calmamente:
"é inviolável o sigilo de correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal"
Passo 2 - responder à pergunta 1:
Eu consigo aplicar o preceito? Claro... ele garante a inviolabilidade das comunicações. Pronto, as comunicações estão invioláveis! É garantido o sigilo.
Então, a norma tem aplicação imediata, está pronta para ser aplicável.
Passo 3 - responder à pergunta 2a:
Ahhh... mas tem um "porém". A norma traz uma possibilidade de restringir o último caso (comunicações telefônicas), por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer.
Desta forma, pode vir uma lei trazendo hipóteses de restrição, contendo a plena aplicação da norma.
Pronto... acabou! Estou diante de uma norma que tem aplicação imediata, porém, de eficácia contida, já que ela é aplicável desde logo, mas pode sofrer limitações posteriores em virtude de le
Gabarito: Letra C.
Agora vamos a outra questão também da FCC:
(FCC/ TJAA- TRT-18/ 2013) Considere o artigo 37, VII, da Constituição Federal de 1988: O direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica.
Trata-se de norma de eficácia
(A) contida.
(B) plena.
(C) limitada.
(D) programática.
(E) exaurida.
Comentários:
Passo 1 - ler a norma calmamente:
"O direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica".
Passo 2 - responder à pergunta 1:
Eu consigo aplicar desde já o preceito? 
Não. Pois você não sabe, só de ler a norma, em quais termos o direito de greve será exercido... Pois ele deverá ser exercidonos termos que for regulamentado por uma lei específica. É necessário que você vá além da Constituição para saber como proceder.
Então, a norma NÃO tem aplicação imediata, mas sim MEDIATA, pois precisa de uma lei para MEDIAR os seus efeitos.
Ela já é uma norma de eficácia LIMITADA.
Como isso já acertamos a questão, mas se ela fosse além? Como proceder? Basta continuar o fluxograma:
Passo 3 - responder à pergunta 2b:
Ela traça planos de governo ou ordena que se faça órgãos / institutos / regulamentos ? Ela ordena que se faça regulamentos! Ou seja, que se regulamente a greve no serviço público... Ahhh.. Então é uma norma de eficácia limitada, de princípio institutivo!
Gabarito: Letra C 
Recepção X Repristinação X Desconstitucionalização 
1.Recepção
Recepção é um processo abreviado de criação de normas jurídicas, pelo qual a nova Constituição adota as leis já existentes, se com ela compatíveis, dando-lhes validade e evitando o trabalho de se elaborar toda a legislação infraconstitucional novamente. Ocorre em dois planos:
Plano Formal
Á quanto ao tipo de lei ou norma jurídica; é automática e imediata, sendo prontamente adaptada ao novo tipo normativo exigido pela nova Constituição. Ex.: se era decreto-lei, continuará com esse nome mas será aplicada com força de lei ordinária ou complementar; 
Plano Material
Á quanto a matéria da qual cuida a lei; poderá haver ou não recepção, de acordo com a admissão de vigência da norma anterior em face da atual Constituição. 
2. Repristinação
Repristinação é arestauração de lei revogada.
Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadoraperdido a vigência. A repristinação só é admitida se for expressa.
Se a lei revogadora for considerada inconstitucional, ela é nula, inexistente e nenhum dos seus efeitos são considerados, portanto, não houve a revogação da lei anterior, pelo que a declaração de inconstitucionalidade conduz a repristinação da norma jurídica revogada.
Obs.: a Constituição tem efeitos imediatos mas não retroativos, a não ser que expressamente os preveja. Essa orientação, visa preservar a segurança jurídica das relações havidas sob a ordem constitucional anterior. O art. 5º, XXXVI, protege o direito adquirido.
3. Desconstitucionalização
Desconstitucionalização ocorre qdo matérias tratadas pela Constituição anterior não hajam sido tratadas na nova e nesta nova Constituição não se encontra nada que seja obstáculo àqueles artigos existentes na anterior. Nessas condições, os artigos da Constituição substituída permaneceriam em vigência sob a forma de lei ordinária. No Brasil, prevalece a idéia de que para haver adesconstitucionalização necessitaria de previsão expressa na nova Constituição.
4. Conflitos de Lei no Tempo
São 4 os conflitos possíveis de normas jurídicas no tempo: 
Constituição anterior x Constituição nova
Duas teorias: DESCONSTITUCIONALIZAÇÃO E SUBSTITUIÇÃO INTEGRAL.
No Brasil, adota-se a substituição integral, reconhecendo-se a adoção da desconstitucionalização desde que a nova Constituição preveja esse efeito.
Obs.: o controle de constitucionalidade, no modelo difuso, permite a discussão atual da inconstitucionalidade incidental tendo como referência a Constituição anterior;
Lei infraconstitucional anterior x Constituição nova
Se a lei anterior for incompatível com a nova Constituição, então estará revogada por não-recepção. É proibido a conclusão pela inconstitucionalidade.
Se for compatível, será recepcionada no momento da entrada em vigor da nova Constituição, não sofrendo alteração em seu nome, data ou número, sendo apenas sua condição jurídica alterada já que terá que ser adaptada ao que a nova Constituição impõe para a matéria. Adquire nova vigência.
Constituição nova x Lei infraconstitucional posterior
A incompatibilidade resolve-se pelo reconhecimento de sua inconstitucionalidade formal ou material, será portanto nula.
Lei infraconstitucional x Lei infraconstitucional
Uma lei revoga a outra em 3 situações:
•Quando expressamente o declare;
•Quando incompatível com a lei anterior;
•Quando regule inteiramente a matéria da lei anterior.
•Além do exposto acima:
•Lei nova prevalece sobre a mais antiga
•Lei específica prevalece sobre a genérica não revogando necessariamente a lei anterior.
PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE
A origem da proporcionalidade pode ser encontrada na passagem do Estado absolutista, onde o governante estava legalmente incondicionado, sem limites de atuação, para o Estado liberal (individualista), onde a lei passou a ser limitadora das próprias ações do governante. Se antes a lei garantia a totalidade do poder do monarca, agora ela serve de freio aos seus atos.
O Estado absolutista, com o poder concentrado nas mãos do monarca, já não conseguia dar as respostas esperadas aos apelos da população, ao contrário, avolumavam-se desmandos e as liberdades individuais restavam a mercê dos interesses da Administração. Percebeu-se então a necessidade de limitar o poder do administrador público, surgindo a proporcionalidade, como obstáculo aos desmandos, demarcando os meios que poderiam ser empreendidos, para obter as finalidades perseguidas.
3 Origem e evolução dos direitos fundamentais
Partindo-se de uma observação restrita e atual, poderíamos chegar ao entendimento de que os Direitos Fundamentais são derivados da constitucionalização. Entretanto, através de uma análise histórica da evolução do pensamento humano, concluímos que a origem de tais direitos encontra-se muito antes, e que os Direitos Fundamentais positivados hodiernamente nas Constituições são produto de diversas transformações ocorridas no decorrer da História.
Os primeiros mecanismos de proteção individual surgem ainda no antigo Egito e Mesopotâmia, consubstanciados no Código de Hamurabi (1690 a.C.), conforme lembra Moraes (1998). Foi a primeira codificação em que estavam presentes direitos comuns a todos os homens, como a vida, propriedade e dignidade, prevendo-se, também, a supremacia das leis em relação aos governantes.
Comparato (2001) elaborou obra com estudo aprofundado a respeito do tema. Segundo ele, no período axial(3), compreendido pelos séculos VIII a II a.C., com o surgimento do monoteísmo, surgiram os primeiros resquícios que deram origem aos Direitos Fundamentais. No mesmo período nasce a filosofia, substituindo o saber mitológico da tradição pelo saber lógico da razão. Através da tragédia grega, o homem passa a ser objeto de reflexão, e estabelecem-se os primeiros princípios e diretrizes fundamentais de vida. Nas palavras de Comparato:
É a partir do período axial que o ser humano passa a ser considerado, pela primeira vez na História, em sua igualdade essencial, como ser dotado de liberdade e razão, não obstante as múltiplas diferenças de sexo, raça, religião ou costumes sociais. Lançavam-se, assim, os fundamentos intelectuais para a compreensão da pessoa humana e para a afirmação da existência de direitos universais, porque a ela inerentes. (COMPARATO, 2001, p. 11)
Surge na Grécia, através do pensamento dos sofistas e estóicos, a noção de lei não escrita que, em contraponto à lei escrita, é reconhecida pelo consenso universal, e não apenas como a lei própria de cada povo. Tais leis possuem um fundamento moral e, como justificativa para sua vigência, começa a ser ressaltado o pensamento religioso, bem como a idéia de direito natural.
Transformação do conceito: as três gerações de direitos fundamentais
O conceito de Direitos Fundamentais está intimamente ligado à evolução da sociedade, o que, como visto anteriormente, acarretou uma modificação nas tutelas pretendidas e, conseqüentemente, abriu espaço para o surgimento constante de novos Direitos.
Os Direitos Fundamentais clássicos eram satisfeitos por meio de uma mera omissão do Estado. Com o desenvolvimento da sociedade, entretanto, tal conceito não mais bastou para o cumprimento das exigências supervenientes. Surgiram direitos que passaram aexigir uma atitude positiva por parte do Estado, o que atribui aos titulares de Direitos Fundamentais dois tipos de prerrogativas: liberdade e poder. Celso Ribeiro Bastos não compartilha, porém, do entendimento de Bobbio no sentido de que liberdade e poder são direitos antagônicos, pois entende que:
Há muitas liberdades que nenhum prejuízo sofrem com o surgimento das novas modalidades protetoras do homem, demonstrando que numa grande área há plena complementaridade entre as duas sortes de garantias. (BASTOS, 2001, p. 181)
O lema da Revolução Francesa, conforme afirma Bonavides (2002), profetizou a seqüência histórica da gradativa institucionalização dos Direitos Fundamentais, do que decorre sua divisão em três gerações(7), sucessivamente: direitos da liberdade, da igualdade e da fraternidade.
Os direitos de primeira geração correspondem aos direitos da liberdade, e foram os primeiros previstos constitucionalmente. Referem-se aos direitos civis e políticos, têm como titular o indivíduo e são direitos de resistência ou oposição contra o Poder Público. Pressupõem uma separação entre Estado e Sociedade, em que esta exige daquele apenas uma abstenção, ou seja, uma obrigação negativa visando a não interferência na liberdade dos indivíduos. Segundo Bobbio (1992), são direitos que reservam ao indivíduo uma esfera de liberdade "em relação ao" Estado. Nesta mesma dimensão, porém no que concerne aos direitos políticos, Bobbio afirma serem direitos que concedem uma liberdade "no" Estado, pois permitiram uma participação mais ampla, generalizada e freqüente dos membros da comunidade no poder político.
Podem ser citados como exemplos de Direitos Fundamentais de primeira geração os direitos à vida, à liberdade e à igualdade, previstos no caput do artigo 5º da Constituição Federal de 1988. Derivados de tais direitos, também podem ser destacados como direitos de primeira geração na Constituição brasileira as liberdades de manifestação (art. 5º, IV), de associação (art. 5º, XVII) e o direito de voto (art. 14, caput).
Os direitos da segunda geração são os sociais, culturais e econômicos. Derivados do princípio da igualdade, surgiram com o Estado social e são vistos como direitos da coletividade. São direitos que exigem determinadas prestações por parte do Estado, o que ocasionalmente gerou dúvidas acerca de sua aplicabilidade imediata, pois nem sempre o organismo estatal possui meios suficientes para cumpri-los. Tal questionamento, entretanto, foi sanado nas mais recentes Constituições, tal como a brasileira, que prevê no art. 5º, § 1º a auto-aplicabilidade das normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais. Tratam-se dos direitos sociais. Partindo-se do raciocínio de Bobbio, são direitos de liberdade "através" ou "por meio" do Estado.
Na Constituição brasileira de 1988, tais direitos estão elencados em capítulo próprio, denominado "dos diretos sociais", onde estão descritos diversos Direitos Fundamentais, dentre os quais os direito a educação, saúde, trabalho, moradia, lazer, segurança e previdência social (art. 6º, caput).
Nesta tangente, nasceu um novo conceito de Direitos Fundamentais, os quais passaram a ser objetivados. Segundo Bonavides (2002), o Estado passou a ter a obrigação de criar pressupostos fáticos para a realização dos direitos, indispensáveis ao pleno exercício da liberdade, sobre os quais o indivíduo já não tem propriamente o poder. Tais pressupostos começam a inspirar também a legislação de Direitos Fundamentais constante de Tratados, pactos e convenções internacionais. Conforme Bonavides, "passaram a ser vistos numa perspectiva também de globalidade, enquanto chave de libertação material do homem." (2002, p. 521) A ação começa a partir não de um Estado em particular, mas de uma comunidade de Estados.
Assentados sobre a fraternidade, surgem os Direitos Fundamentais de terceira geração, os direitos difusos, os quais visam à proteção do ser humano, e não apenas do indivíduo ou do Estado em nome da coletividade. Nas palavras de Sarlet, "trazem como nota distintiva o fato de se desprenderem, em princípio, da figura do homem-indivíduo como seu titular, destinando-se à proteção de grupos humanos." (1998, p. 50)
A atribuição da denominação de "direitos de solidariedade" ou "fraternidade" aos direitos da terceira geração, no entender de Sarlet, é conseqüência da sua implicação universal, "por exigirem esforços e responsabilidades em escala até mesmo mundial para sua efetivação." (1998, p. 51)
A princípio, são identificados cinco direitos como sendo da terceira geração: o direito ao desenvolvimento, à paz, ao meio ambiente, o direito de propriedade sobre o patrimônio comum da humanidade e o direito de comunicação. Podem, entretanto, surgir outros direitos de terceira geração, à medida que o processo universalista for se desenvolvendo. Segundo Sarlet (1998), tais direitos ainda não estão completamente positivados nas Constituições, sendo em sua maior parte encontrados em Tratados e outros documentos transnacionais.
Alguns autores têm admitido a existência de uma quarta geração de Direitos Fundamentais. Segundo Bonavides (2002), em meio a uma sociedade que caminha rumo a uma globalização econômica neoliberal, cuja filosofia de poder é negativa e intenta a dissolução do Estado Nacional debilitando os laços de soberania, os direitos de quarta geração surgem junto à globalização política na esfera da normatividade jurídica. São eles os direitos à democracia, à informação e ao pluralismo. Tais direitos formam o ápice da pirâmide dos Direitos Fundamentais. Para Bonavides, "os direitos de quarta geração compendiam o futuro da cidadania e o porvir da liberdade de todos os povos. Tão somente com eles será legítima e possível a globalização política." (2002, p. 525)
No tocante à aplicabilidade dos Direitos Fundamentais, Comparato atribui-lhes alguns princípios, os quais, segundo ele, "dão coesão ao todo e permitem sempre a correção de rumos, em caso de conflitos internos ou transformações externas." (2001, p. 60) Dividem-se em princípios axiológicos e estruturais. Os princípios axiológicos supremos são os que formam a tríade da Revolução Francesa: liberdade, igualdade e fraternidade.
Os princípios estruturais são de duas espécies. O primeiro deles é o princípio da irrevogabilidade dos Direitos Fundamentais. A evolução histórica só faz ampliar a necessidade de formulação de novos Direitos e, por isso, aqueles já declarados e reconhecidos oficialmente não podem ser revogados,
dado que eles se impõem, pela sua própria natureza, não só aos Poderes Públicos constituídos em cada Estado, como a todos os Estados no plano internacional, e até mesmo ao próprio Poder Constituinte. (COMPARATO, 2001, p. 64)
O outro princípio consiste na complementaridade solidária. Seu conceito é bem declarado na Conferência Mundial dos Direitos Humanos, realizada em Viena em 1993, segundo a qual:
Todos os direitos humanos são universais, indivisíveis, interdependentes e inter-relacionados. A comunidade internacional deve tratar os direitos humanos globalmente, de modo justo e eqüitativo, com o mesmo fundamento e mesma ênfase(8).
Daí extrai-se que "todos os seres humanos merecem igual respeito e proteção, a todo tempo e em todas as partes do mundo em que se encontrem." (COMPARATO, 2001, p. 65)
Artigos5º e seguintes =
Atualmente, observa-se o fenômeno de expansão dos tratados internacionais de direitos humanos como realidade necessária ao próprio desenvolvimento da globalização a nível jurídico. O Brasil não esteve alheio a este avanço e o adotou em sua Constituição, notadamente no art. 5º, §§ 1º e 2º, os seguintes termos referentes às liberdades fundamentais:
“Art. 5° Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:(...)
§ 1º As normas definidoras dos direitos e garantiasfundamentais têm aplicabilidade imediata.
§ 2° Os direitos e garantias expressos nesta constituição não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados e convenções internacionais em que a república federativa do Brasil seja parte.”
de acordo com a regra do novo, § 3.º, do art. 5.º da Carta de 1988. Tais tratados, de forma idêntica à que se defendia antes da reforma constitucional, continuam dispensando a edição de decreto de execução presidencial para que irradiem seus efeitos tanto no plano interno como no plano internacional, uma vez que têm aplicação imediata no ordenamento jurídico brasileiro. Quaisquer outros problemas relativos à aplicação dos tratados de direitos humanos no Brasil não são problemas de direito, mas sim, de falta de vontade (animus) por parte dos poderes públicos, notadamente o Poder Judiciário”.
Perguntas possíveis da prova =
Confira abaixo o gabarito e as respostas comentadas:
1 A Constituição que é fruto de um acordo entre o soberano e a representação nacional é denominada de: 
a) ortodoxa. 
b) dualista. 
c) cesarista. 
d) pluralista. 
 A resposta certa é a letra b. Quanto à origem ou processo, a Constituição pode ser “dualista” ou “pactuada”, ou seja, fruto de um acordo entre o soberano e a representação nacional.
2 Quanto ao modo de sua elaboração, a Constituição sistematizada em ideias e princípios fundamentais de teoria política e do Direito dominante no momento de confecção, denomina-se: 
a) flexível. 
b) formal. 
c) outorgada. 
d) dogmática. 
. A resposta certa é a letra d. Constituição dogmática é aquela que reflete a aceitação de certos dogmas, ideais vigentes no momento de sua elaboração, reputados verdadeiros pela ciência política. 
3 Quanto ao conteúdo, a constituição que regula a estrutura do Estado e a organização de seus órgãos, sendo que suas regras podem ou não estar dentro do corpo da carta magna, denomina-se: 
a) formal ou escrita. 
b) material ou substancial. 
c) outorgada ou dogmática. 
d) flexível ou rígida. 
. A resposta certa é a letra b. Constituição material ou substancial é o conjunto de regras materialmente constitucionais, que regula a estrutura do Estado, a organização de seus órgãos e os direitos fundamentais. Tais regras podem ou não estar no próprio corpo da Constituição.
4 Assinale a alternativa que aponta regra não materialmente constitucional: 
a) as que organizam o Estado. 
b) as que se relacionam com o poder. 
c) as que dispõem sobre as hipóteses de inelegibilidades para os cargos do Poder Executivo e do Poder Legislativo. 
d) as que tratam da política de desenvolvimento urbano. 
Você deixou essa questão em branco. A resposta certa é a letra d. São materialmente constitucionais as normas regula a estrutura do Estado, a organização de seus órgãos e os direitos fundamentais. O desenvolvimento urbano não se enquadra nesse rol. 
5 Normas de estabilidade constitucional: 
a) São as regras que estruturam o Poder, organizando o Estado (regras materialmente constitucionais). 
b) São as regras que limitam o Poder (direito e garantias fundamentais). 
c) São as regras relacionadas com a ordem econômica e social. 
d) São as regras que visam assegurar a supremacia da Constituição, a solução de conflitos constitucionais e a solução de crises. 
A resposta certa é a letra d. Normas orgânicas são as regras que estruturam o poder, organizando o Estado (regras materialmente constitucionais). Limitativas são as regras que limitam o poder (direito e garantias fundamentais). Sócio-Ideológicas são as regras relacionadas com a ordem econômica e social.
6 =Quanto à forma, a Constituição em que as normas não constam de um documento único e solene, denomina-se: 
a) escrita. 
b) formal. 
c) costumeira. 
d) material. 
A resposta certa é a letra c. Constituição não-escrita, costumeira ou consuetudinária: é a aquela em que as normas não constam de um documento único e solene. Suas fontes são os usos e costumes, os precedentes jurisprudenciais e os textos escritos esparsos (atos do Parlamento). Ex.: Constituição do Reino Unido.
7assinale a alternativa INCORRETA. 
a) Constituição rígida é aquela que para ser modificada necessita de um processo mais complexo do que o exigido para a mudança das leis ordinárias. 
b) A Constituição de 1937 foi apelidada de Constituição Cidadã. 
c) A Constituição de 1934 foi positivada por promulgação. 
d) Todas as regras dispostas no texto constitucional são formalmente constitucionais. 
 . A resposta certa é a letra b. A Constituição Federal de 1988 foi chamada de Constituição Cidadã por estabelecer direitos e garantias fundamentais.
8 Quanto à extensão, a constituição extensa, prolixa, detalhista, denomina-se: 
a) sintética. 
b) promulgada. 
c) analítica. 
d) outorgada. 
A resposta certa é a letra c. Constituição analítica é aquela que se caracteriza por ser extensa, minuciosa, prolixa. Ex.: CF/88.
9 A norma constitucional que garante a todos "o livre exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer", é norma: 
a) de aplicabilidade plena e de eficácia redutível. 
b) de eficácia limitada. 
c) de eficácia plena. 
d) programática. 
resposta certa é a letra a. É norma constitucional de eficácia redutível ou restringível pela atividade do legislador infraconstitucional, apesar de sua aplicabilidade plena.
10 Assinale a alternativa CORRETA. 
a) A Constituição garantia também é chamada Constituição quadro ou negativa. 
b) A Constituição garantia é aquela que garante poder ilimitado ao governante. 
c) A Constituição garantia também é chamada Constituição dirigente. 
d) Todas as alternativas estão corretas. 
 A resposta certa é a letra a. Constituição garantia, quadro ou negativa, é aquela que enuncia os direitos das pessoas, limitando o exercício abusivo do poder e dando uma garantia aos indivíduos. É denominada quadro, porque há um quadro de direitos definidos. É chamada de negativa, porque se limita a declarar os direitos e, por conseguinte, o que não pode ser feito.
11 analise as afirmações abaixo e assinale a alternativa CORRETA.
 I – A constituição rígida não pode ser modificada pelo poder constituinte derivado ou reformador.
 II – A constituição flexível pode ser modificada por procedimento comum, o mesmo utilizado para as leis ordinárias. 
 III - Constituição semirrígida contém uma parte rígida e outra flexível. 
a) As afirmações I e II estão corretas. 
b) As afirmações I e III estão corretas. 
c) As afirmações II e III estão corretas. 
d) Todas as afirmações estão corretas. 
A resposta certa é a letra c. A constituição rígida para ser modificada necessita de um processo especial, mais complexo do que o exigido para alteração da legislação infraconstitucional. Portanto, a constituição rígida pode ser alterada, só que é exigido um procedimento mais solene do que o comum. 
 Por isso, a afirmação I está INCORRETA, pois ela afirma que a constituição rígida não pode ser modificada pelo poder constituinte derivado ou reformador.
12 Quanto à ideologia, a constituição que possui uma linha política indefinida, equilibrando diversos princípios ideológicos, denomina-se: 
a) eclética ou pluralista. 
b) ortodoxa ou simples. 
c) dogmática ou sintética. 
d) analítica ou promulgada. 
A resposta certa é a letra a. Constituição eclética, pluralista, complexa ou compromissória, é aquela que possui uma linha política indefinida, equilibrando diversos princípios ideológicos. 
13 A emenda à Constituição será promulgada: 
a) pelo Presidente da República, em 48 horas. 
b) pelo Presidente do Senado Federal, em 24 horas. 
c) pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. 
d) pelo Presidente da República e pelo Congresso Nacional. 
A resposta certa é a letra c. Determina o art. 60, § 3°, da CF: "A emenda à Constituiçãoserá promulgada, pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, com o respectivo número de ordem".
14 Assinale a alternativa INCORRETA. 
a) A Constituição de 1937 foi outorgada. 
b) A Constituição do Império (1824) era semirrígida. 
c) A Constituição de 1946 foi outorgada. 
d) A Constituição de 1937 também foi chamada de “Polaca”. 
15 A Constituição Federal Brasileira de 1988 é considerada: 
a) formal, escrita, analítica, dogmática, promulgada e rígida. 
b) material, escrita, analítica, dogmática, promulgada e rígida. 
c) formal, escrita, sintética, dogmática, promulgada e rígida. 
d) formal, escrita, analítica, histórica, promulgada e rígida. 
Você deixou essa questão em branco. A resposta certa é a letra a. A Constituição Federal Brasileira de 1988 é:
- Formal: as normas inseridas na CF são constitucionais ainda que não sejam materialmente constitucionais.
- Escrita: as normas constitucionais estão condensadas em um documento político.
- Analítica: a CF é extensa, prolixa, tratando, às vezes, de matérias que poderiam ser tratadas pelo legislador infraconstitucional.
- Dogmática: reflete a aceitação de certos dogmas, ideais vigentes no momento de sua elaboração, reputados verdadeiros pela ciência política.
- Promulgada: é delineada por representantes eleitos pelo povo para exercer o Poder Constituinte.
- Rígida: para ser modificada necessita de um processo especial, mais complexo do que o exigido para alteração da legislação infraconstitucional. 
16 Analise as afirmações abaixo e escolha a alternativa CORRETA.
 I - Norma constitucional de eficácia plena é aquela que contém todos os elementos necessários para a pronta e integral aplicabilidade dos efeitos que dela se esperam.
 II - Norma constitucional de eficácia limitada é uma norma de eficácia plena, que opera todos os efeitos desde sua entrada em vigor. No entanto, o legislador está autorizado a reduzi-la.
 III - Norma constitucional de eficácia contida é aquela que não contém todos os elementos necessários à sua integral aplicabilidade, porque ela depende da interposição do legislador. 
a) Apenas a afirmação I está correta. 
b) Apenas a afirmação II está correta. 
c) Apenas a afirmação III está correta. 
d) Todas as afirmações estão corretas. 
17 Assinale a alternativa INCORRETA. 
a) Regras materialmente constitucionais são as regras que organizam o Estado. 
b) Somente são materialmente constitucionais as regras que se relacionam com o poder e que tratam de matéria constitucional, independentemente de estarem ou não dispostas na Constituição. 
c) Todas as regras dispostas no texto constitucional são formalmente constitucionais. 
d) O fato de uma regra estar na Constituição não significa que ela é hierarquicamente superior as demais normas jurídica do ordenamento. 
18 Assinale a alternativa CORRETA. 
a) Constituição, no sentido jurídico, pode ser definida como sendo aquela que diz respeito à forma de Estado, à forma de governo, aos órgãos do poder e à declaração dos direitos individuais. 
b) No sentido sociológico, Constituição é a “soma dos fatores reais do poder que regem nesse país”. 
c) No sentido político, Constituição é considerada “norma pura”, puro “dever-ser”, sem qualquer pretensão à fundamentação sociológica, política ou filosófica. 
d) Todas as alternativas estão corretas. 
- No sentido jurídico, Constituição é considerada “norma pura”, puro “dever-ser”, sem qualquer pretensão à fundamentação sociológica, política ou filosófica.
19 A Constituição outorgada que passa por uma encenação de um processo de consulta ao eleitorado, para revesti-la de aparente legitimidade é denominada de: 
a) dogmática. 
b) promulgada. 
c) cesarista. 
d) pluralista. 
20 São normas constitucionais de eficácia contida aquelas: 
a) em que o constituinte, em vez de regular, direta e imediatamente determinados interesses, limita-se a traçar-lhes os princípios para serem cumpridos pelos seus órgãos. 
b) em que o legislador constituinte regulou suficiente os interesses relativos a determinada matéria, mas deixou margem à atuação restritiva por parte do legislador infraconstitucional. 
c) que, desde a entrada em vigor da Constituição, produzem ou têm possibilidade de produzir todos os seus efeitos. 
d) por meio das quais o legislador constituinte traça esquemas gerais de estruturação e atribuição de órgãos, entidades ou institutos, para que o legislador ordinário os estruture, em definitivo, mediante lei.

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