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Sinalização Celular Por Luan Matos de Menezes Existem mecanismos de comunicação entre as células onde diversos tipos de susbstâncias como feromônios, citocinas, lipídios, açucares, e diversas outras moléculas biológicas específicas funcionam como sinalizadores. Estes por sua vez irão acoplar-se a receptores na membrana celular. Esses receptores irão sofrer algum tipo de conformação alostérica que por sua vez mudara a conformação de outra proteína no lado citosólico. Então essa proteína desencadeia uma cascata de eventos intrecelulares que pode resultar na super expressão de um gene por exemplo. Esse mecanismo é o que chamado se sinalização celular. Quato a origem do sinal, ele pode ser atucrino ( da célula PR apropria célula), parácrino (para células vizinhas) ou endócrina (sinalizadores caem na corrente sanguínea e podem afetar o corpo todo). Receptores que ativam as vias de sinalização celular são extremamente específicos a uma molécula ou a um grupo muito próximo de moléculas, ao passo que uma molécula sinalizadora pode aciona diferentes receptores dentro de um organismo. É o caso da acetilcolina que ata nos receptores muscarinicos e nos nicotínicos. É importante lembrar que a resposta máxima de uma via de sinalização não depende do preenchimento total dos receptores desta via. No caso da adrenalina por exemplo, ela só precisa estar ligada a 1% de seus receptores para gerar resposta máxima. Isso é extremamente positivo, pois gera uma reserva biológica de receptores disponíveis para a via. Lembrando que Kd é a concentração que é necessária da substância livre para que a célula tenha metade da resposta máxima. A sensibilidade da célula aumenta a um certo tipo de molécula sinalizadora dependendo da quantidade de receptores que a mesma tem. Se ela tem muitos receptores, ela terá consequentemente mais afinidade. O processo de Sinalização celular lança mão de segundos mensageiros, dentro os quais os mais importantes temos o AMPc, o GMPc, o Diacil glicerol, inositol trifosfato, fostidilinositídio, o Cálcio também é um secundo mensageiro importante. Existem duas grandes classificações de vias de sinalização: As que usam proteínas GTPase para a sua ativação e as que usam porteínas Cinase e fosfatases para sua ativação. Também podem ser classificadas entre as proteínas que atuarão no núcleo e as que atuarão no funcionamento de proteínas citoplasmáticas. As vias de sinalização precisam ser constantemente realizadas e reguladas. Isso ocorre porque algumas vias de sinalização, por exemplo, são responsáveis pelo crescimento e pela proliferação celular, que devem ter um número limitado. Alterações nessas vias podem justificar a aparição de neoplasias. Proteína G Essa via começa pelos Receptores Acoplados de Proteína G. Esses receptores tem 7 domínios alfa hélice e sofre regulação alostérica na curva C3 entre o domínio 5 e 6. Já a proteína G que da nome a esta via de sinalização é uma proteína trimérica, com um domínio alfa, beta e gama, onde o domínio alfa é a GTPase que aciona o processo em conseqüência da ligação de algum receptor ao receptor de proteína G. Essa proteína G pode ser Gs (STIMULATÓRIA) ou Gi (INIBITÓRIA) dependendo de como a mesma irar atuar na adenilato ciclase como veremos adiante. A epinefrina (adrenalina) usa de diferentes tipos de receptores em diferentes tecidos, podem ter ação inibitória ou não. A via clássica da proteína G faz com que a subunidade alfa, fosforilada, vire alfa GTP, se desprenda d aBeta gama e ambas podem funcionar para desencadear eventos. Neste caso a Alfa GTP irá ativar uma enzima de membrana especial, a Adenilato cilcase. Ao se sabe bem ainda quantos domínios transmembrana ela tem, pois é um número variável. O certo é que ela tem dois domínios catalíticos, uma porção estimulatório, que produz AMPc e uma porção inibitória que corta a produção de AMPc. O AMPc ativa uma série de proteína PKA (fosfocinase A), que podem desencadear muitos eventos intracelulares. O exemplo clássico é a degradação do glicogênio e regulação da gliconeogênese. As respostas de sinalização celular são econômica pois o sinal é eficientemente amplificado. Com isso, temos que um receptor é suficiente para produzir uma resposta consideravelmente grande dentro da célula. A regulação da via da proteína G se da de duas maneiras. Primeira que assim que a proteína G se dissocia, a afinidade do GPCR na membrana pelo receptor cai bastante, forçando a sua separação do ligante. A segunda é que assim que a alfa GTP atinge a adenilato ciclase, ela é rapidamente convertida em alfa GDP, de modo qu epe necessária uma alta concentração de hormônio para manter os níveis inta celulares de AMPc altos. Existe uma proteína especial em células de alguns órgãos que se trata das AKAPs. Elas são capazes de diminuir a resposta do AMPc em alguns sítios da célula pois são capazes de captar as PKA em sítios celulares específicos diminuindo a resposta final da sinalização em regiões da célula. No coração, os receptores muscarinicos de acetilcolina (que são GPCR), ativam a proteína G, sendo que a subunidade Beta – gama abre um canal iônico de K++ cálcio dependente. Existe um tipo especial de proteína G chamada de proteína Gt, que funciona nos olhos e regulação a captação de luz nos bastonetes, mediando o processo de visão noturna. A Rodopsina, que é o receptor de proteína G nesse caso (GPCR), sofre mudança alosterica com a presença de luz, para a trans-opsina-mutase II, essa por sua vez ativa uma proteína G. A subunidade alfa gtp desta célula vai ativar uma proteína conversora de GMPc, que vai converte-lo em GMP. Uma queda no GMPc fecha OS CANAIS IÔNICOS NÃO SELETIVOS (AQUI EXISTE A PRESENÇA DE CANAIS IÔNICOS NÃO SELETIVOS PARA Na K e Ca. São importantes pois mantém a célula mais polarizada que o normal, gerando uma sinapse constante dos bastonetes, indicando que estão inativos) dos discos dos bastonetes, fechando a sinapse nervosa que se faz constante na presença de luz, acionando os mecanismos de visão noturna. Existe uma via da proteína G extremamente importante na contração muscular que é a via da fosfolipase C. A subunidade alfa GTP vai ativar a enzima fosfolipase na membrana da célula. Esta por sua vez vai quebrar um fosfolipídio da membrana, o fosfatidilinositidio em diacil glicerol e inositol-3-fosfato, sendo que o DAG fica na membrana e o IP3 vai par ao citosol. O IP3 vai para a membrana do retículo sarcoplasmático, ativa um canal de cálcio ligante dependente e faz um efluxo de cálcio para o citosol. OO Diacil Glicerol, junto com moléculas de cálcio, vão ativar proteínas tirosino Kinase na membrana celular que são responsáveis por outras vias de sinalização. Existe um complexo de Ca que si liga a uma proteína Calmodulina que vai atuar em uma série de reações intre celulares como ativando bombas de Ca na membrana da célula muscular, ativando a reação que produz NO para vasodilatação A poroteína G pode atuar DNA transcrição genética através da ativação de uma proteína chamada Tubby pela via da fosfolipase C, posi esta proteína é ativada pelo DAG. Também pelas vias normaispois PKA pode forforilar proteínas CREB que atuam como estimulantes de expressão gênica. Via TGF-beta A via TGF beta começa pelos seus Receptores TGF-beta. Existem três classes, sendo que a classe um nem sempre está presente. Sinalizadores TGF-beta chegam ao receptor 1 e o mesmo entrega os sinalizadores ao receptor 2 (esse passo pode não ocorrer). Então o receptor dois, que apresenta ativiade treonino cinase, leva o sinalizador para o R3 e fosforila o mesmo. Então esse Receptor irá fosforilar uma proteína especial, a SMAD 2 ou 3 (pode se qualquer uma das duas). Então Esse complexo ativa a SMAD 4 e a particula Imp-Beta. Esse complexo passa pelo Complexo poro Nuclear sendo no núcleo, a partícula Imp – beta clivada pela Ran-GTPase (ver resumo de transporte mediado), e então se adere a cromatina e força a transcrição de parte do DNA. Essa via é importante para o crescimento celular (tamanho da célula) e muito usada na embriogenese. JAK Stat A via da proteína Janus Cinase é a dos receptores de citocina. Ela é responsável principalmente pela diferenciação (divisão) celular.Principalmente na linhagem hematopoiética (medula) e na embriogenese. Começa com seu receptor, uma proteína dímero que ao entrar em contato com o ligante, sofre mudança de conformação e se fosforila. Proteinas Jak se ligam ao receptor e se fosforilam. Essas proteínas jak vão fosforilar duas STAT. As STATs se unem e vão ao núcleo par alterar a transcrição de proteínas específicas. Esta via é regulada pelas proteínas SOCS, que são capazes de ativar clivagem proteolítica de domínios específicos das proteínas STAT sem que sejam desfeitas completamente. Essa via está intimamente ligada a diversos cânceres e inibidores de receptores desta via já são usados em tratamentos. Receptor tirosino – cinase Receptores Tirosino Cinase são dímeros, que incialmente estão separados, porém se unem quando ambos entram em contato com algum ligante.Quando se juntam para formar uma porção dimérica, eles se auto-fosforilam formando seis agrupamentos fosfato. A partir deste ponto esses receptores podem atuar em infinitas vias fosforilando as mais diferentes proteínas. Porém vamos especificar a vias mais famosa que é a via Ras. Através do complexo GRB2 (que tem uma unidade SH2 e duas SH3), ele ativa a proteína SOS que vai ativar o fator GEF da Ras e torna-la ativada. Uma vez ativada, ela ativa a proteína Raf, composta por um terminal regulatório e um terminal cinase. Raf então vai ativar proteína MEK, que vai ativar proteína MAP e converte-la em MAPK. Proteínas MAPK dimerizam e ativam a proteína P90RSK. Tanto o dímero quanto p90 passam para o interior do núcleo. MAPK – dímero vai ativar o fator complexo trino (TCF) e a P90 vai ativar SRF e estes fatores ativam a transcrição gênica. Essa via está intimamente ligada aos processos de divisão celular. Existe uma via colateral de ativação da via rãs que começa pela proteína G. Vias como TGFB e JAK/STAS podem usar a via da fosfolipase C através da ativação de sua isoforma, a fosfolipase Gama. Outra via que existe envolvendo o IP3 é o recrutamento da enzima inositol cinase que transforma o Ip3 em IP3 fosfato. Este por sua vez atua em PKB (proteínas cinases B) e é uma das vias usadas pelo hormônio insulina. NF – KB Essa via de sinalização é extremamente importante, pois ela visa reparos em danos no DNA, assim como reparos no ciclo celular. Qualquer mutação em qualquer parte desta via irá formar uma célula neoplásica. Também é importante para iniciação de processos inflamatórios. Ela inicia por receptores de IL-1, TNF-alfa e às vezes por fatores desconhecidos. A proteína trímero I-kB cinase (enzima), é fosforilada e então vai até o complexo protéico NF-KB, faz poliubiquitinização da proteína I-kB, e essa subunidade acaba sendo degradada por proteossomos. Então as subunidade P50 e P60 podem ia ao núcleo favorecer a transcrição gênica. OBS: Todas as vias de sinalização Celular têm um mecanismo de down-regulation e de up- regulations! Um excesso na atividade de certo receptor (geralmente por alta concentração de ligantes) faz com que a célula endocite receptores (downregulation). Uma necessidade de fatores desta via faz com que ela exocite receptores (Uperregulation).
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