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curso 7759 aula 00 v1

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Aula 00
Português p/ AFRFB - 2016 (com videoaulas)
Professor: Fabiano Sales
05949764803 - NECILDA LOURENCO PAULA
 Língua Portuguesa para Receita Federal 
Teoria e questões comentadas 
Prof. Fabiano Sales ʹ Aula 00 
 
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SUMÁRIO PÁGINA 
01. Apresentação 01 
02. Objetivo e cronograma do curso 02 
03. Metodologia do curso 03 
04. Ortografia oficial 04 
05. Emprego das consoantes 04 
06. Emprego das vogais 07 
07. Questões comentadas 09 
08. Emprego de algumas expressões 15 
09. Homônimos e parônimos 23 
10. Questões comentadas 28 
08. Emprego do hífen 34 
09. Acentuação gráfica 41 
10. Regras gerais 41 
11. Questões comentadas 43 
12. Regras específicas 45 
13. Questões comentadas 46 
14. Lista das questões apresentadas 55 
15. Gabarito 72 
 
APRESENTAÇÃO 
 
 Olá, vitoriosos alunos! Sejam muito bem-vindos! 
 
 É com imensa alegria e empolgação que recebo o convite da coordenação do Estratégia 
Concursos para elaborar o curso de Português (Teoria e Questões Comentadas), destinado ao 
concurso de Auditor-Fiscal da Receita Federal! 
 Primeiramente, farei uma sucinta apresentação pessoal: Meu nome é Fabiano Sales. 
Tenho formação em Letras pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Iniciei as 
atividades docentes há onze anos, no Rio de Janeiro, onde leciono aulas de gramática, de 
técnicas de redação, de compreensão e interpretação de textos e de redação de 
correspondências oficiais. 
 Atualmente, participo da equipe Estratégia Concursos, elaborando cursos para os 
principais concursos públicos do país, tais como Receita Federal, Senado Federal, Tribunais de 
Contas, BACEN, CEF, INSS, Tribunais Regionais, entre outros. 
 Tenho experiência com as principais bancas examinadoras, dentre as quais se destacam 
Cesgranrio, FCC, CESPE/UnB, FGV e ESAF, sendo esta a tradicional organizadora dos 
concursos para a Receita Federal do Brasil. 
 Desde já, coloco-me à inteira disposição de vocês para ajudá-los a conquistar a almejada 
CLASSIFICAÇÃO. Sempre que for preciso, façam contato por meio do fórum de dúvidas. 
Responderei o mais breve possível! 
 
AULA 00 
Apresentação do curso. 
Ortografia oficial. Homônimos e parônimos. 
Acentuação gráfica. 
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OBJETIVO E CRONOGRAMA DO CURSO 
 
 Meus amig(o)s, o objetivo do presente curso é apresentar aspectos teóricos e auxiliá-los 
na resolução de questões anteriores de Língua Portuguesa, expondo os assuntos mais 
recorrentes nas provas da ESAF. 
 Sendo assim, o curso destina-se tanto àqueles que iniciam os estudos na matéria, 
necessitando de uma preparação objetiva do conteúdo, quanto aos concurseiros experientes que 
desejam revisar os temas ou atualizar o conhecimento. 
 No último edital, a disciplina de Língua Portuguesa foi contemplada com 20 (vinte) 
questões (14,28% dos itens), ou seja, uma matéria decisiva para a classificação no certame. De 
acordo com o conteúdo programático, a ESAF exigiu o conhecimento acerca dos seguintes 
tópicos: 
 
 
LÍNGUA PORTUGUESA 
 
 
1. Compreensão textual. 
 
2. Ortografia. 
 
3. Semântica 
 
4. Morfologia. 
 
5. Sintaxe. 
 
6. Pontuação. 
 
 
 Sendo assim, proponho o cronograma de aulas abaixo: 
 
AULA CONTEÚDO DATA 
Aula 0 
Ortografia oficial. Emprego de 
palavras e expressões. Semântica: 
homônimos e parônimos. Acentuação 
gráfica (conforme o Novo Acordo 
Ortográfico da Língua Portuguesa). 
28/09 
Aula 1 
Verbos: emprego de modos e tempos 
verbais; flexão verbal; vozes do 
verbo. 
05/10 
Aula 2 Pronomes (emprego, formas de 
tratamento e colocação). 
19/10 
Aula 3 Regência nominal e verbal. Crase. 26/10 
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Aula 4 Pontuação. 02/11 
Aula 5 Conectivos: valores semânticos. 09/11 
Aula 6 Concordância nominal e verbal. 16/11 
Aula 7 
Compreensão textual. Semântica: 
denotação e conotação; sinônimos e 
antônimos. Mecanismos de coesão 
textual. Ordenação de frases. 
Continuação coesa, coerente e 
correta de trechos. 
23/11 
Aula 8 Prova comentada: Auditor-Fiscal da 
Receita Federal (2009). 
30/11 
Aula 9 Prova comentada: Analista-Tributário 
da Receita Federal (2009). 
07/12 
Aula 10 
Prova comentada: Assistente 
Técnico-Administrativo do Ministério 
da Fazenda (2009). 
14/12 
Aula 11 Prova comentada: Auditor-Fiscal de 
Rendas da SEFAZ-RJ (2010). 
21/12 
Aula 12 Prova comentada: Auditor-Fiscal do 
Trabalho (2010). 
28/12 
Aula 13 Prova comentada: Agente Executivo 
da CVM (2010). 
04/01 
Aula 14 Prova comentada: Analista Técnico 
da SUSEP (2010). 
11/01 
Aula 15 Prova comentada: Ministério da 
Integração Nacional (2012). 
18/01 
Aula 16 Prova comentada: Auditor-Fiscal da 
Receita Federal (2012). 
25/01 
Aula 17 Prova comentada: Analista-Tributário 
da Receita Federal (2012). 
01/02 
Aula 18 Prova comentada: Analista de 
Comércio Exterior do MDIC (2012). 
08/02 
Aula 19 Prova comentada: Controladoria-
Geral da União (2012). 
15/02 
Aula 20 Prova comentada: Auditor-Fiscal da 
Receita Federal (2014). 
22/02 
 
 
 A seguir, vejam a didática que será empregada no decorrer do preparatório. 
 
 
 
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ORTOGRAFIA OFICIAL 
 
 No Brasil, as normas ortográficas são regidas pela Academia Brasileira de Letras (ABL), 
por meio do Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, conhecido como VOLP. 
 Em 27 de dezembro de 2012, o Decreto nº 7.875 entrou em vigor, alterando o período de 
transição do Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. Nesse documento, a presidente 
Dilma Rousseff estabeleceu um novo período de transição, insculpido no artigo 2º, parágrafo 
único: 
 
 ³A implementação do Acordo obedecerá ao período de transição de 1o de janeiro de 2009 a 31 
de dezembro de 2015, durante o qual coexistirão a norma ortográfica atualmente em vigor e a nova 
norma estabelecida.´ 
 
 No decorrer desta aula, veremos que algumas questões elaboradas pela ESAF são 
anteriores ao Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. Sendo assim, apresentarei as regras 
antigas e, quando for necessário, as novas normas ortográficas. 
 
 Começaremos nossa aula de regras ortográficas pelo emprego das consoantes e das 
vogais. 
 
EMPREGO DAS CONSOANTES 
 
 
Emprega-se S (em) ... Exemplos 
- vocábulos iniciados por I, O e U. 
 
 
isento, Isabel, Osório, Oséias, usina, usura. 
 
Exceção: ozônio. 
 
- sufixos -OSO e -OSA. 
 
 
brilhoso, dengoso, saborosa, jeitosa, formosa. 
 
 
- sufixos -ÊS (adjetivos que indicam 
nacionalidade ou procedência). 
 
dinamarquês, japonês, chinês, inglês, português. 
 
- sufixos -ESA e ±ISA (formam o feminino de 
substantivos concretos ou designam títulos). 
 
 
marquesa, baronesa, duquesa, consulesa, poetisa. 
 
- terminações ASE, ESE, ISE e OSE. 
 
 
frase, crase, ênfase,tese, síntese, catequese, análise, 
catálise, hidrólise, hipnose, sacarose, apoteose. 
 
Exceções: gaze, deslize. 
 
- depois de ditongos. 
 
 
lousa, aplauso, maisena. 
 
 
- verbos PÔR e QUERER (e nos respectivos 
derivados). 
 
pus, pusera, puseram; quis, quisera, quiseram. 
 
- prefixo TRANS-. 
 
transatlântico, transpor. 
 
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Emprega-se S (em) ... Exemplos 
 
 
 
 
 
- palavras derivadas de verbos que possuem 
D, ND, RG, RT, PEL, CORR (no radical). 
 
 
colidir, colisão; aludir, alusão. 
 
pretender, pretensão; suspender, suspensão. 
 
imergir, imersão; emergir, emersão. 
 
perverter, perversão; converter, conversão. 
 
repelir, repulsa; compelir, compulsão. 
 
recorrer, recurso; incorrer, incursão. 
 
 
 
Emprega-se SS (em) ... Exemplos 
 
 
 
 
- palavras derivadas de verbos que possuem 
CED, GRED, PRIM, MET e CUT (no radical). 
 
 
 
ceder, cessão; exceder, excesso. 
 
agredir, agressão; transgredir, transgressão. 
 
imprimir, impressão; reprimir, repressão. 
 
prometer, promessa; intrometer, intromissão. 
 
 
- vRJDO���VXIL[R�³-7,5´. 
 
 
admitir, admissão; demitir, demissão. 
 
 
- prefixo finalizado por vogal + palavra 
iniciada por S. 
 
pressentir, pressentimento. 
 
 
 
Emprega-se (C) Ç (em) ... Exemplos 
- palavras africanas, árabes ou indígenas. 
 
açaí, açoite, araçá, babaçu, caçula, Iguaçu, Itaipuaçu. 
 
- após ditongos. 
 
 
afeição, beiço, correição. 
 
Exceções: coice, foice. 
 
 
- sufixos -AÇA, -AÇO, -IÇA, -UÇO, -ANÇA, 
-ENÇA, -ÇÃO. 
 
 
barcaça, balaço, carniça, crença, dentuço, esperança, 
petição. 
 
 
- palavras derivadas do verbo TER. 
 
 
ater, atenção; abster, abstenção; reter, retenção. 
 
- palavras derivadas do verbo TORCER. 
 
 
torcer, torção; contorcer, contorção; distorcer, 
distorção. 
 
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Emprega-se (C) Ç (em) ... Exemplos 
- palavras derivadas de outras que possuem 
³T´ no radical. 
 
optar, opção; cantar, canção; exceto, exceção; isento, 
isenção; correto, correção; setor, seção. 
 
Emprega-se Z (em) ... Exemplos 
 
 
- palavras iniciadas pela sílaba A. 
 
 
azar, azado (oportuno), azia, azedo, azeite, azêmola, 
aziago, azul. 
 
Exceções: asa, asado (provido de asas), Ásia, 
asilo, asinino. 
 
 
- palavras derivadas de outras que contenham 
Z no radical. 
 
 
baliza, abalizado; revezar, revezamento; cruzar, 
cruzamento; paz, apaziguar; deslizar, deslize. 
 
 
 
 
 
 
 
- antes dos sufixos - AL, -ADA e -INHO(A). 
 
 
bambu, bambuzal; botão, botãozinho, botõezinhos; 
café, cafezal, cafezinho; pá, pazinha, pazada. 
 
Observação! 
 
Em regra, grafam-se com S os derivados de 
palavras cuja forma primitiva contenha S. 
 
Exemplos: 
 
lápis - lapisinho, lapiseira 
mesa ± mesinha, mesada 
casa - casinha, casebre 
japonês - japonesinho 
parafuso ± parafusinho 
 
 
- sufixos -EZ e ±EZA (formadores de 
substantivos abstratos derivados de adjetivos). 
 
límpido, limpidez; macio, maciez; tímido, timidez; belo, 
beleza; franco, franqueza; gentil, gentileza. 
 
 
 
 
 
 
 
- sufixos -IZAR e -IZAÇÃO. 
 
 
 
utilizar, utilização; dinamizar, dinamização; centralizar, 
centralização; legalizar, legalização. 
 
Observação! 
 
 Alguns verbos recebem apenas -AR como 
sufixo. Portanto, devem ser grafados com S. 
 
Exemplos: 
 
frisar (de friso), pesquisar (de pesquisa), pisar (de 
piso), bisar (de bis), irisar (de íris), analisar (de 
análise), improvisar (de improviso), paralisar (de 
paralisação). 
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Emprega-se Z (em) ... Exemplos 
 
 
 
- segmento final da palavra, se o fonema /z/ 
não estiver entre vogais. 
 
audaz, sagaz, loquaz, voraz, veloz, algoz, atroz, 
albatroz, giz, cicatriz, matriz, chafariz, cuscuz, 
mastruz. 
 
Exceções: abatis, ananás, anis, após, atrás, 
através, gás, ilhós, invés, lilás, quis, retrós, revés, 
viés. 
 
 
- verbos finalizados em -ER e -IR. 
 
 
 
fazer, dizer, trazer, cozer (cozinhar), produzir, abduzir. 
 
Exceções: coser (costurar), transir (arrepiar). 
 
 
 
 
Emprega-se G em... Exemplos 
 
 
 
 
 
- após A inicial. 
 
 
agente, ágil, agiota, agir, agouro. 
 
Observação! 
 
Grafam-se com J os derivados de palavras que 
contenham J no radical. 
 
Exemplos: jeito, ajeitar; jesuíta, ajesuitar; juízo, 
ajuizar. 
 
 
 
 
- após R, geralmente. 
 
 
aspergir, convergir, divergir, sargento, submergir, 
virgem. 
 
Exceções: gorjeio, gorjeta (de gorja); sarjeta (de 
sarja). 
 
- finais -ÁGIO, -ÉGIO, -ÍGIO, -ÓGIO, -ÚGIO. 
 
 
sufrágio, colégio, litígio, relógio, refúgio. 
 
 
- finais dos substantivos -AGEM, -EGE, -IGEM, -
OGE, -UGEM. 
 
 
garagem, herege, vertigem, paragoge, ferrugem. 
 
Exceções: pajem, lajem (ou laje), lambujem. 
 
 
- formas infinitivas de verbos terminados em 
-ER e -IR. 
 
 
constranger, viger, fingir, fugir, infrigir (transgredir), 
infligir (aplicar). 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Emprega-se J (em) ... Exemplos 
 
- vocábulos derivados de 
palavras que contenham J 
no radical. 
 
 
jeito, ajeitar; majestade, majestoso; gorja, gorjeta, gorjeio; sarja, sarjeta; 
laranja, laranjeira; cereja, cerejeira; granja, granjeiro; igreja, igrejeiro; 
lisonja, lisonjeado, lisonjeiro. 
 
 
- palavras ameríndias, 
árabes e latinas. 
 
 
pajé, jiboia, jirau, jiló, jequitibá, jenipapo, jerimum, canjica, cafajeste, 
manjericão, alforje, hoje, objeto. 
 
 
- terminação -AJE. 
 
 
laje, traje, ultraje. 
 
 
 
 
 
 
- formas verbais terminadas 
em -JAR. 
 
 
 
arranjar, arranjei, arranjemos, arranjem; bocejar, bocejei, bocejemos, 
bocejem; despejar, despejei, despejemos, despejem; viajar, viajei, 
viajemos, viajem. 
 
Observação! 
 
Cuidado os parônimos viagem (substantivo) e viajem (verbo viajar). 
 
Exemplos: 
 
Os caminhoneiros fizeram uma viagem cansativa. 
 (substantivo) 
 
Desejo que eles viajem hoje à noite. 
 (verbo) 
 
 
 
 
 Importante! 
 
 Tenham atenção especial à grafia das seguintes palavras: berinjela, enrijecer, injeção, 
interjeição, jejuar, jejum, lambujem, ojeriza, projétil, trejeito. 
 
 
 
Emprega-se X (em) ... Exemplos 
 
 
- após ditongos. 
 
 
ameixa, caixa, eixo, encaixe, frouxo, queixo, seixo. 
 
Exceções: recauchutar, recauchutagem (de caucho). 
 
 
 
- palavras de origem africana 
ou indígena. 
 
 
 
abacaxi, caxumba, capixaba, muxoxo, Xavante, Xingu. 
 
 
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Emprega-se X (em) ... Exemplos 
 
 
 
 
 
- depois das sílabas iniciais: 
 
Me- 
 
La- 
 
Li- 
 
Lu- 
 
Gra- 
 
Bru- 
 
En- 
 
 
 
mexerico, mexicano, mexer, mexa (verbo). 
 
Exceção: mecha (substantivo). 
 
laxante. 
 
lixa, lixo. 
 
luxo, luxúria. 
 
graxa. 
 
bruxa, Bruxelas, bruxelês. 
 
enxada, enxuto, enxame, enxaqueca, enxoval, enxurrada, enxaguar, 
enxerto, enxergar, enxotar, enxugar. 
 
Exceções: enchova, encher, encharcar e derivados desses 
vocábulos. 
 
Observação! 
 
Quando en- for prefixo, prevalecerá a grafia da palavra primitiva. 
 
Exemplo: enxadrista (de xadrez), engraxar, engraxate (de graxa). 
 
 
 
 
Importante! 
 
 Fiquem atentos à grafia das seguintes palavras: esplêndido, estender, estendido, 
estourar, esterno (osso), estranho e estratificar (dispor em camadas ou estratos). 
 
 
Emprega-se CH (em) ... Exemplos 
 
- cognatos das palavras 
com CH- . 
 
chamariz (de chamar), chinelada (de chinelo), chifrada (de chifre), 
chaveiro (de chave), pichação (de piche). 
 
 
- segmentos iniciais CHAM- 
e CHO- . 
 
 
chamuscar, champanha, chaminé, chocalho, chocolate, choupana. 
 
Exceção: xampu. 
 
 
- sufixos -ACHO, -ICHO e 
UCHO(A). 
 
 
riacho, esguicho, gaúcho, gaúcha. 
 
 
 
 
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Dicas estratégicas! 
 
 1ª) QuDQGR� ³en-´ for prefixo, prevalecerá a grafia da palavra primitiva: encharcar 
(de charco), enchapelar (de chapéu), enchiqueirar (de chiqueiro), enchumbar (de chumbo), 
enchouriçar (de chouriço), enchumaçar (de chumaço), enchente (de encher). 
 
 2ª) Atenção especial à escrita correta das seguintes palavras: chave, chuchu, chicote, 
chifre, chimarrão, chimpanzé, cochilo, chulo, chumaço, chacina, chantagem, chibata, brocha 
(prego), bucho (estômago de animais), chá (arbusto), cheque (ordem de pagamento), tacha 
(prego ou verbo tachar - apelidar), flecha, cartucho. 
 
 
 
 
Emprega-se H (em)... Exemplos 
 
 
 
- compostos ligados por hífen em 
que o segundo elemento começa 
com H. 
 
 
 
anti-higiênico, pré-histórico, pseudo-homérico, super-homem, 
infra-hepático, sobre-humano, arqui-herança, proto-história, 
mini-hotel, ultra-humano. 
 
Atenção à grafia correta das seguintes palavras: desarmonia, 
desumano, lobisomem. 
 
 
- verbo HAVER (e em suas flexões). 
 
 
havemos, haveis, haveria, houve, houvesse, houver. 
 
 
- substantivo próprio BAHIA (Estado 
do Brasil). 
 
 
Observação! 
 
Os derivados da palavra Bahia são grafados sem H. 
 
Exemplos: baiano, baianinha, baianada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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EMPREGO DAS VOGAIS 
 
Emprega-se E (em)... Exemplos 
 
- Presente do Indicativo: na 2ª e 3ª pessoas do singular 
(tu e ele) e na 3ª pessoa do plural (eles) dos verbos 
terminados em ±IR. 
 
Reunir ± tu reúnes, ele reúne, eles reúnem. 
Partir ± tu partes, ele parte, eles partem. 
 
 
 
 
- Presente do Subjuntivo: em todas as pessoas dos 
verbos terminados em -OAR e -UAR. 
 
 
Magoar - (que) eu magoe / tu magoes / ele 
magoe / nós magoemos / vós magoeis / eles 
magoem. 
 
Pontuar - (que) eu pontue / tu pontues / ele 
pontue / nós pontuemos / vós pontueis / eles 
pontuem. 
 
 
 
- formas rizotônicas (sílaba tônica dentro do radical) dos 
seguintes verbos terminados em -IAR: mediar, ansiar, 
remediar, incendiar e odiar. 
 
Os demais são regulares: ³$UULDU´� �DEDL[DU-se) - arrio, 
arrias, arria, arriamos, arriais, arriam. 
 
³$UUHDU´� �S{U� R� DUUHLR�� WHUPLQD� HP� ±EAR: arreio, arreias, 
arreia, arreamos, arreais, arreiam. 
 
M ediar ± eu medeio, tu medeias, ele 
medeia, eles medeiam. 
A nsiar ± eu anseio, tu anseias, ele anseia, 
eles anseiam. 
R emediar ± eu remedeio, tu remedeias, ele 
remedeia, eles remedeiam. 
 I ncendiar ± eu incendeio, tu incendeias, ele 
incendeia, eles incendeiam. 
O diar ± eu odeio, tu odeias, ele odeia, eles 
odeiam. 
 
Observação! 
 O verbo intermediar segue o 
paradigma do verbo mediar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Reforçando... 
 
Emprega-se a vogal E nos: 
 
 
 
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Atenção! 
 
 As seguintes palavras devem ser grafadas com ³H´: beneficência, cadeado, candeeiro, 
creolina, cumeeira, descortinar, descrição (descrever), descriminar (inocentar), desperdício, 
despensa (depósito), empecilho, empório, espontâneo, encarnação, paletó, peão (pessoa), 
periquito, prazerosamente, rédea, terebintina. Memorizem isso! 
 
 
Emprega-se I (em)... Exemplos 
 
 
 
- Presente do Indicativo: na 2ª e 3ª pessoas do 
singular (tu e ele) dos verbos terminados em -UIR, 
-AIR e -OER. 
 
 
-UIR: tu possuis, ele possui; tu 
contribuis, ele contribui; tu constróis, 
ele constrói. 
-AIR: tu extrais, ele extrai; tu retrais, 
ele retrai; tu distrais, ele distrai. 
-OER: tu róis, ele rói; tu móis, ele mói; 
tu remóis, ele remói. 
 
 
 
- formas rizotônicas (sílaba tônica dentro do radical) dos 
verbos terminados em -EAR. 
 
 
Recear ± eu receio, tu receias, ele 
receia, eles receiam. 
Frear ± eu freio, tu freias, ele freia, eles 
freiam. 
Passear ± eu passeio, tu passeias, ele 
passeia, eles passeiam. 
Arrear ± eu arreio, tu arreias, ele 
arreia, eles arreiam. 
 
 
 As seguintes palavras GHYHP�VHU�JUDIDGDV�FRP�³L´: aborígine, açoriano, camoniano, 
calcário, casimira, cordial, corrimão, crânio, crioulo, digladiar, discernir, discrepância, discrição 
(discreto), discriminar (isolar), disenteria, dispensa (licença), displicência, erisipela, escárnio, 
impigem, inclinar, inquirir, invólucro, lampião, manteiga, manteigueira, meritíssimo, 
pião (brinquedo), privilégio. Sempre aparece alguma em prova. 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. (ESAF-2009/Ministério da Fazenda) Assinale a opção que corresponde a erro gramatical 
ou de grafia. 
 
A economia brasileira entrou na crise internacional em melhores condições do que(1) no 
passado, mas a exportação caiu, a atividade recuou desde o(2) fim de 2008 e o desemprego 
tem(3) crescido. As primeiras tentativas de reativar a economia por meio de facilidades fiscais 
deram resultado modesto, mas já(4) afetaram a arrecadação tributária. Além disso, o manejo da 
política orçamentária foi limitado pelo aumento de gastos com pessoal. É preciso continuar 
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usando os estímulos fiscais, mas com melhor planejamento e com mais esforço de contensão(5) 
das despesas improdutivas. 
(O Estado de S. Paulo, 3/3/2009) 
a) 1 
b) 2 
c) 3 
d) 4 
e) 5 
 
Comentário: +i� HUUR� JUDPDWLFDO� QD� DVVHUWLYD� (�� 2� YRFiEXOR� ³FRQWHQVmR´� IRL� LQFRUUHWDPHQWH�
JUDIDGR� FRP� ³6´�� 1R� FRQWH[WR�� D� DFHSomR� GD� SDODYUD� p� ³DWR� RX� HIHLWR� GH� FRQWHU´, devendo, 
portanto, ser grafada FRP�³d´��³FRQWHQomR´�� 
 A questão também poderia ser resolvida por meio da regra do paradigma, em que os 
vocábulos derivados do verbo ter VmR�JUDIDGRV�FRP�³d´� 
 
ater, atenção; 
abster, abstenção; 
reter, retenção; 
conter, contenção. 
 
 É importante frisaU�TXH�WDPEpP�H[LVWH�R�YRFiEXOR�³FRQWHQVmR´��JUDIDGR�FRP�³6´���6HJXQGR�
R�'LFLRQiULR�(OHWU{QLFR�+RXDLVV��HVVD�SDODYUD�VLJQLILFD�³WHQVmR�RX�HVIRUoR considerável´��PDV�QmR�
se enquadra no contexto da questão. 
 
Gabarito: E. 
 
 
2. (ESAF-2006/IRB) Assinale o trecho do texto que apresenta erro gramatical. 
 
Machado de Assis ± Um gênio Brasileiro, de Daniel Piza 
 
a) Na apresentação da biografia de Machado de Assis (1839-1908), o jornalista Daniel Piza 
observa que o autor foi, ao mesmo tempo, uma expressão de sua época e uma exceção a ela. 
b) Em seus contos e romances, ele deixou um retrato acurado do Rio de Janeiro do século XIX, 
mas sua crítica ácida à sociedade brasileira nem sempre foi percebida pelos seus 
contemporâneos. 
c) Piza busca demonstrar que Machado era muito diferente do protagonista de seu último 
romance, Memorial de Aires. 
G��2�HVFULWRU�QmR�WLQKD�³WpGLR�D�FRQWURYpUVLDV´��SRLV��QD�YHUGDGH��SDUWLFLSRX�GRV�JUDQGHV�GHEDWHV�
públicos de sua época. 
e) A ascenção social do mulato no Brasil escravista e a epilepsia estão entre os aspectos de sua 
vida examinados no livro. 
 
(Adaptado de Revista VEJA, 28 de dezembro de 2005, p.196) 
 
Comentário: +i� HUUR� JUDPDWLFDO� QD� DOWHUQDWLYD� (�� 2� YRFiEXOR� ³DVFHQomR´� IRL� LQFRUUHWDPHQWH�
JUDIDGR�FRP�³d´��&RQIRUPH�HVWXGDPRV�QDV�Oições acerca do emprego das consoantes, palavras 
GHULYDGDV�GH�RXWUDV�TXH�FRQWHQKDP�³1'´�QR�UDGLFDO�GHYHP�VHU�JUDIDGDV�FRP�³6´� 
 
 
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pretender, pretensão; 
suspender, suspensão; 
ascender, ascensão. 
 
Gabarito: E. 
 
 
3. (ESAF-2007/SEFAZ-CE) Assinale a opção que contém erro de grafia ou inadequação 
vocabular. (Artigo extraído, com modificações, do Estatuto dos Funcionários Públicos 
Civis do Estado do Ceará). 
 
Art. 192 - O funcionário deixará de cumprir ordem de autoridade superior quando: 
 
a) a autoridade de quem emanar a ordem for incompetente; 
b) não se contiver a ordem na área da competência do órgão a que servir o funcionário seu 
destinatário, ou não se referir a nenhuma das atribuições do servidor; 
c) for a ordem expendida sem a forma exigida por lei; 
d) não tiver a ordem como causa uma necessidade administrativa ou pública, ou visar a fins não 
estipulados na regra de competência da autoridade da qual promanou ou do funcionário a quem 
se dirige; 
e) a ordem configurar abuso ou excesso de poder ou de autoridade; 
 
Comentário: O erro encontra-VH� QD� DVVHUWLYD� &�� 2� YRFiEXOR� ³H[SHQGLGD´� IRL� JUDIDGR� HP�
GHVREHGLrQFLD� jV� SUHVFULo}HV� JUDPDWLFDLV�� 2� FRUUHWR� p� ³H[SHGLGD´�� TXH� VLJQLILFD� ³UHPHWHU´��
³GHVWLQDU´�� ³GHVSDFKDU´�� 3RUWDQWR�� D� DOtQHD� ³F´�� GR� DUWLJR� ����� GHYH� VHU� Ueescrita da seguinte 
forma: 
 
³F��IRU�D�RUGHP�H[SHGLGD�VHP�D�IRUPD�H[LJLGD�SRU�OHL�´ 
 
 9DOH� FKDPDU� D� DWHQomR� SDUD� D� JUDILD� GD� SDODYUD� ³H[FHVVR´�� FRQVWDQWH� GD� DOWHUQDWLYD� (��
Conforme apresentamos nas lições, palavras derivadas de verbos TXH� SRVVXHP� ³CED-´� QR 
radical GHYHP�VHU�JUDIDGDV�FRP�³SS´� 
 
ceder, cessão; 
exceder, excesso. 
 
Gabarito: C. 
 
 
4. (ESAF-2011/CVM) Analise se o fragmento abaixo, extraído de um texto de José Carlos 
Moutinho, foi transcrito de forma gramaticalmente correta. 
 
A história da Internet demonstra que esta surgiu primeiramente nos meios militares norte- 
-americanos, no auge da Guerra Fria, tendo sido então extendida para os meios acadêmicos. 
Desde os seus primórdios (Arpanet), a Internet visa à processamento e transmissão de grande 
quantidade de informações e dados, para a formação de conhecimento. 
 
(Disponível em http://www.correiocidadania.com.br/content/view/5162/9/) 
 
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Comentário: O fragmento apreVHQWD� HUUR� GH� RUWRJUDILD�� 2� YRFiEXOR� ³H[WHQGLGD´� IRL� JUDIDGR� GH�
PDQHLUD� LQFRUUHWD��6HJXQGR�DV� OLo}HV�JUDPDWLFDLV��HVVD�SDODYUD�GHULYD�GH� ³HsWHQGHU´��GHYHQGR��
SRUWDQWR��VHU�JUDIDGD�FRP�³6´��³HsWHQGLGD´��e�SUHFLVR�QmR�FRQIXQGL-OD�FRP�R�YRFiEXOR�³HxWHQVmR´��
gUDIDGR�FRP�³;´� 
 
Gabarito: Errado. 
 
 
5. (ESAF-2004/CGU) Assinale a opção que corresponde a palavra ou expressão do texto 
que contraria a prescrição gramatical. 
 
No século XX, a arte cinematográfica introduziu um novo conceito de tempo. Não mais o conceito 
linear, histórico, que perspassa(1) a Bíblia e, também, as pinturas de Frei Angélico ou Dom 
Quixote, de Miguel de Cervantes. No filme, predomina a simultaneidade(2). Suprimem-se(3) as 
barreiras entre tempo e espaço. O tempo adquire caráter espacial, e o espaço, caráter temporal. 
No filme, o olhar da câmera e do espectador(4) passa, com toda liberdade, do presente para o 
passado e, desse, para o futuro. Não há continuidade ininterrupta(5). 
(Adaptado de Frei Betto) 
 
a) 1 
b) 2 
c) 3 
d) 4 
e) 5 
 
Comentário: A opção que apresenta erro refere-se à assertiva A. Provavelmente o examinador 
da banca tentou induzir os candidatos ao erro, levando-os a acreditar que a grafia do verbo 
³SHUSDVVDU´�VH�DVVHPHOKDVVH�j�GDV�SDODYUDV�³SHUVSHFWLYD´�H�³SHUVSLFD]´��1R�WH[WR��Ioi grafada a 
IRUPD�³SHUsSDVVDU´��PDV�R�FRUUHWR�p�³SHrSDVVDU´��6HJXQGR�R�'LFLRQiULR�(OHWU{QLFR�+RXDLVV��HVVH�
verbo, ao assumir transitividade direta (a qual foi empregada QR�FRQWH[WR���VLJQLILFD�³GHL[DU�SDUD�
WUiV�RX�GH�ODGR��SUHWHULU´��)iFLO�GHPDLV��QmR�p" 
 &KDPR�D�DWHQomR�GH�YRFrV��WDPEpP��SDUD�D�SDODYUD�³HsSHFWDGRU´��FRQVWDQWH�GR�LWHP����
(VVH� YRFiEXOR� VLJQLILFD� ³DTXHOH� TXH� SUHVHQFLD� XP� IDWR´�� QmR� GHYHQGR� VHU� FRQIXQGLGR� FRP�
³HxSHFWDGRU´��DTXHOH�TXH�SHUPDQHFH�QD�H[SHFWDWLYD�� 
 
Gabarito: A. 
 
 
6. (ESAF-2003/MPOG) Assinale a opção que corresponde a erro gramatical ou de grafia das 
palavras. 
 
Considerando que a constituição de uma nova cultura do trabalho nos empreendimentos 
populares só pode ser(1) compreendida como um processo que perspassa(2) o conjunto mais 
amplo das relações sociais, seria(3) uma ilusão imaginar que é possível encontrar no interior da 
sociedade capitalista uma organização econômica que, mesmo gerida(4) pelos próprios 
WUDEDOKDGRUHV��SXGHVVH�VH����FDUDFWHUL]DU��HP�VHX�FRQMXQWR��FRPR�³FXOWXUD�GH�QRYR�WLSR´��� 
 
(Adaptado de Lia Tiriba) 
a) 1 
b) 2 
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c) 3 
d) 4 
e) 5 
 
Comentário: 1RYDPHQWH�� D� EDQFD� WUDEDOKRX� D� JUDILD� GR� YHUER� ³SHrSDVVDU´�� Os assuntos se 
repetem na ESAF. Vejam o comentário da questão anterior. 
 
Gabarito: B. 
 
 
7. (ESAF-2010/ISS-RJ) Assinale a opção que corresponde a erro gramatical ou de grafia de 
palavra inserido na transcrição do texto. 
 
Se, numa região que dispõe dos(1) mais sofisticados equipamentos do mundo, as informações 
sobre a amplitude do acidente do Golfo do México não são precisas(2), e as tentativas de conter 
o vazamento, infrutíferas(3), é de se imaginar o que aconteceria se(4) desastre semelhante 
atingisse a costa brasileira, com as previsíveis limitações dos órgãos do país ligados ao 
problema. Um acidente como o do Golfo do México atingiria em cheio a região que concentra 
parte importante do PIB do país, afetaria fortemente a indústria do turismo e teria repercuções(5) 
econômicas e sociais proporcionalmente mais graves que as provocadas nos EUA. 
 
(O Globo, Editorial, 27/5/2010, com adaptações) 
 
a) 1 
b) 2 
c) 3 
d) 4 
e) 5 
 
Comentário: Há erro de grafia na assertiva E. Conforme estudamos nas lições acerca do 
emprego das consoantes, quando a palavra primitiva for composta por YRJDO���VXIL[R�³-7,5´, 
emprega-VH�³66´��H�QmR�³d´��9HMDP� 
 
admitir, admissão; 
demitir, demissão; 
repercutir, repercussão. 
 
Gabarito: E. 
 
 
8. (ESAF-2010/CVM) Assinale o trecho em que a transcrição do texto adaptado de 
Conjuntura Econômica, de setembro de 2010, vol. 64, n. 9, desrespeita as regras 
gramaticais no uso das estruturas linguísticas. 
 
a) Há evidências de que a economia brasileira passa por um processo de transformação 
estrutural, em direção a um juro neutro mais baixo. Na verdade, a maior dificuldade para se 
projetar a trajetória de juros no Brasil é o desempenho da economia do resto do mundo. 
b) Caso haja, de fato, um segundo mergulho ressessivo nos Estados Unidos, como previnham 
importantes analistas, os efeitos deflacionários seriam consideráveis e iriam além das fronteiras 
americanas. 
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c) Se isso ocorrer, é provável que contribua para reduzir a taxa de juros do Brasil no curto e 
médio prazo. Não há absolutamente nada de trivial no atual momento da política monetária. 
d) É importante ter em mente, por outro lado, que a dificuldade, neste caso, não deve ser tomada 
de forma dramática. A economia brasileira passa por uma excelente fase cíclica, em que o 
crescimento não é acompanhado por nenhuma grande ameaça de explosão inflacionária ou de 
crise nas contas externas no horizonte visível. 
e) Na verdade, o cenário externo é mais preocupante do que o interno. Em uma situação desse 
WLSR��RV�HUURV�H�RV�DFHUWRV�GHYHP�VHU�HQFDUDGRV�PDLV�FRPR�XPD�³VLQWRQLD�ILQD´�GH�XP�PRPHQWR�
DPSODPHQWH�IDYRUiYHO�GR�TXH�FRPR�GHFLV}HV�TXH�SRGHP�³VDOYDU�R�SDtV´�� 
 
Comentário: Os erros encontram-se na assertiva B. Primeiramente, o DGMHWLYR� ³UHVVHVVLYR´� IRL�
LQFRUUHWDPHQWH� JUDIDGR�� (VVH� YRFiEXOR� GHULYD� GH� ³UHcessmR´�� GHYHQGR�� SRU� FRQVHJXLQWH��
apresentar-VH�VRE�D�VHJXLQWH�IRUPD��³UHcessLYR´��$LQGD�QHVWD�RSomR��Ká outro equívoco: a forma 
YHUEDO� ³SUHYLQKDP´, FRQMXJDomR�GH� ³SUHYHU´��3RU�VHU�XP�YHUER�GHULYDGR�GH� ³YHU´��GHYH�VHJXLU�R�
paradigma (modelo) de conjugação deste último: 
 
Ver Æ eu vi, ele viu, eles viram, quando eu vir, se ele visse ... 
 
Prever Æ eu previ, ele previu, eles previram, quando eu previr, se ele previsse ... 
 
 3RUWDQWR��R�FRUUHWR�p�³SUHviam´��SUHWpULWR�LPSHUIHLWR�GR�LQGLFDWLYR�� 
 
Observação: O paradigma de conjugação dos verbos será estudado em aulas futuras. 
 
Gabarito: B. 
 
 
9. (ESAF-2010/SUSEP) Assinale a opção que corresponde a erro gramatical ou de grafia de 
palavra inserido no texto. 
 
A manutenção dos empregos é um atestado de que(1) os agentes econômicos, embora(2) 
assustados com as repecurssões(3) da crise nos países mais desenvolvidos, não perderam a 
confiança na economia brasileira. Não foi sem motivo. Graças aos sinais emitidos pelo próprio 
governo de que a crise seria encarada sem abalos na estrutura do combate à(4) inflação, no 
câmbio flutuante e com o menor sacrifício possível da política de superávits primários, já se sabia 
que a economia brasileira teria condições inéditas de escapar dos piores efeitos da situação. 
Mesmo tendo enfrentado(5) uma recessão, caracterizada pelo desempenho negativo do PIB por 
dois semestres seguidos, e de sofrer forte pressão por mudanças no câmbio, o governo 
sustentou a política econômica. 
(Adaptado de Estado de Minas, Editorial, 19/02/2010) 
 
a) 1 
b) 2 
c) 3 
d) 4 
e) 5 
 
Comentário: Novamente, veremos como os assuntos se repetem nas provas da ESAF. Há erro 
de grafia no item relativo à na assertiva C. Conforme estudamos nas lições acerca do emprego 
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das consoantes, quando a palavra primitiva for composta por YRJDO���VXIL[R�³-7,5´, emprega-se 
³66´. Vejam: 
 
admitir, admissão; 
demitir, demissão; 
repercutir, repercussão. 
 
 Na questão, o erro deveu-se ao deslocamento LQDGHTXDGR� GD� FRQVRDQWH� ³U´: 
³UHSHFXRVV}HV´��(QWUHWDQWR��R�FRUUHWR�p�³UHSHRFXVV}HV´� 
 
 Vale chamar a atenção de vocês, também, para uma temática que será vista em aulas 
futuras: o emprego do acento grave indicativo de crase. No item 4, há dois elementos: o termo 
UHJHQWH� ³FRPEDWH´�� H�R� WHUPR� UHJLGR� ³LQIODomR´��&RQIRUPH�HVWXGDUHPRV�HP�PRPHQWR�RSRUWXQR��
YHUHPRV� TXH� R� VXEVWDQWLYR� ³FRPEDWH´� UHJH� HPSUHJR� GD� SUHSRVLomR� ³D´�� 3RU� VXD� YH]�� R� QRPH�
³LQIODomR´�DGPLWH�D�DQWHSRVLomR�GR�DUWLJR�GHILQLGR�IHPLQLQR�³D´��DFDUUHWDQGR�D�IXVmR�HQWUH�HVVHV�
GRLV�HOHPHQWRV��GHQRPLQDGD�FUDVH��³FRPEDWH�j�LQIODomR´��9HUHPRV�LVVR�PDLV�GHWDOKDGDPHQWH�QR�
decorrer de nosso curso. 
 
Gabarito: C. 
 
 
 
EMPREGO DE ALGUMAS EXPRESSÕES 
 
 A partir deste momento, chamo a máxima atenção de vocês para o emprego de algumas 
expressões que podem gerar dúvida. Isso é recorrente nas provas da ESAF. 
 Vamos lá! 
 
 
x A (preposição/artigo) x HÁ (verbo) 
 
A (preposição) ± indica relação de distância ou de tempo futuro. 
 
Exemplos: A espiã trabalha a dois quarteirões dos inimigos. (preposição= relação de distância) 
Começarei a trabalhar daqui a uma semana. (preposição= ideia de futuro) 
 
 
A (artigo) ± determina nomes femininos. 
 
Exemplo: A prova de Português para a Receita Federal será fácil. 
 
 
HÁ (verbo) ± LQGLFD�³WHPSR�SDVVDGR´�RX�D� ³existência de algo/alguém´. Nestas acepções, deve 
permanecer na terceira pessoa do singular, pois é um verbo impessoal. 
 
Exemplos: 
Fiz a prova há dois dias. (= Fiz a prova faz dois dias.) 
Há dois carros para o leilão. (Existem dois carros para o leilão.) 
 
 
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x AO ENCONTRO DE X DE ENCONTRO A 
 
AO ENCONTRO DE ± em direção a, favoravelmente.Exemplo: Fui ao encontro de minha namorada. (= Fui em direção à minha namorada.) 
 
 
DE ENCONTRO A ± ir contra; choque. 
 
Exemplo: Fui de encontro à opinião de sua esposa. (= Fui contra a opinião de sua esposa.) 
 
 
x AFIM X A FIM 
 
AFIM ± indica ³VHPHOKDQoD´��³SDUHQWHVFR´� 
 
Exemplo: Nossa meta é afim: sua aprovação. (= Nossa meta é semelhante: sua aprovação.) 
 
 
A FIM ± indica ³ILQDOLGDGH´��ETXLYDOH�j�FRQMXQomR�ILQDO�³SDUD´� 
 
Exemplos: Estudo a fim de ser aprovado. (= Estudo para ser aprovado.) 
 
 
x ACERCA DE X HÁ CERCA DE X CERCA DE 
 
 
ACERCA DE - VLJQLILFD�³D�UHVSHLWR�GH´��³VREUH´� 
 
Exemplo: Conversamos acerca do namoro. (= Conversamos a respeito do namoro.) 
 
 
 
CERCA DE ± transmite LGHLD�³GXUDQWH´��³DSUR[LPDGDPHQWH´� 
 
Exemplo: Jogamos cerca de três horas. (= Jogamos durante três horas.) 
 
 
 
HÁ CERCA DE - VLJQLILFD�³ID]�DSUR[LPDGDPHQWH´��LQGLFDQGR�Wempo passado. 
 
Exemplos: Há cerca de cem pessoas na fila. (= Existem aproximadamente cem pessoas na fila.) 
Chegou ao Brasil há cerca de 10 anos. (= Chegou ao Brasil faz aproximadamente 10 anos.) 
 
 
 
 
 
 
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x EM VEZ DE X AO INVÉS DE 
 
EM VEZ DE ± indica ³HP�OXJDU�GH´� 
 
Exemplo: Em vez de batata frita, comeu um sanduíche. (= No lugar de batata frita, comeu um 
sanduíche.) 
 
 
AO INVÉS DE ± LQGLFD�³ao contrário de´� 
 
Exemplo: Ao invés de subir, desceu. 
 
 
Importante! 
 
 
 
 $�H[SUHVVmR� ³DR� LQYpV�GH´� só deve ser empregada quando houver ideias contrárias. No 
VHJXQGR�TXDGULQKR��Ki�LGHLD�GH�³HP�OXJDU�GH´� Por essa razão, a frase da atendente está errada. 
2�FRUUHWR�p��³2L��-X��ERP�GLD��Em vez de LU�FRP�D�/X��YRX�FRP�YRFr´� 
 
 
x MAL X MAU 
 
MAL (advérbio/substantivo) - oposto dH�³EHP´� 
 
Exemplos: Ele fez o serviço mal. (= Ele fez o serviço bem.) 
Ele tem um mal incurável. (= Ele tem um bem incurável.) 
 
 
MAL - conjunção subordinativa temporal HTXLYDOHQWH�D�³logo que´��³DVVLP�TXH´. 
 
Exemplo: Mal ele chegou, todos saíram. (= Logo que ele chegou, todos saíram.) 
 
 
MAU (adjetivo) ± contrário, antônimo GH�³ERP´. 
 
Exemplo: Ele é um aluno mau. (= Ele é um aluno bom.) 
 
 
 
 
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x ONDE X AONDE X DE ONDE 
 
 
ONDE ± HPSUHJDGR�FRP�YHUERV�TXH�H[SULPHP�³ESTADO´�RX�³PERMANÊNCIA´� 
 
Exemplos: A cidade onde estou é linda. 
Onde você deixou os óculos ? 
 
Cuidado! 
 
 ³Onde´�GHYH�VHU�HPSUHJDGR�somente quando houver referência a lugar: 
 
³$�FLGDGH�onde HVWRX�p�OLQGD´� 
 
 e� LQFRUUHWR�R�HPSUHJR�HP�RXWURV�FRQWH[WRV�� WDLV� FRPR� ³$�VLWXDomR� onde me encontro é 
favoráYHO´�� 1RWHP� TXH�� QR� H[HPSOR� DSUHVHQWDGR�� QmR� Ki� UHIHUrQFLD� D� OXJDU�� UD]mR� SRU� TXH� R�
HPSUHJR�GH�³RQGH´�HVWi�LQFRUUHWR��1HVVH�FDVR��p�FRUUHWR�R�HPSUHJR�GDV�H[SUHVV}HV�³em que´�RX�
³na qual´� 
 
A situação em que me encontro é favorável. / A situação na qual me encontro é favorável. 
 
 
AONDE ± HPSUHJDGR�FRP�YHUERV�TXH�H[SULPHP�³MOVIMENTO´� 
 
Exemplo: Aonde você quer chegar ? 
 
 1R�H[HPSOR�DFLPD��R�YHUER�³FKHJDU´�LQGLFD�PRYLPHQWR��UHJHQGR�R�HPSUHJR�GD�SUHSRVLomR�
³D´��(VWD��SRU�VXD�YH]��DQWHFHGHUi�R�DGYpUELR�³RQGH´��RULJLQDQGR�D�IRUPD�³DRQGH´� 
 
 
DE ONDE ± HPSUHJDGR�FRP�YHUERV�TXH�H[SULPHP�³ORIGEM´��³PROCEDÊNCIA´� 
 
Exemplo: De onde você veio ? 
 
 1R� H[HPSOR� DFLPD�� R� YHUER� ³YLU´� LQGLFD� RULJHP�� SURFHGrQFLD�� UHJHQGR� R� HPSUHJR� GD�
SUHSRVLomR� ³GH´�� (VWD�� SRU� VXD� YH]�� DQWHFHGHUi� R� DGYpUELR� ³RQGH´�� RULJLQDQGR� D� H[SUHVVmR� ³GH�
RQGH´�RX�D�FRQWUDomR�³GRQGH´��GH���RQGH�� 
 
 
x OS PORQUÊS 
 
POR QUE (separado e sem acento) - é usado em: 
 
a) interrogativa direta. 
 
Exemplo: Por que você faltou à aula ontem? 
 
b) interrogativa indireta. 
 
Exemplo: Gostaria de saber por que você faltou à aula ontem. 
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Dica! 
 
 A forma ³POR QUE´� �VHSDUDGa e sem acento) também pode ser empregada nos 
seguintes contextos: 
 
x 3UHSRVLomR���SURQRPH�LQWHUURJDWLYR��HTXLYDOHQWH�D�³SRU�TXDO�UD]mR´� 
 
Exemplo: Não sei por que insisto; só sei que serei aprovado. (= Não sei por qual razão insisto; 
só sei que serei aprovado.) 
 
x 3UHSRVLomR���SURQRPH�UHODWLYR��HTXLYDOHQWH�D�³SHOR�TXDO´��H�IOH[}HV�� 
 
Exemplo: Passarei no concurso por que tanto luto. (= Passarei no concurso pelo qual tanto luto.) 
 
x $SyV�DV�SDODYUDV�GHQRWDWLYDV�³(,6´�H�³'$Ë´� 
 
Exemplos: ³(LV�por que VHUHPRV�DSURYDGRV�´ 
³'Dt�por que GL]HPRV�TXH�VHUHPRV�DSURYDGRV�´ 
 
 
Cuidado! 
 
Se a forma ³SRU�TXH´�HVWLYHU�VXEVWDQWLYDGa (antecedida de determinantes), o correto é empregar 
³porquê´ (junto e com acento). Neste caso, será equivalente a motivo, razão. 
 
Exemplos: Eis o porquê de nossa aprovação. 
Daí um porquê de seu sucesso: o estudo. 
 
 
x POR QUÊ (separado e com acento) ± é usado quando no final da frase. 
 
Exemplo: Não fez a prova? Por quê? �R�³TXr´�p�W{QLFR��SRU�LVVR, é acentuado graficamente) 
 
 
 Pode ser usado no final da oração, antes de pausa (não necessariamente em final do 
período), quando for equivalente a motivo, razão pela qual. 
 
Exemplo: Não conseguimos saber por quê, mas tentamos. �R�³TXr´�p�W{QLFR) 
 
 
x PORQUE (junto e sem acento) - é usado em respostas. Dependendo do contexto em que 
estiver inserido, indicará uma: 
 
 
a) explicação (= pois) 
 
Exemplo: A moça chorou porque os olhos estão vermelhos. (= A moça chorou pois os olhos 
estão vermelhos.) 
 
 
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b) causa (= já que) 
 
Exemplo: A moça chorou porque foi aprovada no concurso. (= A moça chorou, já que foi 
aprovada no concurso.) 
 
 
c) finalidade ( = para que). 
 
Exemplo: Fiz-lhe sinal porque se calasse. (= Fiz-lhe sinal para que se calasse.) 
 
 
Observação! 
 
 A forma ³SRUTXH´� �MXnta e sem acento) deve ser usada em frases interrogativas, 
quando for uma conjunção causal (relação de causa e efeito). 
 
Exemplo: Não íamos demonstrá-la porque nossa habilidade não era valorizada? 
 
 
x PORQUÊ (junto e com acento) ± é um substantivo usado sempre que vier precedido de 
determinante. Significa motivo, razão, causa. 
 
Exemplos: Gostaria de entender o porquê de suas faltas. (= Gostaria de entender o motivo de 
suas faltas.) 
 
Desejo saber os porquês de tanto estudo. (= Desejo saber as razões de tanto estudo.) 
 
 
 
Curiosidade! 
 
 
 Na primeira estrofe da P~VLFD�³*RVWDYD�WDQWR�GH�YRFr´��FXMD�DXWRULD�SHUWHQFH�D�7LP�0DLD��
KRXYH�R�HPSUHJR�GD�IRUPD�³SRUTXH´. O emprego foi correto ? 
 
Gostava Tanto de Você 
 
Não sei porque você se foi 
Quantas saudades eu senti 
E de tristezas vou viver 
E aquele adeus não pude dar...(Tim Maia) 
 
 
Resposta: Não! $� IRUPD� FRUUHWD� VHULD� ³SRU� TXH´�� SRLV� p� XPD� VHTXrQFLD� FRPSRVWD� SRU� XPD�
preposição + pronome interrogativo, equivalente a por qual razão: 
 
 
 
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Gostava Tanto de Você 
 
Não sei por que você se foi 
Quantas saudades eu senti 
E de tristezas vou viver 
E aquele adeus não pude dar... 
 (Tim Maia) 
 
x SE NÃO X SENÃO 
 
 
 Letra:Chico da Silva 
 
 SE NÃO - formado por "SE" (conjunção condicional) + "NÃO" (advérbio). Equivale a 
"CASO NÃO". 
 
Exemplo: Se não estudarem, não passarão no concurso. (= Caso não estudem, não passarão no 
concurso.) 
 
 
 SENÃO - equivalente a "CASO CONTRÁRIO", "EXCETO". 
 
Exemplos: Estude bastante, senão você não terá sucesso. (= Estude bastante, caso contrário 
você não terá sucesso.) 
 
Todos foram convidados para a festa, senão ela. (= Todos foram convidados para a festa, 
exceto ela.) 
 
 
 Aluno(a)s, espero que tenham compreendido a explicação, senão (= caso contrário) 
explicarei novamente. Se não (= Caso não) conseguirmos isso na próxima explicação, 
retomaremos o tema quantas vezes forem necessárias! :-) 
 
 
 
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x AGENTE X A GENTE 
 
 
AGENTE - é aquele que atua, exerce certo cargo ou determinada função (p. ex. procurador, 
delegado, administrador etc.). 
 
Exemplo: O agente chegou cedo à repartição. 
 
 
A GENTE - é uma expressão que representa a ideia de primeira pessoa do plural (nós), sendo de 
uso comum entre os falantes do português brasileiro. Entretanto, a forma verbal associada deve 
permanecer na 3ª pessoa do singular. 
 
Exemplo: A gente vai à praia amanhã. 
 
 
x DIA-A-DIA X DIA A DIA (segundo o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa) 
 
 
 Antes do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, a expressão ³dia-a-dia´�HUD�JUDIDGD�
com hífen (ou traço de união). 
 
Exemplos: Nas escolas públicas, o dia-a-dia (= cotidiano) dos professores brasileiros é árduo. 
 
 Com a promulgação do mencionado acordo, o hífen (ou traço de união) foi abolido: 
dia a dia. 
 
Exemplos: Nas escolas públicas, o dia a dia dos professores brasileiros é árduo. (equivalendo a 
³FRWLGLDQR´��D�H[SUHVVmR�VHUi�XP�VXEVWDQWLYR� 
 
Estou melhorando minha performance dia a dia. (equivalendo a diariamente, a expressão será 
locução adverbial de tempo) 
 
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x TAMPOUCO X TÃO POUCO 
 
 
TAMPOUCO - é uma conjunção coordenativa aditiva. Equivale a "TAMBÉM NÃO", "NEM". 
 
Exemplo: Eles não trabalham tampouco estudam. (= Eles não trabalham nem estudam.) 
 
 
TÃO POUCO - expressão equivalente a "MUITO POUCO". 
 
Exemplo: Ele dormiu tão pouco, que logo sentirá sono. (= Ele dormiu muito pouco, que logo 
sentirá sono.) 
 
 
HOMÔNIMOS E PARÔNIMOS 
 
 
Homônimos ± são palavras que, embora tenham significados diferentes, têm a mesma 
estrutura fonológica. Tripartem-se em: 
 
x Homônimos homóFONOS ± mesmo som (pronúncia) e grafias diferentes. 
 
Exemplos: 
coser (costurar) / cozer (cozinhar); 
expiar (pagar a culpa) / espiar (observar secretamente); 
cela (quarto de dormir) / sela (peça de couro posta sobre o lombo da cavalgadura); 
 
x Homônimos homóGRAFOS ± mesma grafia (escrita) e pronúncias diferentes. 
 
Exemplos: 
colher (verbo) / colher (substantivo); 
sede /é/ (lugar principal) / sede /ê/ (secura, necessidade de ingerir líquido). 
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x Homônimos perfeitos - pronúncia e grafia iguais. 
 
Exemplos: são (verbo ³VHU´) / são (adjetivo = sadio). 
 
Os alunos do Estratégia Concursos são GHPDLV���YHUER�³VHU´� 
Mente sã no corpo são. (adjetivo = sadio) 
 
cedo (advérbio de tempo) / cedo (verbo ³FHGHU´). 
 
Chegarei cedo ao local de prova. (advérbio de tempo) 
Neste instante, eu cedo R�DSDUWDPHQWR�SDUD�YRFrV���YHUER�³FHGHU´� 
 
 
 
 É importante diferenciar os homônimos perfeitos das palavras polissêmicas. 
 
 Homônimos perfeitos são nomes que têm mesma grafia e pronúncia, mas que 
pertencem a classes gramaticais distintas (têm mais de uma entrada no dicionário) 
 
 
Exemplos: 
 
Os alunos do Estratégia Concursos são GHPDLV���YHUER�³VHU´� 
Mente sã no corpo são. (adjetivo = sadio) 
 
 Nos exemplos acima, houve alteração da classe gramatical. Logo, temos homônimos 
perfeitos. 
 
 Por sua vez, termos polissêmicos são vocábulos que apresentam uma só forma com 
mais de um significado, pertencendo à mesma classe gramatical (apenas uma entrada no 
dicionário). 
 
 
O cabo obedeceu às ordens dos superiores. (cabo = patente militar Æ substantivo) 
A cozinheira pegou a faca pelo cabo. (cabo = parte do instrumento Æ substantivo) 
 
 
 Nos exemplos acima, não houve alteração da classe gramatical. Logo, temos vocábulos 
polissêmicos. 
 
 
PARONÍMINA 
 
 Parônimos ± é a relação entre palavras que são parecidas, mas que possuem 
significados diferentes. 
 Aproveitando o ritmo da aula, apresentarei uma sucinta lista com os homônimos e 
parônimos recorrentes nos certames organizados pela ESAF. 
 
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Ascender: subir, elevar-se. 
Acender: atear fogo, abrasar. 
 
Acento: inflexão de voz, sinal gráfico. 
Assento: base, cadeira, apoio; registro, apontamento. 
 
Acerca de: a respeito de, sobre. 
A cerca de: a uma distância aproximada de. 
Há cerca de: faz aproximadamente, existe(m) perto de. 
 
Acerto: estado de acertar; precisão, segurança; ajuste. 
Asserto: afirmação, asserção. 
 
Aferir: medir. 
Auferir: obter, ganhar. 
 
Afim: parente por afinidade; semelhante, análogo. 
A fim (de): para (locução conjuntiva final). 
 
Amoral: indiferente à moral, que não se preocupa com a moral. 
Imoral: contrário à moral, indecente. 
 
Ao encontro de: para junto de, favorável a. 
De encontro a: contra, em prejuízo de. 
 
Ao invés de: ao contrário de. 
Em vez de: em lugar de. 
 
A par: ciente, ao lado, junto. 
Ao par: de acordo com a convenção legal; equivalência. 
 
Apreçar: marcar o preço de, avaliar, ajustar. 
Apressar: acelerar, dar pressa a, instigar. 
 
Arrear: pôr arreios a; aparelhar. 
Arriar: abaixar, descer, inutilizar, desaminar. 
 
Arrochar: apertar muito. 
Arroxar: tornar roxo. 
 
Ás: pessoa notável em sua especialidade; carta de jogo. 
Az: esquadrão, ala do exército, fileira. 
 
Asado: que tem asas, alado.Azado: oportuno, propício. 
 
Avocar: atrair, atribuir-se, chamar. 
Evocar: trazer à lembrança. 
 
Caçar: perseguir, apanhar. 
Cassar: anular, suspender. 
 
Cavaleiro: homem a cavalo. 
Cavalheiro: homem gentil, de boas maneiras e ações. 
 
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Cela: aposento de religiosos, cubículo. 
Sela: arreio de cavalgadura. 
 
Censo: recenseamento, contagem. 
Senso: juízo, discernimento. 
 
Cerrar: fechar, apertar, encerrar. 
Serrar: cortar, separar. 
 
Cessão: ato de ceder, cedência. 
Seção ou secção: setor, corte, subdivisão, parte de um todo. 
Sessão: espaço de tempo em que se realiza uma reunião; reunião. 
 
Cheque: ordem de pagamento. 
Xeque: chefe árabe; lance de xadrez; perigo. 
 
Comprimento: extensão, tamanho, distância. 
Cumprimento: saudação, ato de cumprir. 
 
Concertar: combinar, harmonizar, arranjar. 
Consertar: remendar, restaurar. 
 
Conjetura: suposição, hipótese. 
Conjuntura: oportunidade, momento, ensejo, situação. 
 
Coser: costurar. 
Cozer: cozinhar. 
 
Deferir: atender, conceder, anuir. 
Diferir: divergir; adiar, retardar, dilatar. 
 
Delatar: denunciar, acusar. 
Dilatar: adiar, prorrogar. 
 
Descrição: ato de descrever; explanação. 
Discrição: moderação, reserva, recato, modéstia. 
 
Despensa: depósito de mantimentos. 
Dispensa: escusa, licença, demissão. 
 
Despercebido: não visto, não notado, ignorado. 
Desapercebido: desprevenido, desguarnecido, desprovido. 
 
Destratar: ofender, insultar. 
Distratar: desfazer um trato ou contrato. 
 
Emergir: vir à tona, aparecer. 
Imergir: mergulhar, penetrar, afundar. 
 
Eminente: alto, elevado; sublime, célebre. 
Iminente: imediato, próximo, prestes a acontecer. 
 
Emigrar: sair da pátria. 
Imigrar: entrar (em país estranho) para viver nele. 
 
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Esbaforido: cansado, ofegante. 
Espavorido: apavorado, espantado. 
 
Espectador: testemunha, assistente. 
Expectador: aquele que tem expectativa, esperançoso. 
 
Esperto: fino, inteligente, atilado, ativo. 
Experto: perito, experiente. 
 
Espiar: espreitar, olhar. 
Expiar: pagar, resgatar (crime, falta, pecado). 
 
Estada: permanência, demora de uma pessoa em algum lugar. 
Estadia: permanência paga do navio no porto para carga e descarga. Aplica-se a veículos. 
 
Estância: morada, mansão. 
Instância: pedido urgente e repetido; jurisdição, foro. 
 
Estrato: nuvem; camada. 
Extrato: perfume, loção; resumo. 
 
Flagrante: evidente, manifesto. 
Fragrante: aromático, perfumoso. 
 
Incerto: duvidoso, indeciso, não certo. 
Inserto: inserido, incluído. 
 
Incipiente: principiante, iniciante. 
Insipiente: ignorante. 
 
Indefeso: desarmado, fraco. 
Indefesso: incansável, infatigável. 
 
Infligir: aplicar (pena, castigo, multa, etc.). 
Infringir: transgredir, desrespeitar, desobedecer. 
 
Intercessão: intervenção, mediação. 
Interse(c)ção: ponto em que se cruzam duas linhas ou superfícies. 
 
Intimorato: sem temor, destemido. 
Intemerato: puro, íntegro, incorrupto. 
 
Laço: laçada; traição, engano. 
Lasso: fatigado, cansado, frouxo. 
 
Mandado: ato de mandar. 
Mandato: autorização que se confere a outrem, delegação. 
 
Paço: palácio, palácio do governo; a corte. 
Passo: ato de andar, caminho, marcha; episódio. 
 
Preceder: anteceder, vir antes. 
Proceder: descender, provir, originar-se; comportar-se. realizar; caber, ter fundamento. 
 
 
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Presar: capturar, apresar, agarrar. 
Prezar: estimar muito, amar, respeitar, acatar. 
 
Prescrever: determinar, preceituar, ordenar, receitar. 
Proscrever: condenar a degredo, desterrar; proibir, abolir, suprimir. 
 
Ratificar: validar, confirmar autenticamente. 
Retificar: corrigir, emendar. 
 
Ruço: pardacento; desbotado; grisalho. 
Russo: referente à Rússia; natural ou habitante da Rússia; língua da Rússia. 
 
Sortir: abastecer, prover. 
Surtir: ter como resultado, produzir efeito. 
 
Sustar: deter, suspender, interromper. 
Suster: sustentar, manter, alimentar. 
 
Tacha: pequeno prego; mancha, nódoa. 
Taxa: preço ou quantia que se estipula como compensação de certo serviço; razão do juro. 
 
Tachar: pôr prego em; notar defeito em, censurar, criticar, acusar. 
Taxar: regular o preço; lançar imposto sobre; moderar, regular. 
 
Vultoso: grande, volumoso. 
Vultuoso: vermelho e inchado (diz-se do rosto). 
 
 
10. (ESAF-2006/ENAP) Assinale a opção que corresponde a erro gramatical, no texto 
abaixo. 
 
Há(1) os que defendem um governo universal; essa seria, de acordo com certos teóricos, a 
única forma de eliminar as guerras, de construir uma paz durável, se não(2) eterna. Outros 
teóricos apontam a impossibilidade de governo universal sobre(3) uma História construída nos 
fundamentos da desigualdade. A paz só pode ser obtida entre sociedades iguais, e as 
sociedades nunca serão(4) iguais. Se houver a provável igualdade econômica, sempre haverá a 
desigualdade cultural, e, por fim, os deuses tão pouco(5) são iguais. 
 
(Adaptado de Mauro Santayana, Jornal do Brasil, 11/03/2006) 
 
a) 1 
b) 2 
c) 3 
d) 4 
e) 5 
 
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Comentário: $� RSomR� TXH� FRUUHVSRQGH� D� HUUR� JUDPDWLFDO� p� D� OHWUD� (�� 1R� LWHP� ��� D� IRUPD� ³WmR�
SRXFR´� �HTXLYDOHQWH� D� ³PXLWR� SRXFR´�� GHYH� VHU� VXEVWLWXtGD� SRU� ³WDPSRXFR´. No contexto, esta 
H[SUHVVmR�DSUHVHQWD�R�VLJQLILFDGR�³WDPEpP�QmR´��R�TXH�MXVWLILFD�D�VXEVWLWXLomR� 
 
³������VHPSUH�KDYHUi�D�GHVLJXDOGDGH�FXOWXUDO��H��SRU�ILP��RV�GHXVHV�tampouco VmR�LJXDLV´� 
 
³������VHPSUH�KDYHUi�D�desigualdade cultural, e, por fim, os deuses também não VmR�LJXDLV´� 
 
 &KDPR�D�DWHQomR�GH�YRFrV�SDUD�R�LWHP����HP�TXH�Ki�D�IRUPD�³VH�QmR´��1R�FRQWH[WR��HVVD�
H[SUHVVmR�p�FRPSRVWD�SHOD�FRQMXQomR�FRQGLFLRQDO�³6(´��VHJXLGD�GR�DGYpUELR�³1­2´��(TXLYDOH�D�
³FDVR�QmR´��HVWDQGR��SRLV��JUDIDGD�FRUUHWDPHQWH� 
 
Gabarito: E. 
 
 
11. (ESAF-2005/STN-Adaptada) 
 
Os administradores de sociedades limitadas podem responder solidariamente perante a 
sociedade pelo mal desempenho de suas atribuições. Uma dessas hipóteses é justamente não 
comunicar aos demais associados a cessão das cotas por parte de alguns sócios a terceiros que 
não dispõe de patrimônio apto a honrar o compromisso. 
 
Julgue a afirmação a seguir. 
 
I. Há erro no emprego do substantivo mal (linha 2) adjetivando desempenho; o correto é 
empregar o adjetivo mau. 
 
Comentário: 1R� FRQWH[WR�� D� IRUPD� ³PDO´� QmR� p� DGYpUELR� RX� DGMHWLYR�� SRLV� HVWi� PRGLILFDQGR� R�
VXEVWDQWLYR�³GHVHPSHQKR´��3RUWDQWR��GHYH�VHU�VXEVWLWXtGD�SRU�³PDX´��FRQWUiULR�GH�³ERP´. Vejam: 
 
³������UHVSRQGHU�������pelo bom GHVHPSHQKR������´ 
 
³������UHVSRQGHU�������SHOR�mau GHVHPSHQKR������´ 
 
Gabarito: Certo. 
 
 
12. (ESAF-2005/MPU)Marque o item em que uma das sentenças não está gramaticalmente 
correta. 
 
a) A literatura depende muito de condições subjetivas, raramente satisfaz apenas os sentidos, 
exige colaboração, embora muitos acreditem que as obras literárias possam brotar de cérebros 
insulados./ A literatura depende muito de condições subjetivas, raramente satisfaz apenas aos 
sentidos, exige colaboração, embora muitos acreditem que as obras literárias possam brotar de 
cérebros insulados. 
b) Um povo não perde os seus mais fortes determinantes se recebe, aceita e pratica a pintura e a 
música de outra origem, mas dificilmente adotará literatura estranha sem perda de alguns de 
seus valores. / Um povo não perderá os seus mais fortes determinantes se receber, aceitar e 
praticar a pintura e a música de outra origem, mas dificilmente adotará literatura estranha sem 
perda de alguns de seus valores. 
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c) Já tive ocasião de mostrar quanto me parecem precárias três afirmativas de Euclides da 
Cunha: a questão do cruzamento; a fatalidade da luta das raças e o autoctonismo do homem 
americano. / Já tive ocasião de mostrar como me parecem precárias três afirmativas de Euclides 
da Cunha: a questão do cruzamento; a fatalidade da luta das raças e o autoctonismo do homem 
americano. 
d) Quando surgiu Euclides da Cunha, nossa literatura podia enumerar grandes nomes 
SHUWHQFHQWHV� DR� ³VLVWHPD´� GH� TXH� IDOHL� Ki� SRXFR�� �� 4XDQGR� VXUJLX� (XFOLGHV� Ga Cunha, nossa 
OLWHUDWXUD�SRGLD�HQXPHUDU�JUDQGHV�QRPHV�SHUWHQFHQWHV�DR�³VLVWHPD´�GH�TXH�ID]�SRXFR�IDOHL��� 
H��1R�%UDVLO��D�QDFLRQDOLGDGH�H�D�OLWHUDWXUD�IRUPDUDP�XP�³VLVWHPD´�LQWHUHVVDQWtVVLPR��TXH�D�FHUFD�
de trezentos anos desenvolve-se. / No Brasil, a nacionalidade e a literatura formaram um 
³VLVWHPD´�LQWHUHVVDQWtVVLPR��TXH�Ki�FHUFD�GH�WUH]HQWRV�DQRV�VH�GHVHQYROYH� 
(Baseado em Roquette Pinto) 
 
Comentário: +i�HUUR�JUDPDWLFDO�QD�DVVHUWLYD�(��$�H[SUHVVmR�³D�FHUFD�GH´�GHYH�VHU�VXEVWLWXtGD�
SRU�³Ki�FHUFD�GH´��pois, no contexto, há ideia de tempo decorrido, passado. Vamos relembrar as 
lições? Acompanhem comigo! 
 
ACERCA DE - VLJQLILFD�³D�UHVSHLWR�GH´��³VREUH´� 
 
Exemplo: Conversamos acerca do namoro. (= Conversamos a respeito do namoro.) 
 
A CERCA DE - ideia de ³DSUR[LPDGDPHQWH´��³SHUWR�GH´� 
 
Exemplo: Estive a cerca de 50 metros da linha de chegada. (= Estive à distância de 50 metros 
da linha de chegada.) 
 
CERCA DE ± transmite LGHLD�³GXUDQWH´��³DSUR[LPDGDPHQWH´� 
 
Exemplo: Jogamos cerca de três horas. (= Jogamos durante três horas.) 
 
HÁ CERCA DE - VLJQLILFD�³ID]�DSUR[LPDGDPHQWH´��LQGLFDQGR�WHPSR�SDVVDGR� 
 
Exemplos: Há cerca de cem pessoas na fila. (= Existem aproximadamente cem pessoas na fila.) 
Chegou ao Brasil há cerca de 10 anos. (= Chegou ao Brasil faz aproximadamente 10 anos.) 
 
 3RUWDQWR��QR�FRQWH[WR�HP�DQiOLVH��R�VHJPHQWR�FRUUHWR�p�³������D�QDFLRQDOLGDGH�H�D�OLWHUDWXUD�
IRUPDUDP�XP�³VLVWHPD´�LQWHUHVVDQWtVVLPR��TXH�há cerca de trezentos anos desenvolve-VH´� 
 
Gabarito: E. 
 
 
13. (ESAF-2006/ANEEL) Assinale a opção que corresponde a erro gramatical. 
 
Há pelo menos duas compreensões a cerca do(1) Estado e sua natureza: ou ele seria um 
produto da razão pura ou ética do homem em busca de(2) construir na Terra um regime de 
ordem, de paz e de justiça assegurado pelo Direito positivo erigido, ou, ao contrário, seria uma 
criação socioeconômica de base política e militar organizada juridicamente conforme o(3) 
interesse material dos grupos ou classes sociais que(4) dominam efetivamente as relações 
econômicas de produção da riqueza de um país determinado. 
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Para o pensamento moderno oficial, o Estado é uma entidade socioeconômica e política criada 
racional e conscientemente pelo homem, situando-se(5) acima dos interesses das classes, que 
busca a ordem e a paz social e, ainda, cria o direito positivo e realiza a justiça legal. 
�2VFDU�G¶$OYD�H�6RX]D�)LOKR�� 
 
a) 1 
b) 2 
c) 3 
d) 4 
e) 5 
 
Comentário: 2�FRQWH[WR�QRV�WUDQVPLWH�D�LGHLD�GH�³VREUH´��³D�UHVSHLWR�GH´, ou seja, o assunto de 
que se fala��3RUWDQWR��QR�H[FHUWR�³+i�SHOR�PHnos duas compreensões a cerca do Estado e sua 
QDWXUH]D´��D�H[SUHVVmR�HP�GHVWDTXH�GHYH�VHU�VXEVWLWXtGD�SRU�³DFHUFD�GH´��)iFLO�GHPDLV��QmR�p"� 
 
Gabarito: A. 
 
 
14. (ESAF-2009/ANA-Adaptada) Em relação ao texto, assinale a opção correta. 
 
O Rio Paraíba do Sul tem cerca de 2/3 de suas águas retiradas do seu leito por uma obra de 
transposição em Santa Cecília (RJ). Essas águas são utilizadas para gerar energia elétrica e 
para abastecer a Região Metropolitana do Rio de Janeiro (cerca de 8 milhões de pessoas). Havia 
conflitos pelo uso dessas águas entre as diferentes regiões. Também nesse caso, a ação da ANA 
se pautou por definir um arcabouço técnico e institucional, estabelecendo regras de operação 
para o reservatório e de vazão mínima a ser liberada a jusante (rio abaixo), em determinadas 
épocas do ano, de forma a compatibilizar os usos. 
 
(José Machado http://www.ana.gov.br/SalaImprensa/artigos/ set.2008.pdf) 
 
Analise a proposta a seguir. 
 
I. $�VXEVWLWXLomR�GH�³FHUFD�GH´ (linha 1) por acerca de mantém a correção gramatical do 
período. 
 
Comentário: Vejam como os assuntos se repetem nas provas da ESAF. Novamente, foi exigida 
D�GLIHUHQFLDomR�HQWUH�DV�H[SUHVV}HV�³FHUFD�GH´�H�³DFHUFD�GH´��1R�FRQWH[WR��D�SULPHLUD�WUDQVPLWH�
LGHLD�GH�³DSUR[LPDGDPHQWH´��HVWDQGR�FRUUHWDPHnte empregada no texto. Por sua vez, a segunda 
WUD]�D�QRomR�GH� ³DVVXQWR´�� VLJQLILFDQGR� ³D� UHVSHLWR�GH´��3RUWDQWR��D� VXEVWLWXLomR�QmR�PDQWpP�D�
correção gramatical do período. 
 
Gabarito: Errado. 
 
 
15. (ESAF-2010/MTE) Assinale a opção que indica onde o texto foi transcrito com erro 
gramatical. 
 
A lição reafirmada pela crise é a da (1) instabilidade como pressuposto da economia de mercado, 
transmitida por dois canais. O primeiro é o da confiança dos agentes ± aspecto crucial nas 
observações de John Maynard Keynes -, que é volúvel e sujeita a mudança repentina em 
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momentos de incerteza. Tal instabilidade pode ainda ser catalisada (2) pelo canal financeiro, 
como ficou claro, de forma dramática, em 2008. Falhas de mercado e manifestações de 
irracionalidade são comuns no capitalismo, sem dúvida, mas a derrocada recente não repõe (3) a 
polarização entre Estado e mercado. Reforça, isso sim, a necessidade de aperfeiçoar 
instituições, afim de (4) preservar a funcionalidade dos mercados e a concorrência, bens públicos 
que o mercado, deixado à (5) própria sorte, é incapaz de prover. 
 
a) 1 
b) 2 
c) 3 
d) 4 
e) 5 
 
 
Comentário: 1R� H[FHUWR� ³������ D� QHFHVVLGDGH� GH� DSHUIHLoRDU� LQVWLWXLo}HV�� afim de preservar a 
IXQFLRQDOLGDGH� �����´�� transmite-se a noção de finalidade. Sendo assim, a expressão destacada 
GHYH� VHU� VXEVWLWXtGD� SHOD� ORFXomR� FRQMXQWLYD� ILQDO� ³D� ILP� GH´�� HTXLYDOHQWH� D� ³SDUD� TXH´�� 9DPRV�
rever as lições: 
 
AFIM ± indica ³VHPHOKDQoD´��³SDUHQWHVFR´� 
 
Exemplo: Nossa meta é afim: sua aprovação.(= Nossa meta é semelhante: sua aprovação.) 
 
A FIM ± indica ³ILQDOLGDGH´��ETXLYDOH�j�FRQMXQomR�ILQDO�³SDUD´� 
 
Exemplos: Estudo a fim de ser aprovado. (= Estudo para ser aprovado.) 
 
 9DOH�FKDPDU�D�DWHQomR�GH�YRFrV�SDUD�R�LWHP����2�YRFiEXOR�³FDWDOLVDGD´�SURYpP�GR�YHUER�
³FDWDOLVDU´� �JUDIDGR� FRP� ³6´��� 6HJXLQGR� D� UHJUD� GRV� SDUDGLJPDV�� SDODYUDV� GHULYDGDV� GH� RXWUDV�
TXH�FRQWrP�³6´�QR�UDGLFDO�GHYHP�PDQWHU�HVVD�FRQVRDQWH� 
 
Gabarito: D. 
 
 
16. (ESAF-2002/MDIC-Adaptada) 
 
Entre os males que afligem a sociedade brasileira o contrabando é, sem dúvida, um dos mais 
sérios, sobretudo porque dele decorrem inúmeros outros. Observa-se, no dia-a-dia, que o 
contrabando já faz parte da rotina das cidades, tanto nas atividades informais quanto no 
suprimento da rede formal de comércio, tomando o lugar de produtos legalmente 
comercializados. Os altos lucros que essas atividades ilícitas proporcionam, aliados ao baixo 
risco a que estão sujeitas, favorecem e intensificam a formação de verdadeiras quadrilhas, 
até mesmo com participação de empresas estrangeiras. São organizações de caráter 
empresarial, estruturadas para promover tais práticas nos mais variados ramos de atividade. 
 
(Adaptado de www.unafisco.org.br, 30/10/2000) 
 
Em relação às estruturas do texto, julgue a afirmação que segue. 
 
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I. $�H[SUHVVmR�³GLD-a-GLD´��OLnha 2) corresponde à idéLD�GH�³R�YLYHU�FRWLGLDQR´��H�dia a dia 
corresponde à idéia de passagem do tempo, ou seja, dia após dia. 
 
Comentário: A questão foi elaborada antes do Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. 
Sendo assim, devemos analisá-la à luz das regras anteriores ao Decreto nº 6.583/08. 
 $QWHULRUPHQWH� j� 5HIRUPD� 2UWRJUiILFD�� D� H[SUHVVmR� ³GLD-a-GLD´, pertencente à classe dos 
VXEVWDQWLYRV�H�VLJQLILFDQGR�³FRWLGLDQR´��era grafada com hífen (ou traço de união). Por sua vez, 
grafava-se a locução aGYHUELDO� ³GLD� D� GLD´� VHP� KtIHQ�� VLJQLILFDQGR� ³GLDULDPHQWH´� Portanto, a 
afirmação está correta. 
 Vale frisar que, com a promulgação do mencionado acordo, o hífen (ou traço de união) foi 
abolido: dia a dia. A identificação dar-se-á pelo contexto. Vejam: 
 
Exemplos: Nas escolas públicas, o dia a dia dos professores brasileiros é árduo. (equivalendo a 
³FRWLGLDQR´��D�H[SUHVVmR�VHUi�XP�VXEVWDQWLYR� 
 
Estou melhorando minha performance dia a dia. (equivalendo a diariamente, a expressão será 
locução adverbial de tempo) 
 
Gabarito: Certo. 
 
 
17. (ESAF-2003/Receita Federal) Indique o item em que todas as palavras estão 
corretamente empregadas e grafadas. 
 
a) A pirâmide carcerária assegura um contexto em que o poder de infringir punições legais a 
cidadãos aparece livre de qualquer excesso e violência. 
b) Nos presídios, os chefes e subchefes não devem ser exatamente nem juízes, nem 
SURIHVVRUHV��QHP�FRQWUDPHVWUHV��QHP�VXERILFLDLV��QHP�³SDLV´��SRUpP�DYRFDP�D�VL�XP�SRXFR�GH�
tudo isso, num modo de intervenção específico. 
c) O carcerário, ao homogeinizar o poder legal de punir e o poder técnico de disciplinar, ilide o 
que possa haver de violento em um e de arbitrário no outro, atenuando os efeitos de revolta que 
ambos possam suscitar. 
d) No singular poder de punir, nada mais lembra o antigo poder do soberano iminente que 
vingava sua autoridade sobre o corpo dos supliciados. 
e) A existência de uma proibição legal cria em torno dela um campo de práticas ilegais, sob o 
qual se chega a exercer controle e aferir lucro ilícito, mas que se torna manejável por sua 
organização em delinqüência. 
(Itens adaptados de Michel Foucault) 
 
Comentário: É importante o conhecimento dos parônimos. Esta questão trabalhou alguns 
apresentados em nossa lista. Vejamos. 
 1D�DVVHUWLYD�$��R�YRFiEXOR�³LQIULQJLU´��WUDQVJUHGLU��YLRODU��IRL�HPSUHJDGR�LQFRUUHWDPHQWH��2�
FHUWR� p� ³LQIOLJLU´� �DSOLFDU��� 3RU� VXD� YH]�� D� DVVHUWLYD� '� HPSUHJRX� HTXLYRFDGDPHQWH� D� SDODYUD�
³LPLQHQWH´��SUHVWHV�D�DFRQWHFHU���SRLV�R�FRUUHWR�p�HPLQHQWH��LPSRUWDQWH��LOXVWUH���-i�D�DOWHUQDWLYD�(�
utilizRX�GH�PRGR�LQFRUUHWR�D�SDODYUD�³DIHULU´��PHGLU��HP�OXJDU�GH�³DXIHULU´��REWHU��JDQKDU���Na letra 
&��SRU�ILP��R�FRUUHWR�p�³KRPRJHQHL]DU´��IXVmR�GH�³KRPRJrQHR´�FRP�R�VXIL[R�³L]DU´���3RUWDQWR��DV�
palavras estão corretamente grafadas e empregadas na assertiva B. Nessa alternativa, o 
YRFiEXOR� ³DYRFDU´� �FKDPDU� SDUD� VL�� IRL� HPSUHJDGR� FRUUHWDPHQWH�� QmR� GHYHQGR� VHU� FRQIXQGLGR�
FRP�R�SDU{QLPR�³HYRFDU´��WUD]HU�j�OHPEUDQoD�� 
 
Gabarito: B. 
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EMPREGO DO HÍFEN (OU TRAÇO DE UNIÃO) 
 
 A seguir, apresentarei a vocês um ponto que não é muito cobrado nas provas da ESAF, 
mas que deve ser estudado: o emprego do hífen (ou traço de união). 
 Primeiramente, demonstrarei as regras antigas e, quando necessário, apresentarei as 
mudanças trazidas pelo Novo Acordo Ortográfico. 
 Sempre me di]HP��³3URIHVVRU��VmR�PXLWDV�UHJUDV��&RPR�GHFRUi-ODV"´��)LTXHP�WUDQTXLORV��
meus amigos! Para facilitar a vida de vocês (rs...), trouxe algumas técnicas mnemônicas que 
facilitarão a memorização. 
 
ANTES DO NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO 
 
Emprega-se hífen: 
 
 - nos prefixos PSEUDO-, SEMI-, INTRA-, CONTRA-, AUTO-, NEO-, EXTRA-, PROTO-, 
INFRA-, ULTRA- e SUPRA- TXH� DQWHFHGHP� SDODYUDV� LQLFLDGDV� SRU� µ+¶�� µ5¶�� µ6¶� H� YRJDLV�
diferentes. 
 
Para memorizar: 
 
 
P SEUDO- 
S EMI- 
I NTRA- 
C ONTRA- 
A UTO- 
N EO- TXH�DQWHFHGHP�SDODYUDV�LQLFLDGDV�SRU�µ+¶��µ5¶��µ6¶�H�YRJDLV�GLIHUHQWHV� 
E XTRA- 
P ROTO- 
I NFRA- 
U LTRA- 
S UPRA- 
 
Exemplos: pseudo-homérico, neo-republicano, proto-revolução, pseudo-sábio, semi-selvagem, 
ultra-secreto, intraauricular, autoônibus, contra-indicação, intra-ocular, extra-oficial, supra- 
-excitação. 
 
Exceção: extraordinário. 
 
 
 
APÓS O NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO 
 
Emprega-se hífen: 
 
 - nos prefixos PSEUDO-, SEMI-, INTRA-, CONTRA-, AUTO-, NEO-, EXTRA-, PROTO-, 
INFRA-, ULTRA- e SUPRA- que antecedem palavras iniciadas por µ+¶�e vogal igual à última 
do prefixo. 
 
 
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Para memorizar: 
 
 
P SEUDO- 
S EMI- 
I NTRA- 
C ONTRA- 
A UTO- 
N EO- antes de µ+¶�e de vogal igual à última do prefixo 
E XTRA- 
P ROTO- 
I NFRA- 
U LTRA- 
S UPRA- 
 
 
 Se os prefixos acima antecederem palavras iniciadas por µ5¶�H�µ6¶, estas consoantes serão 
duplicadas, ou seja, não se emprega o hífen. 
 
Exemplos: pseudo-homérico, neorrepublicano, protorrevolução, pseudossábio, semisselvagem, 
ultrassecreto, intra-auricular, auto-ônibus. 
 
Dica! 
 
 Os prefixos CO-, RE-, DES- e IN- não se enquadram na regra acima. 
 
Exemplos: coerança (co + herança), coerdeiro (co + herdeiro), coabitar (co + habitar), coordenar 
(co + ordenar), cooperar (co + operar), cosseno (co + seno), cossecante (co + secante), 
correlação (co + relação), reabilitar (re + habilitar), reeditar (re + editar), reeleição (re + eleição), 
desonra (des + honra), desumano (des + humano), inábil (in + hábil), inabitável (in + habitável).

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