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JURISPRUDENCIAS DE TRABALHISTAS

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286
- A - 
ABANDONO DE EMPREGO
01. Configura-se o abandono de emprego se o Reclamante confessa ter solicitado sua liberação mediante 
"acordo" antes de ausentar-se do trabalho, inexistindo qualquer indício de que tenha sido dispensado. 
 (TRT-RO-12149/94 - 1ª T. - Rel. Juiz Antônio Fernando Guimarães - Publ. MG. 14.10.94) 
 JUSTA CAUSA - ABANDONO DE EMPREGO - A simples convocação de empregado, para retorno ao 
trabalho, por edital, tendo este endereço certo e conhecido, não se presta à prova de abandono de emprego, 
mesmo quando desastendida, mormente quando a publicação se dá antes mesmo do empregado se afastar 
do serviço. 
 (TRT-RO-11582/94 - 4ª T. - Rel. Maurício Pinheiro de Assis - Publ. MG. 05.11.94) 
02. DISPENSA - ÔNUS DA PROVA - Alegado fato impeditivo do direito do autor, quando afirmou que o 
reclamante não mais se interessou em continuar na reclamada, equivale à sustentação de" abandono de 
emprego". E como tal, ônus da prova é do empregador e não do empregado. 
 (TRT-RO-648/95 - 4ª T. - Rel. Maurício Pinheiro de Assis - Publ. MG. 01.04.95) 
 ÔNUS DA PROVA - A invocação de abandono de emprego deverá ser comprovada pelo empregador, por se 
tratar de fato extintintivo do direito do empregado (artigo 818/CLT e 333, II, do CPC). Não se desicumbindo do 
encargo probatório, presume-se injusta a dispensa, porquanto o empregado tem a seu favor a presunção 
gerada pelo princípio da continuidade da relação empregatícia. 
 (TRT-RO-11310/94 - 5ª T. - Rel. Juiz Roberto Marcos Calvo - Publ. MG. 15.10.94) 
 PROVA - Ao alegar que ocorreu abandono de emprego, compete ao empregador fazer disso prova robusta, 
convincente e insofismável. 
 (TRT-RO-2806/95 - 4ª T. - Rel. Juiz Ubiracy Martins soares - Publ. MG. 27.05.95) 
ABONO
01. Concedido aos empregados o aumento de salário como forma de abono, integra-se este ao patrimônio do 
obreiro e passa a fazer parte de sua subsistência, aplicando-se-lhe as mesmas atualizações que venham a 
incidir sobre o salário. 
 (TRT-RO-12777/93 - 4ª T. - Rel. Juíza Ana Maria Valério Riccio - Publ. MG. 29.10.94) 
AÇÃO
01. CARÊNCIA DE AÇÃO - IMPOSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO - INEXISTÊNCIA. Ainda que faleçam ao 
obreiro os direitos que pleiteia, não há como negar-se-lhe o direito de ação, assegurado pela Constituição 
Federal, no seu art. 5º, inciso XXXV. 
 (TRT-RO-12229/94 - 2ª T. - Rel. Juiz José César de Oliveira - Publ. MG. 21.10.94) 
02. DESISTÊNCIA. OPORTUNIDADE. Só se admite a desistência da ação, sem a anuência do réu, antes do 
oferecimento da defesa. Inteligência do art. 267, parágrafo 4º., do CPC, aplicável subsidiariamente, por força 
do art. 769 consolidado. 
 (TRT-RO-2077/95 - 5ª T. - Rel. Juiz Márcio Ribeiro do Valle - Publ. MG. 01.04.95) 
03. EXTINÇÃO DO PROCESSO SEM JULGAMENTO DO MÉRITO. A sumária extinção dos pedidos sem 
julgamento do mérito, depois de contestada a reclamação e regularmente instruído o processo, colide com o 
entendimento jusrisprudencial consubstanciado no Enunciado 263/TST. 
 (TRT-RO-10312/94 - 5ª T. Rel. Juiz Tarcísio Alberto Giboski - Publ. MG. 12.11.94) 
04. CONDIÇÃO DA AÇÃO - INTERESSE PROCESSUAL - O interesse processual em que se funda a ação e 
como condição desta não pode ser confundido com conveniência da parte ou mero interesse de índole 
subjetiva, mas de natureza objetiva, respaldado na regra de que o interesse está circunscrito à essência e a 
finalidade do processo. 
 (TRT-RO-9665/94 - 1ª T. - Rel. Juiz Paulo Roberto Sifuentes Costa - Publ. MG. 16.09.94) 
05. IMPOSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO. ALEGAÇÃO DE FALTA DE IMPLEMENTO DE CONDIÇÃO A 
QUE SE VINCULA A OBRIGAÇÃO TRABALHISTA. Ocorre a impossibilidade jurídica do pedido, no 
ensinamento sempre preciso de CÂNDIDO DINAMARCO, apenas "quando em norma geral e abstrata o direito 
material repele a priori a tutela pretendida (ou seja, quando ele a nega em tese, sem consideração às 
peculiaridades do caso concreto)".Ou, em outras palavras, "quando o Estado, sem levar em conta as 
287
características peculiares da situação jurídica concreta, nega aprioristicamente o poder de ação ao particular. 
Inexistindo razão preponderante ou expressa vedação legal, a ação é admissível" (In Execução Civil, 3ª ed., 
1993, p. 384 e 386). Em conseqüência, a alegação defensiva de que a obrigação trabalhista pleiteada 
subordinava-se a condição suspensiva ainda não verificada é matéria claramente de mérito, por dizer respeito 
aos fatos controvertidos do dissídio e à própria existência ou não do direito material vindicado em juízo, não 
afetando o direito abstrato de ação trabalhista, regularmente exercido pelo autor. 
 (TRT-RO-1302/95-2ª T. - Rel. Juiz José Roberto Freire Pimenta - Publ. mg. 31.03.95) 
 PEDIDO - FIXAÇÃO DO OBJETO DA LIDE - O pedido fixa o objeto da lide e com a defesa, estabelece-se o 
contraditório dentro do qual deverá ser decidida a controvérsia. Se a parte pede apenas o adicional (E. 
56/TST), ainda que evidenciado na instrução que a empresa pagava também horas trabalhadas além da 
jornada legal como extras, a decisão recorrida não pode extravasar o limite do contraditório deferindo parcela 
diversa a reivindicada, qual seja, hora extra. 
 (TRT-RO-16794/94 - 4ª T. Rel. Juíza Deoclécia Amorelli Dias - Publ. MG. 25.02.95) 
 PEDIDO - POSSIBILIDADE JURÍDICA - Constitui a possibilidade jurídica do pedido, condição da ação. Cujo 
exame cabe ao juiz, desde logo, e leva ao deferimento ou indeferimento da inicial. Visando celeridade e 
economia. O Estado não aceita o processo a que falte viabilidade. Evitando desgaste e desperdício com 
acionamento inútil da máquina burocrática. O juiz tem o poder de impedir a instauração de processo impróprio 
e cujo resultado possa ser conhecido de antemão. Ou seja, de que, ao final, o provimento pretendido não será 
juridicamente possível. Em suma, para que um pedido possa ser formulado, é necessário que esteja 
expressamente admitido ou não seja proibido pelo direito vigente. Em contrário, será juridicamente impossível. 
A possibilidade jurídica deve ser avaliada, então, apenas diante da existência ou não de previsão no direito 
positivo para que se instaure aquela lide. Sem adentrar-lhe o mérito. Um pedido pode ser manifestamente 
improcedente, mas possível. Caso em que deve ser processado e decidido, pois a condição da ação está 
presente, embora seu sucesso seja duvidoso. No caso concreto, não se mostra juridicamente impossível, 
pedido formulado em ação rescisória que ataque decisão que deferiu aumento salarial referente ao IPC de 
3/90, com alegação de violação literal de lei. Porque tal permissivo consta do direito positivo em vigor. Se a 
tese rescindenda era ou não controvertida ao tempo de sua adoção já revela o mérito da lide e não condição 
da ação. Agravo regimental a que é dado provimento, para propiciar o processamento da ação. 
 (TRT-ARG-67/94 - Seção Especializada - Rel. Juiz Paulo Araújo - Publ. MG. 24.02.95) 
Cautelar 
01. PROTEÇÃO DA EFICÁCIA DE UM PROCESSO - A empresa que confessa estar dispensando grande número 
de empregados, tendo muitos com quem ainda acertar e que, apesar disso, sistematicamente não se faz 
presente na fase probatória das múltiplas reclamatórias contra ela em curso, cria fundado receio de grave 
lesão a direitos trabalhistas e grave probabilidade de tornar ineficazes os processos em tramitação. Cautelar 
deferida que se mantém. 
 (TRT-RO-12382/94 - 5ª T. - Rel. Juiz Márcio Ribeiro do Valle - Publ. MG. 05.11.94) 
02. INOMINADA. REINTEGRAÇÃO DE EMPREGADO. Reintegração de empregado no emprego não é matéria a 
ser discutida em processo cautelar, pois o que se busca é o próprio direito substancial, e não a tutela do 
processo principal. 
 (TRT-RO-404/94 - 3ª T. - Rel. Juiz Abel Nunes da Cunha - Publ. MG. 19.04.94) 
De consignação em Pagamento 
01. RECONVENÇÃO. A ação de consignação em pagamento constitui procedimento estrito em que não sepode 
discutir controvérsia versando causa da extinção do contrato de trabalho e/ou questões ligadas à execução do 
contrato de trabalho (horas extras, adicional de insalubridade, etc.), que em nada se ligam às parcelas cujo 
recebimento se alega obstado por ato do empregado. Tais pretensões devem ser deduzidas no processo 
ordinário pertinente. Juridicamente inviável a sua discussão por meio de reconvenção. 
 (TRT-RO-11020/94 - 1ª T. - Rel. Juiz Levi Fernandes Pinto - Publ. MG. 14.10.94) 
02. A propositura de Ação de Consignação em Pagamento, por si só, não autoriza o arquivamento do processo, 
quando evidenciado nos autos a incorreção dos valores rescisórios, em face do não-pagamento de horas 
extras trabalhadas pelo obreiro, durante o pacto laboral. 
 (TRT-RO-00972/95 - 4ª T. - Rel. Juiz Maurício Pinheiro de Assis - Publ. MG. 25.03.95) 
03. JUSTA CAUSA. Dispensado o reclamante por justa causa em conseqüência de faltas injustificadas ao trabalho 
e não comparecendo para receber as parcelas da rescisão, cabível a ação de consignação em pagamento 
para desonerar a reclamada do ônus do pagamento. 
 (TRT-RO-3977/94 - 5ª T. - Rel. Juiz Antônio Augusto M. Marcellini - Publ. MG. 10.09.94) 
288
04. CONTESTAÇÃO - Ao contestar a ação de consignação em pagamento, o empregado justificará sua recusa 
limitando-se às alegações previstas no art. 896 e seus incisos, do CPC, descabendo discutir-se o motivo da 
rescisão alegado na inicial, o que poderá ser feito, posteriormente, mediante ação autônoma, uma vez que a 
quitação decorrente da consignatória só vale em relação aos valores discriminados e especificamente pagos, 
a teor do disposto no parágrafo 2º do art. 477/CLT. 
 (TRT-RO-12543/94 - 2ª T. - Rel. Juiz Celso Honório Ferreira - Publ. MG. 28.10.94) 
05. JUSTA RECUSA NO RECEBIMENTO DAS PARCELAS RESCISÓRIAS - DISPENSA IMOTIVADA - Não 
reconhecida a falta grave para o despedimento do empregado e, portanto, justa sua recusa em receber as 
parcelas decorrentes da rescisão contratual por justa causa, deve ser confirmada a v. decisão de 1º grau que 
julgou improcedente a ação de consignação em pagamento aforada pelo empregador. Todavia, reconhecendo 
as partes o rompimento do contrato, não se há falar em rescisão indireta, mas em dispensa imotivada. 
 (TRT-RO-6123/94 - 4ª T. - Rel. Juiz Luiz Phillippe Vieira de Mello Filho - Publ. MG. 10.09.94) 
06. NATUREZA DA RESCISÃO. Ainda que se esteja discutindo em autos apensados a natureza da rescisão - se 
por justa causa ou não - se a empresa consigna as verbas rescisórias, segundo o tipo de dispensa que 
defende ter ocorrido, após recusa dos AA. de recebê-las, não cabe declarar a improcedência da consignação 
e condenar na multa do art. 477 - parágrafo 8º - CLT, quando os Autores, nela, em audiência, aceitaram a 
oferta, com ressalva de discutirem ainda a justa causa. Se receberam o valor, não houve recusa justa porque 
a quitação trabalhista admite ressalvas como foi feito. A simples aceitação produz a quitação e traz a 
procedência. 
 (TRT-RO-05247/93 - 5ª T. - Rel. Juiz Paulo Araújo - Publ. MG. 23.07.94) 
De cumprimento 
01. DISSÍDIO COLETIVO - DECISÃO NA AÇÃO DE CUMPRIMENTO - Ofende a coisa julgada no dissídio coletivo 
o aresto, proferido na ação de cumprimento, que, depois de trânsita a decisão normativa, decide alguma 
matéria contrariamente ao que nesta foi resolvido. 
 (TRT-AR-104/94 - Seção Especializada - Rel. Juiz Itamar José Coelho - Publ. MG. 23. 09.94) 
Direta de Inconstitucionalidade 
01. AGRAVO DE PETIÇÃO - ACÓRDÃO PROFERIDO EM AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. 
Acórdão, do Excelso STF, que decide Ação direta de Inconstitucionalidade, tem natureza declaratória. Assim, 
declarado o vício, não pode o dispositivo legal inquinado de inconstitucional surtir qualquer efeito desde a sua 
publicação. Agravo de Petição a que se nega provimento. 
 (TRT-AP-381894 - 5ª T. - Rel. Juiz Márcio Ribeiro do Valle - Publ. MG. 08/04/95) 
02. Somente a decisão definitiva de mérito proferida em Ação Declaratória de Constitucionalidade (CF. art. 102., 
parágrafo 2º, com redação dada pela E.C. 03/93), é que vincula o Poder Judiciário, não assim as decisões 
proferidas pelo Supremo Tribunal Federal em sede de Ação Direta de Inconstitucionalidade ou em Recurso 
Extraordinário. 
 (TRT-ED-35976/94 - (RO-12313/92) - 3ª T. - Rel. Juiz Levi Fernandes Pinto - Publ. MG. 22.11.94) 
De Nulidade 
01. CONVENÇÃO COLETIVA - As cláusulas objeto de Convenção Coletiva, fruto da livre vontade das categorias, 
legitimamente originárias da Assembléia Geral devidamente convocada, não podem sofrer interferência do 
Judiciário. Ação de Nulidade julgada improcedente. 
 (TRT-AN-00011/94 - Seção Especializada - Red. Juiz Antônio Miranda de Mendonça - Publ. MG. 05.05.95).
Rescisória 
01. ARTIGO 485, V, CPC - Evidenciado ter a decisão rescindenda resolvido a lide com estrita obediência aos 
comandos legais regedores da espécie, os quais, em momento algum, ofenderam qualquer direito da parte 
irresignada, não há falar em violação literal de disposição de lei, disso resultando a improcedência da 
Rescisória. 
 (TRT-AR-0174/94 - Seção Especializada - Rel. Juiz Renato Moreira Figueiredo - Publ. MG. 20-01-/95) 
 A citação não perfectibilizada na forma prevista em lei, autoriza a rescisão da sentença de mérito, com fulcro 
no disposto no art. 485, V, do CPC. 
 (TRT-AR-00268/93 - Seção Especializada - Rel. Juiz José César de Oliveira - Publ. MG. 20/01/95) 
 COISA JULGADA - Demonstrada de forma inequívoca que o Colegiado voltou a decidir sobre questão que já 
produzira a eficácia formal e material da coisa julgada, rescindível é o acórdão porque configurada a hipótese 
289
descrita na inciso IV, do art. 485, do CPC. 
 (TRT-AR-00236/94 - Seção Especializada - Rel. Juiz Renato Moreira Figueiredo - Publ. MG. 25/11/94) 
 COLUSÃO - A colusão, para ensejar a procedência do pedido, deve ser entre as partes, para fraudar a lei, e 
jamais entre o reclamante e advogado. O causídico não atuou como parte, mas mandatário, no cumprimento 
do mandato. A colusão consiste em ato de autoria dos litigantes, situados nos dois pólos da relação jurídica 
processual. 
 (TRT-AR-76/94 - Seção Especializada - Rel. Juiz Dárcio Guimarães de Andrade - Publ. MG. 09/09/94) 
 COLUSÃO - Provada satisfatoriamente a prática da colusão para fraudar a lei, dá-se por procedente a Ação 
Rescisória e ordena-se a repetição dos atos por ela alcançados. 
 (TRT-AR-00075/94 - Seção Especializada - Rel. Juiz Nereu Nunes Pereira - Publ. MG. 23/09/94) 
 DECISÃO CONTRA LITERAL DISPOSIÇÃO LEGAL - Arrimado em eméritos doutrinadores, a meu sentir e no 
escopo de acertar, decidir contra literal disposição de lei é, na verdade, prolatar decisão contrária à lei em tese 
é jamais contra o modo de sua aplicação. Matéria controvertida nos Tribunais, na esteira do Enunciado 
83/TST, Súmulas 343/STF e 134/TFR, não dá chances de sucesso à Rescisória. Nunca é assaz ressaltar que 
a RES JUDICATA merece total respeito. In casu, o Enunciado 322/TST foi editado após a decisão-
rescindenda. 
 (TRT-AR-518/94 - Seção Especializada - Rel. Juiz Dárcio Guimarães de Andrade - Publ. MG. 09/06/95) 
 DECISÃO RESCINDENDA - INÉPCIA DA PETIÇÃO INICIAL - Quando o Tribunal Superior do Trabalho 
conhece e aprecia recurso ordinário interposto em dissídio coletivo, manifestando-se sobre a matéria que é 
objeto de discussão na ação rescisória, a decisão rescindenda há de ser aquela proferida pelo Tribunal 
Superior e não a do Regional. Se a autora aponta como rescindenda a decisão regional, há inépcia da petição 
inicial, que conduz à extinção do processo sem julgamento do mérito. 
 (TRT-AR-00057/94 - Seção Especializada - Red. Juiz Márcio Flávio Salem Vidigal - Publ. MG. 10/02/95) 
 ENUNCIADO - O Enunciado de Súmula da Jurisprudência do Egrégio Tribunal Superior do Trabalho não 
configura norma assimilável à "lei",de que trata o inciso V do artigo 485 do CPC. 
 (TRT-AR-250/93 - Seção Especializada - Red. Juiz Nilo Álvaro Soares - Publ. MG. 23/09/94) 
 ERRO DE FATO - O erro de fato consiste, não em um erro de interpretação, mas em um erro de percepção de 
um fato que já estava presente nos autos quando da prolação da sentença. Se o fato inquinado não fazia parte 
dos autos, não há nexo de causalidade entre ele e a decisão proferida, não havendo que se falar em rescisão 
de sentença por erro de fato. 
 (TRT-AR-297/94 - Seção Especializada - Red. Juiz Renato Moreira Figueiredo - Publ. MG. 02/06/95) 
 Em face do princípio "iura novit cura", é irrelevante se o autor deixou de declinar a norma legal que entendeu 
violada pelo acórdão rescindendo. 
 (TRT-AR-107/94 - Seção Especializada - Rel. Juiz Nilo Álvaro Soares - Publ. MG. 23-09-94) 
 INADMISSIBILIDADE - Não é admissível a ação rescisória, fundada em ofensa à literal disposição de lei 
"quando a decisão rescindenda estiver baseada em texto legal de interpretação controvertida nos Tribunais" 
(Súmula nº 343 do STF e En. nº 83 do TST), ainda que posteriormente se torne vitoriosa a interpretação 
favorável às pretensões do autor. 
 (TRT-ARG-00039/94 - (AR-00213/94) - Seção Especializada - Red. Juíza Deoclécia Amorelli Dias - Publ. MG. 
30-09-94) 
 IMPOSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO - Dá-se a impossibilidade jurídica do pedido, quando na ação 
rescisória pretende-se rescindir sentença que foi substituída por acórdão do Tribunal, por força dos recursos 
interpostos pelas partes. Na espécie, a eventual ação rescisória há de dirigir-se contra o julgamento de grau 
superior, que substituiu o outro (art. 512 do CPC).
 (TRT-AR-00039/94 - Seção Especializada - Rel. Juíza Ana Maria Valério Riccio - Publ. MG. 16—09-94) 
 INDEFERIMENTO DA INICIAL - Correta a decisão que indefere a inicial de ação rescisória que objetiva 
desconstituir, não o acórdão rescindendo, mas, sim, fase do processo de conhecimento a ele anterior. 
 (TRT-ARG-32/94 - (AR-180/94) - Seção Especializada - Rel. Juiz Orestes Campos Gonçalves - Publ. MG. 23-
09-94) 
 INDEFERIMENTO LIMINAR - TEXTO LEGAL DE INTERPRETAÇÃO CONTROVERTIDA - O não cabimento 
de rescisória por violação de lei cuja interpretação é controvertida (Enunciado n. 83/TST), é matéria 
intrinsecamente relacionada a julgamento do conteúdo do pedido imediato, e não pressuposto processual. 
Matéria de fundo a ser julgada pela Seção reunida, e não por juízo monocrático. Agravo provido. 
 (TRT-ARG-86/94 - Seção Especializada - Rel. Juiz Orestes Campos Gonçalves - Publ. MG. 24-02-95) 
290
 IPC DE MARÇO/90 - TEXTO LEGAL DE INTERPRETAÇÃO CONTROVERTIDA - "Se ao tempo em que foi 
prolatada a decisão rescindenda, era controvertida a interpretação do texto legal por ela aplicado, não se 
configura a violação literal a dispositivo de lei, para justificar sua rescisão - artigo 485, V - ainda que a 
jurisprudência do STF venha, posteriormente, a fixar-se em sentido contrário. É essa, aliás, a orientação 
seguida na Súmula 343" (Min. Moreira Alves). 
 (TRT-ARG-00042/94 - (AR-00225/94) - Seção Especializada - Rel. Juíza Deoclécia Amorelli Dias - Publ. MG. 
30-09-94) 
 MÉRITO - Intolerável, a todas as luzes, em razão do texto taxativo do artigo 485, do CPC, rescisória contra 
decisão-rescindenda que não enfrentou o MERITUM CAUSAE. A expressão de mérito, constante do citado 
artigo, é referente à RES JUDICIUM DEDUCTA, isto é, ao mérito da causa, não ao de algum recurso. Ela foi 
criada para desfazer a coisa julgada material, tornando-se mister, conforme curial sabença, que o 
pronunciamento judicial tenha ingressado no exame do mérito. A redação do decantado texto legal chega a 
ser ENFÁTICA. 
 PARECER - O belo e fundamentado parecer da erudita Procuradora do Trabalho enriquece o acórdão com 
irrespondível argumentação. 
 (TRT-AR-065/94 - Seção Especializada - Rel. Juiz Dárcio Guimarães de Andrade - Publ. MG. 26-08-94) 
 Os motivos de rescindibilidade previstos nos itens I a IX, do art. 485, do C. Pr. Civil, são taxativos e se os fatos 
narrados na inicial não são suficientes para se enquadrarem nos casos ali previstos, torna-se incabível a Ação 
Rescisória. 
 AGRAVO REGIMENTAL desprovido. 
 (TRT-ARG-00078/94 - Seção Especializada - Rel. Juiz Aroldo Plínio Gonçalves - Publ. MG. 17-02-95) 
 Não cabe Ação Rescisória com o escopo de rescindir sentença que condenou o autor a pagar o 
IPC/MARÇO/90, por se tratar de matéria altamente controvertida nos Tribunais, com atração do Enunciado 
83/TST. Ademais, ainda que a matéria, 4 anos depois, venha a ser pacificada, incabível a Rescisória, diante 
da fundamentação inserta na Súmula 134 do vetusto TFR. A ação não tem a menor possibilidade jurídica de 
vingar. 
 (TRT-AR-91/94 - Seção Especializada - Rel. Juiz Dárcio Guimarães de Andrade - Publ. MG. 05-08-94) 
 Não cabe ação rescisória contra matéria já iterativamente superada por pacífica jurisprudência dos Tribunais 
pátrios. Com efeito, ainda que a matéria, no futuro, seja de outro modo interpretada, a teor da súmula 
134/TFR, incabível é a rescisória. 
 (TRT-ARG-56/94 - Seção Especializada - Rel. Juiz Dárcio Guimarães de Andrade - Publ. MG. 24-02-95) 
 OFENSA À COISA JULGADA - ART. 485, INCISO IV DO CPC. Descabe ação rescisória fundada em ofensa à 
coisa julgada formada em Sentença Normativa, resultante de Dissídio Coletivo, para desconstituir decisão 
proferida em Dissídio Individual, dada a natureza diversa de uma e outra ação. 
 (TRT-AR-286/93 - Seção Especializada - Rel. Juíza Deoclécia Amorelli Dias - Publ. MG. 02-07-94) 
 PEDIDO DE RESCISÃO DA DECISÃO DE 1º GRAU - INÉPCIA DO PEDIDO - IMPOSSIBILIDADE JURÍDICA - 
Passível de sofrer o "iudicium rescindens" ou "Iudicium rescisscrium" é o acórdão proferido em grau de recurso 
ordinário e não a decisão de 1º grau. 
 (TRT-AR-226/94 - Seção Especializada - Rel. Juiz Antônio Miranda de Mendonça - Publ. MG. 02-12-94) 
 PETIÇÃO INICIAL - PROCESSAMENTO - Deve ser processada a ação rescisória cuja petição inicial contenha 
fundamentação e requisitos necessários ao seu conhecimento. 
 (TRT-ARG-33/94 - Seção Especializada - Rel. Juiz Israel Kuperman - Publ. MG. 21-10-94) 
 PRESSUPOSTO - JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE - ENUNCIADO 83/TST - O Enunciado 83/TST ao dizer do 
"não cabimento" da Rescisória, trata de pressuposto específico. E, o Relator pode e deve, no exercício do 
Juízo de admissibilidade indeferir, desde logo a ação, quando sustentada em violação de texto legal de 
interpretação controvertida nos Tribunais. 
 (TRT-ARG-00057/94 - Seção Especializada - Rel. Juiz Nereu Nunes Pereira - Publ. MG. 25-11-94) 
 SENTENÇA DE LIQUIDAÇÃO - VIOLAÇÃO A LITERAL DISPOSIÇÃO DE LEI - Defeituosa a citação para o 
processo de execução contra a Fazenda Pública, a sentença de liquidação é rescindível, por violação a literal 
disposição de lei, qual o art. 730 do Código de Processo Civil. 
 (TRT-AR-0172/93 - Seção Especializada - Rel. Juiz Israel Kuperman - Publ. MG. 27-05-94) 
 Só poderá ser objeto de Ação Rescisória a decisão que, por último transitou em julgado. Advém tal concepção 
da Teoria da Substituição da decisão formalmente sufragada pelo artigo 512/CPC. Processo extinto, sem 
exame do mérito. 
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 (TRT-AR-00069/94 - Seção Especializada - Rel. Juiz Nereu Nunes Pereira - Publ. MG. 09-09-94) 
 Tendo havido pronunciamento explícito, no julgado, sobre o fato, não se pode admitir que a decisão tenha sido 
originada de erro de fato emergente dos autos. 
 Ação Rescisória improcedente. 
 (TRT-AR-00081/95 - Seção Especializada - Rel. Juiz Aroldo Plínio Gonçalves - Publ. 30-06-95) 
 TERCEIRO INTERESSADO. ARREMATAÇÃO. A ação rescisória é meio processual próprio para desconstituir 
carta de arrematação inválida lavrada ao arrepio da lei e com evidente prejuízo para terceiro, proprietário do 
bem penhorado que não tivera ciência da penhora, ou oportunidade, no processoda reclamação, de insurgir-
se contra a constrição e a alienação do mesmo bem. 
 (TRT-AR-303/93 - Seção Especializada - Rel. Juiz Márcio Flávio Salem Vidigal - Publ. MG. 24-02-95) 
 TEXTO LEGAL DE INTERPRETAÇÃO CONTROVERTIDA - IPC/JUNHO/87 - PLANO BRESSER - 
DESCABIMENTO - Não vinga a ação rescisória ajuizada com o propósito de desconstituir decisão que à data 
em que foi proferida adotou entendimento que se arrimava em interpretação de texto legal. Trata-se, no caso 
de decisão baseada em matéria meramente interpretativa, circunstância que afasta a possibilidade de 
ocorrência da violação de literal disposição de lei. O reajuste salarial relativo ao IPC/junho/87 (Plano Bresser), 
no percentual de 26,06% foi objeto de acirrada controvérsia nos Tribunais, que adotavam posições 
antagônicas quanto à matéria, afastando, assim, a configuração da violação de texto expresso em lei, em nada 
alterando a situação o fato de ter sido uniformizado o entendimento no sentido da concessão do reajuste, 
segundo orientação traçada pelo Enunciado n. 316/TST e, por último, se pronunciado contrariamente o STF, 
pela não concessão, por entender não se tratar de direito adquirido. Aplicação da Súmula 343 do Colendo 
Supremo Tribunal Federal, do Enunciado 83 do Egrégio Tribunal Superior do Trabalho, com respaldo na 
Súmula 134 do Ex-TFR. 
 (TRT-AR-00093/94 - Seção Especializada - Rel. Juiz Renato Moreira Figueiredo - Publ. MG. 30-09-94) 
 VIOLAÇÃO LITERAL À LEI - Não deve ser rescindida a decisão que se inclinou por uma tese interpretativa se 
havia controvérsia nos Tribunais acerca da lei específica. 
 (TRT-AR-317/94 - Seção Especializada - Red. Juiz Renato Moreira Figueiredo - Publ. MG. 02-06-95) 
 VIOLAÇÃO A LITERAL DISPOSITIVO LEGAL - SENTENÇA NORMATIVA - Não há violação a literal 
dispositivo legal, nos estritos termos do inciso V do art. 485/CPC, contra aplicação de sentença normativa. A 
lei processual civil demonstra sua intenção restritiva ao uso da ação rescisória, não se podendo estender 
referido dispositivo à sentença normativa. 
 (TRT-AR-00193/94 - Seção Especializada - Rel. Juiz Renato Moreira Figueiredo - Publ. MG. 25 -11-94) 
 VIOLAÇÃO A LITERAL DISPOSIÇÃO DE LEI - ESTABILIDADE CONSTITUCIONAL - ARTIGO 19 DO ADCT - 
Improcede a rescisória se, nos termos da Lei Municipal nº 2840/77, reconhece-se que o emprego ocupado 
pela ré não corresponde à categoria de função comissionada constante do Anexo I da mesma Lei, motivo 
determinante da aplicação ao caso da regra insculpida no artigo 19 do Ato das Disposições Constitucionais 
Transitórias. 
 (TRT-AR-00257/93 - Seção Especializada - Red. Juiz Nilo Álvaro Soares - Publ. MG. 15-07-94) 
02. CERTIDÃO DE TRÂNSITO EM JULGADO DA DECISÃO RESCINDENDA - Não se presta à comprovação do 
trânsito em julgado da decisão rescindenda a cópia da certidão de publicação de acórdão e decurso de prazo 
recursal que não contém qualquer alusão ao nome das partes e ao número do processo em que foi proferido o 
julgado que é objeto da ação rescisória, impedindo a identificação deste último. É de ser indeferida a petição 
inicial, com extinção do processo sem julgamento do mérito, quando o autor, instado a juntar a certidão do 
trânsito em julgado da decisão rescindenda, traz aos autos apenas a cópia nos moldes referidos. 
 (TRT-AR-00267/93 - Seção Especializada - Red. Juiz Márcio Flávio Salem Vidigal - Publ. MG. 07.10.94) 
03. CUMULAÇÃO DE PEDIDOS - O art. 488, inciso I, do CPC impõe ao autor, se for o caso, cumular ao pedido de 
rescisão, o de novo julgamento da causa. O pedido de novo julgamento, ou de rejulgamento, segundo o 
neologismo em voga, deverá vir de modo claro, objetivo e expresso, não se podendo admiti-lo de forma 
implícita ou conseqüente. Se a inicial se omite quanto ao atendimento dessa exigência legal, torna-se inepta, 
cabendo ser indeferida de plano. 
 (TRT-ARG-00035/94 - (AR-00196/94) - Seção Especializada - Rel. Juiz Renato Moreira Figueiredo - Publ. MG. 
30.09.94) 
 EXTINÇÃO DO PROCESSO - Extingue-se a rescisória, sem o menor exame do mérito, quando o pedido 
vestibular não veio cumulado com a pretensão de novo julgamento, a teor do artigo 488, I/CPC. "In casu", o 
pedido de novo julgamento era essencial na ótica da maioria da Seção Especializada. 
 (TRT-AR-00035/94 - Seção Especializada - Rel. Juiz Dárcio Guimarães de Andrade - Publ. MG. 15.07.94) 
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04. DECADÊNCIA - Na dicção do art. 495 do CPC, combinado com o Enunciado 100 do TST, é de dois anos o 
prazo para propositura da ação rescisória, contados da data do trânsito em julgado da última decisão proferida 
na causa, seja de mérito ou não. Na aferição do "dies a quo" do prazo decadencial, a expressão "última 
decisão" ganha relevo. Não se pode considerar como tal, simples despachos, sem conteúdo decisório, como é 
o caso dos autos, sob pena de se permitir a dilação aleatória do biênio legalmente previsto, em detrimento da 
estabilidade das decisões. 
 (TRT-AR-00215/94 - Seção Especializada - Rel. Juiz Renato Moreira Figueiredo - Publ. MG. 10/03/95) 
05. DECISÃO DE HOMOLOGAÇÃO DE CÁLCULOS - NÃO RESCINDIBILIDADE - A decisão que homologa 
cálculos de liquidação não é rescindível por não possuir conteúdo meritório. Tal homologação não é sentença, 
mas mera decisão interlocutória, pois não põe fim ao processo 
 (TRT-AR-51/95 - Seção Especializada - Rel. Juiz Renato Moreira Figueiredo - Publ. MG. 23-06-95) 
06. DESNECESSIDADE DO DEPÓSITO - Na Justiça Trabalhista, conforme jurisprudência cristalizada pelo 
Enunciado 194/TST, torna-se dispensável o depósito prévio para o ajuizamento de Ação Rescisória, mormente 
do trabalhador, pena de se lhe vedar o acesso ao Judiciário. 
 (TRT-AR-351/94 - Seção Especializada - Rel. Juiz Dárcio Guimarães Andrade - Publ. MG. 17.03.95) 
07. Decisão judicial proferida após a publicação da sentença rescindenda não pode ser enquadrada no conceito 
de documento novo, previsto no art. 485, item VII, do C. Pr. Civil. Ação Rescisória improcedente. 
 (TRT-AR-257/94 - Seção Especializada - Rel. Juiz Aroldo Plínio Gonçalves - Publ. MG. 11.12.94) 
 DOCUMENTO NOVO - Se o documento novo, por si só, não geraria pronunciamento favorável no todo ou em 
parte, à autora da rescisória, impossível a rescisão da v. sentença com fulcro no inciso VII, do art. 485/CPC. 
 (TRT-AR-009/94 - Seção Especializada - Rel. Juiz Renato Moreira Figueiredo - Publ. MG. 13.08.94) 
08. DOLO PROCESSUAL. O dolo a que se refere o artigo 485, inciso III, primeira parte do CPC, é o dolo 
processual que dificulta a atuação processual da parte adversária, ou influencia na formação do 
convencimento do magistrado. 
 (TRT-AR-295/94 - Seção Especializada - Rel. Juíza Deoclécia Amorelli Dias. Publ. MG. 07-04-95) 
 DOLO - VIOLAÇÃO A DISPOSIÇÃO DE LEI - ERRO DE FATO - Age dolosamente a parte que, sob o manto 
da violência, da intimidação ou do desrespeito, tumultua a realização de audiência inaugural, induzindo o 
Juízo, por isso, a decidir incidente processual a seu favor, porém com evidente ofensa a dispositivo legal. 
 Incide em erro de fato a sentença que despreza fato existente e abona fato inexistente. 
 (TRT-AR-149/94 - Seção Especializada - Rel. Juiz Renato Moreira Figueiredo - Publ. MG. 02.06.95) 
09. EFEITO SUSPENSIVO - Em casos excepcionais e de relevante interesse público, pode-se atribuir efeito 
suspensivo à ação rescisória intentada pelo INAMPS. 
 (TRT-ARG-0013/93 - Seção Especializada - Rel. Juiz Israel Kuperman. - Publ. MG. 27.05.94) 
 MEDIDA CAUTELAR INOMINADA - AÇÃO RESCISÓRIA - SUSPENSÃO DA EXECUÇÃO - Não obstante a 
vedação expressa do art. 489/CPC de não produzir o ajuizamento da ação rescisória efeito suspensivo da 
execução da sentença rescindenda, tem-se admitido a obtenção do mesmo com o manejo de medida cautelar 
inominada, desde que evidenciados os pressupostos ensejadores do acolhimento da pretensão, 
consubstanciados no "fumus boni iure" e no "periculumin mora". 
 (TRT-MCI-37/94 - Seção Especializada - Rel. Juiz Renato Moreira Figueiredo - Publ. MG. 21.04.95) 
10. LITISCONTESTAÇÃO - O Poder Judiciário só pode pronunciar-se quando provocado nos termos do art. 2º, do 
CPC que preceitua que nenhum Juiz prestará a tutela jurisdicional senão quando a parte ou interessado a 
requerer, nos casos e formas legais. Este pronunciamento estará adstrito aos limites da lide, de acordo com o 
art. 460, do CPC, reputando-se nulas as decisões que julguem "ultra, extra et citra petita". 
 (TRT-AR-00138/93 - Seção Especializada - Rel. Juiz Pedro Lopes Martins. Publ. MG. 25.11.94) 
11. A ação rescisória não é adequada para o reexame dos elementos probatórios produzidos na ação de 
conhecimento com vistas a lhes dar outra valoração, máxime quando se constata que a prova foi 
oportunamente examinada e razoavelmente interpretada pela decisão rescindenda. Não configurado o 
alegado erro de fato nem ocorrido qualquer violação aos textos de lei invocados, julga-se a ação 
improcedente. 
 (TRT-AR-00036/94 - Seção Especializada - Rel. Juiz Nereu Nunes Pereira - Publ. MG. 15-07-94) 
 APRECIAÇÃO DE PROVA - SOLIDARIEDADE PASSIVA - A má apreciação da prova não é suficiente para 
fundamento da rescisão, princípio consagrado desde o Código de 1939. Não se ateve o Órgão julgador, 
erroneamente, a regra jurídica sobre prova. E a valoração da peça documental está adstrita à livre apreciação 
da prova que corre por conta do Juiz. Restringindo-se a rescisória à interpretação do texto de lei, a 
293
personalidade jurídica distinta de ambas as empresas não afasta a solidariedade, que se caracteriza 
justamente nesta hipótese, concorrendo o controle de uma sobre a outra. Ação a que se julga improcedente. 
 (TRT-AR-00166/94 - Seção Especializada - Rel. Juíza Deoclécia Amorelli Dias - Publ. MG. 28.10.94) 
 ERRO DE FATO. CONFISSÃO FICTA. A "ficta confessio", meio de prova sopesada entre as demais, pode ser 
superada por documento próprio, não sendo, "in casu", causa suficiente para justificar a rejeição do pedido, ou 
mesmo omissão de análise de fato efetivamente ocorrido, para fins de enquadramento da espécie à hipótese 
prevista no item IX, do art. 485/CPC. Rescisória que se julga improcedente. 
 (TRT-AR-420/94 - Seção Especializada - Rel. Juíza Deoclécia Amorelli Dias - Publ. MG. 31-03-95) 
 PROVA FALSA - A procedência da Rescisória, com supedâneo em prova falsa, exige que fique bem provado 
o falso, mormente no que pertence à prova testemunhal, largamente utilizada no processo do trabalho. 
Eventuais dúvidas que persistam em torno da falsidade da prova testemunhal no processo, cuja rescisão se 
almeja alcançar, não ensejam a procedência da Rescisória, mantendo-se intacta a r. decisão rescindenda. 
 (TRT-AR-00092/95 - Seção Especializada - Rel. Juiz Dárcio Guimarães de Andrade - Publ. MG. 30.06.95) 
12. AGRAVO REGIMENTAL - O mero ajuizamento da Ação Rescisória não cria, em favor do executado, fumaça 
de bom direito que autorize deferimento de Medida Cautelar para sustar a execução, uma vez que em favor do 
exequente existe sentença passada em julgado. 
 (TRT-ARG-00023/94 - Seção Especializada - Rel. Juiz Nilo Álvaro Soares - Publ. MG. 16.09.94) 
 MEDIDA CAUTELAR - AÇÃO RESCISÓRIA - SUSPENSÃO DA EXECUÇÃO - Embora disponha o art. 489 do 
CPC que a ação rescisória não suspende a execução da sentença rescindenda, em casos especialíssimos 
tem se admitido a suspensão. Porém, tal não se justifica, por inexistência do "fumus boni iuris" se a ação 
rescisória pendente de recurso no Colendo TST, foi julgada improcedente no Egrégio Tribunal Regional. 
 (TRT-AP-3018/94 - 4ª T. - Red. Juíza Denise Alves Horta - Publ. MG. 25.02.95) 
 MEDIDA CAUTELAR INCIDENTAL - AÇÃO RESCISÓRIA - SUSPENSÃO DA EXECUÇÃO - VIABILIDADE - A 
lei, na sua letra fria, é incisiva ao afirmar não caber a suspensão da execução em face do ajuizamento da 
Ação Rescisória (art. 489/CPC). Nessa linha de entendimento, não se considera viável o manejo de medida 
cautelar incidente destinada a obter, por meio de liminar ou decisão final, o efeito suspensivo da execução. É 
sabido, porém, ocorrerem casos muito especiais em que a rigidez da norma legal há de ser temperada "cum 
grano salis", permitindo-se que o consagrado prestígio e autoridade da "res judicata", que a norma legal visa 
preservar, ceda espaço ao império de valores mais altos, como os da verdade e da justiça. O êxito da medida, 
contudo, só é alcançável quando se demonstra, amplamente, a ocorrência do "fumus bonis iuris", traduzido na 
possibilidade de sucesso no processo principal, em face da razoabilidade do direito substancial perseguido, e 
a existência de um dano potencial em razão de eventual existência de um dano potencial em razão de 
eventual demora na prestação jurisdicional (periculum in mora). Se não evidenciado, na ação cautelar, a 
existência desses não evidenciado, na ação cautelar, a existência desses pressupostos, seu insucesso é 
inevitável. 
 (TRT-MCI-00011/94 - Seção Especializada - Rel. Juiz Renato Moreira Figueiredo - Publ. MG. 16.09.94) 
 Não se configurando a excepcionalidade da situação que justificaria o exercício do poder geral de cautela, 
prevalece o princípio de que a Rescisória, por força do art. 489, do C. Pr. Civil, não suspende a execução da 
sentença rescindenda. AGRAVO REGIMENTAL desprovido.
 (TRT-ARG-00069/94 - Seção Especializada - Rel. Juiz Aroldo Plínio Gonçalves - Publ. MG. 20.01.95) 
 SUSPENSÃO DA EXECUÇÃO - PROCEDÊNCIA DA AÇÃO RESCISÓRIA - Julgada a Ação Rescisória com o 
acolhimento do pleito da autora, configura-se o bom direito, que autoriza a suspensão da execução, mas 
somente em relação às verbas que foram excluídas da condenação. 
 (TRT-MCI-13/94 - Seção Especializada - Rel. Nilo Álvaro Soares - Publ. MG. 23.09.94) 
13. VIOLAÇÃO A LITERAL DISPOSITIVO DE LEI - PRINCÍPIO "JURA NOVIT CURIA" - Inexistindo 
questionamento acerca do ato que deslocou o empregado para o "serviço externo", é inovadora a argüição 
recursal a respeito da existência de dois quadros (interno e externo) e dos prejuízos advindos daquele 
deslocamento, sendo, portanto, descabido o inconformismo da parte. 
 (TRT-AR-00051/91 - Seção Especializada - Rel. Juiz Nilo Álvaro Soares. - Publ. MG. 15.07.94) 
 VIOLAÇÃO DE LEI - OFENSA AO DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO - Se o órgão "a quo" proferiu decisão 
terminativa de feito, julgando extinto o processo sem julgamento do mérito, defeso ao órgão "ad quem" 
pronunciar-se acerca dos pedidos reclamados (pretensão processual) que não foram objeto de decisão. 
 (TRT-AR-410/94 - Seção Especializada - Rel. Juiz Renato Moreira Figueiredo - Publ. MG. 02.06.95) 
ACORDO 
294
Judicial 
01. COISA JULGADA. O acordo judicialmente homologado fez coisa julgada, mas não impede, sem que tenha 
havido quitação pelo extinto contrato, que o Autor ajuíza outra ação que vise a outros objetos. 
 (TRT-RO-14002/94 - 1ª T. - Rel. Juiz Carlos Alves Pinto - Publ. MG. 20.01.95) 
02. DE COMPENSAÇÃO - ARTIGO 7º, INCISO XIII, DA CF/88 - Com o advento da Constituição Federal, 
promulgada a 05/10/88, a compensação e prorrogação da jornada restou condicionada a acordo ou convenção 
coletiva de trabalho. (Inteligência aplicação do artigo 7º, inciso XIII, da CF/88). 
 (TRT-RO-00609/95 - 4ª T. - Rel. Juiz Maurício Pinheiro de Assis. - Publ. MG. 25.03.95) 
03. AGRAVO DE PETIÇÃO - ACORDO - No processo do trabalho a Conciliação dar-se-á a qualquer momento, 
porém, somente após a homologação é que terá validade o acordo. 
 (TRT-AP-03343/94 - 3ª T. - Rel. Juiz Sérgio Aroeira Braga - Publ. MG. 17.01.95) 
 AGRAVO DE PETIÇÃO - ACORDO - MULTA EM CASO DE MORA - Segundo O Vetusto Brocardo Latino 
"pacta sunt servanda" os contratos têm que ser cumpridos. Os pactos fazem lei entre as parte, devendo ser 
respeitados nos estritos limites do que foi acordado. Indevida a multa sobre todas as parcela do acordo,se 
somente em uma incorreu em mora a executada, e se no acordo não constou expressamente que a multa 
seria sobre o valor total acordado. 
 (TRT-AP-1886/94 - 1ª T. - Rel. Juiz Paulo Roberto Sifuentes Costa - Publ. MG. 14.10.94) 
 AUSÊNCIA DA PARTE NA AUDIÊNCIA INAUGURAL - NULIDADE - Para que o acordo judicial seja válido e 
possa gerar efeitos no mundo jurídico, há de ser feito conforme determina a lei, ou seja, que os litigantes 
estejam presentes e assinem o termo que represente sua vontade diante do Juízo. A não observância dos 
arts. 843 e 847, parágrafo I da CLT e, ainda, do art. 38 do CPC, com fortes indícios nos autos de conluio entre 
as partes com o fim de fraudar a lei (no caso o art. 37 da CF/88), acarreta a nulidade do acordo. 
 (TRT-AR-00216/94 - Seção Especializada - Rel. Juiz Nereu Nunes Pereira - Publ. MG. 04.03.95) 
 EFEITOS. PARCELA RESSALVADA. ALCANCE. Se, em acordo judicial devidamente homologado, fica 
ressalvado o direito de o trabalhador, futuramente, vindicar horas extras, resulta certo, por força de seguir o 
acessório a sorte do principal, que a indigitada ressalva alcança também os correspondentes reflexos e 
adicionais do que foi ressalvado, pois seria ilógica a admissão da causa e, ao mesmo tempo, a negativa do 
que lhe é ínsito, como conseqüência. 
 (TRT-RO-6366/94 - 2ª T. - Red. Juiz José César de Oliveira - Publ. MG. 01.10.94) 
 Homologa-se, para que produza seus efeitos legais, o acordo celebrado nos autos, cujas cláusulas não violam 
preceito jurídico de natureza cogente e irrenunciável. 
 (TRT-DC-00022/95 - Seção Especializada - Rel. Juiz Aroldo Plínio Gonçalves - Publ. 30.06.95) 
 HOMOLOGAÇÃO - Sendo lícito às parte, a qualquer tempo, celebrar acordo para por fim ao processo, e não 
se vislumbrando qualquer mácula, homologa-se o ajuste, para que produza seus efeitos jurídicos e legais. 
 (TRT-AP-2382/94 - 2ª T. - Red. Juiz Pedro Lopes Martins - Publ. MG. 01.10.94) 
 HOMOLOGADO EM JUÍZO - IRRECORRIBILIDADE - O recurso ordinário interposto pelo reclamante visando 
anular acordo homologado em audiência encontra óbice na própria Lei, a teor do que dispõe o parágrafo único 
do art. 831 da CLT. Inteligência também do verbete de n.259/TST. 
 (TRT-RO-17744/94 - 4ª T. - Rel. Juiz Luiz Ronan Neves Koury - Publ. MG. 11.03.95) 
 JUDICIALMENTE HOMOLOGADO, COISA JULGADA. INVENTARIANTE. O acordo judicial firmado por 
inventariante, legalmente habilitado a representar o espólio, eqüivale à sentença irrecorrível e produz efeitos 
de coisa julgada, cujo desfazimento somente é possível via ação rescisória. 
 (TRT-RO-06121/94 - 5ª T. - Rel. Juiz Roberto Marcos Calvo - Publ. MG. 23.07.94) 
04. NÃO HOMOLOGAÇÃO - Não merece homologação o acordo feito em execução em valor correspondente a 
menos de 20% do cálculo apurado, sendo evidente o prejuízo das reclamantes que já tinham seu direito 
líquido e certo garantido. Agravo a que se nega provimento. 
 (TRT-AP-1660/94 - 2ª T. - Rel. Juiz José Waster Chaves - Publ. MG. 09.09.94) 
 RESPONSABILIDADE. LITISCONSÓRCIO PASSIVO. EXCLUSÃO DA LIDE. O fato de figurar no acordo 
firmado em audiência que a responsabilidade pelo pagamento das parcelas avençadas é de responsabilidade 
apenas de uma das reclamadas, não exclui a outra da demanda, posto que sequer houve requerimento neste 
sentido. Tornando-se a responsável pelo pagamento inadimplente e não existindo bens garantidores da dívida, 
é a parte remanescente responsável pela quitação do débito. 
 (TRT-AP-1273/94 - 5ª T. - Rel. Juiz Itamar José Coelho - Publ. MG. 15.10.94) 
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05. EXTENSÃO. Celebrado acordo judicial em outro processo, a abrangência do extinto contrato de trabalho faz 
coisa julgada material sobre a relação jurídica ora discutida, ainda que se encontrasse em fase de 
conhecimento. 
 (TRT-AP-3249/94 - 4ª T. - Rel. Juiz Luiz Ronan Neves Khoury - Publ. MG. 25.02.95) 
06. CELEBRADO POR MENOR ASSISTIDO PELO MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO, HOMOLOGADO 
SEM A ANUÊNCIA DO PROCURADOR - ATO INEXISTENTE: INAPLICÁVEL O ARTIGO 831, PARÁGRAFO 
ÚNICO, DA CLT - Reputa-se inexistente o acordo celebrado nos autos por menor, se o seu representante 
legal ou o Ministério Público do Trabalho, que o estiverem acompanhando, não concordarem com a proposta 
conciliatória. Isto porque ao menor falta legitimidade "ad processum": sendo o agente incapaz, e discordando 
do ato a pessoa legalmente autorizada a praticá-lo falta-lhe elemento essencial de constituição válida, o que 
acarreta a sua inexistência no mundo jurídico. 
 (TRT-RO-09131/93 - 4ª T. - Rel. Juiz Carlos Alberto Reis de Paula - Publ. MG. 13.08.94) 
07. AGRAVO DE PETIÇÃO - MULTA - Inaplicável, a multa prevista no termo de acordo homologado somente para 
os casos de atraso do pagamento ou devolução do cheque por falta de fundos, hipóteses que não ocorreram 
no caso, sendo que o implemento da segunda parcela deu-se de forma idêntica ao da primeira parcela que foi 
aceita sem ressalva pelo reclamante/exeqüente. Agravo de petição a que se nega provimento. 
 (TRT-AP-1011/94 - 4ª T. - Red. Juiz Fernando Luiz Gonçalves Rios Neto - Publ. MG. 15.10.94) 
 AGRAVO DE PETIÇÃO - MULTA PELO DESCUMPRIMENTO DO ACORDO - O acordo homologado em Juízo 
faz lei entre as partes, devendo ser cumprido no prazo e condições estabelecidas, a teor do disposto no art. 
835 da CLT. Descumpridas as condições, dá-se provimento ao Agravo de petição para determinar a execução 
da multa prevista no termo de acordo, até completa satisfação do débito trabalhista. 
 (TRT-AP-00315/95 - 1ª T. - Rel. Manuel Cândido Rodrigues - Publ. MG. 10.03.95) 
 DESCUMPRIMENTO - MULTA - Descumprido o acordo, incide a multa nele prevista para hipótese de 
inadimplência. A crise financeira da executada, fato superveniente, não autoriza a absolvição da multa, porque 
vedada a alteração do acordo na execução - (inteligência do art. 831, parágrafo único, da CLT). 
 (TRT-AP-3346/94 - 3ª T. - Rel. Juíza Maria Laura Franco Lima de Faria - Publ. MG. 31.01.95) 
 PAGAMENTO FORA DA SEDE DO JUÍZO - MULTA - Aplica-se a multa moratória estipulada quando o 
pagamento do valor acordado é feito fora da sede do juízo - condição não ajustada entre as partes - ensejando 
o retardamento no recebimento do crédito pelo empregado. 
 (TRT-AP-01375/94 - 4ª T. - Rel. Juiz Luiz Philippe Vieira de Mello Filho - Publ. MG. 23.07.94) 
 PAGAMENTO DE QUANTIA GLOBAL, DIVIDIDA EM PRESTAÇÕES SUCESSIVAS. VENCIMENTO 
ANTECIPADO DAS PRESTAÇÕES POSTERIORES, PELO INADIMPLEMENTO DE UMA DELAS. 
Conciliando-se as partes, na forma do artigo 831, parágrafo único, da CLT, acertando o pagamento de quantia 
única subdividida em prestações sucessivas por tempo determinado, o inadimplemento de uma delas 
determinará o vencimento antecipado e a imediata execução das parcelas restantes, com incidência de multa 
avençada sobre o valor ainda não quitado. Inteligência e aplicação do artigo 891 da Consolidação das Leis do 
Trabalho. 
 (TRT-AP-615/95 - 2ª T. - Rel. Juiz José Roberto Freire Pimenta - Publ. MG. 21.04.95) 
 A reclamada, que podia pagar em cheque, pagou, porém, em dinheiro, mas no dia seguinte. Incabível o pedido 
de execução da multa prevista no termo de acordo, eis que não foi extrapolado o prazo de compensação do 
cheque, instituído em benefício da devedora. 
 (TRT-AP-1699/94 - 3ª T. - Rel. Juiz Abel Nunes da Cunha - Publ. MG. 18.10.94) 
 TERMO CONCILIATÓRIO LAVRADO EM ATA DE AUDIÊNCIA. EXEGESE RESTRITIVA. MULTA - 
INDEFERIMENTO. GRAVAME INOCORRENTE. Similar à sentença trânsita em julgado, o termo lavrado pela 
conciliação celebrada há que ser conciso, mas, preciso. Multa pressupõe descumprimento, inviável se 
inexistente estipulação clara e insofismável. 
 (TRT-AP-01524/93 - 2ª T. - Rel. Juiz Michelângelo Liotti Raphael - Publ. MG. 28.01.94) 
08. OMISSÃO QUANTO À DATA DO PAGAMENTO. Não tendo sido ajustado prazo para pagamento do acordo 
firmado em audiência, o credor poderáexigi-lo de imediato, nos termos do art. 952 e 960 do Código Civil, 
aplicado subsidiariamente. a exigibilidade do crédito não constitui surpresa para a parte, porque se a ela cabia 
a estipulação de um prazo e não o fez, impossível invocar falta de intervalo entre a constituição e a execução 
da obrigação (Cf. Caio Mário da Silva Pereira, Instituições de Direito Civil, 10ª ed., Rio de Janeiro: Forense, v. 
2, p. 168 e 224). 
 (TRT-AP-02663/94 - 2ª T. - Rel. Juíza Alice Monteiro de Barros - Publ. MG. 21.10.94) 
296
 Se a data do vencimento do prazo para pagamento do acordo caiu em feriado, a quitação pode ser feita no 
primeiro dia útil imediato. 
 (TRT-AP-01422/94 - 2ª T. - Rel. Juiz Sebastião Geraldo de Oliveira - Publ. MG. 1º.07.94) 
09. SEGURO-DESEMPREGO - ÔNUS DO EMPREGADOR - Descumprindo exigência de ordem pública e 
obstando o percebimento do Seguro-Desemprego, o empregador deve responder pelas conseqüências de sua 
omissão. Desnecessário fazer constar do termo de acordo que as guias CD/SD devem ser corretamente 
preenchidas, pois esta é uma obrigação legal do empregador. Agravo de Petição provido para possibilitar a 
conversão da obrigação relativa à entrega das guias em indenização pecuniária. 
 (TRT-AP-03029/94 - 4ª T. - Rel. Juiz Ricardo Antônio Mohallem - Publ. MG. 12.11.94) 
Coletivo 
01. AJUDA-ALIMENTAÇÃO - ACORDO COLETIVO - INTEGRAÇÃO AO SALÁRIO - Sendo a ajuda alimentação 
parcela paga pelo empregador, não em decorrência da lei, mas por acordo coletivo, impõe-se a observância 
da cláusula dentro dos estritos limites em que fora negociada, não integrando, pois, ao salário, para qualquer 
efeito. 
 (TRT-RO-04044/94 - 3ª T. - Rel. Juiz Sérgio Aroeira Braga - Publ. MG. 17.08.94) 
02. TERMO DE NEGOCIAÇÃO COLETIVA FIXANDO CONDIÇÕES DE TRABALHO - ALCANCE. Termo de 
Negociação Coletiva do Trabalho firmado entre a empresa e o Sindicato, que se diz representado por 
empregados chefes de Turmas, que negociaram, não alcança empregado que opera em unidade diversa e 
conseqüentemente, não integra o grupo comprometido com o Acordo. 
 (TRT-RO-10666/94 - 4ª T. - Red. Juíza Deoclécia Amorelli Dias - Publ. MG. 15.10.94) 
03. ACTs E CONTRATO DE TRABALHO. Os Acordos Coletivos de Trabalho se aplicam aos contratos individuais 
de trabalho apenas pelo período em que vigora. Comprovada a admissão e dispensa anterior ou posterior aos 
ACTs firmados, descabe a pretensão de se invocar aplicabilidade do que foi convencionado. 
 (TRT-RO-00312/94 - 3ª T. - Rel. Juiz Antônio Álvares da Silva - Publ. MG. 07.02.95) 
04. INCOMPETÊNCIA DA JUNTA DE CONCILIAÇÃO E JULGAMENTO. O fato de ter havido negociação coletiva 
não transfere a competência da Junta de Conciliação e Julgamento para o Tribunal Regional do Trabalho se 
se trata de ação individual que visa ao cumprimento de suas cláusulas. Competência da Junta de Conciliação 
e Julgamento. Argüição rejeitada. 
 (TRT-RO-17843/94 - 2ª T. - Rel. Juiz Hiram dos Reis Corrêa - Publ. MG. 03.03.95) 
05. AÇÃO RESCISÓRIA - CARTA COMPROMISSO - A existência de acordo coletivo não retira do trabalhador o 
direito de ação insculpido no artigo 5º, XXXV/CF. Ressabidamente, o instituto da "res judicata" não deve ser 
estendido além dos limites estabelecidos no artigo 301, parágrafos 2º e 3º "in fine" e art. 467, com sentença da 
qual não caiba recurso. Ademais, ressabidamente, a má interpretação da prova documental não proporciona a 
procedência da Rescisória. 
 (TRT-AR-142/94 - Seção Especializada - Rel. Juiz Dárcio Guimarães de Andrade - Publ. MG. 09.11.94) 
 CLÁUSULA PACTUADA SEM EFEITO RETROATIVO - O acordo coletivo objetivando o pagamento, a partir 
de determinada data, de adicional de insalubridade, com base no salário mínimo, celebrado com cláusula "sem 
efeito retroativo", se propõe a normatizar os direitos negociados a partir do presente para o futuro, não 
implicando em renúncia do direito relativo ao período anterior ao acordo, que, assim, continua passível de 
controvérsia. 
 (TRT-RO-13617/94 - 4ª T. - Rel. Juíza Denise Alves Horta - Publ. MG. 25.02.95) 
06. CELEBRADO NOS AUTOS DE PROCESSO DE DISSÍDIO COLETIVO - OBSERVÂNCIA - Os direitos dos 
trabalhadores que, representados por suas organizações sindicais, tenham sido transacionados via coletiva, 
não poderão ser reivindicados no Poder Judiciário, sob pena de afronta ao disposto no art. 7º, inciso XXVI, da 
CF/88. 
 (TRT-RO-9061/94 - 4ª T. - Rel. Juiz Maurício Pinheiro de Assis - Publ. MG. 01.10.94) 
07. HOMOLOGAÇÃO - Homologa-se o acordo coletivo, porque fruto da livre manifestação da vontade das partes, 
excetuadas da chancela judicial cláusulas que impõem taxas para custeio das atividades sindicais, porque a 
matéria é alheia ao conflito coletivo entre Sindicato dos Empregados e Sindicato dos Empregadores, afetando, 
exclusivamente, aos interesses entre os associados e seus órgãos de representação, faltando, portanto, em 
relação a elas, o interesse para a ação. 
 (TRT-DC-00063/94 - Seção Especializada - Rel. Juíza Deoclécia Amorelli Dias - Publ. MG. 30.09.94) 
08. As cláusulas inseridas nos acordos coletivos devem ser interpretadas de modo a alcançar o espírito que 
insculpiu sua pactuação, devendo ser repelidas as interpretações que afrontem as normas de boa convivência 
297
entre as categorias. 
 (TRT-RO-05687/93 - 1ª T. - Rel. Juiz Paulo Roberto Sifuentes Costa - Publ. MG. 23.07.94). 
 CONVENÇÕES COLETIVAS DE TRABALHO - RECONHECIMENTO. Os acordos e convenções coletivas de 
trabalho legitimamente firmados pelas representações sindicais hão de ser reconhecidos e fielmente 
observados, por força do art. 7º, XXVI, da Constituição Federal, ainda que eventualmente menos favoráveis ao 
empregado que o disposto em lei. É que a negociação coletiva se procede através de concessões mútuas, em 
que se cede num dado aspecto para se beneficiar em outro, não sendo crível que um sindicato tenha como 
escopo a deterioração das condições de trabalho da categoria que representa, negociando cláusulas que lhe 
sejam sempre prejudiciais. Interpretar de forma diversa o que foi livremente pactuado pelas partes ou ignorar o 
que foi assim estipulado, além de implicar em violência ao disposto no aludido preceito constitucional, seria a 
própria negação das prerrogativas sindicais consubstanciadas nos incisos III e VI do art. 8º da Magna Carta. 
 (TRT-RO-13738/94 - 3ª T. - Rel. Juiz Antônio Álvares da Silva - Publ. MG. 17.01.95). 
 A negociação coroada com o Acordo Coletivo deve ser prestigiada pela Justiça não só por representar a livre 
manifestação da vontade das partes, mas também por significar a maturidade das relações entre capital e 
trabalho, cada vez mais imunes à interferência do Estado. 
 (TRT-DC-00036/94 - Seção Especializada - Rel. Juiz Nereu Nunes Pereira - Publ. MG. 16.09.94) 
09. NEGOCIAÇÃO COLETIVA - PARTICIPAÇÃO DO SINDICATO - OBRIGATORIEDADE - A realização de 
Acordo Coletivo entre a empresa e seus empregados, diretamente, só é viável após o cumprimento das 
formalidades previstas no art. 617, parágrafo 1º da CLT, quando o Sindicato se omite na negociação. 
 (TRT-DC-00130/93 - Seção Especializada - Rel. Juiz Renato Moreira Figueiredo - Publ. MG. 30.09.94). 
 RECONHECIMENTO - No âmbito do Direito Coletivo do Trabalho não se presume hipossuficiência de 
Sindicato. Este é livre para negociar e deve assumir sua liberdade. Desta forma, não cabe à Justiça do 
Trabalho adentrar o mérito da transação efetuada entre o sindicato e a empresa. 
 (TRT-RO-13377/94 - 2ª T. - Rel. Juiz Pedro Lopes Martins - Publ. MG. 25.11.94). 
10. REAJUSTE - ENQUADRAMENTO - CLASSIFICAÇÃO PELA ATIVIDADE PREPONDERANTE - 
Estabelecendo o Estatuto da empresa, à falta de prova de outra atividade preponderante, que o seu objetivo 
está ligado à exploração e comercialização de minério de ferro, a reclamada é parte integrante da categoria 
econômica inerente à esta atividade, devendo serconcedido o reajuste estabelecido no instrumento normativo 
firmado pelas partes. 
 (TRT-RO-14115/94 - 1ª T. - Rel. Juiz José Eustáquio de Vasconcelos Rocha - Publ. MG. 07.04.95) 
 REAJUSTES SALARIAIS. Às partes e ao próprio Judiciário impõe-se a restrita observância das cláusulas de 
negociações coletivas pertinentes a reajuste salarial . Negar validade ao conteúdo do que foi livremente 
estipulado entre as partes ou interpretá-lo fora dos seus parâmetros seria limitar indevidamente o terreno da 
liberdade de negociação que a Constituição procurou reservar às entidades sindicais. 
 (TRT-RO-11588/93 - 3ª T. - Rel. Juiz Antônio Álvares da Silva - Publ. MG. 27.09.94) 
11. ADICIONAL PROPORCIONAL DE PERICULOSIDADE - RESPALDO CONSTITUCIONAL - A criação de 
comissão mista empresa/sindicato, listando as atividades perigosas e o tempo de exposição de cada 
empregado a nível normativo, tem respaldo legal, é desejável e previne demandas. Se os empregados 
entendem prejudicial o pacto, o caminho é o da assembléia, para denúncia do acordo ou sua não renovação. 
Enquanto ele subsistir, o inconformismo individual não tem sucesso. 
 (TRT-RO-10825/94 - 5ª T. - Rel. Juiz Paulo Araújo - Publ. MG. 26.11.94) 
12. TRANSAÇÕES EM ACORDOS COLETIVOS DE TRABALHO - RESPEITO AOS SEUS EFEITOS JURÍDICOS. 
Transacionada pelos sindicatos questão de interesse comum em acordo coletivo de trabalho, impõe-se o 
respeito aos efeitos jurídicos dessa transação, uma vez que a autonomia negocial das categorias econômicas 
e profissional é garantida pela Constituição Federal no art. 7º, inciso XXVI, não podendo a Justiça do Trabalho 
interferir, decidindo contrariamente ao pactuado nos instrumentos normativos. 
 (TRT-RO-06168/92 - 3ª T. - Rel. Juiz Antônio Álvares da Silva - Publ. MG. 17.01.95) 
13. VALIDADE ADICIONAL DE PERICULOSIDADE - PAGAMENTO PELO PERÍODO DE EXPOSIÇÃO. Lícita é a 
transação coletiva que autoriza o pagamento do adicional de periculosidade limitado ao período de exposição 
ao agente causador de risco de vida. 
 (TRT-RO-00357/95 - 1ª T. - Rel. Juiz Antônio Fernando Guimarães - Publ. MG. 10.03.95) 
ADICIONAL
De insalubridade. 
298
01. ADICIONAL DE PERICULOSIDADE - DO PEDIDO INICIAL - Os adicionais de periculosidade e insalubridade 
possuem naturezas diferentes, o que inclusive implica em remunerações também diferentes. Sendo assim, e 
considerados os termos dos artigos 128 e 460 do Código de Processo Civil, em subsidiariedade, o pedido de 
um deles não supre a ausência do pedido do outro, ainda que o agente daquele que não foi postulado tenha 
sido constatado pela perícia. Nesse caso caberá ao autor ingressar novamente em juízo, para postular aquele 
que não foi objeto da petição inicial (art. 294/CPC). 
 (TRT-RO-01790/95 - 4ª T. - Rel. Juiz Carlos Alberto Reis de Paula - Publ. MG. 08.04.95). 
 Pedido de adicional de insalubridade e/ou periculosidade . Não há inépcia, por incompatibilidade de pedidos. O 
empregado pode ter interesse em optar somente após liquidadas as parcelas, porque não pode dizer de 
antemão qual o grau de insalubridade, ou qual o entendimento que prevalecerá quanto à base de cálculo do 
adicional, matéria que ainda hoje não é pacífica na jurisprudência. 
 (TRT-RO-15055/92 - 3ª T. - Rel. Juiz Abel Nunes da Cunha - Publ. MG. 31.01.95) 
02. APOSENTADORIA - O exercício de trabalho em condições insalubres, acima dos limites de tolerância 
permitidos por lei, desde que comprovadas a caracterização e classificação através de perícia técnica, 
assegura a percepção do adicional respectivo, sendo fator que corrobora para a concessão de aposentadoria 
especial à luz do art. 192 da CLT e da Súmula 198 do TFR. 
 (TRT-RO-14487/94 - 4ª T. - Rel.Juíza Denise Alves Horta - Publ. MG. 25.02.95) 
03. ATIVIDADE MÉDICA - A insalubridade, normalmente é característica inerente ao exercício da atividade 
médica, devido ao contato direto e permanente com pacientes portadores de variadas patologias, mesmo 
através de simples consultas ambulatoriais. 
 (TRT-RO-11959/93 - 4ª T. - Rel. Juíza Deoclécia Amorelli Dias - Publ. MG. 22.10.94) 
04. ATIVIDADE SAZONAL - Quando a insalubridade decorre da própria atividade, constatada pelo tipo de 
maquinário necessário ao seu exercício, por outras perícias realizadas no local, informações de demais 
empregados, torna-se irrelevante a sua constatação "in loco", mormente se se trata de atividade sazonal, e a 
reclamada não comprovou a entrega de todo o EPI necessário, nem a de sua efetiva utilização. 
 (TRT-RO-05999/94 - 4ª T. - Rel. Juiz Carlos Alberto Reis de Paula - Publ. MG. 06.08.94). 
05. Revelando a prova dos autos que o reclamante, na condição de biólogo citogeneticista, tinha contato com 
agentes biológicos, dá-se provimento ao recurso para deferir-lhe o pagamento do adicional de insalubridade, 
em grau médio. 
 (TRT-RO-1463/94 - 2ª T. - Rel. Juiz Pedro Lopes Martins - Publ. MG. 01.10.94) 
06. BASE DE CÁLCULO - O adicional de insalubridade, mesmo após a implantação do salário mínimo de 
referência e até mesmo depois da promulgação da Constituição Federal de 1988, continuou tendo por base de 
cálculo o piso nacional de salários/salário mínimo. Os dispositivos legais que vedam sua vinculação objetivam, 
apenas, proibir que se adote o valor desta contraprestação mínima como indexador econômico, não devendo 
ser literalmente interpretados. 
 (TRT-RO-12124/94 - 2ª T. - Rel. Juiz José César de Oliveira - Publ. MG. 28.10.94) 
 BASE DE CÁLCULO - A vedação de vinculação do salário mínimo legal, prevista no artigo 7º, VI da CF/88 não 
atinge o adicional de insalubridade em vista de sua natureza de contraprestação salarial e indenização de 
risco. Logo, continua atual o En. 228/TST que manda calculá-la sobre o salário mínimo previsto no art. 76 da 
CLT. 
 (TRT-RO-08822/94 - 3ª T. - Rel.Juiz Sérgio Aroeira Braga - Publ. MG. 27.09.94) 
 BASE DE CÁLCULO - No período em que vigeu o Decreto-lei n.2.351/87 deve o adicional de insalubridade 
incidir sobre o chamado "Piso Nacional de Salário", porquanto esta foi a denominação que se deu ao salário 
mínimo naquele interregno. Com o advento da novel Carta Constitucional, retomou-se o antigo nome (art. 7º 
item IV). Inobstante, as variações terminológicas em nada modificaram a natureza do já velho e consagrado 
instituto do salário mínimo. Aplicação do Enunciado n. 228 do TST, cujo alcance não sofreu alteração. 
 (TRT-RO-03249/94 - 3ª T. - Rel. Juiz José Murilo de Morais - Publ. MG. 25.10.94) 
 BASE DE INCIDÊNCIA - O adicional de insalubridade incide sobre o salário mínimo a que alude o art. 76 do 
diploma consolidado, não sofrendo alteração a base de incidência pela Constituição Federal de 1988. A Carta 
Magna menciona adicional de remuneração para as atividades insalubres(art. 7º, XXIII) e não adicional sobre 
a remuneração. Logo, enquanto não for regulamentado esse dispositivo, prevalece o cálculo sobre o salário 
mínimo, que não encontra obstáculo no inciso IV do mesmo art. 7º, o qual veda vinculação ao salário mínimo 
como fator de indexação. 
 (TRT-RO-11767/94 - 2ª T. - Rel. Juíza Alice Monteiro de Barros - Publ. MG. 20.01.95). 
 INDEXAÇÃO PELO SALÁRIO MÍNIMO. A proibição constitucional contida no art. 7º, IV, é referente ao uso do 
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salário mínimo como indexador contratual, não abrangendo o adicional de insalubridade, sob pena de se 
entender vedada a vinculação do salário ao próprio salário, inclusive a vinculação, por exemplo, dos descontos 
a título de salário habitação ou alimentação, que são calculados sobre o salário mínimo. Logo, a interpretação 
correta do art. 7º, IV, da CF/88, não comporta a revogação do art. 192 da CLT. 
 (TRT-RO-11138/94 - 4ª T. - Rel. Juíza Deoclécia Amorelli Dias - Publ. MG. 01.10.94.). 
 PERCENTUAL DEVIDO - O trabalho em condições de periculosidade assegura ao empregado um adicional 
de 30% (trinta por cento) sobre o salário sem os acréscimosresultantes de gratificações, prêmios ou 
participações nos lucros das empresas. 
 (TRT-RO-14474/93 - 4ª T. - Rel.Juiz Carlos Alberto Reis de Paula - Publ. MG. 13.08.94). 
07. CIMENTO -TIPIFICAÇÃO LEGAL - A legislação considera insalubre o contato com cimento apenas na sua 
fabricação e transporte e, ainda assim, na fase de intensa concentração de poeira. A tipificação não pode ser 
feita, dada a exaustividade legal e sua aplicação restritiva, por semelhanças, isonomia ou aproximação. 
Aqueles traços, inexpressivos, de bicromatos, no produto, não transformam o contato nas obras em fabricação 
e manipulação de cromo. Assim como seu teor alcalino não o transforma em álcalis puro. Que o manuseio 
inadequado e sem boa higiene depois pode provocar dermatose em pessoas hipersensíveis ao produto, como 
narra a literatura médica, é fato óbvio. Qualquer substância irritante ao alérgico a ela causa reação orgânica. O 
que tem a ver com a medicina do trabalho e não com adicional de insalubridade. 
 (TRT-RO-3116/94 - 5ª T. - Rel. Juiz Paulo Araújo - Publ. MG. 06.08.94). 
 TRABALHADOR DA CONSTRUÇÃO CIVIL - O empregado trabalhando em construção, abrindo sacos de cal e 
cimento e preparando a respectiva massa, não faz jus ao adicional de insalubridade. É que, com pertinência a 
tal situação fática, o legislador apenas fixou como insalubridade a fase de "grande poeira" que corresponde à 
operação industrial. Não se pode dar interpretação elastecida, já que a insalubridade só se caracteriza nos 
exatos termos da previsão legal. 
 (TRT-RO-4411/94 - 4ª T. - Rel. Juíza Deoclécia Amorelli Dias - Publ. MG. 09.07.94) 
08. EPI - O simples fornecimento de equipamento de proteção individual é insuficiente para descaracterizar a 
insalubridade, pois necessário, ainda, que o empregador exija correta utilização do equipamento e mantenha-o 
em condições adequadas para redução ou inibição do agente insalutífero. 
 (TRT-RO-13396/94 - 2ª T. - Rel. Juiz José César de Oliveira - Publ. MG. 11.11. 94). 
 Não há amparo normativo para o perito declarar insalubre a atividade do empregado por não lhe exibir o 
empregador o C. A. - Certificado de Aprovação do Equipamento. Desde que comercializado, é evidente a 
existência do C.A., expedido pelo Ministério do Trabalho e da Administração, destinado ao fabricante ou 
importador do EPI e não ao empregador. 
 (TRT-RO-8504/94 - 5ª T. - Rel. Juiz Ricardo Antônio Mohallem - Publ. MG. 01.10.94). 
09. COMBATE A FORMIGA. APLICAÇÃO DE ISCA - PRINCÍPIO ATIVO INOFENSIVO AO APLICADOR. Não é 
insalubre o trabalho de distribuir isca nos formigueiros porque o mister não se pode fazer mediante contato 
físico. Ademais, o princípio ativo é o da fumigação, o que se dá somente quando o produto é transportado 
pelos insetos par o subsolo e, por ação da umidade, se transforma em gás. Agora - é verdade - se o operador 
comer formicida (e o perito fala da ingestão) aí haverá o suicídio. Do mesmo modo se o Juiz comer o processo 
ou o pedreiro comer a massa, etc. Também estas hipóteses não gerarão direito ao adicional de insalubridade, 
ainda que algum perito assim o entenda. 
 (TRT-RO-1341/94 - 1ª T. - Red. Juiz Antônio Miranda de Mendonça - Publ. MG. 14.10.94). 
 DEFENSIVO AGRÍCOLA - Revelando a prova dos autos que a rurícula só retornava ao ambiente de trabalho 
após o término dos efeitos deletérios residuais dos produtos químico utilizados na lavoura, dá-se provimento 
ao recurso para afastar da condenação o adicional de insalubridade e suas repercussões. 
 (TRT-RO-09156/94 - 2ª T. - Rel. Juiz Pedro Lopes Martins - Publ. MG. 02.09.94) 
 É devido o adicional de insalubridade, em seu grau maior, ao empregado que, no exercício das atividades de 
manutenção mecânica, tem contato permanente com o agente deletério óleo mineral, sem a proteção 
adequada. 
 (TRT-RO-11543/94 - 2ª T. - Rel. Juiz Pedro Lopes Martins - Publ. MG. 07.10.94). 
 FATO GERADOR - Devido quando o laudo pericial caracteriza assim as condições de labor do ex-empregado, 
cujas tarefas consistiam, além de dirigir ambulância, no auxílio ao transporte dos enfermos, recolhimento de 
material e roupas e, após, limpeza do veículo. Este contato, diário, com agentes biológicos, motiva a 
percepção do adicional. 
 (TRT-RO-03505/93 - 5ª T. - Rel. Juiz Paulo Araújo - Publ. MG. 12.11.94). 
 MANIPULAÇÃO DE ÓLEOS MINERAIS - Apurado pela perícia que o autor tinha contato manual direto com 
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óleos lubrificantes, devido é o adicional respectivo. O termo "manipulação" utilizado pela MR 15, Anexo 13, 
não tem o sentido de "fabricação", pois quando prometeu utilizá-lo nesta acepção, o legislador foi expresso. 
 (TRT-RO-877/95 - 2ª T. - Rel. Juiz José César de Oliveira - Publ. 17.03.95) 
 No manuseio ou no emprego do agente químico considerado nocivo à saúde do empregado, atividade distinta 
quando de sua manipulação, processo que ocorre quando da fabricação de um produto, devido o adicional de 
insalubridade em seu grau médio, como disposto na norma regulamentar. RO PARCIALMENTE PROVIDO. 
 (TRT-RO-1349/95 - 1ª T. - Rel. Juiz José Eustáquio de Vasconcelos Rocha -Publ. MG. 17.03.95) 
 TEMPO DE EXPOSIÇÃO - Para se caracterizar a insalubridade é necessária a exposição do empregado a 
agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza e da intensidade do 
agente e do tempo de exposição e seus efeitos (art. 189 da CLT). Se o tempo de exposição ao risco for 
mínimo, a atividade não se caracteriza como insalubre por esse agente. 
 (TRT-RO-5439/94 - 4ª T. - Rel. Juíza Ana Maria Valério Riccio - Publ. MG. 05.11.94). 
10. HORAS EXTRAS - O adicional de insalubridade é devido também nas horas extras laboradas em condições 
nocivas. O trabalho em condições insalubres exige a contraprestação respectiva, tomando por base o salário 
mínimo. Ocorre que o salário mínimo apenas retribui o labor prestado em jornada normal. Se o empregado 
labora em jornada suplementar, nas mesmas condições insalubres, pelo trabalho extraordinário deve receber 
o proporcional ao adicional de insalubridade, sob pena de não haver a contraprestação devida pela 
nocividade, e tendo em vista que a lei não fixa isoladamente à mera jornada normal. Hipótese que ainda 
enseja a avaliação do ganho empresarial sem causa, impondo o ressarcimento. 
 (TRT-RO-9378/93 - 3ª T. - Rel. Juiz Levi Fernandes Pinto - Publ. MG. 31/01/95) 
11. INCIDÊNCIA SOBRE REPOUSO SEMANAL REMUNERADO - O adicional de insalubridade não pode incidir 
sobre repousos semanais remunerados, porquanto tem como base de cálculo o salário mínimo legal, que já 
compreende a remuneração dos repousos. Assim, deve ser evitada a duplicidade de pagamento. 
 (TRT-RO-12328/94 - 3ª T. - Rel. Juíza Maria Laura Franco Lima de Faria - Publ. MG. 08/11/94) 
12. PERICULOSIDADE - ADICIONAL INTEGRAL - O adicional de insalubridade visa suprir ou compensar o 
empregado que, em contato com agentes agressivos à sua saúde, corra o risco de se contaminar. Não se 
pode falar em proporcionalidade quando o risco a que se expõe, mesmo que intermitente o seu contato, é 
integral, o mesmo acontecendo com o adicional de periculosidade, pela imprevisibilidade do momento da 
ocorrência do acidente. 
 (TRT-RO-5303/94 - 3ª T. - Rel. Juíza Maria Laura Franco Lima de Faria - Publ. MG. 08/11/94) 
13. Ônus da prova. Crédito do laudo oficial. Desde que a rigor técnico-processual (e à luz do art. 160 da C. L. T.) 
cumpre ao empregador a prova das condições ambientais e de trabalho em que se processam as atividades 
de seu estabelecimento (nos termos legalmente enunciados), não só a descoberto daquela, mas também da 
prova idônea da compra e fornecimento de EPIs ao reclamante (cuja prova igualmente lhe compete); e, ainda 
por cima, contando no processo com conclusão desfavorável, emitida por perito independente (porque 
nomeado pelo Juízo), defere-se àquele o adicional de insalubridade nos limites e condiçõesconcluídas nesta 
última peça. 
 (TRT-RO-17119/94 - 1ª T. - Rel. Juiz Manuel Cândido Rodrigues - Publ. MG. 10/02/95) 
 PERÍCIA - Se a perícia feita extrajudicialmente com a interveniência do Ministério do Trabalho e o 
acompanhamento pelo Sindicato profissional, nos moldes do art. 195, parágrafo 1º, da C. L. T., constitui prova 
firme e valiosa que foi trazida ao processo por ambas as partes e cuja complementação se faz através da 
prova testemunhal, que confirma o enquadramento do reclamante numa das situações caracterizadas como 
de trabalho insalubre, devido é o adicional no grau correspondente ao da classificação encontrada. 
 (TRT-RO-9585/94 - 4ª T. - Rel. Juiz Fernando Luiz Gonçalves Rios Neto - Publ. MG. 15/10/94) 
 PERÍCIA TÉCNICA REALIZADA QUANDO O LOCAL DE TRABALHO JÁ ESTAVA DESATIVADO. O artigo 
195 da CLT exige apenas que a caracterização e a classificação da insalubridade e da periculosidade sejam 
feitas através de perícia, não que esta se realize obrigatoriamente antes da desativação do local de trabalho 
do reclamante. Nessa última hipótese, pode o perito do Juízo, utilizando-se de todos os meios necessários 
autorizados pelo artigo 429 do CPC (tais como informações prestadas por outros empregados da reclamada e 
a documentação nela disponível), de sua experiência profissional e de seus próprios conhecimentos técnicos, 
fornecer elementos de prova suficientes para formar o livre convencimento do julgador no sentido da 
existência da atividade insalubre ou perigosa. 
 (TRT-RO-01876/94 - 4ª T. - Rel. Juiz José Roberto Freire Pimenta - Publ. MG. 01/07/95) 
 PROVA PERICIAL - Embora o julgador não esteja adstrito à prova pericial produzida nos autos, a conclusão 
desta se impõe, quando não há apuração de agente insalubre, nos termos do art. 195, parágrafo 2º da CLT, 
não havendo nos autos outras provas capazes de elidirem o laudo técnico produzido. 
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 (TRT-RO-13550/94 - 4ª T. - Rel. Juíza Denise Alves Horta - Publ. MG. 25/02/95) 
 PROVA TESTEMUNHAL INDEFERIDA - INOCORRÊNCIA DE CERCEAMENTO DE DEFESA - Não constitui 
cerceamento de defesa o indeferimento de prova testemunhal para se opor a minucioso laudo técnico, com 
acompanhamento do reclamante, concluindo pela neutralização dos agentes insalutíferos com o uso dos EPI's 
adequados à proteção do empregado, a ele regularmente entregues, máxime havendo no laudo pericial 
demonstração fotográfica da efetiva utilização dos equipamentos de proteção pelos empregados da empresa. 
 (TRT-RO-12421/94 - 4ª T. - Rel. Juíza Denise Alves Horta - Publ. MG. 26/11/94) 
 As questões ligadas à insalubridade desafiam predominantemente matéria técnica. Todavia, 
excepcionalmente, pontos de controvérsia podem e devem ser dirimidos na prova oral, podendo, nesse caso, 
incidir sobre a parte os efeitos da confissão ficta diante de sua ausência injustificada à audiência em que 
deveria comparecer para prestar depoimento pessoal.
 (TRT-RO-05126/94 - 1ª T. - Rel. Juiz Paulo Roberto Sifuentes Costa - Publ. MG. 07/10/94) 
14. Decisão espaldada em laudo pericial conclusivo a respeito da existência da insalubridade em grau médio, 
devido ao agente físico ruído. Mesmo se provada a pretendida intermitência do trabalho, a existência da 
insalubridade restaria caracterizada, não podendo ser proporcionalizada a algumas horas diárias, posto que o 
risco à saúde deve ser considerado de forma absoluta. 
 (TRT-RO-14567/93 - 1ª T. - Rel. Juiz Antônio Miranda de Mendonça - Publ. MG. 16/09/94) 
 TIPIFICAÇÃO LEGAL - RUÍDO - OPINIÃO DO PERITO - Indevido adicional quando a prova pericial - embora 
tendo constatado a presença de agente agressivo, ruído, no local de trabalho - confirma o fornecimento de EPI 
pela empresa, além de efetiva fiscalização dessa sobre o uso do aparelho, específico, que aniquilava a 
agressão. A opinião do perito, sustentada em estudos teóricos e acadêmicos que contém o laudo sobre a real 
possibilidade de que o efeito nefasto não fique restrito ao ouvido, mas atinja órgãos vitais, através das células 
do corpo, não influem na conclusão, que é de ordem legal e não médica. Estudos científicos só influem no 
direito depois de incorporados pela lei. 
 (TRT-RO-01444/94 - 5ª T. - Rel. Juiz Paulo Araújo - Publ. MG. 26/11/94) 
De Periculosidade 
01. RECURSO - ELETRICITÁRIO - ADICIONAL DE PERICULOSIDADE - PROPORCIONALIDADE - CLÁUSULA 
NORMATIVA - VALIDADE . A faculdade conferida aos Sindicatos para a celebração de acordos e convenções 
coletivas é a expressão máxima da liberdade sindical. As cláusulas e condições neles estipuladas têm força de 
norma de cumprimento obrigatório. A decretação da sua invalidade, fora do procedimento judicial adequado, 
afronta o artigo 7º., XXVI, da Constituição Federal, além de atingir a própria liberdade sindical que tanto 
progresso alcançou nos últimos anos. 
 (TRT-RO-4773/95 - 5ª T. - Rel. Juiz Márcio Ribeiro do Valle - Publ. MG. 27/05/95) 
02. Faz jus ao adicional de periculosidade integral o mecânico de aeronaves, que trabalhava em área de risco, de 
forma intermitente, posto que imprevisível o momento em que o infortúnio poderia ocorrer. 
 (TRT-RO-11520/94 - 2ª T. - Rel. Juíza Alice Monteiro de Barros - Publ. MG. 14/10/94) 
 Trabalha em área de risco e, em conseqüência, faz jus ao adicional de periculosidade, o auxiliar de rampa que 
efetua carregamento e descarregamento de bagagens simultaneamente ao abastecimento da aeronave com 
substância inflamável (querosene - jet - A - 1). 
 (TRT-RO-12392/94 - 2ª T. - Rel. Juíza Alice Monteiro de Barros - Publ. MG. 21/10/94) 
03. 1) ADICIONAL DE PERICULOSIDADE - DIFERENÇA - RECURSO - INOVAÇÃO - 2) ACORDO COLETIVO - 
EFEITOS JURÍDICOS. 1) Se a parte opta em oferecer os fundamentos jurídicos do pedido, já que não 
obrigada a tanto, "jus novit curia", a eles deve se ater o julgador. Pedido de diferença de adicional de 
periculosidade pago a menor porque não observado o percentual de 30% sobre o salário, não pode ser, no 
recurso, desvirtuado quando a parte tenta demonstrar que a diferença estaria na base de cálculo, 
erroneamente considerada. 
 (TRT-RO-17129/94 - 4ª T. - Rel. Juíza Deoclécia Amorelli Dias - Publ. MG. 04/03/95) 
04. CERVEJARIAS REUNIDAS SKOL CARACU S/A. Não gerar ou não distribuir energia elétrica uma empresa 
industrial não implica em que não seja a atividade dos seus empregados perigosa ou enquadrada como tal, 
quando se submetem eles aos riscos próprios e inerentes do Setor de Energia Elétrica, sujeitando-se os 
Reclamantes a risco iminente pelo período laborado em decorrência de choque elétrico, conforme apurado 
através de laudo técnico pericial específico. 
 (TRT-RO-18369/93 - 1ª T. - Rel. Juiz Saulo José Guimarães de Castro - Publ. MG. 02.09.94) 
 DE EMPREGADOS DO SETOR DE ENERGIA ELÉTRICA. A lei 7.369, de 20.09.85, instituiu em favor dos 
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empregados que exercem atividade no setor de energia elétrica, em condições de periculosidade, um adicional 
de 30% sobre o salário que perceberem, deixando para o decreto regulamentador a especificação das 
atividades consideradas perigosas. Em 20.12.85, entra em vigor o Decreto 92.212, estabelecendo o quadro de 
atividades e respectivas áreas de risco, o qual foi revogado pelo Decreto 93.412, de 14.10.86, que além de 
conter a especificação de atividades perigosas, limitou em seu artigo 2º, item II, o direito ao adicional de 
periculosidade ao tempo despendido pelo empregado na execução de tais atividades, quando ali ingressa, de 
modo intermitente, em caráter habitual. O Decreto n. 93.412/86, como ato administrativo que é, extrapolou sua 
competência, fugindo do fim social da Lei 7.369/85, que não estabeleceu tal proporcionalidade, 
acertadamente, em face da imprevisibilidade do momento em que o infortúnio possa ocorrer. Logo, 
comprovado o trabalho em área de risco, em empresa geradora de energia elétrica, defere-se o adicional de 
periculosidade, independentemente do tempo

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