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RESUMO PROCESSO CIVIL I MATÉRIA COMPLETA E CASOS CONCRETOS DE PROCESSO CIVIL I

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2
RESUMO DE PROCESSO CIVIL AV 2
· COMPETÊNCIA:
1. Alguns doutrinadores dizem ser o limite da jurisdição. Contudo, a competência na realidade é o limite para o exercício legítimo da jurisdição, uma vez que o Juiz de Direito tem jurisdição em todo o território nacional. 
Tanto o é que o juiz incompetente possui competência para analisar sua própria incompetência. Além disso, o art. 16, NCPC dispõe que: A jurisdição civil é exercida pelos juízes e tribunais em todo o território nacional, conforme disposições nesse código. 
2. Limite da jurisdição nacional: Há casos em que nosso ordenamento prevê que apenas nossos tribunais podem julgar a causa, não admitindo homologação de sentença estrangeira. Assim temos:
· Competência exclusiva da brasileira: 
Art. 23. Compete à autoridade judiciária brasileira, com exclusão de qualquer outra:
I - conhecer de ações relativas a imóveis situados no Brasil;
II - em matéria de sucessão hereditária, proceder à confirmação de testamento particular e ao inventário e à partilha de bens situados no Brasil, ainda que o autor da herança seja de nacionalidade estrangeira ou tenha domicílio fora do território nacional;
III - em divórcio, separação judicial ou dissolução de união estável, proceder à partilha de bens situados no Brasil, ainda que o titular seja de nacionalidade estrangeira ou tenha domicílio fora do território nacional.
· Competência concorrente / comum: 
Art. 21. Compete à autoridade judiciária brasileira processar e julgar as ações em que:
I - o réu, qualquer que seja a sua nacionalidade, estiver domiciliado no Brasil;
II - no Brasil tiver de ser cumprida a obrigação;
III - o fundamento seja fato ocorrido ou ato praticado no Brasil.
Parágrafo único. Para o fim do disposto no inciso I, considera-se domiciliada no Brasil a pessoa jurídica estrangeira que nele tiver agência, filial ou sucursal.
Art. 22. Compete, ainda, à autoridade judiciária brasileira processar e julgar as ações:
I - de alimentos, quando:
a) o credor tiver domicílio ou residência no Brasil;
b) o réu mantiver vínculos no Brasil, tais como posse ou propriedade de bens, recebimento de renda ou obtenção de benefícios econômicos;
II - decorrentes de relações de consumo, quando o consumidor tiver domicílio ou residência no Brasil;
III - em que as partes, expressa ou tacitamente, se submeterem à jurisdição nacional.
Art. 24. A ação proposta perante tribunal estrangeiro não induz litispendência e não obsta a que a autoridade judiciária brasileira conheça da mesma causa e das que lhe são conexas, ressalvadas as disposições em contrário de tratados internacionais e acordos bilaterais em vigor no Brasil.
Parágrafo único. A pendência de causa perante a jurisdição brasileira não impede a homologação de sentença judicial estrangeira quando exigida para produzir efeitos no Brasil.
Art. 25. Não compete à autoridade judiciária brasileira o processamento e o julgamento da ação quando houver cláusula de eleição de foro exclusivo estrangeiro em contrato internacional, arguida pelo réu na contestação.
§ 1º Não se aplica o disposto no caput às hipóteses de competência internacional exclusiva previstas neste Capítulo.
§ 2º Aplica-se à hipótese do caput o art. 63, §§ 1º a 4º .
3. Cooperação nacional e internacional: Ler arts. 26 a 41, todos do CPC.
· INTERVENÇÃO DE TERCEIROS:
1. Conceito: Trata-se da permissão legal para que uma pessoa alheia a relação jurídica processual possa ingressar no processo que já está em andamento. O NCPC traz 05 hipóteses tipificadas:
2. Assistência: O 3º juridicamente interessado na solução do processo pode nele intervir, de forma a contribuir que a sentença seja favorável a uma das partes. 
Art. 119. Pendendo causa entre 2 (duas) ou mais pessoas, o terceiro juridicamente interessado em que a sentença seja favorável a uma delas poderá intervir no processo para assisti-la.
Parágrafo único. A assistência será admitida em qualquer procedimento e em todos os graus de jurisdição, recebendo o assistente o processo no estado em que se encontre.
· Assistência simples: O assistente não defende direito próprio, apenas auxilia o assistido na defesa de seu direito. Assim, não pode agir de forma que contraria os interesses do assistido.
Havendo inércia do assistido poderá praticar atos. Contudo, a eficácia do ato depende do assistido não praticar outro em sentido contrário. 
Havendo revelia do assistido, o assistente é considerado seu substituto processual. 
· Assistência litisconsorcial: O assistente defende direito próprio, sendo titular da relação jurídica de direito material discutida no processo, de forma que a decisão de mérito irá influir diretamente em sua esfera jurídica.
É tratado como litisconsorte ulterior. 
· Poderes: O assistente atua como se fosse um litisconsórcio unitário. Pode ser opor a atos de disposições, uma vez que o direito material lhe pertence. 
Havendo revelia, não é considerado substituto, pois estará defendendo direito próprio em nome próprio.
3. Denunciação da lide: Daniel Amorim conceitua como: Uma espécie de intervenção coercitiva, estando vinculado o denunciado à demanda em razão de sua citação. 
O terceiro denunciado não pode se recusar a integrar a demanda. 
· Hipóteses de cabimento: Art. 125. É admissível a denunciação da lide, promovida por qualquer das partes:
I - ao alienante imediato, no processo relativo à coisa cujo domínio foi transferido ao denunciante, a fim de que possa exercer os direitos que da evicção lhe resultam;
II - àquele que estiver obrigado, por lei ou pelo contrato, a indenizar, em ação regressiva, o prejuízo de quem for vencido no processo.
· Deve ser feita no primeiro momento em que cabe a parte falar no processo, ou seja, na petição inicial – pelo autor – ou na contestação – pelo réu.
· O principal “objetivo” da denunciação é “garantir o direito de regresso”, uma vez que não será necessário rediscutir contra o denunciado as questões já discutidas em processo que ele fez parte.
4. Chamamento ao processo: Possui relação com as situações de garantia simples, verificando-se hipótese de coobrigação. 
Também é espécie coercitiva de intervenção, após citado, o chamado não pode esquivar-se do processo. 
Trata-se de litisconsórcio passivo facultativo ulterior. 
· Hipóteses de cabimento: Art. 130. É admissível o chamamento ao processo, requerido pelo réu:
I - do afiançado, na ação em que o fiador for réu;
II - dos demais fiadores, na ação proposta contra um ou alguns deles;
III - dos demais devedores solidários, quando o credor exigir de um ou de alguns o pagamento da dívida comum.
5. Incidente de desconsideração da personalidade jurídica: Trata-se de um incidente de natureza constitutiva. O pedido deve observar os pressupostos previsto em lei (em regra estão em lei material – como o art. 50, CC e o art. 28 do CDC). 
É cabível em todas as fases do processo. 
6. Amicus curiae: 
· Requisitos: O CPC trouxe 03 condições alternativas que justificam o ingresso de 3º como amigo da corte:
- Relevância da matéria;
- Especificidades do tema objeto da demanda;
- Repercussão social da controvérsia. 
· Admitidos: Pessoa jurídica ou natural, órgão ou entidade especializada, com representação adequada. 
· Aspectos procedimentais: O juiz ou relação, em decisão irrecorrível, poderá de ofício ou a requerimento das partes ou do interessado, solicitar ou admitir a participação admitidos, no prazo de 15 dias da sua intimação, fixando seus poderes processuais. 
· Poder recursal: O amicus curriae não tem legitimidade recursal, salvo para opor embargos de declaração e da decisão que julgar o incidente de resolução de demandas repetitivas. 
· TEORIA DOS VÍCIOS PROCESSUAIS: 
1. Introdução: Pode afetar os 03 planos no NJ processual, ou seja, a existência, a validade ou a eficácia. 
· Destaca-se que no direito processual não existe ato jurídico nulo de pleno direito, a nulidade deve ser declarada de ofício ou a requerimento das partes. Assim, um ato nulo ou inexistente irá produzir efeitos até o pronunciamento jurisdicional.2. vício e nulidade – MUITO IMPORTANTE !!!
· Ato viciado: é o ato imperfeito, praticado com desrespeito à forma legal prevista à sua prática, sendo defeituoso.
· Ato nulo: A nulidade é uma sanção processual. O ato viciado não necessariamente será nulo. Fala-se que o ato nulo é o ato defeituoso (viciado) que foi atingido pela nulidade. 
Em ordem de gravidade crescente temos:
3. Mera irregularidade: Ato que possui vício de menor gravidade. A imperfeição não é relevante para a consideração do ato. 
Por não gerar prejuízo às partes ou ao processo, não gera nulidade. 
Ex. Eventual rasura sem a devida ressalva, sempre que for possível concluir sua inequívoca autenticidade.
4. Nulidade relativa: O ato possui vício em elemento que tinha como escopo a preservação de interesses das partes. Seu reconhecimento depende de manifestação do prejudicado, não podendo ser reconhecido de ofício. 
· Legitimidade: Aquele que deu causa não poderá alegá-la, somente a parte que agiu de boa-fé;
· O prazo para alegação é a primeira oportunidade de se pronunciar nos autos, sob pena de preclusão. 
· Mérito favorável: Se o juiz puder julgar o mérito de forma favorável ao prejudicado, poderá deixar de declarar a nulidade. 
5. Nulidade absoluta: O vício está presente em elemento que tem como objetivo a proteção da ordem pública, v.g, a intimação do MP nas ações eu versem sobre direito de menor ou de incapaz. 
· Prazo: Pode ser alegada em qualquer momento, uma vez que é matéria de ordem pública. 
· Legitimidade: Todos, incluindo o juiz de ofício. 
· Vício de rescindibilidade: O trânsito em julgado é a sanatória geral das nulidades, sejam relativas ou absolutas. Contudo, após o trânsito as absolutas se transformam em vício de rescindibilidade, ensejando a propositura da ação rescisória, com objetivo da decretação da nulidade do processo. 
· Ressalta-se que se inexistir prejuízo, não há que se falar em nulidade. 
A ação rescisória possui prazo prescricional de 2 anos. 
6. Inexistência jurídica: Falta elemento constitutivo mínimo ao ato, sendo impossível reconhece-lo como ato processual. 
· Jamais poderá ser convalidado.
· Após o trânsito em julgado do processo, poderá ser proposta ação declaratória de inexistência de ato jurídico. 
Um exemplo clássico é uma sentença sem assinatura do juiz. 
7. Efeito expansivo e confinamento das nulidades – princípio da causalidade:
· Anulado o ato, todos os atos que lhe são subsequentes reputam-se sem efeito. 
· No confinamento, há a decretação de nulidade apenas do ato, buscando-se preservar o possível. 
· O CPC determina que o Juiz deve declarar, ao pronunciar a nulidade, quais os atos que serão atingidos por ela. 
· CITAÇÃO:
É o ato pelo qual se convoca o réu, o executado ou o interessado para integrar a relação jurídica processual. Será pessoal, podendo, no entanto, ser feita na pessoa do representante legal ou do procurador do réu, do executado ou do interessado.
1. Efeitos processuais: Desde que válida, ainda que ordenada por juiz incompetente, possui os seguintes efeitos:
· Indução à litispendência: Identidade de partes, causa de pedir e pedido.
· Torna a coisa litigiosa: Significa dizer que a coisa ou o direito estarão vinculados ao resultado do processo, de forma que ao vencedor será entregue a coisa ou o direito independentemente de quem o mantenha em seu patrimônio no momento da execução. O Art. 109, CPC trata do procedimento a ser estabelecido sempre que o réu alienar a coisa após sua citação. 
· Constituição do devedor em mora;
· Interrompe a prescrição.
2. Vedações à citação:
Art. 244. Não se fará a citação, salvo para evitar o perecimento do direito:
I - de quem estiver participando de ato de culto religioso;
II - de cônjuge, de companheiro ou de qualquer parente do morto, consanguíneo ou afim, em linha reta ou na linha colateral em segundo grau, no dia do falecimento e nos 7 (sete) dias seguintes;
III - de noivos, nos 3 (três) primeiros dias seguintes ao casamento;
IV - de doente, enquanto grave o seu estado.
Art. 245. Não se fará citação quando se verificar que o citando é mentalmente incapaz ou está impossibilitado de recebê-la.
§ 1º O oficial de justiça descreverá e certificará minuciosamente a ocorrência.
§ 2º Para examinar o citando, o juiz nomeará médico, que apresentará laudo no prazo de 5 (cinco) dias.
§ 3º Dispensa-se a nomeação de que trata o § 2º se pessoa da família apresentar declaração do médico do citando que ateste a incapacidade deste.
§ 4º Reconhecida a impossibilidade, o juiz nomeará curador ao citando, observando, quanto à sua escolha, a preferência estabelecida em lei e restringindo a nomeação à causa.
§ 5º A citação será feita na pessoa do curador, a quem incumbirá a defesa dos interesses do citando
3. Modalidades de citação:
· Real:
· Via postal - correio: É a regra geral, pois é mais barata. O citato deve receber cópia da petição inicial e do despacho do juiz. 
· Oficial de justiça: Nas hipóteses previstas no art. 247, CPC ( I - nas ações de estado, observado o disposto no art. 695, § 3º ; II - quando o citando for incapaz; III - quando o citando for pessoa de direito público; IV - quando o citando residir em local não atendido pela entrega domiciliar de correspondência; V - quando o autor, justificadamente, a requerer de outra forma ) o citação será realizada por OJ. 
Nesse caso, será expedido pelo cartório um mandado de citação, que deverá preencher os requisitos do art. 250, CPC. 
· Comparecimento espontâneo à serventia: Nos termos do art. 246, III, CPC, a citação pode ser realizada pelo escrivão / chefe de secretaria. 
· Ficta:
· Hora certa: Também feita por OJ, necessita preencher os requisitos do art. 252, CPC:
Art. 252. Quando, por 2 (duas) vezes, o oficial de justiça houver procurado o citando em seu domicílio ou residência sem o encontrar, deverá, havendo suspeita de ocultação, intimar qualquer pessoa da família ou, em sua falta, qualquer vizinho de que, no dia útil imediato, voltará a fim de efetuar a citação, na hora que designar.
Parágrafo único. Nos condomínios edilícios ou nos loteamentos com controle de acesso, será válida a intimação a que se refere o caput feita a funcionário da portaria responsável pelo recebimento de correspondência.
· Por edital: É meio excepcional, por ser caro e demorado. 
Art. 256. A citação por edital será feita:
I - quando desconhecido ou incerto o citando;
II - quando ignorado, incerto ou inacessível o lugar em que se encontrar o citando;
III - nos casos expressos em lei.
§ 1º Considera-se inacessível, para efeito de citação por edital, o país que recusar o cumprimento de carta rogatória.
§ 2º No caso de ser inacessível o lugar em que se encontrar o réu, a notícia de sua citação será divulgada também pelo rádio, se na comarca houver emissora de radiodifusão.
§ 3º O réu será considerado em local ignorado ou incerto se infrutíferas as tentativas de sua localização, inclusive mediante requisição pelo juízo de informações sobre seu endereço nos cadastros de órgãos públicos ou de concessionárias de serviços públicos.
Art. 257. São requisitos da citação por edital:
I - a afirmação do autor ou a certidão do oficial informando a presença das circunstâncias autorizadoras;
II - a publicação do edital na rede mundial de computadores, no sítio do respectivo tribunal e na plataforma de editais do Conselho Nacional de Justiça, que deve ser certificada nos autos;
III - a determinação, pelo juiz, do prazo, que variará entre 20 (vinte) e 60 (sessenta) dias, fluindo da data da publicação única ou, havendo mais de uma, da primeira;
IV - a advertência de que será nomeado curador especial em caso de revelia.
Parágrafo único. O juiz poderá determinar que a publicação do edital seja feita também em jornal local de ampla circulação ou por outros meios, considerando as peculiaridades da comarca, da seção ou da subseção judiciárias.
Art. 258. A parte que requerer a citação por edital, alegando dolosamente a ocorrência das circunstâncias autorizadoras para sua realização,incorrerá em multa de 5 (cinco) vezes o salário-mínimo.
Parágrafo único. A multa reverterá em benefício do citando.
Art. 259. Serão publicados editais:
I - na ação de usucapião de imóvel;
II - na ação de recuperação ou substituição de título ao portador;
III - em qualquer ação em que seja necessária, por determinação legal, a provocação, para participação no processo, de interessados incertos ou desconhecidos.
· PEDIDO: 
Pode ser analisado sob 02 óticas:
- Pedido Imediato: Ótica Processual, representando a providencia jurisdicional pretendida, seja ela uma condenação constituição, mera declaração, acautelamento ou satisfação.
- Pedido Mediado: Ótica Material, representada pelo bem da vida perseguido. 
1. Certeza e determinação do pedido: A certeza e a determinação do pedido são pressupostos cumulativos do pedido. Assim, cabe ao autor indicar a quantidade e o gênero do bem de vida requerido, bem como a espécie da tutela jurisdicional. 
O pedido deve ser expresso, mesmo que conste apenas na fundamentação da inicial. 
Art. 322. O pedido deve ser certo.
Art. 324. O pedido deve ser determinado.
§ 2º O disposto neste artigo aplica-se à reconvenção (pedido contra posto).
1. Pedidos Genéricos: É o que deixa de indicar a quantidade de bens da vida pretendida (quantum debeatur) pelo autor, somente sendo admitido nos casos previstos em lei. São Eles:
Art. 324. O pedido deve ser determinado.
§ 1o É lícito, porém, formular pedido genérico:
I - nas ações universais, se o autor não puder individuar os bens demandados: 
Entende-se como ação universal aquela que tem como objetivo uma universalidade de bens em situação na qual falte ao Autor condições de precisar, já na inicial, os bens efetivamente pretendidos. 
II - quando não for possível determinar, desde logo, as consequências do ato ou do fato:
Utiliza-se nas ações de indenização quando não for possível ao autor fixar o valor de todos os danos suportados em virtude do ato imputado ao Réu, seja porque o ato ainda não foi exaurido ou por ser muito difícil provar ab initio o dano suportado. 
III - quando a determinação do objeto ou do valor da condenação depender de ato que deva ser praticado pelo réu.
Deriva de ser o Réu responsável por tal indicação, o que cria um obstáculo material intransponível ao autor quando da propositura da demanda. 
Ex:. Ação de prestação de contas com pedido de pagamento em eventual saldo remanescente, o Autor somente saberá quando deve para pagar quando o Réu informar, i.e, após a prestação de contas.
 
1. Pedido Implícito: Em regra, o pedido deve ser expresso, não podendo o juiz conceder aquilo que não tenha sido expressamente requerido pelo Autor. Entretanto, tal regra sofre exceções, permitindo-se a concessão de tutela que não expressamente pedida pelo autor. 
Entende-se como implícita qualquer tutela não pretendida pelo Autor que a lei permite que o juiz a conceda de ofício. São
	HIPÓTESES:
	LEI
	Despesas e custas processuais
	Art. 322, §1º, CPC
	Honorários advocatícios
	Art. 322, §1º, CPC
	Correção monetária
	Art. 404, CC e Art. 322, §1, CPC
	Prestações vincendas e inadimplidas na Constancia do processo, nos casos de contratos de trato sucessivo
	Art. 323, CPC
	Juros Legais/Moratórios
Obs:. Não se consideram implícitos os juros convencionais/compensatórios
	Art. 404 e 406, CC e Art. 322, §1º, CPC.
Obs:. Salvo nas hipóteses de juros moratórios e de correção monetária, a obtenção dos pedidos implícitos depende de expressa concessão pelo juiz, ou seja, se a parte não pedir e o juiz não der, a parte nada ganha. 
1. Cumulação de Pedidos/Ação: Em suma, é a cumulação de mais de uma causa de pedir no mesmo processo, desde que preenchido os requisitos do §1º do Art. 327, CPC.
Ex:. Edson e Carlos colidem seus veículos e são conduzidos para a delegacia, onde Edison agride fisicamente Carlos. Na demanda proposta por Carlos, é possível a narração da causa de pedir referente à Colisão dos veículos, da qual deriva os pedidos de dano emergentes e lucros e da causa de pedir referente á agressão física, da qual deriva o pedido de danos morais. Nesse caso, os lucros cessantes e os danos emergentes são conexos, mas ambos são desconexos com o pedido de dano moral. 
Art. 327. É lícita a cumulação, em um único processo, contra o mesmo réu, de vários pedidos, ainda que entre eles não haja conexão.
§ 1o São requisitos de admissibilidade da cumulação que:
I - os pedidos sejam compatíveis entre si: Aplica-se apenas à cumulação própria.
Art. 326. É lícito formular mais de um pedido em ordem subsidiária, a fim de que o juiz conheça do posterior, quando não acolher o anterior.
Determinando o §3º do art. 327 que: O inciso I do § 1º não se aplica às cumulações de pedidos de que trata o art. 326. Isso se dá pelo fato de que somente um dos pedidos será concedido.
Ex:. Guilherme ingressa com ação contra Sarah cumulando dois pedidos: rescisão contratual e, subsidiariamente, a revisão de algumas clausulas do contrato. Trata-se de cumulação imprópria, de forma que Guilherme só terá um ou outro pedido acolhido. 
No exemplo, os pedidos são incompatíveis, pois como poderá ser revisto cláusula de um contrato rescindido? Mas não há impedimento para que tais pedidos sejam feitos de forma cumulada. 
II - seja competente para conhecer deles o mesmo juízo: 
Tratando-se de incompetência absoluta, a cumulação será sempre inadmissível, devendo a parte autora ingressar com ações separadas.
Tratando-se de incompetência relativa, a cumulação é possível, devendo-se observar o seguinte:
- Há conexão entre os pedidos, a distribuição tornará prevento o juízo;
- Não há conexão e o Réu não arguiu a incompetência, o juízo terá sua competência prorrogada;
- Não há conexão e o Réu argui a incompetência, o juiz deve acolher (o que irá diminuir o objeto da demanda), restando ao Autor propor nova ação. 
III - seja adequado para todos os pedidos o tipo de procedimento.
A demanda deve seguir um procedimento único. Determina o Art. 328, CPC que:
§ 2o Quando, para cada pedido, corresponder tipo diverso de procedimento, será admitida a cumulação se o autor empregar o procedimento comum, sem prejuízo do emprego das técnicas processuais diferenciadas previstas nos procedimentos especiais a que se sujeitam um ou mais pedidos cumulados, que não forem incompatíveis com as disposições sobre o procedimento comum.
O dispositivo fala dos falsos procedimentos especiais (procedimento comum com “tempero” que não altera a essência). 
OBS:. Espécies de cumulação imprópria:
- Subsidiária: Quero B se A não for aceito;
- Alternativa: Tanto A quanto B me satisfaz, escolhe ai Exa. 
DA SUSPENSÃO DO PROCESSO
A um equivoco nesta expressão. O processo jamais será suspenso, mantém-se íntegro até o fim. O que é suspensa é sua marcha regular, i.e, o procedimento. 
 
A doutrina traz 02 espécies de suspensão:
Própria: Todo o procedimento do processo fica suspenso/parado;
Imprópria: Somente uma parte do procedimento fica suspensa/parada, como no caso do julgamento de um incidente, no qual ele prossegue e o procedimento principal fica sobrestado.
Trata-se de uma decisão meramente declaratória de efeito ex tunt, retroagindo a data da ocorrência do fato justificador da suspensão.
O STJ ENTENDE SER CABÍVEL MANDADO DE SEGURANÇA PARA “RECORRER” DE DECISÃO DE SUSPENDE INDEVIDAMENTE O PROCESSO, pois não é cabível agravo, devendo a recorribilidade ocorrer via apelação ou contrarrazão, o que seria inútil. 
Art. 313. Suspende-se o processo:
I - pela morte ou pela perda da capacidade processual de qualquer das partes, de seu representante legal ou de seu procurador;
Se o direito for intransmissível, o processo será extinto sem resolução do mérito nos termos do art. 485, IX, CPC, somente se o direito dor transmissível é que ocorrerá a suspensão do inciso I. Vide §2º, II.
Falecendo o Réu, o juiz intimará o Autor para que promova a citação do respectivo espólio, de quem for o sucessor ou dos herdeiros, no prazo mínimo de 02 ou máximo de 06 meses, assinalado pelo Juiz, conforme§2º, I. Descumprindo, estará configurado o abandono processual levando a extinção sem resolução do mérito, nos termos do art. 485, III, CPC.
Falecendo o Autor, sendo o direito transmissível, o juiz determinará a intimação do espólio, de quem for sucessor ou herdeiro, pelos meios de divulgação que achar necessário, para que manifestem interesse na sucessão processual e promovam a habilitação (ação própria, que tem resumo no caderno na parte que fala sobre as partes) no prazo designado, sob pena de extinção sem resolução do mérito, nos termos do art. 485, IV c/c 313, §2º, II, ambos do CPC. 
II - pela convenção das partes;
Nos termos do § 4ª, não poderá ser superior à 06 meses.
Não se aplica o prazo acima na execução para o cumprimento da obrigação, pois o processo será suspenso pelo prazo necessário para o cumprimento, art. 922, CPC.
III - pela arguição de impedimento ou de suspeição;
Apesar da omissão legislativa, Daniel Amorim entende que somente a suspeição/impedimento do Juiz acarreta a suspensão processual. Sendo “irrelevante” a suspensão do membro do MP ou de auxiliar da justiça. 
Nos termos o art. 146, §2º, CPC, o relator poderá receber o incidente sem efeito suspensivo, de forma que o processo retomará o seu andamento, ou com efeito suspensivo, caso me que ocorrerá suspensão imprópria até o julgamento final do incidente. 
Se for suspenso, os pedidos de tutela de urgência serão encaminhadas ao substituto legal, se não for suspenso ao próprio juiz acusado de ser parcial. 
IV- pela admissão de incidente de resolução de demandas repetitivas;
V - quando a sentença de mérito:
a) depender do julgamento de outra causa ou da declaração de existência ou de inexistência de relação jurídica que constitua o objeto principal de outro processo pendente;
b) tiver de ser proferida somente após a verificação de determinado fato ou a produção de certa prova, requisitada a outro juízo;
Prazo máximo de 01 ano, conforme § 4º, primeira parte.
VI - por motivo de força maior;
VII - quando se discutir em juízo questão decorrente de acidentes e fatos da navegação de competência do Tribunal Marítimo;
VIII - nos demais casos que este Código regula.
IX - pelo parto ou pela concessão de adoção, quando a advogada responsável pelo processo constituir a única patrona da causa; (Incluído pela Lei nº 13.363, de 2016)
SERÁ DE 30 DIAS, CONFORME §6º, podendo a advogada renunciar.
X - quando o advogado responsável pelo processo constituir o único patrono da causa e tornar-se pai. (Incluído pela Lei nº 13.363, de 2016)
SERÁ DE 08 DIAS, CONFORME §7º, podendo o advogado renunciar. 
Para ambos (incisos IX e X), trata-se de prazo processual, motivo pelo qual somente será computado os dias úteis.
§ 1o Na hipótese do inciso I, o juiz suspenderá o processo, nos termos do art. 689.
§ 2o Não ajuizada ação de habilitação, ao tomar conhecimento da morte, o juiz determinará a suspensão do processo e observará o seguinte:
I - falecido o réu, ordenará a intimação do autor para que promova a citação do respectivo espólio, de quem for o sucessor ou, se for o caso, dos herdeiros, no prazo que designar, de no mínimo 2 (dois) e no máximo 6 (seis) meses;
II - falecido o autor e sendo transmissível o direito em litígio, determinará a intimação de seu espólio, de quem for o sucessor ou, se for o caso, dos herdeiros, pelos meios de divulgação que reputar mais adequados, para que manifestem interesse na sucessão processual e promovam a respectiva habilitação no prazo designado, sob pena de extinção do processo sem resolução de mérito.
§ 3o No caso de morte do procurador de qualquer das partes, ainda que iniciada a audiência de instrução e julgamento, o juiz determinará que a parte constitua novo mandatário, no prazo de 15 (quinze) dias, ao final do qual extinguirá o processo sem resolução de mérito, se o autor não nomear novo mandatário, ou ordenará o prosseguimento do processo à revelia do réu, se falecido o procurador deste.
§ 4o O prazo de suspensão do processo nunca poderá exceder 1 (um) ano nas hipóteses do inciso V e 6 (seis) meses naquela prevista no inciso II.
§ 5o O juiz determinará o prosseguimento do processo assim que esgotados os prazos previstos no § 4o.
§ 6o No caso do inciso IX, o período de suspensão será de 30 (trinta) dias, contado a partir da data do parto ou da concessão da adoção, mediante apresentação de certidão de nascimento ou documento similar que comprove a realização do parto, ou de termo judicial que tenha concedido a adoção, desde que haja notificação ao cliente. (Incluído pela Lei nº 13.363, de 2016)
§ 7o No caso do inciso X, o período de suspensão será de 8 (oito) dias, contado a partir da data do parto ou da concessão da adoção, mediante apresentação de certidão de nascimento ou documento similar que comprove a realização do parto, ou de termo judicial que tenha concedido a adoção, desde que haja notificação ao cliente. (Incluído pela Lei nº 13.363, de 2016)
Art. 314. Durante a suspensão é vedado praticar qualquer ato processual, podendo o juiz, todavia, determinar a realização de atos urgentes a fim de evitar dano irreparável, salvo no caso de arguição de impedimento e de suspeição.
No caso da ressalva, os pedidos devem ser feitos ao substituto legal do juiz, nos termos do art. 146, §3º, CPC. Contudo, caso o relator não mantenha a suspensão, o juiz “natural” poderá apreciar os pedidos. 
Art. 315. Se o conhecimento do mérito depender de verificação da existência de fato delituoso, o juiz pode determinar a suspensão do processo até que se pronuncie a justiça criminal.
§ 1o Se a ação penal não for proposta no prazo de 3 (três) meses, contado da intimação do ato de suspensão, cessará o efeito desse, incumbindo ao juiz cível examinar incidentemente a questão prévia.
§ 2o Proposta a ação penal, o processo ficará suspenso pelo prazo máximo de 1 (um) ano, ao final do qual aplicar-se-á o disposto na parte final do § 1o.
TÍTULO III
DA EXTINÇÃO DO PROCESSO
Art. 316. A extinção do processo dar-se-á por sentença.
OBS:. Como a sentença é ato processual exclusivo do juiz de 1º grau, nos processos de competência do tribunal, haverá extinção por decisão monocrática do relator ou por meio de acórdão. 
Além disso, nem toda sentença causa a extinção do processo, a maioria põe fim a fase de conhecimento, podendo o mesmo continuar para a fase executiva. 
Art. 317. Antes de proferir decisão sem resolução de mérito, o juiz deverá conceder à parte oportunidade para, se possível, corrigir o vício.
· INDEFERIMENTO DA PETIÇÃO INICIAL: 
· É causa de extinção sem resolução do mérito. 
· Nas situações em que o juiz se deparar com vícios insanáveis, de nada adiantará abrir prazo de 15 dias ao autor para emendar a petição inicial. Assim, não resta outra alternativa senão o indeferimento liminar da petição inicial, conforme art. 330, CPC. 
· Se for indeferimento parcial, será por decisão interlocutória recorrível por AI. Se total, será proferida sentença recorrível por APL 
· Somente haverá indeferimento antes da citação. Após, o juiz deve extinguir o processo sem resolução do mérito ante a falta de pressupostos processuais que possibilitem análise do mérito. 
· São causas de indeferimento da exordial:
1. Inépcia da petição inicial;
1. Manifesta ilegitimidade de parte;
1. Falta de interesse de agir;
1. Ausência de emenda da petição inicial;
· JULGAMENTO LIMINAR DE IMPROCEDÊNCIA
Somente será possível nas causas que dispensem fase instrutória. Além disso, depende do preenchimento dos requisitos alternativos previstos no art. 332, CPC. 
Art. 332. Nas causas que dispensem a fase instrutória, o juiz, independentemente da citação do réu, julgará liminarmente improcedente o pedido que contrariar:
I - enunciado de súmula do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça;
II - acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos;
III - entendimento firmado em incidentede resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência;
IV - enunciado de súmula de tribunal de justiça sobre direito local.
§ 1º O juiz também poderá julgar liminarmente improcedente o pedido se verificar, desde logo, a ocorrência de decadência ou de prescrição.
§ 2º Não interposta a apelação, o réu será intimado do trânsito em julgado da sentença, nos termos do art. 241 .
§ 3º Interposta a apelação, o juiz poderá retratar-se em 5 (cinco) dias.
§ 4º Se houver retratação, o juiz determinará o prosseguimento do processo, com a citação do réu, e, se não houver retratação, determinará a citação do réu para apresentar contrarrazões, no prazo de 15 (quinze) dias
· Casos concretos: 
· Aula 01: Uma empresa brasileira celebra um contrato com uma empresa alemã para instalação de equipamentos essenciais para o funcionamento de um gasoduto no Estado do Rio de Janeiro / Brasil. A justiça brasileira é competente para dirimir um conflito de interesses envolvendo este contrato? Com exclusividade? Justifique.
Sim, a justiça brasileira detém competência para julgar ações que versem sobre obrigações a serem cumpridas em território nacional. Contudo, não se trata de competência exclusiva, mas sim, concorrente. 
· Aula 02: Pedro e Mariana após treze anos de casados e dois filhos absolutamente incapazes, com 06 e 08 anos respectivamente, resolvem se divorciar. Considerando que Mariana vive com os filhos na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro e Pedro, por conta de uma nova oportunidade de trabalho, mudou-se para Volta Redonda, responda: Qual o juízo competente para processar e julgar a ação de divórcio? Fundamente. 
Nas ações de divórcio, é competente o foro do domicílio do ex-cônjuge que estiver com a guarda dos filhos incapazes, neste caso Mariana. Logo, é competente o foro do comarca da capital – Barra da Tijuca.
· Aula 03: Antônio propõe uma ação de indenização por danos materiais em função da demora da entrega do material de construção pela loja Construa Tranquilo LTDA. O material é indispensável para a execução de um projeto de reforma grandioso na casa de Antônio e mesmo diante do pagamento, a loja demorou mais de dois meses para fazer a entrega paralisando em parte a execução da obra. A ação foi distribuída para a 1ª Vara Cível da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, local onde Antônio reside e coincidentemente está localizada a loja de construção. Uma semana depois, Antônio resolve promover contra a mesma empresa, por conta deste atraso na entrega, uma ação de indenização por danos morais. Indaga-se: Estas ações são conexas? A segunda pode ser distribuída por dependência? Justifique.
Por conexão, entende-se a identidade entre o pedido ou a causa de pedir. Neste caso, há identidade na causa de pedir. Logo, é correto afirmar que há conexão. 
Os processos conexos devem ser reunidos para julgamento conjunto. O registro ou a distribuição da petição inicial torna prevento o juízo, logo, o segundo processo deve ser julgado pelo mesmo juízo do primeiro, devendo, para tanto, ser distribuído por dependência.
· Aula 04: Pedrinho, menor absolutamente incapaz, promove uma ação de alimentos em face de seu pai, Joaquim Lourenço. O juiz ao analisar a inicial verifica a ausência do represente legal e determina a emenda no prazo de 15 dias, nos termos do artigo 321 do Código de Processo Civil, para que conste a representação do menor. Agiu corretamente o magistrado? Justifique.
Sim, verificada a irregularidade na representação, o juiz deve intimar a parte para que a regularize a situação em prazo razoável. 
· Aula 05: Executado devido ao descumprimento de sentença que determinou o pagamento de prestação alimentícia ao seu filho relativamente incapaz, Luiz Cláudio é surpreendido com a decisão do magistrado de suspender seu passaporte até o cumprimento da obrigação alimentar. Inconformado procura você advogado (a) questionando se tal medida determinada pelo juiz está prevista em lei. Como orientar o cliente? Analise a questão à luz do artigo 139, IV do CPC/15. Fundamente.
Sim, o juiz pode adotar todos os meios coercitivos que julgar necessários para assegurar o cumprimento de ordem judicial. 
· Aula 06: É possível falar em litisconsórcio ativo necessário? Justifique.
O litisconsórcio necessário ocorrerá quando a natureza da ação/direito discutido ou a lei assim o exigir. Pode-se citar, por exemplo, a outorga marital/uxória para ação que verse sobre direito real se for no polo ativo. 
· Aula 07: Hugo, José e Armando assumiram uma dívida solidária no valor de R$ 200.000,00 (duzentos mil reais) com Carlos. Diante do inadimplemento o credor Carlos propõe ação objetivando reaver o dinheiro e indica apenas Hugo no polo passivo. Atuando como advogado (a) de Hugo o que pode ser feito no caso concreto? Cabe alguma modalidade de intervenção de terceiros? Fundamente.
Sim, Hugo poderá requerer o chamamento ao processo dos demais devedores solidários. 
· Aula 08: O amicus curiae, ou amigo da Corte, previsto no artigo 138 do Diploma Processual Civil, pode ser considerado um dos importantes meios de democratização do processo. Como leciona Humberto Theodoro Júnior “mostra -se – segundo larga posição doutrinária – preponderantemente, como auxiliar do Juízo em causas de relevância social, repercussão geral ou cujo objeto seja bastante específico, de modo que o magistrado necessite de poio técnico”. Disserte acerca da discussão doutrinária sobre sua natureza jurídica e sobre a possibilidade de oferecer recursos. Fundamente
Ver meu caso concreto da av1
· Aula 09: O negócio jurídico processual previsto no artigo 190 do Novo CPC permite às Partes convencionarem, com a concordância do juiz, que seja proferida uma sentença que reconheça uma inconstitucionalidade com efeito ablativo erga omnes? Tal ocorrendo, como juiz como procederia? 
Não, pois o NJ do art. 190, CPC possui efeito inter partes. 
· Aula 10: João promove uma ação de obrigação de fazer em face de Cícero. A citação do réu pela via postal é infrutífera, pois não foi localizado o endereço. Imediatamente João peticiona solicitando ao juiz a citação por edital, nos termos do artigo 256 do CPC. Como deve o juiz decidir a questão? Justifique.
A citação por edital é meio subsidiário excepcional de citação do réu ou do interessado. Assim, inicialmente o juiz irá determinar as pesquisas de praxe nos órgão do governo e oficiar prestadoras de serviço público (energia elétrica, gás e água) para que fornecessem o endereço do réu, caso tivessem. 
Caso a solicitação restasse infrutífera ou se através dos endereços encontrados também não for possível a citação por correio ou por mandado, o juiz determinará a citação por edital. 
· Aula 11: 1ª Questão (CESPE/2018) Em determinado processo, o réu não foi citado nem apresentou contestação. O magistrado, além de não declarar o processo nulo, julgou-o, no mérito, favoravelmente ao réu. Nessa situação hipotética, a conduta do magistrado foi correta porque: 
a) ele aproveitou atos que não dependem da citação;
b) ele julgou favoravelmente o mérito da causa para a parte que seria beneficiada caso a nulidade fosse decretada;
c) o autor não requereu a nulidade do processo;
d) o autor foi o causador da nulidade. 
e) a declaração de nulidade processual depende de requerimento da parte. 
2ª Questão(FCC/ PGE/ 2018) Concernente às nulidades processuais, considere: I. A nulidade dos atos deve ser alegada na primeira oportunidade em que couber à parte falar nos autos, ainda que essa nulidade tenha sido decretada de ofício pelo juiz. II. Anulado o ato, consideram-se de nenhum efeito todos os subsequentes que dele dependam, todavia, a nulidade de uma parte do ato não prejudicará as outras que dela sejam independentes. III. Quando a lei prescrever determinada forma sob pena de nulidade, a decretação desta pode ser requerida até mesmo pela parte que lhe deu causa, por se tratar de ato que não se convalida ou ratifica. IV. O erro de forma do processo acarreta unicamente a anulação dos atos que não possam ser aproveitados, devendo ser praticadosos que forem necessários a fim de se observarem as prescrições legais e aproveitandose os atos praticados, desde que não resulte prejuízo à defesa de qualquer parte. Está correto o que se afirma APENAS em 
a) I e III. 
b) I, II e III.
c) II e IV. 
d ) II, III e IV. 
e ) I, III e IV.
· Aula 12: Em 19 de março de 2005, Agenor da Silva Gomes, brasileiro, natural do Rio de Janeiro, bibliotecário, viúvo, aposentado, residente na Rua São João Batista, n. 24, apartamento 125, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, RJ, contrata o Plano de Saúde Bem-Estar para prestação de serviços de assistência médica com cobertura total em casos de acidentes, cirurgias, emergências, exames, consultas ambulatoriais, resgate em ambulâncias e até mesmo com uso de helicópteros, enfim, tudo o que se espera de um dos melhores planos de saúde existentes no país. Em 4 de julho de 2010, foi internado na Clínica São Marcelino Champagnat, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, vítima de grave acidente vascular cerebral (AVC). Seu estado de saúde piora a cada dia, e seu único filho Arnaldo da Silva Gomes, brasileiro, natural do Rio de Janeiro, divorciado, dentista, que reside em companhia do pai, está seriamente preocupado. Ao visitar o pai, no dia 16 de julho do mesmo mês, é levado à direção da clínica e informado pelo médico responsável, Dr. Marcos Vinícius Pereira, que o quadro comatoso do senhor Agenor é de fato muito grave, mas não há motivo para que ele permaneça internado na UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) da clínica, e sim em casa com a instalação de home care com os equipamentos necessários à manutenção de sua vida com conforto e dignidade. Avisa ainda que, em 48 horas, não restará outra saída senão dar alta ao senhor Agenor para que ele continue com o tratamento em casa, pois certamente é a melhor opção de tratamento. Em estado de choque com a notícia, vendo a impossibilidade do pai de manifestar-se sobre seu próprio estado de saúde, Arnaldo entra em contato imediatamente com o plano de saúde, e este informa que nada pode fazer, pois não existe a possibilidade de instalar home care para garantir o tratamento do paciente. Desesperado, Arnaldo procura você, advogado(a), em busca de uma solução. Indique a orientação jurídica adequada.
Analisando o caso, nota-se que será possível ingressar com ação de obrigação de fazer em face do plano de saúde. Além disso, estão presentes o fumu boni iures e o periculum in mora, requisitos autorizados para o pleito da tutela antecipada de urgência. 
Caso o titular do plano fosse o pai, o filho poderá pedir ao juiz que seja nomeado curador para o ato, considerando que seu pai, por estar impossibilitado de exprimir sua vontade, é considerado relativamente incapaz.
· Aula 13: Cláudio ajuizou uma ação de obrigação de fazer em face de Antônio. Na inicial deixou de apontar o endereço completo do réu, o endereço eletrônico e também não se manifestou acerca da audiência de conciliação, conforme artigo 319, VII do CPC. Conclusos os autos qual a providência que o magistrado deve tomar? Fundamente
O magistrado deverá intimar Cláudio para que emende a petição inicial no prazo legal, uma vez que a exordial não preenche os requisitos mínimos exigidos pelo CPC. 
· Aula 14: Em um determinado caso concreto, o juiz julgou improcedente o pedido, antes mesmo da citação do réu, pois se tratava de hipótese prevista no artigo 332, I do Código de Processo Civil (Lei 13.105/15). É possível afirmar que este dispositivo ofende o princípio do contraditório? Justifique.
Não, considerando que a própria lei prevê al hipótese. Além disso, não houve prejuízo para a parte, o que justifica a não necessidade de sua citação. 
· Aula 15: O Município do Rio de Janeiro ajuizou em Fevereiro de 2018, uma execução fiscal, com base na LEF - Lei de Execução Fiscal - Lei 6830/80 – contra Márcio Pereira em virtude do não pagamento do IPTU – Imposto Predial e Territorial Urbano referente ao ano 2000. Considerando que prescrição nestes casos dá-se em cinco anos o juiz reconheceu a prescrição e extinguiu o processo. Indaga-se: Trata-se de extinção com ou sem resolução de mérito? Fundamente
Trata-se de extinção com resolução do mérito, ante ao reconhecimento da prescrição do débito.

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