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A3 PROCESSO DO TRABALHO

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A3 – PROCESSO TRABALHISTA 
Beatriz do Vale Anhaia da Silva RA: 821135705 
Sara Mendes Batista RA: 821135709 
Marina Kloki RA: 819160777 
Heloisa Manso RA: 820274960 
Kassia de sousa RA: 821231841 
Priscila Pestana de França RA: 820289448 
 
Evento 1 
A competência material se baseia em uma característica da determinação de uma 
esfera de atribuições dos órgãos encarregados da função jurisdicional, levando essa ideia 
em consideração, teremos como matéria atraentes da justiça trabalhista, o atributo de 
todas as demandas de relação de trabalho, e não somente demandas oriundas de relação 
de emprego. Dispositivo este, alterado por meio da emenda constitucional nº 45/2004. 
Transigindo ao processo, é permitido verificar as condições de matéria abordada, 
visto que foi reconhecido um vínculo empregatício de Paola em face de M.M S 
FERREIRA LOCAÇÕES - ME, MARIA APARECIDA POSSARI TAMOS - ME, 
TEMAKIAN TEMAQUERIA LTDA - ME, PLATAFORMA UM TECNOLOGIA DA 
INFORMAÇÃO LTDA - EPP e SDT 3 CENTRO COMERCIAL LTDA. De primeiro 
momento, em sua primeira decisão nos autos do processo, não foi entendido uma relação 
empregatícia, indeferindo o pedido de medida cautelar 
No tocante a competência territorial, de âmbito relativo, pelo qual não pode ser 
arguida de ofício pelo julgador, e sim pelas partes sob pena de prorrogação das 
competências. Temos por essa, a definição dessa característica sustentada pela ideia de 
que deverá ser julgada pela vara de acordo com o local da prestação de serviço pelo 
empregador, seguindo, portanto, as devidas exceções. Regendo as informações 
processuais, é possível identificar que a vara pela qual será competente de receber tais 
ações será a 1º vara do trabalho do Taboão da Serra, justificado pelas prestações de 
serviços de Paola em face das empresas já mencionadas. 
Analisando o cenário exposto no processo n° 1000079-05.2018.5.02.0501, no 
qual somos apresentados ao caso da reclamante PAOLA GONÇALVES COSTA SA 
(nascida em 17/04/2000, conforme consta nos autos do processo), que foi contratada em 
dezembro de 2013 para trabalhar no quiosque “Brincar Locações”, onde permaneceu 
trabalhando até outubro de 2017, frente a doutrina “Novo Código Civil - Aspectos da 
Capacidade Civil e Seus Reflexos no Âmbito Trabalhista”, qual discorre sobre a 
capacidade civil dos trabalhadores, sendo de conhecimento geral que são considerados 
menores de idade todos entre a faixa etária de 14 até os 18 anos, a idade fixada para 
capacidade de fins trabalhistas de acordo com o artigo 402 da CLT, pois o empregado de 
18 anos possui a maioridade trabalhista e com essa idade obtém a capacidade processual. 
É importante ressaltar que a capacidade processual é divergente da capacidade de 
ser parte. A capacidade processual está relacionada à capacidade civil, pois trata-se da 
capacidade de praticar os atos do processo, ou seja, de estar em juízo, tem a capacidade 
de assumir obrigações. Por exemplo, uma criança de 8 anos não possui capacidade 
processual, precisará estar representada no processo. Já a capacidade de ser parte está 
relacionada a personalidade civil e engloba aqueles que possuem a aptidão de serem 
titulares de direitos e obrigações. No caso apresentado, a reclamante possui a capacidade 
processual e de ser parte. 
Atentando-se ao fato da plena capacidade civil da reclamante, entramos no tocante 
sobre o pedido da intervenção do Ministério Público do Trabalho no processo e de 
legítima probidade a intervenção da mesma para com os custos legis no tocante de 
interesses menores, prerrogativas essas com base na Lei Orgânica do Ministério Público, 
o qual é considerado desnecessário devido a cessão da incapacidade relativa de PAOLA 
anteriormente a audiência. Porém, pensando na hipótese da autora ser relativamente ou 
totalmente incapaz, PAOLA GONÇALVES COSTA SA, precisaria de um representante 
que possuísse o poder familiar ou no caso de ausência desta figura, a intervenção do 
Ministério Público do Trabalho seria necessária. 
 
 
 
 
Evento 2: 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA __ VARA DO 
TRABALHO DE SÃO PAULO-SP 
 
 
 
 
MARIA DA SILVA, brasileira, solteira, nascida em 12/06/2022, residente e 
domiciliada em São Paulo/SP, inscrita no CPF nº 000.000.000-00, com CTPS nº 000000-
000/SP, ora intermediada por seu procurador, esse com endereço eletrônico e profissional 
inseridos na procuração, vem, respeitosamente, perante a Vossa Excelência, embasado no 
artigo 840 da CLT, propor a seguinte: 
 
I. DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA 
A reclamante é pessoa pobre nos termos da Lei n 1060/550 de 5 de fevereiro de 
1950, não tendo condições de litigar contra a Reclamada sem prejuízo do sustento, seu e 
de sua família, conforme declaração de situação econômica anexa, razão pela qual faz jus 
ao benefício da Justiça Gratuita, nos precisos termos do inciso LXXIV do art. 5 da CF de 
1988. 
 
II. DOS FATOS 
 
A reclamante trabalhou na primeira reclamada, uma empresa do segmento de 
festas infantis, a partir do dia 10/10/2015, aos 13 anos de idade, exercendo a função de 
monitora infantil, com a carga horária das 10:00 às 23:00, de quarta a domingo, 
dependendo da agenda de festas da empresa que seriam realizadas pela empresa, que em 
via de regra era sempre comprometida durantes os finais de semana e feriados. Recebeu 
primeiro salário o valor de R$ 700,00 e como último salário o valor de R$ 1.000,00 (mil 
reais), entretanto, sem quaisquer registros em sua CTPS durante todo pacto laboral. Sendo 
dispensada sem justa causa em 10/10/2021. 
Ocorre que, o pagamento das verbas rescisórias ocorreu em 29/10/2021, tendo 
como montante percebido pela Reclamante metade do valor total correspondente ao saldo 
de salário, deixando de compor neste pagamento todas as demais verbas rescisórias. 
 
III. DO DIREITO 
 
1. DO VÍNCULO EMPREGATÍCIO 
 
A reclamante não teve registros em sua CTPS pelas reclamadas para exercer a 
função na qual foi admitida, iniciando o acordo laboral em 10/10/2015 e permanecendo 
na mesma função até outubro de 2021, quando foi dispensada sem justificativas ou causa 
justa. 
Destaca-se novamente, que não houveram quaisquer tipos de registro na CTPS. 
A CLT em seu Art. 29 nos traz o seguinte: 
 
“Art. 29. O empregador terá o prazo de 5 (cinco) dias úteis para anotar 
na CTPS, em relação aos trabalhadores que admitir, a data de admissão, 
a remuneração e as condições especiais, se houver, facultada a adoção 
de sistema manual, mecânico ou eletrônico, conforme instruções a 
serem expedidas pelo Ministério da Economia. (Redação dada pela Lei 
n 13.874, de 2019) 
As anotações concernentes à remuneração devem especificar o salário, 
qualquer que seja sua forma de pagamento, seja ele em dinheiro ou em 
utilidades, bem como a estimativa da gorjeta. (Redação dada pelo 
Decreto-lei n 229, de 28.2.1967) 
 
2 – As anotações na Carteira de Trabalho e Previdência Social serão feitas: 
(Redação dada pela Lei n 7.855, de 24.10.1989): 
a) na data-base; (Redação dada pela Lei n 7.855, de 24.10.1989) 
b) a qualquer tempo, por solicitação do trabalhador; (Redação dada pela Lei n 
7.855, de 24.10.1989) 
c) no caso de rescisão contratual; ou (Redação dada pela Lei n 7.855, de 
24.10.1989) 
d) necessidade de comprovação perante a Previdência Social. (Redação dada pela 
Lei n 7.855, de 24.10.1989) 
3 - A falta de cumprimento pelo empregador do disposto neste artigo acarretará a 
lavratura do auto de infração, pelo Fiscal do Trabalho, que deverá, de ofício, comunicar 
a falta de anotação ao órgão competente, para o fim de instaurar o processo de anotação. 
(Redação dada pela Lei n 7.855, de 24.10.1989)(..)” 
Em todo período trabalhado, estiveram presentes as características do vínculo de 
emprego, quais seja a pessoalidade, onerosidade, subordinação e não eventualidade, 
destacando que desde o início a Reclamante passou a prestar serviço em todos os finais 
de semana até a suademissão. 
Havia cumprimento de jornada exigida pelo empregador, com exclusividade, de 
forma intransferível e mediante o recebimento da contraprestação mensal descrita 
anteriormente. 
Assim sendo, requer que seja reconhecido e declarado o vínculo empregatício, e 
que então a Reclamada proceda às anotações devidas na CTPS da Reclamante, surtindo 
todos os efeitos legais, como pagamento referente a todas as verbas rescisórias e 
indenizatórios, advindas da rescisão do contrato de trabalho sem justa causa. Proceda 
também com a liberação das guias de FGTS e seguro-desemprego ou pagamento de 
indenização correspondente. 
 
2. SALDO DE SALÁRIO 
 
A Reclamante trabalhou até o dia 29/10/2020, mês que foi dispensada sem justa 
causa, recebendo apenas R$ 150,00 (cento e cinquenta reais) a título de saldo de salário. 
 
De acordo com o Art. 4 - Considera-se como de serviço efetivo o período em que 
o empregado esteja à disposição do empregador, aguardando ou executando ordens, salvo 
disposição especial expressamente consignada. Consubstanciando-se direito adquirido de 
acordo com o inciso IV do art. 7 e inciso XXXVI do art. 5, ambos da CF/88. 
Requer então, o pagamento do saldo de salário, subtraindo o montante recebido 
de R$ 150,00 (cento e cinquenta reais). 
 
3. DA JORNADA DE TRABALHO HORAS EXTRAS E INTERVALO 
INTRAJORNADA 
 
A Reclamante trabalhava das 10:00 às 23:00, de quarta a domingo, mas não 
usufruía do intervalo de 1 (uma) hora para refeição e descanso, apenas alimentando-se 
rapidamente durante o expediente em no máximo 15 (quinze) minutos. 
Assim, não foi observado o disposto no artigo 71 da CLT, portanto, havendo 
incidência do estabelecido no 4. 
A reclamada, contudo, jamais efetuou o pagamento da indenização devida. 
Neste sentido, faz jus a Reclamante à percepção do pagamento dos intervalos 
intrajornadas suprimidos, equivalente a todo período em que laborou para a Reclamada, 
implicando o pagamento total do período correspondente, e não apenas daquele 
suprimido, com acréscimo de, no mínimo, 50% sobre o valor da remuneração da hora 
normal de trabalho (art. 71 da CLT), sem prejuízo do cômputo da efetiva jornada de labor 
para efeito de remuneração, conforme dispõe a Súmula 437, I e III, do TST: 
 
(..)INTERVALO INTRAJORNADA. CONCESSÃO PARCIAL. 
PAGAMENTO DO PERÍODO INTEGRAL. NATUREZA JURÍDICA 
DA PARCELA. O desrespeito ao intervalo intrajornada mínimo de uma 
hora torna devido o tempo em sua integralidade, e não somente o tempo 
suprimido, com acréscimo de, no mínimo, 50% sobre o valor da 
remuneração da hora normal de trabalho, possuindo natureza jurídica 
salarial, repercutindo, assim, no cálculo de outras parcelas salariais 
(Súmula n 437, itens I e III, do TST)" (Súmula n 81 deste Regional). 
(TRT12 - ROT - 0000487-98.2018.5.12.0027, MARCOS VINICIO 
ZANCHETTA, 4 Câmara, Data de Assinatura: 11/08/2020)(..) 
 
4. DO AVISO PRÉVIO 
 
Faz jus a reclamante, pela dispensa imotivada, ao aviso prévio indenizado 
pecuniariamente, de conformidade com a CF/88 em seu art. 7, XXI, que reza, sobre a 
proporcionalidade do aviso prévio ao tempo de serviço, que será de no mínimo de 30 dias 
nos termos da Lei, e a CLT, em seus art. 487 à 491. 
 
5. DAS FÉRIAS + 1/3 
 
A reclamada, durante todo o curso do pacto laboral, nunca pagou a reclamante, as 
férias remuneradas a que fazia jus, sendo que este é o dever do empregador, pois a lei 
proíbe o trabalho durante o período em que transcorre, tratando-se de direito irrenunciável 
e indisponível, pelo que deve ser condenada, a reclamada, ao pagamento de férias simples 
+1/3 e proporcionais remuneradas + 1/3, projetando o aviso prévio , de acordo com a CF, 
art. 7, XVII, onde dispõe que as férias anuais sejam remuneradas com pelo menos um 
acréscimo de 1/3 e a CLT em seus arts. 146 à 148. 
 
6. DÉCIMO TERCEIRO SALÁRIO 
 
O Reclamante tem direito a receber de todos os anos o 13º salário, conforme prevê 
as leis 4090/62 e 4749/65 preceituam que o décimo terceiro salário será pago até o dia 20 
de dezembro de cada ano, sendo ainda certo que a fração igual ou superior a 15 dias de 
trabalho será havida como mês integral para efeitos do cálculo do 13º salário. 
 
Como a Reclamada nunca fez o pagamento deste, faz jus a Reclamante o 
recebimento dos décimos terceiros salários integrais dos cinco anos laborados. 
 
7. DO ADICIONAL NOTURNO 
 
 A reclamante trabalhava de quarta a domingo das 10:00 às 23:00 hrs. 
 
De acordo com o artigo 73 e parágrafos da CLT, a jornada de desempenhada das 
22 horas às 5 horas é considerada trabalho noturno, sendo a hora computada como de 52 
minutos e 30 segundos e devendo ser paga com acréscimo de no mínimo 20% (vinte por 
cento). 
Assim, a reclamante realizava 1 hora trabalho noturno por dia, de quarta-feira a 
domingo. Entretanto, a reclamada jamais efetuou o pagamento do adicional noturno 
devido. 
 Portanto, requer seja a reclamada condenada ao pagamento do adicional noturno 
correspondente, além de reflexos sobre férias, décimo terceiro salário, aviso prévio, DSR 
e FGTS. 
 
8. DA MULTA DO ART. 477 e 467 DA CLT 
 
Como mencionado, a reclamante foi demitida pela reclamada em 29/10/2020, sem 
justa causa. 
Ocorre o pagamento das verbas não ocorreu, tendo pago a reclamada para a 
Reclamante somente o valor de R$ 150,00 (cento e cinquenta reais), justificando ser o 
valor devido mediante a dispensa. 
O parágrafo 6 do artigo 477 da CLT é claro ao dispor que a entrega dos 
documentos que comprovem a comunicação da extinção contratual aos órgãos 
competentes bem como o pagamento dos valores constantes do instrumento de rescisão 
ou recibo de quitação deverão ser efetuados até dez dias contados a partir do término do 
contrato, senão vejamos: 
“Art. 477. Na extinção do contrato de trabalho, o empregador deverá 
proceder à anotação na Carteira de Trabalho e Previdência Social, 
comunicar a dispensa aos órgãos competentes e realizar o pagamento 
das verbas rescisórias no prazo e na forma estabelecidos neste artigo. 
(..) 
6 A entrega ao empregado de documentos que comprovem a 
comunicação da extinção contratual aos órgãos competentes bem como 
o pagamento dos valores constantes do instrumento de rescisão ou 
recibo de quitação deverão ser efetuados até dez dias contados a partir 
do término do contrato. 
Ademais, acerca da multa prevista no Art. 467, determina-se que a 
Reclamada deverá pagar ao Reclamante, no ato da audiência, todas as 
verbas incontroversas, sob pena de acréscimo de 50%. 
A reclamada não pagou as verbas indenizatórias devidas a reclamante 
por força do contrato de trabalho, razão pelo qual, caso não efetue o 
pagamento na audiência inaugural, seja condenado a multa de 50% 
sobre a parte incontroversas das verbas rescisórias.(...)” 
 
9. DO FGTS 
Durante o período de trabalho, o empregador não depositou o percentual devido 
na conta bancária vinculada do empregado junto ao Fundo de Garantia sob Tempo do 
Serviço (FGTS). 
A Lei n 8.036/90 dispõe sobre a regulamentação básica do FGTS, definindo que 
o empregador deverá efetuar na rede bancária um depósito correspondente a 8% (oito por 
cento) da remuneração paga ao trabalhador no mês anterior, conforme define o art. 15 da 
lei acima citada: 
"Art. 15. Para os fins previstos nesta Lei, todos os 
empregadores ficam obrigados a depositar, até o dia 
sete de cada mês, em conta bancária vinculada, a 
importância correspondente a 8% da remuneração paga 
ou devida, no mês anterior, a cada trabalhador, 
incluídas na remuneração as parcelas de que tratam os 
arts. 457 e 458 da CLT e a gratificação de Natal a que 
se refere a Lei n. 4.090, de 13 de julho de 1962, com as 
modificações da Lei n. 4.749, de 12 de agosto de 1965." 
 
Determina o artigo supracitado, deverão, os valores, serem atualizados com juros 
e multas previstos no art. 22 da Lei 8.036/90, que define: 
"Art. 22. O empregador que não realizar os depósitos previstos nestaLei no prazo fixado no art. 15 responderá pela atualização monetária da 
importância correspondente. Sobre o valor atualizado dos depósitos 
incidirão, ainda, juros de mora de 1% ao mês e multa de 20%, 
sujeitando-se, também, às obrigações e sanções previstas no Decreto-
lei n. 368, de 19 de dezembro de 1968. 
 A atualização monetária de que trata o caput deste artigo será cobrada 
por dia de atraso, tomando-se por base os índices de variação do Bônus 
do Tesouro Nacional Fiscal - BTN Fiscal, ou, na falta deste, do título 
que vier a sucedê-lo, ou ainda, a critério do Conselho Curador, por outro 
indicador da inflação diária.(..)” 
 
Sendo assim, requerer o pagamento dos valores devidos ao FGTS. 
 
10. DO SEGURO-DESEMPREGO 
 
O benefício do seguro desemprego é de suma importância para o trabalhador que 
foi dispensado sem justa causa, pois garante a subsistência dele e de sua família pelo 
período em que ele permanece fora do mercado de trabalho, sem exercer nova atividade 
remunerada. Quando o trabalhador deixa de receber o benefício por culpa exclusiva do 
empregador, este pode ter de arcar com uma indenização substitutiva, motivo pelo qual 
passa a requerer tal liberação. Ainda neste sentido, se não ao recebimento das Guias, faz 
jus ao recebimento de indenização corresponde: 
O pagamento indenizado é devido sempre que o regular recebimento se tornar 
impossível pela falta de entrega das guias necessárias, nos termos do que orienta a Súmula 
389 do Colendo TST: 
 
“Súmula nº 389 do TST 
SEGURO-DESEMPREGO. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO 
TRABALHO. DIREITO À INDENIZAÇÃO POR NÃO LIBERAÇÃO 
DE GUIAS (conversão das Orientações Jurisprudenciais ns 210 e 211 
da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005 I - Inscreve-se na 
competência material da Justiça do Trabalho a lide entre empregado e 
empregador tendo por objeto indenização pelo não-fornecimento das 
guias do seguro-desemprego. (ex-OJ n 210 da SBDI-1 - inserida em 
08.11.2000) 
II - O não-fornecimento pelo empregador da guia necessária para o 
recebimento do seguro-desemprego dá origem ao direito à indenização. 
(ex-OJ n 211 da SBDI-1 - inserida em 08.11.2000)” 
Desta forma, requer desde já o pagamento indenizado de cinco parcelas do seguro 
desemprego, avaliadas, cada uma, com base na média das 3 últimas remunerações da 
Reclamante (R$ 800,00; R$950,00 e R$ 1.000,00). 
 
 
 
 
11. DANO MORAL 
 
É certo que conforme o Art. 7, XXXIII, CF/88 e o Art. 403, CLT, a idade mínima 
para ingressar no mercado de trabalho brasileiro é 16 anos, exceto na condição de 
aprendiz, que pode iniciar a trabalhar a partir dos 14 anos. Logo, concluímos que a 
Reclamante exerceu trabalho infantil. 
Quando se menciona trabalho infantil fala-se de criança ou adolescente, ser 
humano em formação, trabalhando enquanto deveria estar brincando, estudando, sendo 
corretamente alimentado, para que não houvesse prejuízo em seu desenvolvimento. 
 
Desta forma, pede-se a condenação da Reclamada no pagamento a indenização 
por danos morais devido ao trabalho infantil exercido pela Reclamante em serviço da 
mesma. 
 
12. DOS HONORÁRIOS DE SUCUMBÊNCIA 
 
Sendo necessária a presença do profissional em Juízo, é justo e coerente o 
deferimento de honorários advocatícios, inclusive ao advogado particular, por força do 
princípio da sucumbência (artigos 769 da CLT e 85 do CPC). 
Por força do Art. 133 da CF/88, Art. 20. 3 do CPC, dos Art. 389, 402 e 404 do 
CC, do princípio da integral reparação, e considerando a hierarquia das normas e o 
disposto no art. 769 e art. 8 parágrafo único da CLT, requer honorários no importe de 
20% ou a critério do M. M juízo, sobre o valor a ser pago ao autor, uma vez que 
preenchido os requisitos legais para sua concessão. 
 
“ART. 20 do CPC A sentença condenará o vencido a pagar ao vencedor 
as despesas que antecipou e os honorários advocatícios. Esta verba 
honorária será devida, também, nos casos em que o advogado funcionar 
em causa própria. 
Os honorários serão fixados entre o mínimo de dez por cento (10%) e 
o máximo de vinte por cento (20%) sobre o valor da condenação, 
atendidos: 
a) o grau de zelo do profissional; 
b) o lugar de prestação do serviço; 
c) a natureza e importância da causa, o trabalho realizado pelo 
advogado e o tempo exigido para o seu serviço.(...)” 
 
Face o exposto requer seja a reclamada condenada ao pagamento de honorários 
advocatícios da espécie sucumbenciais. 
 
 
IV. DO PEDIDO 
Seja deferido o benefício da Assistência Judiciária Gratuita, pelos motivos 
anteriormente expostos; 
Citação da Reclamada para que, sob pena de revelia e confissão; 
Que seja condenada a Reclamada a regularizar as anotações na CTPS da 
Reclamante; 
Condenação da Reclamada ao pagamento dos seguintes pedidos: 
 
- Saldo de salário; 
 Horas extras e de intervalo intrajornada; 
- Aviso prévio; 
- Décimo terceiro salário; 
- Férias + 1/3; 
- Adicional noturno; 
- Liberação das guias de seguro-desemprego ou indenização correspondente; 
- FGTS; 
- Dano Moral; 
- Honorários de sucumbência. 
Além disto, requerer o pagamento das multas previstas nos Arts. 467 e 477 da 
CLT. 
Dá-se à causa o valor de R$ 180.000,00 (cento e oitenta mil reais). 
 
Nestes termos, pede deferimento. 
 
São Paulo/SP, 01 de junho de 2021. 
 
ADVOGADO 
OAB/SP 
 
 
 
 
Evento 3: 
Relatório de Audiência 
 
1° VARA DO TRABALHO DE TABOÃO DA SERRA TERMO DE 
AUDIÊNCIA RELATIVO AO PROCESSO 1000079-05.2018.5.02.0501 
 
Data: 11/07/2018 Hora: 10h46 
Ação: Reclamação Trabalhista 
Juiz: Cinara Raquel Roso 
 
Reclamante: Paola Gonçalves Costa SA Reclamada: M. M. S. Teixeira 
Locações-ME 
 
Processo:100007905.2018.05.02.0501 Vara:1° Taboão da Serra/SP 
 
Adv.: Jose Carlos da Silva 
Adv.: Sinval Leandro Garcia de Rezande 
 
Preposto: Jose Roberto Sarafian Teixeira, Plataforma Um Tecnologia da 
Informação LTDA e SDT 3 Centro Comercial LTDA 
Testemunhas Reclamante: Klinsmann César da Silva Martins, Ruthe Alves de 
Souza e Bruna Aparecida da Silva. 
Testemunha Reclamada: Jessica do Amaral Roberto. 
 
Iniciada a Audiência, e a apresentação das partes, nota-se a ausência da reclamada 
Maria Aparecida Possari Tamos – ME e seu advogado. 
 
Não obstante, verificou-se que não houve citação da 2 reclamada no endereço 
fornecido, o que prejudicou a presente sessão. 
 
O reclamante foi intimado para que junte aos autos o novo endereço se possuí-lo 
ou que se manifeste para requerer a citação por edital. 
 
Portanto, foi designado prazo de cinco dias para as partes regularizarem sua 
representação processual, bem como juntada de carta de preposição, procuração, contrato 
social e petição de substabelecimento. 
 
A audiência UNA foi adiada para o dia 17/10/2018 às 9h50, devido à falta de 
citação da segunda reclamada, e restando ciente as partes e as testemunhas presentes 
juntamente com os seus advogados para comparecimento na próxima audiência 
independente de notificação. Sob pena de revelia, multa, condução coercitiva, além da 
confissão da matéria de fato, de acordo com o artigo 844 da CLT. 
 
Além do compromisso firmado das partes que suas demais testemunhas 
comparecerão a próxima audiência, independente de notificação, sob pena de serem 
ouvidas apenas as testemunhas que comparecerem espontaneamente. 
 
 
Relatório de Audiência 
 
1° VARA DO TRABALHO DE TABOÃO DA SERRA TERMO DE 
AUDIÊNCIA RELATIVO AO PROCESSO 1000079-05.2018.5.02.0501 
 
Data: 17/10/2018 Hora: 09h50 
Ação: Reclamação Trabalhista 
Juiz: Cinara Raquel Roso 
 
Reclamante: Paola Gonçalves Costa SA Reclamada: M. M. S. Teixeira Locações-
ME 
Encerrado: 11h21 Processo:100007905.2018.05.02.0501 Vara:1° Taboão da 
Serra/SP 
 
Adv.: Jose Carlos da Silva 
Adv.: Sinval Leandro Garcia de Rezande 
 
Em 17 de outubro de 2018, na sala de sessões da 1a VARA DO TRABALHO DE 
TABOÃO DA SERRA/SP, sob a direção da Exmo(a). Juíza ACACIA SALVADOR 
LIMA ERBETTA,realizou-se audiência relativa à AÇÃO TRABALHISTA - RITO 
ORDINÁRIO número 1000079-05.2018.5.02.0501 ajuizada por PAOLA GONCALVES 
COSTA SA em face de M. M. S. TEIXEIRA LOCACOES - ME. 
Às 09h53min, aberta a audiência, foram, de ordem da Exmo(a). Juíza do Trabalho, 
apregoadas as partes. Presente o reclamante, acompanhado do(a) advogado(a), Dr(a). 
JOSE CARLOS DA SILVA, OAB no 220296/SP. 
Presente o preposto dos reclamados M. M. S. TEIXEIRA LOCACOES - ME, 
TEMAKIAN TEMAQUERIA LTDA - ME e PLATAFORMA UM TECNOLOGIA DA 
INFORMACAO LTDA. - EPP, Sr(a). JOSE ROBERTO SARAFIAN TEIXEIRA, 
acompanhado(a) do(a) advogado(a), Dr(a). SINVAL LEANDRO GARCIA DE 
REZENDE, OAB no 188814/SP. 
Presente o preposto do(a) reclamado(s) SDT 3 CENTRO COMERCIAL LTDA., 
Sr(a). VANESSA SIQUEIRA BRANDÃO, acompanhado(a) do(a) advogado(a), Dr(a). 
THAIS ROCHA MARTINI, OAB no 341105/SP. 
Novamente, a reclamada MARIA APARECIDA POSSARI TAMOS - ME e seu 
advogado, se absteram da audiência muito embora tenha sido devidamente citada 
conforme Edital id. 52 e 55f4. 
 
Diante da ausência injustificada do reclamado MARIA APARECIDA POSSARI 
TAMOS-ME, foi aplicada pena de revelia, nos termos do art. 319 do CPC e Súmula 122 
do colendo TST. 
Neste ato, o patrono da reclamante impugna a condição de preposto do Sr. José 
Roberto Sarafian Teixeira, uma vez que ele é o real dono da empresa, e acusa a Sra Maria 
de servir de “laranja” como empresária, e requer depoimento em juízo, que, no entanto é 
indeferido por José ser o legítimo dono e capaz de representar a sua empresa em juízo. 
Também implica que a 3° e 4° reclamadas apresentaram o mesmo empregado 
como preposto s.r. Renato Xavier Júnior, contudo o mesmo grupo econômico pode ser 
representado por preposto único, além de que o comparecimento do sócio supre a 
impugnação feita pelo patrono da reclamante. 
Dadas diversas divergências no que tange a horários, salário, férias, folgas e 
acordos, seguem inconciliados. 
Foi adiada a oitiva de testemunhas para maiores esclarecimentos, dado as 
divergências dos depoimentos das partes e uma vez que as impugnações formuladas pelo 
patrono da reclamante demandaram quase duas horas, prejudicando a celeridade 
processual e o bom andamento da causa. Sendo inclusive advertido de que a audiência 
deve ser conduzida pelo magistrado. 
A testemunha que não compareceu fica notificada pelo provimento, sob pena de 
multa e condução coercitiva. 
Audiência encerrada 11h21. 
 
 
 
Relatório de Audiência 
 
1ª VARA DO TRABALHO DE TABOÃO DA SERRA TERMO DE 
AUDIÊNCIA RELATIVO AO PROCESSO 1000079 05.2018.5.02.0501 
 
Data: 22/07/2019 Hora: 11h13 
Ação: Reclamação Trabalhista 
Juiz: Mariana Mendes Junqueira 
Reclamante: Paola Gonçalves Costa SA Silva Junior 
Reclamada: M. M. S. Teixeira Locações-ME 
 
Encerramento: 13h23 Processo:100007905.2018.05.02.0501 Vara:1° Taboão da 
Serra/SP 
 
Adv.: Jose Carlos da Silva/Gabriel F. da 
Adv.: Sinval Leandro Garcia de Rezande 
 
Preposto: Jose Roberto Sarafian Teixeira, Plataforma Um Tecnologia da 
Informação LTDA- EPP. 
 
Testemunhas Reclamante: Klinsmann César da Silva Martins, Ruthe Alves de 
Souza e Bruna Aparecida da Silva. 
Testemunha Reclamada: Jessica do Amaral Roberto. 
 
Ausentes na audiência SDT 3 Centro Comercial LTDA... Presente o advogado, 
Dr (a) Kelvia Brasil Pereira, a parte foi dispensada em ata de audiência id.7a57fe2. 
 
Assim como a reclamada Maria Aparecida Possari Tamos – ME e seu advogado 
cuja à revelia foi evidenciada em ata da audiência id. 7a57fe2 
Requerido a 5° reclamada a retificação da razão social que constatou em sua 
defesa, para constar a correta como SDT3 Centro Comercial Ltda Deferido. 
 
As partes foram ouvidas em audiência destacada no id 7a57fe2b e se deu 
prosseguimento instrução processual. 
 
Foi requerido o patrono da reclamante que seja registrada a presença das 6 (seis) 
testemunhas que foram ouvidas. 
1) Osana Aparecida Gonçalves Santos da Costa SÁ (Mãe da reclamante) 
2) Maria Do Socorro Pereira De Araújo 
3) Jonatas Jorge Martins Fonseca 
4) Bruna Aparecida da Silva 
5) Ruthe Alves de Souza 
6) Paloma Gonçalves Costa SÁ (irmã da reclamante) 
 
Sendo indeferido pelo juiz a oitivas das seis testemunhas, pois segundo a 
legislação vigente, no rito procedimental ordinário limite máximo de testemunhas será de 
03 (três) para cada. 
 
Portanto, registrado que o patrono da reclamada requereu a oitiva de Bruna, Ruthe 
e Paloma. 
Contudo, ao auferir o grau de parentesco de Paloma, a oitiva foi indeferida, 
podendo ser ouvida tão somente como informante por se tratar de irmã da reclamante, em 
seu lugar foi requerido ao patrono da autora a oitiva de Maria do Socorro. 
 
A primeira testemunha do reclamante a oitiva foi a Bruna que trabalhou no 
período do ano de 2012 a junho de 2013 e de 2014 a outubro de 2015, o qual no último 
período exercia o cargo de folguista também, informando e confirmando quase o inteiro 
teor do exposto pela reclamante. 
 
Segunda testemunha da oitiva do reclamante, seguiu para Maria do Socorro, o 
qual foi contraditada ao argumento de porque nunca prestou serviços para reclamada. 
Contraditada indeferida, visto que não se encontrava presentes nenhumas alternativas do 
art. 477 do CPC e do artigo 829 da CLT e há acumulação de pedidos de natureza 
trabalhista ou civil. Também confirma quase o inteiro teor do exposto pela reclamante. 
 
Terceira Testemunha da oitiva do reclamante, Ruthe Alves, conhece a reclamante 
da escola, estudaram juntas, do ingresso da depoente na escola em 2012 a 2015, 
confirmando que a depoente trocou de período por conta do trabalho e que reclamava 
constantemente do horário que chegava em casa depois das 23h00. 
 
Após as oitivas da reclamante e das semelhanças no que tange a veracidade dos 
fatos apresentados pela reclamante, fica claro o motivo de trazer 6 para depor, já que é 
clarividente a veracidade dos fatos. 
 
Segue então para a oitiva de testemunhas do reclamado, Jessica do Amaral 
Roberto, atendente, trabalha na Brincar desde 2015, que a depoente trabalhava das 
16h00às 22h00, que o shopping fica aberto até 22h00, que a praça de alimentação 
funciona até as 23h00 que o supermercado funciona até as 23h00, que quando dá o horário 
das 22h00, se o carrinho estivesse andando fechava a Brincar e o segurança depois 
deixava o carrinho, que se o cliente não tivesse pago deixava uma observação de 
cobrança, informou que era permitido comer dentro do quiosque pela loja, mas não pelo 
shopping, que o depoente se alimentava dentro do quiosque em dez minutos e que não 
houve multa por esse motivo, que dava para parar por uns dez minutos para se alimentar 
que as folgas para os funcionários eram de uma folga por semana e um domingo. 
 Não havendo mais outras provas a serem produzidas em audiência, as partes 
concordaram com o encerramento da introdução processual, sendo o prazo estabelecido 
nas razões finais de dez dias. 
Foram informados pelo juiz que quaisquer petições e documentos doravante 
juntados pelas partes como sigilo serão considerados inexistentes para quaisquer fins. 
Proposta conciliatória finda infrutífera. 
Designado julgamento para o dia 20/09/2019, às 17h30, cujo resultado as partes 
serão intimadas via DEJT. 
 
 
 
Evento 4: 
AO JUÍZO DE DIREITO DA 1ª VARA DO TRABALHO DE TABOÃO DA 
SERRA/SP 
 
 
 
 
 
 
Processo n°: 1000079-05.2018.5.02.0501 
 
 
 
 
 
 
Aeroduto – Empresa Pública de Gerenciamento de Aeroportos, empresa pública, 
já qualificada nos autos do processo em epígrafe, vem respeitosamente, representada por 
seu advogado devidamente constituído com procuração anexa, à presença de Vossa 
Excelência, com fulcro no art. 895 da CLT, interpor: 
 
RECURSO ORDINÁRIO 
 
Em face da sentença prolatada nos autos às fls 517. 
 
Informa-se que todos os pressupostos de admissibilidades foram observados. 
Reclamante intimado da R. Sentença em 21/06/2020,fim do prazo em 29/06/2020, 
recurso interposto em 25/06/2020, sendo, portanto, tempestivo. 
Diante do exposto, requer o recebimento do presente recurso, que seja cumprida 
todas as formalidades legais, que seja parte contraria para, querendo, apresentar 
contrarrazões, e após seja o presente recurso remetido ao Egrégio Tribunal Regional da 
2ª Região, para os fins almejados. 
Anexa as razões do recurso, comprovantes do recolhimento das custas e depósito 
recursal. 
 
Nestes termos, pede e espera deferimento. 
 
25/06/2020 / Taboão da Serra - SP 
Advogado 
N° OAB 
EGRÉGIO TRIBUNAL TEGIONAL DA 2ª REGIÃO 
 
RAZÕES DO RECURSO ORDINÁRIO 
 
PROCESSO NÚMERO: 1000079-05.2018.5.02.0501 
RECORRENTE: Aeroduto – Empresa Pública de Gerenciamento de Aeroportos 
RECORRIDO: Paulo 
 
Egrégio Tribunal, 
Colenda Turma, 
Nobres Julgadores. 
 
1. DA TEMPESTIVIDADE 
 
O presente recurso é tempestivo, visto que a sentença foi publicada na data de 
21/06/2020, razão pela qual o prazo para a interposição do Recurso Ordinário iniciou dia 
22/06/2020, findado então dia 21/06/2020, e interposto o presente recurso dia 25/06/2020, 
demonstrado a regular temporalidade do seguinte instrumento, conforme interpretação do 
artigo 895, I, da CLT, que determina o prazo de 8 dias. 
Sendo interposto por seu advogado com instrumento de procuração em anexo, e 
ainda, realizado o devido preparo, conforme comprovante de custas e depósito recursal 
em anexo. 
 
2. DAS RAZÕES RECURSAIS 
 
A respeitável sentença proferida pelo Excelentíssimo magistrado da __° Vara de 
Trabalho de Taboão da Serra-SP, não merece prosperar, razão pela qual o recorrente 
postula reforma da decisão que julgou procedente os pedidos do reclamante, ate os fatos 
e fundamentos jurídicos a seguir expostos. 
 
3. BREVE SÍNTESE DA DEMANDA 
 
A reclamação trabalhista foi ajuizada por Paulo ora recorrido, que foi empregado 
da microempresa Tudo Limpo Ltda. Contratado em 22/02/15, para exercer a função de 
auxiliar de serviços gerais, atuando na limpeza de parte da pista de um aeroporto de 
pequeno porte. Durante todo o contrato, prestou serviços na Aeroduto – Empresa Pública 
de Gerenciamento de Aeroportos, tomadora dos serviços. 
Na data de 15/03/16, o obreiro foi demitido, sem justa causa e recebendo todas as 
verbas rescisórias. 
 Ação proposta pelo ora recorrido que ajuizou reclamação trabalhista em face da 
empregadora e da tomadora dos serviços, pretendendo adicional de insalubridade porque 
trabalhava em local de barulho, bem como a incidência de correção monetária sobre o 
valor dos salários, vez que recebia sempre até o quinto dia útil do mês subsequente ao 
vencido. Logo, tendo mudado o mês de competência, deveria haver a correção monetária, 
dado o momento, na época, de inflação galopante. 
A ação foi distribuída para a 1ª Vara de Trabalho de Taboão da Serra-SP. No dia 
da audiência, a primeira ré, empregadora, fez-se representar pelo seu contador, assistido 
por advogado. A segunda ré, por preposto empregado e advogado. Foram entregues 
defesas e prova documental, sendo que, pela segunda ré, foi juntada toda a documentação 
relacionada à fiscalização do contrato entre as rés, o qual ainda se encontra em vigor, bem 
como exames médicos de rotina realizados nos empregados, inclusive o autor, os quais 
não demonstravam nenhuma alteração de saúde ao longo de todo o contrato, além dos 
recibos do autor de fornecimento de EPI para audição. Superada a possibilidade de 
acordo, o juiz indeferiu os requerimentos da segunda ré para a produção de provas 
testemunhal e pericial, consignando em ata os protestos da segunda ré, pois visava, com 
isso, comprovar que o EPI eliminava a insalubridade. 
O processo seguiu concluso para a sentença, a qual decretou a revelia e confissão 
da primeira ré por não estar representada regularmente. Julgou procedentes os pedidos de 
pagamento de adicional de insalubridade em grau máximo, bem como de incidência de 
correção monetária sobre o valor do salário mensal pago após a “virada do mês”. 
Outrossim, condenou a segunda ré, subsidiariamente, em todos os pedidos, 
fundamentando a procedência na revelia e confissão da 1ª ré. 
Neste caso, a referida sentença não merece prosperar, motivo pelo qual deve a 
sentença ser reformada, conforme os fundamentos que a seguir serão expostos: 
 
4. PRELIMINARMENTE 
4.1. DO CERCEAMENTO DE DEFESA 
 
Colenda câmara, resta-se nítido após simples leitura do resumo fático da presente 
demanda é possível identificar o injusto cerceamento de defesa. 
O douto Juízo “a quo” impossibilitou, adenda, de forma totalmente injustificada, 
que a segunda reclamada, ora recorrente, produzisse prova a fim de confirmar a efetiva 
entrega dos materiais de proteção EPI ao obreiro, e que tais instrumentos eram adequados 
para a proteção do trabalhador nos serviços prestados. A jurisprudência do Tribunal 
Superior do Trabalho já decidiu: 
 
AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE 
REVISTA INTERPOSTO A ACÓRDÃO PUBLICADO NA 
VIGÊNCIA DA LEI N.º 13.467/2017. 
NULIDADE. CERCEAMENTO DO DIREITO DE DEFESA. 
INDEFERIMENTO DA PROVA ORAL. TRANSCENDÊNCIA 
DA CAUSA NÃO RECONHECIDA. 1. O sistema processual 
pátrio consagra o princípio do convencimento racionalmente 
fundamentado, sendo facultado ao magistrado firmar sua 
convicção a partir de qualquer elemento de prova legalmente 
produzido, desde que fundamente sua decisão. Assim, em relação 
à arguição de nulidade por cerceamento do direito de defesa, será 
possível o reconhecimento da transcendência da causa, nos 
aspectos político e jurídico, quando o indeferimento de 
diligências consideradas inúteis ou meramente protelatórias, nos 
termos do artigo 370, parágrafo único, do Código de Processo 
Civil, revelar-se injustificável, de modo a obstaculizar o exercício 
do amplo direito de defesa, assegurado no artigo 5º, LV, da 
Constituição da República . 2. No caso dos autos, não se 
vislumbra cerceamento do direito de defesa, visto que a decisão 
por meio da qual foi indeferida a produção da prova oral encontra-
se devidamente fundamentada, na medida em que, conforme 
consta dos fundamentos consignados no acórdão recorrido, "os 
fatos relatados como sendo ' objeto da prova' testemunhal que 
pretendia produzir, configuram alegações inovatórias, não 
aventados em qualquer momento anterior, seja na petição inicial, 
nos quesitos apresentados pela reclamante e na impugnação ao 
laudo pericial ". 3. Consubstanciada a correta entrega da 
prestação jurisdicional, com a observância do contraditório e da 
ampla defesa, não se cogita em transcendência da causa em 
relação à arguição de nulidade por cerceamento do direito 
de defesa. 4. Agravo de Instrumento não provido. 
 
Portanto, à vista da clara afronta aos princípios da ampla defesa e do contraditório, 
previstos no artigo 5º, LV, da CF, com disposição também nos artigos 7º e 369 do 
CPC/15, da pertinência da prova testemunhal e pericial requerida com o caso em tela, e 
do tamanho do prejuízo sofrido pela recorrente, visto ter sido condenada subsidiariamente 
em todos os pedidos do autor. 
Requer-se, Excelências, desde logo, a decretação da nulidade da sentença 
proferida pelo juízo “a quo”, vez que fora claramente prolatada em avilto a preceitos 
fundamentais de defesa e liberdade processual. 
Caso não seja acatada a preliminar supra exposta, passemos à análise do mérito. 
 
5. DO MÉRITO 
 
5.1. DA RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA 
 
O douto juízo de primeira instância condenou a recorrente como responsável 
subsidiária em todos os pedidos do reclamante. Em que pese a indiscutível capacidade 
analítica e julgadora do Juízo “a quo”, se faz necessário afirmar que neste ponto também 
laborou em erro o ínclito magistrado, uma vez que a sua decisão fora proferida em total 
afastamento com o contexto fático da demanda, e da jurisprudência aplicável em casos 
análogos. 
Insta demonstrar que nos autos doprocesso, a recorrente, juntou toda a 
documentação relacionada à fiscalização do contrato, bem como exames médicos de 
rotina realizados nos empregados da primeira reclamada, inclusive dentre eles o autor, os 
quais não demonstraram nenhuma alteração de saúde ao longo de todo o contrato, nesse 
sentido a Jurisprudência do Superior Tribunal do Trabalho é objetiva: 
 
TERCEIRIZAÇÃO TRABALHISTA NO ÂMBITO DA 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. DECISÃO DO SUPREMO 
TRIBUNAL FEDERAL PROFERIDA NA AÇÃO 
DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE Nº 16-DF 
E NO JULGAMENTO DO RE Nº 760.931-DF (TEMA Nº 246 
DA REPERCUSSÃO GERAL). ARTIGO 71, § 1º, DA LEI Nº 
8.666/1993. IMPOSSIBILIDADE DE RESPONSABILIZAÇÃO 
AUTOMÁTICA DO ENTE PÚBLICO PELAS OBRIGAÇÕES 
TRABALHISTAS DO EMPREGADOR CONTRATADO . 
Por ocasião do julgamento do RE nº 760.931-DF, o 
Supremo Tribunal Federal reiterou o que já havia decidido na 
ADC nº 16-DF, que não cabe a automática responsabilidade da 
Administração Pública, não obstante essa 
mesma responsabilidade possa ser reconhecida nos casos 
concretos em que comprovada a omissão fiscalizatória do ente 
público. Deliberou, ainda, que a questão de haver, ou não, prova 
específica da existência de culpa do ente público será definida nas 
instâncias ordinárias da Justiça do Trabalho, cujo 
pronunciamento é soberano em matéria fático-probatória. 
Observando-se a diretriz do Supremo Tribunal Federal, em casos 
como este, em que não foi examinada, no acórdão regional, a 
questão da responsabilidade subsidiária sob o enfoque da 
culpa in vigilando , este Relator entende que se faz necessária a 
determinação de retorno dos autos ao Tribunal Regional de 
origem para que se pronuncie acerca da conduta omissiva do 
tomador de serviços. Isso porque, tendo em vista a limitação da 
cognição extraordinária aos fatos consignados na decisão 
regional, em estrita obediência ao disposto na Súmula nº 126 do 
Tribunal Superior do Trabalho, é imperativo o enfrentamento, 
pelos Tribunais Regionais, da situação fática que ensejou 
a responsabilidade subjetiva no caso concreto. Ausente essa 
premissa fática, necessário o retorno dos autos ao Tribunal 
Regional do Trabalho de origem para que se manifeste sob o 
enfoque específico da comprovação da culpa in vigilando do 
Poder Público, à luz do quadro fático-probatório dos autos. O 
retorno dos autos ao Regional é necessário a se considerar que, 
em muitos processos, alguns até mesmo julgados pelas Cortes 
regionais antes da decisão do Supremo Tribunal Federal na ADC 
nº 16-DF, a controvérsia não era e não foi dirimida à luz da 
existência de culpa in vigilando do ente público, o que se justifica 
pela antiga redação da Súmula nº 331, item IV, desta Corte, a qual 
não exigia o registro fático de que o ente público tivesse agido 
com culpa na fiscalização do contrato de terceirização. Nesse 
contexto, é importante também salientar que, até o julgamento da 
ADC nº 16, em 24/11/2010, o Supremo Tribunal Federal entendia 
que a matéria debatida nestes autos era de índole meramente 
infraconstitucional (e sobre ela não decidia), o que levou toda a 
Justiça do Trabalho a aplicar o referido entendimento que 
prevaleceu no Tribunal Superior do Trabalho no julgamento do 
IUJRR- 297751-31.1996.5.04.5555 (antiga redação do item IV da 
Súmula nº 331 do TST), o qual era embasado 
na responsabilidade objetiva da Administração Pública, prevista 
no artigo 37, § 6º, da Constituição Federal. Por sua vez, a 
determinação de retorno dos autos ao Regional não foge ao 
princípio da adstrição ao pedido, pois, mesmo que não postulado 
expressamente pela parte no seu apelo, ela representa, pura e 
simplesmente, do ponto de vista processual, a mera procedência 
parcial do pleito para que o Regional verifique os fatos, não 
sendo, portanto, algo alheio a seus limites objetivos, mas sim, ao 
contrário, neles estando perfeitamente inserida. Não obstante, 
a Subseção I Especializada em Dissídios Individuais do Tribunal 
Superior do Trabalho, na sessão de julgamento do dia 17/12/2020, 
em sua composição plena, em decisão proferida nos autos do 
Processo nº E-RR-273340-15.2005.5.02.0041, por maioria de 11 
votos a 3, vencido este Relator, adotou a tese de que, nas hipóteses 
em que a segunda instância condena automaticamente a 
Administração Pública, sem a aferição de culpa no caso concreto 
e sem que a parte recorrente expressamente suscite a negativa de 
prestação jurisdicional ou o pronunciamento expresso do 
Regional, o procedimento padrão do TST será a exclusão 
da responsabilidade subsidiária, e não o retorno dos autos ao 
TRT. No caso em exame, não há elementos no acórdão regional 
que permitam concluir pela ausência de fiscalização, tampouco a 
indicação de fato concreto que possa ensejar culpa omissiva da 
Administração Pública. Por sua vez, a pretensão recursal do Poder 
Público, nesta demanda, é a exclusão da 
sua responsabilidade subsidiária. 
Recurso de revista conhecido e provido. 
 
Pelo exposto, Excelências, nota-se que a modificação da sentença ora vergastada 
é medida que se faz extremamente necessária, o recorrente sempre demonstrou cuidados 
com seus funcionários, estando em dia com a vigilância, assim, desde logo, passa-se a 
requerer a exclusão da responsabilidade subsidiária da segunda reclamada, nos termos da 
fundamentação supra. 
 
5.2. DA REVELIA DA 1° RECLAMADA 
 
Em razão da aplicabilidade escorreita da lei, mesmo que o fundamento do tópico 
favoreça a primeira reclamada, faz-se necessário citar que o juízo de primeira instância, 
ao decretar a revelia da mesma, não se ateve ao mandamento expresso na súmula 377 do 
TST, quando aduz sobre a não obrigatoriedade de o preposto ser empregado da empresa 
reclamada, quando se trata de microempresa. O se mostra, então, necessário a reforma 
quanto a este tópico na sentença atacada. Nesses termos: 
 
Súmula nº 377 do TST PREPOSTO. EXIGÊNCIA DA 
CONDIÇÃO DE EMPREGADO (nova redação) - Res. 146/2008, 
DJ 28.04.2008, 02 e 05.05.2008 Exceto quanto à reclamação de 
empregado doméstico, ou contra micro ou pequeno empresário, o 
preposto deve ser necessariamente empregado do reclamado. 
Inteligência do art. 843, § 1º, da CLT e do art. 54 da Lei 
Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006. 
 
Diante do exposto, não se compreende como uma sentença pode ir contra a tantos 
precedentes, logo, impõe-se a reforma do julgado, visto que não se pode acolher a 
arguição de preliminar de ilegitimidade ad causam da primeira reclamada, assim como 
também é incabível sua exclusão do polo passivo da demanda, já que esta deverá ser 
responsável solidária pelos direitos trabalhistas da recorrente.5.3. DA IMPOSSIBILIDADE DE FIXAÇÃO DE 
INSALUBRIDADE PELO JUÍZO SEM PERÍCIA PRÉVIA 
 
Mais uma vez resta-se patente a necessidade de modificação na sentença que se 
mostra completamente desordenada dos preceitos da lei especial aplicável, levando agora 
em consideração que o MM. Juiz fixou o grau máximo de periculosidade no caso em tela, 
quando o mandamento expresso da consolidação das leis do trabalho, exige o laudo 
técnico elaborado por perito oficial previamente habilitado. 
O adicional de insalubridade é devido ao empregado que presta serviços em 
atividades insalubres conforme dispõe o artigo 192 da CLT, in verbis: 
 
Art. 192 - O exercício de trabalho em condições 
insalubres, acima dos limites de tolerância estabelecidos pelo 
Ministério do Trabalho, assegura a percepção de adicional 
respectivamente de 40% (quarenta por cento), 20% (vinte por 
cento) e 10% (dez por cento) do salário-mínimo da região, 
segundo se classifiquem nos graus máximo, médio e mínimo. 
 
As atividades insalubres são aquelas executadas em condições ambientais nocivas 
à saúde do trabalhador, influindo para esta conceituação as executadas em temperaturas 
excessivas ou por demais baixas, as expostas à poluição do ar ou a agentes químicos ou 
biológicos. Nesse sentido o Tribunal Superior do Trabalho entende que: 
 
A) AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE 
REVISTA. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. GRAU 
MÁXIMO. INDEFERIMENTO DE PROVA PERICIAL. 
PROVA EMPRESTADA. CERCEAMENTO DE DEFESA. 
CARACTERIZAÇÃO. Ante a demonstração de possível 
violação do art. 5º, LV, da CF, merece processamento o recurso 
de revista. Agravo de instrumento conhecido e provido. B) 
RECURSO DE REVISTA. ADICIONAL DE 
INSALUBRIDADE. GRAU MÁXIMO. INDEFERIMENTO DE 
PROVA PERICIAL. PROVA EMPRESTADA. 
CERCEAMENTO DE DEFESA. CARACTERIZAÇÃO. A 
obrigatoriedade de realização da perícia, segundo a exegese do 
art. 195, § 2º, da CLT, decorre da existência de controvérsia 
quanto às reais condições de labor do empregado. Ademais, a 
própria OJ nº 278 da SDI-1 do TST dispõe que "A realização de 
perícia é obrigatória para a verificação de insalubridade. Quando 
não for possível sua realização, como em caso de fechamento da 
empresa, poderá o julgador utilizar-se de outros meios de prova". 
No caso, segundo a reclamada, a reclamante “exerce função que 
pela sua própria natureza já a faz receber o adicional compatível 
com o grau de insalubridade a que se encontra exposta no 
desempenho das suas atividades laborais”, fato que somente seria 
efetivamente esclarecido em nova prova pericial. Recurso de 
revista conhecido e provido. Vistos, relatados e discutidos estes 
autos de Recurso de Revista n° TST-RR-335-07.2017.5.20.0013, 
em que é Recorrente FUNDAÇÃO HOSPITALAR DE SAÚDE 
e Recorrido ANDREA VASCONCELOS DE SANTANA. 
 
 Essas atividades consideradas insalubres estão descritas no Quadro de Atividades 
Insalubres do Ministério do Trabalho. Portanto, não basta somente identificar o agente 
insalubre, é necessário que este agente seja reconhecido como insalubre pela DRT, 
conforme preceitua o artigo 190 da CLT, in verbis: 
 
Art. . 190 - O Ministério do Trabalho aprovará o quadro 
das atividades e operações insalubres e adotará normas sobre os 
critérios de caracterização da insalubridade, os limites de 
tolerância aos agentes agressivos, meios de proteção e o tempo 
máximo de exposição do empregado a esses agentes. 
 
A caracterização e a classificação da insalubridade somente poderão ser efetuadas 
por perícia, a cargo de médico ou engenheiro do trabalho, registrados no Ministério do 
Trabalho, conforme expresso no artigo 145 da CLT. Além disso, em caso de ação 
trabalhista, deve ser realizada prova pericial, em qualquer hipótese, inclusive em caso de 
revelia e pena de confissão conforme consta no artigo 195, § 2º, da CLT. 
No caso em questão, o Juízo “a quo” dispensou qualquer meio de prova, sendo 
necessária a anulação da respeitável sentença para que se afasta o pedido de adicional de 
insalubridade e que seja realizada a perícia para que seja juntada ao autos, como meio 
probatório. 
 
5.4. DA NÃO SUJEIÇÃO À CORREÇÃO MONERÁRIA 
DO SALÁRIO DO OBREIRO 
 
O douto juiz do trabalho fixou na condenação a correção monetária no salário do 
Reclamante, sob o argumento de que haveria corrosão inflacionária nos vencimentos do 
autor por decorrência do pagamento ter se dado sempre no quinto dia útil do mês. 
Ocorre que mais uma vez labora em erro o Excelentíssimo magistrado, visto 
entendimento consagrado na súmula 381 do TST, sobre a impossibilidade de se aplicar 
correção monetária quando o pagamento dá-se até o quinto dia útil de cada mês, o que 
sempre ocorrera no caso em análise. E mais, a súmula referida diz que só se torna exigível 
a correção quando ultrapassado o período temporal supra referido, tendo-se aqui a 
atualização do valor para o mês subsequente, o que ainda assim não fora aplicado na 
presente reclamação. Nesse sentido: 
 
Súmula nº 381 do TST CORREÇÃO MONETÁRIA. 
SALÁRIO. ART. 459 DA CLT (conversão da Orientação 
Jurisprudencial nº 124 da SBDI- 1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 
25.04.2005 O pagamento dos salários até o 5º dia útil do mês 
subseqüente ao vencido não está sujeito à correção monetária. Se 
essa data limite for ultrapassada, incidirá o índice da correção 
monetária do mês subseqüente ao da prestação dos serviços, a 
partir do dia 1º. (ex-OJ nº 124 da SBDI-1 - inserida em 
20.04.1998) 
 
6. DOS PEDIDOS 
 
Ante ao exposto, colenda câmara, pelo mais que dos autos consta, doutrina, 
jurisprudência e princípios gerais do direito, espera e requer o recorrente o provimento 
do presente recurso ordinário para: 
I. Que o presente recurso seja conhecido e integralmente provido; 
II. Que seja decretada a nulidade da sentença proferida pelo juízo “a 
quo”, tendo em vista o cerceamento de defesa, para que seja realizada perícia no 
local de trabalho, concluindo acerca da inexistência de insalubridade.; 
III. Sendo superada a nulidade da sentença, que seja modificada a 
sentença a fim de que se exclua a responsabilidade subsidiaria da segunda 
reclamada; 
IV. Seja afastada a revelia da 1ª reclamada, visto que a sentença não se 
ateve ao mandamento expresso na súmula 377 do tst, quando aduz sobre a não 
obrigatoriedade de o preposto ser empregado da empresa reclamada, quando se 
trata de microempresa; 
V. Seja reconhecida a impossibilidade de fixação de grau de 
insalubridade pelo juízo sem perícia prévia, vez que fora fixado o grau máximo 
de periculosidade no caso em tela, quando o mandamento expresso da 
consolidação das leis do trabalho, exige o laudo técnico elaborado por perito 
oficial previamente habilitado; 
VI. Seja excluída a correção monetária do salário do obreiro; 
 
Nestes termos, pede e espera deferimento. 
25/06/2020, TABOÃO DA SERRA/SP 
NOME DO ADVOGADO 
OAB/SP Nº. 
 
Evento 5: 
O referido processo traz o caso da Paola que na época tinha 13 anos de idade e 
que por lei, em referência à época, não poderia estar trabalhando, nem mesmo como 
jovem aprendiz, já que a lei dispõe que só é permitido trabalhar a partir dos 14 anos nos 
casos de contratação como aprendiz, e seguindo as normas impostas na legislação, vemos 
no processo, que o caso da Paola foi de extrema violação a sua condição de segurada, 
visto que, a mesma é assegurada pela Constituição Federal em seu inciso XXXIII, do 
artigo 7º, da CF/88 que dispõe, limitando o horário de trabalho, proibindo horário noturno, 
perigoso ou insalubre para menores de 18 anos. 
Apesar de ser um caso chocante e quase inimaginável nos dias atuais, segundo 
pesquisas do fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil (FNPETI) 
no Brasil o trabalho infantil caiu de 2,1 milhões para 1,8 milhão nos últimos anos, mesmo 
trazendo dados que nos deixam mais confortáveis em relação as situações das crianças, 
sabemos que muitas empresasse permitem a colaborar com essa prática errônea, 
pesquisas do FNPETI indicam que após o COVID-19 a situação da crise socioeconômica 
se agravou, dando abertura consequentemente a mais casos de trabalho infantil 
aumentando dados e estatísticas. 
É preciso que todos reconheçam os impactos e as consequências do trabalho 
infantil, no caso supracitado, conseguimos apontar diversos pontos negativos que essa 
prática causou a Reclamante, como, perda de interesse nos estudos, falta consecutivas nas 
aulas por excesso de trabalho causando um cansaço maior, impactando de uma forma 
brutal o seu desenvolvimento, ensino e a impossibilitando também a conclusão do ensino 
da ré. 
Portanto, além da Reclamada ser condenada a pagar as devidas multas, adicionais 
noturnos, diferenças salariais, horas extraordinárias, entre outras penalidades, foi 
condenada também ao pagamento de indenização por danos morais, tendo em vista que, 
a Reclama expos a Paola a prática do trabalho infantil ocasionando danos ao direito da 
personalidade da autora que na época dos fatos tinha apenas 13 anos. 
 
 
 
BIBLIOGRAFIA: 
 
MEIRELES, Edilton. O Novo Código Civil e o Direito do Trabalho, 3° ed. São Paulo: 
LTr, 2005. 
LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de Direito Processual do Trabalho. 12° 
ed. São Paulo: LTr, 2022. 
MARTINS, Sergio Pinto. Direito Processual do Trabalho. 34° ed. São Paulo: 
Atlas, 2013. 
NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Curso de Direito Processual do Trabalho. 27° 
ed. São Paulo: Saraiva, 2012. 
RIBEIRO, Elaine Carvalho Costa. MONEGATTO, Regina Dirce Gago de Faria. 
Novo Código Civil - Aspectos da Capacidade Civil e Seus Reflexos no Âmbito 
Trabalhista. Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região: n. 21 (2003). 
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. 
Brasília, DF: Centro Gráfico, 1988. 
BRASIL. Consolidação das Leis do Trabalho (1943).

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