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PRF Processual Penal Prof. Guilherme Rittel

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POLÍCIA RODOVIÁRIA 
FEDERAL (PRF) 
 
 
Noções de Direito 
Processual Penal 
 
Prof. Guilherme Rittel 
CPP – INQUÉRITO POLICIAL 
Histórico do inquérito policial: 
 
• Não havia previsão nas Ordenações Filipinas (havia 
uma mistura da função judiciária com a função 
policial); 
 
• CPP do Império (1832): Não previa formalmente o IP; 
 
• Lei 2033 de 1871 e Regulamento 4824 de 1871: 
nascimento do IP no Brasil; 
 
• CPP de 1941 (atual): manutenção do IP. 
 
CPP – INQUÉRITO POLICIAL 
Conceito do IP: 
 
Trata-se de um procedimento administrativo, com 
natureza inquisitiva, cuja presidência está a cargo da 
autoridade policial (Delegado), sendo composto por 
uma série de atos/diligências (vide art. 6.º, CPP), cuja 
finalidade é apurar a materialidade e a autoria do delito 
(também estará correto se mencionarem as 
circunstâncias). 
 
CPP – INQUÉRITO POLICIAL 
Fundamentos: 
 
• Constituição Federal: Art. 5º, XII; Art. 129, VIII; Art. 
144, 1º, IV e 4º; 
 
• Código de Processo Penal: Arts. 4º ao art. 23 e art. 28. 
 
CPP – INQUÉRITO POLICIAL 
Grau de cognição: Existem 3 diferentes níveis de 
cognição: a) juízo de possibilidade; b) juízo de 
probabilidade; c) juízo de certeza. 
 
a. Para iniciar um inquérito policial, basta um juízo de 
possibilidade; 
 
b. Para iniciar uma ação penal, é necessário um juízo 
de probabilidade; 
 
c. Para eventual condenação, é preciso um juízo de 
certeza. 
 
 
CPP – INQUÉRITO POLICIAL 
Arts. 4.º a 23 do CPP. 
 
Art. 4º A polícia judiciária será exercida pelas 
autoridades policiais no território de suas 
respectivas circunscrições e terá por fim a 
apuração das infrações penais e da sua 
autoria. 
Parágrafo único. A competência definida 
neste artigo não excluirá a de autoridades 
administrativas, a quem por lei seja cometida 
a mesma função. 
CPP – INQUÉRITO POLICIAL 
A persecução penal é dever do Estado, logo 
cabe a ele a apuração e esclarecimento dos 
fatos e suas circunstâncias. 
 
Art. 144 da CF: Polícia Judiciária  
competência para investigação da existência 
de crimes comuns e da sua autoria. 
 
CUIDADO: Não se trata de poder/dever 
exclusivo ou privativo da polícia. 
CPP – INQUÉRITO POLICIAL 
Função do IP: 1) Materialidade; 
 2) Autoria. 
 
Trata-se de procedimento de natureza 
administrativa, uma fase pré-processual. 
 
Destina-se à formação de convencimento do 
responsável pela acusação. 
CPP – INQUÉRITO POLICIAL 
• O convencimento do responsável pela 
acusação pode ocorrer também por meio 
de outras atividades em processos 
administrativos ou até por juntada de 
documentação obtida de forma lícita pelo 
particular (peças de informações). 
 
• Logo, o IP não é indispensável!! 
CPP – INQUÉRITO POLICIAL 
Há contraditório e ampla defesa no âmbito do 
IP? 
 
Divergência doutrinária. Prevalece o 
entendimento de que não! 
CPP – INQUÉRITO POLICIAL 
• O esclarecimento das infrações penais, 
como regra, cabe à Polícia Judiciária e, 
como exceção, às autoridades 
administrativas. 
 
• Polícia judiciária: 
• a) Âmbito Estadual: Polícia Civil; 
• b) Âmbito Federal: Polícia Federal. 
 
CPP – INQUÉRITO POLICIAL 
Em se tratando de ação penal pública, o IP 
deve ser iniciado: 
 
a)De ofício (pela autoridade policial: delegado 
de polícia estadual ou federal). Esta hipótese 
ocorre quando o delegado tem conhecimento 
da prática de uma infração penal, que pode 
ser pessoal ou comunicada por meio de uma 
notitia criminis, por qualquer um do povo 
(pode ser apócrifa? STF diz que não salvo se 
o doc. foi produzido pelo acusado ou 
constitui o próprio corpo de delito). 
CPP – INQUÉRITO POLICIAL 
Com relação à delação anônima, o 
entendimento majoritário é de que não é 
possível a instauração de IP com base 
unicamente nesta prova. Mas deve ensejar 
diligências informais. 
 
Art. 5.º, 3o Qualquer pessoa do povo que 
tiver conhecimento da existência de infração 
penal em que caiba ação pública poderá, 
verbalmente ou por escrito, comunicá-la à 
autoridade policial, e esta, verificada a 
procedência das informações, mandará 
instaurar inquérito. 
CPP – INQUÉRITO POLICIAL 
b) mediante requisição da autoridade judiciária 
(juiz) ou do Ministério Público, ou a 
requerimento do ofendido ou de quem tiver 
qualidade para representá-lo. 
 
Requisitos do requerimento: Art. 5.º, 1: a) a 
narração do fato, com todas as circunstâncias; 
b) a individualização do indiciado ou seus 
sinais característicos e as razões de convicção 
ou de presunção de ser ele o autor da infração, 
ou os motivos de impossibilidade de o fazer; c) 
a nomeação das testemunhas, com indicação 
de sua profissão e residência. 
CPP – INQUÉRITO POLICIAL 
Se o Delegado indeferir o requerimento de 
reabertura do IP, cabe recurso ao Chefe de 
Polícia (art. 5.º, 2.º). Nada impede que o 
particular encaminhe os documentos 
diretamente para o MP (que pode requisitar). 
 
Se a ação penal for pública condicionada, o IP 
não poderá ser iniciado sem representação 
(art. 5.º, 4.º). 
 
Já na ação penal privada, o delegado só pode 
proceder a inquérito a requerimento de quem 
tenha qualidade para intentá-la (art. 5.º, 5.º). 
CPP – INQUÉRITO POLICIAL 
Resumindo, são formas de instauração de IP: 
 
a)Portaria da Autoridade Policial; 
b)Auto de Prisão em Flagrante; 
c)Requerimento do Ofendido; 
d)Representação do Ofendido; 
e)Requisição Judicial ou Ministerial. 
 
CPP – INQUÉRITO POLICIAL 
Procedimento: 
 
Art. 6º Logo que tiver conhecimento da prática 
da infração penal, a autoridade policial deverá: 
 
I - dirigir-se ao local, providenciando para que 
não se alterem o estado e conservação das 
coisas, até a chegada dos peritos criminais; 
 
II - apreender os objetos que tiverem relação 
com o fato, após liberados pelos peritos 
criminais; 
CPP – INQUÉRITO POLICIAL 
Procedimento: 
 
III - colher todas as provas que servirem para o 
esclarecimento do fato e suas circunstâncias; 
 
IV - ouvir o ofendido; 
 
V - ouvir o indiciado, com observância, no que 
for aplicável, do disposto no Capítulo III do 
Título Vll, deste Livro, devendo o respectivo 
termo ser assinado por duas testemunhas que 
Ihe tenham ouvido a leitura; 
CPP – INQUÉRITO POLICIAL 
Procedimento: 
VI - proceder a reconhecimento de pessoas e 
coisas e a acareações; 
 
VII - determinar, se for caso, que se proceda a 
exame de corpo de delito e a quaisquer 
outras perícias; 
 
VIII - ordenar a identificação do indiciado pelo 
processo datiloscópico, se possível, e fazer 
juntar aos autos sua folha de antecedentes 
(Ver Lei nº 12.037/2009); 
CPP – INQUÉRITO POLICIAL 
Procedimento: 
 
IX - averiguar a vida pregressa do indiciado, sob 
o ponto de vista individual, familiar e social, sua 
condição econômica, sua atitude e estado de 
ânimo antes e depois do crime e durante ele, e 
quaisquer outros elementos que contribuírem 
para a apreciação do seu temperamento e 
caráter. 
 
CUIDADO: Mandados de busca e apreensão de 
coisas e/ou pessoas, interceptações telefônicas 
etc. precisam de autorização judicial. 
CPP – INQUÉRITO POLICIAL 
Procedimento: 
 
Hipótese de reconstituição dos fatos: 
 
Art. 7.º Para verificar a possibilidade de 
haver a infração sido praticada de 
determinado modo, a autoridade policial 
poderá proceder à reprodução simulada dos 
fatos, desde que esta não contrarie a 
moralidade ou a ordem pública.CPP – INQUÉRITO POLICIAL 
Procedimento escrito (art. 9.º): Todas as 
peças do inquérito policial serão, num só 
processado, reduzidas a escrito ou 
datilografadas e, neste caso, rubricadas pela 
autoridade. 
CPP – INQUÉRITO POLICIAL 
Prazo (art. 10): 
JUSTIÇA ESTADUAL: 
a)Indiciado preso (flagrante ou preventiva): 
10 dias; 
b) Indiciado solto: 30 dias. 
JUSTIÇA FEDERAL (L. 5.010/1966): 
a) 15 dias (preso), prorrogáveis por mais 15 
dias; 
b) 30 dias (solto) 
LEI DE DROGAS (L. 11.343/2006): 
a) 30 dias (preso); 
b) 90 dias (solto). 
CPP – INQUÉRITO POLICIAL 
Prazo (art. 10): 
 
Em se tratando de indiciado solto, é possível 
a prorrogação, na forma do art. 10, 3.º: 
“Quando o fato for de difícil elucidação, e o 
indiciado estiver solto, a autoridade poderá 
requerer ao juiz a devolução dos autos, para 
ulteriores diligências, que serão realizadas 
no prazo marcado pelo juiz”. 
CPP – INQUÉRITO POLICIAL 
Discussão acerca da constitucionalidade do 
art. 156, I: 
 
Art. 156. A prova da alegação incumbirá a 
quem a fizer, sendo, porém, facultado ao juiz 
de ofício: 
I – ordenar, mesmo antes de iniciada a ação 
penal, a produção antecipada de provas 
consideradas urgentes e relevantes, 
observando a necessidade, adequação e 
proporcionalidade da medida; 
CPP – INQUÉRITO POLICIAL 
Ao término do IP: 
 
 1º A autoridade fará minucioso relatório do 
que tiver sido apurado e enviará autos ao juiz 
competente. 
 
 2º No relatório poderá a autoridade indicar 
testemunhas que não tiverem sido inquiridas, 
mencionando o lugar onde possam ser 
encontradas. 
CPP – INQUÉRITO POLICIAL 
Quando do encerramento: 
 
Art. 11. Os instrumentos do crime, bem como 
os objetos que interessarem à prova, 
acompanharão os autos do inquérito. 
 
Art. 12. O inquérito policial acompanhará a 
denúncia ou queixa, sempre que servir de 
base a uma ou outra. 
CPP – INQUÉRITO POLICIAL 
O delegado deve: 
I - fornecer às autoridades judiciárias as 
informações necessárias à instrução e 
julgamento dos processos; 
 
II - realizar as diligências requisitadas pelo 
juiz ou pelo Ministério Público; 
 
III - cumprir os mandados de prisão 
expedidos pelas autoridades judiciárias; 
 
IV - representar acerca da prisão preventiva. 
CPP – INQUÉRITO POLICIAL 
“Mini” Contraditório (art. 14): 
 
O ofendido, ou seu representante legal, e o 
indiciado poderão requerer qualquer 
diligência, que será realizada, ou não, a juízo 
da autoridade. 
 
Do indeferimento, cabe recurso ao Chefe de 
Polícia. 
CPP – INQUÉRITO POLICIAL 
Curador (art. 15): 
 
“Se o indiciado for menor, ser-lhe-á nomeado 
curador pela autoridade policial”. 
 
O menor é aquele com idade entre 18 e 21 
anos!! 
 
Há discussão acerca da revogação tácita ou 
não deste artigo, com o Novo Código Civil. 
CPP – INQUÉRITO POLICIAL 
Com relação ao MP, este não poderá requerer a 
devolução do inquérito à autoridade policial, 
senão para novas diligências, imprescindíveis 
ao oferecimento da denúncia (art. 16). 
 
Arquivamento: A autoridade policial não poderá 
mandar arquivar autos de inquérito (art. 17). 
Nem o MP (Quem arquiva é o juiz!). No máx., 
arquiva BOs que versam sobre fatos atípicos. 
 
Ler art. 28 do CPP. 
CPP – INQUÉRITO POLICIAL 
Caso seja arquivado pela autoridade judiciária: 
Art. 18. Depois de ordenado o arquivamento do 
inquérito pela autoridade judiciária, por falta de 
base para a denúncia, a autoridade policial 
poderá proceder a novas pesquisas, se de outras 
provas tiver notícia. 
 
Ver Súmula 524, STF: “Arquivado o inquérito 
policial, por despacho do juiz, a requerimento do 
Promotor de Justiça, não pode a ação penal ser 
iniciada, sem novas provas”. Cuidado, devem ser 
provas substancialmente novas. 
CPP – INQUÉRITO POLICIAL 
Inquérito policial em crime de ação penal 
privada: 
 
Art. 19. Nos crimes em que não couber ação 
pública, os autos do inquérito serão 
remetidos ao juízo competente, onde 
aguardarão a iniciativa do ofendido ou de seu 
representante legal, ou serão entregues ao 
requerente, se o pedir, mediante traslado. 
CPP – INQUÉRITO POLICIAL 
Inquérito policial é sigiloso (não secreto): 
 
 Art. 20. A autoridade assegurará no 
inquérito o sigilo necessário à elucidação do 
fato ou exigido pelo interesse da sociedade. 
 
Parágrafo único. Nos atestados de 
antecedentes que lhe forem solicitados, a 
autoridade policial não poderá mencionar 
quaisquer anotações referentes a instauração 
de inquérito contra os requerentes. 
CPP – INQUÉRITO POLICIAL 
Incomunicabilidade do preso (inconst.?): 
Art. 21. A incomunicabilidade do indiciado 
dependerá sempre de despacho nos autos e 
somente será permitida quando o interesse da 
sociedade ou a conveniência da investigação o 
exigir. Parágrafo único. A incomunicabilidade, 
que não excederá de três dias, será decretada 
por despacho fundamentado do Juiz, a 
requerimento da autoridade policial, ou do órgão 
do Ministério Público, respeitado, em qualquer 
hipótese, o disposto no artigo 89, inciso III, do 
Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil.  
(Ver art. 5.º, LXII e LXIII, CF e art. 136, 3º, CF). 
CPP – INQUÉRITO POLICIAL 
Questão: quem deve presidir o IP? 
LEI 12.830/2013: Essa Lei dispôs sobre a Investigação 
Criminal Conduzida pelo Delegado de Polícia. 
Disciplinou no art. 2º, §1º que o delegado de polícia é a 
autoridade policial e que lhe cabe a condução da 
investigação criminal por meio do inquérito policial ou 
outro procedimento previsto em Lei. 
 
ADI 5043, com pedido de Liminar: - PGR: Segundo a 
PGR, o art. 2º, parágrafo §1º, da lei induz a 
interpretação de que a condução de qualquer 
procedimento investigatório de natureza criminal será 
atribuição exclusiva da autoridade policial. Essa norma 
afrontaria o art. 129, VI, da CF (informações do site do 
STF) 
CPP – INQUÉRITO POLICIAL 
ATRIBUIÇÃO PARA O INQUÉRITO POLICIAL: 
Depende do Crime Praticado: 
 
Crime Militar de Competência da Justiça Militar da 
União: - Forças Armadas: Oficial encarregado IPM 
 
Crime Militar de Competência da Justiça Militar 
Estadual: PM-Bombeiros: Oficial encarregado IPM 
 
Crime Eleitoral: Polícia Federal 
Observação: O TSE, nas localidades em que não há 
Polícia Federal, permite que os crimes eleitorais 
possam ser investigados pela Polícia Civil. 
 
CPP – INQUÉRITO POLICIAL 
ATRIBUIÇÃO PARA O INQUÉRITO POLICIAL: 
 
Crime Federal: Polícia Federal 
 
Crime Comum de Competência da Justiça Estadual: 
Polícia Civil e Federal 
 
Observação: A Polícia Federal investigará crime 
comum da Justiça Estadual, desde que tenha 
repercussão interestadual ou internacional que exija 
repercussão uniforme. 
 
Observação II: Não impede que os órgãos estaduais 
continuem investigando os delitos. 
 
CPP – INQUÉRITO POLICIAL 
Termo Circunstanciado: 
 
Procedimento investigatório de infrações de menor 
potencial ofensivo. 
 
Infração de Menor Potencial Ofensivo: são as 
contravenções penais e crimes com pena máxima não 
superior a dois anos, apenados ou não com multa. E 
sob enfoque processual penal, são submetidos (ou 
não) a procedimento especial, ressalvadas às 
hipóteses de violência doméstica e familiar contra a 
mulher. 
 
CPP – INQUÉRITO POLICIAL 
Aspectos adicionais: 
1) Indiciamento: Hoje há a lei 12.830/2013, que 
no seu art. 2.º, § 6.º, diz: “O indiciamento, 
privativo do delegado de polícia, dar-se-á 
por atofundamentado, mediante análise 
técnico-jurídica do fato, que deverá indicar 
a autoria, materialidade e suas 
circunstâncias.”; 
2) Vício do Inquérito contamina o Processo? 
Eventuais vícios constantes no Inquérito 
Policial não contaminam de nulidade o 
processo a que der origem, salvo se 
tratando de provas ilícitas. 
CPP – INQUÉRITO POLICIAL 
Aspectos adicionais: 
3) A garantia da razoável duração do processo 
é aplicável ao processo judicial e ao Inquérito 
Policial (HC 96.666, STJ); 
4) Não podem ser indiciados: Membros do MP, 
Magistrados; 
5) Os titulares de Foro por Prerrogativa de 
Função não podem ser investigados nem 
indiciados sem previa autorização do Tribunal 
competente. 
6) Em resumo, o IP tem natureza 
administrativa; é um procedimento escrito, de 
caráter inquisitivo, dispensável e sigiloso. 
CPP – INQUÉRITO POLICIAL 
Características: Inquisitivo; discricionário; 
escrito; sigiloso; obrigatório (sob a ótica 
policial, pois sob a ótica do Ministério 
Público é dispensável – visão mais 
comum em concursos); indisponível 
(delegado não pode arquivá-lo). 
Aplicação da lei penal no tempo e 
no espaço 
 
Com relação à aplicação da lei penal no espaço, 
prevalece o critério da territorialidade. 
 
As hipóteses de extraterritorialidade estão 
previstas no Código Penal. 
 
Só se aplica o processo penal brasileiro em sede 
de jurisdição brasileira. 
Aplicação da lei penal no tempo e 
no espaço 
 
Já com relação à aplicação da lei penal no 
tempo, estas devem ser aplicadas de imediato, 
desde a sua vigência, respeitando, no entanto, os 
atos praticados sob a égide da legislação 
anterior. (art. 2º) 
 
Ainda, admite-se a interpretação extensiva e 
aplicação analógica, bem como o suplemento 
dos princípios gerais de direito. (art. 3º) 
Processo, procedimento e relação 
jurídica processual 
CONCEITOS DE AÇÃO, PROCESSO E 
PROCEDIMENTO 
 
Ação: “A ação é um meio de provação de jurisdição”; 
 
Processo: “Instrumento por meio do qual se manifesta 
a jurisdição”; 
 
Procedimento: “Forma de desenvolvimento do 
processo, delimitando os caminhos a serem seguidos 
na apuração judicial do caso penal”. (PACELLI) 
AÇÃO PENAL 
CARACTERÍSTICAS: 
 
a) Autônoma: Surge com a ocorrência da 
infração penal, 
b) Abstrata: independe do resultado, 
c) Subjetiva: o titular do direito é especificado 
na própria legislação. Via de Regra é o MP, e 
excepcionalmente a própria vítima ou seu 
representante legal, 
d) Pública: a atividade provocada é de natureza 
pública, 
e) Instrumental: é o meio para se alcançar a 
efetividade do direito material. 
AÇÃO PENAL 
CONDIÇÕES DA AÇÃO 
a) Possibilidade Jurídica do Pedido: o pedido 
formulado deve ter amparo no ordenamento 
jurídico Ex. denúncia contra menor de 18 anos 
não tem possibilidade jurídica; 
b) Interesse de Agir: Necessidade, Adequação e 
Utilidade do Processo 
c) Legitimidade para Agir: 
Polo Ativo: Na ação penal pública é o MP/ Na 
ação penal privada é o ofendido ou seu 
representante legal 
Polo Passivo: provável autor do fato, com mais 
de 18 anos. 
AÇÃO PENAL 
CONDIÇÕES DA AÇÃO 
d) Justa Causa: É o lastro probatório mínimo 
sobre a materialidade e autoria do delito, 
indispensável para a existência do processo 
penal. 
A ausência de justa causa pode levar ao 
trancamento da ação penal, por meio de Habeas 
corpus. 
Observação: No caso de Drogas, é indispensável, 
no momento do ajuizamento da ação penal, o 
laudo preliminar de constatação da natureza da 
droga; Igualmente, laudo pericial nos crimes 
contra a propriedade imaterial. 
AÇÃO PENAL 
Art. 395. A denúncia ou queixa será rejeitada 
quando: 
I - for manifestamente inepta; 
II - faltar pressuposto processual ou 
condição para o exercício da ação penal; ou 
III - faltar justa causa para o exercício da ação 
penal. 
Parágrafo único. (Revogado). 
AÇÃO PENAL 
CLASSIFICAÇÃO DAS AÇÕES PENAIS (de acordo 
com a titularidade da ação penal). 
 
a) AÇÃO PENAL DE INICIATIVA PÚBLICA 
 
- INCONDICIONADA: é a regra, o MP não depende 
de qualquer autorização ou manifestação da vítima 
- CONDICIONADA: depende de uma condição 
específica (condição de procedibilidade) 
Representação ou Requisição do Ministro da 
Justiça. 
Porém, cabe exclusivamente ao MP o juízo de 
propositura da ação penal. 
AÇÃO PENAL 
REQUISITOS PARA “PETIÇÃO INICIAL” 
 
a) Exposição do Fato Criminoso, com todas as 
suas circunstâncias; 
b) Qualificação do Acusado; 
c) Classificação jurídica: é a tipificação penal que 
o acusado está incurso; 
d) Rol de testemunhas: 
Rito Comum Ordinário: 08 testemunhas, por fato; 
Rito Comum Sumário: 05 testemunhas, por fato; 
Rito Como Sumaríssimo: 03 testemunhas, por 
fato; 
AÇÃO PENAL 
e) Escrita no Vernáculo; 
f) Deve contar a assinatura; 
g) Procuração com Poderes Especiais: 
somente no caso de Queixa-Crime. 
 
- a menção ao fato criminoso é para livrar o 
advogado de eventual processo 
indenizatório. 
 
- a jurisprudência aceita a assinatura da parte 
na peça, ao invés de procuração com 
poderes especiais. 
AÇÃO PENAL 
Art. 41. A denúncia ou queixa conterá a 
exposição do fato criminoso, com todas as suas 
circunstâncias, a qualificação do acusado ou 
esclarecimentos pelos quais se possa identificá-
lo, a classificação do crime e, quando necessário, 
o rol das testemunhas. 
 
Art. 44. A queixa poderá ser dada por procurador 
com poderes especiais, devendo constar do 
instrumento do mandato o nome do querelante 
(querelado) e a menção do fato criminoso, salvo 
quando tais esclarecimentos dependerem de 
diligências que devem ser previamente 
requeridas no juízo criminal. 
AÇÃO PENAL 
PRINCÍPIOS: AÇÃO PENAL DE INICIATIVA 
PÚBLICA 
 
Princípios: 
a) PRINCÍPIO DA INÉRCIA DA JURISDIÇÃO: 
ao juiz não é dado iniciar um processo penal 
de ofício. Ele precisa ser provocado. 
Não temos mais o processo 
JUDICIALIFORME, em que o processo era 
iniciado através de uma portaria do juiz ou do 
próprio delegado (art. 26 CPP). 
AÇÃO PENAL 
PRINCÍPIOS: AÇÃO PENAL DE INICIATIVA 
PÚBLICA 
 
Art. 129 CF. São funções institucionais do 
Ministério Público: 
I - promover, privativamente, a ação penal 
pública, na forma da lei; 
Art. 26 CPP. A ação penal, nas 
contravenções, será iniciada com o auto de 
prisão em flagrante ou por meio de portaria 
expedida pela autoridade judiciária ou 
policial 
AÇÃO PENAL 
b) PRINCÍPIO DA OBRIGATORIEDADE / 
LEGALIDADE: presente as condições da 
ação, o MP está obrigado a oferecer a 
denúncia (art. 24 CPP). 
 
O oferecimento da denúncia pelo MP é 
atividade Vinculada. 
AÇÃO PENAL 
Art. 24. Nos crimes de ação pública, esta será 
promovida por denúncia do Ministério Público, 
mas dependerá, quando a lei o exigir, de 
requisição do Ministro da Justiça, ou de 
representação do ofendido ou de quem tiver 
qualidade para representá-lo. 
 1o No caso de morte do ofendido ou quando 
declarado ausente por decisão judicial, o direito 
de representação passará ao cônjuge, 
ascendente, descendente ou irmão. 
 2o Seja qual for o crime, quando praticado em 
detrimento do patrimônio ou interesse da União, 
Estado e Município, a ação penal será pública. 
AÇÃO PENAL 
Exceção à obrigatoriedade: Transação Penal 
(art. 76 da Lei 9099/95). 
 
c) PRINCÍPIO DA INDISPONIBILIDADE: 
significa que o MP não pode desistir da ação 
penal pública e nem do recurso que haja 
interposto.O MP até pode pedir a absolvição, mas não 
pode desistir do processo. Igualmente, não 
está o obrigado a interpor o recurso, mas se 
o fez, não poderá dele desistir. 
AÇÃO PENAL 
Art. 42. O Ministério Público não poderá 
desistir da ação penal. 
Art. 576. O Ministério Público não poderá 
desistir de recurso que haja interposto. 
 
Exceção: 
SUSPENSÃO CONDICIONAL DO PROCESSO: 
art. 89 da Lei nº. 9.099/95 
Cabe para qualquer delito com a pena 
MÍNIMA igual ou inferior a 1 ano. 
AÇÃO PENAL 
STF Súmula nº 696: Reunidos os 
pressupostos legais permissivos da 
suspensão condicional do processo, mas se 
recusando o Promotor de Justiça a propô-la, 
o Juiz, dissentindo, remeterá a questão ao 
Procurador-Geral, aplicando-se por analogia 
o art. 28 do Código de Processo Penal. 
AÇÃO PENAL 
d) PRINCÍPIO DA DIVISIBILIDADE: O MP 
pode denunciar alguns corréus e prosseguir 
as investigações em relação ao outro. 
 
STJ, RESP 388473: “Não há nulidade no 
oferecimento da denúncia contra 
determinados agentes do crime, 
desmembrando-se o processo em relação ao 
suposto co-autor, a fim de se coligir 
elementos probatórios hábeis à sua 
denunciação”. 
AÇÃO PENAL 
e) PRINCÍPIO DA INTRANSCENDÊNCIA: A 
ação penal deve ser proposta apenas contra 
quem se imputa a prática da infração 
AÇÃO PENAL 
1. AÇÃO PENAL DE INICIATIVA PÚBLICA 
INCONDICIONADA 
 
É a titularizada pelo Ministério Público, sendo a 
regra em nosso ordenamento jurIdico! 
 
Neste tipo de ação, não é necessária a 
manifestação da vítima, seu representante legal 
ou até de terceiros. 
 
Ex. art. 121, 155, 157, 180, crimes previstos no 
ECA, Estatuto do Idoso, na Lei de Falências 
AÇÃO PENAL 
2. AÇÃO PENAL DE INICIATIVA PÚBLICA 
CONDICIONADA 
 
Também é titularizada pelo Ministério 
Público. Porém, depende de 
REPRESENTAÇÃO da vítima ou de seu 
REPRESENTANTE LEGAL. Ou, ainda, 
REQUISIÇÃO do Ministro da Justiça. 
 
Obs.: A representação ou a requisição do 
Ministro da Justiça não vinculam o MP. 
AÇÃO PENAL 
2.1 AÇÃO PENAL DE INICIATIVA PÚBLICA 
CONDICIONADA A REPRESENTAÇÃO 
 
REPRESENTAÇÃO: 
 
É uma condição de procedibilidade para que 
se possa iniciar a persecução criminal; 
 
É a manifestação de vontade da vítima ou de 
seu representante legal no sentido de que 
tem interesse na persecução criminal. 
AÇÃO PENAL 
2.1 AÇÃO PENAL DE INICIATIVA PÚBLICA 
CONDICIONADA A REPRESENTAÇÃO 
 
Ausência de rigor formal: pode ser 
apresentada verbalmente ou por escrito. O 
importante é que a vítima revele o interesse 
claro e inequívoco de ver processado o autor 
do fato: Ex.: Lesão Corporal Leve e Culposa. 
 
DESTINATÁRIO: Autoridade Policial, MP, Juiz 
AÇÃO PENAL 
2.1 AÇÃO PENAL DE INICIATIVA PÚBLICA 
CONDICIONADA A REPRESENTAÇÃO 
 
PRAZO: 
6 meses, do conhecimento da autoria da 
infração penal. 
 
- Prazo Decadencial (não se interrompe ou 
suspende) 
- É 6 meses e não 180 dias 
- Prazo de Natureza Penal: inclui-se o dia do 
início e exclui-se o dia do término. 
Ex: 11/01/2014 – 10/07/2014 
AÇÃO PENAL 
2.1 AÇÃO PENAL DE INICIATIVA PÚBLICA 
CONDICIONADA A REPRESENTAÇÃO 
 
LEGITIMIDADE: 
a) Pessoa com mais de 18 anos; 
 
b) Representante Legal (qualquer pessoa que 
seja responsável pela criança ou adolescente). 
Se houver colidência de interesses, deve ser 
nomeado curador especial; 
 
c) C.A.D.I: no caso de morte da vítima. 
AÇÃO PENAL 
2.1 AÇÃO PENAL DE INICIATIVA PÚBLICA 
CONDICIONADA A REPRESENTAÇÃO 
 
RETRATAÇÃO: enquanto não oferecida a 
denúncia, a vítima pode retratar-se da 
representação. 
 
Art. 25. A representação será irretratável, 
depois de oferecida a denúncia. 
AÇÃO PENAL 
2.1 AÇÃO PENAL DE INICIATIVA PÚBLICA 
CONDICIONADA A REPRESENTAÇÃO 
 
LEI 11.340/06: Lei Maria da Penha 
- ADI 4424, ajuizada pela Procuradoria Geral da 
República, tendo como Relator o Min. Marco 
Aurélio. 
- O delito de lesão corporal no âmbito 
doméstico e familiar contra a mulher, 
independente da extensão da lesão, é 
perseguido mediante Ação Penal de Iniciativa 
Pública Incondicionada. 
- Não se aplica a Lei nº. 9.099/95. 
AÇÃO PENAL 
2.2 AÇÃO PENAL DE INICIATIVA PÚBLICA 
CONDICIONADA A REQUISIÇÃO DO MINISTRO 
DA JUSTIÇA 
 
REQUISIÇÃO: Trata-se de ato de conveniência 
política, a cargo do Ministro da Justiça, 
autorizando a persecução criminal das infrações 
que a exigem (TAVORA, Nestor; ALENCAR, 
Rosmar R.Curso de Direito Processual Penal. 7 
ed. Salvador: JusPodvim, 2012, p. 209) 
- É uma condição de procedibilidade. 
Ex.: Crimes contra a honra do Presidente da 
República ou Chefe de Estado Estrangeiro 
AÇÃO PENAL 
2.2 AÇÃO PENAL DE INICIATIVA PÚBLICA 
CONDICIONADA A REQUISIÇÃO DO MINISTRO 
DA JUSTIÇA 
 
DESTINATÁRIO: Ministério Público (Procurador 
Geral da República). 
 
PRAZO: A requisição não tem prazo 
decadencial, mas o delito fica sujeito a prazo 
prescricional. 
 
RETRATAÇÃO: prevalece que não é cabível. 
(polêmica) 
AÇÃO PENAL 
3. PRAZO DA AÇÃO PENAL 
 
Acusado preso: 5 dias 
Acusado solto: 15 dias. 
AÇÃO PENAL 
4. AÇÃO PENAL DE INICIATIVA PRIVADA 
SUBSIDIÁRIA DA PÚBLICA 
 
- Tem previsão constitucional, no art. 5º, LIX, da 
CF/88. 
 
Só tem cabimento diante da INÉRCIA DO MP, 
nos crimes em que tenham VÍTIMA 
DETERMINADA. 
 
REQUISITOS: 
- Inércia do MP 
- Vítima Determinada 
AÇÃO PENAL 
4. AÇÃO PENAL DE INICIATIVA PRIVADA 
SUBSIDIÁRIA DA PÚBLICA 
 
Não há que se falar em decadência, renúncia, 
perdão ou perempção, pois a ação penal é 
pública. Art. 29. Será admitida ação privada nos 
crimes de ação pública, se esta não for 
intentada no prazo legal, cabendo ao Ministério 
Público aditar a queixa, repudiá-la e oferecer 
denúncia substitutiva, intervir em todos os 
termos do processo, fornecer elementos de 
prova, interpor recurso e, a todo tempo, no caso 
de negligência do querelante, retomar a ação 
como parte principal. 
AÇÃO PENAL 
5. AÇÃO PENAL DE INICIATIVA PRIVADA 
 
Querelante: autor 
Querelado: réu 
Queixa-crime: petição inicial acusatória 
AÇÃO PENAL 
6. PRINCÍPIOS: Ação Penal de Iniciativa Privada 
 
a) PRINCÍPIO DA INÉRCIA DA JURISDIÇÃO: ao juiz 
não é dado iniciar um processo penal de ofício. Ele 
precisa ser provocado. 
 
b) PRINCÍPIO DA CONVENIÊNCIA OU 
OPORTUNIDADE: 
É facultada a vítima, mediante os critérios da 
oportunidade e conveniência, optar pelo 
oferecimento da queixa-crime. 
Se o ofendido não tem interesse em ofertar a 
queixa-crime, poderá fazê-lo. 
AÇÃO PENAL 
6. PRINCÍPIOS: Ação Penal de Iniciativa Privada 
 
DECADÊNCIA: perda do direito de ação, por não ter 
exercido no prazo de 6 meses, contados após o 
conhecimento da autoria; 
 
RENÚNCIA: Prática de ato incompatível com a 
vontade de ver processado o autor da infração 
penal. 
- Pode ser Tácito ou Expresso 
- A renúncia é antes de ajuizar a queixa-crime 
- A Renúncia se estende a todos os autores do 
crime. 
AÇÃO PENAL 
6. PRINCÍPIOS: Ação Penal de Iniciativa 
Privada 
 
Art. 49. A renúncia ao exercício do direito de 
queixa, em relação a um dos autores do 
crime, a todos se estenderá. 
AÇÃO PENAL 
6. PRINCÍPIOS: Ação Penal de Iniciativa 
Privada 
 
c) PRINCÍPIO DA DISPONIBILIDADE: uma 
vez exercida a ação penal, o querelante 
poderá desistir dela, seja por meio do 
perdão ou perempção. 
 
Perdão e a Perempção: Acarreta a Extinção 
da Punibilidade.AÇÃO PENAL 
PERDÃO: Ato bilateral. Depende de aceitação. 
 
- Ocorre no curso da ação penal; 
- Perdão poderá ser tácito ou expresso ; 
- Perdão poderá ser extraprocessual ou 
processual; 
- Concedido o perdão nos autos, o querelado 
será intimado a dizer, no prazo de 3 dias se 
aceita. O silencio importará aceitação; 
- O perdão concedido a um dos querelados, a 
todos se estende, mas somente extingue a 
punibilidade daqueles que o aceitarem. 
AÇÃO PENAL 
Art. 51. O perdão concedido a um dos 
querelados aproveitará a todos, sem que 
produza, todavia, efeito em relação ao que o 
recusar. 
AÇÃO PENAL 
 
PEREMPÇÃO: É a desídia do querelante que 
exerceu o direito de ação. 
 
- É uma sanção processual pela inércia na 
condução da ação privada. 
AÇÃO PENAL 
HIPÓTESES: art. 60 CPP 
 
Art. 60. Nos casos em que somente se procede 
mediante queixa, considerar-se-á perempta a ação 
penal: 
I - quando, iniciada esta, o querelante deixar de 
promover o andamento do processo durante 30 
dias seguidos; 
II - quando, falecendo o querelante, ou sobrevindo 
sua incapacidade, não comparecer em juízo, para 
prosseguir no processo, dentro do prazo de 60 
(sessenta) dias, qualquer das pessoas a quem 
couber fazê-lo, ressalvado o disposto no art. 36; 
AÇÃO PENAL 
HIPÓTESES: art. 60 CPP 
 
III - quando o querelante deixar de 
comparecer, sem motivo justificado, a 
qualquer ato do processo a que deva estar 
presente, ou deixar de formular o pedido de 
condenação nas alegações finais; 
IV - quando, sendo o querelante pessoa 
jurídica, esta se extinguir sem deixar 
sucessor. 
AÇÃO PENAL 
d) PRINCÍPIO DA INDIVISIBILIDADE: O 
processo de um acusado obriga ao processo de 
todos. 
 
É a impossibilidade de se fracionar a persecução 
penal. Ou seja, de escolher pela punição de apenas 
um ou alguns dos supostos autores do fato, 
deixando os demais excluídos da imputação. 
 
O Ministério Público é o fiscal desse princípio. A 
doutrina majoritária entende que o MP não pode 
incluir na queixa-crime co-autores. Para tanto, o 
querelante deve ser intimado para incluí-los, sob 
pena de caracterização da renúncia. 
AÇÃO PENAL 
d) PRINCÍPIO DA INDIVISIBILIDADE: O 
processo de um acusado obriga ao processo 
de todos. 
 
Art. 48. A queixa contra qualquer dos autores 
do crime obrigará ao processo de todos, e o 
Ministério Público velará pela sua 
indivisibilidade. 
AÇÃO PENAL 
e) PRINCÍPIO DA INTRANSCENDÊNCIA: A 
ação penal deve ser proposta apenas contra 
quem se imputa a prática da infração 
AÇÃO PENAL 
7. ESPÉCIES 
 
7.1 Exclusivamente privada ou 
propriamente dita. 
 
É a ação exercida pela vítima ou seu 
representante legal. Na falta da vítima, ocorre 
a sucessão processual ao C.A.D.I. 
AÇÃO PENAL 
7. ESPÉCIES 
 
7.2 Personalíssima: o direito de ação será 
exercido apenas pela vítima. Não há 
sucessão processual. 
 
Um único crime: art. 236 CP 
 
Induzimento a erro essencial e ocultação de 
impedimento 
AÇÃO PENAL 
7. ESPÉCIES 
 
Art. 236 - Contrair casamento, induzindo em 
erro essencial o outro contraente, ou 
ocultando-lhe impedimento que não seja 
casamento anterior: 
Pena - detenção, de seis meses a dois anos. 
Parágrafo único - A ação penal depende de 
queixa do contraente enganado e não pode 
ser intentada senão depois de transitar em 
julgado a sentença que, por motivo de erro 
ou impedimento, anule o casamento. 
AÇÃO PENAL 
8. PRAZO 
 
Deve ser ofertada a queixa-crime no prazo de 
6 meses contados do conhecimento da 
autoria da infração, sob pena de decadência. 
AÇÃO PENAL 
9. AÇÃO PENAL NOS CRIMES CONTRA A 
HONRA DE FUNCIONÁRIO PÚBLICO 
 
- Em razão do exercício das funções. 
 
Legitimidade concorrente: Ofendido ou MP 
 
Funcionário Público por meio de Queixa 
Crime ou Representação ao MP. 
AÇÃO PENAL 
9. AÇÃO PENAL NOS CRIMES CONTRA A 
HONRA DE FUNCIONÁRIO PÚBLICO 
 
STF Súmula nº 714 - É concorrente a 
legitimidade do ofendido, mediante queixa, e 
do Ministério Público, condicionada à 
representação do ofendido, para a ação penal 
por crime contra a honra de servidor público 
em razão do exercício de suas funções. 
AÇÃO PENAL 
10. REJEIÇÃO DA PEÇA ACUSATÓRIA 
 
Art. 395. A denúncia ou queixa será rejeitada 
quando: 
I - for manifestamente inepta; 
II - faltar pressuposto processual ou condição 
para o exercício da ação penal; ou 
III - faltar justa causa para o exercício da ação 
penal. 
 
Recurso: 
Crimes Comuns: RESE; 
Jecrim: Apelação. 
AÇÃO PENAL 
11. RECEBIMENTO DA PEÇA ACUSATÓRIA 
 
Não cabe recurso. É possível impetrar HC. 
Art. 396. Nos procedimentos ordinário e 
sumário, oferecida a denúncia ou queixa, o juiz, 
se não a rejeitar liminarmente, recebê-la-á e 
ordenará a citação do acusado para responder 
à acusação, por escrito, no prazo de 10 (dez) 
dias. 
Parágrafo único. No caso de citação por edital, 
o prazo para a defesa começará a fluir a partir 
do comparecimento pessoal do acusado ou do 
defensor constituído. 
AÇÃO PENAL 
12. EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE 
 
- Pode ser declarada de ofício pelo juiz 
- Requerimento do MP, Querelante ou do Réu: 
procedimento apartado 
- Morte: necessidade de certidão de óbito. 
AÇÃO PENAL 
12. EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE 
 
Art. 61. Em qualquer fase do processo, o juiz, 
se reconhecer extinta a punibilidade, deverá 
declará-lo de ofício. 
Parágrafo único. No caso de requerimento do 
Ministério Público, do querelante ou do réu, o 
juiz mandará autuá-lo em apartado, ouvirá a 
parte contrária e, se o julgar conveniente, 
concederá o prazo de cinco dias para a prova, 
proferindo a decisão dentro de cinco dias ou 
reservando-se para apreciar a matéria na 
sentença final. 
AÇÃO PENAL 
12. EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE 
 
Art. 62. No caso de morte do acusado, o juiz 
somente à vista da certidão de óbito, e 
depois de ouvido o Ministério Público, 
declarará extinta a punibilidade. 
Competência 
1. PRINCÍPIO DO JUIZ NATURAL 
 
Previsto na Constituição Federal nos art. 5º, 
XXXVII e LIII. 
• Art. 5º, XXXVII, CF: “Não haverá juízo ou 
tribunal de exceção” 
• Art. 5º, LIII, CF: “Ninguém será processado 
nem sentenciado senão pela autoridade 
competente”. 
 
É o direito que cada cidadão tem de saber 
previamente a autoridade que irá processá-lo e 
julgá-la, caso venha praticar um delito. 
Competência 
REGRAS DE PROTEÇÃO: 
 
a) Só podem exercer jurisdição os órgãos 
instituídos pela Constituição; 
b) Ninguém pode ser julgado por órgão 
jurisdicional criado após o fato delituoso; 
c) Entre os juízes pré-constituídos vigora 
uma ordem taxativa de competências, que 
impede discricionariedade na escolha do juiz. 
Competência 
2. COMPETÊNCIA 
 
Competência é a medida e o limite da 
jurisdição dentro do qual o órgão 
jurisdicional aplica o direito. 
Competência 
2.1 Espécies de Competência 
 
a) Razão da MATÉRIA: fixada em virtude da 
natureza da infração (militar, eleitoral, comum 
federal e comum estadual); 
b) Razão da PESSOA (O STF fala em Razão 
da Função): fixada em razão da função. É o 
foro por prerrogativa de função. 
c) Razão da LOCAL: competência em razão 
do lugar. Geralmente, a competência é fixada 
pelo local da consumação do delito. 
Competência 
2.2 COMPETÊNCIA ABSOLUTA E RELATIVA 
 
ABSOLUTA: 
 
- fixada em face do interesse de ordem 
pública; 
- Não pode sermodificada (pelas partes ou 
pelo juiz); 
- A Conexão e a Continência não podem 
alterar regras de competência absoluta; 
- Pode ser reconhecida de ofício (art. 109, 
CPP); 
Competência 
2.2 COMPETÊNCIA ABSOLUTA E RELATIVA 
 
ABSOLUTA: 
 
A incompetência absoluta pode ser 
reconhecida enquanto o juiz exerce 
jurisdição. Após proferir sentença, não cabe 
a ele mais reconhecer a incompetência. 
- Se violada, é caso de nulidade absoluta 
- Competência por Matéria e pela 
Pessoa/Função. 
Competência 
2.2 COMPETÊNCIA ABSOLUTA E RELATIVA 
 
RELATIVA: 
- Fixada em face do interesse das partes; 
- Pode ser modificada pelas partes: 
Prorrogável; 
- A Conexão e Continência somente podem 
alterar regras de competência relativa; 
- Pode ser reconhecida de ofício (até o início da 
audiência de instrução e julgamento, em face 
do princípio da identidade física do juiz (art. 
399, 2º, CPP); 
Competência 
2.2 COMPETÊNCIA ABSOLUTA E RELATIVA 
 
RELATIVA: 
 
- Se violada, é capaz de produzir uma 
nulidade relativa 
- Competência Territorial, Prevenção, 
Distribuição, alterada por Conexão ou 
Continência. 
 
STF, Súmula nº 706 - É RELATIVA A NULIDADE 
DECORRENTE DA INOBSERVÂNCIA DA 
COMPETÊNCIA PENAL POR PREVENÇÃO. 
Competência 
GUIA PARA DETERMINAÇÃO DA 
COMPETÊNCIA 
 
a) Competência de Jurisdição: Qual é a 
justiça competente? 
Militar, Eleitoral, Federal, Estadual. 
 
b) Competência Originária: O acusado tem 
foro por prerrogativa de função? 
 
c) Competência de Foro ou Territorial: Qual a 
comarca competente? 
Competência 
GUIA PARA DETERMINAÇÃO DA 
COMPETÊNCIA 
 
d) Competência de Juízo: Qual a Vara 
Competente? Importante porque, às vezes, 
dependendo da comarca, há varas 
especializadas, como acidente de trânsito, 
drogas, etc. 
Competência 
QUAL A JUSTIÇA COMPETENTE? 
Competência de Jurisdição 
 
Justiça Especializada: 
 - Militar 
 - Eleitoral 
 - Trabalho 
 
Justiça Comum: 
 - Federal 
 - Estadual 
Competência 
JUSTIÇA DO TRABALHO: não tem 
competência penal. Nunca julgará crimes. 
 
- Os crimes contra a organização do trabalho 
são julgados pela Justiça Federal; 
- Os crimes cometidos na Justiça do Trabalho 
são julgados pela Justiça Federal. 
Competência 
JUSTIÇA MILITAR: 
 
- Julga APENAS CRIMES MILITARES. 
- Abuso de autoridade cometido por Policial 
Militar é julgado na Justiça Comum Estadual, 
pois não é crime militar. 
 
Súmula 172 STJ: Compete a Justiça Comum 
processar e julgar militar por crime de abuso 
de autoridade, ainda que praticado em 
serviço. 
Competência 
JUSTIÇA MILITAR: 
 
- E se houver crimes conexos de natureza 
comum? Haverá separação obrigatória dos 
processos (art. 79, I, CPP). 
Competência 
JUSTIÇA MILITAR: 
 
JUSTIÇA MILITAR DA UNIÃO: 
. Julga os Militares das Forças Armadas e 
Civis (eventualmente). 
 
JUSTIÇA MILITAR DOS ESTADOS: 
. Julga apenas os Militares do Estado (Polícia 
Militar, Polícia Rodoviária Militar e Bombeiro 
Militar); 
. Condição de Militar a época do delito. 
Competência 
JUSTIÇA MILITAR: 
 
Observações: 
I - E se o crime é cometido em co-autoria com 
um civil? Há Separação Obrigatória dos 
processos (art. 79, I, CPP); 
II – Civil não é julgado na Justiça Militar 
Estadual: 
Súmula 53 STJ: Compete à Justiça Comum 
Estadual processar e julgar civil acusado da 
prática de crime contra as instituições 
militares. 
Competência 
JUSTIÇA MILITAR: 
 
III – Crime militar é julgado sempre pela 
justiça militar do respectivo Estado ao qual o 
militar está vinculado. 
 
IV – Crime doloso contra a vida praticado por 
militar em serviço, contra civil: Tribunal do 
Júri (art. 125, 4º, CF). 
Competência 
JUSTIÇA ELEITORAL: Julga os CRIMES 
ELEITORAIS 
 
–Crime Eleitoral conexo com um Crime de 
Competência da Justiça Militar: Separação 
dos processos (art. 79, I, CPP); 
 
II – E o Crime Eleitoral conexo com um Crime 
de Competência da Justiça Comum Estadual: 
Prevalece a competência da Justiça Eleitoral 
(art. 78, IV, CPP); 
Competência 
JUSTIÇA ELEITORAL: Julga os CRIMES 
ELEITORAIS 
 
III –Crime Eleitoral conexo com um Crime de 
Competência da Justiça Comum Federal: 
Haverá a separação dos processos (STJ, HC 
19478). 
Competência 
JUSTIÇA COMUM: Federal e Estadual 
 
- A competência da Justiça Federal vem 
taxativamente descrita na Constituição 
Federal, no art. 109 da CF; 
 
- No concurso entre a competência da Justiça 
Federal e a Estadual, prevalece a 
competência da Justiça Federal, pois a sua 
competência foi taxativamente prevista na 
CF; 
Competência 
JUSTIÇA COMUM: Federal e Estadual 
 
STJ Súmula nº 122 - Compete à Justiça 
Federal o processo e julgamento unificado 
dos crimes conexos de competência federal e 
estadual, não se aplicando a regra do Art. 78, 
II, "a", do Código de Processo Penal. 
Competência 
JUSTIÇA FEDERAL: 
 
A Justiça Federal NÃO JULGA 
CONTRAVENÇÕES PENAIS e ATOS 
INFRACIONAIS. 
 
STJ, Súmula nº 38: Compete à Justiça 
Estadual Comum, na vigência da 
Constituição de 1988, o processo por 
contravenção penal, ainda que praticada em 
detrimento de bens, serviços ou interesse da 
União ou de suas entidades. 
Competência 
JUSTIÇA FEDERAL: 
Hipóteses: 
a) Crime político: Recurso é o ROC (Recurso 
Ordinário Constitucional) para o STF; 
b) Crimes Contra União, Autarquias 
Federais, Empresas Públicas Federais 
(administração direta e indireta) 
Ex.: Crime contra o Ministério da Justiça, INSS, 
Banco Central do Brasil (Bacen), Ibama, 
Receita Federal (Crimes contra a ordem 
Tributária), Ordem Previdenciária, 
Contrabando, Descaminho, CEF, ECT, BNDES, 
Casa da Moeda do Brasil etc. 
Competência 
JUSTIÇA FEDERAL: 
 
I – Crime contra Sociedade de Economia 
Mista (Banco do Brasil, Petrobrás), a 
competência é da Justiça Comum Estadual. 
Súmula 42 STJ (Compete à Justiça Comum 
Estadual processar e julgar as causas cíveis 
em que é parte sociedade de economia mista 
e os crimes praticados em seu detrimento.) 
II – Se o crime é praticado contra uma 
agência dos correios franqueada, a 
competência é da Justiça Comum. 
Competência 
JUSTIÇA FEDERAL: 
 
c) Crimes contra entidades de fiscalização 
profissional (CRM, CREA); 
d) Crimes contra a Justiça do Trabalho, 
Militar da União e a Justiça Federal; 
e) Crime praticado CONTRA funcionário 
público federal; ou POR funcionário Público 
Federal, todos no exercício das funções; 
f) Crime à distância; 
g) Crime praticado a bordo de navio ou avião; 
Competência 
JUSTIÇA FEDERAL: 
 
h) Crime contra o sistema financeiro 
nacional; 
i) Crime de permanência de estrangeiro; 
j) Crime contra os Direitos Indígenas, assim 
considerados em sua coletividade; 
k) Crime contra a organização do trabalho 
(coletividade). 
Competência 
JUSTIÇA FEDERAL: 
 
IDC: Instituto de Deslocamento de 
Competência: art. 109, V-a, 5º, CF. 
 
É o deslocamento de competência da Justiça 
Estadual para a Justiça Federal. 
 
Solicitado pelo Procurador Geral da 
República, perante o STJ, durante o IP ou 
Processo. 
Competência 
JUSTIÇA FEDERAL: 
 
REQUISITOS: 
 
- crime praticado com grave violação de 
direitos humanos 
 
- risco de descumprimento de obrigações de 
tratados internacionais firmados pelo Brasil. 
Competência 
JUSTIÇA COMUM ESTADUAL: é a mais 
residual. Todosos demais crimes. 
Competência 
ACUSADO COM FORO POR PRERROGATIVA 
DE FUNÇÃO: COMPETÊNCIA POR 
PRERROGATIVA DE FUNÇÃO/PESSOA 
 
Determinadas pessoas, em razão da 
importância da função desempenhada, têm 
direito ao julgamento por um órgão colegiado. 
- Essa competência advém em razão do 
exercício funcional. Terminou o exercício 
funcional, cessou a competência por 
prerrogativa de função. 
- STF, STJ, TJ, TRF. 
Competência 
STF: 
• Poder Executivo: 
 - Presidente e Vice- Presidente 
 - Ministros de Estado 
 - Advogado Geral da União; 
 - Presidente do Banco Central 
 
• Poder Legislativo: 
 - Deputados Federais e Senadores 
 
• Poder Judiciário: 
 - Membros dos Tribunais Superiores 
(STF, STJ, STM, TST, TSE) 
Competência 
STF: 
Outras Autoridades: 
 
- Procurador Geral da República 
- Comandantes das Forças Armadas 
 
*Competência Fixa: independentemente do 
crime. 
Competência 
STJ 
• Poder Executivo: 
- Governadores 
 
• Poder Judiciário: 
 - Membros do TRF, TRE, TJ e TRT 
 
Outras autoridades: 
- Membros do MP da União que atuarem 
perante Tribunais. 
*Competência Fixa: independentemente do 
crime. 
Competência 
TJ 
• Poder Executivo: 
 - Prefeitos 
 
• Poder Legislativo: 
 - Deputados Estaduais 
 
• Poder Judiciário: 
 - Juízes de Direito 
 
Outra autoridade: 
 - Membro do MP Estadual 
Competência 
TJ 
 
• * Competência móvel quanto aos crimes 
eleitorais: TRE; 
 
• *Vereadores não tem foro por prerrogativa 
de função, sendo julgado na primeira 
instância. 
Competência 
TRF: art. 108 
 
• Poder Executivo: 
 - Prefeitos (crime de que há interesse 
da União, autarquia ou empresa pública 
federais); 
 
• Poder Legislativo: 
 - Deputados Estaduais (crime de que 
há interesse da União, autarquia ou empresa 
pública federais) 
Competência 
TRF: art. 108 
 
• Poder Judiciário: 
 - Juízes Federais, Trabalho, Militares da 
União 
 
Outras autoridades: 
 
 - Membros do MP da União 
Competência 
Observações: 
 
I – Não se fala mais em manutenção do foro 
por prerrogativa de função uma vez 
encerrado o cargo ou mandato; 
 
II – As autoridades com foro por prerrogativa 
de função previstos na CF não irão a júri, 
caso cometam um crime doloso contra a 
vida; 
Competência 
Observações: 
 
III – As autoridades com foro por prerrogativa 
de função estabelecido EXCLUSIVAMENTE 
nas Constituições Estaduais, caso cometam 
um crime doloso contra a vida, irão a júri. 
 
STF Súmula nº 721 - A competência 
constitucional do Tribunal do Júri prevalece 
sobre o foro por prerrogativa de função 
estabelecido exclusivamente pela 
Constituição estadual. 
Competência 
Observações: 
 
SÚMULA VINCULANTE 45 - STF 
 
A competência constitucional do Tribunal do 
Júri prevalece sobre o foro por prerrogativa 
de função estabelecido exclusivamente pela 
constituição estadual. 
Competência 
Observações: 
 
IV – Será julgada pelo Tribunal de Origem; 
V – Co-autoria: ambos os acusados serão 
julgados pelo Tribunal de Maior Graduação, em 
virtude da conexão (art. 78, III, CP); 
 
Se há um crime doloso contra a vida, os 
processos deverão ser separados: 
a) Autoridade será julgado no foro 
privilegiado 
b) Cidadão comum será julgado pelo 
Tribunal do Júri 
Competência 
Observações: 
 
STF Súmula nº 704 - Não viola as garantias 
do juiz natural, da ampla defesa e do devido 
processo legal a atração por continência ou 
conexão do processo do co-réu ao foro por 
prerrogativa de função de um dos 
denunciados. 
Competência 
QUAL É A COMARCA COMPETENTE? 
COMPETÊNCIA TERRITORIAL 
 
A competência territorial é determinada pelo 
LUGAR DA INFRAÇÃO PENAL. 
 
O CPP, no art. 70, adotou a Teoria do 
Resultado. 
Art. 70. A competência será, de regra, 
determinada pelo lugar em que se consumar a 
infração, ou, no caso de tentativa, pelo lugar 
em que for praticado o último ato de execução. 
Competência 
Observações: 
 
I – Nos crimes dolosos contra a vida, o STJ 
admite que denúncia seja ofertada no local 
da ação ou do resultado. 
Competência 
Observações: 
 
II – Crimes praticados no estrangeiro: 
- Juízo da Capital do Estado onde houver por 
último residido. Se nunca residiu no Brasil, 
será o Juízo da Capital da República. 
 
Art. 88. No processo por crimes praticados 
fora do território brasileiro, será competente o 
juízo da Capital do Estado onde houver por 
último residido o acusado. Se este nunca tiver 
residido no Brasil, será competente o juízo da 
Capital da República. 
Competência 
III – Crimes Praticados a abordo de 
Embarcações ou Aeronaves: 
 
A competência é da Justiça Federal. 
 
a) Se o navio ou a aeronave vem para o 
Brasil, a competência será do local onde 
primeiro atracar/pousar; 
 
b) Se o navio ou a aeronave sai do Brasil, do 
local onde esteve por último. 
Competência 
Art. 89. Os crimes cometidos em qualquer 
embarcação nas águas territoriais da 
República, ou nos rios e lagos fronteiriços, 
bem como a bordo de embarcações 
nacionais, em alto-mar, serão processados e 
julgados pela justiça do primeiro porto 
brasileiro em que tocar a embarcação, após o 
crime, ou, quando se afastar do País, pela do 
último em que houver tocado. 
Competência 
Art. 90. Os crimes praticados a bordo de 
aeronave nacional, dentro do espaço aéreo 
correspondente ao território brasileiro, ou ao 
alto-mar, ou a bordo de aeronave estrangeira, 
dentro do espaço aéreo correspondente ao 
território nacional, serão processados e 
julgados pela justiça da comarca em cujo 
território se verificar o pouso após o crime, 
ou pela da comarca de onde houver partido a 
aeronave. 
Competência 
IV – Competência pelo Domicílio do Acusado 
 
a) Quando for incerto o local da infração; 
 
b) No caso de ação penal exclusivamente 
privada. 
Competência 
QUAL A VARA COMPETENTE? Competência de 
Juízo. 
 
É importante porque, às vezes, dependendo da 
comarca, há varas especializadas, como de 
drogas, acidente de trânsito, crimes 
financeiros, culposos, etc. 
 
Competência do Tribunal do Júri: 
- Crimes dolosos contra a vida, consumados 
ou tentados, e os conexos. 
- Homicídio/ Induzimento, Instigação ou Auxílio 
ao Suicídio/Infanticídio/Aborto. 
Competência 
MODIFICAÇÃO DA COMPETÊNCIA: Conexão 
e Continência 
 
Conexão: Pluralidade de Crimes. 
 
Continência: Duas ou mais pessoas 
concorrem para a prática da mesma infração; 
ou, concurso formal de crimes. 
Competência 
MODIFICAÇÃO DA COMPETÊNCIA: Conexão 
e Continência 
 
- Funcionam, em regra, como causas 
modificativas da competência; 
- Só poderão incidir sobre hipóteses de 
competência relativa (territorial, prevenção, 
distribuição); 
- Efeito: julgamento conjunto dos processos. 
 
STJ Súmula nº 235 - A conexão não 
determina a reunião dos processos, se um 
deles já foi julgado. 
Competência 
DETERMINAÇÃO DO JUIZ PREVALENTE 
 
a) Concurso entre Júri x Jurisdição comum: 
prevalece o Júri; 
 
b) Concurso entre a Justiça Especial e a 
Comum: prevalece a especial; 
 
Justiça Eleitoral atrai os crimes eleitorais e 
os conexos a ele. 
Justiça Militar: cinde. 
Competência 
DETERMINAÇÃO DO JUIZ PREVALENTE 
 
c) Concurso entre a Justiça Federal e a 
Estadual: prevalece a Federal; 
 
d) Crimes com a Mesma Graduação: (2crimes 
de competência da Justiça Federal ou da 
Justiça Comum): 
 Foro do lugar do crime mais grave 
(Gravidade); 
 Lugar onde houver sido praticado o 
maior número de crimes (Quantidade) 
 Prevenção. 
Competência 
 
 
Art. 82. Se, não obstante a conexão ou 
continência, forem instaurados processos 
diferentes, a autoridade de jurisdição 
prevalente deverá avocar os processos que 
corram perante os outros juízes, salvo se já 
estiverem com sentença definitiva. Neste 
caso, a unidade dos processos só se dará, 
ulteriormente, para o efeito de soma ou de 
unificação das penas. 
Competência 
SEPARAÇÃO OBRIGATÓRIA: 
 
a) Crimes de competência da Justiça Eleitoral e 
Comum com a Justiça Militar: cinde; 
 
b) Concurso entre a Jurisdição Penal e 
Infância e Juventude: Cinde; 
 
c) Quando um dos acusados é acometido 
de doença mental: cinde; 
 
d) Corréu foragido que não possa ser 
julgado a revelia: cinde 
Competência 
SEPARAÇÃO FACULTATIVA: 
 
Art. 80. Será facultativa a separação dos 
processos quando as infrações tiverem sido 
praticadas em circunstâncias de tempo ou de 
lugar diferentes, ou, quando pelo excessivo 
número de acusados e para não Ihes 
prolongar a prisão provisória, ou por outro 
motivo relevante, o juiz reputar conveniente a 
separação. 
Prova 
CONCEITO 
 
“É tudo aquilo que contribui para a formação 
do convencimento do magistrado, 
demonstrando os fatos, atos, ou até mesmo o 
próprio direito discutido no litígio”. 
 
(Nestor Tavora e Rosmar Alencar. Curso de Direito 
Processual Penal. 7 ed. JusPodivm. Salvador, 2012, p. 
376). 
Prova 
Prova é elemento de convicção produzido, 
em regra, durante o processo judicial, com 
participação dialética das partes, sob o 
manto do contraditório e da ampla defesa e 
mediante uma supervisão do órgão julgador; 
 
Destinatário direto: Magistrado; 
Destinatários indiretos: partes. 
 
Finalidade: Formar o convencimento do juiz 
acerca dos fatos. 
Prova 
PRINCÍPIOS 
Princípio da Presunção de Inocência 
Art. 5º, LVII: “Ninguém será considerado culpado 
até o trânsito em julgado da sentença penal 
condenatória”. 
 
Três Regras: 
a) Regra Probatória: ônus da prova recai sobre 
acusação 
b) Regra de Tratamento: Excepcionalidade das 
Prisões 
c) Regra de Tratamento: Excepcionalidade de 
medidas restritivas de direitos 
Prova 
Princípio do Nemo Tenetur se Detegere 
 
Ninguém é obrigado a produzir provas contra 
si mesmo. É o princípio da não auto-
incriminação. 
 
Art. 5º, LXIII: “O preso será informado de seus 
direitos, entre os quais o de permanecer 
calado, sendo-lhe assegurada a assistência da 
família e de advogados”. 
 
Atenção: interpretação ampla de preso 
(qualquer suspeito). 
Prova 
Desdobramentos: 
 
1. Advertência quanto ao direito de não 
produzir provas contra si mesmo 
[informação]; 
 
O preso deve receber nota de ciência das 
garantias constitucionais. 
Prova 
2. Direito ao Silêncio ou de Ficar Calado 
 
Art. 186. Depois de devidamente qualificado e 
cientificado do inteiro teor da acusação, o 
acusado será informado pelo juiz, antes de 
iniciar o interrogatório, do seu direito de 
permanecer calado e de não responder 
perguntas que lhe forem formuladas. 
Parágrafo único. O silêncio, que não 
importará em confissão, não poderá ser 
interpretado em prejuízo da defesa. 
Prova 
3. Direito de Não ser Constrangido a Confessar 
a prática de um ilícito criminal; 
 
4. Inexigibilidade do sujeito dizer a verdade; 
 
5. Direito de Não Praticar Qualquer 
Comportamento Ativo que possa Incriminá-lo! 
 
Ex: Participação da reconstituição de fato 
delituoso, fornecer material para exame 
grafotécnico; exame de sangue, acareação, 
reconhecimento de pessoas etc. 
Prova 
Obs. I: Não se enquadraria nessa garantia o 
caso de Provas Não Invasivas, em que não há 
penetração do corpo humano ou extração de 
parte dele, como no exame do lixo de alguém, 
exame de matérias fecais, fio de cabelo. 
Prova 
CARACTERÍSTICA DAS PROVAS 
 
Art. 155. O juiz formará sua convicção pela 
livre apreciação da prova produzida em 
contraditório judicial, não podendo 
fundamentar sua decisão exclusivamente nos 
elementos informativos colhidos na 
investigação, ressalvadas as provas 
cautelares, não repetíveis e antecipadas. 
Parágrafo único. Somente quanto ao estado 
das pessoas serão observadas as restrições 
estabelecidas na lei civil. 
Prova 
Observações: 
 
1. Via de regra, é produzida na fase judicial; 
 
2. É obrigatória a observância do contraditório 
e da ampla defesa, com participação da defesa 
técnica; 
 
3. A prova deve ser produzida na presença do 
juiz (Princípio da Identidade Física); 
 
4. A finalidade da prova é auxiliar na formação 
da convicção judicial. 
 
Prova 
Observações: 
 
Os elementos informativos, isoladamente 
considerados, não podem fundamentar uma 
sentença penal condenatória. Porém, tais 
elementos não devem ser desprezados 
durante a fase judicial, podendo se somar a 
prova produzida em juízo para auxiliar na 
formação do convencimento do magistrado. 
Prova 
PROVAS CAUTELARES, NÃO REPETÍVEL E 
ANTECIPADAS 
 
1) PROVAS CAUTELARES: São aquelas em que 
há um risco de desaparecimento do objeto da 
prova em razão do lapso temporal. Podem ser 
produzidas tanto na fase investigativa como na 
fase judicial, e para sua produção dependem de 
autorização judicial. 
 
O contraditório é postergado (diferido). 
 
Ex. Intercepção telefônica 
Prova 
2) PROVA NÃO REPETÍVEL: É aquela que uma 
vez produzida não tem como ser novamente 
coletada, em virtude do desaparecimento da 
fonte probatória. Podem ser produzidas na fase 
investigatória e na fase judicial, e não dependem 
de autorização judicial. 
 
O contraditório é postergado (diferido). 
 
Ex.: Exame pericial em relação as infrações que 
cujos vestígios possam desaparecer, como 
exame de corpo de delito no crime de lesão 
corporal. 
Prova 
3) PROVA ANTECIPADA: É aquela produzida 
com observância do contraditório e da ampla 
defesa real, em momento processual distinto 
daquele previsto processualmente (mesmo 
antes do início do processo), em virtude da 
urgência e relevância. 
 
Dependem de autorização judicial sendo que 
o contraditório será real. 
 
Art. 225 Depoimento ad perpetuam rei 
remoriam. 
Prova 
Art. 225. Se qualquer testemunha houver de 
ausentar-se, ou, por enfermidade ou por 
velhice, inspirar receio de que ao tempo da 
instrução criminal já não exista, o juiz 
poderá, de ofício ou a requerimento de 
qualquer das partes, tomar-lhe 
antecipadamente o depoimento. 
Prova 
OBJETO DA PROVA 
 
É a imputação penal (fatos) constante na 
denúncia. 
 
O réu se defende dos fatos e não da 
capitulação jurídica. 
 
Fatos não contestados ou incontroversos 
precisam ser comprovados, mesmo que o 
acusado confesse a prática do delito. 
Prova 
SISTEMA DE AVALIAÇÃO DA PROVA 
 
Persuasão Racional ou Convencimento 
Racional ou Livre Convencimento motivado: 
o juiz tem ampla liberdade na valoração das 
provas, as quais possuem todas o mesmo 
valor. Assim, o juiz deve fundamentar sua 
decisão. 
Prova 
Art. 155. O juiz formará sua convicção pela 
livre apreciação da prova produzida em 
contraditório judicial, não podendo 
fundamentar sua decisão exclusivamente nos 
elementos informativos colhidos na 
investigação,ressalvadas as provas 
cautelares, não repetíveis e antecipadas. 
Parágrafo único. Somente quanto ao estado 
das pessoas serão observadas as restrições 
estabelecidas na lei civil. 
Prova 
CONSEQUÊNCIAS: 
 
a) Não há prova de valor absoluto: todas as 
provas têm valor relativo; 
 
b) Deve o magistrado valorar todas as 
provas produzidas no processo; 
 
c) Somente são consideradas válidas as 
provas produzidas no processo. 
Prova 
PROVAS QUANTO AO ESTADO DAS 
PESSOAS: parágrafo único do art. 155 
 
a) No processo penal vigora a ampla 
liberdade probatória, podendo as partes 
valerem-se das provas inominadas e 
nominadas; 
 
b) Quanto ao Estado das Pessoas, a prova 
está submetida as restrições estabelecidas 
na lei civil. 
Prova 
Prova da Morte do acusado: certidão de óbito 
 
Art. 62. No caso de morte do acusado, o juiz 
somente à vista da certidão de óbito, e 
depois de ouvido o Ministério Público, 
declarará extinta a punibilidade. 
 
STJ, Súmula nº 74: Para efeitos penais, o 
reconhecimento da menoridade do réu requer 
prova por documento hábil. 
Prova 
ÔNUS DA PROVA 
 
Ônus da prova é o encargo que as partes têm 
de provar a veracidade das informações por 
ela formuladas ao longo do processo. 
Prova 
ÔNUS DA PROVA 
 
Art. 156. A prova da alegação incumbirá a quem 
a fizer, sendo, porém, facultado ao juiz de ofício: 
I – ordenar, mesmo antes de iniciada a ação 
penal, a produção antecipada de provas 
consideradas urgentes e relevantes, observando 
a necessidade, adequação e proporcionalidade 
da medida; 
II – determinar, no curso da instrução, ou antes 
de proferir sentença, a realização de diligências 
para dirimir dúvida sobre ponto relevante. 
Prova 
DISTRUIBUIÇÃO DO ÔNUS DA PROVA: 
 
Acusação: 
 
1. Fato típico (materialidade); 
2. Autoria e Participação; 
 
Defesa: 
1. Excludente de Ilicitude; 
2. Excludente de Culpabilidade; 
3. Causa Extintiva da Punibilidade: renúncia 
da vítima. 
Prova 
Observação: Para condenar, a acusação deve 
produzir um juízo de certeza. Já para absolver, 
basta que a defesa produza uma DÚVIDA 
RAZOÁVEL. 
Art. 386. O juiz absolverá o réu, mencionando a 
causa na parte dispositiva, desde que reconheça: 
[...] VI – existirem circunstâncias que excluam o 
crime ou isentem o réu de pena (arts. 20, 21, 22, 
23, 26 e 1º do art. 28, todos do Código Penal), 
ou mesmo se houver fundada dúvida sobre sua 
existência; 
VII – não existir prova suficiente para a 
condenação. 
Prova 
PROVAS NOMINADAS x INOMINADAS 
 
- Exame do corpo de delito e perícias em geral 
- Interrogatório 
- Confissão 
- Declarações do Ofendido 
- Prova Testemunhal 
- Prova Documental 
- Acareação 
- Reconhecimento de Pessoas e Coisas 
- Busca e Apreensão 
- Indícios 
Prova 
PROVAS EM ESPÉCIE 
 
EXAME PERICIAL 
“É o exame procedido por pessoa que tenha 
conhecimento técnico, científico ou domínio 
específico em determinada área do 
conhecimento. Afinal, não sendo o 
magistrado especialista em todas as áreas do 
saber, vale-se dos peritos para auxiliá-lo”. 
 
(TAVORA, Nestor; ALENCAR, Rosmar R.Curso de Direito 
Processual Penal. 7 ed. Salvador: JusPodvim, 2012, p. 402). 
Prova 
 
Em regra, a autoridade policial pode 
determinar a realização de qualquer perícia 
no curso do inquérito policial, com exceção 
do exame de sanidade mental. 
Prova 
PERITO OFICIAL E NÃO-OFICIAL 
 
O perito é um auxiliar do juízo, dotado de 
conhecimento técnico científico específico, tendo 
como função examinar o corpo de delito. 
 
Perito Oficial: 
 
a) Deve ser portador de diploma de curso 
superior; 
b) É investido na função por lei: é um funcionário 
público de carreira; 
c) 1 único perito oficial por perícia. 
Prova 
Perito Não Oficial: 
 
a) Deve ser portador de diploma de curso 
superior; 
b) É pessoa nomeada pelo juízo ou pela 
autoridade policial para realizar 
determinada perícia; 
c) Deve prestar o compromisso de bem 
desempenhar a sua função; 
d) 2 peritos não oficiais por perícia 
 
Leiam o art. 159 do CPP. 
Prova 
Perícia complexa: quando abranja mais de 
uma área de conhecimento técnico, sendo 
possível a designação de mais de um perito 
oficial. 
 
Art. 157, 7º: Tratando-se de perícia 
complexa que abranja mais de uma área de 
conhecimento especializado, poder-se-á 
designar a atuação de mais de um perito 
oficial, e a parte indicar mais de um 
assistente técnico. 
Prova 
QUESITOS E ASSISTENTE TÉCNICO 
 
Quesitos: MP, assistente da acusação, ofendido, 
querelante e o réu poderão formular quesitos ao 
perito. 
 
Assistente técnico: 
 É um auxiliar das partes; e, por consequência, 
tem uma função evidentemente parcial. 
 
 Não é considerado funcionário público; 
 
 Não comente o crime de falsa perícia. 
Prova 
 
Obs: O perito é um auxiliar do juízo e tem o 
dever de ser imparcial; 
 
Tanto o perito oficial, como o perito não-
oficial, são funcionários públicos e podem 
cometer o crime falsa perícia. 
Prova 
Obs: O perito é um auxiliar do juízo e tem o 
dever de ser imparcial; 
 
Tanto o perito oficial, como o perito não-
oficial, são funcionários públicos e podem 
cometer o crime falsa perícia. 
 
MOMENTO DE INGRESSO DO ASSIST. 
TÉCNICO: Será possível durante o curso do 
processo judicial; após sua admissão pelo 
juiz; e, após, elaboração do laudo pelos 
peritos oficiais. 
Prova 
Art. 159 
 
 3º Serão facultadas ao Ministério Público, 
ao assistente de acusação, ao ofendido, ao 
querelante e ao acusado a formulação de 
quesitos e indicação de assistente técnico. 
 
 4º O assistente técnico atuará a partir de 
sua admissão pelo juiz e após a conclusão 
dos exames e elaboração do laudo pelos 
peritos oficiais, sendo as partes intimadas 
desta decisão. 
Prova 
 5º Durante o curso do processo judicial, é 
permitido às partes, quanto à perícia: 
I – requerer a oitiva dos peritos para 
esclarecerem a prova ou para responderem a 
quesitos, desde que o mandado de intimação e 
os quesitos ou questões a serem esclarecidas 
sejam encaminhados com antecedência 
mínima de 10 (dez) dias, podendo apresentar 
as respostas em laudo complementar; 
II – indicar assistentes técnicos que poderão 
apresentar pareceres em prazo a ser fixado 
pelo juiz ou ser inquiridos em audiência. 
Prova 
 6º Havendo requerimento das partes, o 
material probatório que serviu de base à 
perícia será disponibilizado no ambiente do 
órgão oficial, que manterá sempre sua 
guarda, e na presença de perito oficial, para 
exame pelos assistentes, salvo se for 
impossível a sua conservação. 
 
Art. 176. A autoridade e as partes poderão 
formular quesitos até o ato da diligência. 
Prova 
REALIZAÇÃO DA PERÍCIA: Laudo 
 
Com a realização da perícia, é produzido o 
laudo pericial, que deve englobar tudo o que 
foi analisado pelo perito. O laudo é 
datilografado e subscrito pela autoridade que 
o produziu. 
 
Prova 
PRAZO: 10 dias, podendo ser prorrogado. 
 
Art. 160. Os peritos elaborarão o laudo 
pericial, onde descreverão minuciosamente o 
que examinarem, e responderão aos quesitos 
formulados. 
 
Parágrafo único. O laudo pericial será 
elaborado no prazo máximo de 10 dias, 
podendo este prazo ser prorrogado, em 
casos excepcionais, a requerimento dos 
peritos. 
Prova 
SISTEMA DE APRECIÇÃO DO LAUDO PERICIAL 
Adota-seo sistema liberatório, isto é, o juiz pode 
aceitar ou rejeitar o laudo pericial, uma vez que o 
ordenamento jurídico adotou o sistema do livre 
convencimento motivado. 
 
Art. 182. O juiz não ficará adstrito ao laudo, 
podendo aceitá-lo ou rejeitá-lo, no todo ou em 
parte. 
art. 184. Salvo o caso de exame de corpo de 
delito, o juiz ou a autoridade policial negará a 
perícia requerida pelas partes, quando não for 
necessária ao esclarecimento da verdade. 
Prova 
EXAME DE CORPO DE DELITO 
É o conjunto de vestígios materiais deixados 
pela infração, podendo ser a própria 
materialidade do delito. 
 
Porém, nem toda infração deixa vestígios. 
Assim, a doutrina divide as infrações em: 
 
a) Transeuntes: não deixam vestígios. Ex.: 
Injúria verbal 
b) Não Transeuntes: deixam vestígios. Ex.: 
Homicídio. 
Prova 
Para as infrações não-transeuntes existe o 
exame de corpo de delito. 
 
Nas infrações que deixam vestígios, será 
indispensável o exame de corpo de delito. 
 
Pode ser determinado tanto pela autoridade 
policial como pelo juiz. 
 
Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, será 
indispensável o exame de corpo de delito, direto 
ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do 
acusado. 
Prova 
 
 
Exame de Corpo de Delito DIRETO: é aquele 
em que os peritos dispõem do próprio corpo 
de delito (materialidade) para analisar. 
 
Ex.: A vítima que comparece ao IML após a 
agressão. 
Prova 
Exame de Corpo de Delito INDIRETO: 
Corrente Majoritária: quando não for possível a 
realização do exame direto em virtude do 
desaparecimento dos vestígios, a prova 
testemunhal ou documental poderá suprir sua 
essência. 
- não há laudo pericial, mas tão somente prova 
documental ou testemunhal suprindo a ausência 
do exame de corpo de delito. 
 
Art. 167. Não sendo possível o exame de corpo 
de delito, por haverem desaparecido os vestígios, 
a prova testemunhal poderá suprir-lhe a falta. 
CPP – DA PROVA PERICIAL 
Art. 175. Serão sujeitos a exame os 
instrumentos empregados para a prática da 
infração, a fim de se Ihes verificar a natureza 
e a eficiência. 
 
Exemplo: arma de fogo. 
 
Art. 184. Salvo o caso de exame de corpo de 
delito, o juiz ou a autoridade policial negará a 
perícia requerida pelas partes, quando não 
for necessária ao esclarecimento da verdade. 
Prova 
Obs. 1: O exame de corpo de delito por ser 
realizado em qualquer dia e qualquer horário. 
 
Art. 169. Para o efeito de exame do local onde 
houver sido praticada a infração, a autoridade 
providenciará imediatamente para que não se 
altere o estado das coisas até a chegada dos 
peritos, que poderão instruir seus laudos com 
fotografias, desenhos ou esquemas elucidativos. 
Parágrafo único. Os peritos registrarão, no 
laudo, as alterações do estado das coisas e 
discutirão, no relatório, as conseqüências dessas 
alterações na dinâmica dos fatos. 
Prova 
Obs. 2: Em regra, o laudo pericial não é 
obrigatório para ajuizamento da ação penal, 
pois pode ser juntando ao longo do 
processo. 
 
Duas exceções: 
a) Laudo provisório de constatação da 
natureza da droga: laudo firmado por perito 
ou pessoa idônea. O laudo definitivo deverá 
ser firmado por 2 peritos oficiais; 
b) Crimes contra a propriedade imaterial. 
Prova 
CONSEQUENCIA DA FALTA DE EXAME DE 
CORPO DE DELITO DIRETO 
 
- Se ainda for possível realizar o exame de 
corpo de delito, será reconhecida a nulidade 
absoluta do processo; 
 
- Se não for mais possível realizar o exame de 
corpo de delito, a consequência será a 
absolvição do réu, por ausência de 
materialidade. 
CPP – DA PROVA PERICIAL 
Peculiaridades: 
a) Perícia em cadáver (art. 162 a 166): 
 
 Art. 162. A autópsia será feita pelo menos seis horas 
depois do óbito, salvo se os peritos, pela evidência dos 
sinais de morte, julgarem que possa ser feita antes 
daquele prazo, o que declararão no auto. 
 
Parágrafo único. Nos casos de morte violenta, bastará o 
simples exame externo do cadáver, quando não houver 
infração penal que apurar, ou quando as lesões externas 
permitirem precisar a causa da morte e não houver 
necessidade de exame interno para a verificação de 
alguma circunstância relevante. 
CPP – DA PROVA PERICIAL 
Peculiaridades: 
a) Perícia em cadáver: 
 
Art. 163. Em caso de exumação para exame cadavérico, 
a autoridade providenciará para que, em dia e hora 
previamente marcados, se realize a diligência, da qual se 
lavrará auto circunstanciado. 
 
Parágrafo único. O administrador de cemitério público 
ou particular indicará o lugar da sepultura, sob pena de 
desobediência. No caso de recusa ou de falta de quem 
indique a sepultura, ou de encontrar-se o cadáver em 
lugar não destinado a inumações, a autoridade 
procederá às pesquisas necessárias, o que tudo 
constará do auto. 
CPP – DA PROVA PERICIAL 
Peculiaridades: 
 
a) Perícia em cadáver: 
 
Art. 164. Os cadáveres serão sempre fotografados 
na posição em que forem encontrados, bem como, 
na medida do possível, todas as lesões externas e 
vestígios deixados no local do crime. 
 
Art. 165. Para representar as lesões encontradas 
no cadáver, os peritos, quando possível, juntarão 
ao laudo do exame provas fotográficas, esquemas 
ou desenhos, devidamente rubricados. 
CPP – DA PROVA PERICIAL 
Peculiaridades: 
b) Perícia em caso de lesões corporais: 
 
Art. 168. Em caso de lesões corporais, se o 
primeiro exame pericial tiver sido incompleto, 
proceder-se-á a exame complementar por 
determinação da autoridade policial ou judiciária, 
de ofício, ou a requerimento do Ministério Público, 
do ofendido ou do acusado, ou de seu defensor. 
 
§ 1º No exame complementar, os peritos terão 
presente o auto de corpo de delito, a fim de suprir-
lhe a deficiência ou retificá-lo. 
CPP – DA PROVA PERICIAL 
Peculiaridades: 
 
b) Perícia em caso de lesões corporais: 
 
§ 2º Se o exame tiver por fim precisar a 
classificação do delito no art. 129, § 1º, I, do Código 
Penal, deverá ser feito logo que decorra o prazo de 
30 dias, contado da data do crime (lesão corporal 
grave  Incapacidade para as ocupações 
habituais, por mais de trinta dias). 
 
§ 3º A falta de exame complementar poderá ser 
suprida pela prova testemunhal. 
CPP – DA PROVA PERICIAL 
Peculiaridades: 
c) Perícia no local do crime (ex: incêndio): 
 
Art. 169. Para o efeito de exame do local onde houver 
sido praticada a infração, a autoridade providenciará 
imediatamente para que não se altere o estado das 
coisas até a chegada dos peritos, que poderão instruir 
seus laudos com fotografias, desenhos ou esquemas 
elucidativos. 
 
Parágrafo único. Os peritos registrarão, no laudo, as 
alterações do estado das coisas e discutirão, no 
relatório, as conseqüências dessas alterações na 
dinâmica dos fatos. 
CPP – DA PROVA PERICIAL 
Peculiaridades: 
c) Perícia no local do crime (ex: incêndio): 
 
Art. 173. No caso de incêndio, os peritos 
verificarão a causa e o lugar em que houver 
começado, o perigo que dele tiver resultado 
para a vida ou para o patrimônio alheio, a 
extensão do dano e o seu valor e as demais 
circunstâncias que interessarem à elucidação 
do fato. 
CPP – DA PROVA PERICIAL 
Peculiaridades: 
d) Perícia de laboratório: 
 
Art. 170. Nas perícias de laboratório, os peritos 
guardarão material suficiente para a 
eventualidade de nova perícia. Sempre que 
conveniente, os laudos

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