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PROCESSO DO TRABALHO I

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Professora TatianaBhering Roxo
BIBLIOGRAFIA
Carlos Henrique BezerraLeite - Curso de Direito Processual do Trabalho, Saraiva.
Mauro Schiavi
Gustavo Filipe BarbosaGarcia
VADEMECUM
CLT Organizada: Aryanna Linhares (Manfridini) / Carlos Henrique Bezerra Leite
AULA 01: JURISDIÇÃO TRABALHISTA - I)O Estado, a Política, o Processo e os Direitos
Humanos. II) Direito Processual do Trabalho: Conceito, fontes e princípios. III)
Organização da Justiçado Trabalho.
I) O Estado, a Política, o Processo e osDireitos Humanos.
Estado Liberal: Século XVII e XVIII. Mínima intervenção estatal, o própriomercado se
organiza e as partes são capazes de resolverem entre si os conflitos. Direitos de
primeira geração; civis e políticos. O Estado se preocupava apenas comaexistência da
jurisdição, se aplicava o direito civil e não havia uma grande preocupação estatal
quanto ao processo em si. Crise do Estado Liberal em razão do “excesso” de liberdade
e igualdade.
Estado Social: Século XX, o Estado passa atuar mais no âmbito das políticas públicas,
afim de reduzir as desigualdades. Constituições importantes;México (1917)e Alemanha
(1919). Forte avanço dos direitos sociais. Preocupação com o direito de ação.
Surgimento das regras que efetivam esse direito. Princípio da isonomia - igualdade.
1970 - Crise do Petróleo, o Estado entra em colapso por estar sobrecarregado
(questõesprevidenciárias por exemplo).
Estado Democrático de Direito: CR/88. (Art. 5º) Valorização do Direito do Trabalho,
ocorrência de algumas flexibilizações (ex:…salvo negociação coletiva). Princípios que
visam a melhor eficácia do processo (constitucionalização dos processos), garantias
fundamentais para ambas as partes. CPC - 2015 (arts. 1º ao 12) Normas básicas
processuais fundamentais que devem ser aplicadas a qualquer processo. Juiz como
gestor do processo enão mais comopresidente (gerir de formaeficiente).
II)Direito Processual do Trabalho:Conceito, fontes eprincípios.
II) Conceito: É o instrumento/meio através do qual o Estado exerce a jurisdição na
pacificação dos conflitos de naturezatrabalhista.
III) Fontes: MATERIAL: Direito do Trabalho (relação trabalhista). FORMAIS: I)Diretas:
usos (abrangência territorialpequena - regionais. Ex: impugnação oralna audiência
em SP), costumes (abrangência nacional. Ex: protesto) e leis: CR/88, CLT, CPC, Lei
5.584/70, LEF. OBS: O CPC é aplicado ao processo do trabalho? Sim,
SUBSIDIARIAMENTE e desde que presentesos seguintes requisitos: haja OMISSÃO
na CLT + haja COMPATIBILIDADE com as normas processuais trabalhistas. Art.
769. Nos casos omissos, o direito processual comumserá fonte subsidiária do
direito processual do trabalho, exceto naquilo em que for incompatível comas
normas deste Título. OMISSÃO: tem que ser normativa (ausência de norma na
CLT). Omissão ontológica: tem a norma na CLT mas ela é antiquada, não é
compatível com a sociedade atual que vivemos. Omissão axiológica: tem a norma
na CLT, mas a sua aplicação é inconveniente, injusta, no CPC tem uma norma
muito mais justa, conveniente ao caso. Ex: multa de 10% no CPC após o prazo de
15dias. Art. 15 - CPC. Na ausência de normas que regulem processos eleitorais,
trabalhistas ou administrativos, as disposições deste Código lhes serão
aplicadas supletiva e subsidiariamente. Supletiva: não quando temomissão, mas
sim para auxiliar/melhorar. ENUNCIADO 66. APLICAÇÃO SUBSIDIÁRIA DE
NORMAS DO PROCESSO COMUM AO PROCESSO TRABALHISTA. OMISSÕES
ONTOLÓGICA E AXIOLÓGICA. ADMISSIBILIDADE. Diante do atual estágio de
desenvolvimento do processo comum e da necessidade de se conferir
aplicabilidade à garantia constitucional da duração razoável do processo, os
artigos 769 e 889 da CLT comportam interpretação conforme a Constituição
Federal, permitindo a aplicação de normas processuais mais adequadas à
efetivação do direito. Aplicação dos princípios da instrumentalidade,
efetividade e não-retrocesso social. II) Indiretas: doutrina e jurisprudência
(súmula vinculantes tem força de lei então deveria estar como fonte direta). OBS:
REFORMA TRABALHISTA - Inclusão no artigo 8º dos parágrafos 1º (retira a
compatibilidade atualmente descrita no parágrafo único do mesmo artigo), 2º
(súmulas e OJS não poderão mais criar obrigações) e 3º (verifica apenas aspectos
formais das normas coletivas, o conteúdo não poderá)da CLT. ARTIGO ATUAL >
Art. 8º As autoridades administrativas e a Justiça do Trabalho, na falta de
disposições legais ou contratuais, decidirão, conforme o caso, pela
jurisprudência, por analogia, por eqüidade e outros princípios e normas gerais
de direito, principalmente do direito do trabalho, e, ainda, de acordo com os
usos e costumes, o direito comparado, mas sempre de maneira que nenhum
interesse de classe ou particular prevaleça sobre o interesse público.
Parágrafo único - O direito comum será fonte subsidiária do direito do
trabalho, naquilo em que não for incompatível com os princípios
fundamentais deste. III) Explicitação: (Art. 8º) equidade, analogia e princípios
(força normativa).
IV) Princípios: Conceito: são mandados de otimização, sendo normas que podemser
satisfeitas em diferentes graus, de acordo com as circunstâncias tácitas e jurídicas
de cada caso. Funções: normativa(princípio é norma), integradora(quando houver
omissão na lei), interpretação, informadora/inspiradora (direcionada ao legislador
no momento da elaboração das leis).
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS COMPATÍVEIS COMOPROCESSODOTRABALHO
V) Princípio da igualdade/isonomia: paridade de tratamento entre as partes. Art. 5º
CF - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes: I - homens e mulheres são iguais em
direitos e obrigações, nos termos desta Constituição. Art. 7o CPC - É
assegurada às partes paridade de tratamento em relação ao exercício de
direitos e faculdades processuais, aos meios de defesa, aos ônus, aos deveres
e à aplicação de sanções processuais, competindo ao juiz zelar pelo efetivo
contraditório.
VI) Princípio do juiz (promotor)natural: Art. 5º CF - LIII - ninguém será processado
nem sentenciado senão pela autoridade competente.
VII)Princípio da inafastabilidade do poder judiciário (acesso ao poder judiciário): Art. 5º
CF - XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou
ameaça a direito. Art. 3o CPC - Não se excluirá da apreciação jurisdicional
ameaça ou lesão a direito.
VIII) Princípio do contraditório: direito de se manifestar sobre o ato processual da
outra parte. Art. 5º (CF) LV - aos litigantes, em processo judicial ou
administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e
ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes. Art. 10. CPC - O juiz
não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em fundamento a
respeito do qual não se tenha dado às partes oportunidade de se manifestar,
ainda que se trate de matéria sobre a qualdeva decidir de ofício.
IX) Princípio daAmplaDefesa: garantia conferida as parte de defender os seus direitos.
Art. 5º (CF) LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos
acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os
meios e recursos a ela inerentes. Art. 7º CPC - É assegurada às partes
paridade de tratamento em relação ao exercício de direitos e faculdades
processuais, aos meios de defesa, aos ônus, aos deveres e à aplicação de
sanções processuais, competindo ao juiz zelar pelo efetivo contraditório.
X) Princípio do devido processo legal: garantia de um processo justo e constitucional
para que as partes vivamem umambiente de segurança jurídica. Art. 5º - CF. LIV
- ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo
legal.
XI) Princípio da publicidade dos atos: via de regra os atos são públicos, ressalvadosos
processos que tramitam sob segredo de justiça. Art. 5º (CF) LX - a lei só poderá
restringir a publicidadedos atos processuais quando a defesa da intimidade ou
o interesse social o exigirem. Art. 93 (CF) - IX - todos os julgamentos dos
órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as
decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em
determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a
estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do
interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação. Art. 11
CPC - Todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e
fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade.
XII)Princípio da persuasão racional ou livre convencimento do juiz: Livre
convencimento dentro do que consta dos autos e emdecisão fundamentada. Art.
1º e 3º CF Art. 8º CPC - Ao aplicar o ordenamento jurídico, o juiz atenderá aos
fins sociais e às exigências do bem comum, resguardando e promovendo a
dignidade da pessoa humana e observando a proporcionalidade, a
razoabilidade, a legalidade, a publicidadee a eficiência.
XIII) Princípio da imparcialidade do juiz: Art. 95 CF. Os juízes gozam das seguintes
garantias: Parágrafo único. Aos juízes é vedado: II - receber, a qualquer título
ou pretexto, custas ou participação em processo. Art. 144. CPC - Há
impedimento do juiz, sendo-lhe vedado exercer suas funções no processo: I -
em que interveio como mandatário da parte, oficiou como perito, funcionou
como membro do Ministério Público ou prestou depoimento como
testemunha. (E outras hipóteses) Art. 148. CPC - Aplicam-se os motivos de
impedimento e de suspeição: III - aos demais sujeitos imparciais do processo.
Art. 801. CLT - O juiz, presidente ou vogal, é obrigado a dar-se por suspeito, e
pode ser recusado, por algum dos seguintes motivos, em relação à pessoa
dos litigantes: a) inimizade pessoal; b) amizade íntima; c) parentesco por
consangüinidade ou afinidade até o terceiro grau civil; d) interesse particular
na causa.
XIV) Princípio da fundamentação das decisões: Art. 93 (CF) - IX - todos os
julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas
todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em
determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a
estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do
interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação. Art.
489 CPC - São elementos essenciais da sentença: II - os fundamentos, em que
o juiz analisará as questões de fato e de direito.
XV)Princípio do duplo grau de jurisdição: todas as partes tem direito de ver a sua
decisão revista por outro julgador. Concretização da segurança jurídica.
XVI) Princípio da razoabilidade do processo: Art. 5º - CF) LXXVIII - a todos, no
âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do
processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação. Art. 4º
CPC - As partes têm o direito de obter em prazo razoável a solução integral
do mérito, incluída a atividade satisfativa.
XVII) Princípio do ativismo judicial: O juiz deve manter uma postura ativa no processo,
colocando em prática todos os princípios acima. Art. 765 CLT - Os Juízos e
Tribunais do Trabalho terão ampla liberdade nadireção do processo e velarão
pelo andamento rápido das causas, podendo determinar qualquer diligência
necessária ao esclarecimento delas.
PRINCÍPIOSDO PROCESSOCIVIL NOPROCESSODOTRABALHO
XVIII)Princípio do dispositivo/demanda: Art. 2o - CPC - O processo começa por
iniciativa da parte e se desenvolve por impulso oficial, salvo as exceções
previstas em lei.
XIX)Princípio do inquisitivo/impulso oficial: O processo sedesenvolve por impulso oficial,
cabe ao juiz através do ativismo realizar esse impulso. Art. 2o - CPC - O processo
começa por iniciativa da parte e se desenvolve por impulso oficial, salvo as
exceções previstas em lei. Art. 139. CPC - O juiz dirigirá o processo conforme
as disposições deste Código, incumbindo-lhe: I - assegurar às partes
igualdade de tratamento; II - velar pela duração razoável do processo; III -
prevenir ou reprimir qualquer ato contrário à dignidade. Art. 769. CLT - Nos
casos omissos, o direito processual comum será fonte subsidiária do direito
processual do trabalho, exceto naquilo em que for incompatível com as
normas deste Título. e da justiça e indeferir postulações meramente
protelatórias.
XX)Princípio da instrumentalidade: meio pelo qual efetiva direitos. Art. 180. O
Ministério Público gozará de prazo em dobro para manifestar-se nos autos,
que terá início a partir de sua intimação pessoal, nos termos do art. 183, § 1o.
Art. 277. CPC - Quando a lei prescrever determinada forma, o juiz considerará
válido o ato se, realizado de outromodo, lhe alcançar a finalidade.
XXI)Princípio da impugnação especificada: o réu na contestação precisa se manifestar
necessariamente sob todos os pontos arguidos na inicial, sob pena de preclusão e
presunção de verdadeiro os fatos. Art. 341e 342 CPC. Art. 341. Incumbe também
ao réu manifestar-se precisamente sobre as alegações de fato constantes da
petição inicial, presumindo-se verdadeiras as não impugnadas. Art. 342.
Depois da contestação, só é lícito ao réu deduzir novas alegações quando: I -
relativas a direito ou a fato superveniente; II - competir ao juiz conhecer delas
de ofício; III - por expressa autorização legal, puderem ser formuladas em
qualquer tempo e grau de jurisdição.
XXII) Princípio da eventualidade: o autor deve colocar todas as teses de ataque na
inicial e o réu na contestação, não podendo inovar emsede recursal. Art. 366 CPC
Art. 366. Encerrado o debate ou oferecidas as razões finais, o juiz proferirá
sentença em audiência ou no prazo de30 (trinta)dias.
XXIII) Princípio da estabilidade da lide: Art. 108 e 329 CPC Art. 108. No curso do
processo, somente é lícita a sucessão voluntária das partes nos casos
expressos em lei. // Art. 329. O autor poderá: I - até a citação, aditar ou
alterar o pedido ou a causa de pedir, independentemente de consentimento
do réu; II - até o saneamento do processo, aditar ou alterar o pedido e a
causa de pedir, com consentimento do réu, assegurado o contraditório
mediante a possibilidade de manifestação deste no prazo mínimo de 15
(quinze)dias, facultado o requerimento de prova suplementar.
XXIV) Princípio da preclusão: a parte deve falar na primeira oportunidade dada a ela,
ou dentro do prazo previsto. Art. 278. CPC - A nulidade dos atos deve ser
alegada na primeira oportunidade em que couber à parte falar nos autos, sob
pena de preclusão. Art. 795. CLT - As nulidades não serão declaradas senão
mediante provocação das partes, as quais deverão argüi-las à primeira vez
em que tiverem de falar em audiência ou nos autos.
XXV) Princípio da economia processual: obter o máximo de resultado com o mínimo
de atos processuais possível. Art. 4º e 6º CPC Art. 4o As partes têm o direito de
obter em prazo razoável a solução integral do mérito, incluída a atividade
satisfativa. Art. 6o Todos os sujeitos do processo devem cooperar entre si
para que se obtenha, em tempo razoável, decisão demérito justa e efetiva.
XXVI) Princípio da perpetuatio jurisdicionis: via de regra a competência não pode ser
modificada. Art. 43 CPC Art. 43. Determina-se a competência no momento do
registro ou da distribuição da petição inicial, sendo irrelevantes as
modificações do estado de fato ou de direito ocorridas posteriormente, salvo
quando suprimiremórgão judiciário ou alterarem a competência absoluta.
XXVII)Princípio do ônus da prova: Art. 373 CPC. O ônus da prova incumbe: I - ao
autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito; II - ao réu, quanto à
existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor. Art.
818 CLT. A prova das alegações incumbe à parte que as fizer.(REFORMA
TRABALHISTA). Inversão do ônus da prova(Art. 6º VIII - CDC - a facilitação da
defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu
favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou
quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências.).
Distribuição dinâmica do ônus daprova.
XXVIII) Princípio da oralidade: o princípio da oralidade caracteriza uma função
imprescindível na instrução processual. Desta forma, este princípio garante ao juiz
uma participação maior na condução do processo e segurança jurídica na dilação
probatória. Assim sendo, a oralidade corresponde um direito fundamental
determinado pelo diálogo processual, ou seja, pela comunicação entre as partes.
Art. 840. CLT - A reclamação poderá ser escrita ou verbal. Art. 850. CLT -
Terminada a instrução, poderão as partes aduzir razões finais, em prazo não
excedente de 10 (dez) minutos para cada uma. Em seguida, o juiz ou
presidente renovará a proposta de conciliação, e não se realizando esta, será
proferida a decisão.
XXIX) Princípio da boa fé processual: Art. 5º CPC - Aquele que de qualquer forma
participa do processo deve comportar-se deacordo com aboa-fé.
XXX) Princípio da cooperação/colaboração: Art. 6º CPC - Todos os sujeitos do
processo devem cooperar entre si para que se obtenha, em tempo razoável,
decisão demérito justa e efetiva.
XXXI) Princípio da vedação da decisão surpresa: Sempre antes de decidir o juiz deve
dar oportunidade as partes de se manifestarem, até mesmo as de ordempública.
Art. 10 CPC - O juiz não pode decidir, em grau algumde jurisdição, com base
em fundamento a respeito do qual não se tenha dado às partes oportunidade
de se manifestar, ainda que se trate de matéria sobre a qual deva decidir de
ofício.
XXXII)Princípio da primazia da decisão demérito: Art. 6º, 10 Art. 76. CPC - Verificada
a incapacidade processual ou a irregularidade da representação da parte, o
juiz suspenderá o processo e designará prazo razoável para que seja sanado
o vício.
XXXIII) Princípio da observância da ordemcronológica de conclusão:Art. 12 CPC
- Os juízes e os tribunais atenderão, preferencialmente, à ordem cronológica
de conclusão para proferir sentença ou acórdão. (Redação dada pela LEI Nº
13.256, DE 4 DE FEVEREIRODE 2016)
PRINCÍPIOS ESPECIAIS DO PROCESSODO TRABALHO
XXXIV) Princípio da proteção: no processo do trabalho também há desigualdade
entre o empregado e empregador, por isso protege-se o empregado concedendo
algumas normas protetoras. Postura ainda mais proativa por parte do magistrado.
Inversão do ônus da prova também é um exemplo. Artigos 844, 791, 840, 899 P
4º, CLT. Art. 844. O não-comparecimento do reclamante à audiência importa
o arquivamento da reclamação, e o não-comparecimento do reclamado
importa revelia, além de confissão quanto à matéria de fato. Parágrafo único.
Ocorrendo, entretanto, motivo relevante, poderá o presidente suspender o
julgamento, designando nova audiência.
XXXV)Princípio da finalidade social: Artigo 5º LINDB - Na aplicação da lei, o juiz
atenderá aos fins sociais a que ela se dirige e às exigências do bem comum.
Artigo 765, CLT - Os Juízos e Tribunais do Trabalho terão ampla liberdade na
direção do processo e velarão pelo andamento rápido das causas, podendo
determinar qualquer diligência necessária ao esclarecimento delas. O juiz tem
que entender qual a finalidade do direito do trabalho, então deve-se atuar visando o
cumprimento da finalidade social da lei. Relacionado também com o ativismo
judicial.
XXXVI) Princípio busca da verdade real: inspirado na primazia da realidade do
direito do trabalho.O juiz devebuscar a verdade real, proferindo uma sentença que
mais se aproxime da realidade. Não deve se ater somente ao que as partes
alegarem, pois cada uma delas irá provar o que for conveniente pra si, importante
formar uma opinião que se aproxime da realidade de fato. O juiz tem autonomia
para buscar provas afim de concretizar esse princípio. Ex: solicitar testemunha do
juízo para esclarecer os fatos. Maior responsabilização do juiz. Emcaso de dúvidas
o melhor é converter o julgamento em diligência. Artigo 765, CLT - Os Juízos e
Tribunais do Trabalho terão ampla liberdade nadireção do processo e velarão
pelo andamento rápido das causas, podendo determinar qualquer diligência
necessária ao esclarecimento delas.
XXXVII) Princípio da indisponibilidade: reflexo da proteção. A indisponibilidade do
direito do trabalhomaterial se mantém noprocesso do trabalho. Cabe ao juiz zelar
por isso, controlando e verificando se o empregado não está abrindo mão de
algum dos seus direitos. Ex: na homologação de acordos.
XXXVIII) Princípio da conciliação: Artigos 746, 846 e 850 CLT. Art. 846. Aberta a
audiência, o juiz ou presidente proporá a conciliação. Art. 850. Terminada a
instrução, poderão as partes aduzir razões finais, em prazo não excedente de
10 (dez) minutos para cada uma. Em seguida, o juiz ou presidente renovará a
proposta de conciliação, e não se realizando esta, será proferida a decisão.
No processo do trabalho existe dois momentos emque é obrigatória a tentativade
conciliação. Momentos obrigatórios: 1º após o comparecimento das partes a
sala de audiência o juiz deve perguntar se há acordo, 2º após as razões finais e
antes de proferir a sentença. Isso não impede que o juiz a qualquer momento
tente uma proposta de acordo. As tentativas obrigatórias devem acontecer sob
penade nulidade do processo. ACORDO PELOOBJETODO PEDIDO:só extingue
os pedidos que estão na inicial (são quitados), só há coisa julgada em relação ao
que foi pedido na inicial. Existe a possibilidade de ajuizar nova ação pedindo outras
coisas (caso tenha esquecido por exemplo). OU ACORDO PELO EXTINTO
CONTRATO DE TRABALHO: dar quitação no contrato inteiro, na relação de
emprego, e o empregado não podemais ajuizar nenhuma ação trabalhista contra
a empresa. OJ-SDI2-132 AÇÃO RESCISÓRIA. ACORDO HOMOLOGADO.
ALCANCE. OFENSA À COISA JULGADA. DJ 04.05.2004 Acordo celebrado -
homologado judicialmente - em que o empregado dá plena e ampla quitação,
sem qualquer ressalva, alcança não só o objeto da inicial, como também todas
as demais parcelas referentes ao extinto contrato de trabalho, violando a
coisa julgada, a propositura de nova reclamação trabalhista. O acordo é
irrecorrível para as partes: Art. 831. A decisão será proferida depois de
rejeitada pelas partes a proposta de conciliação.Parágrafo único. No caso de
conciliação, o termo que for lavrado valerá como decisão irrecorrível, salvo
para a Previdência Social quanto às contribuições que lhe forem devidas. É
recorrível para o INSS porque ele pode ter interesse no acordo, achando que as
partes fraudaram as parcelas (salariais e indenizatórias)para o não pagamento do
que é devido ao INSS nas parcelas salariais, irá recorrer através de Agravo de
Petição. OBS:O ACORDO PODE SER FEITOA QUALQUER MOMENTO, fase de
conhecimento, fase de execução, fase recursal. Regra que tem que obedecer caso
seja feito depois da sentença: tem que haver a mesma proporcionalidade entre as
parcelas salariais e indenizatórias. Ex: acordo de 60.000,00 - 30.000,00 de parcelas
salariais e 30.000,00 de parcelas indenizatórias. Se não houver essa proporção o
INSS recorre e o juiz não homóloga o acordo. O JUIZ NÃO É OBRIGADO A
HOMOLOGAR ACORDO (DECISÃO INTERLOCUTÓRIA) Súmula Nº 418 TST -
Mandado de segurança visando á concessão de liminar ou homologação de
acordo. A concessão de liminar ou a homologação de acordo constituem
faculdade do juiz, inexistindo direito líquido e certo tutelável pela via do
mandado de segurança. Não é possívelMandado de Segurança contra a decisão
do juiz emnão homologar o acordo.
XXXIX) Princípio da normatização coletiva: Art. 114. CF - Compete à Justiça do
Trabalho processar e julgar: § 2º - Recusando-se qualquer das partes à
negociação coletiva ou à arbitragem, é facultado às mesmas,de comum
acordo, ajuizar dissídio coletivo de natureza econômica, podendo a Justiça do
Trabalho decidir o conflito, respeitadas as disposições mínimas legais de
proteção ao trabalho, bem como as convencionadas anteriormente. Dissídio
coletivo - sentença normativa. A justiça do trabalho temcompetência paraproferir
sentença normativa, a sentença tem poder de criar norma para a categoria. Ex: a
sentença cria norma para todos os empregados vinculados aquele sindicato. Isso
ocorre somente no TRT ou no TST, não pode o juiz do trabalho proferir essa
sentença.
XL) Princípio da irrecorribilidade das decisões interlocutória/concentração: é a regra
oposta do processo civil. Art. 893. Das decisões são admissíveis os seguintes
recursos: § 1º - Os incidentes do processo são resolvidos pelo próprio Juízo
ou Tribunal, admitindo-se a apreciação do merecimento das decisões
interlocutórias somente em recursos da decisão definitiva. As decisões
interlocutórias na justiça do trabalho devemser protestadas (para não precluir o
direito), senão é perdida a oportunidade de discutir amatéria no recurso principal.
Para os casos graves (violação de direito líquido e certo) é impetradoMandado de
Segurança. EXCEÇÃO: Súmula Nº 214 - Decisão interlocutória. Irrecorribilidade.
Decisão Interlocutória. Irrecorribilidade. Na Justiça do Trabalho, nos termos
do art. 893, § 1º, da CLT, as decisões interlocutórias não ensejam recurso
imediato, salvo nas hipóteses de decisão: c) que acolhe exceção de
incompetência territorial, com a remessa dos autos para Tribunal Regional
distinto daquele a que se vincula o juízo excepcionado, consoante o disposto
no art. 799, § 2º, da CLT. Nesse caso cabe recurso ordinário, quando manda para
outro TRT.
XLI)Princípio do jus postulandi: As partes podem ajuizar ação sem a presença de
advogado. Tanto para o empregado, empregador ou sindicato. Art. 791. Os
empregados e os empregadores poderão reclamar pessoalmente perante a
Justiça do Trabalho e acompanhar as suas reclamações até o final. § 1º - Nos
dissídios individuais os empregados e empregadores poderão fazer-se
representar por intermédio do sindicato, advogado, solicitador, ou
provisionado, inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil. § 2º - Nos dissídios
coletivos é facultada aos interessados a assistência por advogado. § 3o A
constituição de procurador com poderes para o foro em geral poderá ser
efetivada, mediante simples registro em ata de audiência, a requerimento
verbal do advogado interessado, com anuência da parte representada.
(Redação dada pela Lei nº 12.437, de 2011). SúmulaNº 425 - JUS POSTULANDI
NA JUSTIÇA DO TRABALHO. ALCANCE - Res. 165/2010, DEJT divulgado em
30.04.2010 e 03 e 04.05.2010 O jus postulandi das partes, estabelecido no art.
791 da CLT, limita-se às Varas do Trabalho e aos Tribunais Regionais do
Trabalho, não alcançando a ação rescisória, a ação cautelar, o mandado de
segurança e os recursos de competência do Tribunal Superior do Trabalho. A
súmula trás exceções por discutirem matéria de Direito (logo precisa de
advogado). O até o final que o artigo 791fala, é até a instância ordinária (Recurso
Ordinário vai para o TRT). No TST não pode sem advogado, nem nas Ações
Rescisórias, Mandado de Segurançae Ação Cautelar.
XLII) Princípio da extrapetição: o juiz pode deferir um pedido que não foi feito
expressamente na inicial mas que decorrede umdireito discutido epedido na ação.
Pedido implícito. Ex: Reintegração no emprego - conversão da reintegração em
indenização. Súmula Nº 211 - Juros de mora e correção monetária.
Independência do pedido inicial e do título executivo judicial. Os juros de mora
e a correção monetária incluem-se na liquidação, ainda que omisso o pedido
inicial ou a condenação.
O direito processual do trabalho é autônomo, tendo regras próprias aplicadas somente
a ele.
III)Organização da Justiça do Trabalho. Artigos 111ao 116 CF
A justiça do trabalho no Brasilé vinculado à União.
XLIII) TribunalSuperior do Trabalho - TST (3º grau):
Art. 111-A. O Tribunal Superior do Trabalho compor-se-á de vinte e sete Ministros,
escolhidos dentre brasileiros commais de trinta e cinco anos e menos de sessenta
e cinco anos, de notável saber jurídico e reputação ilibada, nomeados pelo
Presidente daRepública após aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal,
sendo: (Redação dadapela EmendaConstitucional nº 92, de 2016)
I - um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade
profissional e membros do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos
de efetivo exercício, observado o disposto no art. 94;
II - os demais dentre juízes dos Tribunais Regionais do Trabalho, oriundos da
magistratura da carreira, indicados pelo próprio Tribunal Superior.
§ 1º - A lei disporá sobre a competência do Tribunal Superior do Trabalho.
§ 2º - Funcionarão junto ao Tribunal Superior do Trabalho:
I - a EscolaNacional de Formação e Aperfeiçoamento deMagistrados do Trabalho,
cabendo-lhe, dentre outras funções, regulamentar os cursos oficiais para o
ingresso e promoção na carreira;
II - o Conselho Superior da Justiça do Trabalho, cabendo-lhe exercer, na forma da
lei, a supervisão administrativa, orçamentária, financeira e patrimonial da Justiça
do Trabalho de primeiro e segundo graus, como órgão central do sistema, cujas
decisões terão efeito vinculante.
§ 3º Compete ao Tribunal Superior do Trabalho processar e julgar,
originariamente, a reclamação para a preservação de sua competência e garantia
da autoridade de suas decisões. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 92, de
2016)
• Sede: Brasília.
• Jurisdição: todoterritório nacional.
• Composição: 27Ministrosbrasileiros (natosou naturalizados), commais de35 anos e
menos de 65 anos, nomeados pelo Presidente da República após aprovação pela
maioria absoluta do Senado Federal, sendo: * 1/5 dentre advogados e membros do
Ministério Público do Trabalho commais de 10 anos de exercício da profissão; * os
demais oriundos da magistratura de carreira (juiz do trabalho por concurso público
que passoupelas promoções na carreira), indicados pelo próprio TST.
• Junto ao TST funcionam:ENAMAT - EscolaNacional daMagistratura Trabalhista. CSJT
- Conselho Superior da Justiça do Trabalho (as decisões sobre distribuição
orçamentária vinculam a primeira e segunda jurisdição) faz a supervisão
administrativa, financeira, orçamentária e patrimonial da Justiça do Trabalho e suas
decisões temefeito vinculante.
• Órgãos do TST:
• S.A. - Sessão Administrativa.
• S.D.I - Sessão deDissídios Individuais se dividemem subseções: SDI I e SDI II (ações
especiais:Mandado de Segurança eAção Rescisória)
• S.D.C - Sessão de Dissídios Coletivos
• Tribunal Pleno: Reunião dos 27 Ministros, modificação da jurisprudência (súmulas
por exemplo)
• Turmas
B) Tribunais Regionais do Trabalho - TRT (2º Grau)
Art. 115. Os Tribunais Regionais do Trabalho compõem-se de, no mínimo, sete
juízes, recrutados, quando possível, na respectiva região, e nomeados pelo
Presidente da República dentre brasileiros com mais de trinta e menos de
sessenta e cinco anos, sendo:
I - um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade
profissional e membros do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos
de efetivo exercício, observado o disposto no art. 94;
II - os demais, mediante promoção de juízes do trabalho por antigüidade e
merecimento, alternadamente.
§ 1º - Os Tribunais Regionais do Trabalho instalarão a justiça itinerante, com a
realização de audiências e demais funções de atividade jurisdicional, nos limites
territoriais da respectiva jurisdição, servindo-se de equipamentos públicos e
comunitários.
§ 2º - Os Tribunais Regionais do Trabalho poderão funcionar
descentralizadamente, constituindo Câmaras regionais, a fimde assegurar o pleno
acesso do jurisdicionado à justiça em todas as fases do processo.
• Sede: (Cuidado como artigo 674 CLT)dependede cada TRT. Ex: TRT 3ª Região:BH,
TRT 2ª Região: SP, TRT 15ª Região:Campinas, TRT 1ª Região:RJ.
• Jurisdição: TRT 3ª Minas Gerais, TRT 2ª São Paulo e Região Metropolitana (ABCD),
TRT 15ª Interior de São Paulo, TRT 1ª Rio de Janeiro
• Composição: mínimo de 7 Desembargadores (Juizes) recrutados, quando possível,
na respectiva região, brasileiros (natos ou naturalizados), com mais de 30 anos e
menos de 65 anos, sendo: * 1/5 dentre advogados e membros do Ministério Público
do Trabalho commais de 10 anos de exercício da profissão; * os demais oriundos da
magistratura de carreira (juiz do trabalho por concurso público que passou pelas
progressões na carreira).
• Junto aos TRT’s funcionam:
• Justiça itinerante: Para que o TRT consiga acompanhar os julgamentos distantes de
sua sede. Art. 115 - CF. § 1º - Os Tribunais Regionais do Trabalho instalarão a
justiça itinerante, com a realização de audiências e demais funções de atividade
jurisdicional, nos limites territoriais da respectiva jurisdição, servindo-se de
equipamentos públicos e comunitários.
• Câmaras Regionais: Art. 115 - CF. § 2º - Os Tribunais Regionais do Trabalho
poderão funcionar descentralizadamente, constituindo Câmaras regionais, a fim
de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à justiça em todas as fases do
processo.
C)Juizes do Trabalho:
Art. 112. A lei criará varas da Justiça do Trabalho, podendo, nas comarcas não
abrangidas por sua jurisdição, atribuí-la aos juízes de direito, com recurso para o
respectivo Tribunal Regional do Trabalho.
Art. 116. Nas Varas do Trabalho, a jurisdição será exercida por um juiz singular.
• Composição: As varas do trabalho compõe-sede 1Juiz do Trabalho Titular e 1Juiz do
Trabalho Substituto, que ingressam na carreira através de concurso público de
provas e títulos. A Lei pode atribuir ao Juiz de Direito a competência trabalhista
(Art.112 - CF), o Recurso Ordinário é encaminhado para o TRT que abrange a região
ondeo Juiz de Direito de se encontra.
• Ministério Público do Trabalho: Vinculado ao MP da União. Procuradores. Artigos
127 e 128, CF. Lei Complementar 75/93
Art. 127. O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função
jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime
democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis.
Art. 128. O Ministério Público abrange:
I - oMinistério Público daUnião, que compreende:
a)o Ministério Público Federal;
b)o Ministério Público do Trabalho;
c)o Ministério PúblicoMilitar;
d)o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios;
• Regulamentação: atuação tanto como parte como fiscal da lei. Art. 83. L.C 75/93 -
Compete ao Ministério Público do Trabalho o exercício das seguintes
atribuições junto aos órgãos da Justiça do Trabalho:
I - promover as ações que lhe sejam atribuídas pela Constituição Federal e pelas
leis trabalhistas;
II - manifestar-se em qualquer fase do processo trabalhista, acolhendo solicitação
do juiz ou por sua iniciativa, quando entender existente interesse público que
justifique a intervenção;
III - promover a ação civil pública no âmbito da Justiça do Trabalho, para defesa
de interesses coletivos, quando desrespeitados os direitos sociais
constitucionalmente garantidos;
IV - propor as ações cabíveis para declaração denulidade de cláusula de contrato,
acordo coletivo ou convenção coletiva que viole as liberdades individuais ou
coletivas ou os direitos individuais indisponíveis dos trabalhadores;
V - propor as ações necessárias à defesa dos direitos e interesses dos menores,
incapazes e índios, decorrentes das relações de trabalho;
VI - recorrer das decisões da Justiça do Trabalho, quando entender necessário,
tanto nos processos em que for parte, como naqueles em que oficiar como fiscal
da lei, bem como pedir revisão dos Enunciados da Súmula de Jurisprudência do
Tribunal Superior do Trabalho;
VII - funcionar nas sessões dos Tribunais Trabalhistas, manifestando-se
verbalmente sobre a matéria em debate, sempre que entender necessário, sendo
-lhe assegurado o direito de vista dos processos em julgamento, podendo solicitar
as requisições e diligências que julgar convenientes;
VIII - instaurar instância em caso de greve, quando a defesa da ordem jurídica ou
o interesse público assimo exigir;
IX - promover ou participar da instrução e conciliação em dissídios decorrentes
da paralisação de serviços de qualquer natureza, oficiando obrigatoriamente nos
processos, manifestando sua concordância ou discordância, em eventuais acordos
firmados antes da homologação, resguardado o direito de recorrer em caso de
violação à lei e à
Constituição Federal;
X - promover mandado de injunção, quando a competência for da Justiça do
Trabalho;
XI - atuar como árbitro, se assim for solicitado pelas partes, nos dissídios de
competência da Justiça do Trabalho;
XII - requerer as diligências que julgar convenientes para o correto andamento
dos processos e para amelhor solução das lides trabalhistas;
XIII - intervir obrigatoriamente em todos os feitos nos segundo e terceiro graus
de jurisdição da Justiça do Trabalho, quando a parte for pessoa jurídica de Direito
Público, Estado estrangeiro ou organismo internacional.
• Formas deatuação:
• Extrajudicial: instaurar inquérito civil e outros procedimentos administrativos,
requisitar à autoridade administrativa federal competente (MTE) a instauração de
procedimentos administrativos, podendo inclusive acompanhá-los.
Art. 84. L.C 75/93 - Incumbe ao Ministério Público do Trabalho, no âmbito das
suas atribuições, exercer as funções institucionais previstas nos Capítulos I, II, III
e IV do Título I, especialmente:
I - integrar os órgãos colegiados previstos no § 1º do art. 6º, que lhes sejam
pertinentes;
II - instaurar inquérito civil e outros procedimentos administrativos, sempre que
cabíveis, para assegurar a observânciados direitos sociais dos trabalhadores;
III - requisitar à autoridade administrativa federal competente, dos órgãos de
proteção ao trabalho, a instauração de procedimentos administrativos, podendo
acompanhá-los e produzir provas;
IV - ser cientificado pessoalmente das decisões proferidas pela Justiça do
Trabalho, nas causas em que o órgão tenha intervido ou emitido parecer escrito;
V - exercer outras atribuições que lhe forem conferidas por lei, desde que
compatíveis com sua finalidade.
TAC: Lei 7.347/85 Artigo 8º, p 1º. Art. 8º Para instruir a inicial, o interessado poderá
requerer às autoridades competentes as certidões e informações que julgar
necessárias, a serem fornecidas no prazo de 15 (quinze) dias. § 1º - O Ministério
Público poderá instaurar, sob sua presidência, inquérito civil, ou requisitar, de
qualquer organismo público ou particular, certidões, informações, exames ou
perícias, no prazo que assinalar, o qual não poderá ser inferior a 10 (dez) dias
úteis.
• Judicial:
- Custus legis/fiscal dalei:
- Parte:
Ex: participar dos julgamentos no TRT tacitamente (sempre está presentenas sessões
de julgamento). Se verificar que tem interesse público ele pode manifestar ali mesmo.
Ex: caso da professora na sessão aqui em BH, que posteriormente foi ajuizada ação
civil pública.
AULA 02: COMPETÊNCIA
2.1)COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO
Conceito: A medida da jurisdição de cada órgão judicial. É a competência que diz se o
juiz podeounão julgar determinado processo. Tem que haver a competência para que
seja legitimado o exercício da jurisdição.
XLIV) Competência emrazão damatéria/Competência material: é a causa de pedir e o
pedido que podemser levados a justiça do trabalho. Se não observar esse fator a
nulidade será absoluta = INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA, que deverá ser arguida
pelo Réu na Contestação em sede de preliminar, pedindo a extinção do processo
sem resolução do mérito. (Art. 337. Incumbe ao réu, antes dediscutir o mérito,
alegar: II - incompetência absoluta e relativa. + Art. 485. O juiz não resolverá
o mérito quando: IV- verificar a ausência de pressupostos de constituição e
de desenvolvimento válido e regular do processo. CPC). Posteriormente pode
ser decretada de oficio se não for alegada na Contestação (Art. 485 § 3o O juiz
conhecerá de ofício da matéria constante dos incisos IV, V, VI e IX, em
qualquer tempo e grau de jurisdição, enquanto não ocorrer o trânsito em
julgado.). EMENDA CONSTITUCIONAL N. 45/2004: antes dela só podia discutir
relação de emprego na justiça do trabalho, agora pode-se também a relação de
emprego/relação de trabalho.
A.1) Competência Material Original: Art. 114 CF. É originariamente prevista na
Constituição.
Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar:
I - as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito
público externo e da administração pública direta e indireta daUnião, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios; Relação de trabalho abrange; relação de
emprego (sociedade de economia mista e empresa pública), estágio, representante
comercial, autônomos, corretor, trabalho voluntário, avulso, empreitada, etc…Em
algum desses casos pode aplicar até as regras do direito civil, a emenda apoiou a
competência material.
EXCEÇÕES:
1º Relação de consumo não vai pra justiça do trabalho (verificar se o consumidor final
está presente). No exemplo do João e a clínica estética ele pode ir na justiça do
trabalho coma aplicação do direito civil, foi ampliada a regra processual. (O João pode
questionar arelação dele coma clínica na justiça do trabalho, coma cliente não.)
2º Ação de profissional liberal contra cliente vai para a justiça comum (relação de
consumo) Súmula Nº 363 - Compete à Justiça estadual processar e julgar a ação
de cobrança ajuizada por profissional liberal contra cliente.
3º Relação de trabalho no âmbito da administração pública direta, autárquica e
fundacional: OBS: a CF/88 no Art. 39 dizia que os concursados eram estatuários
(regime jurídico único). Emenda Constitucional 19/98 (altera o artigo 39) diz que os
concursados podem ser celetistas ou estatutários. STF ADI 2135/2007: declarou
inconstitucionalidade da emenda 19 e disse que os concursados são pelo regime
jurídico único estatutário. ADIN 3395: quando o servidor for estatutário vai para a
justiça comum (súmulas STJ: Súmula Nº 137 - Compete a Justiça Comum Estadual
processar e julgar ação de servidor públicomunicipal, pleiteando direitos relativos
ao vinculo estatutário. SúmulaNº 97 - Compete a Justiça do Trabalho processar e
julgar reclamação de servidor público relativamente a vantagens trabalhistas
anteriores a instituição do regime jurídico único. Súmula Nº 170 - Compete ao
juízo onde primeiro for intentada a ação envolvendo acumulação de pedidos,
trabalhista e estatutário, decidi-la nos limites da sua jurisdição, sem prejuízo do
ajuizamento de nova causa, com o pedido remanescente, no juízo próprio.),
quando for celetista vai para justiça do trabalho. Trabalhador temporário na
administração pública (Art. 37. A administração pública direta e indireta de
qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e
eficiência e, também, ao seguinte: IX - a lei estabelecerá os casos de contratação
por tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional
interesse público. CF)vai paraa justiçacomum (R.EXT. 573.202)
II - as ações que envolvam exercício do direito de greve; tudo que envolve greve
temque ser discutido perante ajustiça do trabalho.
OBS:Discutir a ilicitude da greve praonde vai? Não existe greve ilícita, pode-se discutir
a abusividade da greve também perante a justiça do trabalho. Súmula Vinculante 23
STF - A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar ação
possessória ajuizada em decorrência do exercício do direito de greve pelos
trabalhadores da iniciativa privada. Inclusive questões possessórias são discutidas na
justiça do trabalho.
OBS 2: Greve de servidor público estatutário é na justiça comum. SúmulaNº 189 TST
- Greve. Competência da Justiça do Trabalho. Abusividade. A Justiça do Trabalho
é competente para declarar a abusividade, ou não, da greve.
III - as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e
trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores; Tudo que diz respeito a sindicato
é na justiça do trabalho. Ex: discussão de eleição sindical, representação sindical,
cobrança de contribuição sindical.
IV - os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data , quando o ato
questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição; Mandado de injunção, Ação
Civil Pública. Quase impossível o habeas corpus por não ter prisão na justiça do
trabalho: Súmula Vinculante 25 STF - É ilícita a prisão civil de depositário infiel,
qualquer que seja a modalidadedo depósito.
V - os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista,
ressalvado o disposto no art. 102, I, o; pode ser positivo (dois juízes entendem ser
competentes)ounegativo (dois juízes entende não ser competente).
• Juiz VT BHX Juiz VT Contagem- TRT 3º Região
• Juiz VT BHX Juiz VT SP - TST
• Juiz VT BHX TRT 2º Região - TST
• TRT 3º Região X TRT 2º Região - TST
• Juiz de Direito BH X Juiz VT Betim - Sempre que ocorrer conflitos com justiça
diferente o STJjulgará.
• TJMG- TRT 3º Região - STJ
• STJX TST - STF
• Juiz VT BH X TRT 3º Região - NÃO TEM CONFLITO (subordinação - hierarquia)
Súmula 420, TST SúmulaNº 420 - Competência funcional. Conflito negativo. TRT
e Vara do Trabalho de idêntica região. Não configuração. Não se configura
conflito de competência entre Tribunal Regional do Trabalho e Vara do Trabalho
a ele vinculada.
Conflito de competência naCLT:
Art. 808. Os conflitos de jurisdição de que trata o art. 803 serão resolvidos:
a) pelos Tribunais Regionais, os suscitados entre Juntas e entre Juízos de Direito,
ou entre umae outras, nas respectivas regiões;
b)pela Câmara de Justiça do Trabalho, os suscitados entre Tribunais Regionais, ou
entre Juntas e Juízos de Direito sujeitos à jurisdição de Tribunais Regionais
diferentes;
c) pelo Conselho Pleno, os suscitados entre as Câmaras de Justiça do Trabalho e
de Previdência Social; (Tacitamente revogada pelo Decreto-lei nº 9.797, de 09-09-
46, DOU11-09-46)
d)pelo Supremo Tribunal Federal, os suscitados entre as autoridades da Justiça do
Trabalho e as da Justiça Ordinária.
Art. 809. Nos conflitos de jurisdição entre as Juntas e os Juízos de Direito
observar-se-á o seguinte:
I - o juiz ou presidente mandará extrair dos autos as provas do conflito e, com a
sua informação, remeterá o processo assim formado, no mais breve prazo
possível, ao Presidente do Tribunal Regional competente;
II - no Tribunal Regional, logo que der entrada o processo, o presidente
determinará a distribuição do feito, podendo o relator ordenar imediatamente às
Juntas e aos Juízos, nos casos de conflito positivo, que sobrestejam o andamento
dos respectivos processos, e solicitar, ao mesmo tempo, quaisquer informações
que julgue convenientes. Seguidamente, será ouvida a Procuradoria, após o que o
relator submeterá o feito a julgamento naprimeira sessão;
III - proferida a decisão, será a mesma comunicada, imediatamente, às
autoridades em conflito, prosseguindo no foro julgado competente.
Art. 810. Aos conflitos de jurisdição entre os Tribunais Regionais aplicar-se-ão as
normas estabelecidas no artigo anterior.
Art. 811. Nos conflitos suscitados na Justiça do Trabalho entre as autoridades desta
e os órgãos da Justiça Ordinária, o processo do conflito, formado de acordo com
o inciso I do art. 809, será remetido diretamente ao presidente do Supremo
Tribunal Federal.
VI - as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da
relação de trabalho; não se limita apenas a reparação de danos morais e patrimonial,
tudo que envolva relação de trabalho será de competênciada justiça do trabalho.
Aplicando os dispositivos legais do código civil (responsabilidade civil, reparação do
dano). Súmula TST Súmula nº 392 - DANO MORAL E MATERIAL. RELAÇÃO DE
TRABALHO. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO (redação alterada em
sessão do Tribunal Pleno realizada em 27.10.2015) - Res. 200/2015, DEJT divulgado
em 29.10.2015 e 03 e 04.11.2015 Nos termos do art. 114, inc. VI, da Constituição da
República, a Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar ações de
indenização por dano moral e material, decorrentes da relação de trabalho,
inclusive as oriundas de acidente de trabalho e doenças a ele equiparadas, ainda
que propostas pelos dependentes ou sucessores do trabalhador falecido. Súmula
Vinculante 22 STF Súmula Vinculante 22 A Justiça do Trabalho é competente para
processar e julgar as ações de indenização por danos morais e patrimoniais
decorrentes de acidente de trabalho propostas por empregado contra
empregador, inclusive aquelas que ainda não possuíam sentença de mérito em
primeiro grau quando da promulgação da Emenda Constitucional nº 45/04.
Acidente de trabalho (lucros cessantes, pensão): ações contra empregadores.
Observar que ações contra o INSS (concessão ou não do benéfico, valores) é na
justiça federal.
Outros exemplos:
1- cadastramento do PIS/PASEP Seguro Desemprego (quando a empresa não paga e
por isso o empregado perde este benefício) Súmulas TST: Súmula Nº 300 -
Competência da Justiça do Trabalho. Cadastramento no PIS. Compete à Justiça do
Trabalho processar e julgar ações ajuizadas por empregados em face de
empregadores relativas ao cadastramento no Programa de Integração Social
(PIS). Súmula Nº 389 - Seguro-desemprego. Competência da Justiça do Trabalho.
Direito à indenização por não liberação de guias. I - Inscreve-se na competência
material da Justiça do Trabalho a lide entre empregado e empregador tendo por
objeto indenização pelo não-fornecimento das guias do seguro-desemprego. II -
O não-fornecimento pelo empregador da guia necessária para o recebimento do
seguro-desemprego dá origem ao direito à indenização. 2 - Meio ambiente do
trabalho: Art. 200 CF. Ao sistema único de saúde compete, além de outras
atribuições, nos termos da lei: VIII - colaborar na proteção do meio ambiente,
nele compreendido o do trabalho. e Súmula Nº 736 STF - Compete à Justiça do
Trabalho julgar as ações que tenham como causa de pedir o descumprimento de
normas trabalhistas relativas à segurança, higiene e saúde dos trabalhadores.
3 - Ações Possesórias: ex: do caseiro que não sai do imóvel em razão do término da
relação de emprego (a discussão gira emtorno da relação deemprego).
EXCEÇÃO (QUE NÃO VAI PRA JUSTIÇA DO TRABALHO): Aposentadoria
Complementar - R.Ext. 586.453 vaipara a justiça comum. *Modulação dos efeitos: se a
justiça do trabalho já proferiusentença permanece lá, se não vai pra justiça comum.
VII - as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos
empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho; Penalidades
impostas peloMTE =Autosde infração.
OBS: A justiça do trabalho não temcompetência criminal. ADI - 3684.
A.2)Competência Material Derivada: Lei federal podeampliar a competência da justiça
do trabalho. Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: IX - outras
controvérsias decorrentes da relação de trabalho, na formada lei.
Exemplos:
Art. 643, p3º, CLT. Art. 643. Os dissídios, oriundos das relações entre empregados
e empregadores bem como de trabalhadores avulsos e seus tomadores de
serviços, em atividades reguladas na legislação social, serão dirimidos pela Justiça
do Trabalho, de acordo com o presente Título e na forma estabelecida pelo
processo judiciário do trabalho. § 3º - A Justiça do Trabalho é competente, ainda,
para processar e julgar as ações entre trabalhadores portuários e os operadores
portuários ou o Órgão Gestor de Mão-de-Obra - OGMO decorrentes da relação
de trabalho.
Art. 652, a, III, CLT. Art. 652. Compete às Juntas de Conciliação e Julgamento: a)
conciliar e julgar:III - os dissídios resultantes de contratos de empreitadas em que
o empreiteiro seja operário ou artífice.
REFORMA TRABALHISTA: acrescentauma hipótese (13/11/2017): inclusão no Art. 652,
a, letra F, autorizando a homologação de acordo extrajudicial na justiça do trabalho, de
acordo com o novo procedimento estabelecido nos arts. 855 A até 855 E que cria o
processo de jurisdição voluntária na justiça do trabalho. Empresa e empregado vão a
justiça como acordo já pronto pedindo apenas homologação, presença obrigatória de
advogado para ambas partes.
A.3) Competência Material Normativa: aquela que possui relação com o princípio da
normatização coletiva. Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: §
2º - Recusando-se qualquer das partes à negociação coletiva ou à arbitragem, é
facultado às mesmas, de comum acordo, ajuizar dissídio coletivo de natureza
econômica, podendo a Justiça do Trabalho decidir o conflito, respeitadas as
disposições mínimas legais de proteção ao trabalho, bem como as
convencionadas anteriormente. Súmula Nº 190 TST - Poder normativo do TST.
Condições de trabalho. Inconstitucionalidade. Decisões contrárias ao STF. Ao
julgar ou homologar ação coletiva ou acordo nela havido, o Tribunal Superior do
Trabalho exerce o poder normativo constitucional, não podendo criar ou
homologar condições de trabalho que o Supremo Tribunal Federal julgue
iterativamente inconstitucionais. Só podedistribuir dissídio coletivo no TRT ouTST.
A.4) Competência Material Executória: Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho
processar e julgar: VIII - a execução, de ofício, das contribuições sociais previstas
no art. 195, I, a , e II, e seus acréscimos legais, decorrentes das sentenças que
proferir. Art. 876, CLT - As decisões passadas em julgado ou das quais não tenha
havido recurso com efeito suspensivo; os acordos, quando não cumpridos; os
termos de ajuste de conduta firmados perante o Ministério Público do Trabalho e
os termos de conciliação firmados perante as Comissões de Conciliação Prévia
serão executada pela forma estabelecida neste Capítulo. Parágrafo único. Serão
executadas ex-officio as contribuições sociais devidas em decorrência de decisão
proferida pelos Juízes e Tribunais do Trabalho, resultantes de condenação ou
homologação de acordo, inclusive sobre os salários pagos durante o período
contratual reconhecido.; Súmula 368. TST.- DESCONTOS PREVIDENCIÁRIOS E
FISCAIS. COMPETÊNCIA. RESPONSABILIDADE PELO PAGAMENTO. FORMA DE
CÁLCULO (redação do item II alterada na sessão do Tribunal Pleno realizada em
16.04.2012)
I - A Justiça do Trabalho é competente para determinar o recolhimento das
contribuições fiscais. A competência da Justiça do Trabalho, quanto à execução
das contribuições previdenciárias, limita-se às sentenças condenatórias em
pecúnia queproferir e aos valores, objeto de acordo homologado, que integrem o
salário-de-contribuição. (ex-OJ nº 141da SBDI-1- inserida em 27.11.1998)
II. É do empregador a responsabilidade pelo recolhimento das contribuições
previdenciárias e fiscais, resultante de crédito do empregado oriundo de
condenação judicial, devendo ser calculadas, em relação à incidência dos
descontos fiscais, mês a mês, nos termos do art. 12-A da Lei n.º 7.713, de
22/12/1988, coma redação dadapela Lei nº 12.350/2010.
III. Em se tratando de descontos previdenciários, o critério de apuração encontra
-se disciplinado no art. 276, §4º, do Decreto n º 3.048/1999 que regulamentou a
Lei nº 8.212/1991e determina quea contribuição do empregado, no caso de ações
trabalhistas, seja calculada mês a mês, aplicando-se as alíquotas previstas no art.
198, observado o limite máximo do salário de contribuição. (ex-OJs nºs 32 e 228
da SBDI-1 inseridas, respectivamente, em 14.03.1994 e 20.06.2001)
Súmula nº 454 - COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO. EXECUÇÃO DE
OFÍCIO. CONTRIBUIÇÃO SOCIAL REFERENTE AO SEGURODE ACIDENTE DE
TRABALHO (SAT). ARTS. 114, VIII, E 195, I, A, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA.
(conversão da Orientação Jurisprudencial nº 414 da SBDI-1) Res. 194/2014, DEJT
divulgado em 21, 22 e 23.05.2014 - Compete à Justiça do Trabalho a execução, de
ofício, da contribuição referente ao Seguro de Acidente de Trabalho (SAT), que
tem natureza de contribuição para a seguridade social (arts. 114, VIII, e 195, I, a,
da CF), pois se destina ao financiamento de benefícios relativos à incapacidade do
empregado decorrente de infortúnio no trabalho (arts. 11 e 22 da Lei nº
8.212/1991).
A Justiça do Trabalho é competenteparaexecutar:
• Sentenças queproferir;
• A contribuição social (INSS) que incidir sobre as parcelas de natureza salarial
trabalhistas deferidas nas sentenças condenatórias ou homologatórias de acordo,
serão discutidas na justiça do trabalho (Competência executória). INSS comomatéria
principal: NÃO PODE - INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA (nesse caso alega a
incompetência empreliminar de contestação).
B)Competência emrazão das pessoas:
- Trabalhador (empregado)
- Tomador de serviços (empregador)
- Sindicato
- Ministério Público do Trabalho
- INSS
- União (questão de impugnação deauto de infração)
- Entes de Direitos Público Externo (Estado estrangeiro): atuam no exercício de atos
de império (prática a respeito de decisões internas: Política, econômica, social.
Quanto à isso eles possuem imunidade TOTAL) e atos de gestão (praticam atos
burocráticos do dia a dia, para que possam funcionar. Ex: contratação. Não tem
imunidade de jurisdição, então podem ser processado na justiça do trabalho, mas
tem imunidade de execução, ouseja, será feito por carta rogatória a execução)
- Organismos internacionais: OJ-SDI1-416. Imunidade de jurisdição. Organização ou
organismo internacional. (Divulgada no DeJT 14/02/2012) As organizações ou
organismos internacionais gozam de imunidade absoluta de jurisdição quando
amparados por norma internacional incorporada ao ordenamento jurídico
brasileiro, não se lhes aplicando a regra do Direito Consuetudinário relativa à
natureza dos atos praticados. Excepcionalmente, prevalecerá a jurisdição
brasileira na hipótese de renúncia expressa à cláusula de imunidade
jurisdicional. Depende dasua formade criação e danormareguladora.
C)Competência em razão do lugar ou territorial: Nulidade relativa que o juiz não pode
arguir de ofício, o réu deve fazer na Contestação. Art. 337 CPC. Incumbe ao réu,
antes de discutir o mérito, alegar: II - incompetência absoluta e relativa. § 5o
Excetuadas a convenção de arbitragem e a incompetência relativa, o juiz
conhecerá de ofício das matérias enumeradas neste artigo. Art. 799 CLT. Nas
causas da jurisdição da Justiça do Trabalho, somente podem ser opostas, com
suspensão do feito, as exceções de suspeição ou incompetência. § 1º - As demais
exceções serão alegadas como matéria de defesa. § 2º - Das decisões sobre
exceções de suspeição e incompetência, salvo, quanto a estas, se terminativas do
feito, não caberá recurso, podendo, no entanto, as partes alegá-las novamente
no recurso que couber da decisão final.
REGRA: Art. 651. A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento é
determinada pela localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado,
prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou
no estrangeiro. Local da prestação dos serviços (privilégio para a produção de
provas). *A lei precisa ser modificada nesse ponto* Quando são em vários locais a
doutrina diz que é no último, para a FGV podeser no último ouemqualquer umdeles.
EXCEÇÕES: Art. 651, § 1º - Quando for parte de dissídio agente ou viajante
comercial, a competência será da Junta da localidade em que a empresa tenha
agência ou filial e a esta o empregado esteja subordinado e, na falta, será
competente a Junta da localização em que o empregado tenha domicílio ou a
localidade mais próxima. - (agente ou viajante comercial) Trabalhador externo, olhar
para a atividade do empregado, se ele trabalha em vários locais, é outra regra. Ex:
vendas de produtos. Aqui a competência será a sede/filial a que o empregado esteja
subordinado.Na falta de sede, por exemplo a empresa é virtual, a competência será do
local do domicílio do empregado.
Art. 651, § 3º - Em se tratando de empregador que promova realização de
atividades fora do lugar do contrato de trabalho, é assegurado ao empregado
apresentar reclamação no foro da celebração do contrato ou no daprestação dos
respectivos serviços. (atividade da empresa) É aplicado para empresas que
promovema atividade fora do lugar da celebração do contrato/da sua sede. Ex: circo,
empresa de reflorestamento. A competência será do local da celebração do contrato
ou no local da prestação dos serviços. OJ-SDI2-149 CONFLITO DE COMPETÊNCIA.
INCOMPETÊNCIA TERRITORIAL. HIPÓTESE DO ART. 651, § 3º, DA CLT.
IMPOSSIBILIDADEDE DECLARAÇÃO DE OFÍCIO DE INCOMPETÊNCIA RELATIVA.
(DEJT divulgado em 03, 04 e 05.12.2008) Não cabe declaração de ofício de
incompetência territorial no caso do uso, pelo trabalhador, da faculdade prevista
no art. 651, § 3º, da CLT. Nessa hipótese, resolve-se o conflito pelo
reconhecimento da competência do juízo do local ondea ação foi proposta.
Art. 651 § 2º - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento,
estabelecida neste artigo, estende-se aos dissídios ocorridos em agência ou filial
no estrangeiro, desde que o empregado seja brasileiro e não haja convenção
internacional dispondo em contrário. Aplica a regra do Brasil para beneficiar o
empregado.
OBS: cláusula de foro de eleição: relação de emprego (nulo Art. 9º Serão nulos de
pleno direito os atos praticados com o objetivo de desvirtuar, impedir ou fraudar
a aplicação dos preceitos contidos na presente Consolidação.) Essa cláusula é
válida só paracontratocivil e paraas relações de trabalho.Ex: corretor e a imobiliária.
OBS2: Ação civil pública - OJ 130, SDI - II, TST OJ-SDI2-130. AÇÃO CIVIL PÚBLICA.
COMPETÊNCIA. LOCAL DO DANO. LEI Nº 7.347/1985, ART. 2º. CÓDIGO DE
DEFESA DO CONSUMIDOR, ART. 93 (redação alterada na sessão do Tribunal
Pleno realizada em 14.09.2012) - Res. 186/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e
27.09.2012
I - A competência para a Ação Civil Pública fixa-sepela extensão do dano.
II - Em caso de dano de abrangência regional, que atinja cidades sujeitas à
jurisdição demais de uma Vara do Trabalho, a competência será de qualquer das
varas das localidades atingidas, ainda que vinculadas a Tribunais Regionais do
Trabalho distintos.
III - Em caso de dano de abrangência suprarregional ou nacional, há competência
concorrente para a Ação Civil Pública das varas do trabalho das sedes dos
Tribunais Regionais do Trabalho.
IV - Estará prevento o juízo a que aprimeira ação houver sido distribuída.
2.2)ALTERNATIVAS À JURISDIÇÃO:
XLV) Mediação e Arbitragem: Art. 114 CF prevê como alternativa somente quando se
tratar de Direito coletivo, emrazão dos direitos indisponíveis. Quando passa parao
coletivo é possível relativizar alguns desses direitos coletivos. Crítica: os meios
alternativos são muito caros, o que dificulta o seu uso e faz comque seja raro sua
aplicação. Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: § 1º -
Frustrada a negociação coletiva, as partes poderão eleger árbitros. § 2º -
Recusando-se qualquer das partes à negociação coletiva ou à arbitragem, é
facultado às mesmas, de comum acordo, ajuizar dissídio coletivo de natureza
econômica, podendo a Justiça do Trabalho decidir o conflito, respeitadas as
disposições mínimas legais de proteção ao trabalho, bem como as
convencionadas anteriormente. OBS - REFORMA TRABALHISTA: Novo Art.
507-A, CLT. Quem ganha mais de 11 mil reais poderá ser sujeito dos meios
alternativos de resolução de conflitos, entretanto isso poderá gerar problemas em
razão da indisponibilidade dos direitos trabalhistas.
XLVI) Comissões de Conciliação Prévia - CPP’S: órgão paritário instituídono âmbito
do sindicato do empregador ou da empresa com representação de ambas as
partes. O empregado ao invés de ir à justiça pode recorrer a essa comissão, onde
será lavrado um termo de conciliação. Art. 625-E. Aceita a conciliação, será
lavrado termo assinado pelo empregado, pelo empregador ou seu proposto e
pelos membros daComissão, fornecendo-se cópia às partes. Parágrafo único.
O termo de conciliação é título executivo extrajudicial e terá eficácia
liberatória geral, exceto quanto às parcelas expressamente ressalvadas.
PROBLEMA: Art. 625-D. Qualquer demanda de natureza trabalhista será
submetida à Comissão de Conciliação Prévia se, na localidadedaprestação de
serviços, houver sido instituída a Comissão no âmbito da empresa ou do
sindicato da categoria. Era obrigatório passar pela comissão antes de recorrer ao
judiciário. O STF decidiu que o artigo é inconstitucional porque fere o direito de
acesso à justiça.
OBS - REFORMA TRABALHISTA: Novo Art. 855-B a 855-E, CLT. JURISDIÇÃO
VOLUNTÁRIA: Possibilidade das partes fazeremacordo fora do judiciário e ir na justiça
só para homologar. *Fala que pode fazer acordo que verse sobre verbas rescisórias
(direito indisponível)* O juiz decide se marca audiência ou se profere a sentença de
homologação.
AULA 03: ATOS, TERMOS EPRAZOS PROCESSUAIS.
3.1)ATOS PROCESSUAIS - Arts. 770 a 782, CLT / Arts. 188 e ss., CPC
Fatos processuais: acontecimento involuntário que gera modificação no processo. Ex:
autor da açãomorre (substituição pelo espólio).
Ato processual: acontecimento voluntário praticado no processo. Ex: contestar,
interpor umrecurso, etc.
Características dos atosprocessuais:
- Públicos: Art. 770 CLT e 189, CPC. A regra é que o ato seja público, se quiser
segredo de justiça tem que pedir. Art. 770. Os atos processuais serão públicos
salvo quando o contrário determinar o interesse social, e realizar-se-ão nos
dias úteis das 6 (seis) às 20 (vinte) horas. Art. 189. Os atos processuais são
públicos, todavia tramitam em segredo de justiça os processos: I - em que o
exija o interesse público ou social; II - que versem sobre casamento, separação
de corpos, divórcio, separação, união estável, filiação, alimentos e guarda de
crianças e adolescentes; III - em que constem dados protegidos pelo direito
constitucional à intimidade; IV - que versem sobre arbitragem, inclusive sobre
cumprimento de carta arbitral, desde que a confidencialidade estipulada na
arbitragem seja comprovadaperante o juízo.
- Registrados a termo e juntados ao processo: Art. 771e 777, CLT. Art. 771. Os atos
e termos processuais poderão ser escritos a tinta, datilografados ou a carimbo.
Art. 777. Os requerimentos e documentos apresentados, os atos e termos
processuais, as petições ou razões de recursos e quaisquer outros papéis
referentes aos feitos formarão os autos dos processos, os quais ficarão sob a
responsabilidade dos escrivães ou secretários. Tem que ser registrado, hoje em
dia vendo sendo muito flexível a forma desse registro. A CLT é um pouco atrasada.
CURIOSIDADE: Arts. 193 -199 CPC traz práticas digitais. Art. 193. Os atos
processuais podem ser total ou parcialmente digitais, de forma a permitir que
sejam produzidos, comunicados, armazenados e validados por meio eletrônico,
na forma da lei. Art. 196. Compete ao Conselho Nacional de Justiça e,
supletivamente, aos tribunais, regulamentar a prática e a comunicação oficial
de atos processuais por meio eletrônico e velar pela compatibilidade dos
sistemas, disciplinando a incorporação progressiva de novos avanços
tecnológicos e editando, para esse fim, os atos que forem necessários,
respeitadas as normas fundamentais deste Código.
• Atos das partes: Arts. 200 - 202 CPC. Declarações uni ou bilaterais com objetivo de
constituir, extinguir oumodificar direitos. Art. 200. Os atos das partes consistentes
em declarações unilaterais ou bilaterais de vontade produzem imediatamente a
constituição, modificação ou extinção de direitos processuais. // Art. 201. As
partes poderão exigir recibo de petições, arrazoados, papéis e documentos que
entregarem em cartório. // Art. 202. É vedado lançar nos autos cotas marginais
ou interlineares, as quais o juiz mandará riscar, impondo a quem as escrever
multa correspondente à metade do salário-mínimo.
• Atos do juiz: Arts. 203 - 205 CPC. Despacho, decisão interlocutória e sentença. Art.
203. Os pronunciamentos do juiz consistirão em sentenças, decisões
interlocutórias e despachos. § 1o Ressalvadas as disposições expressas dos
procedimentos especiais, sentença é o pronunciamento por meio do qual o juiz,
com fundamento nos arts. 485 e 487, põe fim à fase cognitiva do procedimento
comum, bem como extingue a execução. § 2o Decisão interlocutória é todo
pronunciamento judicial de natureza decisória que não se enquadre no § 1o. §
3o São despachos todos os demais pronunciamentos do juiz praticados no
processo, de ofício ou a requerimento da parte. § 4o Os atos meramente
ordinatórios, como a juntada e a vista obrigatória, independem de despacho,
devendo ser praticados de ofício pelo servidor e revistos pelo juiz quando
necessário. // Art. 204. Acórdão é o julgamento colegiado proferido pelos
tribunais. // Art. 205. Os despachos, as decisões, as sentenças e os acórdãos
serão redigidos, datados e assinados pelos juízes. § 1o Quando os
pronunciamentos previstos no caput forem proferidos oralmente, o servidor os
documentará, submetendo-os aos juízes para revisão e assinatura. § 2o A
assinatura dos juízes, em todos os graus de jurisdição, pode ser feita
eletronicamente, na formada lei. § 3o Os despachos, as decisões interlocutórias,
o dispositivo das sentenças e a ementa dos acórdãos serão publicados no Diário
de Justiça Eletrônico.
• Forma dos atos: Arts. 188 - 277 CPC. LIVRE, ressalvado quando a Lei estabelece
determinada forma. Art. 188. Os atos e os termos processuais independem de
forma determinada, salvo quando a lei expressamente a exigir, considerando-se
válidos os que, realizados de outro modo, lhepreenchama finalidadeessencial.
3.2) TEMPO E LUGAR: Art. 770, CLT e 212 a 217, CPC. Art. 212. Os atos processuais
serão realizados em dias úteis, das 6 (seis) às 20 (vinte) horas. // Art. 217. Os atos
processuais realizar-se-ão ordinariamentena sede do juízo, ou, excepcionalmente,
em outro lugar em razão de deferência, de interesse da justiça, da natureza do
ato ou de obstáculo arguido pelo interessado e acolhido pelo juiz.
Tempo: Dias úteis: 06:00 às 20:00. Exceções: Art. 770 CLT Art. 770. Os atos
processuais serão públicos salvo quando o contrário determinar o interesse social,
e realizar-se-ão nos dias úteis das 6 (seis) às 20 (vinte) horas.Parágrafo único. A
penhora poderá realizar-se em domingo ou dia feriado, mediante autorização
expressa do juiz ou presidente. e §§, 212 CPC Art. 212. § 1o Serão concluídos após
as 20 (vinte) horas os atos iniciados antes, quando o adiamento prejudicar a
diligência ou causar grave dano. § 2o Independentemente de autorização judicial,
as citações, intimações e penhoras poderão realizar-se no período de férias
forenses, onde as houver, e nos feriados ou dias úteis fora do horário
estabelecido neste artigo, observado o disposto no art. 5o, inciso XI, da
Constituição Federal. § 3o Quando o ato tiver de ser praticado por meio de
petição em autos não eletrônicos, essa deverá ser protocolada no horário de
funcionamento do fórum ou tribunal, conforme o disposto na lei de organização
judiciária local. OBS: Art. 213 CPC quando o ato for praticado em processo eletrônico
você pode fazê-lo até as 24hrs do dia anterior. Art. 213. A prática eletrônica de ato
processual pode ocorrer em qualquer horário até as 24 (vinte e quatro)horas do
último dia do prazo. Parágrafo único. O horário vigente no juízo perante o qual o
ato deve ser praticado será considerado para fins de atendimento do prazo.
Audiências: Dias úteis 08:00 às 18:00, com no máximo 05 horas de duração,salvo
matéria urgente. Art. 813 - CLT. As audiências dos órgãos da Justiça do Trabalho
serão públicas e realizar-se-ão na sede do Juízo ou Tribunal em dias úteis
previamente fixados, entre 8 (oito) e 18 (dezoito) horas, não podendo ultrapassar
5 (cinco)horas seguidas, salvo quando houver matéria urgente.
§ 1º - Em casos especiais, poderá ser designado outro local para a realização das
audiências, mediante edital afixado na sede do Juízo ou Tribunal, com a
antecedênciamínimade 24 (vinte e quatro)horas.
§ 2º - Sempre que for necessário, poderão ser convocadas audiências
extraordinárias, observado o prazo do parágrafo anterior.
LUGAR: foro - sede do juízo. Tem exceção. Ex: perícia de insalubridade, citação,
intimação.⬆
3.3)PRAZOSDOS ATOS PROCESSUAIS:Arts. 774 a 776, CLT / Arts. 218 a 235, CPC
Art. 774. Salvo disposição em contrário, os prazos previstos neste Título contam-
se, conforme o caso, a partir da data em que for feita pessoalmente, ou recebida
a notificação, daquela em que for publicado o edital no jornal oficial ou no que
publicar o expediente da Justiça do Trabalho, ou, ainda, daquela em que for
afixado o edital na sede da Junta, Juízo ou Tribunal. Parágrafo único. Tratando-se
de notificação postal, no caso de não ser encontrado o destinatário ou no de
recusa de recebimento, o Correio ficará obrigado, sob pena de responsabilidade
do servidor, a devolvê-la, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, ao Tribunal de
origem.
Art. 775. Os prazos estabelecidos neste Título contam-se com exclusão do dia do
começo e inclusão do dia do vencimento, e são contínuos e irreleváveis, podendo,
entretanto, ser prorrogados pelo tempo estritamente necessário pelo juiz ou
tribunal, ou em virtude de força maior, devidamente comprovada. Parágrafo
único. Os prazos que se vencerem em sábado, domingo ou dia feriado,
terminarão no primeiro dia útil seguinte.
Art. 776. O vencimento dos prazos será certificado nos processos pelos escrivães
ou secretários.
Art. 218. Os atos processuais serão realizados nos prazos prescritos em lei.
§ 1o Quando a lei for omissa, o juiz determinará os prazos em consideração à
complexidadedo ato.
§ 2o Quando a lei ou o juiz não determinar prazo, as intimações somente
obrigarão a comparecimento após decorridas 48 (quarenta e oito)horas.
§ 3o Inexistindo preceito legal ou prazo determinado pelo juiz, será de 5 (cinco)
dias o prazo para a prática de ato processual a cargo daparte.
§ 4o Será considerado tempestivo o ato praticado antes do termo inicial do prazo.
Art. 223. Decorrido o prazo, extingue-se o direito de praticar ou de emendar o
ato processual, independentemente de declaração judicial, ficando assegurado,
porém, à parte provar que não o realizou por justa causa.
Conceito e características: período que as partes tem para praticar um ato (lapsos
processuais).
Características:
- Próprio:da parte,se não cumprido ocorre a preclusão.
- Impróprio: do juiz.
- Dilatório: podepedir extensão do prazo.
- Peremptório: não podepedir dilação.
- Previsto em lei ouata deaudiência.
OBS: a negociação de prazos prevista no CPC não é compatível com processo do
trabalho pelo princípio da proteção.
Contagem do prazo: exclui o dia da publicação e inclui o dia do final. DIAS CORRIDOS
(celeridade processual). Súmula Nº 1TST - Prazo judicial. Quando a intimação tiver
lugar na sexta-feira, ou a publicação com efeito de intimação for feita nesse dia, o
prazo judicial será contado da segunda-feira imediata, inclusive, salvo se não
houver expediente, caso em que fluirá no dia útil que se seguir. Art. 775. Os
prazos estabelecidos neste Título contam-se com exclusão do dia do começo e
inclusão do dia do vencimento, e são contínuos e irreleváveis, podendo,
entretanto, ser prorrogados pelo tempo estritamente necessário pelo juiz ou
tribunal, ou em virtude de forçamaior, devidamente comprovada.
OBS - REFORMA TRABALHISTA: Altera a redação do artigo 775, passa a ser
contadosemdias úteis osprazos.
IMPORTANTE: Súmula Nº 385 TST - FERIADO LOCAL. AUSÊNCIA DE EXPEDIENTE
FORENSE. PRAZO RECURSAL. PRORROGAÇÃO. COMPROVAÇÃO. NECESSIDADE
ATO ADMINISTRATIVO DO JUÍZOA QUO (redação alterada na sessão do Tribunal
Pleno realizada em 14.09.2012) - Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e
27.09.2012
I - Incumbe à parte o ônus de provar, quando da interposição do recurso, a
existência de feriado localque autorize a prorrogação do prazo recursal.
II - Na hipótese de feriado forense, incumbirá à autoridade queproferir a decisão
de admissibilidade certificar o expediente nos autos.
III - Na hipótese do inciso II, admite-se a reconsideração da análise da
tempestividade do recurso, mediante prova documental superveniente, em
Agravo Regimental, Agravo de Instrumento ou Embargos de Declaração.
SUSPENSÃO DOS PRAZOS: Súmula Nº 262 - PRAZO JUDICIAL. NOTIFICAÇÃO OU
INTIMAÇÃO EM SÁBADO. RECESSO FORENSE. (redação do item II alterada na
sessão do Tribunal Pleno realizada em 19.05.2014) Res. 194/2014, DEJT divulgado
em 21, 22 e 23.05.2014
I - Intimadaou notificada a parte no sábado, o início do prazo se dará no primeiro
dia útil imediato e a contagem, no subsequente. (ex-Súmula nº 262 - Res. 10/1986,
DJ 31.10.1986)
II - O recesso forense e as férias coletivas dos Ministros do Tribunal Superior do
Trabalho suspendem os prazos recursais. (ex-OJ nº 209 da SBDI-1 - inserida em
08.11.2000)
Arts. 220 e 221, §Ú, CPC Art. 220. Suspende-se o curso do prazo processual nos
dias compreendidos entre 20 de dezembro e 20 de janeiro, inclusive. § 1o
Ressalvadas as férias individuais e os feriados instituídos por lei, os juízes, os
membros do Ministério Público, da Defensoria Pública e da Advocacia Pública e
os auxiliares da Justiça exercerão suas atribuições durante o período previsto no
caput. § 2o Durante a suspensão do prazo, não se realizarão audiências nem
sessões de julgamento. // Art. 221 Parágrafo único. Suspendem-se os prazos
durante a execução de programa instituído pelo Poder Judiciário para promover a
autocomposição, incumbindo aos tribunais especificar, com antecedência, a
duração dos trabalhos.
Atos praticados antes do início do prazo: NOVIDADE - ato prematuro. É válido agora
na JT que o ato seja praticado antes do prazo. Art. 218, § 4o Será considerado
tempestivo o ato praticado antes do termo inicial do prazo. CPC (Cancelada súmula
434 TST)
Listisconsortes: OJ-SDI1-310 LITISCONSORTES. PROCURADORES DISTINTOS.
PRAZO EM DOBRO. ART. 229, CAPUT E §§ 1º E 2º, DO CPC DE 2015. ART. 191DO
CPC DE 1973. INAPLICÁVEL AO PROCESSO DO TRABALHO (atualizada em
decorrência do CPC de 2015) Res. 208/2016, DEJT divulgado em 22, 25 e
26.04.2016
Inaplicável ao processo do trabalho a norma contida no art. 229, caput e §§ 1º e
2º, do CPC de 2015 (art. 191do CPC de 1973), em razão de incompatibilidade com
a celeridade que lhe é inerente. Não interessa quantos autores ou réus o prazo é
comum, nunca será emdobro. (Não se aplica o artigo 229 daCPC)
Privilégio de prazo: Arts. 180 e 186, CPC = em dobro. Na J.T Dec. Lei 779/69 = dobro
pararecorrer, quadruplopara contestar.A regrado decretoque é aplicado.
Prorrogação de prazo: Art.775. Os prazos estabelecidos neste Título contam-se
com exclusão do dia do começo e inclusão do dia do vencimento, e são contínuos
e irreleváveis, podendo, entretanto, ser prorrogados pelo tempo estritamente
necessário pelo juiz ou tribunal, ou em virtude de força maior, devidamente
comprovada. Parágrafo único. Os prazos que se vencerem em sábado, domingo
ou dia feriado, terminarão no primeiro dia útil seguinte. CLT, Art. 223. Decorrido o
prazo, extingue-se o direito de praticar ou de emendar o ato processual,
independentemente de declaração judicial, ficando assegurado, porém, à parte
provar que não o realizou por justa causa. e Art. 218, § 3o Inexistindo preceito
legal ou prazo determinado pelo juiz, será de 5 (cinco)dias o prazo para a prática
de ato processual a cargo daparte.

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