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Professora TatianaBhering Roxo BIBLIOGRAFIA Carlos Henrique BezerraLeite - Curso de Direito Processual do Trabalho, Saraiva. Mauro Schiavi Gustavo Filipe BarbosaGarcia VADEMECUM CLT Organizada: Aryanna Linhares (Manfridini) / Carlos Henrique Bezerra Leite AULA 01: JURISDIÇÃO TRABALHISTA - I)O Estado, a Política, o Processo e os Direitos Humanos. II) Direito Processual do Trabalho: Conceito, fontes e princípios. III) Organização da Justiçado Trabalho. I) O Estado, a Política, o Processo e osDireitos Humanos. Estado Liberal: Século XVII e XVIII. Mínima intervenção estatal, o própriomercado se organiza e as partes são capazes de resolverem entre si os conflitos. Direitos de primeira geração; civis e políticos. O Estado se preocupava apenas comaexistência da jurisdição, se aplicava o direito civil e não havia uma grande preocupação estatal quanto ao processo em si. Crise do Estado Liberal em razão do “excesso” de liberdade e igualdade. Estado Social: Século XX, o Estado passa atuar mais no âmbito das políticas públicas, afim de reduzir as desigualdades. Constituições importantes;México (1917)e Alemanha (1919). Forte avanço dos direitos sociais. Preocupação com o direito de ação. Surgimento das regras que efetivam esse direito. Princípio da isonomia - igualdade. 1970 - Crise do Petróleo, o Estado entra em colapso por estar sobrecarregado (questõesprevidenciárias por exemplo). Estado Democrático de Direito: CR/88. (Art. 5º) Valorização do Direito do Trabalho, ocorrência de algumas flexibilizações (ex:…salvo negociação coletiva). Princípios que visam a melhor eficácia do processo (constitucionalização dos processos), garantias fundamentais para ambas as partes. CPC - 2015 (arts. 1º ao 12) Normas básicas processuais fundamentais que devem ser aplicadas a qualquer processo. Juiz como gestor do processo enão mais comopresidente (gerir de formaeficiente). II)Direito Processual do Trabalho:Conceito, fontes eprincípios. II) Conceito: É o instrumento/meio através do qual o Estado exerce a jurisdição na pacificação dos conflitos de naturezatrabalhista. III) Fontes: MATERIAL: Direito do Trabalho (relação trabalhista). FORMAIS: I)Diretas: usos (abrangência territorialpequena - regionais. Ex: impugnação oralna audiência em SP), costumes (abrangência nacional. Ex: protesto) e leis: CR/88, CLT, CPC, Lei 5.584/70, LEF. OBS: O CPC é aplicado ao processo do trabalho? Sim, SUBSIDIARIAMENTE e desde que presentesos seguintes requisitos: haja OMISSÃO na CLT + haja COMPATIBILIDADE com as normas processuais trabalhistas. Art. 769. Nos casos omissos, o direito processual comumserá fonte subsidiária do direito processual do trabalho, exceto naquilo em que for incompatível comas normas deste Título. OMISSÃO: tem que ser normativa (ausência de norma na CLT). Omissão ontológica: tem a norma na CLT mas ela é antiquada, não é compatível com a sociedade atual que vivemos. Omissão axiológica: tem a norma na CLT, mas a sua aplicação é inconveniente, injusta, no CPC tem uma norma muito mais justa, conveniente ao caso. Ex: multa de 10% no CPC após o prazo de 15dias. Art. 15 - CPC. Na ausência de normas que regulem processos eleitorais, trabalhistas ou administrativos, as disposições deste Código lhes serão aplicadas supletiva e subsidiariamente. Supletiva: não quando temomissão, mas sim para auxiliar/melhorar. ENUNCIADO 66. APLICAÇÃO SUBSIDIÁRIA DE NORMAS DO PROCESSO COMUM AO PROCESSO TRABALHISTA. OMISSÕES ONTOLÓGICA E AXIOLÓGICA. ADMISSIBILIDADE. Diante do atual estágio de desenvolvimento do processo comum e da necessidade de se conferir aplicabilidade à garantia constitucional da duração razoável do processo, os artigos 769 e 889 da CLT comportam interpretação conforme a Constituição Federal, permitindo a aplicação de normas processuais mais adequadas à efetivação do direito. Aplicação dos princípios da instrumentalidade, efetividade e não-retrocesso social. II) Indiretas: doutrina e jurisprudência (súmula vinculantes tem força de lei então deveria estar como fonte direta). OBS: REFORMA TRABALHISTA - Inclusão no artigo 8º dos parágrafos 1º (retira a compatibilidade atualmente descrita no parágrafo único do mesmo artigo), 2º (súmulas e OJS não poderão mais criar obrigações) e 3º (verifica apenas aspectos formais das normas coletivas, o conteúdo não poderá)da CLT. ARTIGO ATUAL > Art. 8º As autoridades administrativas e a Justiça do Trabalho, na falta de disposições legais ou contratuais, decidirão, conforme o caso, pela jurisprudência, por analogia, por eqüidade e outros princípios e normas gerais de direito, principalmente do direito do trabalho, e, ainda, de acordo com os usos e costumes, o direito comparado, mas sempre de maneira que nenhum interesse de classe ou particular prevaleça sobre o interesse público. Parágrafo único - O direito comum será fonte subsidiária do direito do trabalho, naquilo em que não for incompatível com os princípios fundamentais deste. III) Explicitação: (Art. 8º) equidade, analogia e princípios (força normativa). IV) Princípios: Conceito: são mandados de otimização, sendo normas que podemser satisfeitas em diferentes graus, de acordo com as circunstâncias tácitas e jurídicas de cada caso. Funções: normativa(princípio é norma), integradora(quando houver omissão na lei), interpretação, informadora/inspiradora (direcionada ao legislador no momento da elaboração das leis). PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS COMPATÍVEIS COMOPROCESSODOTRABALHO V) Princípio da igualdade/isonomia: paridade de tratamento entre as partes. Art. 5º CF - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição. Art. 7o CPC - É assegurada às partes paridade de tratamento em relação ao exercício de direitos e faculdades processuais, aos meios de defesa, aos ônus, aos deveres e à aplicação de sanções processuais, competindo ao juiz zelar pelo efetivo contraditório. VI) Princípio do juiz (promotor)natural: Art. 5º CF - LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente. VII)Princípio da inafastabilidade do poder judiciário (acesso ao poder judiciário): Art. 5º CF - XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito. Art. 3o CPC - Não se excluirá da apreciação jurisdicional ameaça ou lesão a direito. VIII) Princípio do contraditório: direito de se manifestar sobre o ato processual da outra parte. Art. 5º (CF) LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes. Art. 10. CPC - O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em fundamento a respeito do qual não se tenha dado às partes oportunidade de se manifestar, ainda que se trate de matéria sobre a qualdeva decidir de ofício. IX) Princípio daAmplaDefesa: garantia conferida as parte de defender os seus direitos. Art. 5º (CF) LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes. Art. 7º CPC - É assegurada às partes paridade de tratamento em relação ao exercício de direitos e faculdades processuais, aos meios de defesa, aos ônus, aos deveres e à aplicação de sanções processuais, competindo ao juiz zelar pelo efetivo contraditório. X) Princípio do devido processo legal: garantia de um processo justo e constitucional para que as partes vivamem umambiente de segurança jurídica. Art. 5º - CF. LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal. XI) Princípio da publicidade dos atos: via de regra os atos são públicos, ressalvadosos processos que tramitam sob segredo de justiça. Art. 5º (CF) LX - a lei só poderá restringir a publicidadedos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem. Art. 93 (CF) - IX - todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação. Art. 11 CPC - Todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade. XII)Princípio da persuasão racional ou livre convencimento do juiz: Livre convencimento dentro do que consta dos autos e emdecisão fundamentada. Art. 1º e 3º CF Art. 8º CPC - Ao aplicar o ordenamento jurídico, o juiz atenderá aos fins sociais e às exigências do bem comum, resguardando e promovendo a dignidade da pessoa humana e observando a proporcionalidade, a razoabilidade, a legalidade, a publicidadee a eficiência. XIII) Princípio da imparcialidade do juiz: Art. 95 CF. Os juízes gozam das seguintes garantias: Parágrafo único. Aos juízes é vedado: II - receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processo. Art. 144. CPC - Há impedimento do juiz, sendo-lhe vedado exercer suas funções no processo: I - em que interveio como mandatário da parte, oficiou como perito, funcionou como membro do Ministério Público ou prestou depoimento como testemunha. (E outras hipóteses) Art. 148. CPC - Aplicam-se os motivos de impedimento e de suspeição: III - aos demais sujeitos imparciais do processo. Art. 801. CLT - O juiz, presidente ou vogal, é obrigado a dar-se por suspeito, e pode ser recusado, por algum dos seguintes motivos, em relação à pessoa dos litigantes: a) inimizade pessoal; b) amizade íntima; c) parentesco por consangüinidade ou afinidade até o terceiro grau civil; d) interesse particular na causa. XIV) Princípio da fundamentação das decisões: Art. 93 (CF) - IX - todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação. Art. 489 CPC - São elementos essenciais da sentença: II - os fundamentos, em que o juiz analisará as questões de fato e de direito. XV)Princípio do duplo grau de jurisdição: todas as partes tem direito de ver a sua decisão revista por outro julgador. Concretização da segurança jurídica. XVI) Princípio da razoabilidade do processo: Art. 5º - CF) LXXVIII - a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação. Art. 4º CPC - As partes têm o direito de obter em prazo razoável a solução integral do mérito, incluída a atividade satisfativa. XVII) Princípio do ativismo judicial: O juiz deve manter uma postura ativa no processo, colocando em prática todos os princípios acima. Art. 765 CLT - Os Juízos e Tribunais do Trabalho terão ampla liberdade nadireção do processo e velarão pelo andamento rápido das causas, podendo determinar qualquer diligência necessária ao esclarecimento delas. PRINCÍPIOSDO PROCESSOCIVIL NOPROCESSODOTRABALHO XVIII)Princípio do dispositivo/demanda: Art. 2o - CPC - O processo começa por iniciativa da parte e se desenvolve por impulso oficial, salvo as exceções previstas em lei. XIX)Princípio do inquisitivo/impulso oficial: O processo sedesenvolve por impulso oficial, cabe ao juiz através do ativismo realizar esse impulso. Art. 2o - CPC - O processo começa por iniciativa da parte e se desenvolve por impulso oficial, salvo as exceções previstas em lei. Art. 139. CPC - O juiz dirigirá o processo conforme as disposições deste Código, incumbindo-lhe: I - assegurar às partes igualdade de tratamento; II - velar pela duração razoável do processo; III - prevenir ou reprimir qualquer ato contrário à dignidade. Art. 769. CLT - Nos casos omissos, o direito processual comum será fonte subsidiária do direito processual do trabalho, exceto naquilo em que for incompatível com as normas deste Título. e da justiça e indeferir postulações meramente protelatórias. XX)Princípio da instrumentalidade: meio pelo qual efetiva direitos. Art. 180. O Ministério Público gozará de prazo em dobro para manifestar-se nos autos, que terá início a partir de sua intimação pessoal, nos termos do art. 183, § 1o. Art. 277. CPC - Quando a lei prescrever determinada forma, o juiz considerará válido o ato se, realizado de outromodo, lhe alcançar a finalidade. XXI)Princípio da impugnação especificada: o réu na contestação precisa se manifestar necessariamente sob todos os pontos arguidos na inicial, sob pena de preclusão e presunção de verdadeiro os fatos. Art. 341e 342 CPC. Art. 341. Incumbe também ao réu manifestar-se precisamente sobre as alegações de fato constantes da petição inicial, presumindo-se verdadeiras as não impugnadas. Art. 342. Depois da contestação, só é lícito ao réu deduzir novas alegações quando: I - relativas a direito ou a fato superveniente; II - competir ao juiz conhecer delas de ofício; III - por expressa autorização legal, puderem ser formuladas em qualquer tempo e grau de jurisdição. XXII) Princípio da eventualidade: o autor deve colocar todas as teses de ataque na inicial e o réu na contestação, não podendo inovar emsede recursal. Art. 366 CPC Art. 366. Encerrado o debate ou oferecidas as razões finais, o juiz proferirá sentença em audiência ou no prazo de30 (trinta)dias. XXIII) Princípio da estabilidade da lide: Art. 108 e 329 CPC Art. 108. No curso do processo, somente é lícita a sucessão voluntária das partes nos casos expressos em lei. // Art. 329. O autor poderá: I - até a citação, aditar ou alterar o pedido ou a causa de pedir, independentemente de consentimento do réu; II - até o saneamento do processo, aditar ou alterar o pedido e a causa de pedir, com consentimento do réu, assegurado o contraditório mediante a possibilidade de manifestação deste no prazo mínimo de 15 (quinze)dias, facultado o requerimento de prova suplementar. XXIV) Princípio da preclusão: a parte deve falar na primeira oportunidade dada a ela, ou dentro do prazo previsto. Art. 278. CPC - A nulidade dos atos deve ser alegada na primeira oportunidade em que couber à parte falar nos autos, sob pena de preclusão. Art. 795. CLT - As nulidades não serão declaradas senão mediante provocação das partes, as quais deverão argüi-las à primeira vez em que tiverem de falar em audiência ou nos autos. XXV) Princípio da economia processual: obter o máximo de resultado com o mínimo de atos processuais possível. Art. 4º e 6º CPC Art. 4o As partes têm o direito de obter em prazo razoável a solução integral do mérito, incluída a atividade satisfativa. Art. 6o Todos os sujeitos do processo devem cooperar entre si para que se obtenha, em tempo razoável, decisão demérito justa e efetiva. XXVI) Princípio da perpetuatio jurisdicionis: via de regra a competência não pode ser modificada. Art. 43 CPC Art. 43. Determina-se a competência no momento do registro ou da distribuição da petição inicial, sendo irrelevantes as modificações do estado de fato ou de direito ocorridas posteriormente, salvo quando suprimiremórgão judiciário ou alterarem a competência absoluta. XXVII)Princípio do ônus da prova: Art. 373 CPC. O ônus da prova incumbe: I - ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito; II - ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor. Art. 818 CLT. A prova das alegações incumbe à parte que as fizer.(REFORMA TRABALHISTA). Inversão do ônus da prova(Art. 6º VIII - CDC - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências.). Distribuição dinâmica do ônus daprova. XXVIII) Princípio da oralidade: o princípio da oralidade caracteriza uma função imprescindível na instrução processual. Desta forma, este princípio garante ao juiz uma participação maior na condução do processo e segurança jurídica na dilação probatória. Assim sendo, a oralidade corresponde um direito fundamental determinado pelo diálogo processual, ou seja, pela comunicação entre as partes. Art. 840. CLT - A reclamação poderá ser escrita ou verbal. Art. 850. CLT - Terminada a instrução, poderão as partes aduzir razões finais, em prazo não excedente de 10 (dez) minutos para cada uma. Em seguida, o juiz ou presidente renovará a proposta de conciliação, e não se realizando esta, será proferida a decisão. XXIX) Princípio da boa fé processual: Art. 5º CPC - Aquele que de qualquer forma participa do processo deve comportar-se deacordo com aboa-fé. XXX) Princípio da cooperação/colaboração: Art. 6º CPC - Todos os sujeitos do processo devem cooperar entre si para que se obtenha, em tempo razoável, decisão demérito justa e efetiva. XXXI) Princípio da vedação da decisão surpresa: Sempre antes de decidir o juiz deve dar oportunidade as partes de se manifestarem, até mesmo as de ordempública. Art. 10 CPC - O juiz não pode decidir, em grau algumde jurisdição, com base em fundamento a respeito do qual não se tenha dado às partes oportunidade de se manifestar, ainda que se trate de matéria sobre a qual deva decidir de ofício. XXXII)Princípio da primazia da decisão demérito: Art. 6º, 10 Art. 76. CPC - Verificada a incapacidade processual ou a irregularidade da representação da parte, o juiz suspenderá o processo e designará prazo razoável para que seja sanado o vício. XXXIII) Princípio da observância da ordemcronológica de conclusão:Art. 12 CPC - Os juízes e os tribunais atenderão, preferencialmente, à ordem cronológica de conclusão para proferir sentença ou acórdão. (Redação dada pela LEI Nº 13.256, DE 4 DE FEVEREIRODE 2016) PRINCÍPIOS ESPECIAIS DO PROCESSODO TRABALHO XXXIV) Princípio da proteção: no processo do trabalho também há desigualdade entre o empregado e empregador, por isso protege-se o empregado concedendo algumas normas protetoras. Postura ainda mais proativa por parte do magistrado. Inversão do ônus da prova também é um exemplo. Artigos 844, 791, 840, 899 P 4º, CLT. Art. 844. O não-comparecimento do reclamante à audiência importa o arquivamento da reclamação, e o não-comparecimento do reclamado importa revelia, além de confissão quanto à matéria de fato. Parágrafo único. Ocorrendo, entretanto, motivo relevante, poderá o presidente suspender o julgamento, designando nova audiência. XXXV)Princípio da finalidade social: Artigo 5º LINDB - Na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins sociais a que ela se dirige e às exigências do bem comum. Artigo 765, CLT - Os Juízos e Tribunais do Trabalho terão ampla liberdade na direção do processo e velarão pelo andamento rápido das causas, podendo determinar qualquer diligência necessária ao esclarecimento delas. O juiz tem que entender qual a finalidade do direito do trabalho, então deve-se atuar visando o cumprimento da finalidade social da lei. Relacionado também com o ativismo judicial. XXXVI) Princípio busca da verdade real: inspirado na primazia da realidade do direito do trabalho.O juiz devebuscar a verdade real, proferindo uma sentença que mais se aproxime da realidade. Não deve se ater somente ao que as partes alegarem, pois cada uma delas irá provar o que for conveniente pra si, importante formar uma opinião que se aproxime da realidade de fato. O juiz tem autonomia para buscar provas afim de concretizar esse princípio. Ex: solicitar testemunha do juízo para esclarecer os fatos. Maior responsabilização do juiz. Emcaso de dúvidas o melhor é converter o julgamento em diligência. Artigo 765, CLT - Os Juízos e Tribunais do Trabalho terão ampla liberdade nadireção do processo e velarão pelo andamento rápido das causas, podendo determinar qualquer diligência necessária ao esclarecimento delas. XXXVII) Princípio da indisponibilidade: reflexo da proteção. A indisponibilidade do direito do trabalhomaterial se mantém noprocesso do trabalho. Cabe ao juiz zelar por isso, controlando e verificando se o empregado não está abrindo mão de algum dos seus direitos. Ex: na homologação de acordos. XXXVIII) Princípio da conciliação: Artigos 746, 846 e 850 CLT. Art. 846. Aberta a audiência, o juiz ou presidente proporá a conciliação. Art. 850. Terminada a instrução, poderão as partes aduzir razões finais, em prazo não excedente de 10 (dez) minutos para cada uma. Em seguida, o juiz ou presidente renovará a proposta de conciliação, e não se realizando esta, será proferida a decisão. No processo do trabalho existe dois momentos emque é obrigatória a tentativade conciliação. Momentos obrigatórios: 1º após o comparecimento das partes a sala de audiência o juiz deve perguntar se há acordo, 2º após as razões finais e antes de proferir a sentença. Isso não impede que o juiz a qualquer momento tente uma proposta de acordo. As tentativas obrigatórias devem acontecer sob penade nulidade do processo. ACORDO PELOOBJETODO PEDIDO:só extingue os pedidos que estão na inicial (são quitados), só há coisa julgada em relação ao que foi pedido na inicial. Existe a possibilidade de ajuizar nova ação pedindo outras coisas (caso tenha esquecido por exemplo). OU ACORDO PELO EXTINTO CONTRATO DE TRABALHO: dar quitação no contrato inteiro, na relação de emprego, e o empregado não podemais ajuizar nenhuma ação trabalhista contra a empresa. OJ-SDI2-132 AÇÃO RESCISÓRIA. ACORDO HOMOLOGADO. ALCANCE. OFENSA À COISA JULGADA. DJ 04.05.2004 Acordo celebrado - homologado judicialmente - em que o empregado dá plena e ampla quitação, sem qualquer ressalva, alcança não só o objeto da inicial, como também todas as demais parcelas referentes ao extinto contrato de trabalho, violando a coisa julgada, a propositura de nova reclamação trabalhista. O acordo é irrecorrível para as partes: Art. 831. A decisão será proferida depois de rejeitada pelas partes a proposta de conciliação.Parágrafo único. No caso de conciliação, o termo que for lavrado valerá como decisão irrecorrível, salvo para a Previdência Social quanto às contribuições que lhe forem devidas. É recorrível para o INSS porque ele pode ter interesse no acordo, achando que as partes fraudaram as parcelas (salariais e indenizatórias)para o não pagamento do que é devido ao INSS nas parcelas salariais, irá recorrer através de Agravo de Petição. OBS:O ACORDO PODE SER FEITOA QUALQUER MOMENTO, fase de conhecimento, fase de execução, fase recursal. Regra que tem que obedecer caso seja feito depois da sentença: tem que haver a mesma proporcionalidade entre as parcelas salariais e indenizatórias. Ex: acordo de 60.000,00 - 30.000,00 de parcelas salariais e 30.000,00 de parcelas indenizatórias. Se não houver essa proporção o INSS recorre e o juiz não homóloga o acordo. O JUIZ NÃO É OBRIGADO A HOMOLOGAR ACORDO (DECISÃO INTERLOCUTÓRIA) Súmula Nº 418 TST - Mandado de segurança visando á concessão de liminar ou homologação de acordo. A concessão de liminar ou a homologação de acordo constituem faculdade do juiz, inexistindo direito líquido e certo tutelável pela via do mandado de segurança. Não é possívelMandado de Segurança contra a decisão do juiz emnão homologar o acordo. XXXIX) Princípio da normatização coletiva: Art. 114. CF - Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: § 2º - Recusando-se qualquer das partes à negociação coletiva ou à arbitragem, é facultado às mesmas,de comum acordo, ajuizar dissídio coletivo de natureza econômica, podendo a Justiça do Trabalho decidir o conflito, respeitadas as disposições mínimas legais de proteção ao trabalho, bem como as convencionadas anteriormente. Dissídio coletivo - sentença normativa. A justiça do trabalho temcompetência paraproferir sentença normativa, a sentença tem poder de criar norma para a categoria. Ex: a sentença cria norma para todos os empregados vinculados aquele sindicato. Isso ocorre somente no TRT ou no TST, não pode o juiz do trabalho proferir essa sentença. XL) Princípio da irrecorribilidade das decisões interlocutória/concentração: é a regra oposta do processo civil. Art. 893. Das decisões são admissíveis os seguintes recursos: § 1º - Os incidentes do processo são resolvidos pelo próprio Juízo ou Tribunal, admitindo-se a apreciação do merecimento das decisões interlocutórias somente em recursos da decisão definitiva. As decisões interlocutórias na justiça do trabalho devemser protestadas (para não precluir o direito), senão é perdida a oportunidade de discutir amatéria no recurso principal. Para os casos graves (violação de direito líquido e certo) é impetradoMandado de Segurança. EXCEÇÃO: Súmula Nº 214 - Decisão interlocutória. Irrecorribilidade. Decisão Interlocutória. Irrecorribilidade. Na Justiça do Trabalho, nos termos do art. 893, § 1º, da CLT, as decisões interlocutórias não ensejam recurso imediato, salvo nas hipóteses de decisão: c) que acolhe exceção de incompetência territorial, com a remessa dos autos para Tribunal Regional distinto daquele a que se vincula o juízo excepcionado, consoante o disposto no art. 799, § 2º, da CLT. Nesse caso cabe recurso ordinário, quando manda para outro TRT. XLI)Princípio do jus postulandi: As partes podem ajuizar ação sem a presença de advogado. Tanto para o empregado, empregador ou sindicato. Art. 791. Os empregados e os empregadores poderão reclamar pessoalmente perante a Justiça do Trabalho e acompanhar as suas reclamações até o final. § 1º - Nos dissídios individuais os empregados e empregadores poderão fazer-se representar por intermédio do sindicato, advogado, solicitador, ou provisionado, inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil. § 2º - Nos dissídios coletivos é facultada aos interessados a assistência por advogado. § 3o A constituição de procurador com poderes para o foro em geral poderá ser efetivada, mediante simples registro em ata de audiência, a requerimento verbal do advogado interessado, com anuência da parte representada. (Redação dada pela Lei nº 12.437, de 2011). SúmulaNº 425 - JUS POSTULANDI NA JUSTIÇA DO TRABALHO. ALCANCE - Res. 165/2010, DEJT divulgado em 30.04.2010 e 03 e 04.05.2010 O jus postulandi das partes, estabelecido no art. 791 da CLT, limita-se às Varas do Trabalho e aos Tribunais Regionais do Trabalho, não alcançando a ação rescisória, a ação cautelar, o mandado de segurança e os recursos de competência do Tribunal Superior do Trabalho. A súmula trás exceções por discutirem matéria de Direito (logo precisa de advogado). O até o final que o artigo 791fala, é até a instância ordinária (Recurso Ordinário vai para o TRT). No TST não pode sem advogado, nem nas Ações Rescisórias, Mandado de Segurançae Ação Cautelar. XLII) Princípio da extrapetição: o juiz pode deferir um pedido que não foi feito expressamente na inicial mas que decorrede umdireito discutido epedido na ação. Pedido implícito. Ex: Reintegração no emprego - conversão da reintegração em indenização. Súmula Nº 211 - Juros de mora e correção monetária. Independência do pedido inicial e do título executivo judicial. Os juros de mora e a correção monetária incluem-se na liquidação, ainda que omisso o pedido inicial ou a condenação. O direito processual do trabalho é autônomo, tendo regras próprias aplicadas somente a ele. III)Organização da Justiça do Trabalho. Artigos 111ao 116 CF A justiça do trabalho no Brasilé vinculado à União. XLIII) TribunalSuperior do Trabalho - TST (3º grau): Art. 111-A. O Tribunal Superior do Trabalho compor-se-á de vinte e sete Ministros, escolhidos dentre brasileiros commais de trinta e cinco anos e menos de sessenta e cinco anos, de notável saber jurídico e reputação ilibada, nomeados pelo Presidente daRepública após aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal, sendo: (Redação dadapela EmendaConstitucional nº 92, de 2016) I - um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e membros do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício, observado o disposto no art. 94; II - os demais dentre juízes dos Tribunais Regionais do Trabalho, oriundos da magistratura da carreira, indicados pelo próprio Tribunal Superior. § 1º - A lei disporá sobre a competência do Tribunal Superior do Trabalho. § 2º - Funcionarão junto ao Tribunal Superior do Trabalho: I - a EscolaNacional de Formação e Aperfeiçoamento deMagistrados do Trabalho, cabendo-lhe, dentre outras funções, regulamentar os cursos oficiais para o ingresso e promoção na carreira; II - o Conselho Superior da Justiça do Trabalho, cabendo-lhe exercer, na forma da lei, a supervisão administrativa, orçamentária, financeira e patrimonial da Justiça do Trabalho de primeiro e segundo graus, como órgão central do sistema, cujas decisões terão efeito vinculante. § 3º Compete ao Tribunal Superior do Trabalho processar e julgar, originariamente, a reclamação para a preservação de sua competência e garantia da autoridade de suas decisões. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 92, de 2016) • Sede: Brasília. • Jurisdição: todoterritório nacional. • Composição: 27Ministrosbrasileiros (natosou naturalizados), commais de35 anos e menos de 65 anos, nomeados pelo Presidente da República após aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal, sendo: * 1/5 dentre advogados e membros do Ministério Público do Trabalho commais de 10 anos de exercício da profissão; * os demais oriundos da magistratura de carreira (juiz do trabalho por concurso público que passoupelas promoções na carreira), indicados pelo próprio TST. • Junto ao TST funcionam:ENAMAT - EscolaNacional daMagistratura Trabalhista. CSJT - Conselho Superior da Justiça do Trabalho (as decisões sobre distribuição orçamentária vinculam a primeira e segunda jurisdição) faz a supervisão administrativa, financeira, orçamentária e patrimonial da Justiça do Trabalho e suas decisões temefeito vinculante. • Órgãos do TST: • S.A. - Sessão Administrativa. • S.D.I - Sessão deDissídios Individuais se dividemem subseções: SDI I e SDI II (ações especiais:Mandado de Segurança eAção Rescisória) • S.D.C - Sessão de Dissídios Coletivos • Tribunal Pleno: Reunião dos 27 Ministros, modificação da jurisprudência (súmulas por exemplo) • Turmas B) Tribunais Regionais do Trabalho - TRT (2º Grau) Art. 115. Os Tribunais Regionais do Trabalho compõem-se de, no mínimo, sete juízes, recrutados, quando possível, na respectiva região, e nomeados pelo Presidente da República dentre brasileiros com mais de trinta e menos de sessenta e cinco anos, sendo: I - um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e membros do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício, observado o disposto no art. 94; II - os demais, mediante promoção de juízes do trabalho por antigüidade e merecimento, alternadamente. § 1º - Os Tribunais Regionais do Trabalho instalarão a justiça itinerante, com a realização de audiências e demais funções de atividade jurisdicional, nos limites territoriais da respectiva jurisdição, servindo-se de equipamentos públicos e comunitários. § 2º - Os Tribunais Regionais do Trabalho poderão funcionar descentralizadamente, constituindo Câmaras regionais, a fimde assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à justiça em todas as fases do processo. • Sede: (Cuidado como artigo 674 CLT)dependede cada TRT. Ex: TRT 3ª Região:BH, TRT 2ª Região: SP, TRT 15ª Região:Campinas, TRT 1ª Região:RJ. • Jurisdição: TRT 3ª Minas Gerais, TRT 2ª São Paulo e Região Metropolitana (ABCD), TRT 15ª Interior de São Paulo, TRT 1ª Rio de Janeiro • Composição: mínimo de 7 Desembargadores (Juizes) recrutados, quando possível, na respectiva região, brasileiros (natos ou naturalizados), com mais de 30 anos e menos de 65 anos, sendo: * 1/5 dentre advogados e membros do Ministério Público do Trabalho commais de 10 anos de exercício da profissão; * os demais oriundos da magistratura de carreira (juiz do trabalho por concurso público que passou pelas progressões na carreira). • Junto aos TRT’s funcionam: • Justiça itinerante: Para que o TRT consiga acompanhar os julgamentos distantes de sua sede. Art. 115 - CF. § 1º - Os Tribunais Regionais do Trabalho instalarão a justiça itinerante, com a realização de audiências e demais funções de atividade jurisdicional, nos limites territoriais da respectiva jurisdição, servindo-se de equipamentos públicos e comunitários. • Câmaras Regionais: Art. 115 - CF. § 2º - Os Tribunais Regionais do Trabalho poderão funcionar descentralizadamente, constituindo Câmaras regionais, a fim de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à justiça em todas as fases do processo. C)Juizes do Trabalho: Art. 112. A lei criará varas da Justiça do Trabalho, podendo, nas comarcas não abrangidas por sua jurisdição, atribuí-la aos juízes de direito, com recurso para o respectivo Tribunal Regional do Trabalho. Art. 116. Nas Varas do Trabalho, a jurisdição será exercida por um juiz singular. • Composição: As varas do trabalho compõe-sede 1Juiz do Trabalho Titular e 1Juiz do Trabalho Substituto, que ingressam na carreira através de concurso público de provas e títulos. A Lei pode atribuir ao Juiz de Direito a competência trabalhista (Art.112 - CF), o Recurso Ordinário é encaminhado para o TRT que abrange a região ondeo Juiz de Direito de se encontra. • Ministério Público do Trabalho: Vinculado ao MP da União. Procuradores. Artigos 127 e 128, CF. Lei Complementar 75/93 Art. 127. O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis. Art. 128. O Ministério Público abrange: I - oMinistério Público daUnião, que compreende: a)o Ministério Público Federal; b)o Ministério Público do Trabalho; c)o Ministério PúblicoMilitar; d)o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios; • Regulamentação: atuação tanto como parte como fiscal da lei. Art. 83. L.C 75/93 - Compete ao Ministério Público do Trabalho o exercício das seguintes atribuições junto aos órgãos da Justiça do Trabalho: I - promover as ações que lhe sejam atribuídas pela Constituição Federal e pelas leis trabalhistas; II - manifestar-se em qualquer fase do processo trabalhista, acolhendo solicitação do juiz ou por sua iniciativa, quando entender existente interesse público que justifique a intervenção; III - promover a ação civil pública no âmbito da Justiça do Trabalho, para defesa de interesses coletivos, quando desrespeitados os direitos sociais constitucionalmente garantidos; IV - propor as ações cabíveis para declaração denulidade de cláusula de contrato, acordo coletivo ou convenção coletiva que viole as liberdades individuais ou coletivas ou os direitos individuais indisponíveis dos trabalhadores; V - propor as ações necessárias à defesa dos direitos e interesses dos menores, incapazes e índios, decorrentes das relações de trabalho; VI - recorrer das decisões da Justiça do Trabalho, quando entender necessário, tanto nos processos em que for parte, como naqueles em que oficiar como fiscal da lei, bem como pedir revisão dos Enunciados da Súmula de Jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho; VII - funcionar nas sessões dos Tribunais Trabalhistas, manifestando-se verbalmente sobre a matéria em debate, sempre que entender necessário, sendo -lhe assegurado o direito de vista dos processos em julgamento, podendo solicitar as requisições e diligências que julgar convenientes; VIII - instaurar instância em caso de greve, quando a defesa da ordem jurídica ou o interesse público assimo exigir; IX - promover ou participar da instrução e conciliação em dissídios decorrentes da paralisação de serviços de qualquer natureza, oficiando obrigatoriamente nos processos, manifestando sua concordância ou discordância, em eventuais acordos firmados antes da homologação, resguardado o direito de recorrer em caso de violação à lei e à Constituição Federal; X - promover mandado de injunção, quando a competência for da Justiça do Trabalho; XI - atuar como árbitro, se assim for solicitado pelas partes, nos dissídios de competência da Justiça do Trabalho; XII - requerer as diligências que julgar convenientes para o correto andamento dos processos e para amelhor solução das lides trabalhistas; XIII - intervir obrigatoriamente em todos os feitos nos segundo e terceiro graus de jurisdição da Justiça do Trabalho, quando a parte for pessoa jurídica de Direito Público, Estado estrangeiro ou organismo internacional. • Formas deatuação: • Extrajudicial: instaurar inquérito civil e outros procedimentos administrativos, requisitar à autoridade administrativa federal competente (MTE) a instauração de procedimentos administrativos, podendo inclusive acompanhá-los. Art. 84. L.C 75/93 - Incumbe ao Ministério Público do Trabalho, no âmbito das suas atribuições, exercer as funções institucionais previstas nos Capítulos I, II, III e IV do Título I, especialmente: I - integrar os órgãos colegiados previstos no § 1º do art. 6º, que lhes sejam pertinentes; II - instaurar inquérito civil e outros procedimentos administrativos, sempre que cabíveis, para assegurar a observânciados direitos sociais dos trabalhadores; III - requisitar à autoridade administrativa federal competente, dos órgãos de proteção ao trabalho, a instauração de procedimentos administrativos, podendo acompanhá-los e produzir provas; IV - ser cientificado pessoalmente das decisões proferidas pela Justiça do Trabalho, nas causas em que o órgão tenha intervido ou emitido parecer escrito; V - exercer outras atribuições que lhe forem conferidas por lei, desde que compatíveis com sua finalidade. TAC: Lei 7.347/85 Artigo 8º, p 1º. Art. 8º Para instruir a inicial, o interessado poderá requerer às autoridades competentes as certidões e informações que julgar necessárias, a serem fornecidas no prazo de 15 (quinze) dias. § 1º - O Ministério Público poderá instaurar, sob sua presidência, inquérito civil, ou requisitar, de qualquer organismo público ou particular, certidões, informações, exames ou perícias, no prazo que assinalar, o qual não poderá ser inferior a 10 (dez) dias úteis. • Judicial: - Custus legis/fiscal dalei: - Parte: Ex: participar dos julgamentos no TRT tacitamente (sempre está presentenas sessões de julgamento). Se verificar que tem interesse público ele pode manifestar ali mesmo. Ex: caso da professora na sessão aqui em BH, que posteriormente foi ajuizada ação civil pública. AULA 02: COMPETÊNCIA 2.1)COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO Conceito: A medida da jurisdição de cada órgão judicial. É a competência que diz se o juiz podeounão julgar determinado processo. Tem que haver a competência para que seja legitimado o exercício da jurisdição. XLIV) Competência emrazão damatéria/Competência material: é a causa de pedir e o pedido que podemser levados a justiça do trabalho. Se não observar esse fator a nulidade será absoluta = INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA, que deverá ser arguida pelo Réu na Contestação em sede de preliminar, pedindo a extinção do processo sem resolução do mérito. (Art. 337. Incumbe ao réu, antes dediscutir o mérito, alegar: II - incompetência absoluta e relativa. + Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando: IV- verificar a ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e regular do processo. CPC). Posteriormente pode ser decretada de oficio se não for alegada na Contestação (Art. 485 § 3o O juiz conhecerá de ofício da matéria constante dos incisos IV, V, VI e IX, em qualquer tempo e grau de jurisdição, enquanto não ocorrer o trânsito em julgado.). EMENDA CONSTITUCIONAL N. 45/2004: antes dela só podia discutir relação de emprego na justiça do trabalho, agora pode-se também a relação de emprego/relação de trabalho. A.1) Competência Material Original: Art. 114 CF. É originariamente prevista na Constituição. Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: I - as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta daUnião, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; Relação de trabalho abrange; relação de emprego (sociedade de economia mista e empresa pública), estágio, representante comercial, autônomos, corretor, trabalho voluntário, avulso, empreitada, etc…Em algum desses casos pode aplicar até as regras do direito civil, a emenda apoiou a competência material. EXCEÇÕES: 1º Relação de consumo não vai pra justiça do trabalho (verificar se o consumidor final está presente). No exemplo do João e a clínica estética ele pode ir na justiça do trabalho coma aplicação do direito civil, foi ampliada a regra processual. (O João pode questionar arelação dele coma clínica na justiça do trabalho, coma cliente não.) 2º Ação de profissional liberal contra cliente vai para a justiça comum (relação de consumo) Súmula Nº 363 - Compete à Justiça estadual processar e julgar a ação de cobrança ajuizada por profissional liberal contra cliente. 3º Relação de trabalho no âmbito da administração pública direta, autárquica e fundacional: OBS: a CF/88 no Art. 39 dizia que os concursados eram estatuários (regime jurídico único). Emenda Constitucional 19/98 (altera o artigo 39) diz que os concursados podem ser celetistas ou estatutários. STF ADI 2135/2007: declarou inconstitucionalidade da emenda 19 e disse que os concursados são pelo regime jurídico único estatutário. ADIN 3395: quando o servidor for estatutário vai para a justiça comum (súmulas STJ: Súmula Nº 137 - Compete a Justiça Comum Estadual processar e julgar ação de servidor públicomunicipal, pleiteando direitos relativos ao vinculo estatutário. SúmulaNº 97 - Compete a Justiça do Trabalho processar e julgar reclamação de servidor público relativamente a vantagens trabalhistas anteriores a instituição do regime jurídico único. Súmula Nº 170 - Compete ao juízo onde primeiro for intentada a ação envolvendo acumulação de pedidos, trabalhista e estatutário, decidi-la nos limites da sua jurisdição, sem prejuízo do ajuizamento de nova causa, com o pedido remanescente, no juízo próprio.), quando for celetista vai para justiça do trabalho. Trabalhador temporário na administração pública (Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público. CF)vai paraa justiçacomum (R.EXT. 573.202) II - as ações que envolvam exercício do direito de greve; tudo que envolve greve temque ser discutido perante ajustiça do trabalho. OBS:Discutir a ilicitude da greve praonde vai? Não existe greve ilícita, pode-se discutir a abusividade da greve também perante a justiça do trabalho. Súmula Vinculante 23 STF - A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar ação possessória ajuizada em decorrência do exercício do direito de greve pelos trabalhadores da iniciativa privada. Inclusive questões possessórias são discutidas na justiça do trabalho. OBS 2: Greve de servidor público estatutário é na justiça comum. SúmulaNº 189 TST - Greve. Competência da Justiça do Trabalho. Abusividade. A Justiça do Trabalho é competente para declarar a abusividade, ou não, da greve. III - as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores; Tudo que diz respeito a sindicato é na justiça do trabalho. Ex: discussão de eleição sindical, representação sindical, cobrança de contribuição sindical. IV - os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data , quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição; Mandado de injunção, Ação Civil Pública. Quase impossível o habeas corpus por não ter prisão na justiça do trabalho: Súmula Vinculante 25 STF - É ilícita a prisão civil de depositário infiel, qualquer que seja a modalidadedo depósito. V - os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, ressalvado o disposto no art. 102, I, o; pode ser positivo (dois juízes entendem ser competentes)ounegativo (dois juízes entende não ser competente). • Juiz VT BHX Juiz VT Contagem- TRT 3º Região • Juiz VT BHX Juiz VT SP - TST • Juiz VT BHX TRT 2º Região - TST • TRT 3º Região X TRT 2º Região - TST • Juiz de Direito BH X Juiz VT Betim - Sempre que ocorrer conflitos com justiça diferente o STJjulgará. • TJMG- TRT 3º Região - STJ • STJX TST - STF • Juiz VT BH X TRT 3º Região - NÃO TEM CONFLITO (subordinação - hierarquia) Súmula 420, TST SúmulaNº 420 - Competência funcional. Conflito negativo. TRT e Vara do Trabalho de idêntica região. Não configuração. Não se configura conflito de competência entre Tribunal Regional do Trabalho e Vara do Trabalho a ele vinculada. Conflito de competência naCLT: Art. 808. Os conflitos de jurisdição de que trata o art. 803 serão resolvidos: a) pelos Tribunais Regionais, os suscitados entre Juntas e entre Juízos de Direito, ou entre umae outras, nas respectivas regiões; b)pela Câmara de Justiça do Trabalho, os suscitados entre Tribunais Regionais, ou entre Juntas e Juízos de Direito sujeitos à jurisdição de Tribunais Regionais diferentes; c) pelo Conselho Pleno, os suscitados entre as Câmaras de Justiça do Trabalho e de Previdência Social; (Tacitamente revogada pelo Decreto-lei nº 9.797, de 09-09- 46, DOU11-09-46) d)pelo Supremo Tribunal Federal, os suscitados entre as autoridades da Justiça do Trabalho e as da Justiça Ordinária. Art. 809. Nos conflitos de jurisdição entre as Juntas e os Juízos de Direito observar-se-á o seguinte: I - o juiz ou presidente mandará extrair dos autos as provas do conflito e, com a sua informação, remeterá o processo assim formado, no mais breve prazo possível, ao Presidente do Tribunal Regional competente; II - no Tribunal Regional, logo que der entrada o processo, o presidente determinará a distribuição do feito, podendo o relator ordenar imediatamente às Juntas e aos Juízos, nos casos de conflito positivo, que sobrestejam o andamento dos respectivos processos, e solicitar, ao mesmo tempo, quaisquer informações que julgue convenientes. Seguidamente, será ouvida a Procuradoria, após o que o relator submeterá o feito a julgamento naprimeira sessão; III - proferida a decisão, será a mesma comunicada, imediatamente, às autoridades em conflito, prosseguindo no foro julgado competente. Art. 810. Aos conflitos de jurisdição entre os Tribunais Regionais aplicar-se-ão as normas estabelecidas no artigo anterior. Art. 811. Nos conflitos suscitados na Justiça do Trabalho entre as autoridades desta e os órgãos da Justiça Ordinária, o processo do conflito, formado de acordo com o inciso I do art. 809, será remetido diretamente ao presidente do Supremo Tribunal Federal. VI - as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho; não se limita apenas a reparação de danos morais e patrimonial, tudo que envolva relação de trabalho será de competênciada justiça do trabalho. Aplicando os dispositivos legais do código civil (responsabilidade civil, reparação do dano). Súmula TST Súmula nº 392 - DANO MORAL E MATERIAL. RELAÇÃO DE TRABALHO. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO (redação alterada em sessão do Tribunal Pleno realizada em 27.10.2015) - Res. 200/2015, DEJT divulgado em 29.10.2015 e 03 e 04.11.2015 Nos termos do art. 114, inc. VI, da Constituição da República, a Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar ações de indenização por dano moral e material, decorrentes da relação de trabalho, inclusive as oriundas de acidente de trabalho e doenças a ele equiparadas, ainda que propostas pelos dependentes ou sucessores do trabalhador falecido. Súmula Vinculante 22 STF Súmula Vinculante 22 A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar as ações de indenização por danos morais e patrimoniais decorrentes de acidente de trabalho propostas por empregado contra empregador, inclusive aquelas que ainda não possuíam sentença de mérito em primeiro grau quando da promulgação da Emenda Constitucional nº 45/04. Acidente de trabalho (lucros cessantes, pensão): ações contra empregadores. Observar que ações contra o INSS (concessão ou não do benéfico, valores) é na justiça federal. Outros exemplos: 1- cadastramento do PIS/PASEP Seguro Desemprego (quando a empresa não paga e por isso o empregado perde este benefício) Súmulas TST: Súmula Nº 300 - Competência da Justiça do Trabalho. Cadastramento no PIS. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar ações ajuizadas por empregados em face de empregadores relativas ao cadastramento no Programa de Integração Social (PIS). Súmula Nº 389 - Seguro-desemprego. Competência da Justiça do Trabalho. Direito à indenização por não liberação de guias. I - Inscreve-se na competência material da Justiça do Trabalho a lide entre empregado e empregador tendo por objeto indenização pelo não-fornecimento das guias do seguro-desemprego. II - O não-fornecimento pelo empregador da guia necessária para o recebimento do seguro-desemprego dá origem ao direito à indenização. 2 - Meio ambiente do trabalho: Art. 200 CF. Ao sistema único de saúde compete, além de outras atribuições, nos termos da lei: VIII - colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho. e Súmula Nº 736 STF - Compete à Justiça do Trabalho julgar as ações que tenham como causa de pedir o descumprimento de normas trabalhistas relativas à segurança, higiene e saúde dos trabalhadores. 3 - Ações Possesórias: ex: do caseiro que não sai do imóvel em razão do término da relação de emprego (a discussão gira emtorno da relação deemprego). EXCEÇÃO (QUE NÃO VAI PRA JUSTIÇA DO TRABALHO): Aposentadoria Complementar - R.Ext. 586.453 vaipara a justiça comum. *Modulação dos efeitos: se a justiça do trabalho já proferiusentença permanece lá, se não vai pra justiça comum. VII - as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho; Penalidades impostas peloMTE =Autosde infração. OBS: A justiça do trabalho não temcompetência criminal. ADI - 3684. A.2)Competência Material Derivada: Lei federal podeampliar a competência da justiça do trabalho. Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: IX - outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, na formada lei. Exemplos: Art. 643, p3º, CLT. Art. 643. Os dissídios, oriundos das relações entre empregados e empregadores bem como de trabalhadores avulsos e seus tomadores de serviços, em atividades reguladas na legislação social, serão dirimidos pela Justiça do Trabalho, de acordo com o presente Título e na forma estabelecida pelo processo judiciário do trabalho. § 3º - A Justiça do Trabalho é competente, ainda, para processar e julgar as ações entre trabalhadores portuários e os operadores portuários ou o Órgão Gestor de Mão-de-Obra - OGMO decorrentes da relação de trabalho. Art. 652, a, III, CLT. Art. 652. Compete às Juntas de Conciliação e Julgamento: a) conciliar e julgar:III - os dissídios resultantes de contratos de empreitadas em que o empreiteiro seja operário ou artífice. REFORMA TRABALHISTA: acrescentauma hipótese (13/11/2017): inclusão no Art. 652, a, letra F, autorizando a homologação de acordo extrajudicial na justiça do trabalho, de acordo com o novo procedimento estabelecido nos arts. 855 A até 855 E que cria o processo de jurisdição voluntária na justiça do trabalho. Empresa e empregado vão a justiça como acordo já pronto pedindo apenas homologação, presença obrigatória de advogado para ambas partes. A.3) Competência Material Normativa: aquela que possui relação com o princípio da normatização coletiva. Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: § 2º - Recusando-se qualquer das partes à negociação coletiva ou à arbitragem, é facultado às mesmas, de comum acordo, ajuizar dissídio coletivo de natureza econômica, podendo a Justiça do Trabalho decidir o conflito, respeitadas as disposições mínimas legais de proteção ao trabalho, bem como as convencionadas anteriormente. Súmula Nº 190 TST - Poder normativo do TST. Condições de trabalho. Inconstitucionalidade. Decisões contrárias ao STF. Ao julgar ou homologar ação coletiva ou acordo nela havido, o Tribunal Superior do Trabalho exerce o poder normativo constitucional, não podendo criar ou homologar condições de trabalho que o Supremo Tribunal Federal julgue iterativamente inconstitucionais. Só podedistribuir dissídio coletivo no TRT ouTST. A.4) Competência Material Executória: Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: VIII - a execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a , e II, e seus acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir. Art. 876, CLT - As decisões passadas em julgado ou das quais não tenha havido recurso com efeito suspensivo; os acordos, quando não cumpridos; os termos de ajuste de conduta firmados perante o Ministério Público do Trabalho e os termos de conciliação firmados perante as Comissões de Conciliação Prévia serão executada pela forma estabelecida neste Capítulo. Parágrafo único. Serão executadas ex-officio as contribuições sociais devidas em decorrência de decisão proferida pelos Juízes e Tribunais do Trabalho, resultantes de condenação ou homologação de acordo, inclusive sobre os salários pagos durante o período contratual reconhecido.; Súmula 368. TST.- DESCONTOS PREVIDENCIÁRIOS E FISCAIS. COMPETÊNCIA. RESPONSABILIDADE PELO PAGAMENTO. FORMA DE CÁLCULO (redação do item II alterada na sessão do Tribunal Pleno realizada em 16.04.2012) I - A Justiça do Trabalho é competente para determinar o recolhimento das contribuições fiscais. A competência da Justiça do Trabalho, quanto à execução das contribuições previdenciárias, limita-se às sentenças condenatórias em pecúnia queproferir e aos valores, objeto de acordo homologado, que integrem o salário-de-contribuição. (ex-OJ nº 141da SBDI-1- inserida em 27.11.1998) II. É do empregador a responsabilidade pelo recolhimento das contribuições previdenciárias e fiscais, resultante de crédito do empregado oriundo de condenação judicial, devendo ser calculadas, em relação à incidência dos descontos fiscais, mês a mês, nos termos do art. 12-A da Lei n.º 7.713, de 22/12/1988, coma redação dadapela Lei nº 12.350/2010. III. Em se tratando de descontos previdenciários, o critério de apuração encontra -se disciplinado no art. 276, §4º, do Decreto n º 3.048/1999 que regulamentou a Lei nº 8.212/1991e determina quea contribuição do empregado, no caso de ações trabalhistas, seja calculada mês a mês, aplicando-se as alíquotas previstas no art. 198, observado o limite máximo do salário de contribuição. (ex-OJs nºs 32 e 228 da SBDI-1 inseridas, respectivamente, em 14.03.1994 e 20.06.2001) Súmula nº 454 - COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO. EXECUÇÃO DE OFÍCIO. CONTRIBUIÇÃO SOCIAL REFERENTE AO SEGURODE ACIDENTE DE TRABALHO (SAT). ARTS. 114, VIII, E 195, I, A, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. (conversão da Orientação Jurisprudencial nº 414 da SBDI-1) Res. 194/2014, DEJT divulgado em 21, 22 e 23.05.2014 - Compete à Justiça do Trabalho a execução, de ofício, da contribuição referente ao Seguro de Acidente de Trabalho (SAT), que tem natureza de contribuição para a seguridade social (arts. 114, VIII, e 195, I, a, da CF), pois se destina ao financiamento de benefícios relativos à incapacidade do empregado decorrente de infortúnio no trabalho (arts. 11 e 22 da Lei nº 8.212/1991). A Justiça do Trabalho é competenteparaexecutar: • Sentenças queproferir; • A contribuição social (INSS) que incidir sobre as parcelas de natureza salarial trabalhistas deferidas nas sentenças condenatórias ou homologatórias de acordo, serão discutidas na justiça do trabalho (Competência executória). INSS comomatéria principal: NÃO PODE - INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA (nesse caso alega a incompetência empreliminar de contestação). B)Competência emrazão das pessoas: - Trabalhador (empregado) - Tomador de serviços (empregador) - Sindicato - Ministério Público do Trabalho - INSS - União (questão de impugnação deauto de infração) - Entes de Direitos Público Externo (Estado estrangeiro): atuam no exercício de atos de império (prática a respeito de decisões internas: Política, econômica, social. Quanto à isso eles possuem imunidade TOTAL) e atos de gestão (praticam atos burocráticos do dia a dia, para que possam funcionar. Ex: contratação. Não tem imunidade de jurisdição, então podem ser processado na justiça do trabalho, mas tem imunidade de execução, ouseja, será feito por carta rogatória a execução) - Organismos internacionais: OJ-SDI1-416. Imunidade de jurisdição. Organização ou organismo internacional. (Divulgada no DeJT 14/02/2012) As organizações ou organismos internacionais gozam de imunidade absoluta de jurisdição quando amparados por norma internacional incorporada ao ordenamento jurídico brasileiro, não se lhes aplicando a regra do Direito Consuetudinário relativa à natureza dos atos praticados. Excepcionalmente, prevalecerá a jurisdição brasileira na hipótese de renúncia expressa à cláusula de imunidade jurisdicional. Depende dasua formade criação e danormareguladora. C)Competência em razão do lugar ou territorial: Nulidade relativa que o juiz não pode arguir de ofício, o réu deve fazer na Contestação. Art. 337 CPC. Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar: II - incompetência absoluta e relativa. § 5o Excetuadas a convenção de arbitragem e a incompetência relativa, o juiz conhecerá de ofício das matérias enumeradas neste artigo. Art. 799 CLT. Nas causas da jurisdição da Justiça do Trabalho, somente podem ser opostas, com suspensão do feito, as exceções de suspeição ou incompetência. § 1º - As demais exceções serão alegadas como matéria de defesa. § 2º - Das decisões sobre exceções de suspeição e incompetência, salvo, quanto a estas, se terminativas do feito, não caberá recurso, podendo, no entanto, as partes alegá-las novamente no recurso que couber da decisão final. REGRA: Art. 651. A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento é determinada pela localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro. Local da prestação dos serviços (privilégio para a produção de provas). *A lei precisa ser modificada nesse ponto* Quando são em vários locais a doutrina diz que é no último, para a FGV podeser no último ouemqualquer umdeles. EXCEÇÕES: Art. 651, § 1º - Quando for parte de dissídio agente ou viajante comercial, a competência será da Junta da localidade em que a empresa tenha agência ou filial e a esta o empregado esteja subordinado e, na falta, será competente a Junta da localização em que o empregado tenha domicílio ou a localidade mais próxima. - (agente ou viajante comercial) Trabalhador externo, olhar para a atividade do empregado, se ele trabalha em vários locais, é outra regra. Ex: vendas de produtos. Aqui a competência será a sede/filial a que o empregado esteja subordinado.Na falta de sede, por exemplo a empresa é virtual, a competência será do local do domicílio do empregado. Art. 651, § 3º - Em se tratando de empregador que promova realização de atividades fora do lugar do contrato de trabalho, é assegurado ao empregado apresentar reclamação no foro da celebração do contrato ou no daprestação dos respectivos serviços. (atividade da empresa) É aplicado para empresas que promovema atividade fora do lugar da celebração do contrato/da sua sede. Ex: circo, empresa de reflorestamento. A competência será do local da celebração do contrato ou no local da prestação dos serviços. OJ-SDI2-149 CONFLITO DE COMPETÊNCIA. INCOMPETÊNCIA TERRITORIAL. HIPÓTESE DO ART. 651, § 3º, DA CLT. IMPOSSIBILIDADEDE DECLARAÇÃO DE OFÍCIO DE INCOMPETÊNCIA RELATIVA. (DEJT divulgado em 03, 04 e 05.12.2008) Não cabe declaração de ofício de incompetência territorial no caso do uso, pelo trabalhador, da faculdade prevista no art. 651, § 3º, da CLT. Nessa hipótese, resolve-se o conflito pelo reconhecimento da competência do juízo do local ondea ação foi proposta. Art. 651 § 2º - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento, estabelecida neste artigo, estende-se aos dissídios ocorridos em agência ou filial no estrangeiro, desde que o empregado seja brasileiro e não haja convenção internacional dispondo em contrário. Aplica a regra do Brasil para beneficiar o empregado. OBS: cláusula de foro de eleição: relação de emprego (nulo Art. 9º Serão nulos de pleno direito os atos praticados com o objetivo de desvirtuar, impedir ou fraudar a aplicação dos preceitos contidos na presente Consolidação.) Essa cláusula é válida só paracontratocivil e paraas relações de trabalho.Ex: corretor e a imobiliária. OBS2: Ação civil pública - OJ 130, SDI - II, TST OJ-SDI2-130. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. COMPETÊNCIA. LOCAL DO DANO. LEI Nº 7.347/1985, ART. 2º. CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR, ART. 93 (redação alterada na sessão do Tribunal Pleno realizada em 14.09.2012) - Res. 186/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012 I - A competência para a Ação Civil Pública fixa-sepela extensão do dano. II - Em caso de dano de abrangência regional, que atinja cidades sujeitas à jurisdição demais de uma Vara do Trabalho, a competência será de qualquer das varas das localidades atingidas, ainda que vinculadas a Tribunais Regionais do Trabalho distintos. III - Em caso de dano de abrangência suprarregional ou nacional, há competência concorrente para a Ação Civil Pública das varas do trabalho das sedes dos Tribunais Regionais do Trabalho. IV - Estará prevento o juízo a que aprimeira ação houver sido distribuída. 2.2)ALTERNATIVAS À JURISDIÇÃO: XLV) Mediação e Arbitragem: Art. 114 CF prevê como alternativa somente quando se tratar de Direito coletivo, emrazão dos direitos indisponíveis. Quando passa parao coletivo é possível relativizar alguns desses direitos coletivos. Crítica: os meios alternativos são muito caros, o que dificulta o seu uso e faz comque seja raro sua aplicação. Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: § 1º - Frustrada a negociação coletiva, as partes poderão eleger árbitros. § 2º - Recusando-se qualquer das partes à negociação coletiva ou à arbitragem, é facultado às mesmas, de comum acordo, ajuizar dissídio coletivo de natureza econômica, podendo a Justiça do Trabalho decidir o conflito, respeitadas as disposições mínimas legais de proteção ao trabalho, bem como as convencionadas anteriormente. OBS - REFORMA TRABALHISTA: Novo Art. 507-A, CLT. Quem ganha mais de 11 mil reais poderá ser sujeito dos meios alternativos de resolução de conflitos, entretanto isso poderá gerar problemas em razão da indisponibilidade dos direitos trabalhistas. XLVI) Comissões de Conciliação Prévia - CPP’S: órgão paritário instituídono âmbito do sindicato do empregador ou da empresa com representação de ambas as partes. O empregado ao invés de ir à justiça pode recorrer a essa comissão, onde será lavrado um termo de conciliação. Art. 625-E. Aceita a conciliação, será lavrado termo assinado pelo empregado, pelo empregador ou seu proposto e pelos membros daComissão, fornecendo-se cópia às partes. Parágrafo único. O termo de conciliação é título executivo extrajudicial e terá eficácia liberatória geral, exceto quanto às parcelas expressamente ressalvadas. PROBLEMA: Art. 625-D. Qualquer demanda de natureza trabalhista será submetida à Comissão de Conciliação Prévia se, na localidadedaprestação de serviços, houver sido instituída a Comissão no âmbito da empresa ou do sindicato da categoria. Era obrigatório passar pela comissão antes de recorrer ao judiciário. O STF decidiu que o artigo é inconstitucional porque fere o direito de acesso à justiça. OBS - REFORMA TRABALHISTA: Novo Art. 855-B a 855-E, CLT. JURISDIÇÃO VOLUNTÁRIA: Possibilidade das partes fazeremacordo fora do judiciário e ir na justiça só para homologar. *Fala que pode fazer acordo que verse sobre verbas rescisórias (direito indisponível)* O juiz decide se marca audiência ou se profere a sentença de homologação. AULA 03: ATOS, TERMOS EPRAZOS PROCESSUAIS. 3.1)ATOS PROCESSUAIS - Arts. 770 a 782, CLT / Arts. 188 e ss., CPC Fatos processuais: acontecimento involuntário que gera modificação no processo. Ex: autor da açãomorre (substituição pelo espólio). Ato processual: acontecimento voluntário praticado no processo. Ex: contestar, interpor umrecurso, etc. Características dos atosprocessuais: - Públicos: Art. 770 CLT e 189, CPC. A regra é que o ato seja público, se quiser segredo de justiça tem que pedir. Art. 770. Os atos processuais serão públicos salvo quando o contrário determinar o interesse social, e realizar-se-ão nos dias úteis das 6 (seis) às 20 (vinte) horas. Art. 189. Os atos processuais são públicos, todavia tramitam em segredo de justiça os processos: I - em que o exija o interesse público ou social; II - que versem sobre casamento, separação de corpos, divórcio, separação, união estável, filiação, alimentos e guarda de crianças e adolescentes; III - em que constem dados protegidos pelo direito constitucional à intimidade; IV - que versem sobre arbitragem, inclusive sobre cumprimento de carta arbitral, desde que a confidencialidade estipulada na arbitragem seja comprovadaperante o juízo. - Registrados a termo e juntados ao processo: Art. 771e 777, CLT. Art. 771. Os atos e termos processuais poderão ser escritos a tinta, datilografados ou a carimbo. Art. 777. Os requerimentos e documentos apresentados, os atos e termos processuais, as petições ou razões de recursos e quaisquer outros papéis referentes aos feitos formarão os autos dos processos, os quais ficarão sob a responsabilidade dos escrivães ou secretários. Tem que ser registrado, hoje em dia vendo sendo muito flexível a forma desse registro. A CLT é um pouco atrasada. CURIOSIDADE: Arts. 193 -199 CPC traz práticas digitais. Art. 193. Os atos processuais podem ser total ou parcialmente digitais, de forma a permitir que sejam produzidos, comunicados, armazenados e validados por meio eletrônico, na forma da lei. Art. 196. Compete ao Conselho Nacional de Justiça e, supletivamente, aos tribunais, regulamentar a prática e a comunicação oficial de atos processuais por meio eletrônico e velar pela compatibilidade dos sistemas, disciplinando a incorporação progressiva de novos avanços tecnológicos e editando, para esse fim, os atos que forem necessários, respeitadas as normas fundamentais deste Código. • Atos das partes: Arts. 200 - 202 CPC. Declarações uni ou bilaterais com objetivo de constituir, extinguir oumodificar direitos. Art. 200. Os atos das partes consistentes em declarações unilaterais ou bilaterais de vontade produzem imediatamente a constituição, modificação ou extinção de direitos processuais. // Art. 201. As partes poderão exigir recibo de petições, arrazoados, papéis e documentos que entregarem em cartório. // Art. 202. É vedado lançar nos autos cotas marginais ou interlineares, as quais o juiz mandará riscar, impondo a quem as escrever multa correspondente à metade do salário-mínimo. • Atos do juiz: Arts. 203 - 205 CPC. Despacho, decisão interlocutória e sentença. Art. 203. Os pronunciamentos do juiz consistirão em sentenças, decisões interlocutórias e despachos. § 1o Ressalvadas as disposições expressas dos procedimentos especiais, sentença é o pronunciamento por meio do qual o juiz, com fundamento nos arts. 485 e 487, põe fim à fase cognitiva do procedimento comum, bem como extingue a execução. § 2o Decisão interlocutória é todo pronunciamento judicial de natureza decisória que não se enquadre no § 1o. § 3o São despachos todos os demais pronunciamentos do juiz praticados no processo, de ofício ou a requerimento da parte. § 4o Os atos meramente ordinatórios, como a juntada e a vista obrigatória, independem de despacho, devendo ser praticados de ofício pelo servidor e revistos pelo juiz quando necessário. // Art. 204. Acórdão é o julgamento colegiado proferido pelos tribunais. // Art. 205. Os despachos, as decisões, as sentenças e os acórdãos serão redigidos, datados e assinados pelos juízes. § 1o Quando os pronunciamentos previstos no caput forem proferidos oralmente, o servidor os documentará, submetendo-os aos juízes para revisão e assinatura. § 2o A assinatura dos juízes, em todos os graus de jurisdição, pode ser feita eletronicamente, na formada lei. § 3o Os despachos, as decisões interlocutórias, o dispositivo das sentenças e a ementa dos acórdãos serão publicados no Diário de Justiça Eletrônico. • Forma dos atos: Arts. 188 - 277 CPC. LIVRE, ressalvado quando a Lei estabelece determinada forma. Art. 188. Os atos e os termos processuais independem de forma determinada, salvo quando a lei expressamente a exigir, considerando-se válidos os que, realizados de outro modo, lhepreenchama finalidadeessencial. 3.2) TEMPO E LUGAR: Art. 770, CLT e 212 a 217, CPC. Art. 212. Os atos processuais serão realizados em dias úteis, das 6 (seis) às 20 (vinte) horas. // Art. 217. Os atos processuais realizar-se-ão ordinariamentena sede do juízo, ou, excepcionalmente, em outro lugar em razão de deferência, de interesse da justiça, da natureza do ato ou de obstáculo arguido pelo interessado e acolhido pelo juiz. Tempo: Dias úteis: 06:00 às 20:00. Exceções: Art. 770 CLT Art. 770. Os atos processuais serão públicos salvo quando o contrário determinar o interesse social, e realizar-se-ão nos dias úteis das 6 (seis) às 20 (vinte) horas.Parágrafo único. A penhora poderá realizar-se em domingo ou dia feriado, mediante autorização expressa do juiz ou presidente. e §§, 212 CPC Art. 212. § 1o Serão concluídos após as 20 (vinte) horas os atos iniciados antes, quando o adiamento prejudicar a diligência ou causar grave dano. § 2o Independentemente de autorização judicial, as citações, intimações e penhoras poderão realizar-se no período de férias forenses, onde as houver, e nos feriados ou dias úteis fora do horário estabelecido neste artigo, observado o disposto no art. 5o, inciso XI, da Constituição Federal. § 3o Quando o ato tiver de ser praticado por meio de petição em autos não eletrônicos, essa deverá ser protocolada no horário de funcionamento do fórum ou tribunal, conforme o disposto na lei de organização judiciária local. OBS: Art. 213 CPC quando o ato for praticado em processo eletrônico você pode fazê-lo até as 24hrs do dia anterior. Art. 213. A prática eletrônica de ato processual pode ocorrer em qualquer horário até as 24 (vinte e quatro)horas do último dia do prazo. Parágrafo único. O horário vigente no juízo perante o qual o ato deve ser praticado será considerado para fins de atendimento do prazo. Audiências: Dias úteis 08:00 às 18:00, com no máximo 05 horas de duração,salvo matéria urgente. Art. 813 - CLT. As audiências dos órgãos da Justiça do Trabalho serão públicas e realizar-se-ão na sede do Juízo ou Tribunal em dias úteis previamente fixados, entre 8 (oito) e 18 (dezoito) horas, não podendo ultrapassar 5 (cinco)horas seguidas, salvo quando houver matéria urgente. § 1º - Em casos especiais, poderá ser designado outro local para a realização das audiências, mediante edital afixado na sede do Juízo ou Tribunal, com a antecedênciamínimade 24 (vinte e quatro)horas. § 2º - Sempre que for necessário, poderão ser convocadas audiências extraordinárias, observado o prazo do parágrafo anterior. LUGAR: foro - sede do juízo. Tem exceção. Ex: perícia de insalubridade, citação, intimação.⬆ 3.3)PRAZOSDOS ATOS PROCESSUAIS:Arts. 774 a 776, CLT / Arts. 218 a 235, CPC Art. 774. Salvo disposição em contrário, os prazos previstos neste Título contam- se, conforme o caso, a partir da data em que for feita pessoalmente, ou recebida a notificação, daquela em que for publicado o edital no jornal oficial ou no que publicar o expediente da Justiça do Trabalho, ou, ainda, daquela em que for afixado o edital na sede da Junta, Juízo ou Tribunal. Parágrafo único. Tratando-se de notificação postal, no caso de não ser encontrado o destinatário ou no de recusa de recebimento, o Correio ficará obrigado, sob pena de responsabilidade do servidor, a devolvê-la, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, ao Tribunal de origem. Art. 775. Os prazos estabelecidos neste Título contam-se com exclusão do dia do começo e inclusão do dia do vencimento, e são contínuos e irreleváveis, podendo, entretanto, ser prorrogados pelo tempo estritamente necessário pelo juiz ou tribunal, ou em virtude de força maior, devidamente comprovada. Parágrafo único. Os prazos que se vencerem em sábado, domingo ou dia feriado, terminarão no primeiro dia útil seguinte. Art. 776. O vencimento dos prazos será certificado nos processos pelos escrivães ou secretários. Art. 218. Os atos processuais serão realizados nos prazos prescritos em lei. § 1o Quando a lei for omissa, o juiz determinará os prazos em consideração à complexidadedo ato. § 2o Quando a lei ou o juiz não determinar prazo, as intimações somente obrigarão a comparecimento após decorridas 48 (quarenta e oito)horas. § 3o Inexistindo preceito legal ou prazo determinado pelo juiz, será de 5 (cinco) dias o prazo para a prática de ato processual a cargo daparte. § 4o Será considerado tempestivo o ato praticado antes do termo inicial do prazo. Art. 223. Decorrido o prazo, extingue-se o direito de praticar ou de emendar o ato processual, independentemente de declaração judicial, ficando assegurado, porém, à parte provar que não o realizou por justa causa. Conceito e características: período que as partes tem para praticar um ato (lapsos processuais). Características: - Próprio:da parte,se não cumprido ocorre a preclusão. - Impróprio: do juiz. - Dilatório: podepedir extensão do prazo. - Peremptório: não podepedir dilação. - Previsto em lei ouata deaudiência. OBS: a negociação de prazos prevista no CPC não é compatível com processo do trabalho pelo princípio da proteção. Contagem do prazo: exclui o dia da publicação e inclui o dia do final. DIAS CORRIDOS (celeridade processual). Súmula Nº 1TST - Prazo judicial. Quando a intimação tiver lugar na sexta-feira, ou a publicação com efeito de intimação for feita nesse dia, o prazo judicial será contado da segunda-feira imediata, inclusive, salvo se não houver expediente, caso em que fluirá no dia útil que se seguir. Art. 775. Os prazos estabelecidos neste Título contam-se com exclusão do dia do começo e inclusão do dia do vencimento, e são contínuos e irreleváveis, podendo, entretanto, ser prorrogados pelo tempo estritamente necessário pelo juiz ou tribunal, ou em virtude de forçamaior, devidamente comprovada. OBS - REFORMA TRABALHISTA: Altera a redação do artigo 775, passa a ser contadosemdias úteis osprazos. IMPORTANTE: Súmula Nº 385 TST - FERIADO LOCAL. AUSÊNCIA DE EXPEDIENTE FORENSE. PRAZO RECURSAL. PRORROGAÇÃO. COMPROVAÇÃO. NECESSIDADE ATO ADMINISTRATIVO DO JUÍZOA QUO (redação alterada na sessão do Tribunal Pleno realizada em 14.09.2012) - Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012 I - Incumbe à parte o ônus de provar, quando da interposição do recurso, a existência de feriado localque autorize a prorrogação do prazo recursal. II - Na hipótese de feriado forense, incumbirá à autoridade queproferir a decisão de admissibilidade certificar o expediente nos autos. III - Na hipótese do inciso II, admite-se a reconsideração da análise da tempestividade do recurso, mediante prova documental superveniente, em Agravo Regimental, Agravo de Instrumento ou Embargos de Declaração. SUSPENSÃO DOS PRAZOS: Súmula Nº 262 - PRAZO JUDICIAL. NOTIFICAÇÃO OU INTIMAÇÃO EM SÁBADO. RECESSO FORENSE. (redação do item II alterada na sessão do Tribunal Pleno realizada em 19.05.2014) Res. 194/2014, DEJT divulgado em 21, 22 e 23.05.2014 I - Intimadaou notificada a parte no sábado, o início do prazo se dará no primeiro dia útil imediato e a contagem, no subsequente. (ex-Súmula nº 262 - Res. 10/1986, DJ 31.10.1986) II - O recesso forense e as férias coletivas dos Ministros do Tribunal Superior do Trabalho suspendem os prazos recursais. (ex-OJ nº 209 da SBDI-1 - inserida em 08.11.2000) Arts. 220 e 221, §Ú, CPC Art. 220. Suspende-se o curso do prazo processual nos dias compreendidos entre 20 de dezembro e 20 de janeiro, inclusive. § 1o Ressalvadas as férias individuais e os feriados instituídos por lei, os juízes, os membros do Ministério Público, da Defensoria Pública e da Advocacia Pública e os auxiliares da Justiça exercerão suas atribuições durante o período previsto no caput. § 2o Durante a suspensão do prazo, não se realizarão audiências nem sessões de julgamento. // Art. 221 Parágrafo único. Suspendem-se os prazos durante a execução de programa instituído pelo Poder Judiciário para promover a autocomposição, incumbindo aos tribunais especificar, com antecedência, a duração dos trabalhos. Atos praticados antes do início do prazo: NOVIDADE - ato prematuro. É válido agora na JT que o ato seja praticado antes do prazo. Art. 218, § 4o Será considerado tempestivo o ato praticado antes do termo inicial do prazo. CPC (Cancelada súmula 434 TST) Listisconsortes: OJ-SDI1-310 LITISCONSORTES. PROCURADORES DISTINTOS. PRAZO EM DOBRO. ART. 229, CAPUT E §§ 1º E 2º, DO CPC DE 2015. ART. 191DO CPC DE 1973. INAPLICÁVEL AO PROCESSO DO TRABALHO (atualizada em decorrência do CPC de 2015) Res. 208/2016, DEJT divulgado em 22, 25 e 26.04.2016 Inaplicável ao processo do trabalho a norma contida no art. 229, caput e §§ 1º e 2º, do CPC de 2015 (art. 191do CPC de 1973), em razão de incompatibilidade com a celeridade que lhe é inerente. Não interessa quantos autores ou réus o prazo é comum, nunca será emdobro. (Não se aplica o artigo 229 daCPC) Privilégio de prazo: Arts. 180 e 186, CPC = em dobro. Na J.T Dec. Lei 779/69 = dobro pararecorrer, quadruplopara contestar.A regrado decretoque é aplicado. Prorrogação de prazo: Art.775. Os prazos estabelecidos neste Título contam-se com exclusão do dia do começo e inclusão do dia do vencimento, e são contínuos e irreleváveis, podendo, entretanto, ser prorrogados pelo tempo estritamente necessário pelo juiz ou tribunal, ou em virtude de força maior, devidamente comprovada. Parágrafo único. Os prazos que se vencerem em sábado, domingo ou dia feriado, terminarão no primeiro dia útil seguinte. CLT, Art. 223. Decorrido o prazo, extingue-se o direito de praticar ou de emendar o ato processual, independentemente de declaração judicial, ficando assegurado, porém, à parte provar que não o realizou por justa causa. e Art. 218, § 3o Inexistindo preceito legal ou prazo determinado pelo juiz, será de 5 (cinco)dias o prazo para a prática de ato processual a cargo daparte.
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