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GARANTIAS ELEITORAIS
ASPECTOS GERAIS
As garantias eleitorais são instrumentos que asseguram ao cidadão o direito de exercício do voto.
O Código Eleitoral trata das garantias eleitorais nos artigos 234 a 239 e a Resolução 20.997/02 do Tribunal Superior Eleitoral, regulamenta o assunto nos artigos 75 a 77.
As garantias eleitorais têm a finalidade de assegurar aos eleitores o direito de comparecer à sua seção eleitoral no dia da eleição, para escolher de forma livre e espontânea os seus representantes através do voto, direito este que se encontra inserido no rol dos direitos políticos regulamentado pela Constituição Federal, onde se destaca o direito de sufrágio como sendo o seu núcleo.
Sendo o sufrágio universal uma das espécies de direitos políticos, ninguém poderá impedir ou embaraçar o seu exercício, sob pena de infringir o art. 297 do Código Eleitoral, que pune como crime eleitoral, quem impeça ou embarace o exercício do sufrágio.
Durante o período eleitoral, o eleitor tem a garantia de que não será preso ou detido, exceto em algumas situações.
Assim sendo, o eleitor não poderá ser preso ou detido por nenhuma autoridade nos 05 (cinco) dias anteriores à eleição e até 48 (quarenta e oito) horas após o seu encerramento.
O Código Eleitoral em seu artigo 236, caput, estabelece em que situações o eleitor poderá ser preso ou detido durante o período eleitoral:
flagrante delito;
sentença criminal condenatória por crime inafiançável;
desrespeito a salvo-conduto
Os membros das Mesas Receptoras de Votos e os fiscais de Partidos Políticos, enquanto estiverem exercendo suas funções na seção eleitoral, não poderão ser presos ou detidos, exceto no caso de flagrante delito.
Os candidatos também gozarão das mesmas garantias legais, não podendo ser detidos ou presos durante os 15 (quinze) dias que antecedem a eleição.
Durante o período proibitivo, caso ocorra alguma prisão ou detenção, o preso deverá ser conduzido à presença do Juiz competente, que irá analisar se a prisão ou detenção foi efetuada de forma ilegal, devendo relaxá-la se ficar constatado que houve irregularidade, promovendo a responsabilidade do coator, ou seja, daquele que realizou a prisão ou detenção ilegal.
O Juiz Eleitoral ou o Presidente da Mesa Receptora poderá expedir salvo-conduto com a cominação de prisão por desobediência até 05 (cinco) dias, em favor do eleitor que sofrer violência, moral ou física, na sua liberdade de votar, ou pelo fato de haver votado.
SALVO-CONDUTO se origina do latim SALVUS (salvo) CONDUCTUS (conduzido), ou seja, significa pessoa conduzida a salvo. Impede que o eleitor seja preso ou sofra ameaça de ser preso.
O salvo-conduto recebido pelo eleitor terá validade entre 72 (setenta e duas) horas antes até 48 (quarenta e oito) horas após o pleito.
LIBERDADE DE ESCOLHA
Num Estado democrático como o nosso, onde todo o poder emana do povo, o sufrágio universal inserido nos direitos políticos do cidadão, evidencia-se como o poder de escolha, sendo exercido pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos.
O sufrágio é o direito atribuído ao cidadão como o direito de escolher o seu candidato e o seu exercício se realiza por meio do voto direto e secreto.
Assim, quando o art. 1º, parágrafo único da Constituição Federal estabelece que “todo poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente”, quis dizer que o povo é detentor do poder de escolher livremente os seus representantes por meio do voto, participando ativamente da vida política do país.
A livre manifestação de vontade do povo está consubstanciada no art. 14 da Constituição Federal, quando afirma que a manifestação livre da vontade do povo será exercida pelo “sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos”.

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