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Biologia 1 6

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Parte I
2
oficina
3
oficina
Leitura Fundamental
Oficina 
Biologia
4
oficina
Aula 1 – Introdução ao estudo da Célula.
Você sabe o que é citologia? A citologia é a área da Biologia que estuda as células. Na hierarquia dos 
níveis de organização biológica, as células são unidades básicas da vida, ou seja, unidades morfológicas 
e fisiológicas. Estudá-las, portanto, nos permite entender os princípios fundamentais que regem a vida. 
 
E você sabia que existem diversos seres unicelulares? 
Nesses casos uma única célula realiza todas as funções 
necessárias para sobrevivência desse ser. Além dos seres 
unicelulares, existem também os seres multicelulares. 
Neles as células são especializadas para realizar diferentes 
funções e, como regra geral, uma célula não pode sobreviver 
isolada das outras. Entretanto, mesmo que não possam viver 
independentemente uma das outras, elas continuam a ser as 
unidades estruturais e funcionais do organismo.
http://www.google.com/imgres?hl=ptBR&sa=X&biw=1280&bih=699&tbm=isch&prmd=imvns&tbnid=k_
MisCLvgQETrM:&imgrefurl=http://www.notapositiva.com/resumos/biologia/10diversidadenabiosfera.
htm&docid=3ElDxhENp_xpM&imgurl=http://www.notapositiva.com/resumos/biologia/10diversidadenab
iosfera.jpg&w=520&h=715&ei=86KwTvq2O4rpggfauJWpAQ&zoom=1&iact=hc&vpx=1048&vpy=215&d
ur=33&hovh=263&hovw=191&tx=161&ty=169&sig=113600338387511324367&page=1&tbnh=142&tbn
w=103&start=0&ndsp=17&ved=1t:429,r:10,s:0 
Embora algumas células possam ser mais complexas que outras, todas elas tem características em 
comum: são sistemas delimitados por uma membrana que propicia um meio interno mais controlado 
ao mesmo tempo que permitem trocas de matéria e de energia com o meio externo. Tendo seus limites 
estabelecidos por estruturas com essas características, as células são sistemas abertos – um sistema 
fechado na se mantém vivo. 
Níveis de Organização
ASSISTA A VIDEOAULA 1
5
oficina
As células possuem os componentes físicos e químicos necessários para o crescimento e a multiplicação 
(divisão celular); são capazes de converter energia de uma forma para outra e realizar diversos fatores 
metabólicos; armazenam as informações genéticas em moléculas de DNA, que apresentam capacidade 
de duplicação.
Todas essas descobertas sobre a célula ocorreram após os trabalhos de Leeuwenhoek e Hooke, o 
estudo microscópico dos seres vivos prosseguiu e em 1838 dois pesquisadores alemães, Matthias 
Schleiden, estudando plantas, e Theodor Schwann, estudando animais, formularam a Teoria Celular. 
Segundo essa teoria, “todos os seres vivos são formados por células”.
MOTABOLISMO: representa o conjunto de reações químicas que ocorrem nos organismos.
CATABOLISMO: toda reação de quebra de moléculas (Ex.: Degradação da glicose na respiração 
celular; digestão de proteínas no estômago).
ANABOLISMO: toda reação de síntese de moléculas (Ex: Síntese da glicose na fotossíntese; síntese 
de proteínas). 
Assim, é possível encontrar grandes semelhanças no nível celular desde as bactérias até o ser humano, 
o que nos ajuda a traçar a história evolutiva dos seres vivos e notar que existem fortes evidências de 
que todos descendem de uma célula ancestral comum, que surgiu nos primórdios da Terra primitiva. 
Por meio do processo evolutivo, essas células se modificaram e se especializaram, gerando a grande 
diversidade de seres que existem hoje em nosso planeta. 
Organização Celular
Embora os seres vivos apresentem uma grande diversidade de células, todos os tipos celulares 
apresentam quatro componentes fundamentais: membrana plasmática, hialoplasma, ribossomos e 
cromatina. Vamos caracterizar cada um deles.
Membrana Plasmática: é a estrutura que delimita o espaço intracelular, separando-o do meio extracelular. 
Tem propriedades importantes que lhe dão capacidade de controlar seletivamente as substâncias que 
entram ou saem da célula, possibilitando que a célula tenha um composição química diferente do meio 
extracelular.
Hialoplasma: é o líquido que preenche o espaço intracelular. É composto predominantemente por água, 
que dissolve várias moléculas orgânicas. O hialoplasma é fundamental para dissolver e transportar 
substâncias no interior da célula, além de facilitar a ocorrência das reações químicas.
Ribossomos: são pequenas granulações responsáveis pela síntese de proteínas, fundamentais para 
6
oficina
sobrevivência da célula, pois executam várias funções, tais como: defesa (anticorpos) e regulação de 
reações químicas (enzimas).
Cromatina: é um material filamentoso, constituído por um tipo de ácido nucléico denominado DNA. É 
na cromatina que se encontram os genes que controlam toda atividade celular e codificam informações 
para que uma célula possa produzir cópias de si mesma. Por conter os genes, a cromatina também 
pode ser denominada material genético. Hoje sabemos que a cromatina é, na verdade, um conjunto de 
filamentos denominado cromossomo.
Muito embora todos os tipos celulares apresentem em comum os quatro componentes citados, eles 
são, ao mesmo tempo, muito diferentes entre si. Podemos definir dois modelos básicos de células: as 
procarióticas e as eucarióticas.
Célula Procariótica: é muito simples, apresentando os quatros componentes básicos e uma membrana 
esquelética, também denominada parede celular, que é externa à membrana plasmática. Esse envoltório 
constituído de carboidratos, não tem função seletiva e seu papel é sustentar e proteger a célula. A 
principal característica da célula procariótica reside no fato de ela não apresentar uma membrana que 
separe a cromatina do restante da célula, isto é, não apresenta um núcleo individualizado. A única 
organela citoplasmática presente é o ribossomo. Temos como exemplos as bactérias e cianobactérias.
Célula procariótica (Bactéria) - http://biomarinete.blogspot.com/2011/02/celula-procarionte.html
Célula Eucariótica: apresentam uma membrana que separa a cromatina do restante da célula, 
organizando e individualizando o núcleo. Essa membrana é denominada membrana celular ou envelope 
celular. Além disso, apresentam inúmeras estruturas mergulhadas no hialoplasma, denominadas 
organelas, que são capazes de executar diferentes e importantes funções que garantem o metabolismo 
celular. Ao conjunto formado pelas organelas mais o hialoplasma, chamamos citoplasma. As organelas 
presentes nas células eucarióticas são bastante variadas, temos como exemplos: ribossomos, sistema 
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oficina
Golgiense, retículo endoplasmático liso, retículo endoplasmático rugoso, mitocôndrias, cloroplastos, 
centríolos, lisossomos, vacúolos e peroxissomos. Os organismos formados por células eucarióticas 
são denominados eucariontes, e atualmente são os fungos, os protozoários, as algas, os vegetais e os 
animais. Veja nas figuras a seguir uma comparação entre as células vegetais e animais.
Célula Eucariótica Animal (http://allnatural.iespalomeras.net/imagenes-web/dibujos/)
Célula eucariótica vegetal (http://www.simbiotica.org/celula.htm)
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oficina
Atividades
Levando em conta o que vimos em aula, responda as seguintes questões:
1 – Dê uma definição simples para Célula.
2 – O que é metabolismo?
3 – Diferencie Catabolismo de Anabolismo.
4 – Quais são os quatro componentes presentes em todas as células?
5 – Quais as principais diferenças entre uma célula procarionte e uma célula eucarionte?
Links Interessantes
Acesse o site Algo sobre o vestibular e leia o artigo sobre a divisão celular. Disponível em:<http://www.
algosobre.com.br/biologia/celulas.html>. Acesso em: 09 Fev. 2012.
Acesse o site Webciência.com e aprofunde o seu conhecimento sobre a célula. Disponível em:<http://
www.webciencia.com/11_03celula.htm>.Acesso em: 09 Fev. de 2012.
Acesse o site ABC da Saúde e saiba o que são as células tronco. Disponível em: <http://www.
abcdasaude.com.br/artigo.php?602>. Acesso em: 09 Fev. 2012.
Leia o artigo Obama quer estudo sobre prós e contras da célula sintética. Disponível em:< http://
veja.abril.com.br/noticia/vida-digital/obama-quer-estudo-pros-contras-celula-sintetica>. Acesso em: 09 
Fev. 2012. A notícia aborda a reação do governo dos EUA ao saber da criação de uma bactéria a partir 
de um código genético artificial.
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oficina
Vídeos Interessantes
Assista ao vídeo Citologia: Celula Animal e Celula Vegetal. Disponível em: <http://www.youtube.com/
watch?v=RKGQSmqt4oQ>. Acesso em: 09 Fev. 2012. Animação em 3D que explica a estrutura da 
célula.
Assista ao vídeo Citologia. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=A5j5y7g4BhE>. Acesso 
em: 09 Fev. 2012. O vídeo aborda como a invenção do microscópio contribuiu para o desenvolvimento 
do estudo da célula.
Curiosidades
1 - São mais de 220 bilhões de células no organismo humano. Algumas vivem 1,5 dias, apenas. Mas, 
no fígado, elas resistem até 5 meses. No sangue, os glóbulos brancos duram 15 dias e os vermelhos, 
120. Os macrófagos, grandes células sangüíneas, digerem uma bactéria em apenas um centésimo de 
segundo.
2 - Estudos revelam que células de organismos multicelulares carregam instruções para autodestruir-se 
no momento em que passam a não ser úteis ao organismo. Assim, como é preciso gerar células para 
manter os processos vitais, é imprescindível eliminar as defeituosas e as doentes. O processo no qual 
a célula promove sua autodestruição de modo programado é chamado apoptose. Esse fenômeno é 
importante na embriogênese, no desenvolvimento do sistema imunológico e na diferenciação celular, 
entre outros.
3 – Células tronco são as células com capacidade de auto-replicação, isto é, com capacidade de gerar 
uma cópia idêntica a si mesma e com potencial de diferenciar-se em vários tecidos.
Referências Bibliográficas
AMABIS, J.M.; MARTHO, G.R. Biologia das Células. 1.ed. São Paulo: Moderna, 1999
JUNQUEIRA L.C.; CARNEIRO J. Biologia Celular e Molecular. 5.ed. Rio de Janeiro: Editora 
Guanabara, 1991
LOPES, S. Bio Volume 1. 1.ed. São Paulo: Saraiva, 2006
Respostas das Atividades
1 – Representa a unidade funcional e morfológica de todos os seres vivos.
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2 – Metabolismo corresponde a todas as reações químicas que ocorrem em um determinado organismo.
3 – Catabolismo corresponde a toda reação de quebra ou degradação de moléculas, tem como exemplo: 
Digestão de carboidratos no organismo humano. Anabolismo corresponde a toda reação de síntese ou 
produção de moléculas, tem como exemplo: síntese de proteínas no organismo humano.
4 – Todas as células apresentam 4 componentes obrigatórios: membrana plasmática, hialoplasma, 
ribossomo e cromatina (material genético).
5 – As células procariontes são desprovidas de envelope nuclear, o material genético fica disperso no 
hialoplasma das células. As células eucariontes apresentam um envelope membranoso que envolve o 
material genético definindo o núcleo das células.
Aula 2 - Metabolismo Energético
O que você entende sobre Metabolismo? O Metabolismo é o conjunto de reações químicas que se 
processam em um organismo. Essa definição, em um primeiro momento, pode parecer simples, mas é 
importante que você entenda que esse conceito envolve um conjunto de conhecimentos que se abrem 
como se fosse um leque. As transformações energéticas processadas em um organismo indicam 
que estas aconteceram inicialmente dentro de cada célula, individualizada. O conjunto de reações 
que permitem a formação de moléculas de maior complexidade é denominado reações de síntese ou 
anabolismo. 
Quando as reações se processam na decomposição das estruturas mais complexas em novas mais 
simples são conhecidas como reações de degradação ou catabolismo (já visto na aula 1). Para facilitar 
a sua compreensão, vamos aos exemplos:
• Catabolismo: o processo da digestão, quando as moléculas são degradadas em substâncias 
menores absorvíveis.
• Anabolismo: a união de aminoácidos para a formação de proteínas, como a melanina. 
Viu como ficou fácil?
Entretanto, como disse Lavoisier: “Na natureza nada se perde nada se cria. Tudo se transforma!”. 
Sabendo que a célula é uma unidade complexa e organizada, que demanda de energia continuamente 
para realizar as inúmeras reações que a mantém viva, se questiona sobre o destino da energia produzida 
e sua origem. 
Mas, como acontecem as reações químicas? Na célula, inúmeras reações químicas acontecem com um 
gasto de energia superior àquele produzido ao final do processo, esse déficit de energia é compensado 
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com a absorção de energia externa para a promoção da reação. Assim, surge a reação endergônica 
ou endotérmica – reações onde há absorção de energia do meio externo. Um exemplo deste tipo de 
reação é a produção de glicose a partir de moléculas de água e gás carbônico durante o processo da 
fotossíntese. Existe nesse processo a necessidade da energia luminosa para promover esta síntese. 
Você sabia que, em contrapartida, outras reações acontecem de forma totalmente oposta às reações 
endergônicas? Isso ocorre com a liberação de energia para o ambiente, dissipando calor ao meio 
externo. Esse tipo de reação é conhecido como reação exergônia ou exotérmica. Exemplos desse 
processo é a degradação total (Respiração celular aeróbica) ou parcial (fermentação) da molécula 
de glicose, na qual há liberação de energia para os sistemas externos.
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A liberação da energia presente em moléculas orgânicas, como a glicose, por exemplo, acontece por 
meio da oxidação aeróbica. Nesse processo de degradação se formam água e gás carbônico, liberando 
energia para as atividades celulares. Durante esse processo ocorrem transferências de elétrons entre 
as substâncias participantes, através de reações de oxirredução.
Assim, enquanto uma substância perde elétrons durante a reação (redução), outra substância ganha 
elétrons (oxidação) durante a mesma reação. Essa geração de energia permite a existência e o 
funcionamento de nosso organismo.
O ATP (adenosina trifosfato) armazena boa parte da energia proveniente da quebra da glicose. A 
quebra a molécula de ATP em ADP (adenosina difosfato) + P (fosfato) libera energia para realização 
de trabalho celular.
A respiração celular aeróbica e a fotossíntese são processos metabólicos energéticos antagônicos e 
complementares. O produto da fotossíntese é utilizado como reagente na respiração celular aeróbica 
e vice versa. As organelas citoplasmáticas responsáveis pela realização desses processos são as 
mitocôndrias (respiração celular aeróbica) e os cloroplastos (fotossíntese).
http://www.cientic.com/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=224:obtencao-de-
energia&catid=23:transformacao-e-utilizacao-de-energia-pelos-sere&Itemid=87
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No século XVIII, Joseph Priestley, foi mais longe, adicionando uma nova perspectiva: as plantas 
também teriam um papel fundamental na renovação e manutenção da qualidade do ar. Conduziu uma 
experiência na qual demonstrou que uma vela se apaga e que um rato morre dentro de uma campânula, 
mas, quando acompanhado por uma planta, a vela se mantém acesa e o rato sobrevive. Isto se deve ao 
fato de, para ocorrer combustão, ser necessário que exista oxigênio no meio, que também é necessário 
à vida dos animais. Com este trabalho experimental se pode demonstrar que as plantas são capazes 
de produzir este elemento vital.
http://10-1-modulosrecorrente.blogspot.com/2008/02/fotossntese_20.html
Equação da Fotossíntese:
Equação da Respiração celular aeróbica:
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Atividades
Levando em conta o quevocê aprendeu em aula, responda as seguintes questões:
1 – Qual é a importância do metabolismo energético para os seres vivos?
2 – Diferencie os processos Endotérmicos e Exotérmicos. Exemplifique-os.
3 – Como se pode relacionar respiração celular aeróbica e fotossíntese?
4 – Qual é a importância da fotossíntese para os seres vivos?
Links Interessantes
Leia o artigo Origem da Respiração Aeróbia. Disponível em: <http://www.infoescola.com/evolucao/
origem-da-respiracao-aerobia/>. Acesso em: 09. fev. 2012. O texto aborda o processo de respiração 
aeróbica.
Acesse o site Portal São Francisco. Disponível em: <http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/
mitocondrias/respiracao-celular.php>. Acesso em: 09. fev. 2012. Leia o texto respiração celular, que 
traz as etapas da Respiração Aeróbica e o Balanço energético da Respiração aeróbica.
Acesse o site Professor Jarbas. Disponível em: <http://www.professorjarbasbio.com.br/fotossintese.
htm>. Acesso em: 09. fev. 2012. Leia o texto Fisiologia celular, que aborda questões e conceitos 
tratados nessa aula.
Visite o site Web Ciência. Disponível em: <http://www.webciencia.com/11_03celula.htm>. Acesso em: 
09. fev. 2012. Nele, você encontrará um texto que complementa o estudo do Metabolismo energético.
Vídeos Interessantes
Assista ao vídeo: A importância dos cloroplastos na fotossíntese. Disponível em: <http://www.
youtube.com/watch?v=3_6DXMZsHyA>. Acesso em: 09. fev. 2012. O vídeo traz uma animação 
mostrando o trabalho dos cloroplastos na fotossíntese. 
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oficina
Assista ao vídeo: Biologia - Respiração celular. Disponível em: <http://www.youtube.com/
watch?v=NV6qqcr4o6s>. Acesso em: 09. fev. 2012. O vídeo explicativo detalha a origem da respiração 
celular. 
Assista ao vídeo: Biologia - Fotossíntese. Disponível em: <http://www.youtube.com/
watch?v=R8saxzr9FxY>. Acesso em: 09. fev. 2012. O vídeo explicativo detalha a fotossíntese, suas 
fases e características.
Curiosidades
1- Por que as folhas das plantas são verdes?
As folhas das plantas são verdes porque possuem grande quantidade de clorofila nas suas 
células. A luz é formada por vários comprimentos de onda sendo cada um destes representados 
por uma cor. Somos capazes de ver apenas as cores refletidas por determinada estrutura 
e não as que absorvidas. A clorofila absorve os comprimentos de onda de cor vermelha e 
azul e reflete os comprimentos de onda das cores restantes que juntos formam a cor verde. 
 
2- Por que a maioria das frutas não maduras é verde? 
As frutas apresentam além da clorofila outros pigmentos como as xantofilas e os carotenóides. 
A clorofila, de coloração verde, se sobressai em relação aos demais pigmentos em frutos não 
maduros. Quando alguns frutos iniciam a maturação ocorre à degradação da clorofila e os 
outros pigmentos, então, passam a refletir suas cores como, por exemplo, vermelho ou amarelo. 
 
3- Por que plantas que não produzem clorofila morrem cedo?
A clorofila, pigmento essencial para que ocorra a fotossíntese, está presente no interior dos 
cloroplastos das células vegetais e é responsável pela coloração verde das plantas. Em uma 
célula vegetal, podem ocorrer mutações genéticas que tornam os cloroplastos inativos os quais 
recebem o nome de leucoplastos. Dessa forma, as folhas são incapazes de produzir a clorofila 
e ficam brancas. As plantas que possuem folhas com essas características têm uma vida de 
curta duração, pois não conseguem produzir energia por meio da fotossíntese. A isto se explica o 
fato de ser difícil encontrar plantas albinas na natureza, sendo estas observadas apenas em 
laboratórios ou estufas, quando são realizadas germinações de grandes quantidades de sementes. 
 
4- Protótipo de bateria que funciona com açúcar
A Sony (empresa multinacional de origem japonesa fabricante de produtos eletrônicos) desenvolveu 
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oficina
um protótipo de bateria que gera eletricidade tendo como fonte de energia o açúcar. Esta biobateria é 
revestida com plástico vegetal, possui 3,9 centímetros de cada lado e funciona com a injeção de uma 
solução de açúcar. A bateria tem enzimas que quebram o açúcar e liberam energia. Segundo a Sony, a 
bateria pode ser suficiente para um reprodutor de músicas e um par de alto-falantes. Testes com células 
da bateria em questão atingiram uma produção de 50 milliwatts de energia. O açúcar em questão é um 
dos produtos da fotossíntese gerado pelas plantas que constituí uma fonte renovável de energia.
Referências Bibliográficas
AMABIS, J.M.; MARTHO, G.R. Biologia das Células. 1.ed. São Paulo: Moderna, 1999.
JUNQUEIRA L.C.; CARNEIRO J. Biologia Celular e Molecular. 5.ed. Rio de Janeiro: Editora Guanabara, 
1991.
LOPES, S. Bio Volume 1. 1.ed. São Paulo: Saraiva, 2006.
Respostas das Atividades
1- Por meio do metabolismo energético, os seres vivos podem produzir ou consumir energia, essa 
geração de energia permite a existência e o funcionamento de nosso organismo.
2- Reações onde há absorção de energia do meio externo são chamadas reações endotérmicas, um 
exemplo é a fotossíntese. Reações que ocorrem com liberação de energia para o ambiente, dissipando 
calor ao meio externo são chamadas de exotérmicas, um exemplo é a respiração celular aeróbica.
3- A respiração celular aeróbica e a fotossíntese são processos metabólicos energéticos antagônicos e 
complementares. O produto da fotossíntese é utilizado como reagente na respiração celular aeróbica e 
vice-versa.
4- A fotossíntese desempenha papel fundamental para os organismos autótrofos, pois é por meio dela 
que eles conseguem produzir seu próprio alimento e ainda torná-lo disponível para os outros seres vivos. 
Além disso, a reação fotossintética libera gás oxigênio para a atmosfera, que é de grande importância 
para os seres aeróbicos.
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oficina
Aula 3 – Material Genético
Você sabia que as células são providas de ácidos nucléicos (material genético)? Como você aprendeu 
na aula anterior, podem estar mergulhados no hialoplasma da célula ou envolvidos por uma membrana 
definindo um núcleo. Os ácidos nucléicos são assim chamados por seu caráter ácido e por terem 
sido originalmente descobertos no núcleo das células. A 
partir da década de 1940, os ácidos nucléicos passaram a se 
intensamente estudados, pois se descobriu que eles formam os 
genes, responsáveis pela herança biológica.
Ácidos nucléicos são constituídos de três tipos de componentes: 
glicídio (monossacarídeos) do grupo das pentoses, ácido 
fosfórico e bases nitrogenadas. Esses componentes organizam-
se em trios moleculares denominados nucleotídeos, que 
encadeiam às centenas ou aos milhares para formar a molécula 
de ácido nucléico.
Existem dois tipos de ácidos nucleicos: 
• Ácido desoxirribonucléico: conhecido pela sigla DNA (do inglês, desoxirribonucleic acid), 
• Ácido ribonucléico: conhecido: pela sigla RNA (do inglês, rebonucleic acid).
Essas substâncias apresentam, respectivamente, desoxirribose e ribose em suas moléculas. Dos cinco 
tipos de bases nitrogenadas presentes nos ácido nucléicos, três ocorrem tanto no DNA quanto no RNA 
– adenina (A), citosina (C) e guanina (G). A base nitrogenada timina (T) ocorre exclusivamente no DNA, 
enquanto a base uracila (U) ocorre exclusivamente no RNA.
http://bioblogbiologia.blogspot.com/2009/10/acidos-nucleicos.html
http://10-1-modulosrecorrente.blogspot.com/2008/02/fotossntese_20.html
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oficina
▪ Ácido Desoxirribonucleico (DNA)
Como se sabe, o DNA foi descoberto por Johann Friedrich Miescher, no ano de 1869 e somente em 
1953, James Watson (biólogo molecular) e Francis Crick (biólogo molecular e biofísico) propuseram um 
modelo da estrutura molecular do DNA. Cada molécula de DNA é uma dupla hélice formada por duas 
cadeias ou fitas compostas de vários nucleotídeos.Além disso, essas moléculas de DNA são constituídas por 
duas cadeias enroladas uma sobre a outra, lembrando 
uma escada helicoidal, na qual os degraus representam as 
interações de hidrogênio entre as bases nitrogenadas e os 
corrimãos as sequências de pentoses e fosfatos. Existe uma 
complementaridade entre as bases nitrogenadas (Adenina 
sempre forma duas pontes de hidrogênio com a Timina e 
a Citosina sempre forma três pontes de hidrogênio com a 
Guanina).
A figura acima foi retirada do livro (Amabis & Martho)
http://www.reproductive-revolution.com/watson_crick.html
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oficina
Você sabe por que o DNA é importante na biologia? 
Uma resposta simples para a pergunta acima apresentada é que o DNA é necessário para o início da vida. 
As principais tarefas realizadas pelo ácido desoxirribonucleico (DNA) é a transferência de informação 
hereditária de uma geração para a próxima, estabelecendo controle na produção de proteínas. O DNA 
também desempenha um papel importante na determinação da estrutura e funcionalidade das células, 
conhecido por armazenar informações codificadas na forma de moléculas biológicas. A quantidade de 
dados armazenados no DNA é muito grande.
Uma simples bactéria Escherichia coli tem um DNA com nucleotídeos que são cerca de 4 milhões em 
número. Podemos, portanto, ter uma idéia sobre quanta informação está presente em DNAs de diferentes 
organismos presentes no mundo. Revelando a informação que se encontra nestas sequências de DNA 
comprova ser útil para os cientistas.
Ácido Ribonucleico (RNA)
http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Citologia2/AcNucleico5.php
A molécula de DNA contém diversos genes e cada um 
carrega consigo a informação para a síntese de determinada 
proteína ou polipeptídeo. Quando a célula necessita de certo 
polipeptídeo, o gene que o codifica é ativado. Então, esse 
gene é transcrito em moléculas de outro ácido nucléico, 
o ácido ribonucleico ou RNA, que será traduzido no 
polipeptídeo em questão. O processo de formação de RNA 
chama-se transcrição e o de síntese proteica, tradução.
O fluxo da informação genética nas células ocorre do DNA 
para o RNA, e deste para o polipeptídeo ou proteína. Como 
esse princípio é universal para todas as células, procarióticas 
ou eucarióticas, ele tem sido considerado um dogma central 
da Biologia molecular. Da mesma forma que o DNA, o RNA 
também é uma molécula grande formada de várias partes 
menores, chamadas nucleotídeos. Por isso, diz-se que tanto 
o DNA quanto o RNA são polinucleotídeos. O açúcar do RNA também é uma pentose: a ribose, quanto 
às bases nitrogenadas do RNA, verifica-se a presença de uracila em vez de timina (as demais bases 
são as mesmas que ocorrem no DNA). A molécula de RNA não possui aspecto de dupla hélice, pois ela 
é formada por uma única cadeia de nucleotídeos.
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oficina
Mutação
http://blog.ccbi.com.pt/blog/bigbang.php?itemid=1473
Uma mutação é definida como qualquer alteração permanente 
na sequência de nucleotídeos do DNA. Pode ocorrer em 
qualquer célula, tanto em células da linhagem germinativa 
como em células somáticas. As mutações envolvem Mutações 
Cromossômicas (quebra ou rearranjo dos cromossomos) 
e Mutações Gênicas. São vários os fatores que podem 
causar alterações permanentes no DNA, um exemplo 
bastante relatado na espécie humana é o melanoma, câncer 
de pele, as pessoas que apresentam exposição ao sol de 
maneira excessiva e sem devida proteção, devido aos raios 
provenientes do sol, podem causar alterações no DNA das 
células da pele, que determinam uma multiplicação descontrolada, manifestando tumores. Importante 
ressaltar que as mutações ocorrem ao acaso e sem nenhuma previsão.
Atividades
1 – Quais são os ácidos nucléicos presentes nas células?
2 – O que são nucleotídeos?
3 – Diferencie DNA do RNA.
4 – Qual é a importância do DNA para os seres vivos?
5 – O que é mutação gênica?
Links Interessantes
Acesse o site How Stuff Works. Disponível em: <http://saude.hsw.uol.com.br/dna.htm>. Acesso em: 
09. fev. 2012. O site “Como tudo funciona” traz um texto explicando como funciona o DNA. 
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oficina
Acesse o site Portal Educação. Disponível em: <http://www.portaleducacao.com.br/biologia/
artigos/6745/dna-e-rna>. Acesso em: 09. fev. 2012. Leia o artigo que trata sobre DNA e RNA.
Leia o artigo Cientistas estão completando a sequência do DNA dos neandertais. Disponível em: 
<http://educacao.uol.com.br/historia/pre-historia-e-genetica-cientistas-estao-completando-a-sequencia-
do-dna-dos-neandertais.jhtm>. Acesso em: 09. fev. 2012. O texto aborda conteúdo de pré-história e 
genética.
Acesse o site Lagoa Santa. Disponível em: <http://www.lagoasanta.com.br/homem/index.htm>. 
Acesso em: 09. fev. 2012. Leia o artigo Uma história de 60 mil anos.
Vídeos Interessantes
Assista ao vídeo DNA – Molécula da Vida. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=U2_
JIicchsY>. Acesso em: 09. fev. 2012. O vídeo apresenta uma animação desenvolvida para explicar 
como o DNA é formado. 
Assista ao vídeo Transcrição. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=NYf151S83YE&feat
ure=related>. Acesso em: 09. fev. 2012. O vídeo traz conteúdo sobre DNA e RNA.
Curiosidades
1- Testes Genéticos: mais de 800 doenças causadas por defeitos nos genes já podem ser identificadas 
a partir de exames de DNA. O método de diagnóstico é considerado extremamente preciso, porque não 
se baseia em conseqüências das doenças e, sim, em sua causa. Várias doenças herdadas podem ter 
os mesmos sintomas, mas cada uma só corresponderá a um tipo de defeito no DNA. A cura dessas 
doenças hereditárias ainda não é possível, mas constatar o defeito ficou mais simples. Basta uma gota 
de sangue. Além disso, medidas capazes de controlar ou contornar sintomas podem ser adotadas antes 
de eles aparecerem.
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2- Remédios Personalizados: um remédio não funciona da mesma maneira para duas pessoas. 
Algumas são mais suscetíveis a efeitos colaterais e isso pode ser determinado por variações nos 
genes. Nos EUA, dois milhões de pessoas são internadas a cada ano por causa de efeitos colaterais 
de medicamentos. Cem mil delas morrem. A partir do conhecimento do genoma, pessoas propensas a 
reações adversas poderão tomar remédios feitos especialmente para elas. Outras deixarão de gastar 
dinheiro e tempo com remédios que não funcionam para elas.
3- Terapia Genética: a mais polêmica das aplicações em teste consiste em inocular numa pessoa 
um vírus inócuo, feito em laboratório, que leva em si uma versão boa do gene que, no paciente, é 
defeituoso. O vírus entra nas células e as dota do gene necessário. Todas as vezes que essas células 
se dividem, dão origem a novas células com a versão correta do gene. A morte de um americano de 18 
anos no meio de uma experiência dessas chamou atenção para os riscos do tratamento. Mas o método 
funcionou para crianças que eram obrigadas a viver em bolhas de plástico por causa de uma doença 
genética. Os testes mais promissores são com doenças causadas por defeitos num só gene - há mais 
de quatro mil delas. Doenças cujo aparecimento é influenciado por defeitos em mais de um gene, como 
câncer e diabetes, são os alvos mais difíceis para a terapia genética.
4- Investigação Criminal por DNA: a seqüência com que as bases químicas do DNA aparecem em 
trechos da molécula são a nova impressão digital. Testes genéticos vêm ajudando a livrar americanos 
do corredor da morte. Cerca de 90 condenados já escaparam da execução graças a esse tipo de 
exame. Por outro lado, a mesma tecnologia levou 1.300 para a cadeia.
5- Bioarqueologia e Estudo das Migrações: o estudo de mutações no cromossomo Y e no DNA 
encontrado fora do núcleo está ajudando a traçar as rotas migratórias adotadas pelohomem desde a 
pré-história. Já foi possível associar populações de continentes inteiros a ancestrais comuns. Através 
desse tipo de estudo, soube-se, por exemplo, que o brasileiro branco de hoje tem 33% de índio.
6- Engenharia de Bebês: em tese, será possível escolher as características genéticas que não se 
deseja que um filho herde. Também será possível incluir características ao gosto dos pais, conferindo 
ao bebê genes que determinam a cor dos olhos ou o tipo de cabelo desejados, por exemplo. O debate 
em torno das implicações éticas desses procedimentos pode fazer com que a engenharia de bebês, 
ou seja, extremamente restrita.
Respostas das Atividades
1 – Ácido desoxirribonucleico (DNA) e Ácido ribonucleico (RNA).
2 – Representa um complexo molecular formados por três componentes: uma pentose, um fosfato e 
bases nitrogenadas. A sequência de nucleotídeos de uma molécula de DNA corresponde ao código 
genético.
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3 – O DNA apresenta uma pentose denominada desoxirribose, apresenta como bases nitrogenadas a 
adenina, citosina, guanina e timina, esta última é exclusiva do DNA. A molécula é formada por duas fitas 
de nucleotídeos com aspecto helicoidal. O RNA apresenta uma pentose denominada ribose, no lugar 
da timina encontramos a uracila, base nitrogenada exclusiva do RNA. O RNA é formado por uma única 
fita de nucleotídeos.
4 – O DNA armazena todos os códigos que serão responsáveis por produzir os diferentes tipos de 
proteínas utilizadas na manutenção e equilíbrio dos organismos.
5 – Toda alteração permanente que ocorre na sequência de nucleotídeos de um determinado segmento 
de DNA. As mutações ocorrem ao acaso, não é possível prever uma mutação.
Aula 4 – Evolução
A variedade de seres vivos em nosso planeta 
tem fascinado a humanidade ao longo da 
história. 
Mas, você sabia que foi apenas há cerca 
de dois séculos que começaram a surgir as 
primeiras explicações científicas para origem 
da diversidade biológicas?. Atualmente, todas 
as evidências disponíveis levam os cientistas 
a explicar a variedade das espécies como 
resultado da evolução biológica, processo 
em que transformações hereditárias e 
adaptações que vem ocorrendo desde o 
surgimento da vida na Terra.
A moderna teoria da evolução dos seres 
vivos baseia-se nas ideias propostas originalmente pelos naturalistas ingleses Charles Robert Darwin 
(1809 – 1882) e Alfred Russel Wallace (1823 – 1913), em um trabalho conjunto apresentado em julho 
de 1858. Um ano mais tarde, em 1959, Darwin publicou um dos mais importantes livros da história da 
humanidade, intitulado On the origino f species by means of narutal, or the preservation of favoured 
races in the struggle for life (Sobre a origem das espécies por meia da seleção natural, ou a preservação 
ASSISTA A VIDEOAULA 4
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oficina
das raças favorecidas na luta pela vida), que ficou conhecido pelo título simplificado de A origem das 
espécies.
Foi a partir dessa publicação de Darwin, teve início uma nova era na Biologia, em que toda reflexão e 
discussão a respeito da diversidade dos seres vivos só fazem sentido no contexto evolutivo. Como disse 
o famoso geneticista russo, naturalizado norte-americano, Theodosius Dobzhansky (1900 – 1975): 
“Nada em Biologia faz sentido senão sob a luz da evolução”. Isso porque – explica ele – se todas as 
espécies surgiram por evolução e diversificação de espécies ancestrais, as características dos seres 
vivos atuais certamente refletem sua história evolutiva. Portanto, para que você possa compreender 
mais amplamente o fenômeno vida, é preciso considerá-la sob enfoque da evolução.
(A figura abaixo foi retirada do livro volume único do AMABIS & MARTHO)
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oficina
 O Pensamento Evolucionista
 Ideias evolucionistas da Lamarck
 (http://cienciasvirtual-bio.blogspot.com/2011_05_01_archive.html)
A ideia de que as espécies de seres vivos se 
transformam no decorrer do tempo é bem antiga, 
aparecendo em escritos de filósofos pré-socráticos. 
No entanto, foi somente no final do século XVIII e 
início do século XIX que alguns naturalistas passaram 
a tentar explicar as causas das transformações das 
espécies biológicas, dando sustentação científica ao 
evolucionismo. Dentre eles, destaca-se o francês Jean 
Baptiste Antoine de Monet (1744 – 1829), que, por seu 
título de cavaleiro de Lamarck, ficou conhecido como 
Jean Baptiste de Lamarck. Em 1809, Lamarck publicou 
o livro Philosophie zoologique (Filosofia zoológica), no 
qual propôs uma explicação para evolução biológica, 
que ficou conhecida com Lamarckismo.
Segundo Lamarck, cada espécie de ser vivo atual surgiu por transformações sucessivas de uma forma 
primitiva, originada a partir de matéria não viva. Ele acreditava que formas primitivas de vida estão 
sempre surgindo por geração espontânea, e que elas possuem uma qualidade inerente à vida: tendência 
ao aumento gradativo de complexidade. Para ele, a influência do ambiente perturbaria essa tendência 
natural, gerando variações em torno dos planos ideais de organização corporal.
Lamarck ficou mais conhecido não pelas ideias centrais de sua teoria, que eram a geração espontânea 
das formas ancestrais e o aumento de complexidade, mas sim pelas explicações de como o ambiente 
interfere no rumo natural das transformações. Segundo ele, o ambiente pode forçar a mudança de 
hábitos de um ser vivo, levando ao acrescimento de certas estruturas e à atrofia de outras, em função 
do uso e do desuso dos órgãos
Um dos exemplos utilizados por Lamarck para ilustrar essa ideia foi a ausência de pernas nas serpentes 
atuais, atribuída por ele à falta de uso dos membros locomotores nos ancestrais desses animais. A 
adaptação a um modo de vida rastejante teria levado os ancestrais das serpentes a utilizar pouco as 
pernas, que tenderiam a se atrofiar. Além disso, essa nova característica adquirida seria transmitida 
à descendência ao longo de muitas gerações (lei da transmissão das características adquiridas), 
resultando no desaparecimento completo das pernas nas serpentes atuais. (http://www.sobiologia.com.
br/conteudos/Seresvivos/Ciencias/bioselecaonatural.php)
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Ideias evolucionistas de Charles Darwin
(http://bilizeus.spaceblog.com.br/301656/Frases-de-Charles-Darwin/)
Um conceito chave da teoria evolucionista de Darwin, apresentado e discutido em profundidade em seu 
livro A origem das espécies, é o de seleção natural. Segundo esse conceito, nas espécies selvagens, 
os indivíduos mais bem adaptados ao ambiente (como características favoráveis) são, “selecionados”, 
pois têm mais chances de sobreviver e deixar descendentes, os quais herdam suas características 
adaptativas. 
Charles Robert Darwin FRS (Shrewsbury, 12 de fevereiro de 1809 – Downe, 
Kent, 19 de Abril de 1882) foi um naturalista britânico que alcançou fama ao 
convencer a comunidade científica da ocorrência da evolução e propor uma 
teoria para explicar como ela se dá por meio da seleção natural e sexual. Esta 
teoria se desenvolveu no que é agora considerado o paradigma central para 
explicação de diversos fenômenos na Biologia. Foi laureado com a medalha 
Wollaston concedida pela Sociedade Geológica de Londres, em 1859.
Darwin começou a se interessar por história natural na universidade enquanto 
era estudante de Medicina e, depois, Teologia. A sua viagem de cinco anos 
a bordo do navio inglês H.M.S. Beagle e escritos posteriores trouxeram-lhe 
reconhecimento como geólogo e fama como escritor. Suas observações da 
natureza levaram-no ao estudo da diversificação das espécies e, em 1838, 
ao desenvolvimento da teoria da Seleção Natural. Consciente de que outros antes dele tinham sido 
severamente punidos porsugerir ideias como aquela, ele as confiou apenas a amigos próximos e 
continuou a sua pesquisa tentando antecipar possíveis objeções. Contudo, a informação de que Alfred 
Russel Wallace tinha desenvolvido uma ideia similar forçou a publicação conjunta das suas teorias em 
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1858.
http://isacvcpro.blogspot.com/2009/09/charles-darwin-biografia-charles-robert.html
O Darwinismo, como ficou conhecido a teoria evolucionista de Darwin, pode ser resumindo em três 
conclusões, apoiadas em quatro fatos:
Primeiro fato: populações naturais de todas as espécies tendem a crescer rapidamente, pois o potencial 
reprodutivo dos seres vivos é muito grande.
Segundo fato: apesar de seu enorme potencial de crescimento, os tamanhos das populações naturais 
mantêm-se relativamente constantes ao longo do tempo, sendo limitados por fatores ambientais como 
quantidade de alimento, disponibilidade de locais de criação, presença de inimigos naturais, parasitas 
etc. 
• Primeira conclusão: a cada geração morre grande número de indivíduos, muitos deles sem deixar 
descentes.
Terceiro fato: os indivíduos de uma população diferem quanto a diversas características, inclusive aquelas 
que influem na capacidade de explorar com sucesso os recursos naturais e de deixar descendentes.
• Segunda conclusão: Os indivíduos que sobrevivem e se reproduzem, a cada geração, são, 
preferencialmente, os que apresentam determinadas características relacionadas com a adaptação 
às condições ambientais. Essa conclusão resume o conceito darwinista de seleção natural.
Quarto fato: grande parte das características apresentadas pelos indivíduos de uma geração é herdada 
dos pais.
• Terceira conclusão: Os que sobrevivem a cada geração tendem a transmitir aos descendentes as 
características relacionadas à sua maior adaptação. Assim, a seleção natural favorece, ao longo 
de gerações sucessivas, a permanência e o aprimoramento de características relacionadas à 
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adaptação.
Os princípios fundamentais da teoria evolucionista de Darwin têm sido confirmados pela ciência 
contemporânea e ampliados pelas modernas descobertas científicas, servindo de base para a elaboração 
da teoria moderna da evolução, que envolve alguns conceitos genéticos importantes, como mutação 
gênica. A mutação gênica representa uma das causadoras das alterações hereditárias, que ocorrem ao 
acaso, de todos os organismos vivos (Teoria Sintética da Evolução ou Neodarwinismo).
Atividades
1 – Quais são os fundamentos da teoria evolucionista de Lamarck?
2 - Quais são os fundamentos da teoria evolucionista de Darwin?
3 – Qual é o fator em comum existente entre as teorias de Lamarck e Darwin?
4 – Por que se pode dizer que a seleção natural é a principal ferramenta da evolução?
Links Interessantes
Acesse o site Brasil Escola. Disponível em: <http://www.brasilescola.com/biologia/teoria-da-evolucao.
htm>. Acesso em: 09 fev. 2012. Leia o artigo da Teoria da evolução e aprenda um pouco mais sobre 
esse processo. 
Acesse o site Só Biologia. Disponível em: <http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Evolucao/evolu-
cao19.php>. Acesso em: 09 fev. 2012. Não deixe de ler o texto sobre a Teoria sintética da evolução, 
que traz as bases genéticas da evolução.
Leia o artigo Evidências da evolução biológicas. Disponível em: <http://www.brasilescola.com/biologia/
evidencias-evolucao-biologica.htm>. Acesso em: 09 fev. 2012. Nele a autora traz um pouco sobre os 
registros fósseis que foram as primeiras evidências para a evolução.
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Acesse o site Brasil Escola. Disponível em: <http://www.brasilescola.com/biologia/lamarckismo.htm>. 
Acesso em: 09 fev. 2012. Leia o artigo “Lamarckismo”, que apresenta as premissas de “Uso e desu-
so” e “Lei da transmissão hereditária das características adquiridas”, criadas por Lamarck.
Vídeos Interessantes
Assista ao vídeo Discovery Channel e a Evolução Humana. Disponível em: <http://www.youtube.com/
watch?v=4X2GLDPA82A>. Acesso em: 09 fev. 2012. O vídeo apresenta a evolução da cadeia alimen-
tar. 
Assista ao vídeo History Channel - Do Macaco ao Homem [Parte 1/6]. Disponível em: <http://www.you-
tube.com/watch?v=KjBZ9f-ix_8&feature=related>. Acesso em: 09 fev. 2012. O vídeo traz as primeiras 
evidências de ancestrais humanos e a história da das origens da raça humana.
Curiosidades
Camuflagem: alguns animais podem ter a capacidade de se camuflarem com o meio em que vivem 
para tirar alguma vantagem. A camuflagem pode ser útil tanto ao predador, quando deseja atacar uma 
presa sem que esta o veja, ou para a presa, que pode se esconder mais facilmente de seu predador.
Existem dois tipos de camuflagem, a Homocromia, onde o animal tem a cor é a mesma do meio onde 
vive, e a Homotipia, onde o animal tem a forma de objetos que compõem o meio.
Mimetismo: semelhante à camuflagem, só que ao invés de se parecerem com o meio, os animais que 
praticam o mimetismo tentam se parecer com outros animais, com intuito de parecer quem não é.
Mimetismo de Defesa
- os animais tentam se parecer com outros de espécies diferentes que têm gosto ruim ou são veneno-
sos. Como exemplo, algumas abelhas têm desenhos parecidos com corujas em suas asas. A cobra 
falsa-coral não possui veneno (na verdade, possui, mas raramente consegue utilizá-lo em razão da 
pequena abertura de sua boca), por isso tenta parecer-se com a coral verdadeira.
- Os animais se assemelham a outros animais que têm gosto ruim, e por isso seus predadores não os 
atacam.
Mimetismo de ataque
- os animais se misturam a outros parecidos, para se aproximar da presa.
Fontes:
http://www.ich.pucminas.br/pged/db/wq/cb/2007-1/2-4/fontes.htm
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Referências Bibliográficas
AMABIS, J.M.; MARTHO, G.R. Biologia das Populações. 1.ed. São Paulo: Moderna, 1999.
FUTUYMA, D.J. Biologia Evolutiva. 2.ed. São Paulo: FUNPEC – Editora, 2002.
LOPES, S. Bio Volume 3. 1.ed. São Paulo: Saraiva, 2006.
Respostas das Atividades
1- Segundo Lamarck, os seres vivos, para se adaptarem ao ambiente em que vivem, podem desen-
volver ou atrofiar estruturas ou órgãos do seu corpo. Essa é a Lei do Uso e Desuso. Além disso, os 
seres que adquiriam essas adaptações poderiam transmiti-las aos seus descendentes – Lei da Trans-
missão dos Caracteres Adquiridos.
2- Para Darwin, os seres vivos competiam pelo alimento, espaço e também pela reprodução, assim, 
aqueles que eram melhores adaptados (os mais fortes) conseguiam sobreviver e transmitir suas ca-
racterísticas aos seus descendentes através da procriação. Darwin chamou de Seleção Natural esses 
eventos.
3- Tanto para Darwin quanto para Lamarck o meio ambiente e seus recursos são fundamentais para a 
seleção das características dos seres vivos, então, o meio ambiente é um agente selecionador.
4- Os que sobrevivem a cada geração tendem a transmitir aos descendentes as características rela-
cionadas à sua maior adaptação. Assim, a seleção natural favorece, ao longo de gerações sucessi-
vas, a permanência e o aprimoramento de características relacionadas à adaptação.
Aula 5 – Vertebrados e a conquista do ambiente terrestre
Você sabia que os animais são organismos eucariontes multicelulares e heterótrofos que obtém 
seus alimentos por ingestão de nutrientes do meio?
Isso mesmo, os esses seres vivos estão adaptados aos mais diversos tipos de vida. É o que 
ocorre, por exemplo, com alguns endoparasitas, parasitas que vivem dentro de outros organismos, que 
perderam a capacidade de ingestão de nutrientes: eles passaram a obtê-los por absorção direta dos 
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oficina
líquidos do corpo dos organismos parasitados.
O ramo da Biologia que estuda os animais é denominado Zoologia (do grego: zoon = animal; 
logos = estudo).
É muito comum, em Zoologia, falar-se em animais invertebradose animais vertebrados:
Invertebrados: são todos os animais que não possuem vértebras e, consequentemente, coluna 
vertebral. A maior parte dos animais é formada pelos invertebrados, como é o caso das esponjas, 
medusas, planárias, vermes, minhocas, insetos, caranguejos, estrelas-do-mar e outros.
Vertebrados: correspondem a todos os animais que possuem vértebras, como é o caso dos 
peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos.
Vertebrados
Os vertebrados compreendem cerca de 50 mil espécies, com representantes aquáticos, terrestres 
e aéreos. Eles também chamados de craniados, por possuírem crânio, estrutura óssea protetora do 
sistema nervoso central.
Nos vertebrados a pele é formada por várias camadas de células: a epiderme e a derme, onde 
estão os vasos sanguíneos, nervos e células pigmentares, os melanócitos, que contêm o pigmento 
melanina.
Sob a pele dos vertebrados há uma camada que funcionalmente não faz parte da pele: a 
hipoderme, rica em fibras; somente no caso das aves e dos mamíferos essa camada está presente e é 
onde a gordura subcutânea é armazenada.
Adaptação dos animais ao ambiente terrestre
As adaptações dos seres vivos não ocorrem por acaso e muito menos ocorreram de uma hora 
para outra. Ao longo do processo evolutivo, alguns organismos sofreram transformações que lhes 
possibilitaram maiores chances de sobrevivência no meio ambiente, ajustando-se morfologicamente 
e fisiologicamente ao ecossistema em que vivem. A essas transformações, selecionadas pelo meio 
e ocasionadas por mutações, denominamos adaptação, relacionadas ao mecanismo de defesa, 
reprodução, locomoção, alimentação e condições climatológicas desfavoráveis.
Os ancestrais dos animais surgiram na água, assim, possuem adaptações para sobreviverem 
nesse ambiente, mas de acordo com algumas necessidades relacionadas à competição por espaço ou 
por alimento, alguns vertebrados procuraram o ambiente terrestre para se estabelecerem. Nesse caso, 
as adaptações e as necessidades não são as mesmas, por isso algumas estruturas corporais e órgãos 
só estão presentes em animais terrestres.
Como se sabe, a água é fundamental à vida. E, no ambiente terrestre, ela não é abundante e não 
pode ser desperdiçada. Dessa forma, as estruturas ou órgãos de adaptação estão relacionados com a 
economia desse recurso.
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As adaptações ao ambiente terrestre estão relacionadas:
À locomoção: esqueleto e musculatura bem desenvolvidos e fortes, membros inferiores e superiores, 
ou anteriores e posteriores, ou patas, adaptados ao rastejamento, à corrida, caminhada ou até mesmo 
ao salto.
À proteção contra raios solares: pele revestida por queratina, células da pele capazes de produzir 
melanina, um filtro protetor solar natural.
À capacidade de absorver o gás oxigênio da atmosfera: sistema respiratório eficiente, pulmões 
eficientes.
 À economia hídrica: sistema urinário eficiente, rins que são capazes de reabsorver boa parte da água 
ingerida que seria eliminada com a urina.
À proteção: visão e audição bem desenvolvidas para fugirem de seus predadores ou, no caso dos 
predadores, para ter sucesso durante a caça.
À reprodução: o embrião se desenvolve dentro do corpo materno ou dentro de ovo com casca calcária, 
o que impede a desidratação do mesmo.
 
Peixes
Existem peixes com esqueleto cartilaginoso, os chamados condrictes, e peixes com esqueleto 
ósseo, os osteíctes. São condrictes os tubarões, as raias e umas poucas e raras espécies de águas 
profundas, as quimeras. Os peixes ósseos são mais abundantes em exemplares, dentre eles estão o 
salmão, a traíra, o dourado, a piranha, o cavalo-marinho e muitos outros.
A maioria dos condrictes vive no mar, já os peixes ósseos estão no ambiente de água doce e de 
água salgada.
Os peixes possuem nadadeiras e corpo hidrodinâmico, para melhor se locomoverem na água, 
possuem ainda escamas que diminuem o atrito com a água, assim gastam menos energia para se 
deslocarem.
O sistema respiratório dos peixes é branquial, ou seja, absorvem o gás oxigênio diretamente da 
água, através de suas brânquias.
Assim, a troca de gametas entre machos e fêmeas é externa, os espermatozóides e os óvulos 
são lançados na água, ocorre a fertilização e o embrião se desenvolve dentro de um ovo sem casca, 
uma vez que não é necessário economizar água nesse ambiente.
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http://peripecias-luizphilippe.blogspot.com/2011/08/capitulo-vii-objecoes-variadas-respeito.html
Os peixes ósseos possuem uma bolsa cheia de gases acima do estômago, a bexiga 
natatória, que reduz a densidade do corpo, permitindo que o peixe flutue ou afunde na 
água. Eles controlam o volume da bexiga natatória trocando gases com o sangue.
Anfíbios
Os anfíbios (do grego amphi, duas, e bios, vida) são animais com uma fase de vida aquática e outra 
terrestre. São conhecidas cerca de 4 mil espécies de anfíbios, como por exemplo as salamandras, as 
rãs, as pererecas, os sapos e as cobras-cegas, que popularmente têm esse nome por se parecerem 
com cobras, ou seja, possuem o corpo fino, alongado e cilíndrico.
Durante a fase larval alguns anfíbios vivem exclusivamente no ambiente aquático e durante a fase 
adulta no ambiente terrestre.
Os anfíbios adultos realizam trocas gasosas com o meio através da pele – respiração cutânea – por 
isso possuem a pele muito fina, sem escamas e altamente vascularizada para que os gases possam 
ser mais facilmente difundidos entre o animal e o meio.
Para se reproduzirem, os anfíbios precisam voltar ao ambiente aquático. Os óvulos e os esperma-
tozóides são lançados na água e a fecundação é externa. Não há necessidade de uma casca rígida 
 
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 protetora do ovo nem de economia água.
Portanto, a adaptação ao ambiente terrestre é parcial, pois os anfíbios necessitam de água para a 
reprodução e também para manter a pele úmida para a realização das trocas gasosas.
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=21114
Os anfíbios possuem glândulas produtoras de muco, espalhadas pela pele, que ajudam a man-
ter a superfície do corpo sempre úmida.
Alguns anfíbios possuem glândulas produtoras de veneno na pele, o que constitui uma prote-
ção contra o ataque de predadores.
Répteis
Os répteis (do latim reptilis, que se arrasta) são vertebrados terrestres, cujo corpo é revestido por uma 
camada protetora constituída de queratina, que evita a perda excessiva de água e protege contra a 
radiação solar, isso torna os répteis totalmente adaptado ao ambiente terrestre.
São exemplos de répteis as tartarugas, os cágados, os jabutis, as cobras, os lagartos, os jacarés e os 
crocodilos.
Os répteis foram os primeiros vertebrados verdadeiramente terrestres, pois não precisavam do 
ambiente aquático para se reproduzir, como os anfíbios. O que permitiu a conquista definitiva da 
terra firme foi a aquisição de um ovo com casca calcária, capaz de se desenvolver fora da água e a 
fecundação interna. O ovo possui uma casca que protege o embrião contra o dessecamento, além de 
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uma grande quantidade de alimento acumulado, o vitelo, capaz de nutrir o embrião durante todo o seu 
desenvolvimento.
Esquema do ovo terrestre de répteis.
http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Reinos3/Repteis2.php
Aves
A principal característica das aves, exclusiva desses animais, é a presença de penas. Além de 
fundamentais ao voo, as penas garantem isolamento térmico e proteção contra o dessecamento.
As penas permitiram às aves desenvolver a capacidade de voar, a mais importante aquisição evolutiva 
desses animais. Outras características associadas ao voo são a presença de sacos aéreos localizados 
no pescoço e nos ossos do tronco, e de ossos pneumáticos ou porosos, que diminuem a densidade do 
corpo, tornando mais fácil e menosdispendioso o voo.
Nem todas as aves voam; diversas espécies perderam essas capacidade em função de novas 
adaptações, entre elas a capacidade de correr velozmente, como fazem as emas e os avestruzes, e a 
capacidade de nadar, como fazem os pinguins, os mergulhões e outras aves aquáticas.
A reprodução das aves assemelha-se bastante à dos répteis. A fecundação é interna e o desenvolvimento 
do embrião ocorre dentro de um ovo calcário.
http://miguelrenanbioifes.wordpress.com/2011/04/
 
 
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Ao contrário dos répteis, as aves chocam os ovos e cuidam da prole após o nascimento, 
protegendo e alimentando os filhotes.
Mamíferos
Você sabe quais são as características que distinguem os mamíferos dos outros vertebrados? Elas são:
 
•	 Presença de glândulas mamárias.
•	 Corpo total ou parcialmente recoberto por pelos. 
•	 Dentes diferenciados em incisivos, caninos, pré-molares e molares.
•	 Presença de um músculo que separa o tórax do abdome – o diafragma. 
•	 Hemácias anucleadas (células que transportam o gás oxigênio pelo sangue).
A reprodução dos mamíferos é interna, alguns botam ovos, como é o caso dos ornitorrincos e as 
équidnas, que vivem na Austrália e na Tasmânia. Em outros mamíferos, o desenvolvimento do embrião 
ocorre no interior do corpo da mãe. Esse desenvolvimento pode ser parcial e o término ocorre depois, 
dentro de uma bolsa que fica na pele do ventre das fêmeas, chamada marsúpia. Os marsupiais são os 
gambás, os coalas e os cangurus. Já os mamíferos placentários, têm o seu desenvolvimento completo 
no interior da fêmea. É através da placenta que os nutrientes e o gás oxigênio chegam ao feto. Os 
placentários são representados pelos cães, gatos, morcegos, macacos, golfinhos, baleias e pela 
espécie humana.
http://conteudobio.wordpress.com/2010/05/20/embriologia-imagens/
As aves e os mamíferos são animais homeotérmicos, ou seja, possuem a capacidade de 
manterem a temperatura corpórea constante, não importando a temperatura externa. Os 
outros vertebrados, répteis, anfíbios e peixes, são heterotérmicos ou pecilotérmicos, cuja 
temperatura do corpo pode variar de acordo com a temperatura do meio ambiente.
 
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Atividades
1- Por que os animais buscaram se adaptar ao ambiente terrestre? 
2- Quais são as adaptações morfológicas dos vertebrados ao ambiente terrestre?
3- Qual é a relação entre a espessura da pele dos anfíbios com o modo de respiração dos mesmos?
4- Por que se pode dizer que os répteis foram os primeiros vertebrados a conquistarem definitivamente 
o ambiente terrestre?
5- Quem são os animais homeotérmicos? O que isso significa?
Links Interessantes
Acesse o site Brasil Escola. Disponível em: <http://www.brasilescola.com/animais/definicao-
um-vertebrado.htm>. Acesso em: 09 fev. 2012. Nele, você encontrará diversos artigos que 
complementarão o seu estudo sobre Vertebrados.
Acesse o site Info Escola. Disponível em: <http://www.infoescola.com/biologia/vertebrados-subfilo-
vertebrata/>. Acesso em: 09 fev. 2012. Nele, você deverá ler o texto explicativo sobre “Vertebrados 
(Subfilo Vertebrata)”. 
Acesse o site Fundação Parque Zoológico de São Paulo. Disponível em: <http://www.zoologico.
com.br/classes.php?classe=mamiferos>. Acesso em: 09 fev. 2012. Nele, você deverá entrar na sessão 
“nosso animais”, onde possui várias informação sobre: Mamíferos, repteis, invertebrados, aves, 
anfíbios e nativos da mata.
Vídeos Interessantes
Assista ao vídeo Discovery Channel Brasil - Vida - Mergulhões. Disponível em: <http://www.
youtube.com/watch?v=kc6gz3Cd_00>. Acesso em: 09 fev. 2012. Nele, você entenderá sobre o ritual 
de acasalamento dos mergulhões.
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Assista ao vídeo Discovery Channel Brasil - Vida - Camaleão. Disponível em: <http://www.youtube.
com/watch?v=GQOO93UjLvM>. Acesso em: 09 fev. 2012. Nele, você entenderá um pouco mais sobre 
a vida dos Camaleões.
Leitura Complementar
A cada momento, se pode constatar fatos incríveis e fantásticos que falam da capacidade de adaptação 
de animais e plantas ao ambiente com o objetivo de, simplesmente, continuar a viver. Estas adaptações 
têm lógica, bom senso e são o resultado da aplicação de princípios matemáticos, de física e de química.
Observando ao animais que vivem nas regiões polares (regiões onde as temperaturas ambiente são 
constantemente situadas baixo de 0ºC (zero), notamos neles uma série de adaptações que tem o 
objetivo de promover a manutenção da temperatura corpórea constante e em níveis apropriados para a 
vida normal. Notamos, por exemplo, a presença de uma espessa camada de tecido adiposo (gorduroso) 
frequentemente associada à presença de uma pelagem densa e espessa, a presença de pescoço e 
apêndices (patas) curtos (redução da área exposta aos ventos frios e á água gelada) e um metabolismo 
adaptado para gerar maior quantidade de energia para manter a temperatura. Como exemplos temos 
os ursos polares, as focas, as morças e os pinguins.
No caso inverso, quando observamos animais que vivem em climas muito quentes (África) percebemos 
outras formas de adaptação, desta feita adequadas para dissipar mais facilmente o calor do corpo. As 
girafas tem as pernas e o pescoço enormes que facilitam a dissipação de calor (apresentam maior área 
para a troca de calor). Os formidáveis elefantes africanos tem suas enormes orelhas percorridas por 
um sistema de vasos sangüíneos intensamente subdividido fato que ajuda especialmente na tarefa de 
promover o resfriamento do sangue a cada abanada das orelhas.
Muitas aves de rapina (gaviões, águias) que se alimentam de cobras venenosas, são pernaltas de tal 
forma que a picada dos répteis, mesmo que atinjam as longas pernas cobertas de escamas (parte situada 
abaixo das coxas). Estas aves mergulham quase que verticalmente sobre suas vítimas, surpreendendo-
as e depois de cravarem suas garras no corpo da presa, rapidamente atingem a cabeça da vítima com 
bicadas fatais, quase sem correr o risco de serem picadas pelas cobras, tendo o corpo afastado do 
perigo de picadas venenosas graças as longas pernas “blindadas”.
A maioria das aves que nadam (patos, cisnes) contam com um sistema de impermeabilização natural 
da superfície das penas que cobrem o corpo. Próximo a região da cauda, na parte superior, existe 
uma glândula que secreta uma substância gordurosa impermeabilizante que é retirada pelo animal 
com a ajuda do bico e distribuída homogeneamente sobre a superfície das penas (principalmente da 
parte inferior do corpo). A impermeabilização da camada superficial externa faz reter uma camada de 
ar entre as penas, reduzindo a densidade total destas aves, fazendo a ave flutuar. Se um pato tiver 
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lavada a parte inferior do corpo com um forte detergente não conseguirá flutuar sobre a água até que 
ele mesmo reconstitua a camada natural de impermeabilização.
Referências Bibliográficas
AMABIS, J.M.; MARTHO, G.R. Biologia dos organismos. 1.ed. São Paulo: Moderna, 1999.
LOPES, S. Bio Volume 2. 1.ed. São Paulo: Saraiva, 2006.
MARTHO, G.R. A evolução dos seres vivos. São Paulo, Scipione, 1988.
POUGH, F.H.; HEISER, J.B.; MACFARLAND, W.N. A vida dos vertebrados. São Paulo, Atheneu 
Editora, 1993.
Respostas das Atividades
1- Devido às necessidades relacionadas à competição por espaço ou por alimento, alguns vertebrados 
procuraram o ambiente terrestre para se estabelecerem.
2- Esqueleto e musculatura bem desenvolvidos e fortes, pele revestida por queratina e células da pele 
capazes de produzir melanina.
3- A pele dos anfíbios é muito fina, sem escamas e altamente vascularizada para que os gases possam 
ser mais facilmente difundidos entre o animal e o meio.
4- Os répteis foram os primeiros vertebrados verdadeiramente terrestres, pois não precisavam doambiente aquático para se reproduzir, como os anfíbios. O que permitiu a conquista definitiva da terra 
firme foi a aquisição de um ovo com casca calcária, capaz de se desenvolver fora da água e a fecundação 
interna.
5- As aves e os mamíferos são animais homeotérmicos, ou seja, possuem a capacidade de manterem 
a temperatura corpórea constante, não importando a temperatura externa.
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Aula 6 – Grupos Vegetais
O Reino Plantae reúne as plantas (ou vegetais), organismos eucarióticos, multicelulares e autotróficos, 
capazes de produzir, por meio da fotossíntese, as substâncias orgânicas que lhes servem de alimento 
e, também, para os outros seres vivos do ecossistema. Assim, as plantas são consideradas base da 
cadeia alimentar, como veremos mais adiante, nas aulas 7 e 8.
As células vegetais apresentam características exclusivas como: parede celular celulósica, vacúolos e 
plastos.
Evolução das plantas
Você sabia que, há aproximadamente, 500 milhões de anos, a Terra era um continente deserto e 
sem vida? Nessa época, os seres vivos habitavam apenas os mares e lagos. Estudos indicam que os 
primeiros organismos a colonizar a terra firme foram as algas verdes primitivas, ancestrais das plantas 
atuais.
Mesmo com pouca disponibilidade de água, a terra firme era um território vasto a ser conquistado, não 
havia competição por recursos ambientais como acontecia no ambiente aquático.
As algas primitivas, por serem fotossintetizantes, não dependiam de outros seres vivos para se 
estabelecerem em terra firme, assim, rapidamente conquistaram esse ambiente, onde evoluíram e se 
diversificaram.
Com essa conquista, os continentes tornaram-se altamente convidativos para muitas espécies de outros 
seres vivos, animais, por exemplo, que podiam utilizar as plantas como alimento.
Se as plantas não tivessem ocupado os continentes de terra firme, o mundo, provavelmente, seria 
bem diferente do que é hoje: muitas espécies, inclusive a humana, possivelmente não existiriam. 
Se as plantas desaparecessem, nossa sobrevivência e a de milhões de espécies animais ficariam 
ameaçadas, pois nos alimentamos, direta ou indiretamente, de plantas.
Pão, arroz e batata, os mais tradicionais alimentos da humanidade, contém nutrientes orgânicos 
produzidos diretamente por plantas.
Alimentos de origem animal, como ovo ou bife, também contém nutrientes produzidos com a energia 
da luz solar captada pelas plantas.
As plantas também são importantes na composição da atmosfera terrestre, pois por meio da fotossíntese, 
elas capturam o gás carbônico, diminuindo o teor desse gás, e produzem gás oxigênio, que é liberado 
e utilizado pelos animais para a respiração.
Representantes conhecidos de plantas são musgos, samambaias, pinheiros e árvores frutíferas.
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Adaptação ao ambiente terrestre
Como todos os seres vivos, as plantas apresentam características que as tornam adaptadas ao ambiente 
em que vivem.
Organismos adaptados ao ambiente aquático não necessitam de estruturas ou órgãos capazes de 
reterem água ou de economizar água, pois, no ambiente em que vivem, esse recurso não é escasso.
Já os seres vivos que ocupam o ambiente terrestre, necessitam de estruturas que os tornam capazes 
de economizar água, pois este recurso ambiental é fundamental para a sobrevivência, manutenção e 
reprodução de qualquer ser vivo.
As estruturas ou órgãos que tornam as plantas bem adaptadas ao ambiente terrestre são:
Tecidos de armazenamento: células ricas em organelas denominadas plastos, como por exemplo, 
cloroplastos (armazena clorofila), amiloplastos (armazena amido), tonoplastos (armazena água).
Tecidos de revestimento externo impermeáveis: para evitar perda excessiva de água por meio da 
evaporação.
Tecidos de condução: de seiva das raízes para as folhas e vice-versa (seiva = mistura de água e 
nutrientes essenciais ao desenvolvimento da planta como sais minerais e substâncias orgânicas).
Raízes: para sustentação da planta e para absorção de água e sais minerais presentes no solo.
Folhas verdes: ricas em clorofila, capazes de captar luz solar para realização da fotossíntese.
Flores: para a atração de animais que auxiliam no processo reprodutivo das plantas e assim, aumentar 
a distribuição geográfica das espécies vegetais;
Sementes: para proteger, nutrir o embrião da planta e aumentar as chances de sobrevivência da 
espécie.
Frutos: que atraem animais. Após ingerir os frutos, os animais defecam a semente em locais distantes 
da planta original, auxiliando a disseminação da espécie vegetal.
A presença dessas estruturas nas plantas não ocorreu de uma vez só. As plantas apresentaram 
adaptação gradativa ao ambiente terrestre e, assim, essas estruturas adaptativas ao território seco, 
foram sendo observadas ao longo da evolução dos grupos vegetais.
Classificação das plantas
Atualmente são conhecidas mais de 320 mil espécies de planta, que variam quanto ao tamanho, à 
forma e a organização corporal. Existem desde espécies com organização relativamente simples, como 
os musgos, até organismos mais complexos, como os pinheiros e as plantas frutíferas.
A classificação das plantas é feita com base na escala evolutiva, na aquisição das estruturas adaptativas 
ao ambiente terrestre:
- Organização de tecidos: plantas sem tecidos organizados (talófitas) ou plantas com tecidos 
organizados (cormófitas).
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- Presença ou ausência de vasos condutores de seiva: plantas avasculares (sem vasos) ou plantas 
vasculares (com vasos).
- Presença ou ausência de flores: plantas sem flores atrativas (criptógamas) ou plantas com flores 
atrativas (fanerógamas).
- Presença ou ausência de sementes: plantas que não produzem sementes ou plantas que produzem 
sementes (espermáfitas).
Os grupos vegetais, classificados de acordo com a aquisição evolutiva das estruturas adaptativas ao 
ambiente terrestre, são briófitas, pteridófitas, gimnospermas e angiospermas.
Evolução dos grupos vegetais e suas aquisições evolutivas
http://biopibidufsj.blogspot.com/2010/04/pequenas-grandes-mudancas.html
Briófitas
Briófitas (do grego brion, musgo) são plantas pequenas e delicadas que vivem geralmente em ambientes 
úmidos e sombreados. A maioria das espécies não ultrapassa 5cm de altura.
As briófitas mais conhecidas são os musgos, que formam extensos tapetes verdes sobre as pedras, 
troncos de árvores e barrancos.
Os musgos são plantas talófitas, ou seja, não apresentam células organizadas em tecidos e, por isso, 
possuem rizóide (estrutura que realiza função semelhante à raiz), caulóide (semelhante ao caule) e filóide 
(semelhante à folha). Não apresentam vasos condutores de seiva, são avasculares, são criptógamas e 
não produzem sementes.
São, portanto, as plantas mais simples entre os vegetais e têm como exemplo, além dos musgos, as 
hepáticas e os antóceros.
 
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Esquema representativo de um musgo
http://www.brasilescola.com/biologia/briofitas.htm
Pteridófitas
Pteridófitas (do grego pteris, feto) são plantas vasculares, cormófitas, ou seja, possuem o corpo 
organizado em raiz, caule e folha. São criptógamas e não produzem sementes e frutos.
Representantes conhecidos de pteridófitas são samambaias, avencas e selaginelas, muito usadas 
como plantas ornamentais. Há algumas espécies de grande porte, comuns em matas úmidas, que 
podem atingir até 4m de altura. Diversas pteridófitas são epífitas, ou seja, vivem sobre outras plantas.
Uma grande novidade das pteridófitas em relação às briófitas é a presença de vasos condutores de 
seiva, que as tornam mais adaptadas ao ambiente seco, mas ainda não totalmente independente da 
água, por isso as pteridófitas habitam locais úmidos e sombreados como a Mata Atlântica, por exemplo.
Samambaias
http://multiflorafernandopolis.blogspot.com/2010/09/dicas-para-samambaias.html44
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Gimnospermas
As gimnospermas (do grego gymnos, nu, e sperma, semente) são plantas vasculares que apresentam 
sementes nuas, ou seja, não produzem frutos. São cormófitas e fanerógamas, mas suas estruturas 
reprodutoras não são atraentes.
São exemplos de gimnospermas as cicas, gincobilobas, ciprestes e os pinheiros. Os pinheiros são os 
mais conhecidos exemplos de gimnospermas, as estruturas reprodutoras são os estróbilos, ou cones, 
popularmente chamadas de pinha, também produzem sementes, conhecidas como pinhão.
As gimnospermas foram as primeiras a obterem sucesso no ambiente terrestre, devido às estruturas de 
adaptação e à total independência da água para sua reprodução, ou seja, essas plantas apresentam 
estruturas reprodutivas – estróbilo – que podem contar com a ajuda do vento para realizarem cruzamentos 
de seus gametas, além de produzirem sementes que protegem e nutrem os embriões.
Assim, as gimnospermas foram as primeiras plantas a se adaptarem totalmente ao ambiente terrestre.
Sequóia – exemplo de Gimnosperma que pode chegar a mais de 100m de altura e viver 
durante milhares de anos.
http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/sequoia/sequoia-1.php
Angiospermas
No curso da evolução, as angiospermas derivaram de um grupo de gimnospermas. Assim, os eventos 
evolutivos que surgiram nas gimnospermas relacionados com a independência da água para reprodução 
persistiram nas angiospermas.
Nas angiospermas, entretanto, surgiu outra estrutura de proteção do embrião: o fruto. Os frutos, além 
de protegerem as sementes, também contribuem para a sua disseminação. Animais comem os frutos e 
 
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junto com eles as sementes, depois, liberam as sementes com as fezes em um local distante da planta 
que deu origem aos frutos, propagando a espécie.
As angiospermas também são fanerógamas e, assim, os elementos relacionados com a reprodução 
encontram-se reunidos em estruturas de reprodução evidentes. Neste grupo, essas estruturas são as 
flores.
O surgimento das flores garantiu às angiospermas um modo bastante eficiente de reprodução. Nesse 
caso, a reprodução pode ocorrer com ajuda do vento, como acontece nas gimnospermas, mas também 
por meio de animais, como insetos, pássaros e até morcegos.
Atualmente, as angiospermas correspondem ao grupo de plantas com maior diversidade: cerca de 
235.000 espécies. Ocorrem em ampla diversidade de hábitats, possuindo desde espécies aquáticas, 
inclusive marinhas, até plantas adaptadas a ambientes áridos. São exemplos de angiospermas as 
espécies frutíferas conhecidas do homem como macieira, laranjeira, bananeira, entre outras.
Flor de uma Angiosperma
www.chefcarolinacosta.blogspot.com
 
Atividades
1- Por que as plantas são fundamentais para a sobrevivência dos outros seres vivos no ecossistema?
2- Por que as algas primitivas foram os primeiros seres vivos a se adaptarem ao ambiente terrestre?
 
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3- Quais são as estruturas ou órgãos que tornam as plantas bem adaptadas ao ambiente terrestre?
4- Por que as pteridófitas são mais bem adaptadas ao ambiente terrestre do que as briófitas?
5- Quais plantas estão totalmente adaptadas ao ambiente terrestre?
Links Interessantes
Acesse o site Só Biologia. Disponível em: <http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Reinos4/plantas.
php>. Acesso em: 09 de fev. 2012. Nesse site é possível verificar algumas diferenciações das plantas e 
demais seres vivos e a classificação das plantas.
 
Acesse o site Portal São Francisco. Disponível em: <http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/reino-
plantae/reino-plantae.php>. Acesso em: 09 de fev. 2012. Confira neste site a caracterização das plantas 
e os principais órgãos.
 
Acesse o site Educar. Disponível em: <http://educar.sc.usp.br/ciencias/seres_vivos/seresvivos4.html>. 
Acesso em: 09 de fev. 2012. Veja sobre a divisão do reino Plantae e tente resolver os exercícios para 
fixação.
Vídeos Interessantes
Assista ao vídeo Fitoterapia - Estudo das Plantas Medicinais. Disponível em: <http://www.
youtube.com/watch?v=1un_f9JvtNQ>. Acesso em: 09 fev. 2012. O vídeo apresenta o programa “Vida 
orgânica”, que mostra as plantas medicinais e os efeitos no organismo humano.
Curiosidades
- Uma árvore nova e com pouco mais de um metro pode elevar para as folhas até 45 litros de água por 
dia. Um carvalho de tamanho médio pode elevar mais de meia tonelada de água para prover as suas 
necessidades.
- As árvores mais velhas que existem à superfície do globo terrestre são o Pinus aristata, existindo 
alguns exemplares com mais de 8000 anos nas Montanhas Brancas dos Estados Unidos da América, a 
cerca de 2700 m de altitude.
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- As sequóias são as árvores mais altas do mundo, estando referenciadas seis com mais de 100 m 
de altura, todas no estado da Califórnia. Em Portugal existe uma sequóia de dimensão apreciável em 
Vidago.
- A Gingko biloga é uma árvore comum no Japão. Diz-se que é muito resistente, pois foi a única espécie 
vegetal que sobreviveu ao bombardeamento atômico de Hiroshima.
- Algumas espécies de bambus chegam a crescer mais de 90 cm num único dia.
- A maior semente do mundo é produzida por uma espécie muito alta de palmeira, que vive nas ilhas 
Seychelles. É o “coco do mar”, que pode chegar a pesar mais de 20 kg.
Referências Bibliográficas
AMABIS, J.M.; MARTHO, G.R. Biologia dos organismos. 1.ed. São Paulo: Moderna, 1999.
AMABIS, J.M.; MARTHO, G.R. Fundamentos da Biologia Moderna. 4.ed. São Paulo: Moderna, 2006.
LOPES, S. Bio Volume 2. 1.ed. São Paulo: Saraiva, 2006.
Respostas das Atividades
1- As plantas são capazes de produzir, por meio da fotossíntese, as substâncias orgânicas que lhes 
servem de alimento e, também, para os outros seres vivos do ecossistema. Assim, as plantas são 
consideradas base da cadeia alimentar.
2- As algas primitivas, por serem fotossintetizantes, não dependiam de outros seres vivos para se 
estabelecerem em terra firme, assim, rapidamente conquistaram esse ambiente, onde evoluíram e se 
diversificaram.
3- Tecidos de condução de seiva, raízes, flores, frutos, sementes, entre outros.
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4- Porque as pteridófitas são vasculares, ou seja, apresentam vasos condutores de seiva.
5- As gimnospermas e as angiospermas, pois apresentam estruturas que garantem economia e 
armazenamento de água e também são independentes da água para reprodução como as sementes e, 
no caso das angiospermas, os frutos também.
http://mercadoetico.terra.com.br/arquivo/acordo-petrobras-google-disponibiliza-ecossistema-da-amazonia-na-internet/

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