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Constituição - conceitos, características, etc.

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CONSTITUIÇÃO: Características 
 A constituição possui 3 prerrogativas: SUPRALEGALIDADE, SUPREMACIA E 
IMUTABILIDADE RELATIVA 
 Sobre a supremacia: torna as normas constitucionais imprescindíveis ao 
ordenamento jurídico. É essa prerrogativa que atribui a distribuição de poderes 
entre órgãos à constituição, já que, unicamente, um orgão superior pode 
dimensioná-los e estabelecer a competência a partir da repartição 
 Sobre a supralegalidade: É a prerrogativa responsável pela expulsão de normas 
infraconstitucionais que colidam com as normas constitucionais. A supralegalidade é 
dividida em materal e formal. A material se responsabiliza pelo controle de 
constitucionalidade, verificando as normas infraconstitucionais e seu conteúdo. A 
formal por sua vez, regulamenta a nomogênese das normas infraconstitucionais, 
atua no controle de constitucionalidade formal durante o processo legislativo 
 Sobre a imutabilidade relativa: Prerrogativa que exige da sua reformulação um 
procedimento normativo mais rígido, severo, ao contrário do usado para a 
modificação das normas infraconstitucionais. Para as modificações na constituição, é 
exigido um quórum maior. 
 
Tipologias conceituais de Constituição: Sentido Sociológico, Político, Material/Formal e 
Jurídico 
 
SENTIDO SOCIOLÓGICO (LASSALE): 
 Constituição só será legítica se defender os efetivos poderes sociais, refletir as forças 
sociais. Caso isso não ocorrer, ela seria uma "mera folha de papel". 
 Para lassale, a constituição seria a somatória dos fatores reais do poder (os grupos 
sociais) dentro de uma sociedade 
 
SENTIDO POLÍTICO (SCHMITT) 
 Primeiramente, schmitt difere constituição de lei constitucional. Constituição se 
refere as decisões políticas fundamentais, tais como: estrutura e orgãos do Estado, 
direitos individuais, vida democrática, etc. 
 Lei constitucional: as demais normas, mas não fundamentais 
 Pela constituição ser produto de certa decisão política, ela seria, então a decisão 
política do titular do poder constituinte 
 
SENTIDO MATERIAL E FORMAL 
 Sentido Material: o que importa para definir se uma norma é constitucional ou não 
será o CONTEÚDO. Pouco importa a forma pela qual ela foi introduzida no 
ordenamento jurídico A norma constitucional é definidora e trata das regras 
estruturais da sociedade, dos alicerces fundamentais. Ou seja, o sentido material 
seria o equivalente ao sentido de constituição de Carl Schmitt (tudo que é 
fundamental/decisão política fundamental) 
 Sentido Formal: Da mesma maneira que o sentido material se refere ao sentido de 
constituição de Schmitt, o sentido Formal se refere ao sentido de lei constitucional 
proposto. Pouco interessa o conteúdo da norma, mas sim COMO ELA FOI 
INTRODUZIDA NO ORDENAMENTO JURÍDICO. A norma constitucional nesse caso 
será introduzida pelo poder soberano, por um processo mais dificultoso do que no 
sentido material. 
 No critério formal, TODA norma é constitucional, podendo, assim então, tomar como 
exemplo o Art. 242, parágrafo 2º da CF 88 "O colégio Pedro II, localizado na cidade 
do Rio de Janeiro, será mantido na orbita federal". No ponto de vista material, não 
há matéria constitucional e portanto não interessa fundamentalmente à sociedade. 
Já no ponto de vista FORMAL, essa norma é TÃO constitucional quanto o princípio da 
igualdade, por exemplo, ela é tão constitucional quanto qualquer norma introduzida 
pelo poder constituinte originário. 
 
SENTIDO JURÍDICO (KELSEN) 
 No sentido jurídico, que é conceitual, Kelsen move a constituição do mundo do SER 
para o mundo do DEVER-SER. A constituição seria fruto da vontade racional do 
homem. Ou seja, para kelsen, a constituição é norma pura. A palavra constituição 
nos ideias de kelsen tomam dois sentidos: o lógico-jurídico e o jurídico-positivo. 
 LÓGICO-JURÍDICO: Norma fundamental hipotética, norma suposta, serve como 
fundamento lógico-transcendental da validade da constituição. 
 JURÍDICO-POSITIVO: A norma é posta, positivada suprema 
 Existe um escalonamento de normas, uma hierarquia vertical perceptível. A norma 
de hierarquia inferior busca o seu fundamento de validade na norma superior, esta 
na seguinte, até chegar na constituição, que é o fundamento de validade de todo o 
sistema infraconstitucional. 
 A constituição, por sua vez, tem o seu fundamento de validade na norma hipotética 
fundamental, que se encontra no plano lógico. Portanto determinando e verificando 
a ordenação a partir de tudo o que for posto pelo poder constituinte originário 
 No lógico-jurídico, a norma inferior deve buscar legitimidade na norma superior 
 No jurídico-positivo a constituição regula as outras normas 
 A norma hierárquica fundamental é um pressuposto lógico que vai dar base para 
todo ordenamento jurídico positivo, que são as demais normas. 
 
CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES: Quanto à origem, forma, extensão, conteúdo, modo 
de elaboração, alterabilidade, sistemática, correspondência com a realidade, sistema, 
origem de sua decretação (heterônomas x autônomas) 
QUANTO A ORIGEM: 
 CONSTITUIÇÃO OUTORGADA: constituição imposta, de maneira unilateral, pelo 
agente revolucionário (grupo ou pelo governante). É importante ressaltar que na 
constituição outorgada, não houve legitimidade por parte do povo para em nome 
dele atuar. Exemplos de constituições outorgadas na nossa história: 1824 (Brasil 
Império), 1937 (Getúlio Vargas claramente inspirado nos modelos fascistas, 
extremamente autoritária), 1967 (Ditadura Militar, dispensa comentários). Alguns 
estudiosos consideram as constituições outorgadas como "cartas constitucionais" 
 CONSTITUIÇÃO PROMULGADA: Ao contrário da constituição outorgada, que é 
imposta e unilateral, a constituição promulgada, por sua vez, é democrática, votada 
e popular. Esta é fruto do trabalho de uma Assembleia Nacional Constituinte, ou 
seja, um grupo de representantes eleito de maneira DIRETA pelo povo para em 
nome desse mesmo povo atuar, portanto a constituição (de certa maneira) nasce da 
deliberação da representação legítima popular. Exemplos de constituições 
promulgadas na nossa história: 1891 (Primeira constituição da República), 1934 
(Inspirada na constituição de Weimar, inserindo a democracia social), 1946 e, 
obviamente, a atual de 1988 (alterada por 6 emendas de revisão e 77 emendas) 
fruto do poder constituinte derivado, reformador, podendo ainda, com a regra do 
art.5º, parágrafo 3º, ter os seus direitos e garantias fundamentais ampliados por 
tratados e convenções internacionais de direitos humanos. 
 
QUANTO À FORMA: 
 Constituição ESCRITA (Instrumental): O próprio nome já entrega o que ela : um 
conjunto de regras organizadas e sistematizadas em um único documento, e essa 
estabelece as normas fundamentais do Estado. No entanto, é válido ressaltar que no 
nosso direito, existem textos escritos com natureza de constituição, como é o caso 
dos tratados e convenções internacionais sobre os direitos humanos que forem 
aprovados em cada Casa do Congresso Nacional em dois turnos, por três quintos dos 
votos dos respectivos membros e que, dessa maneira, passam a ser equivalentes às 
emendas constitucionais. Exemplos: Constituição brasileira, portugues, espanhola 
 Constituição LEGAL: Apresentada por Paulo Bonavides, apresenta a interessantíssima 
ideia de uma constituição escrita que se apresenta espalhada/fragmentada em 
textos 
 Constituição COSTUMEIRA (não escrita, consuetudinária): Ao contrário da 
constituição escrita, esta não apresenta regras em um texto único e sistematizado. Já 
que não se encontra em apenas um texto, essa então é uma constituição formada 
por textos espalhados, que devem ser reconhecidos pelasociedade como 
fundamentais. A constituição costumeira, como o próprio nome afirma, se baseia 
nas convenções e nos costumes. Exemplo: Constituição inglesa (que no entanto, 
estudiosos afirmam que nem mesmo a Inglaterra está livre dos princípios 
constitucionais em textos escritos que pesam os costumes formando relevantes 
valores constitucionais) 
 
QUANTO À EXTENSÃO: 
 A constituição pode ser sintética ou analítica 
 Constituição SINTÉTICA: A constituição sintética é aquela que é concisa, breve, 
enxuta. É veiculadora apenas dos princípios fundamentais e estruturais do Estado. As 
constituições sintéticas tem seus princípios estruturais interpretados e adequados 
aos novos anseios constantemente pela atividade da Suprema Corte, portanto ela é 
mais duradoura por não dar espaço para os detalhes. Exemplo: constituição 
americana (está em vigor há mais de 200 anos e sua interpretação feita pela 
Suprema Corte), Constituição Brasileira de 1891. Paulo Bonavides também é 
defensor da constituição sintética, afirmando que a brevidade e a concisão resulta 
numa maior estabilidade e numa flexibilidade que permite adaptar a constituição a 
situações novas e imprevistas que surgem com o desenvolver do povo e suas 
variações. Ou seja, a constituição sintética é uma mão na roda na hora de improvisar 
soluções. 
 Constituição Analítica: Essa é justamente o contrário da constituição sintética. 
Enquanto a outra é enxuta e breve, essa já aborda todos os assuntos que os 
representantes entenderem como essenciais. Ou seja, todo e qualquer detalhe 
possível vai estar lá. Vamos supor que a constituição brasileira (que não é o caso) 
fosse uma constituição sintética. Nesse caso, o art. 242, parágrafo 2º da CF 88 não 
estaria na constituição porque ela seguiria o pressuposto de estar em lei 
infraconstitucional. Mas como não é o nosso caso, a constituição brasileira entra de 
fato como uma constituição analítica, e, portanto, o colégio Pedro II vai continuar lá 
no texto constitucional. Bonavides argumenta que um dos motivos da nossa 
constituição ser tão volumosa seria a preocupação de criar formas de proteção eficaz 
para que a lei não fosse tão interpretativa. 
 
QUANTO AO CONTEÚDO: 
 Constituição MATERIAL: A constituição material será o texto que conter as normas 
fundamentais estruturais de qualquer Estado, organização dos órgãos, os direitos e 
garantias fundamentais. A constituição de 1824 (Brasil Império) prescrevia ser 
constitucional somente o que dissesse respeito aos limites e atribuições respectivos 
dos poderes políticos aos direitos políticos e individuais dos cidadãos. Logo, na 
constituição material, tudo o que não for considerado constitucional pode ser 
alterado sem as formalidades referidas pelas legislaturas ordinárias. 
 Constituição FORMAL: O critério da constituição formal se dá pelo processo de sua 
formação, e não o conteúdo de suas normas. Portanto, qualquer regra contida terá o 
caráter de constitucional (novamente, o colégio Pedro II é uma regra tão 
constitucional quanto o princípio da igualdade). A nossa constituição atual portanto 
é FORMAL! 
 É válido ressaltar que, mesmo nossa constituição sendo encaixada no sentido de 
const. FORMAL, passamos a ter um caráter MISTO com a introdução da questão dos 
tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos (algo que é material), 
desde que observadas as formalidades de aprovação (algo que é formal). Os tratados 
e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados , em cada 
Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos 
respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais. 
 
QUANTO AO MODO DE ELABORAÇÃO: 
 Constituição DOGMÁTICA: sempre escritas, partem de teorias preconcebidas, e de 
planos e sistemas prévios, de ideologias bem declaradas, de dogmas políticos. São 
elaboradas de uma só vez, reflexivamente e racionalmente pela Assembleia 
Constituinte. Exemplo: a constituição atual 
 Constituição HISTÓRICA: se dão através de um processo lento e contínuo de 
formação, reunindo as tradições a história de um povo. Podem se relacionar então 
com a constituição de forma costumeira, como é o caso da constituição inglesa. 
 
QUANTO À ALTERABILIDADE/ESTABILIDADE: 
 Constituição RÍGIDA: constituição que exige para a sua alteração um processo 
legislativo mais intenso, mais dificultoso do que o processo de alteração das normas 
não constitucionais. Todas as constituições brasileiras, com a exceção da de 1824 
(considerada semirrígida) se classificam como rígida. Exemplos de rigidez na nossa 
constituição: Art.60, parágrafo 2º: A constituição poderá ser, emendada mediante 
proposta, quando esta for discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, 
em 2 turnos, considerando-se aprovada se obtiver três quintos dos votos dos 
respectivos membros. Outro exemplo: Incisos I, II, III do art.60, que estabelecem 
para aprovação das emendas constitucionais a iniciativa restrita de 1/3, no MÍNIMO, 
dos membros da câmara dos deputados ou do senado b) do presidente da república 
e c) de mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades da federação, 
manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa dos membros. 
 Constituição FLEXÍVEL: Estas não possuem um processo legislativo de alteração mais 
dificultoso do que o de alteração das normas infraconstitucionais . Na constituição 
flexível, não existe nenhum tipo de hierarquia entre a constituição em si e uma lei 
infraconstitucional. Ou seja, uma lei infraconstitucional posterior pode alterar o 
texto constitucional se assim expressamente o declarar, quando for com ele 
incompatível, ou quando regular inteiramente a matéria de que tratava a 
Constituição. A flexível, então, exige o mesmo quórum das leis infraconstitucionais 
para se realizar modificações. 
 Constituição semirrígida (ou semiflexíveis): esse tipo de constituição é tanto rígida 
quanto flexível. Nesse caso, algumas matérias passam por um processo mais 
dificultoso do que o exigido para alteração das leis infraconstitucionais, enquanto 
outras nem tanto. 
 Constituição imutável: como o próprio nome já diz, essa é inalterável, verdadeira 
relíquia histórica e que pretende ser eterna. 
 
QUANTO À SISTEMÁTICA: 
 Constituição reduzida: se materializa em um só código básico e sistemático, como as 
brasileiras. 
 Constituição variada: aquela que se distribui em vários textos e documentos 
esparsos, sendo formada de várias leis constitucionais. 
 
QUANTO À DOGMÁTICA: 
 Constituição ORTODOXA: formada por uma só ideologia, como a constituição 
soviética de 1977 (que obviamente hoje já não existe mais com o fim da união) ou 
então as diversas constituições da china marxista 
 Constituição ECLÉTICA: formada por ideologias conciliatórias, como a nossa 
constituição atual. Nossa constituição é formada por um pacto entre as forças 
políticas e sociais. É fruto de um compromisso constitucional apesar das discussões e 
da barganha/argumentação. 
 
QUANTO À CORRESPONDÊNCIA COM A REALIDADE: 
 Constituição Normativa: A pretendida limitação ao poder se implementa na prática, 
havendo assim correspondência com a realidade 
 Constituição nominalista: busca-se a concretização da correspondência com a 
realidade, porém, sem sucesso, não se conseguindo uma verdadeira normatização 
do processo real do poder 
 Constituição semântica: Esse tipo de constituição nem possui a mesma pretensão 
das duas, busca apenas conferir legitimidade formal aos detentores do poder, em 
seu próprio benefício. Marcelo Neves, professor da UFPE, prefere denominar estas 
como semânticas instrumentalistas, já que instrumentos dos detentores dopoder. 
 Para Marcelo Neves e Guilherme Peña de Moraes, a constituição atual "pretende 
ser" normativa, mas não passa (na opinião de Neves) de uma Nominalista, servindo 
como álibi para os governantes (no sentido da não concretização de seus preceitos) 
 
QUANTO AO SISTEMA: 
 Constituição principiológica: predominam os princípios, identificados como normas 
constitucionais providas de alto grau de abstração, consagradores de valores, pelo 
que é necessária a mediação concretizadora. Exemplo: nossa atual constituição 
 Constituição preceitual: prevalecem as regras, individualizadas como normas 
constitucionais revestidas de pouco grau de abstração, concretizadoras de princípios, 
pelo que é possível a aplicação coercitiva. Exemplo: Constituição Mexicana 
 
QUANTO À FUNÇÃO: 
 Jorge Miranda estabelece dois tipos de funções para a constituição, que podem ser 
classificadas como: 
 Constituição PROVISÓRIA: também conhecida como pré-constituição, constituição 
provisória, ou, sob outra ótica, constituição revolucionária ao conjunto de normas 
com a finalidade dupla de definição do regime de elaboração e aprovação da 
constituição formal e de estruturação do poder político no interregno constitucional, 
a que é acrescentada a função de eliminação do que sobrou do último regime 
 Constituição definitiva: pretende ser a constituição/produto final do processo 
constituinte 
 
CONSTITUIÇÕES LIBERAIS (negativas) E SOCIAIS (dirigentes) - conteúdo ideológico das 
constituições: 
 André ramos tavares propõe dois conceitos de classificação para as constituições 
levando em conta o conteúdo ideológico presente em cada tipo. São estas: 
 Constituição liberal (negativa): surgem com o triunfo da ideologia burguesa, com os 
ideais do liberalismo. É válido destacar os direitos humanos de 1ª dimensão, ou seja, 
a ideia da não intervenção estatal, bem como a proteção das liberdades públicas. 
Por se tratar de um ausência estatal, podemos considerar ela também como uma 
constituição negativa 
 Constituição social: Refletem um momento posterior que necessita da atuação 
estatal, consagrando a igualdade substancial, bem como os direitos sociais (direitos 
de 2ª dimensão). Segundo Canotilho, é bastante comum, nesse tipo de constituição, 
traçar os grandes objetivos que vão nortear a ação governamental, impondo-os a 
não ser a longo prazo. 
CONSTITUIÇÃO FEDERAL BRASILEIRA DE 1988: 
 Nossa constituição, a partir de todas as classificações mencionadas previamente, 
seria então: promulgada, escrita, analítica, formal (lembrar no entanto, que pode ser 
considerada mista a partir da EC n.45/2004), dogmática, rígida, reduzida, eclética, 
pretende ser normativa/cerne nominalista, principiológica, definitiva/duração 
indefinida, autônoma e social (dirigente)

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