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Aula 04 Frase, oração e período

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Aula 04
Português p/ Polícia Civil-PA (Todos os Cargos) - Com videoaulas
Professores: Equipe Rafaela Freitas, Rafaela Freitas
Português p/ PC-PA 
Investigador, Escrivão e Papiloscopista 
Teoria e Questões Comentadas 
Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 04 
 
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AULA 04 
Frase, oração e período 
Termos da oração 
Período composto: subordinação e coordenação 
 
A 
Olá, alunos! Animados? 
Nesta aula vamos falar sobre temas deliciosos da sintaxe: estrutura do 
período simples (termos da oração) e do período composto (orações)!! 
 
SUMÁRIO 
FRASE, ORAÇÃO E PERÍODO.....................................................................2 
TERMOS DA ORAÇÃO...............................................................................4 
TIPOS DE PREDICADO.............................................................................7 
TRANSITIVIDADE VERBAL......................................................................10 
ADJUNTO ADNOMINAL...........................................................................16 
AGENTE DA PASSIVA.............................................................................18 
ADJUNTO ADVERBIAL............................................................................18 
APOSTO...............................................................................................19
VOCATIVO............................................................................................20 
PERÍODO COMPOSTO.............................................................................20 
ORAÇÕES SUBORDINADAS.....................................................................21 
ORAÇÕES COORDENADAS......................................................................23 
ORAÇÕES REDUZIDAS...........................................................................25 
QUESTÕES COMENTADAS.......................................................................27 
LISTA DE QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA......................................63 
GABARITO............................................................................................94
O MEU ATÉ BREVE.................................................................................94 
 
 
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Teoria e Questões Comentadas 
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Para início de conversa, vamos diferenciar frase, oração e período: 
 
Frase é um enunciado com sentido completo e capaz de estabelecer 
comunicação! A frase pode ser verbal (com uso de verbo) ou nominal (sem uso 
de verbo). Veja os exemplos: 
- Atenção! (Frase nominal) 
- Que frio! (Frase nominal) 
- Está fazendo frio! (Frase verbal) 
- A luva ficou bem em você. (Frase verbal) 
 
As frases classificam-se em: 
 
Declarativa�� ID]� XPD� GHFODUDomR�� ³2V� ROKRV� OX]LDP� GH� PXLWD� YLGD���´�
(Machado de Assis) 
Interrogativa��XWLOL]D�XPD�SHUJXQWD��³(QWUR�QXP�GUDPD�RX�VDLR�GH�XPD�
FRPpGLD"´��0DFKDGR�GH�$VVLV� 
Exclamativa�� H[SUHVVD� VHQWLPHQWR�� ³4XH� LPHQVR� SRHWD�� '�� *XLRPDU�´�
(Machado de Assis) 
Imperativa�� Gi� XPD� RUGHP� RX� SHGLGR�� ³&KHJXH-VH� PDLV� SHUWR���´�
(Machado de Assis) 
Optativa��H[SUHVVD�XP�GHVHMR���7RPDUD�TXH�YRFr�SDVVH�QD�SURYD´��³9RX-
PH�HPERUD�´��R�HQXQFLDGR�IRUQHFH�XPD�PHQVDJHP��SRUpP�XVRX�YHUER é o que 
chamamos de oração. 
 
Oração é o enunciado com sentido que se estrutura com base em um 
verbo. Então... na oração é preciso usar verbo ou uma locução verbal. Veja os 
exemplos: 
- A fábrica, hoje, produziu bem. 
- Homens e mulheres são iguais perante a lei. 
 
Período 
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Cada verbo é uma oração certo? Se na frase tiver apenas um verbo, 
temos uma oração e um período simples. A junção de duas ou mais 
orações configura um período composto. Assim: 
 
O período classifica-se em: 
 
Simples: tem apenas uma oração. 
- ³$V�VHQKRUDV�FRPR�VH�FKDPDP"´��0DFKDGR�GH�$VVLV� 
 
Composto: tem duas ou mais orações. 
- ³8P� GHOHV� SHUJXQWRX-lhes familiarmentH� VH� LDP� FRQVXOWDU� D� DGLYLQKD´��
(Machado de Assis) 
 
Dito isso, podemos partir para o estudo do período simples e das 
partes (termos) que o compõe. 
 
TERMOS DA ORAÇÃO 
 
O estudo do período simples é o estudo dos termos que compõem uma 
oração. Separados em essencias, aqueles que não podem faltar para que a 
oração tenha sentido, e acessórios, agregam sentido, mas não são 
obrigatórios na oração. São eles: 
 
A) Termos Essenciais: 
x Sujeito 
x Predicado 
x Objeto Direto 
x Objeto Indireto 
x Complemento Nominal 
x Agente da Passiva 
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B) Termos Acessórios: 
x Adjunto Adverbial 
x Adjunto Adnominal 
x Aposto 
 
C) Vocativo ± categoria à parte. 
 
Vamos ver aqui cada um deles! 
 
I ± SUJEITO ± é o ser do qual se declara algo e com o qual o verbo, 
normalmente, faz a concordância. Pode ser: 
 
1) Simples: possui apenas um núcleo. 
Ex.: Todos os povos do mundo têm problemas 
$WHQomR�� ³SRYRV´� Q~FOHR� GR� VXMHLWR� VLPSOHV�� (PERUD� R� Q~FOHR� HVWeja no 
plural, é apenas um! 
 
2) Composto: possui mais de um núcleo. 
Ex.: Jogarão amanhã Flamengo e Vasco 
$WHQomR��³)ODPHQJR´�H�³9DVFR´�VmR�RV�Q~FOHRV�GR�VXMHLWR�FRPSRVWR�� 
 
3) Oculto ( também chamado de elíptico, desinencial, simples): não 
vem expresso na oração, embora exista! Conseguimos identificá-lo pela 
desin~encia do verbo. 
Ex.: Saímos cedo para curtir o sol 
 (suj. Implícito ± nós) 
 
Tico e Teço vieram à festa e comeram todas as nozes 
 
6XMHLWR�GR�YHUER�³YLU´� �FRPSRVWR�³7LFR�H�7HFR´�� 
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Sujeito GR�YHUER�³FRPHU´� Oculto (Tico e Teco). 
 
4) Indeterminado : não pode ser identificado, embora também 
exista. Existem duas maneiras de indeterminar um sujeito: verbo na terceira 
pessoa do plural ou verbo na terceira pessoa do singular + se (índice 
de indeterminação do sujeito). 
 
Exemplos: 
Roubaram a mulher do Rui (verbo na 3ª pessoa do plural) 
Vive-se bem em Brasília (verbo na 3ª pessoa do singular + se) 
Nem sempre se está feliz (verbo na 3ª pessoa do singular + se) 
Precisa-se de balconistas (verbo na 3ª pessoa do singular + se) 
 
Os verbos que fazem sujeito indeterminado com SE (índice de 
indeterminação do Sujeito) são Verbo Transitivo INDIRETO, verbo de 
lligação ou verbo intransitivo! 
 
 
 
ATENÇÃO: com verbo transitivo direto não se faz sujeito indeterminado, mas 
voz passiva sintética: 
 
Ex. Alugam±se apartamentos (apartamentos são vendidos) 
 
Verbo T.D. + SE (pronome apassivador) 
³Apartamentos´ é o sujeito posposto e o verbo deve concordar com ele: 
Alugam-se apartamentos ou aluga-se apartamento. 
 
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5) Oração sem Sujeito: não existe sujeito na oração, nem explícito, 
nem implícito. 
 
x HAVER: no sentido de existir ou de tempo decorrido. 
 
Ex.: Ontem houve muitas faltas 
 O concurso foi realizado há dias 
 
x VERBOS DE FENÔMENO DA NATUREZA 
Ex.: Choveu muito ontem 
 
 
No sentido conotativo, os verbos de fenômenos da naturaza terão sujeito 
Ex.: Choveram dólares lá em casa (sujeito: DÓLARES) 
 
 
x FAZER, SER, ESTAR, PASSAR: indicando tempo. 
 
Ex.: Eram seis horas da tarde 
 Passava das quatro horas! 
 Como está quente hoje! 
 Faz séculos que não vou ao cinema 
 
x BASTAR e CHEGAR: indicando cessamento. 
 
Ex.: Basta de problemas / Chega de miséria 
 
 
 
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TIPOS DE PREDICADO 
 
O que é predicado? 
 
Predicado é tudo o que se fala sobre o sujeito, ou seja, é tudo que 
há na frase que não é o sujeito. 
 
Vamos aos tipos de predicado. São três. 
 
1) Predicado Verbal 
 
É aquele que possui obrigatoriamente um verbo significativo (não pode 
ser de ligação), ou seja, demonstra umaação, o qual é SEMPRE o núcleo do 
predicado. 
Exemplo: 
Os professores estudam todos os dias para as aulas. 
 
2EVHUYH� QD� IUDVH� TXH� R� YHUER� ³HVWXGDP´� HYLGHQFLD� XPD� DomR�� R� DWR� GH�
HVWXGDU�� H� GL]� UHVSHLWR� DR� VXMHLWR� ³os professores´� DR� PHVPR� WHPSR� TXH� p�
complementDGR� SHOR� UHVWDQWH� GR� SUHGLFDGR� ³WRGRV� RV� GLDV� SDUD� as aulas´��
Como R�Q~FOHR�GR�SUHGLFDGR�p�R�YHUER�³HVWXGDP´��FKDPDPRV�R predicado de 
verbal. Sendo assim: 
6XMHLWR��³RV�SURIHVVRUHV´ 
Predicado verbal: estudam todos os dias para as aulas. 
 
2) Predicado Nominal 
 
No predicado nominal o núcleo será um nome, o qual exerce a função de 
predicativo do sujeito. 
 
E o que é predicativo do sujeito? 
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Predicativo do sujeito é um termo que dá significado, atributo, 
característica ao sujeito ou, ainda, exprime seu estado ou modo de ser. O 
predicativo é conectado ao sujeito sempre através de um verbo de ligação. 
 
1ª. Ela está nervosa. 
2ª. Os valores continuam elevados. 
 
2EVHUYH�QD�SULPHLUD�RUDomR�TXH�³nervosa´�p�XP�DWULEXWR�GDGR�DR�VXMHLWR�
³(OD´��2�VXMHLWR� ³(OD´�H�R�SUHGLFDGR�QRPLQDO� ³nervosa´�HVWmR�FRQHFWDGRs pelo 
YHUER�GH�OLJDomR�³HVWi´� 
Na segunda frase, observamos o mesmo processo anterior de análise: 
SHUJXQWDPRV� TXHP� FRQWLQXD"� H� FRQWLQXD� R� TXr"� (� WHPRV� DV� UHVSRVWDV�� ³os 
valores´� �VXMHLWR�� H� ³HOHvadoV´� �SUHGLFDGR� QRPLQDO), ou seja, o predicativo 
nominal só atribui significado ao sujeito quando ligado pelo verbo de ligação 
(continuam). A oração só tem sentido pelo complemento (predicado) 
³HOHYDGDV´��R�TXDO�p��SRUWDQWR��R�Q~FOHR�GR�SUHGLFDGR�QRPLQDO. 
Se o núcleo do predicadR� p� R� QRPH� DGMHWLYR� ³HOHYDGDV´�� R� SUHGLFDGR� p�
nominal. Assim, temos: 
 
6XMHLWR��³HOD´ 
3UHGLFDGR�QRPLQDO��³HVWi�nervosa´ 
 
6XMHLWR��³RV�YDORUHV´ 
3UHGLFDGR�QRPLQDO��³FRQWLQXDP�elevados´ 
 
 
ATENÇÃO: os verbos de ligação NÃO podem ser o núcleo do predicado, 
pois VmR� ³IUDFRV´� GH� VLJQLILFDomR�� RX� VHMD�� QmR� ID]HP� SDUWH� GD� FDGHLD�
significativa da oração. Tanto que podem ser retirados sem comprometer o 
sentido da frase (embora prejudique sintaticamente): 
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Ela nervosa. 
Os valores elevados. 
 
Predicado verbo-nominal 
 
O predicado verbo-nominal possui dois núcleos: um verbo nocional (que 
expressa ação ± significativo), como vimos no predicado verbal, e um 
predicativo, que pode referir-se tanto ao sujeito quanto ao verbo. 
 
Os candidatos estudaram cautelosos para o concurso. 
 
Observamos na frase que há dois núcleos: o verbo nocional (estudaram), 
ou seja, o sujeito praticou uma ação. No entanto, há uma característica dada 
DR� VXMHLWR� ³FDXWHORVRV´�� TXH� p�� SRUWDQWR�� XPD� SUHGLFDomR�� XPD� TXDOLGDGH�
concedida ao sujeito, logo, é o predicativo do sujeito. Poderíamos desdobrar a 
última oração em duas: 
 
Os candidatos estudaram para o concurso. Eles foram cautelosos. 
 
1D� SULPHLUD� RUDomR� WHPRV� XP� SUHGLFDGR� YHUEDO� ³HVWXGDUDP� SDUD� R�
VLPXODGR´�� QR� TXDO� R� Q~FOHR� p� R� YHUER� QRFLRQDO� ³HVWXGDUDP´�� Já na segunda 
RUDomR�R�Q~FOHR�GR�SUHGLFDGR�p�XP�QRPH�³FDXWHORVRV´�FRQHFWDGR�SRU�XP�YHUER�
de ligação (foram) ao sujeito (Eles) e, portanto, é um predicado nominal. 
Na união das duas orações é que temos o predicado verbo-nominal: 
6XMHLWR��³2V�FDQGLGDWRV´� 
Predicado verbo-QRPLQDO��³estudaram cautelosos SDUD�R�FRQFXUVR´�� 
 
VAMOS ALÉM... 
E se a oração fosse a seguinte: 
 
Os candidatos cautelosos estudaram para o concurso. 
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Agora o predicado será apenas verbal: 
6XMHLWR��³2V�FDQGLGDWRV�FDXWHORVRV´ 
Predicado verbal: ³estudaram SDUD�R�FRQFXUVR´� 
 
2� Q~FOHR� GR� SUHGLFDGR� p� ³HVWXGDUDP´� H� R� ³FDXWHORVRV´� FRQWLQXD� D� VHU�
predicativo do sujeito, embora não faça parte do predicado. 
 
 
Trasitividade Verbal 
 
Trata-se da parte da sintaxe que estuda a maneira como os verbos 
comportam-se nas orações. A melhor maneira de iniciar uma análise sintática 
é justamente pelo verbo. Temos que identificar que tipo de verbo temos 
(significativo ou de ligação), buscar o sujeito e, caso seja um verbo 
significativo, logo vamos perceber se pede ou não um complemento. Vamos às 
análises! 
Todo verbo significativo é o centro das atenções! Ele é assim denominado 
porque traz a significação para a frase, sendo o núcleo do predicado. Apenas 
esse tipo de verbo possui transitividade. 
 
São três transitividades verbais: 
- Verbo Transitivo Direto (VTD) = pede um cpmplemento sem auxílio de 
preposição. 
- Verbo Transitivo Indireto (VTI) = pede um complemento com auxíio de 
preposição (a, de, para, com, sobre...). 
- Verbo Intransitivo (VI) = não pede complemento. Sua significação não 
HVWi�³WUDQVLWDQGR´��HVWi�FRPSOHWD��¬V�YH]HV�SHGH�$GMXQWR�$GYHUELDO� 
 
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Alguns verbos pedem dois complementos, por isso são chamados 
de Verbos Transitivos Diteto e Indereto (VTDI) ou bitransitivo. 
 
Com relação aos complementos verbais, são dois: 
Objeto Direto (OD) = completa Verbo Transitivo Direto (VTD) 
Objeto Indireto (OI) = completa Verbo Transitivo Indireto (VTI) 
 
 
Não existe OD que complete um VTI, da mesma forma, pela lógica, 
não existe OI que complete um VTD!! 
 
Vejamosos exemplos que seguem (usarei as siglas para sistematizar a 
análise): 
1) O bandido morreu. 
 Sujeito VI 
 
2) Ele foi à minha casa. 
Sujeito VI A djunto Adverbial de Lugar 
 
3) Eles amam o trabalho ontem 
 Sujeito VTD OD 
 
4) Eu gosto muito de você 
Sujeito VTI OI 
 
5) Ofereci um doce à criança 
 VTDI OD OI 
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MACETE!! 
Para saber se um verbo é Transitivo Direto ou Indireto, sem erro, faça o 
seguinte: 
O menino comprou o livro. 
Comprou o quê? O livro! 
O menino conheceu o padrasto. 
Conheceu quem? O padrasto! 
 
Comprar e conhecer são VTD! 
 
)D]HPRV� DSHQDV� GXDV� ~QLFDV� SHUJXQWDV� SDUD� XP� 97'�� ³R� TXr"´� � 2X�
³TXHP"´ 
Caso você faça qualquer outra pergunta para o verbo, saiba que está 
diante de um VTI, sem a menor dúvida! 
 
Gosto muito de crianças 
Gosto de quê? De crianças! 
Refiro-me a você. 
Refiro-me a quem? A você! 
Gostar e referir-se são um VTI! 
 
Resumindo: sugiro que decore apenas duas perguntas: 
 
O quê? Sempre 
Quem? VTD 
 
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Qualquer outra pergunta indicará tartar-se de um VTI! Faça o teste com 
outros verbos! 
 
 
 
 
 
Fique esperto! O verbo de ligação é fraco, serve apenas para ligar o 
sujeito ao seu predicativo, não é núcleo e NÃO tem transitividade, ou seja, 
NÃO PEDE COMPLEMENTO!!! O verbo de ligação indica apenas o estado em 
que o sujeito se encontra, seja ele permanente ou momentâneo. 
 
Eu sou um rio de água limpa. 
Eu = Sujeito 
Sou = verbo de ligação (estado permanente) 
Um rio de água limpa = predicativo do sujeito 
 
Os alunos permaneceram calados 
Os alunos = sujeito 
Permaneceram = verbo de ligação (estado momentâneo) 
Calados = predicativo do sujeito 
 
Não cometa o erro de chamar um verbo de ligação de VTD e o predicativo 
do sujeito de OD! Cuidado! 
 
Principais verbos de ligação: ser, estar, ficar, permanecer, continuar, 
tornar-se... 
 
 
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ATENÇÃO: casos especiais de OD e OI: 
 
x Objeto Direto Preposicionado ± parece estranho, pois, como vimos, 
os objetos diretos não são precedidos de preposição, a não ser em três 
situações: 
 
1) Ofenderam a mim 
$� SUHSRVLomR� ³D´� IRL� H[LJLGD� SHOR� SURQRPH� ³PLP´�� FDVR� FRQWUiULR� ILFDULD�
assim: ofenderam mim! 
 
2) Matou ao leão o caçador 
$� SUHSRVLomR� ³D´�� DQWHV� GR� DUWLJR ³R´�� IRL� QHFHVViULD� SDUD� HYLWDU�
ambiguidade, caso contrário, não saberíamos quem matou quem: matou o 
leão o caçador. 
 
3) Ele sacou da arma 
$�SUHSRRVLomR�³GH´�IRL�XVDGD�SDUD�UHIRUoDU�XPD�FRQVWUXomR�HQIiWLFD��SDUD�
dar ênfase ao que se diz). 
 
x Objeto Direto Pleonástico ± ocorre quando há repetição pronominal e 
sempre em oração invertida: 
Estas palavras, não as proferi (não proferi estas palavras) 
 OD OD pleonástico 
 
2�³DV´�UHSHWH�R�2'��p�FKDPDGR��HQWmR��GH�SOHRQiVWLFR� 
 
x Objeto Direto Interno ± ocorre quando um Verbo Intransitivo se 
transforma em Transitivo Direto, resultando em uma construção pleonástica: 
Morrerás infame > Morrerás morte infame ± Morte = OD 
 Dorme tranquilo > Dorme teu sono tranquilo ± Teu sono = OD 
 
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x Objeto Indireto Pleonástico ± assim como ocorre com o OD: 
Aos ricos, nada lhes devo (Não devo nada aos ricos) 
 O.I. O.I. pleonástico 
 
COMPLEMENTO NOMINAL ± tem a função de completar nomes: 
substantivos, adjetivos ou advérbios. Vem sempre com preposição. 
 
a) Substantivos ± Tenho medo de escuro 
 Subst. C. Nom. 
b) Adjetivos ± Sempre fora obediente às leis 
 Adj. C. Nom. 
c) Advérbios ±Reagiu bem ao infortúnio 
 Advérbio C. Nom. 
 
 
x Complemento Nominal X Objeto Indireto 
 
Objeto Indireto ± é ligado a verbo = Necessitamos de paz 
 Verbo O.I. 
Complemento Nominal ± é ligado a nome = 
 Temos necessidade de paz 
 Subst. C. N. 
 
ADJUNTO ADNOMINAL ± função de caracterizar o substantivo 
 
Ex.: Esse assunto delicado pede outra conversa. 
 
x Classes Gramaticais com função de Adjunto Adnominal 
 
a) Artigo ± A garota pediu uma bebida no bar 
 
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b) Adjetivo ± A bela festa encantou a todos 
 
c) Locução Adjetiva ± Ele tem um rosto de anjo 
 
d) Pron. Adjetivo ± Minha irmã mora naquela casa 
 
e) Numeral ± O primeiro lugar da fila 
 
 
 
x Complemento Nominal X Adjunto Adnominal 
 
Complemento Nominal ± completa o sentido do nome 
 Ele tem medo da noite 
 Subst. C. Nom. 
Adjunto Adnominal ± caracteriza o substantivo 
 Ele tem aves da noite 
 Subst. C. Nom. 
 
 
AGENTE DA PASSIVA ± pratica a ação expressa pelo verbo na voz 
passiva (com preposição DE ou POR) 
 
Ex.: A cidade estava cercada pelo exército 
 V. Voz Pass. Agente da Passiva 
 
 A terra era povoada de selvagens 
 V. Voz Pass. Agente da Passiva 
 
ADJUNTO ADVERBIAL - indica circunstância ao verbo, muito usado! 
 
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Ex.: Talvez ele chegue cedo ao clube 
 Dúvida Tempo Lugar 
 
9 Embora o Adjunto Adverbial seja termo ligado ao verbo, os 
ADVÉRBIOS DE INTENSIDADE modificam, também, adjetivos e outros 
advérbios 
 
 
Ex.: Os concursandos estudam muito 
 VerboAdv. Intens. 
 
 Aquela mulher era muito bonita 
 Adv. Intens. Adjetivo 
 
 Os meninos falam muito alto 
 Adv.Intens Advérbio 
 
 
 
APOSTO ± termo ou expressão de função esclarecedora. 
 
Ex.: Única irmã de mamãe, Marcela morreu cedo 
 Aposto 
 
x Tipos de Aposto: 
 
a) Explicativo: Brasília, a capital do Brasil, fará 45 anos 
 
b) Enumerativo: Pedro necessita de três coisas: amor, paz e 
carinho 
 
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c) Resumitivo (recapitulativo): Poder, dinheiro, glória, nada o 
seduzia mais 
 
d) Distributivo: Carlos e José são ótimos alunos; este em Física, 
aquele em Biologia 
 
e) Especificativo (denominativo): 
 O presidente Vargas cometeu suicídio 
 A cidade de Curitiba é muito jovem 
 
9 Não confundir Aposto Especificativo com Adjunto 
Adnominal 
 
A cidade de Brasília continua linda (aposto) 
 (Nome da cidade) 
 
O clima de Brasília continua péssimo (Adj. Adnominal) 
 (Não é nome do clima) 
 
 
VOCATIVO ± Termo isolado (chamamento), indica com quem se fala. 
 
Ex.: Meninos, estudem para a prova! 
 Falaram, João, mal de você no clube. 
 
9 O Vocativo virá SEMPRE separado por vírgulas, quer no início, no 
meio ou no fim da frase. 
 
PERÍODOS COMPOSTOS 
 
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Um período pode ser simples ou composto, depende do número de verbos 
que possui: para cada oração, um verbo. 
 
Período simples: possui apenas uma oração (um verbo) 
Fizemos o melhor. 
 
Período composto: possui duas ou mais orações (mais de um verbo) 
Chegamos aqui para fazermos o melhor! 
 
O período composto subdivide-se em: 
 
1) Subordinação: reúne orações dependentes, ou seja, uma é função 
sintática da outra. 
Desejo / que você seja feliz 
Or. Principal Or. Subordinada (função de OD do verbo da oração 
principal) 
 
2) Coordenação: reúne orações independentes, isto é, uma não é 
função sintática da outra. As orações existem independentemente. 
Você estuda em Brasília e mora em Taguatinga 
 Oração Coordenada Oração Coordenada 
 
ORAÇÕES SUBORDINADAS 
 
Tais orações podem ser substantivas, adjetivas ou adverbiais: 
 
1. SUBSTANTIVAS: têm função equivalente a um substantivo ± 
funcionam como: Sujeito, Objeto Direto, Objeto Indireto, Complemento 
Nominal, Aposto, Predicativo. São introduzidas, normalmente, pelas 
conjunções integrantes que e se. 
 
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a) Subjetiva - possui função de sujeito da oração principal. 
Convinha a todos / que você partisse 
 Oração Principal Or. Sub. Subst. Subjetiva 
 
b) Objetiva Direta ± possui função de Objeto Direto da oração 
principal. 
Ela viu / que o dinheiro terminara 
Or. princ. Or. Sub. Subst. Objetiva Direta 
 
Observe que a oração principal tem um VTD (ver)! 
 
c) Objetiva Indireta - possui função de Objeto Indireto da oração 
principal. 
Todos gostaram / de que estivesse lá 
Or. Princ. Or. Sub. Subst. Objetiva Indireta 
 
Observe que a oração principal possui um VTI (gostar)! 
 
d) Completiva Nominal - possui função de Complemento Nominal da 
oração principal. 
 
Tive a impressão de que algo explodira 
 Or. Princ. Or. Sub. Subst. Completiva Nominal 
 
Observe que a oração Completiva Nominal está completando o 
QRPH�³LPSUHVVmR´�GD�RUDomR�SULQFLSDO� 
 
e) Apositiva - possui função de Aposto da oração principal. 
Disse algo terrível: que ia casar 
 Or. Princ. Or. Sub. Subst. Apositiva 
 
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f) Predicativa - possui função de predicativo do sujeito da oração 
principal, que, é claro, deve possuir um verbo de ligação. 
O problema foi que chegaste tarde demais 
 Or. Princ. Or. Sub. Subst. Predicativa 
 
2. ADJETIVAS: Têm a função equivalente a um Adjetivo (Adjunto 
Adnominal). São introduzidas por um pronome Relativo 
 
a) Restritivas ± são aquelas que limitam, restringem um ser ou 
grupo. Nunca são colocadas entre vírgulas. 
As regiões que produzem laranjas foram premiadas 
 Or. Sub. Adjetiva Restritiva 
 
$�RUDomR�SULQFLSDO�p��³DV�UHJL}HV�IRUDP�SUHPLDGDV´� 
$� RUDomR� VXERUGLQDGD� UHVWULQJH� R� WHUPR� ³UHJL}HV´�� SRLV� QHP� WRGDV� DV�
regiões foram premiadas, apenas as que produzem laranjas. 
 
b) Explicativas - caracterizam o ser ou o conjunto a que se refere. 
Explica algum termo da oração principal. Estão SEMPRE entre vírgulas, 
caso contrário, seriam restritivas. 
 
Os Alunos, que leem, sabem redigir 
 Or. Sub. Adj. Explicativa 
 
$�RUDomR�SULQFLSDO�p��³RV�DOXQRV�VDEHP�UHGLJLU´� 
A oração explicativa ³TXH� OHHP´� está dizendo que os alunos que não 
sabem ler, também não redigem. 
 
2. ADVERBIAIS: Têm função equivalente a um Advérbio. São 
introduzidas pro conjunções adverbiais. Indicam a circunstância em que 
ocorre a ação verbal da oração principal. 
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a) Causais: indicam a causa do fato expresso na Oração Principal. 
A aula foi interrompida porque faltou giz 
 Or. Principal Or. Sub. Adverbial Causal 
 
Observe: 
³A aula foi interrompida´�± Or. Principal = CONSEQUÊNCIA 
³3RUTXH�IDOWRX�JL]´�± Or. Subordinada = CAUSA 
 
Sempre temos tanto a causa quanto a consequência no período, 
mas a classificação é sempre da subordinada! 
 
b) Consecutivas: indicam consequência do fato da Oração Principal. 
O professor falou tanto que ficou rouco 
 Or. Princ. Or. Sub. Adverbial Consecutiva 
 
Observe: 
³2�SURIHVVRU�IDORX�WDQWR´�± Or. Principal = CAUSA 
³4XH�ILFRX�URXFR´�± Or. Subordinada = CONSEQUÊNCIA 
 
c) Comparativas: expressam relação de comparação entre os fatos 
expressos nas orações. 
Nada dói tanto como um sorriso triste 
 Or. Princ. Or. Sub. Adverbial Comparativa 
 
e) Condicionais: expressam condição sob a qual se realiza a or. Principal. 
Iremos ao clube se não chover 
 Or. Princ. Or. Sub Adverbial Condicional 
 
f) Concessivas: concedem ou admitem uma condição contrária ao que 
foi dito na Oração Principal. 
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Amanhã haverá aula embora seja domingo 
 Or. Princ. Or. Sub. Adverbial Concessiva 
 
g) Conformativas: indicam adequação ou conformidade com a or. 
Principal. 
Tudo terminou conforme tínhamos previsto 
Or. Princ. Or. Sub. Adverbial Conformativa 
 
h) Finais: indicam a finalidade para a qual se destina a Oração Principal. 
Estudou muito para que fosse aprovado 
 Or. Princ. Or. Sub. Adverbial Final 
 
i) Proporcionais: indicam fatos direta ou inversamente proporcionais. 
A inundação aumentava à medida que subiam as águas 
Or. Princ. Or. Sub. Adverbial Proporcional 
 
j) Temporais: indicam em que tempo ocorreu o fato da Oração Principal. 
O rapaz ficou pálido quando viu a noiva 
 Or. Princ. Or. Sub Adverbial Temporal 
 
 
ORAÇÕES COORDENADAS 
 
1) ASSINDÉTICAS: 
 
 São aquelas que se apresentam ligadas às outras apenas por sinais de 
pontuação ± vírgula, ponto-e-vírgula, dois-pontos ± sem o auxílio de 
conjunções. 
 
Síndeto = conjunção 
A + (s)síndeto = SEM conjunção 
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Meu pai montava a cavalo, / ia para o campo 
 Or. Coord. Assindética Or. Coord. Assindética 
 
2) SINDÉTICAS: 
 
São aquelas que se apresentam ligadas às outras com o auxílio de 
conjunção coordenativa. 
 
a) Aditivas: expressam ideia de soma ou de sequência de ações. 
O major Camilo não ata / nem desata 
Or.coord.ASSINDÉTICA Or.Coord.Sindética ADITIVA 
 
b) Adversativa: dão ideia de oposição, contraste. 
Ele é rico, / mas veste-se com simplicidade 
 Or.Coord. Or. Coord. Sindética ADVERSATIVA 
 ASSINDÉTICA 
 
c) Alternativa: dão ideia de escolha ou alternância. 
 
Fale baixo / ou acordará as crianças 
 Or. Coord. Or. Coord. Sindética ALTERNATIVA 
 ASSINDÉTICA 
 
d) Conclusiva: expressam uma conclusão 
Tudo está em ordem, / por isso não devemos nos preocupar. 
 Or. Coord. Or. Cood. Sindética ALTERNATIVA 
 ASSINDÉTICA 
 
e) Explicativa: exprimem um motivo, uma razão. 
Parem com esse troço, / que eu vou descer 
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 Or. Coord. Or. Coord. Sindética 
 ASSINDÉTICA EXPLICATIVA 
 
ORAÇÕES REDUZIDAS 
 
Não constituem novos tipos de orações. São assim chamadas aquelas que 
apresentam verbos em formas nominais e não se iniciam por conjunções. 
Podem ser reduzidas: 
 
a) De Infinitivo: Diziam acreditar em mim 
 Or. Sub. Subst. Obj. Direta 
 Reduzida de Infinitivo 
Desenvolvida, a oração seria: Diziam que acreditavam em mim. 
 
b) De Particípio: Abertas as portas, entramos 
 Or. Sub.Adv. Temporal 
 Reduzida de Particípio 
Desenvolvida, a oração seria: quando as portas foram abertas, 
entramos. 
 
c) De Gerúndio: Havia ali crianças pedindo esmolas 
 Or. Sub. Adj. Restritiva 
 Reduzida de Gerúndio 
Desenvolvida, a oração seria: havia ali crianças que pediam esmolas. 
 
 
Nas orações coordenadas sindéticas e nas subordinadas adverbiais, as 
conjunções têm imensa importância, pois são elas que ligam as orações 
estabelecendo as relações de sentido necessárias. Uma conjunção usada de 
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maneira inadequada, pode alterar completamente o sentido do período. As 
principais conjunções são: 
 
COORDENATIVAS: 
x Aditivas: e, nem, mas também, mas ainda, como também, bem como 
x Adversativas: mas, porém, todavia, contudo, entretanto, no entanto, 
não obstante... 
x Alternativas: ou, ou...ou, ora...ora, quer...quer, seja...seja 
x Conclusivas: logo, portanto, senão, por isso, por conseguinte, pois 
(após o verbo) 
x Explicativas: porque, que, porquanto, pois (antes do verbo) 
 
SUBORDINATIVAS 
x Integrantes: que, se 
x Causais: porque, visto que, pois que, como, já que, ... 
x Comparativas: como, (mais) que, (menos) que, assim como, (tanto ± 
tão) quanto 
x Condicionais: se, caso, uma vez que, desde que, salvo se, sem que, ... 
x Concessivas: embora, ainda que, se bem que, conquanto, mesmo 
que... 
x Conformativas: conforme, segundo, consoante, como 
x Consecutivas:(tão)...que, (tal)...que, de modo que, 
x Finais: para que, a fim de que, de sorte que, de forma que 
x Proporcionais: à medida que, à proporção que, quanto mais...menos 
x Temporais: quando, mal, logo que, assim que, sempre que, depois 
que... 
 
 
 
 
 
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Desenredo 
Do narrador seus ouvintes: 
± Jó Joaquim, cliente, era quieto, respeitado, bom como o cheiro de 
cerveja. Tinha o para não ser célebre. Como elas quem pode, porém? Foi Adão 
dormir e Eva nascer. Chamando-se Livíria, Rivília ou Irlívia, a que, nesta 
observação, a Jó Joaquim apareceu. 
Antes bonita, olhos de viva mosca, morena mel e pão. Aliás, casada. 
Sorriram-se, viram-se. Era infinitamente maio e Jó Joaquim pegou o amor. 
Enfim, entenderam-se. Voando o mais em ímpeto de nau tangida a vela e 
vento. Mas tendo tudo de ser secreto, claro, coberto de sete capas. 
Porque o marido se fazia notório, na valentia com ciúme; e as aldeias são 
a alheia vigilância. Então ao rigor geral os dois se sujeitaram, conforme o 
clandestino amor em sua forma local, conforme o mundo é mundo. Todo 
abismo é navegável a barquinhos de papel. 
Não se via quando e como se viam. Jó Joaquim, além disso, existindo só 
retraído, minuciosamente. Esperar é reconhecer-se incompleto. Dependiam 
eles de enorme milagre. O inebriado engano. 
Até que deu-se o desmastreio. O trágico não vem a conta-gotas. 
Apanhara o marido a mulher: com outro, um terceiro... Sem mais cá nem mais 
lá, mediante revólver, assustou-a e matou-o. Diz-se, também, que a ferira, 
leviano modo. 
[...] 
Ela ± longe ± sempre ou ao máximo mais formosa, já sarada e sã. Ele 
exercitava-se a aguentar-se, nas defeituosas emoções. 
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Enquanto, ora, as coisas amaduravam. Todo fim é impossível? Azarado 
fugitivo, e como à Providência praz, o marido faleceu, afogado ou de tifo. O 
tempo é engenhoso. 
 [...] 
Sempre vem imprevisível o abominoso? Ou: os tempos se seguem e 
parafraseiam-se. Deu-se a entrada dos demônios. 
Da vez, JóJoaquim foi quem a deparou, em péssima hora: traído e 
traidora. De amor não a matou, que não era para truz de tigre ou leão. 
Expulsou-a apenas, apostrofando-se, como inédito poeta e homem. E viajou a 
mulher, a desconhecido destino. 
Tudo aplaudiu e reprovou o povo, repartido. Pelo fato, Jó Joaquim sentiu-
se histórico, quase criminoso, reincidente. Triste, pois que tão calado. Suas 
lágrimas corriam atrás dela, como formiguinhas brancas. Mas, no frágio da 
barca, de novo respeitado, quieto. Vá-se a camisa, que não o dela dentro. Era 
o seu um amor meditado, a prova de remorsos. 
Dedicou-se a endireitar-se. 
 [...] 
Celebrava-a, ufanático, tendo-a por justa e averiguada, com convicção 
manifesta. Haja o absoluto amar ± e qualquer causa se irrefuta. 
Pois produziu efeito. Surtiu bem. Sumiram-se os pontos das reticências, o 
tempo secou o assunto. Total o transato desmanchava-se, a anterior evidência 
e seu nevoeiro. O real e válido, na árvore, é a reta que vai para cima. Todos já 
acreditavam. Jó Joaquim primeiro que todos. 
Mesmo a mulher, até, por fim. Chegou-lhe lá a notícia, onde se achava, 
em ignota, defendida, perfeita distância. Soube-se nua e pura. Veio sem culpa. 
Voltou, com dengos e fofos de bandeira ao vento. 
Três vezes passa perto da gente a felicidade. Jó Joaquim e Vilíria 
retomaram-se, e conviveram, convolados, o verdadeiro e melhor de sua útil 
vida. 
E pôs-se a fábula em ata. 
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ROSA, João Guimarães.Tutameia ± Terceiras estórias . Rio de Janeiro: José Olympio, 
1967. p. 38-40. 
 
Vocabulário 
frágio: neologismo criado a partir de naufrágio. 
ufanático: neologismo: ufano+fanático. 
 
 
01. (PC-AC ± 2015 ± Perito Criminal ± FUNCAB) A classificação da 
RUDomR� GHVWDFDGD� QR� IUDJPHQWR� ³2� UHDO� H� YiOLGR�� QD� iUYRUH�� p� D reta QUE 
9$,�3$5$�&,0$�´�p�RUDomR�VXERUGLQDGD� 
a) adverbial causal. 
b) substantiva predicativa. 
c) substantiva subjetiva. 
d) adjetiva restritiva. 
e) adjetiva explicativa. 
 
Comentário: o fragmento destacado é uma oração subordinada adjetiva 
restritiva, uma vez que restringe, especifica o sentido do termo a que se 
refere, individualizando-o. No caso do período acima, a oração ³TXH�YDL�SDUD�
FLPD´�HVWi�HVSHFLILFDQGR�R�WHUPR�reta. Alternativa correta, letra D. 
Gabarito: D 
 
 
Inauguração da Avenida 
 [...] 
 Já lá se vão cinco dias. E ainda não houve aclamações, ainda não houve 
delírio. O choque foi rude demais. Acalma ainda não renasceu. 
 Mas o que há de mais interessante na vida dessa mó de povo que se está 
comprimindo e revoluteando na Avenida, entre a Prainha e o Boqueirão, é o 
tom das conversas, que o ouvido de um observador apanha aqui e ali, neste 
ou naquele grupo. 
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NmR� IDOR� GDV� FRQYHUVDV� GD� JHQWH� FXOWD�� GRV� ³GRXWRUHV´� TXH� VH� MXOJDP�
doutos. 
Falo das conversas do povo - do povo rude, que contempla e critica a 
DUTXLWHWXUD�GRV�SUpGLRV��³1mR�JRVWR�GHVWH����*RVWR�PDLV�GDTXHOH����(VWH�p�PDLV�
rico... Aquele tem mais arte... EVWH� p� SHVDGR���� $TXHOH� p� PDLV� HOHJDQWH���´� 
 Ainda nesta sexta-feira, à noite, entremeti-me num grupo e fiquei 
saboreando uma dessas discussões. Os conversadores, à luz rebrilhante do gás 
e da eletricidade, iam apontando os prédios: e - cousa consoladora - eu, que 
acompanhava com os ouvidos e com os olhos a discussão, nem uma só vez 
deixei de concordar com a opinião do grupo. Com um instintivo bom gosto 
subitamente nascido, como por um desses milagres a que os teólogos dão o 
QRPH� GH� ³PLVWpULRV� GD� *UDoD UHYHODGD´� - aquela simples e rude gente, que 
nunca vira palácios, que nunca recebera a noção mais rudimentar da arte da 
arquitetura, estava ali discernindo entre o bom e o mau, e discernindo com 
clarividência e precisão, separando o trigo do joio, e distinguindo do vidro 
ordinário o diamante puro. 
É que o nosso povo - nascido e criado neste fecundo clima de calor e 
umidade, que tanto beneficia as plantas como os homens - tem uma 
inteligência nativa, exuberante e pronta, que é feita de sobressaltos e 
relâmpagos, e que apanha e fixa na confusão as ideias, como a placa 
sensibilizada de uma máquina fotográfica apanha e fixa, ao clarão instantâneo 
de uma faísca de luz oxídrica, todos os objetos mergulhados na penumbra de 
uma sala... 
E, pela Avenida em fora, acotovelando outros grupos, fui pensando na 
revolução moral e intelectual que se vai operar na população, em virtude da 
reforma material da cidade. 
A melhor educação é a que entra pelos olhos. Bastou que, deste solo 
coberto de baiucas e taperas, surgissem alguns palácios, para que 
imediatamente nas almas mais incultas brotasse de súbito a fina flor do bom 
gosto: olhos, que só haviam contemplado até então betesgas, compreenderam 
logo o que é a arquitetura. Que não será quando da velha cidade colonial, 
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estupidamente conservada até agora como um pesadelo do passado, apenas 
restar a lembrança? 
[...] 
E quando cheguei ao Boqueirão do Passeio, voltei-me, e contemplei mais 
uma vez a Avenida, em toda sua gloriosa e luminosa extensão. [...] 
Gazeta de Notícias - 19 nov.1905. Bilac, Olavo. Vossa Insolência: crônicas. São Paulo: 
Companhia de Letras, 1996, p. 264-267. 
 
Vocabulário: 
baiuca: local de última categoria, malfrequentado. 
betesga: rua estreita, sem saída, 
mó��GR�ODWLP�³PROH´���PXOWLGmR��JUDQGH�TXDQWLGDGH� 
revolutear: agitar-se em várias direções, 
tapera: lugar malconservado e de mau aspecto 
 
02. (PRF ± 2014 ± Agente Administrativo ± FUNCAB) Sobre a 
RUDomR�GHVWDFDGD�HP�³1mR�IDOR�GDV�FRQYHUVDV�GD�JHQWH�FXOWD��GRV�µGRXWRUHV¶�
48(�6(�-8/*$0�'28726�´��WH[WR�- § 3), é correto afirmar que: 
a) ocorre no texto sob a forma de um sintagma adverbial, no qual a 
palavra gramatical conjuntiva dá a base da oração. 
b) a expressão gramatical típica da consequência se concretiza na 
conjunção que. 
c) combina-se, independente, para expressar um ato discursivo diferente 
do estabelecido pela primeira oração. 
d) ocorre no texto sob a forma de um sintagma adjetivo, conhecido como 
oração adjetiva, delimitando a parte de um conjunto. 
e) a unidade subordinada adquire um padrão no qual juntam-se as 
orações para formar um sintagma adverbial. 
 
Comentário: considerando que, de acordo com o Dicionário Priberam, 
sintagma é o conjunto de palavras subordinadas a um núcleo, formando um 
constituinte da frase e que a oração dHVWDFDGD� ³TXH� VH� MXOJDP� GRXWRV´� HVWi�
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UHVWULQJLQGR�R�VHQWLGR�GR�WHUPR�TXH�R�DQWHFHGH�³GRXWRUHV´��FRQFOXtPRV�TXH�D�
opção correta é a letra D por se tratar de um sintagma adjetivo, ou seja, uma 
oração subordinada adjetiva restritiva. 
Gabarito: D 
 
As intermitências da morte (Fragmento)A morte conhece tudo a nosso respeito, e talvez por isso seja triste. Se é 
certo que nunca sorri, é só porque lhe faltam os lábios, e esta lição anatômica 
nos diz que, ao contrário do que os vivos julgam, o sorriso não é uma questão 
de dentes. Há quem diga, com humor menos macabro que de mau gosto, que 
ela leva afivelada uma espécie de sorriso permanente, mas isso não é verdade, 
o que ela traz à vista é um esgar de sofrimento, porque a recordação do tempo 
em que tinha boca, e a boca língua, e a língua saliva, a persegue 
continuamente. Com um breve suspiro, puxou para si uma folha de papel e 
começou a escrever a primeira carta deste dia, Cara senhora, lamento 
comunicar-lhe que a sua vida terminará no prazo irrevogável e improrrogável 
de uma semana, desejo-lhe que aproveite o melhor que puder o tempo que lhe 
resta, sua atenta servidora, morte. Duzentas e noventa e oito folhas, duzentos 
e noventa e oito sobrescritos, duzentas e noventa e oito descargas na lista, 
não se poderá dizer que um trabalho destes seja de matar, mas a verdade é 
que a morte chegou ao fim exausta. Com o gesto da mão direita que já lhe 
conhecemos fez desaparecer as duzentas e noventa e oito cartas, depois, 
cruzando sobre a mesa os magros braços, deixou descair a cabeça sobre eles, 
não para dormir, porque morte não dorme, mas para descansar. Quando meia 
hora mais tarde, já refeita da fadiga, a levantou, a carta que havia sido 
devolvida à procedência e outra vez enviada, estava novamente ali, diante das 
suas órbitas atônitas. Se a morte havia sonhado com a esperança de alguma 
surpresa que a viesse distrair dos aborrecimentos da rotina, estava servida. 
[...] Entre ir e vir, a carta não havia demorado mais que meia hora, 
provavelmente muito menos, dado que já se encontrava em cima da mesa 
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quando a morte levantou a cabeça do duro amparo dos antebraços, isto é, do 
cúbito e do rádio, que para isso mesmo é que são entrelaçados. Uma força 
alheia, misteriosa, incompreensível, parecia opor-se à morte da pessoa, apesar 
de a data da sua defunção estar fixada, como para toda a gente, desde o 
próprio dia do nascimento. É impossível, disse a morte à gadanha silenciosa, 
ninguém no mundo ou fora dele teve alguma vez mais poder do que eu. eu 
sou a morte, o resto é nada. 
SARAMAGO, José. . São Paulo: Companhia das Letras, 2005. p. 139-40. 
 
03. (FACELI ± 2015- Administrador ± FUNCAB) (P�³&$5$�6(1+25$��
lamento comunicar-lhe que a sua vida terminará no prazo irrevogável e 
LPSURUURJiYHO�GH�XPD�VHPDQD�´�RV�WHUPRV�GHVWDFDGRV�FRPS}HP�D�IXQomR�GH: 
A) vocativo. 
B) aposto. 
C) sujeito. 
D) adjunto adnominal. 
E) complemento nominal. 
 
Comentário: o vocativo é um chamamento, é um termo da oração por 
meio do qual se interpela o interlocutor, sendo separado por vírgula. Aposto é 
um termo acessório da oração que especifica ou explica outro elemento da 
oração. Sujeito é o ser, a pessoa, o animal, a coisa, a situação sobre a qual se 
faz uma declaração, é de quem ou do que se fala. O adjunto adnominal é o 
termo que determina, especifica ou explica um substantivo. E complemento 
nominal é um termo que completa o sentido de uma palavra que não seja 
verbo e pode referir-se a substantivos, adjetivos ou advérbios, sempre por 
meio de preposição. A partir desses conceitos, concluímos que a reposta 
correta para essa TXHVWmR� p� D� OHWUD� $�� XPD� YH]� TXH� D� H[SUHVVmR� ³&DUD�
VHQKRUD´�HVWi�HYRFDQGR�DOJXpP�SDUD�TXHP�IRL�IHLWD�XPD�GHFODUDomR� 
Gabarito: A 
 
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04. (DETRAN-PB ± 2013 ± Advogado ± FUNCAB) ³3RUTXH�D�YHUGDGH�
p�TXH�HX�WDPEpP�QmR�VHL�´�$�UHVSHLWR�GHVVH�SHUtRGR��DQalise as afirmativas 
a seguir. 
I. O período é composto por coordenação. 
II. O QUE é uma conjunção integrante. 
III. A segunda oração é subordinada substantiva predicativa. 
 
A alternativa que indica apenas a (s) afirmativa (s) correta (s) é: 
a) II 
b) II e III 
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c) III 
d) I e III 
e) I 
 
Comentário: a afirmativa I está incorreta porque o período é composto 
por subordinação e não por coordenação. A II está correta, o que é uma 
conjunção integrante, pois indica que a oração subordinada que ela introduz 
completa ou integra o sentido da principal, introduzindo sempre orações que 
equivalem a substantivos. $� DILUPDWLYD� ,,,� WDPEpP� HVWi� FRUUHWD�� ³TXH� HX�
WDPEpP� QmR� VHL´� p� RUDomR� VXERUGLQDGD� VXEVWDQWLYD� SUHGLFDWLYD� SRUTXH� HVWi�
conectada à principal por um verbo de ligação, completando o seu sentido. A 
alternativa correta para essa questão é a letra B. 
Gabarito: B 
 
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05. (PC-ES ± 2013 ± Escrivão de Polícia ± FUNCAB) A relação 
VHPkQWLFD�HQWUH�DV�GXDV�RUDo}HV�FRRUGHQDGDV�GH��³$V�PLQKDV�LGDV�H�YLQGDV�
ao hotel repetiam-VH� H� QmR� R� HQFRQWUDYD�´� �†� ���� p� DQiORJD� j� TXH� VH�
observa na seguinte passagem de Graciliano Ramos: 
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a) Ela se revelou pouco a pouco, e nunca se revelou inteiramente. 
b) O nordeste começou a soprar, e a porta bateu com fúria. 
c) Despertaram todos, e a lourinha fez um movimento para se levantar. 
d) Assinei as cartas e meti-as nos envelopes. 
e) No tempo de D. Pedro, corria pouco dinheiro, e quem possuía um conto 
de reis era rico. 
 
Comentário: na oração em destaque no enunciado, a conjunção e está 
introduzindo uma informação que contrasta com a ideia trazida pela oração 
principal, funcionando como conjunção adversativa (As minhas idas e vindas 
ao hotel repetiam-se, porém, todavia, mas não o encontrava.), o mesmo 
ocorre com a oração constante na opção A (Ela se revelou pouco a pouco, 
mas, porém, todavia nunca se revelou inteiramente.). Nas demais 
alternativas, temos a conjunção e funcionando como conjunção aditiva, uma 
vez que apenas conecta duas orações independentes entre si. Opção correta é 
letra A. 
Gabarito: A 
 
A percepção pública da ciência é, com razão, repleta de conflitos. Alguns 
acreditam que a ciência seja a chave para a liberdade do homem, para a 
melhora das condições de vida de todos, para a cura dos tantos males que 
afligem pobres e ricos, desde a fome até as mais variadas doenças. Já outros 
veem a ciência com grande desconfiança e até com desprezo, como sendo a 
responsável pelacriação de várias armas de destruição inventadas através da 
história, da espada à bomba atômica. Para esse grupo, os homens não são 
maduros o suficiente para lidar com o grande poder que resulta de nossas 
descobertas científicas. No início do século 21, a clonagem e a possibilidade de 
construirmos máquinas inteligentes prometem até mesmo uma redefinição do 
que significa ser humano. Na medida em que será possível desenhar 
geneticamente um indivíduo ou modificar a sua capacidade mental por meio de 
implantes eletrônicos, onde ficará a linha divisória entre homem e máquina, 
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entre o vivo e o robotizado? Entre os vários cenários que vemos discutidos na 
mídia, o mais aterrorizador é aquele em que nós nos tornaremos forçosamente 
obsoletos, uma vez que clones bioeletrônicos serão muito mais inteligentes e 
resistentes do que nós. Ou seja, quando (e se) essas tecnologias estiverem 
disponíveis, a ciência passará a controlar o processo evolutivo: a nossa missão 
ILQDO� p� FULDU� VHUHV� ³PHOKRUHV´� GR� TXH� QyV�� WRPDQGR� D� VHOHomR� QDWXUDO� HP�
nossas próprias mãos. O resultado, claro, é que terminaremos por causar a 
nossa própria extinção, sendo apenas mais um elo na longa cadeia evolutiva. 
2�ILOPH�³,QWHOLJrQFLD�$UWLILFLDO´��GH�6WHYHQ�6SLHOEHUJ��UHODWD�SUHFLVDPHQWH�HVVH�
cenário lúgubre para o nosso futuro, a inventividade humana causando a sua 
destruição final. É difícil saber como lidar com essa possibilidade. Se tomarmos 
o caso da tecnologia nuclear como exemplo, vemos que a sua história começou 
com o assassinato de centenas de milhares de cidadãos japoneses, justamente 
SHOD�SRWrQFLD� TXH� VH� URWXOD� R� ³ODGR�ERP´��(Vse rótulo, por mais ridículo que 
seja, é levado a sério por grande parte da população norte-americana. É o 
YHOKR� DUJXPHQWR� PDTXLDYpOLFR� GH� TXH� RV� ILQV� MXVWLILFDP� RV� PHLRV�� ³6H� QmR�
jogássemos as bombas em Hiroshima e Nagasaki, os japoneses jamais teriam 
se UHQGLGR�H�PXLWR�PDLV�JHQWH�WHULD�PRUULGR�HP�XPD�LQYDVmR�SRU�WHUUD´��GL]HP�
as autoridades militares e políticas norte-americanas. Isso não só não é 
verdade como mostra que são os fins político-econômicos que definem os usos 
e abusos da ciência: os americanos queriam manter o seu domínio no Pacífico, 
tentando amedrontar os soviéticos que desciam pela Manchúria. As bombas 
não só detiveram os soviéticos como redefiniram o equilíbrio de poder no 
mundo. Ao menos até os soviéticos desenvolverem a sua bomba, o que deu 
início à Guerra Fria. As consequências de um conflito nuclear global são tão 
horrendas que até mesmo os líderes das potências nucleares conseguiram 
resistir à tentação de abusar de seu poder: criamos uma guerra sem 
vencedores e, portanto, inútil. Porém, as tecnologias nucleares não são 
propriedade exclusiva das potências nucleares. A possibilidade de que um 
grupo terrorista obtenha ou construa uma pequena bomba é remota, mas não 
inexistente. Em casos de extremismo religioso, escolhas morais são redefinidas 
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de acordo com os preceitos (distorcidos) da religião: isso foi verdade tanto nas 
Cruzadas como hoje, nas mãos de suicidas muçulmanos. Eles não hesitariam 
em usar uma arma atômica, caso a tivessem. E sentiriam suas ações 
perfeitamente justificadas. Essa discussão mostra que a ciência não tem uma 
dimensão moral: somos nós os seres morais, os que optamos por usar as 
nossas invenções de modo criativo ou destrutivo. Somos nós que descobrimos 
curas para doenças e gases venenosos. Daí que o futuro da sociedade está em 
nossas mãos e será definido pelas escolhas que fizermos daqui para a frente. 
(...) Não é da ciência que devemos ter medo, mas de nós mesmos e da nossa 
imaturidade moral. 
(Marcelo Gleiser, in Folha de São Paulo, 7 de julho de 2002) 
 
06. (SESAU/RO ± 2009 ± Administrador de Hospital ± FUNCAB) Em 
³(OHV�QmR�KHVLWDULDP�HP�XVDU�XPD�DUPD�DW{PLFD��caso a tivessem�´��D�RUDomR�
adverbial grifada expressa ideia de: 
A) conformidade; 
B) proporção; 
C) condição; 
D) finalidade; 
E) concessão. 
 
Comentário: a oração em destaque está expressando uma de ideia de 
condição, ou seja, a condição para que eles não hesitem em usar uma arma 
atômica é ter uma. Se quisermos substituir a conjunção caso por uma outra 
condicional, teríamos: Eles não hesitariam em usar uma arma atômica, se a 
tivessem. 
Gabarito: C 
 
07. (SESAU/RO ± 2009 ± Administrador de Hospital ± FUNCAB) No 
SHUtRGR�³$V�FRQVHTXrQFLDV�GH�XP�FRQIOLWR�QXFOHDU�JOREDO�VmR�WmR�KRUUHQGDV�que 
até mesmo os líderes das potências nucleares conseguiram resistir à tentação 
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de DEXVDU�GH�VHX�SRGHU���´��D�SDODYUD�JULIDGD�LQWURGX]�XPD�RUDomR�FODVVLILFDGD�
como: 
A) subordinada adjetiva restritiva; 
B) subordinada adjetiva explicativa; 
C) subordinada substantiva objetiva direta; 
D) subordinada adverbial causal; 
E) subordinada adverbial consecutiva. 
 
Comentário: a conjunção que em destaque introduz uma oração 
subordinada adverbial consecutiva, pois a segunda oração tem carga 
semântica de consequência em relação à primeira. 
Gabarito: E 
 
 
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08. (PC-ES ± 2013 ± Médico Legista ± FUNCAB) A oração destacada 
HP�³(OD�TXHU�48(�(8�$�(6&87(�´�HVWi�FRUUHWDPHQWH�FODVVLILFDGD�HP� 
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a) subordinada adverbial consecutiva. 
b) subordinada substantiva predicativa. 
c) subordinada substantiva objetiva direta. 
d) coordenada sindética explicativa. 
e) subordinada adjetiva restritiva. 
 
&RPHQWiULR�� ³TXH� HX� D� HVFXWH´� p� XPD� RUDomR� VXERUGLQDGD� VXEVWDQWLYD�
objetiva direta, pois está funcionando como complemento do verbo querer, 
que, por sua vez, não exige preposição, sendo assim o seu complemento é um 
objeto direto. A alternativa correta é a letra C. 
Gabarito: C 
 
Maneira de amar 
 
O jardineiro conversava com as flores, e elas se habituaram ao diálogo. 
Passava manhãs contando coisas a uma cravina ou escutando o que lhe 
confiava um gerânio. O girassol não ia muito com sua cara, ou porque não 
fosse homem bonito, ou porque os girassóis são orgulhosos de natureza. 
Em vão o jardineiro tentava captar-lhe as graças, pois o girassol chegava 
a voltar-se contra a luz para não ver o rosto que lhe sorria. Era uma situação 
bastante embaraçosa, que as outras flores não comentavam. Nunca, 
entretanto, o jardineiro deixou de regar o pé de girassol e de renovar-lhe a 
terra, na ocasião devida. 
O dono do jardim achou que seu empregado perdia muito tempo parado 
diante dos canteiros, aparentemente não fazendocoisa alguma. E mandou-o 
embora, depois de assinar a carteira de trabalho. 
Depois que o jardineiro saiu, as flores ficaram tristes e censuravam-se 
porque não tinham induzido o girassol a mudar de atitude. A mais triste de 
WRGDV�HUD�R�JLUDVVRO��TXH�QmR�VH�FRQIRUPDYD�FRP�D�DXVrQFLD�GR�KRPHP��³9RFr�
R�WUDWDYD�PDO��DJRUD�HVWi�DUUHSHQGLGR"´�³1mR��UHVSRQGHX��HVWRX�WULVWH�SRUTXH�
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agora não posso tratá-lo mal. É a minha maneira de amar, ele sabia disso, e 
JRVWDYD�´ 
Maneira de amar (ANDRADE, Carlos Drummond. A cor de cada um. Rio de Janeiro: 
Record, 1997. p. 30). 
 
09. (SC-CE ± 2013 - Analista de Desenvolvimento Urbano - 
Engenharia Agronômica ± FUNCAB) No primeiro parágrafo, as orações 
que indicam os prováveis motivos do tratamento dado pelo girassol ao 
jardineiro são: 
a) coordenadas sindéticas explicativas 
b) subordinadas adverbiais causais. 
c) subordinadas adverbiais consecutivas. 
d) coordenadas sindéticas alternativas. 
e) subordinadas adverbiais concessivas. 
 
&RPHQWiULR�� QR� SHUtRGR� ³O girassol não ia muito com sua cara, ou 
porque não fosse homem bonito, ou porque os girassóis são 
RUJXOKRVRV� GH� QDWXUH]D�´� O trecho destacado é constituído de orações 
coordenadas, por serem independentes entre si, sindéticas, por serem ligadas 
por conjunções, alternativas porque há uma ideia de alternância entre elas, 
que é levantada pela conjunção ou. A opção correta, portanto, é a letra D. 
 
Gabarito: D 
 
 Segurança 
 
O ponto de venda mais forte do condomínio era a sua segurança. Havia as 
belas casas, os jardins, os playgrounds as piscinas, mas havia, acima de tudo, 
segurança. Toda a área era cercada por um muro alto. Havia um portão 
principal com muitos guardas que controlavam tudo por um circuito fechado de 
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TV. Só entravam no condomínio os proprietários e visitantes devidamente 
identificados e crachados. 
Mas os assaltos começaram assim mesmo. Ladrões pulavam os muros e 
assaltavam as casas. 
Os condôminos decidiram colocar torres com guardas ao longo do muro 
alto. Nos quatro lados. As inspeções tornaram-se mais rigorosas no portão de 
entrada. Agora não só os visitantes eram obrigados a usar crachá. Os 
proprietários e seus familiares também. Não passava ninguém pelo portão sem 
se identificar para a guarda. Nem as babás. Nem os bebês. 
Mas os assaltos continuaram. Decidiram eletrificar os muros. Houve 
protestos, mas no fim todos concordaram. O mais importante era a segurança. 
Quem tocasse no fio de alta-tensão em cima do muro morreria eletrocutado. 
Se não morresse, atrairia para o local um batalhão de guardas com ordens de 
atirar para matar. 
Mas os assaltos continuaram. Grades nas janelas de todas as casas. Era o 
jeito. Mesmo se os ladrões ultrapassassem os altos muros, e o fio de alta-
tensão, e as patrulhas, e os cachorros, e a segunda cerca, de arame farpado, 
erguida dentro do perímetro, não conseguiriam entrar nas casas. Todas as 
janelas foram gradeadas. 
Mas os assaltos continuaram. 
Foi feito um apelo para que as pessoas saíssem de casa o mínimo 
possível. Dois assaltantes tinham entrado no condomínio no banco de trás do 
carro de um proprietário, com um revólver apontado para a sua nuca. 
Assaltaram a casa, depois saíram no carro roubado, com crachás roubados. 
Além do controle das entradas, passou a ser feito um rigoroso controle das 
saídas. Para sair, só com um exame demorado do crachá e com autorização 
expressa da guarda, que não queria conversa nem aceitava suborno. 
Mas os assaltos continuaram. 
Foi reforçada a guarda. 
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Construíram uma terceira cerca. As famílias de mais posses, com mais 
coisas para serem roubadas, mudaram-se para uma chamada área de 
segurança máxima. 
E foi tomada uma medida extrema. Ninguém pode entrar no condomínio. 
Ninguém. Visitas, só num local predeterminado pela guarda, sob sua severa 
vigilância e por curtos períodos. 
E ninguém pode sair. 
Agora a segurança é completa. Não tem havido mais assaltos. Ninguém 
precisa temer pelo seu patrimônio. Os ladrões que passam pela calçada só 
conseguem espiar através do grande portão de ferro e talvez avistar um ou 
outro condômino agarrado às grades da sua casa, olhando melancolicamente 
para a rua. 
Mas surgiu outro problema. 
As tentativas de fuga. E há motins constantes de condôminos que tentam 
de qualquer maneira atingir a liberdade. 
A guarda tem sido obrigada a agir com energia. 
(VERISSIMO, Luis Fernando. Segurança. In: Novas Comédias da Vida Privada Porto 
Alegre: L&PM, 1996. p. 103-104.) 
 
10. (SEPLAG-MG ± 2013 ± Médico perito ± FUNCAB) As 
alternativas a seguir correspondem a períodos compostos por coordenação, 
EXCETO: 
a) ³$VVDOWDUDP� D� FDVD�� GHSRLV� VDtUDP� QR� FDUUR� URXEDGR�� FRP� FUDFKiV�
URXEDGRV�´��SDUiJUDIR��� 
b) ³+RXYH�SURWHVWRV��PDV�QR�ILP�WRGRV�FRQFRUGDUDP�´��SDUiJUDIR��� 
c) ³6H�QmR�PRUUHVVH��DWUDLULD�SDUD�R� ORFDO�XP�EDWDOKmR�GH�JXDUGDV� >���@´�
(parágrafo 5) 
d) ³/DGU}HV�SXODYDP�RV�PXURV�H�DVVDOWDYDP�DV�FDVDV�´��SDUiJUDIR��� 
 
Comentário: na alternativa A, que é a opção que gera dúvida, as orações 
são coordenadas, pois são interligadas, mas independem sintaticamente umas 
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das outras para terem sentido. Uma oração é subordinada quando 
desempenha alguma função sintática em relação à oração principal. Sendo 
DVVLP��WHPRV��³$VVDOWDUDP�D�FDVD´��RUDomR�FRPSOHWD�H� LQGHSHQGHQWH��³GHSRLV�
VDtUDP� QR� FDUUR� URXEDGR´�� RUDomR� WDPEpP� FRPSOHWD� H� LQGHSHQGHQWH��
lembrando que depoiV�QmR�p�FRQMXQomR�H�VLP�DGYpUELR�TXH�LQGLFD�WHPSR��³FRP�
FUDFKiV�URXEDGRV´�OHYDQWD�D�G~YLGD�SRUTXH�p�LQGHSHQGHQWH��PDV�UHODWLYDPHQWH�
incompleta por necessitar do verbo da oração anterior para ser compreendida. 
Devemos observar que não há dependência sintática entre as orações, há 
apenas um verbo implícito. Reescrevendo a oração, temos: Saíram com 
crachás roubados. 
Na letra B, há duas orações coordenadas conectadas pela conjunção 
DGYHUVDWLYD�³PDV´� 
-i� HP� &�� WHPRV� D� SULPHLUD� RUDomR� ³6H� QmR� PRUUHVVH���´� VXERUGinada à 
RUDomR�SULQFLSDO�³���DWUDLULD�SDUD�R�ORFDO�XP�EDWDOKmR�GH�JXDUGDV�>���@´��(VVH�p�
nosso gabarito. 
Na letra D, temos duas coordenadas interligadas pela conjunção aditiva e. 
Gabarito: C 
 
11. (MPE-RO ± 2012 ± Analista ± FUNCAB) (P� ³������ *DUDQWR��
naquela região se operam, de fato, milagres QUE SALVAM VIDAS 
',$5,$0(17(�������´��D�RUDomR�HP�GHVWDTXH�FODVVLILFD-se como: 
a) subordinada substantiva subjetiva 
b) subordinada substantiva predicativa. 
c) coordenada sindética explicativa. 
d) subordinada adjetiva restritiva. 
e) subordinada adjetiva explicativa. 
 
Comentário: a oração em destaque está funcionando como um 
especificador do termo milagres, portanto trata-sede uma oração 
subordinada adjetiva restritiva. 
Gabarito: D 
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12. (Prefeitura de Várzea Grande ± MT ± 2011 ± Auditor de 
Controle Interno ± FUNCAB) (P� ³2�Sp� GH�PLOKR� FUHVFHX�� 32,6� UHDJLX� j�
PXGDQoD�´��R�WHUPR�HP�GHVWDTXH�p� 
a) conjunção subordinativa concessiva. 
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b) conjunção coordenativa explicativa. 
c) conjunção coordenativa conclusiva. 
d) conjunção subordinativa conformativa. 
e) conjunção subordinativa causal. 
 
Comentário: a conjunção em destaque é coordenativa explicativa, pois 
está introduzindo uma oração coordenada sindética explicativa, que tem a 
característica de fornecer uma explicação para o fato expresso na oração 
anterior. 
Essa questão levanta uma dúvida clássica gerada pela diferença entre as 
orações coordenadas explicativas e as orações subordinadas causais. Vejamos: 
no caso da oração destacada, que é coordenada explicativa, temos uma 
explicação para o milho ter crescido e não a causa desse crescimento. Porém, 
VH�DOWHUDUPRV�D�RUDomR�SDUD�³2�Sp�GH�PLOKR�FUHVFHX�SRUTXH�FRORFDPRV�XP�ERP�
DGXER� QHOH�´�� WHUHPRV� XPD� RUDomR� VXERUGLQDGD� DGYHUbial causal, já que 
fornece a causa de o milho ter crescido. A diferença é basicamente semântica, 
mas as orações adverbiais causais não têm vírgula antes da conjunção como 
têm as coordenadas explicativas. 
Gabarito: B 
 
Você sabe com quem está falando? Não nos parece uma tarefa fácil 
conciliar desejos (que geralmente são ilimitados e odeiam controles) e a 
questão fundamental de cumprir regras, seguir leis e construir espaços 
públicos seguros e igualitários, válidos para todos, numa sociedade que 
também tem o seu lado claramente aristocrático e hierárquico. Um sistema 
TXH�DPD�D�GHPRFUDFLD��PDV� WDPEpP�JRVWD�GH�XVDU�R�³9RFr�VDEH�FRP�TXHP�
HVWi�IDODQGR"´��2�QRVVR�DPRU�VLPXOWkQHR�SHOD�LJXDOGDGH�H��D�VHX�ODGR��R�QRVVR�
afeto pelo familismo e pelo partidarismo governados pela ética de 
condescendência tão nossa conhecida, que diz: nós somos diferentes e temos 
biografia; para os amigos tudo, aos inimigos (e estranhos, os que não 
conhecemos) a lei! O resultado dessa tomada de posição, básica numa 
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democracia, é simples, mas muitas vezes ignorado entre nós: a minha 
liberdade teoricamente ilimitada tem de se ajustar à sua, e as duas acabam 
promovendo uma conformidade voluntária com limites, com fronteiras cívicas 
que não podem ser ultrapassadas, como a de furar a fila ou a de dar uma 
carteirada. Na sua simplicidade, a fila é um dos melhores, se não for o melhor, 
exemplos de como operam os limites numa democracia. Seus princípios são 
simples e reveladores: quem chega primeiro é atendido em primeiro lugar. 
Numa fila, portanto, não vale o oculto. Ou temos uma clara linha de pessoas, 
umas atrás das outras, ou a vaca vai para o brejo. Quando eu era menino, 
lembro-me bem de como era impossível ter uma fila no Brasil. As velhas 
senhoras e as pessoas importantes (sobretudo os políticos) não se 
conformavam com suas regras e traziam como argumento para serem 
atendidos, passando na frente dos outros, ou a idade, ou o cargo, ou 
conhecimento com quem estava atendendo, ou algum laço de família. Hoje, 
sabemos que idosos e deficientes não entram em fila. Mas estamos igualmente 
alertas para o fato de que um cargo ou um laço de amizade não faz de alguém 
um supercidadão com poderes ilimitados junto aos que estão penando numa 
fila por algumas horas. Do mesmo modo e pela mesma lógica, ninguém pode 
ser sempre o primeiro da fila (e nem o último), como ninguém pode ser 
campeão para sempre. Se isso acontece, ou seja, se um time campeão mudar 
as regras para ser campeão para sempre, então o futebol vai pros quintos dos 
infernos. Ele simplesmente acaba com o jogo como uma disputa. Na disputa, o 
adversário não é um inimigo; numa fila, quem está na frente não é um 
superior. O poder ilimitado e congelado ou fixo em pessoas ou partidos, como 
ocorre nas ditaduras, liquida a democracia justamente porque ele usurpa os 
limites nos quais se baseia a fila. 
DA MATTA, Roberto (Adaptado de revistatrip.uol.com.br.) 
 
13. (CRF/RO ± 2015 ± Administrador ± FUNCAB) A oração destacada 
HP�³+RMH��VDEHPRV�48(�,'2626�(�'(),&,(17(6�1­2�(175$0�(0�),/$�´�p�� 
A) coordenada sindética explicativa. 
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B) subordinada substantiva objetiva direta. 
C) subordinada substantiva objetiva indireta. 
D) subordinada adverbial consecutiva. 
E) subordinada adverbial causal. 
 
Comentário: a oração em destaque no enunciado está funcionando como 
complemento do verbo saber, é o seu objeto direto. Então temos: 
Hoje (adjunto adverbial de tempo), 
Sabemos (verbo transitivo direto) 
QUE IDOSOS E DEFICIENTES NÃO ENTRAM EM FILA. (objeto direto ± 
oração subordinada substantiva objetiva direta) 
A resposta correta é a letra B. 
Gabarito: B 
 
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14. (ODAM-AM ± 2014 ± Auxiliar ± FUNCAB) No terceiro quadrinho, 
que função sintática exerce o termo O MAPA? 
a) objeto indireto. 
b) objeto direto. 
c) predicativo. 
d) adjunto adnominal. 
e) adjunto adverbial. 
 
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&RPHQWiULR��R�WHUPR�³R�PDSD´�p�XP�FRPSOHPHQWR�GR�YHUER�ROKDU��TXH�p�
transitivo direto, sendo assim seu complemento é um objeto direto. Resposta 
correta, letra B. 
Gabarito: B 
 
Internet e a importância da imprensa 
 
 Este artigo não é sobre a pornografia no mundo virtual nem tampouco 
sobre os riscos de as redes sociais empobrecerem o relacionamento humano. 
Trata de um dos aspectos mais festejados da internet: o empowerment 
�³HPSRGHUDPHQWR´�� IRUWDOHFLPHQWR�� GR� FLGDGmR� proporcionado pela grande 
rede. 
É a primeira vez na História em que todos, ou quase todos, podem 
exercer a sua liberdade de expressão, escrevendo o que quiserem na internet. 
De forma instantânea, o que cada um publica está virtualmente acessível aos 
cinco continentes. Tal fato, inimaginável décadas atrás, vem modificando as 
relações sociais e políticas: diversos governos caíram em virtude da 
mobilização virtual, notícias antes censuradas são agora publicadas na rede, 
etc. Há um novo cenário democrático mais aberto, mais participativo, mais 
livre. 
E o que pode haver de negativo nisso tudo? A facilidade

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