Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Aula 04 Português p/ Polícia Civil-PA (Todos os Cargos) - Com videoaulas Professores: Equipe Rafaela Freitas, Rafaela Freitas Português p/ PC-PA Investigador, Escrivão e Papiloscopista Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 04 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 94 AULA 04 Frase, oração e período Termos da oração Período composto: subordinação e coordenação A Olá, alunos! Animados? Nesta aula vamos falar sobre temas deliciosos da sintaxe: estrutura do período simples (termos da oração) e do período composto (orações)!! SUMÁRIO FRASE, ORAÇÃO E PERÍODO.....................................................................2 TERMOS DA ORAÇÃO...............................................................................4 TIPOS DE PREDICADO.............................................................................7 TRANSITIVIDADE VERBAL......................................................................10 ADJUNTO ADNOMINAL...........................................................................16 AGENTE DA PASSIVA.............................................................................18 ADJUNTO ADVERBIAL............................................................................18 APOSTO...............................................................................................19 VOCATIVO............................................................................................20 PERÍODO COMPOSTO.............................................................................20 ORAÇÕES SUBORDINADAS.....................................................................21 ORAÇÕES COORDENADAS......................................................................23 ORAÇÕES REDUZIDAS...........................................................................25 QUESTÕES COMENTADAS.......................................................................27 LISTA DE QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA......................................63 GABARITO............................................................................................94 O MEU ATÉ BREVE.................................................................................94 09555860467 Português p/ PC-PA Investigador, Escrivão e Papiloscopista Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 04 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 94 Para início de conversa, vamos diferenciar frase, oração e período: Frase é um enunciado com sentido completo e capaz de estabelecer comunicação! A frase pode ser verbal (com uso de verbo) ou nominal (sem uso de verbo). Veja os exemplos: - Atenção! (Frase nominal) - Que frio! (Frase nominal) - Está fazendo frio! (Frase verbal) - A luva ficou bem em você. (Frase verbal) As frases classificam-se em: Declarativa�� ID]� XPD� GHFODUDomR�� ³2V� ROKRV� OX]LDP� GH� PXLWD� YLGD���´� (Machado de Assis) Interrogativa��XWLOL]D�XPD�SHUJXQWD��³(QWUR�QXP�GUDPD�RX�VDLR�GH�XPD� FRPpGLD"´��0DFKDGR�GH�$VVLV� Exclamativa�� H[SUHVVD� VHQWLPHQWR�� ³4XH� LPHQVR� SRHWD�� '�� *XLRPDU�´� (Machado de Assis) Imperativa�� Gi� XPD� RUGHP� RX� SHGLGR�� ³&KHJXH-VH� PDLV� SHUWR���´� (Machado de Assis) Optativa��H[SUHVVD�XP�GHVHMR���7RPDUD�TXH�YRFr�SDVVH�QD�SURYD´��³9RX- PH�HPERUD�´��R�HQXQFLDGR�IRUQHFH�XPD�PHQVDJHP��SRUpP�XVRX�YHUER é o que chamamos de oração. Oração é o enunciado com sentido que se estrutura com base em um verbo. Então... na oração é preciso usar verbo ou uma locução verbal. Veja os exemplos: - A fábrica, hoje, produziu bem. - Homens e mulheres são iguais perante a lei. Período 09555860467 Português p/ PC-PA Investigador, Escrivão e Papiloscopista Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 04 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 3 de 94 Cada verbo é uma oração certo? Se na frase tiver apenas um verbo, temos uma oração e um período simples. A junção de duas ou mais orações configura um período composto. Assim: O período classifica-se em: Simples: tem apenas uma oração. - ³$V�VHQKRUDV�FRPR�VH�FKDPDP"´��0DFKDGR�GH�$VVLV� Composto: tem duas ou mais orações. - ³8P� GHOHV� SHUJXQWRX-lhes familiarmentH� VH� LDP� FRQVXOWDU� D� DGLYLQKD´�� (Machado de Assis) Dito isso, podemos partir para o estudo do período simples e das partes (termos) que o compõe. TERMOS DA ORAÇÃO O estudo do período simples é o estudo dos termos que compõem uma oração. Separados em essencias, aqueles que não podem faltar para que a oração tenha sentido, e acessórios, agregam sentido, mas não são obrigatórios na oração. São eles: A) Termos Essenciais: x Sujeito x Predicado x Objeto Direto x Objeto Indireto x Complemento Nominal x Agente da Passiva 09555860467 Português p/ PC-PA Investigador, Escrivão e Papiloscopista Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 04 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 4 de 94 B) Termos Acessórios: x Adjunto Adverbial x Adjunto Adnominal x Aposto C) Vocativo ± categoria à parte. Vamos ver aqui cada um deles! I ± SUJEITO ± é o ser do qual se declara algo e com o qual o verbo, normalmente, faz a concordância. Pode ser: 1) Simples: possui apenas um núcleo. Ex.: Todos os povos do mundo têm problemas $WHQomR�� ³SRYRV´� Q~FOHR� GR� VXMHLWR� VLPSOHV�� (PERUD� R� Q~FOHR� HVWeja no plural, é apenas um! 2) Composto: possui mais de um núcleo. Ex.: Jogarão amanhã Flamengo e Vasco $WHQomR��³)ODPHQJR´�H�³9DVFR´�VmR�RV�Q~FOHRV�GR�VXMHLWR�FRPSRVWR�� 3) Oculto ( também chamado de elíptico, desinencial, simples): não vem expresso na oração, embora exista! Conseguimos identificá-lo pela desin~encia do verbo. Ex.: Saímos cedo para curtir o sol (suj. Implícito ± nós) Tico e Teço vieram à festa e comeram todas as nozes 6XMHLWR�GR�YHUER�³YLU´� �FRPSRVWR�³7LFR�H�7HFR´�� 09555860467 Português p/ PC-PA Investigador, Escrivão e Papiloscopista Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 04 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 5 de 94 Sujeito GR�YHUER�³FRPHU´� Oculto (Tico e Teco). 4) Indeterminado : não pode ser identificado, embora também exista. Existem duas maneiras de indeterminar um sujeito: verbo na terceira pessoa do plural ou verbo na terceira pessoa do singular + se (índice de indeterminação do sujeito). Exemplos: Roubaram a mulher do Rui (verbo na 3ª pessoa do plural) Vive-se bem em Brasília (verbo na 3ª pessoa do singular + se) Nem sempre se está feliz (verbo na 3ª pessoa do singular + se) Precisa-se de balconistas (verbo na 3ª pessoa do singular + se) Os verbos que fazem sujeito indeterminado com SE (índice de indeterminação do Sujeito) são Verbo Transitivo INDIRETO, verbo de lligação ou verbo intransitivo! ATENÇÃO: com verbo transitivo direto não se faz sujeito indeterminado, mas voz passiva sintética: Ex. Alugam±se apartamentos (apartamentos são vendidos) Verbo T.D. + SE (pronome apassivador) ³Apartamentos´ é o sujeito posposto e o verbo deve concordar com ele: Alugam-se apartamentos ou aluga-se apartamento. 09555860467 Português p/ PC-PA Investigador, Escrivão e Papiloscopista Teoria e Questões ComentadasProfª Rafaela Freitas ʹ Aula 04 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 6 de 94 5) Oração sem Sujeito: não existe sujeito na oração, nem explícito, nem implícito. x HAVER: no sentido de existir ou de tempo decorrido. Ex.: Ontem houve muitas faltas O concurso foi realizado há dias x VERBOS DE FENÔMENO DA NATUREZA Ex.: Choveu muito ontem No sentido conotativo, os verbos de fenômenos da naturaza terão sujeito Ex.: Choveram dólares lá em casa (sujeito: DÓLARES) x FAZER, SER, ESTAR, PASSAR: indicando tempo. Ex.: Eram seis horas da tarde Passava das quatro horas! Como está quente hoje! Faz séculos que não vou ao cinema x BASTAR e CHEGAR: indicando cessamento. Ex.: Basta de problemas / Chega de miséria 09555860467 Português p/ PC-PA Investigador, Escrivão e Papiloscopista Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 04 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 7 de 94 TIPOS DE PREDICADO O que é predicado? Predicado é tudo o que se fala sobre o sujeito, ou seja, é tudo que há na frase que não é o sujeito. Vamos aos tipos de predicado. São três. 1) Predicado Verbal É aquele que possui obrigatoriamente um verbo significativo (não pode ser de ligação), ou seja, demonstra umaação, o qual é SEMPRE o núcleo do predicado. Exemplo: Os professores estudam todos os dias para as aulas. 2EVHUYH� QD� IUDVH� TXH� R� YHUER� ³HVWXGDP´� HYLGHQFLD� XPD� DomR�� R� DWR� GH� HVWXGDU�� H� GL]� UHVSHLWR� DR� VXMHLWR� ³os professores´� DR� PHVPR� WHPSR� TXH� p� complementDGR� SHOR� UHVWDQWH� GR� SUHGLFDGR� ³WRGRV� RV� GLDV� SDUD� as aulas´�� Como R�Q~FOHR�GR�SUHGLFDGR�p�R�YHUER�³HVWXGDP´��FKDPDPRV�R predicado de verbal. Sendo assim: 6XMHLWR��³RV�SURIHVVRUHV´ Predicado verbal: estudam todos os dias para as aulas. 2) Predicado Nominal No predicado nominal o núcleo será um nome, o qual exerce a função de predicativo do sujeito. E o que é predicativo do sujeito? 09555860467 Português p/ PC-PA Investigador, Escrivão e Papiloscopista Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 04 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 8 de 94 Predicativo do sujeito é um termo que dá significado, atributo, característica ao sujeito ou, ainda, exprime seu estado ou modo de ser. O predicativo é conectado ao sujeito sempre através de um verbo de ligação. 1ª. Ela está nervosa. 2ª. Os valores continuam elevados. 2EVHUYH�QD�SULPHLUD�RUDomR�TXH�³nervosa´�p�XP�DWULEXWR�GDGR�DR�VXMHLWR� ³(OD´��2�VXMHLWR� ³(OD´�H�R�SUHGLFDGR�QRPLQDO� ³nervosa´�HVWmR�FRQHFWDGRs pelo YHUER�GH�OLJDomR�³HVWi´� Na segunda frase, observamos o mesmo processo anterior de análise: SHUJXQWDPRV� TXHP� FRQWLQXD"� H� FRQWLQXD� R� TXr"� (� WHPRV� DV� UHVSRVWDV�� ³os valores´� �VXMHLWR�� H� ³HOHvadoV´� �SUHGLFDGR� QRPLQDO), ou seja, o predicativo nominal só atribui significado ao sujeito quando ligado pelo verbo de ligação (continuam). A oração só tem sentido pelo complemento (predicado) ³HOHYDGDV´��R�TXDO�p��SRUWDQWR��R�Q~FOHR�GR�SUHGLFDGR�QRPLQDO. Se o núcleo do predicadR� p� R� QRPH� DGMHWLYR� ³HOHYDGDV´�� R� SUHGLFDGR� p� nominal. Assim, temos: 6XMHLWR��³HOD´ 3UHGLFDGR�QRPLQDO��³HVWi�nervosa´ 6XMHLWR��³RV�YDORUHV´ 3UHGLFDGR�QRPLQDO��³FRQWLQXDP�elevados´ ATENÇÃO: os verbos de ligação NÃO podem ser o núcleo do predicado, pois VmR� ³IUDFRV´� GH� VLJQLILFDomR�� RX� VHMD�� QmR� ID]HP� SDUWH� GD� FDGHLD� significativa da oração. Tanto que podem ser retirados sem comprometer o sentido da frase (embora prejudique sintaticamente): 09555860467 Português p/ PC-PA Investigador, Escrivão e Papiloscopista Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 04 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 9 de 94 Ela nervosa. Os valores elevados. Predicado verbo-nominal O predicado verbo-nominal possui dois núcleos: um verbo nocional (que expressa ação ± significativo), como vimos no predicado verbal, e um predicativo, que pode referir-se tanto ao sujeito quanto ao verbo. Os candidatos estudaram cautelosos para o concurso. Observamos na frase que há dois núcleos: o verbo nocional (estudaram), ou seja, o sujeito praticou uma ação. No entanto, há uma característica dada DR� VXMHLWR� ³FDXWHORVRV´�� TXH� p�� SRUWDQWR�� XPD� SUHGLFDomR�� XPD� TXDOLGDGH� concedida ao sujeito, logo, é o predicativo do sujeito. Poderíamos desdobrar a última oração em duas: Os candidatos estudaram para o concurso. Eles foram cautelosos. 1D� SULPHLUD� RUDomR� WHPRV� XP� SUHGLFDGR� YHUEDO� ³HVWXGDUDP� SDUD� R� VLPXODGR´�� QR� TXDO� R� Q~FOHR� p� R� YHUER� QRFLRQDO� ³HVWXGDUDP´�� Já na segunda RUDomR�R�Q~FOHR�GR�SUHGLFDGR�p�XP�QRPH�³FDXWHORVRV´�FRQHFWDGR�SRU�XP�YHUER� de ligação (foram) ao sujeito (Eles) e, portanto, é um predicado nominal. Na união das duas orações é que temos o predicado verbo-nominal: 6XMHLWR��³2V�FDQGLGDWRV´� Predicado verbo-QRPLQDO��³estudaram cautelosos SDUD�R�FRQFXUVR´�� VAMOS ALÉM... E se a oração fosse a seguinte: Os candidatos cautelosos estudaram para o concurso. 09555860467 Português p/ PC-PA Investigador, Escrivão e Papiloscopista Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 04 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 10 de 94 Agora o predicado será apenas verbal: 6XMHLWR��³2V�FDQGLGDWRV�FDXWHORVRV´ Predicado verbal: ³estudaram SDUD�R�FRQFXUVR´� 2� Q~FOHR� GR� SUHGLFDGR� p� ³HVWXGDUDP´� H� R� ³FDXWHORVRV´� FRQWLQXD� D� VHU� predicativo do sujeito, embora não faça parte do predicado. Trasitividade Verbal Trata-se da parte da sintaxe que estuda a maneira como os verbos comportam-se nas orações. A melhor maneira de iniciar uma análise sintática é justamente pelo verbo. Temos que identificar que tipo de verbo temos (significativo ou de ligação), buscar o sujeito e, caso seja um verbo significativo, logo vamos perceber se pede ou não um complemento. Vamos às análises! Todo verbo significativo é o centro das atenções! Ele é assim denominado porque traz a significação para a frase, sendo o núcleo do predicado. Apenas esse tipo de verbo possui transitividade. São três transitividades verbais: - Verbo Transitivo Direto (VTD) = pede um cpmplemento sem auxílio de preposição. - Verbo Transitivo Indireto (VTI) = pede um complemento com auxíio de preposição (a, de, para, com, sobre...). - Verbo Intransitivo (VI) = não pede complemento. Sua significação não HVWi�³WUDQVLWDQGR´��HVWi�FRPSOHWD��¬V�YH]HV�SHGH�$GMXQWR�$GYHUELDO� 09555860467 Português p/ PC-PA Investigador, Escrivão e Papiloscopista Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 04 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 11 de 94 Alguns verbos pedem dois complementos, por isso são chamados de Verbos Transitivos Diteto e Indereto (VTDI) ou bitransitivo. Com relação aos complementos verbais, são dois: Objeto Direto (OD) = completa Verbo Transitivo Direto (VTD) Objeto Indireto (OI) = completa Verbo Transitivo Indireto (VTI) Não existe OD que complete um VTI, da mesma forma, pela lógica, não existe OI que complete um VTD!! Vejamosos exemplos que seguem (usarei as siglas para sistematizar a análise): 1) O bandido morreu. Sujeito VI 2) Ele foi à minha casa. Sujeito VI A djunto Adverbial de Lugar 3) Eles amam o trabalho ontem Sujeito VTD OD 4) Eu gosto muito de você Sujeito VTI OI 5) Ofereci um doce à criança VTDI OD OI 09555860467 Português p/ PC-PA Investigador, Escrivão e Papiloscopista Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 04 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 12 de 94 MACETE!! Para saber se um verbo é Transitivo Direto ou Indireto, sem erro, faça o seguinte: O menino comprou o livro. Comprou o quê? O livro! O menino conheceu o padrasto. Conheceu quem? O padrasto! Comprar e conhecer são VTD! )D]HPRV� DSHQDV� GXDV� ~QLFDV� SHUJXQWDV� SDUD� XP� 97'�� ³R� TXr"´� � 2X� ³TXHP"´ Caso você faça qualquer outra pergunta para o verbo, saiba que está diante de um VTI, sem a menor dúvida! Gosto muito de crianças Gosto de quê? De crianças! Refiro-me a você. Refiro-me a quem? A você! Gostar e referir-se são um VTI! Resumindo: sugiro que decore apenas duas perguntas: O quê? Sempre Quem? VTD 09555860467 Português p/ PC-PA Investigador, Escrivão e Papiloscopista Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 04 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 13 de 94 Qualquer outra pergunta indicará tartar-se de um VTI! Faça o teste com outros verbos! Fique esperto! O verbo de ligação é fraco, serve apenas para ligar o sujeito ao seu predicativo, não é núcleo e NÃO tem transitividade, ou seja, NÃO PEDE COMPLEMENTO!!! O verbo de ligação indica apenas o estado em que o sujeito se encontra, seja ele permanente ou momentâneo. Eu sou um rio de água limpa. Eu = Sujeito Sou = verbo de ligação (estado permanente) Um rio de água limpa = predicativo do sujeito Os alunos permaneceram calados Os alunos = sujeito Permaneceram = verbo de ligação (estado momentâneo) Calados = predicativo do sujeito Não cometa o erro de chamar um verbo de ligação de VTD e o predicativo do sujeito de OD! Cuidado! Principais verbos de ligação: ser, estar, ficar, permanecer, continuar, tornar-se... 09555860467 Português p/ PC-PA Investigador, Escrivão e Papiloscopista Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 04 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 14 de 94 ATENÇÃO: casos especiais de OD e OI: x Objeto Direto Preposicionado ± parece estranho, pois, como vimos, os objetos diretos não são precedidos de preposição, a não ser em três situações: 1) Ofenderam a mim $� SUHSRVLomR� ³D´� IRL� H[LJLGD� SHOR� SURQRPH� ³PLP´�� FDVR� FRQWUiULR� ILFDULD� assim: ofenderam mim! 2) Matou ao leão o caçador $� SUHSRVLomR� ³D´�� DQWHV� GR� DUWLJR ³R´�� IRL� QHFHVViULD� SDUD� HYLWDU� ambiguidade, caso contrário, não saberíamos quem matou quem: matou o leão o caçador. 3) Ele sacou da arma $�SUHSRRVLomR�³GH´�IRL�XVDGD�SDUD�UHIRUoDU�XPD�FRQVWUXomR�HQIiWLFD��SDUD� dar ênfase ao que se diz). x Objeto Direto Pleonástico ± ocorre quando há repetição pronominal e sempre em oração invertida: Estas palavras, não as proferi (não proferi estas palavras) OD OD pleonástico 2�³DV´�UHSHWH�R�2'��p�FKDPDGR��HQWmR��GH�SOHRQiVWLFR� x Objeto Direto Interno ± ocorre quando um Verbo Intransitivo se transforma em Transitivo Direto, resultando em uma construção pleonástica: Morrerás infame > Morrerás morte infame ± Morte = OD Dorme tranquilo > Dorme teu sono tranquilo ± Teu sono = OD 09555860467 Português p/ PC-PA Investigador, Escrivão e Papiloscopista Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 04 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 15 de 94 x Objeto Indireto Pleonástico ± assim como ocorre com o OD: Aos ricos, nada lhes devo (Não devo nada aos ricos) O.I. O.I. pleonástico COMPLEMENTO NOMINAL ± tem a função de completar nomes: substantivos, adjetivos ou advérbios. Vem sempre com preposição. a) Substantivos ± Tenho medo de escuro Subst. C. Nom. b) Adjetivos ± Sempre fora obediente às leis Adj. C. Nom. c) Advérbios ±Reagiu bem ao infortúnio Advérbio C. Nom. x Complemento Nominal X Objeto Indireto Objeto Indireto ± é ligado a verbo = Necessitamos de paz Verbo O.I. Complemento Nominal ± é ligado a nome = Temos necessidade de paz Subst. C. N. ADJUNTO ADNOMINAL ± função de caracterizar o substantivo Ex.: Esse assunto delicado pede outra conversa. x Classes Gramaticais com função de Adjunto Adnominal a) Artigo ± A garota pediu uma bebida no bar 09555860467 Português p/ PC-PA Investigador, Escrivão e Papiloscopista Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 04 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 16 de 94 b) Adjetivo ± A bela festa encantou a todos c) Locução Adjetiva ± Ele tem um rosto de anjo d) Pron. Adjetivo ± Minha irmã mora naquela casa e) Numeral ± O primeiro lugar da fila x Complemento Nominal X Adjunto Adnominal Complemento Nominal ± completa o sentido do nome Ele tem medo da noite Subst. C. Nom. Adjunto Adnominal ± caracteriza o substantivo Ele tem aves da noite Subst. C. Nom. AGENTE DA PASSIVA ± pratica a ação expressa pelo verbo na voz passiva (com preposição DE ou POR) Ex.: A cidade estava cercada pelo exército V. Voz Pass. Agente da Passiva A terra era povoada de selvagens V. Voz Pass. Agente da Passiva ADJUNTO ADVERBIAL - indica circunstância ao verbo, muito usado! 09555860467 Português p/ PC-PA Investigador, Escrivão e Papiloscopista Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 04 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 17 de 94 Ex.: Talvez ele chegue cedo ao clube Dúvida Tempo Lugar 9 Embora o Adjunto Adverbial seja termo ligado ao verbo, os ADVÉRBIOS DE INTENSIDADE modificam, também, adjetivos e outros advérbios Ex.: Os concursandos estudam muito VerboAdv. Intens. Aquela mulher era muito bonita Adv. Intens. Adjetivo Os meninos falam muito alto Adv.Intens Advérbio APOSTO ± termo ou expressão de função esclarecedora. Ex.: Única irmã de mamãe, Marcela morreu cedo Aposto x Tipos de Aposto: a) Explicativo: Brasília, a capital do Brasil, fará 45 anos b) Enumerativo: Pedro necessita de três coisas: amor, paz e carinho 09555860467 Português p/ PC-PA Investigador, Escrivão e Papiloscopista Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 04 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 18 de 94 c) Resumitivo (recapitulativo): Poder, dinheiro, glória, nada o seduzia mais d) Distributivo: Carlos e José são ótimos alunos; este em Física, aquele em Biologia e) Especificativo (denominativo): O presidente Vargas cometeu suicídio A cidade de Curitiba é muito jovem 9 Não confundir Aposto Especificativo com Adjunto Adnominal A cidade de Brasília continua linda (aposto) (Nome da cidade) O clima de Brasília continua péssimo (Adj. Adnominal) (Não é nome do clima) VOCATIVO ± Termo isolado (chamamento), indica com quem se fala. Ex.: Meninos, estudem para a prova! Falaram, João, mal de você no clube. 9 O Vocativo virá SEMPRE separado por vírgulas, quer no início, no meio ou no fim da frase. PERÍODOS COMPOSTOS 09555860467 Português p/ PC-PA Investigador, Escrivão e Papiloscopista Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 04 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 19 de 94 Um período pode ser simples ou composto, depende do número de verbos que possui: para cada oração, um verbo. Período simples: possui apenas uma oração (um verbo) Fizemos o melhor. Período composto: possui duas ou mais orações (mais de um verbo) Chegamos aqui para fazermos o melhor! O período composto subdivide-se em: 1) Subordinação: reúne orações dependentes, ou seja, uma é função sintática da outra. Desejo / que você seja feliz Or. Principal Or. Subordinada (função de OD do verbo da oração principal) 2) Coordenação: reúne orações independentes, isto é, uma não é função sintática da outra. As orações existem independentemente. Você estuda em Brasília e mora em Taguatinga Oração Coordenada Oração Coordenada ORAÇÕES SUBORDINADAS Tais orações podem ser substantivas, adjetivas ou adverbiais: 1. SUBSTANTIVAS: têm função equivalente a um substantivo ± funcionam como: Sujeito, Objeto Direto, Objeto Indireto, Complemento Nominal, Aposto, Predicativo. São introduzidas, normalmente, pelas conjunções integrantes que e se. 09555860467 Português p/ PC-PA Investigador, Escrivão e Papiloscopista Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 04 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 20 de 94 a) Subjetiva - possui função de sujeito da oração principal. Convinha a todos / que você partisse Oração Principal Or. Sub. Subst. Subjetiva b) Objetiva Direta ± possui função de Objeto Direto da oração principal. Ela viu / que o dinheiro terminara Or. princ. Or. Sub. Subst. Objetiva Direta Observe que a oração principal tem um VTD (ver)! c) Objetiva Indireta - possui função de Objeto Indireto da oração principal. Todos gostaram / de que estivesse lá Or. Princ. Or. Sub. Subst. Objetiva Indireta Observe que a oração principal possui um VTI (gostar)! d) Completiva Nominal - possui função de Complemento Nominal da oração principal. Tive a impressão de que algo explodira Or. Princ. Or. Sub. Subst. Completiva Nominal Observe que a oração Completiva Nominal está completando o QRPH�³LPSUHVVmR´�GD�RUDomR�SULQFLSDO� e) Apositiva - possui função de Aposto da oração principal. Disse algo terrível: que ia casar Or. Princ. Or. Sub. Subst. Apositiva 09555860467 Português p/ PC-PA Investigador, Escrivão e Papiloscopista Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 04 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 21 de 94 f) Predicativa - possui função de predicativo do sujeito da oração principal, que, é claro, deve possuir um verbo de ligação. O problema foi que chegaste tarde demais Or. Princ. Or. Sub. Subst. Predicativa 2. ADJETIVAS: Têm a função equivalente a um Adjetivo (Adjunto Adnominal). São introduzidas por um pronome Relativo a) Restritivas ± são aquelas que limitam, restringem um ser ou grupo. Nunca são colocadas entre vírgulas. As regiões que produzem laranjas foram premiadas Or. Sub. Adjetiva Restritiva $�RUDomR�SULQFLSDO�p��³DV�UHJL}HV�IRUDP�SUHPLDGDV´� $� RUDomR� VXERUGLQDGD� UHVWULQJH� R� WHUPR� ³UHJL}HV´�� SRLV� QHP� WRGDV� DV� regiões foram premiadas, apenas as que produzem laranjas. b) Explicativas - caracterizam o ser ou o conjunto a que se refere. Explica algum termo da oração principal. Estão SEMPRE entre vírgulas, caso contrário, seriam restritivas. Os Alunos, que leem, sabem redigir Or. Sub. Adj. Explicativa $�RUDomR�SULQFLSDO�p��³RV�DOXQRV�VDEHP�UHGLJLU´� A oração explicativa ³TXH� OHHP´� está dizendo que os alunos que não sabem ler, também não redigem. 2. ADVERBIAIS: Têm função equivalente a um Advérbio. São introduzidas pro conjunções adverbiais. Indicam a circunstância em que ocorre a ação verbal da oração principal. 09555860467 Português p/ PC-PA Investigador, Escrivão e Papiloscopista Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 04 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 22 de 94 a) Causais: indicam a causa do fato expresso na Oração Principal. A aula foi interrompida porque faltou giz Or. Principal Or. Sub. Adverbial Causal Observe: ³A aula foi interrompida´�± Or. Principal = CONSEQUÊNCIA ³3RUTXH�IDOWRX�JL]´�± Or. Subordinada = CAUSA Sempre temos tanto a causa quanto a consequência no período, mas a classificação é sempre da subordinada! b) Consecutivas: indicam consequência do fato da Oração Principal. O professor falou tanto que ficou rouco Or. Princ. Or. Sub. Adverbial Consecutiva Observe: ³2�SURIHVVRU�IDORX�WDQWR´�± Or. Principal = CAUSA ³4XH�ILFRX�URXFR´�± Or. Subordinada = CONSEQUÊNCIA c) Comparativas: expressam relação de comparação entre os fatos expressos nas orações. Nada dói tanto como um sorriso triste Or. Princ. Or. Sub. Adverbial Comparativa e) Condicionais: expressam condição sob a qual se realiza a or. Principal. Iremos ao clube se não chover Or. Princ. Or. Sub Adverbial Condicional f) Concessivas: concedem ou admitem uma condição contrária ao que foi dito na Oração Principal. 09555860467 Português p/ PC-PA Investigador, Escrivão e Papiloscopista Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 04 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 23de 94 Amanhã haverá aula embora seja domingo Or. Princ. Or. Sub. Adverbial Concessiva g) Conformativas: indicam adequação ou conformidade com a or. Principal. Tudo terminou conforme tínhamos previsto Or. Princ. Or. Sub. Adverbial Conformativa h) Finais: indicam a finalidade para a qual se destina a Oração Principal. Estudou muito para que fosse aprovado Or. Princ. Or. Sub. Adverbial Final i) Proporcionais: indicam fatos direta ou inversamente proporcionais. A inundação aumentava à medida que subiam as águas Or. Princ. Or. Sub. Adverbial Proporcional j) Temporais: indicam em que tempo ocorreu o fato da Oração Principal. O rapaz ficou pálido quando viu a noiva Or. Princ. Or. Sub Adverbial Temporal ORAÇÕES COORDENADAS 1) ASSINDÉTICAS: São aquelas que se apresentam ligadas às outras apenas por sinais de pontuação ± vírgula, ponto-e-vírgula, dois-pontos ± sem o auxílio de conjunções. Síndeto = conjunção A + (s)síndeto = SEM conjunção 09555860467 Português p/ PC-PA Investigador, Escrivão e Papiloscopista Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 04 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 24 de 94 Meu pai montava a cavalo, / ia para o campo Or. Coord. Assindética Or. Coord. Assindética 2) SINDÉTICAS: São aquelas que se apresentam ligadas às outras com o auxílio de conjunção coordenativa. a) Aditivas: expressam ideia de soma ou de sequência de ações. O major Camilo não ata / nem desata Or.coord.ASSINDÉTICA Or.Coord.Sindética ADITIVA b) Adversativa: dão ideia de oposição, contraste. Ele é rico, / mas veste-se com simplicidade Or.Coord. Or. Coord. Sindética ADVERSATIVA ASSINDÉTICA c) Alternativa: dão ideia de escolha ou alternância. Fale baixo / ou acordará as crianças Or. Coord. Or. Coord. Sindética ALTERNATIVA ASSINDÉTICA d) Conclusiva: expressam uma conclusão Tudo está em ordem, / por isso não devemos nos preocupar. Or. Coord. Or. Cood. Sindética ALTERNATIVA ASSINDÉTICA e) Explicativa: exprimem um motivo, uma razão. Parem com esse troço, / que eu vou descer 09555860467 Português p/ PC-PA Investigador, Escrivão e Papiloscopista Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 04 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 25 de 94 Or. Coord. Or. Coord. Sindética ASSINDÉTICA EXPLICATIVA ORAÇÕES REDUZIDAS Não constituem novos tipos de orações. São assim chamadas aquelas que apresentam verbos em formas nominais e não se iniciam por conjunções. Podem ser reduzidas: a) De Infinitivo: Diziam acreditar em mim Or. Sub. Subst. Obj. Direta Reduzida de Infinitivo Desenvolvida, a oração seria: Diziam que acreditavam em mim. b) De Particípio: Abertas as portas, entramos Or. Sub.Adv. Temporal Reduzida de Particípio Desenvolvida, a oração seria: quando as portas foram abertas, entramos. c) De Gerúndio: Havia ali crianças pedindo esmolas Or. Sub. Adj. Restritiva Reduzida de Gerúndio Desenvolvida, a oração seria: havia ali crianças que pediam esmolas. Nas orações coordenadas sindéticas e nas subordinadas adverbiais, as conjunções têm imensa importância, pois são elas que ligam as orações estabelecendo as relações de sentido necessárias. Uma conjunção usada de 09555860467 Português p/ PC-PA Investigador, Escrivão e Papiloscopista Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 04 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 26 de 94 maneira inadequada, pode alterar completamente o sentido do período. As principais conjunções são: COORDENATIVAS: x Aditivas: e, nem, mas também, mas ainda, como também, bem como x Adversativas: mas, porém, todavia, contudo, entretanto, no entanto, não obstante... x Alternativas: ou, ou...ou, ora...ora, quer...quer, seja...seja x Conclusivas: logo, portanto, senão, por isso, por conseguinte, pois (após o verbo) x Explicativas: porque, que, porquanto, pois (antes do verbo) SUBORDINATIVAS x Integrantes: que, se x Causais: porque, visto que, pois que, como, já que, ... x Comparativas: como, (mais) que, (menos) que, assim como, (tanto ± tão) quanto x Condicionais: se, caso, uma vez que, desde que, salvo se, sem que, ... x Concessivas: embora, ainda que, se bem que, conquanto, mesmo que... x Conformativas: conforme, segundo, consoante, como x Consecutivas:(tão)...que, (tal)...que, de modo que, x Finais: para que, a fim de que, de sorte que, de forma que x Proporcionais: à medida que, à proporção que, quanto mais...menos x Temporais: quando, mal, logo que, assim que, sempre que, depois que... 09555860467 Português p/ PC-PA Investigador, Escrivão e Papiloscopista Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 04 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 27 de 94 Desenredo Do narrador seus ouvintes: ± Jó Joaquim, cliente, era quieto, respeitado, bom como o cheiro de cerveja. Tinha o para não ser célebre. Como elas quem pode, porém? Foi Adão dormir e Eva nascer. Chamando-se Livíria, Rivília ou Irlívia, a que, nesta observação, a Jó Joaquim apareceu. Antes bonita, olhos de viva mosca, morena mel e pão. Aliás, casada. Sorriram-se, viram-se. Era infinitamente maio e Jó Joaquim pegou o amor. Enfim, entenderam-se. Voando o mais em ímpeto de nau tangida a vela e vento. Mas tendo tudo de ser secreto, claro, coberto de sete capas. Porque o marido se fazia notório, na valentia com ciúme; e as aldeias são a alheia vigilância. Então ao rigor geral os dois se sujeitaram, conforme o clandestino amor em sua forma local, conforme o mundo é mundo. Todo abismo é navegável a barquinhos de papel. Não se via quando e como se viam. Jó Joaquim, além disso, existindo só retraído, minuciosamente. Esperar é reconhecer-se incompleto. Dependiam eles de enorme milagre. O inebriado engano. Até que deu-se o desmastreio. O trágico não vem a conta-gotas. Apanhara o marido a mulher: com outro, um terceiro... Sem mais cá nem mais lá, mediante revólver, assustou-a e matou-o. Diz-se, também, que a ferira, leviano modo. [...] Ela ± longe ± sempre ou ao máximo mais formosa, já sarada e sã. Ele exercitava-se a aguentar-se, nas defeituosas emoções. 09555860467 Português p/ PC-PA Investigador, Escrivão e Papiloscopista Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 04 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 28 de 94 Enquanto, ora, as coisas amaduravam. Todo fim é impossível? Azarado fugitivo, e como à Providência praz, o marido faleceu, afogado ou de tifo. O tempo é engenhoso. [...] Sempre vem imprevisível o abominoso? Ou: os tempos se seguem e parafraseiam-se. Deu-se a entrada dos demônios. Da vez, JóJoaquim foi quem a deparou, em péssima hora: traído e traidora. De amor não a matou, que não era para truz de tigre ou leão. Expulsou-a apenas, apostrofando-se, como inédito poeta e homem. E viajou a mulher, a desconhecido destino. Tudo aplaudiu e reprovou o povo, repartido. Pelo fato, Jó Joaquim sentiu- se histórico, quase criminoso, reincidente. Triste, pois que tão calado. Suas lágrimas corriam atrás dela, como formiguinhas brancas. Mas, no frágio da barca, de novo respeitado, quieto. Vá-se a camisa, que não o dela dentro. Era o seu um amor meditado, a prova de remorsos. Dedicou-se a endireitar-se. [...] Celebrava-a, ufanático, tendo-a por justa e averiguada, com convicção manifesta. Haja o absoluto amar ± e qualquer causa se irrefuta. Pois produziu efeito. Surtiu bem. Sumiram-se os pontos das reticências, o tempo secou o assunto. Total o transato desmanchava-se, a anterior evidência e seu nevoeiro. O real e válido, na árvore, é a reta que vai para cima. Todos já acreditavam. Jó Joaquim primeiro que todos. Mesmo a mulher, até, por fim. Chegou-lhe lá a notícia, onde se achava, em ignota, defendida, perfeita distância. Soube-se nua e pura. Veio sem culpa. Voltou, com dengos e fofos de bandeira ao vento. Três vezes passa perto da gente a felicidade. Jó Joaquim e Vilíria retomaram-se, e conviveram, convolados, o verdadeiro e melhor de sua útil vida. E pôs-se a fábula em ata. 09555860467 Português p/ PC-PA Investigador, Escrivão e Papiloscopista Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 04 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 29 de 94 ROSA, João Guimarães.Tutameia ± Terceiras estórias . Rio de Janeiro: José Olympio, 1967. p. 38-40. Vocabulário frágio: neologismo criado a partir de naufrágio. ufanático: neologismo: ufano+fanático. 01. (PC-AC ± 2015 ± Perito Criminal ± FUNCAB) A classificação da RUDomR� GHVWDFDGD� QR� IUDJPHQWR� ³2� UHDO� H� YiOLGR�� QD� iUYRUH�� p� D reta QUE 9$,�3$5$�&,0$�´�p�RUDomR�VXERUGLQDGD� a) adverbial causal. b) substantiva predicativa. c) substantiva subjetiva. d) adjetiva restritiva. e) adjetiva explicativa. Comentário: o fragmento destacado é uma oração subordinada adjetiva restritiva, uma vez que restringe, especifica o sentido do termo a que se refere, individualizando-o. No caso do período acima, a oração ³TXH�YDL�SDUD� FLPD´�HVWi�HVSHFLILFDQGR�R�WHUPR�reta. Alternativa correta, letra D. Gabarito: D Inauguração da Avenida [...] Já lá se vão cinco dias. E ainda não houve aclamações, ainda não houve delírio. O choque foi rude demais. Acalma ainda não renasceu. Mas o que há de mais interessante na vida dessa mó de povo que se está comprimindo e revoluteando na Avenida, entre a Prainha e o Boqueirão, é o tom das conversas, que o ouvido de um observador apanha aqui e ali, neste ou naquele grupo. 09555860467 Português p/ PC-PA Investigador, Escrivão e Papiloscopista Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 04 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 30 de 94 NmR� IDOR� GDV� FRQYHUVDV� GD� JHQWH� FXOWD�� GRV� ³GRXWRUHV´� TXH� VH� MXOJDP� doutos. Falo das conversas do povo - do povo rude, que contempla e critica a DUTXLWHWXUD�GRV�SUpGLRV��³1mR�JRVWR�GHVWH����*RVWR�PDLV�GDTXHOH����(VWH�p�PDLV� rico... Aquele tem mais arte... EVWH� p� SHVDGR���� $TXHOH� p� PDLV� HOHJDQWH���´� Ainda nesta sexta-feira, à noite, entremeti-me num grupo e fiquei saboreando uma dessas discussões. Os conversadores, à luz rebrilhante do gás e da eletricidade, iam apontando os prédios: e - cousa consoladora - eu, que acompanhava com os ouvidos e com os olhos a discussão, nem uma só vez deixei de concordar com a opinião do grupo. Com um instintivo bom gosto subitamente nascido, como por um desses milagres a que os teólogos dão o QRPH� GH� ³PLVWpULRV� GD� *UDoD UHYHODGD´� - aquela simples e rude gente, que nunca vira palácios, que nunca recebera a noção mais rudimentar da arte da arquitetura, estava ali discernindo entre o bom e o mau, e discernindo com clarividência e precisão, separando o trigo do joio, e distinguindo do vidro ordinário o diamante puro. É que o nosso povo - nascido e criado neste fecundo clima de calor e umidade, que tanto beneficia as plantas como os homens - tem uma inteligência nativa, exuberante e pronta, que é feita de sobressaltos e relâmpagos, e que apanha e fixa na confusão as ideias, como a placa sensibilizada de uma máquina fotográfica apanha e fixa, ao clarão instantâneo de uma faísca de luz oxídrica, todos os objetos mergulhados na penumbra de uma sala... E, pela Avenida em fora, acotovelando outros grupos, fui pensando na revolução moral e intelectual que se vai operar na população, em virtude da reforma material da cidade. A melhor educação é a que entra pelos olhos. Bastou que, deste solo coberto de baiucas e taperas, surgissem alguns palácios, para que imediatamente nas almas mais incultas brotasse de súbito a fina flor do bom gosto: olhos, que só haviam contemplado até então betesgas, compreenderam logo o que é a arquitetura. Que não será quando da velha cidade colonial, 09555860467 Português p/ PC-PA Investigador, Escrivão e Papiloscopista Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 04 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 31 de 94 estupidamente conservada até agora como um pesadelo do passado, apenas restar a lembrança? [...] E quando cheguei ao Boqueirão do Passeio, voltei-me, e contemplei mais uma vez a Avenida, em toda sua gloriosa e luminosa extensão. [...] Gazeta de Notícias - 19 nov.1905. Bilac, Olavo. Vossa Insolência: crônicas. São Paulo: Companhia de Letras, 1996, p. 264-267. Vocabulário: baiuca: local de última categoria, malfrequentado. betesga: rua estreita, sem saída, mó��GR�ODWLP�³PROH´���PXOWLGmR��JUDQGH�TXDQWLGDGH� revolutear: agitar-se em várias direções, tapera: lugar malconservado e de mau aspecto 02. (PRF ± 2014 ± Agente Administrativo ± FUNCAB) Sobre a RUDomR�GHVWDFDGD�HP�³1mR�IDOR�GDV�FRQYHUVDV�GD�JHQWH�FXOWD��GRV�µGRXWRUHV¶� 48(�6(�-8/*$0�'28726�´��WH[WR�- § 3), é correto afirmar que: a) ocorre no texto sob a forma de um sintagma adverbial, no qual a palavra gramatical conjuntiva dá a base da oração. b) a expressão gramatical típica da consequência se concretiza na conjunção que. c) combina-se, independente, para expressar um ato discursivo diferente do estabelecido pela primeira oração. d) ocorre no texto sob a forma de um sintagma adjetivo, conhecido como oração adjetiva, delimitando a parte de um conjunto. e) a unidade subordinada adquire um padrão no qual juntam-se as orações para formar um sintagma adverbial. Comentário: considerando que, de acordo com o Dicionário Priberam, sintagma é o conjunto de palavras subordinadas a um núcleo, formando um constituinte da frase e que a oração dHVWDFDGD� ³TXH� VH� MXOJDP� GRXWRV´� HVWi� 09555860467 Português p/ PC-PA Investigador, Escrivão e Papiloscopista Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 04 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 32 de 94 UHVWULQJLQGR�R�VHQWLGR�GR�WHUPR�TXH�R�DQWHFHGH�³GRXWRUHV´��FRQFOXtPRV�TXH�D� opção correta é a letra D por se tratar de um sintagma adjetivo, ou seja, uma oração subordinada adjetiva restritiva. Gabarito: D As intermitências da morte (Fragmento)A morte conhece tudo a nosso respeito, e talvez por isso seja triste. Se é certo que nunca sorri, é só porque lhe faltam os lábios, e esta lição anatômica nos diz que, ao contrário do que os vivos julgam, o sorriso não é uma questão de dentes. Há quem diga, com humor menos macabro que de mau gosto, que ela leva afivelada uma espécie de sorriso permanente, mas isso não é verdade, o que ela traz à vista é um esgar de sofrimento, porque a recordação do tempo em que tinha boca, e a boca língua, e a língua saliva, a persegue continuamente. Com um breve suspiro, puxou para si uma folha de papel e começou a escrever a primeira carta deste dia, Cara senhora, lamento comunicar-lhe que a sua vida terminará no prazo irrevogável e improrrogável de uma semana, desejo-lhe que aproveite o melhor que puder o tempo que lhe resta, sua atenta servidora, morte. Duzentas e noventa e oito folhas, duzentos e noventa e oito sobrescritos, duzentas e noventa e oito descargas na lista, não se poderá dizer que um trabalho destes seja de matar, mas a verdade é que a morte chegou ao fim exausta. Com o gesto da mão direita que já lhe conhecemos fez desaparecer as duzentas e noventa e oito cartas, depois, cruzando sobre a mesa os magros braços, deixou descair a cabeça sobre eles, não para dormir, porque morte não dorme, mas para descansar. Quando meia hora mais tarde, já refeita da fadiga, a levantou, a carta que havia sido devolvida à procedência e outra vez enviada, estava novamente ali, diante das suas órbitas atônitas. Se a morte havia sonhado com a esperança de alguma surpresa que a viesse distrair dos aborrecimentos da rotina, estava servida. [...] Entre ir e vir, a carta não havia demorado mais que meia hora, provavelmente muito menos, dado que já se encontrava em cima da mesa 09555860467 Português p/ PC-PA Investigador, Escrivão e Papiloscopista Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 04 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 33 de 94 quando a morte levantou a cabeça do duro amparo dos antebraços, isto é, do cúbito e do rádio, que para isso mesmo é que são entrelaçados. Uma força alheia, misteriosa, incompreensível, parecia opor-se à morte da pessoa, apesar de a data da sua defunção estar fixada, como para toda a gente, desde o próprio dia do nascimento. É impossível, disse a morte à gadanha silenciosa, ninguém no mundo ou fora dele teve alguma vez mais poder do que eu. eu sou a morte, o resto é nada. SARAMAGO, José. . São Paulo: Companhia das Letras, 2005. p. 139-40. 03. (FACELI ± 2015- Administrador ± FUNCAB) (P�³&$5$�6(1+25$�� lamento comunicar-lhe que a sua vida terminará no prazo irrevogável e LPSURUURJiYHO�GH�XPD�VHPDQD�´�RV�WHUPRV�GHVWDFDGRV�FRPS}HP�D�IXQomR�GH: A) vocativo. B) aposto. C) sujeito. D) adjunto adnominal. E) complemento nominal. Comentário: o vocativo é um chamamento, é um termo da oração por meio do qual se interpela o interlocutor, sendo separado por vírgula. Aposto é um termo acessório da oração que especifica ou explica outro elemento da oração. Sujeito é o ser, a pessoa, o animal, a coisa, a situação sobre a qual se faz uma declaração, é de quem ou do que se fala. O adjunto adnominal é o termo que determina, especifica ou explica um substantivo. E complemento nominal é um termo que completa o sentido de uma palavra que não seja verbo e pode referir-se a substantivos, adjetivos ou advérbios, sempre por meio de preposição. A partir desses conceitos, concluímos que a reposta correta para essa TXHVWmR� p� D� OHWUD� $�� XPD� YH]� TXH� D� H[SUHVVmR� ³&DUD� VHQKRUD´�HVWi�HYRFDQGR�DOJXpP�SDUD�TXHP�IRL�IHLWD�XPD�GHFODUDomR� Gabarito: A 09555860467 Português p/ PC-PA Investigador, Escrivão e Papiloscopista Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 04 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 34 de 94 09555860467 Português p/ PC-PA Investigador, Escrivão e Papiloscopista Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 04 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 35 de 94 04. (DETRAN-PB ± 2013 ± Advogado ± FUNCAB) ³3RUTXH�D�YHUGDGH� p�TXH�HX�WDPEpP�QmR�VHL�´�$�UHVSHLWR�GHVVH�SHUtRGR��DQalise as afirmativas a seguir. I. O período é composto por coordenação. II. O QUE é uma conjunção integrante. III. A segunda oração é subordinada substantiva predicativa. A alternativa que indica apenas a (s) afirmativa (s) correta (s) é: a) II b) II e III 09555860467 Português p/ PC-PA Investigador, Escrivão e Papiloscopista Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 04 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 36 de 94 c) III d) I e III e) I Comentário: a afirmativa I está incorreta porque o período é composto por subordinação e não por coordenação. A II está correta, o que é uma conjunção integrante, pois indica que a oração subordinada que ela introduz completa ou integra o sentido da principal, introduzindo sempre orações que equivalem a substantivos. $� DILUPDWLYD� ,,,� WDPEpP� HVWi� FRUUHWD�� ³TXH� HX� WDPEpP� QmR� VHL´� p� RUDomR� VXERUGLQDGD� VXEVWDQWLYD� SUHGLFDWLYD� SRUTXH� HVWi� conectada à principal por um verbo de ligação, completando o seu sentido. A alternativa correta para essa questão é a letra B. Gabarito: B 09555860467 Português p/ PC-PA Investigador, Escrivão e Papiloscopista Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 04 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 37 de 94 05. (PC-ES ± 2013 ± Escrivão de Polícia ± FUNCAB) A relação VHPkQWLFD�HQWUH�DV�GXDV�RUDo}HV�FRRUGHQDGDV�GH��³$V�PLQKDV�LGDV�H�YLQGDV� ao hotel repetiam-VH� H� QmR� R� HQFRQWUDYD�´� �� ���� p� DQiORJD� j� TXH� VH� observa na seguinte passagem de Graciliano Ramos: 09555860467 Português p/ PC-PA Investigador, Escrivão e Papiloscopista Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 04 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 38 de 94 a) Ela se revelou pouco a pouco, e nunca se revelou inteiramente. b) O nordeste começou a soprar, e a porta bateu com fúria. c) Despertaram todos, e a lourinha fez um movimento para se levantar. d) Assinei as cartas e meti-as nos envelopes. e) No tempo de D. Pedro, corria pouco dinheiro, e quem possuía um conto de reis era rico. Comentário: na oração em destaque no enunciado, a conjunção e está introduzindo uma informação que contrasta com a ideia trazida pela oração principal, funcionando como conjunção adversativa (As minhas idas e vindas ao hotel repetiam-se, porém, todavia, mas não o encontrava.), o mesmo ocorre com a oração constante na opção A (Ela se revelou pouco a pouco, mas, porém, todavia nunca se revelou inteiramente.). Nas demais alternativas, temos a conjunção e funcionando como conjunção aditiva, uma vez que apenas conecta duas orações independentes entre si. Opção correta é letra A. Gabarito: A A percepção pública da ciência é, com razão, repleta de conflitos. Alguns acreditam que a ciência seja a chave para a liberdade do homem, para a melhora das condições de vida de todos, para a cura dos tantos males que afligem pobres e ricos, desde a fome até as mais variadas doenças. Já outros veem a ciência com grande desconfiança e até com desprezo, como sendo a responsável pelacriação de várias armas de destruição inventadas através da história, da espada à bomba atômica. Para esse grupo, os homens não são maduros o suficiente para lidar com o grande poder que resulta de nossas descobertas científicas. No início do século 21, a clonagem e a possibilidade de construirmos máquinas inteligentes prometem até mesmo uma redefinição do que significa ser humano. Na medida em que será possível desenhar geneticamente um indivíduo ou modificar a sua capacidade mental por meio de implantes eletrônicos, onde ficará a linha divisória entre homem e máquina, 09555860467 Português p/ PC-PA Investigador, Escrivão e Papiloscopista Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 04 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 39 de 94 entre o vivo e o robotizado? Entre os vários cenários que vemos discutidos na mídia, o mais aterrorizador é aquele em que nós nos tornaremos forçosamente obsoletos, uma vez que clones bioeletrônicos serão muito mais inteligentes e resistentes do que nós. Ou seja, quando (e se) essas tecnologias estiverem disponíveis, a ciência passará a controlar o processo evolutivo: a nossa missão ILQDO� p� FULDU� VHUHV� ³PHOKRUHV´� GR� TXH� QyV�� WRPDQGR� D� VHOHomR� QDWXUDO� HP� nossas próprias mãos. O resultado, claro, é que terminaremos por causar a nossa própria extinção, sendo apenas mais um elo na longa cadeia evolutiva. 2�ILOPH�³,QWHOLJrQFLD�$UWLILFLDO´��GH�6WHYHQ�6SLHOEHUJ��UHODWD�SUHFLVDPHQWH�HVVH� cenário lúgubre para o nosso futuro, a inventividade humana causando a sua destruição final. É difícil saber como lidar com essa possibilidade. Se tomarmos o caso da tecnologia nuclear como exemplo, vemos que a sua história começou com o assassinato de centenas de milhares de cidadãos japoneses, justamente SHOD�SRWrQFLD� TXH� VH� URWXOD� R� ³ODGR�ERP´��(Vse rótulo, por mais ridículo que seja, é levado a sério por grande parte da população norte-americana. É o YHOKR� DUJXPHQWR� PDTXLDYpOLFR� GH� TXH� RV� ILQV� MXVWLILFDP� RV� PHLRV�� ³6H� QmR� jogássemos as bombas em Hiroshima e Nagasaki, os japoneses jamais teriam se UHQGLGR�H�PXLWR�PDLV�JHQWH�WHULD�PRUULGR�HP�XPD�LQYDVmR�SRU�WHUUD´��GL]HP� as autoridades militares e políticas norte-americanas. Isso não só não é verdade como mostra que são os fins político-econômicos que definem os usos e abusos da ciência: os americanos queriam manter o seu domínio no Pacífico, tentando amedrontar os soviéticos que desciam pela Manchúria. As bombas não só detiveram os soviéticos como redefiniram o equilíbrio de poder no mundo. Ao menos até os soviéticos desenvolverem a sua bomba, o que deu início à Guerra Fria. As consequências de um conflito nuclear global são tão horrendas que até mesmo os líderes das potências nucleares conseguiram resistir à tentação de abusar de seu poder: criamos uma guerra sem vencedores e, portanto, inútil. Porém, as tecnologias nucleares não são propriedade exclusiva das potências nucleares. A possibilidade de que um grupo terrorista obtenha ou construa uma pequena bomba é remota, mas não inexistente. Em casos de extremismo religioso, escolhas morais são redefinidas 09555860467 Português p/ PC-PA Investigador, Escrivão e Papiloscopista Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 04 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 40 de 94 de acordo com os preceitos (distorcidos) da religião: isso foi verdade tanto nas Cruzadas como hoje, nas mãos de suicidas muçulmanos. Eles não hesitariam em usar uma arma atômica, caso a tivessem. E sentiriam suas ações perfeitamente justificadas. Essa discussão mostra que a ciência não tem uma dimensão moral: somos nós os seres morais, os que optamos por usar as nossas invenções de modo criativo ou destrutivo. Somos nós que descobrimos curas para doenças e gases venenosos. Daí que o futuro da sociedade está em nossas mãos e será definido pelas escolhas que fizermos daqui para a frente. (...) Não é da ciência que devemos ter medo, mas de nós mesmos e da nossa imaturidade moral. (Marcelo Gleiser, in Folha de São Paulo, 7 de julho de 2002) 06. (SESAU/RO ± 2009 ± Administrador de Hospital ± FUNCAB) Em ³(OHV�QmR�KHVLWDULDP�HP�XVDU�XPD�DUPD�DW{PLFD��caso a tivessem�´��D�RUDomR� adverbial grifada expressa ideia de: A) conformidade; B) proporção; C) condição; D) finalidade; E) concessão. Comentário: a oração em destaque está expressando uma de ideia de condição, ou seja, a condição para que eles não hesitem em usar uma arma atômica é ter uma. Se quisermos substituir a conjunção caso por uma outra condicional, teríamos: Eles não hesitariam em usar uma arma atômica, se a tivessem. Gabarito: C 07. (SESAU/RO ± 2009 ± Administrador de Hospital ± FUNCAB) No SHUtRGR�³$V�FRQVHTXrQFLDV�GH�XP�FRQIOLWR�QXFOHDU�JOREDO�VmR�WmR�KRUUHQGDV�que até mesmo os líderes das potências nucleares conseguiram resistir à tentação 09555860467 Português p/ PC-PA Investigador, Escrivão e Papiloscopista Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 04 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 41 de 94 de DEXVDU�GH�VHX�SRGHU���´��D�SDODYUD�JULIDGD�LQWURGX]�XPD�RUDomR�FODVVLILFDGD� como: A) subordinada adjetiva restritiva; B) subordinada adjetiva explicativa; C) subordinada substantiva objetiva direta; D) subordinada adverbial causal; E) subordinada adverbial consecutiva. Comentário: a conjunção que em destaque introduz uma oração subordinada adverbial consecutiva, pois a segunda oração tem carga semântica de consequência em relação à primeira. Gabarito: E 09555860467 Português p/ PC-PA Investigador, Escrivão e Papiloscopista Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 04 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 42 de 94 08. (PC-ES ± 2013 ± Médico Legista ± FUNCAB) A oração destacada HP�³(OD�TXHU�48(�(8�$�(6&87(�´�HVWi�FRUUHWDPHQWH�FODVVLILFDGD�HP� 09555860467 Português p/ PC-PA Investigador, Escrivão e Papiloscopista Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 04 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 43 de 94 a) subordinada adverbial consecutiva. b) subordinada substantiva predicativa. c) subordinada substantiva objetiva direta. d) coordenada sindética explicativa. e) subordinada adjetiva restritiva. &RPHQWiULR�� ³TXH� HX� D� HVFXWH´� p� XPD� RUDomR� VXERUGLQDGD� VXEVWDQWLYD� objetiva direta, pois está funcionando como complemento do verbo querer, que, por sua vez, não exige preposição, sendo assim o seu complemento é um objeto direto. A alternativa correta é a letra C. Gabarito: C Maneira de amar O jardineiro conversava com as flores, e elas se habituaram ao diálogo. Passava manhãs contando coisas a uma cravina ou escutando o que lhe confiava um gerânio. O girassol não ia muito com sua cara, ou porque não fosse homem bonito, ou porque os girassóis são orgulhosos de natureza. Em vão o jardineiro tentava captar-lhe as graças, pois o girassol chegava a voltar-se contra a luz para não ver o rosto que lhe sorria. Era uma situação bastante embaraçosa, que as outras flores não comentavam. Nunca, entretanto, o jardineiro deixou de regar o pé de girassol e de renovar-lhe a terra, na ocasião devida. O dono do jardim achou que seu empregado perdia muito tempo parado diante dos canteiros, aparentemente não fazendocoisa alguma. E mandou-o embora, depois de assinar a carteira de trabalho. Depois que o jardineiro saiu, as flores ficaram tristes e censuravam-se porque não tinham induzido o girassol a mudar de atitude. A mais triste de WRGDV�HUD�R�JLUDVVRO��TXH�QmR�VH�FRQIRUPDYD�FRP�D�DXVrQFLD�GR�KRPHP��³9RFr� R�WUDWDYD�PDO��DJRUD�HVWi�DUUHSHQGLGR"´�³1mR��UHVSRQGHX��HVWRX�WULVWH�SRUTXH� 09555860467 Português p/ PC-PA Investigador, Escrivão e Papiloscopista Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 04 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 44 de 94 agora não posso tratá-lo mal. É a minha maneira de amar, ele sabia disso, e JRVWDYD�´ Maneira de amar (ANDRADE, Carlos Drummond. A cor de cada um. Rio de Janeiro: Record, 1997. p. 30). 09. (SC-CE ± 2013 - Analista de Desenvolvimento Urbano - Engenharia Agronômica ± FUNCAB) No primeiro parágrafo, as orações que indicam os prováveis motivos do tratamento dado pelo girassol ao jardineiro são: a) coordenadas sindéticas explicativas b) subordinadas adverbiais causais. c) subordinadas adverbiais consecutivas. d) coordenadas sindéticas alternativas. e) subordinadas adverbiais concessivas. &RPHQWiULR�� QR� SHUtRGR� ³O girassol não ia muito com sua cara, ou porque não fosse homem bonito, ou porque os girassóis são RUJXOKRVRV� GH� QDWXUH]D�´� O trecho destacado é constituído de orações coordenadas, por serem independentes entre si, sindéticas, por serem ligadas por conjunções, alternativas porque há uma ideia de alternância entre elas, que é levantada pela conjunção ou. A opção correta, portanto, é a letra D. Gabarito: D Segurança O ponto de venda mais forte do condomínio era a sua segurança. Havia as belas casas, os jardins, os playgrounds as piscinas, mas havia, acima de tudo, segurança. Toda a área era cercada por um muro alto. Havia um portão principal com muitos guardas que controlavam tudo por um circuito fechado de 09555860467 Português p/ PC-PA Investigador, Escrivão e Papiloscopista Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 04 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 45 de 94 TV. Só entravam no condomínio os proprietários e visitantes devidamente identificados e crachados. Mas os assaltos começaram assim mesmo. Ladrões pulavam os muros e assaltavam as casas. Os condôminos decidiram colocar torres com guardas ao longo do muro alto. Nos quatro lados. As inspeções tornaram-se mais rigorosas no portão de entrada. Agora não só os visitantes eram obrigados a usar crachá. Os proprietários e seus familiares também. Não passava ninguém pelo portão sem se identificar para a guarda. Nem as babás. Nem os bebês. Mas os assaltos continuaram. Decidiram eletrificar os muros. Houve protestos, mas no fim todos concordaram. O mais importante era a segurança. Quem tocasse no fio de alta-tensão em cima do muro morreria eletrocutado. Se não morresse, atrairia para o local um batalhão de guardas com ordens de atirar para matar. Mas os assaltos continuaram. Grades nas janelas de todas as casas. Era o jeito. Mesmo se os ladrões ultrapassassem os altos muros, e o fio de alta- tensão, e as patrulhas, e os cachorros, e a segunda cerca, de arame farpado, erguida dentro do perímetro, não conseguiriam entrar nas casas. Todas as janelas foram gradeadas. Mas os assaltos continuaram. Foi feito um apelo para que as pessoas saíssem de casa o mínimo possível. Dois assaltantes tinham entrado no condomínio no banco de trás do carro de um proprietário, com um revólver apontado para a sua nuca. Assaltaram a casa, depois saíram no carro roubado, com crachás roubados. Além do controle das entradas, passou a ser feito um rigoroso controle das saídas. Para sair, só com um exame demorado do crachá e com autorização expressa da guarda, que não queria conversa nem aceitava suborno. Mas os assaltos continuaram. Foi reforçada a guarda. 09555860467 Português p/ PC-PA Investigador, Escrivão e Papiloscopista Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 04 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 46 de 94 Construíram uma terceira cerca. As famílias de mais posses, com mais coisas para serem roubadas, mudaram-se para uma chamada área de segurança máxima. E foi tomada uma medida extrema. Ninguém pode entrar no condomínio. Ninguém. Visitas, só num local predeterminado pela guarda, sob sua severa vigilância e por curtos períodos. E ninguém pode sair. Agora a segurança é completa. Não tem havido mais assaltos. Ninguém precisa temer pelo seu patrimônio. Os ladrões que passam pela calçada só conseguem espiar através do grande portão de ferro e talvez avistar um ou outro condômino agarrado às grades da sua casa, olhando melancolicamente para a rua. Mas surgiu outro problema. As tentativas de fuga. E há motins constantes de condôminos que tentam de qualquer maneira atingir a liberdade. A guarda tem sido obrigada a agir com energia. (VERISSIMO, Luis Fernando. Segurança. In: Novas Comédias da Vida Privada Porto Alegre: L&PM, 1996. p. 103-104.) 10. (SEPLAG-MG ± 2013 ± Médico perito ± FUNCAB) As alternativas a seguir correspondem a períodos compostos por coordenação, EXCETO: a) ³$VVDOWDUDP� D� FDVD�� GHSRLV� VDtUDP� QR� FDUUR� URXEDGR�� FRP� FUDFKiV� URXEDGRV�´��SDUiJUDIR��� b) ³+RXYH�SURWHVWRV��PDV�QR�ILP�WRGRV�FRQFRUGDUDP�´��SDUiJUDIR��� c) ³6H�QmR�PRUUHVVH��DWUDLULD�SDUD�R� ORFDO�XP�EDWDOKmR�GH�JXDUGDV� >���@´� (parágrafo 5) d) ³/DGU}HV�SXODYDP�RV�PXURV�H�DVVDOWDYDP�DV�FDVDV�´��SDUiJUDIR��� Comentário: na alternativa A, que é a opção que gera dúvida, as orações são coordenadas, pois são interligadas, mas independem sintaticamente umas 09555860467 Português p/ PC-PA Investigador, Escrivão e Papiloscopista Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 04 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 47 de 94 das outras para terem sentido. Uma oração é subordinada quando desempenha alguma função sintática em relação à oração principal. Sendo DVVLP��WHPRV��³$VVDOWDUDP�D�FDVD´��RUDomR�FRPSOHWD�H� LQGHSHQGHQWH��³GHSRLV� VDtUDP� QR� FDUUR� URXEDGR´�� RUDomR� WDPEpP� FRPSOHWD� H� LQGHSHQGHQWH�� lembrando que depoiV�QmR�p�FRQMXQomR�H�VLP�DGYpUELR�TXH�LQGLFD�WHPSR��³FRP� FUDFKiV�URXEDGRV´�OHYDQWD�D�G~YLGD�SRUTXH�p�LQGHSHQGHQWH��PDV�UHODWLYDPHQWH� incompleta por necessitar do verbo da oração anterior para ser compreendida. Devemos observar que não há dependência sintática entre as orações, há apenas um verbo implícito. Reescrevendo a oração, temos: Saíram com crachás roubados. Na letra B, há duas orações coordenadas conectadas pela conjunção DGYHUVDWLYD�³PDV´� -i� HP� &�� WHPRV� D� SULPHLUD� RUDomR� ³6H� QmR� PRUUHVVH���´� VXERUGinada à RUDomR�SULQFLSDO�³���DWUDLULD�SDUD�R�ORFDO�XP�EDWDOKmR�GH�JXDUGDV�>���@´��(VVH�p� nosso gabarito. Na letra D, temos duas coordenadas interligadas pela conjunção aditiva e. Gabarito: C 11. (MPE-RO ± 2012 ± Analista ± FUNCAB) (P� ³������ *DUDQWR�� naquela região se operam, de fato, milagres QUE SALVAM VIDAS ',$5,$0(17(�������´��D�RUDomR�HP�GHVWDTXH�FODVVLILFD-se como: a) subordinada substantiva subjetiva b) subordinada substantiva predicativa. c) coordenada sindética explicativa. d) subordinada adjetiva restritiva. e) subordinada adjetiva explicativa. Comentário: a oração em destaque está funcionando como um especificador do termo milagres, portanto trata-sede uma oração subordinada adjetiva restritiva. Gabarito: D 09555860467 Português p/ PC-PA Investigador, Escrivão e Papiloscopista Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 04 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 48 de 94 12. (Prefeitura de Várzea Grande ± MT ± 2011 ± Auditor de Controle Interno ± FUNCAB) (P� ³2�Sp� GH�PLOKR� FUHVFHX�� 32,6� UHDJLX� j� PXGDQoD�´��R�WHUPR�HP�GHVWDTXH�p� a) conjunção subordinativa concessiva. 09555860467 Português p/ PC-PA Investigador, Escrivão e Papiloscopista Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 04 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 49 de 94 b) conjunção coordenativa explicativa. c) conjunção coordenativa conclusiva. d) conjunção subordinativa conformativa. e) conjunção subordinativa causal. Comentário: a conjunção em destaque é coordenativa explicativa, pois está introduzindo uma oração coordenada sindética explicativa, que tem a característica de fornecer uma explicação para o fato expresso na oração anterior. Essa questão levanta uma dúvida clássica gerada pela diferença entre as orações coordenadas explicativas e as orações subordinadas causais. Vejamos: no caso da oração destacada, que é coordenada explicativa, temos uma explicação para o milho ter crescido e não a causa desse crescimento. Porém, VH�DOWHUDUPRV�D�RUDomR�SDUD�³2�Sp�GH�PLOKR�FUHVFHX�SRUTXH�FRORFDPRV�XP�ERP� DGXER� QHOH�´�� WHUHPRV� XPD� RUDomR� VXERUGLQDGD� DGYHUbial causal, já que fornece a causa de o milho ter crescido. A diferença é basicamente semântica, mas as orações adverbiais causais não têm vírgula antes da conjunção como têm as coordenadas explicativas. Gabarito: B Você sabe com quem está falando? Não nos parece uma tarefa fácil conciliar desejos (que geralmente são ilimitados e odeiam controles) e a questão fundamental de cumprir regras, seguir leis e construir espaços públicos seguros e igualitários, válidos para todos, numa sociedade que também tem o seu lado claramente aristocrático e hierárquico. Um sistema TXH�DPD�D�GHPRFUDFLD��PDV� WDPEpP�JRVWD�GH�XVDU�R�³9RFr�VDEH�FRP�TXHP� HVWi�IDODQGR"´��2�QRVVR�DPRU�VLPXOWkQHR�SHOD�LJXDOGDGH�H��D�VHX�ODGR��R�QRVVR� afeto pelo familismo e pelo partidarismo governados pela ética de condescendência tão nossa conhecida, que diz: nós somos diferentes e temos biografia; para os amigos tudo, aos inimigos (e estranhos, os que não conhecemos) a lei! O resultado dessa tomada de posição, básica numa 09555860467 Português p/ PC-PA Investigador, Escrivão e Papiloscopista Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 04 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 50 de 94 democracia, é simples, mas muitas vezes ignorado entre nós: a minha liberdade teoricamente ilimitada tem de se ajustar à sua, e as duas acabam promovendo uma conformidade voluntária com limites, com fronteiras cívicas que não podem ser ultrapassadas, como a de furar a fila ou a de dar uma carteirada. Na sua simplicidade, a fila é um dos melhores, se não for o melhor, exemplos de como operam os limites numa democracia. Seus princípios são simples e reveladores: quem chega primeiro é atendido em primeiro lugar. Numa fila, portanto, não vale o oculto. Ou temos uma clara linha de pessoas, umas atrás das outras, ou a vaca vai para o brejo. Quando eu era menino, lembro-me bem de como era impossível ter uma fila no Brasil. As velhas senhoras e as pessoas importantes (sobretudo os políticos) não se conformavam com suas regras e traziam como argumento para serem atendidos, passando na frente dos outros, ou a idade, ou o cargo, ou conhecimento com quem estava atendendo, ou algum laço de família. Hoje, sabemos que idosos e deficientes não entram em fila. Mas estamos igualmente alertas para o fato de que um cargo ou um laço de amizade não faz de alguém um supercidadão com poderes ilimitados junto aos que estão penando numa fila por algumas horas. Do mesmo modo e pela mesma lógica, ninguém pode ser sempre o primeiro da fila (e nem o último), como ninguém pode ser campeão para sempre. Se isso acontece, ou seja, se um time campeão mudar as regras para ser campeão para sempre, então o futebol vai pros quintos dos infernos. Ele simplesmente acaba com o jogo como uma disputa. Na disputa, o adversário não é um inimigo; numa fila, quem está na frente não é um superior. O poder ilimitado e congelado ou fixo em pessoas ou partidos, como ocorre nas ditaduras, liquida a democracia justamente porque ele usurpa os limites nos quais se baseia a fila. DA MATTA, Roberto (Adaptado de revistatrip.uol.com.br.) 13. (CRF/RO ± 2015 ± Administrador ± FUNCAB) A oração destacada HP�³+RMH��VDEHPRV�48(�,'2626�(�'(),&,(17(6�12�(175$0�(0�),/$�´�p�� A) coordenada sindética explicativa. 09555860467 Português p/ PC-PA Investigador, Escrivão e Papiloscopista Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 04 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 51 de 94 B) subordinada substantiva objetiva direta. C) subordinada substantiva objetiva indireta. D) subordinada adverbial consecutiva. E) subordinada adverbial causal. Comentário: a oração em destaque no enunciado está funcionando como complemento do verbo saber, é o seu objeto direto. Então temos: Hoje (adjunto adverbial de tempo), Sabemos (verbo transitivo direto) QUE IDOSOS E DEFICIENTES NÃO ENTRAM EM FILA. (objeto direto ± oração subordinada substantiva objetiva direta) A resposta correta é a letra B. Gabarito: B 09555860467 Português p/ PC-PA Investigador, Escrivão e Papiloscopista Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 04 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 52 de 94 14. (ODAM-AM ± 2014 ± Auxiliar ± FUNCAB) No terceiro quadrinho, que função sintática exerce o termo O MAPA? a) objeto indireto. b) objeto direto. c) predicativo. d) adjunto adnominal. e) adjunto adverbial. 09555860467 Português p/ PC-PA Investigador, Escrivão e Papiloscopista Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 04 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 53 de 94 &RPHQWiULR��R�WHUPR�³R�PDSD´�p�XP�FRPSOHPHQWR�GR�YHUER�ROKDU��TXH�p� transitivo direto, sendo assim seu complemento é um objeto direto. Resposta correta, letra B. Gabarito: B Internet e a importância da imprensa Este artigo não é sobre a pornografia no mundo virtual nem tampouco sobre os riscos de as redes sociais empobrecerem o relacionamento humano. Trata de um dos aspectos mais festejados da internet: o empowerment �³HPSRGHUDPHQWR´�� IRUWDOHFLPHQWR�� GR� FLGDGmR� proporcionado pela grande rede. É a primeira vez na História em que todos, ou quase todos, podem exercer a sua liberdade de expressão, escrevendo o que quiserem na internet. De forma instantânea, o que cada um publica está virtualmente acessível aos cinco continentes. Tal fato, inimaginável décadas atrás, vem modificando as relações sociais e políticas: diversos governos caíram em virtude da mobilização virtual, notícias antes censuradas são agora publicadas na rede, etc. Há um novo cenário democrático mais aberto, mais participativo, mais livre. E o que pode haver de negativo nisso tudo? A facilidade
Compartilhar