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LITERATURA BRASILEIRA III QUESTÕES

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LITERATURA BRASILEIRA III QUESTÕES
1) De acordo com a aula 1, podemos dizer que as obras de Euclides da Cunha e de Lima Barreto têm como elemento comum: A expressão de situações negligenciadas da realidade brasileira.
2) 1-Lima Barreto apresenta personagens que circulam pelas ruas do Rio de Janeiro, refletindo o modo de vida de quem? Funcionários públicos, aposentados e profissionais liberais.
3) Assinale a alternativa incorreta sobre o pré-modernismo: Algumas correntes de vanguarda do início do século XX, como o Futurismo e o Cubismo, exerceram grande influência sobre nossos escritores pré-modernistas, sobretudo na poesia.
4) Percebe-se que no Pré-modernismo há uma multiplicidade de focos e interesses por parte de seus principais expoentes. Lima Barreto, Graça Aranha, Monteiro Lobato e Euclides da Cunha apresentaram interesses diversos, mas conseguimos identificar traços comuns em suas obras. Assinale a alternativa que melhor sintetiza a postura literária desses autores, de acordo com o que você estudou na aula 1: 	uma preocupação com o estudo e com a observação da realidade brasileira.
5) Monteiro Lobato não via com bons olhos o movimento inovador e polêmico dos primeiros modernistas. Para o pré-modernista: 	a geração de 22 imitava as ideias dos intelectuais e artistas estrangeiros.
6) Leia as afirmações abaixo para assinalar a alternativa correta: Contrariando a tendência da época, Euclides da Cunha, Monteiro Lobato, Lima Barreto e Graça Aranha empenharam-se para produzir obras que retratavam uma visão crítica da realidade brasileira.
7) Leia o fragmento de Triste fim de Policarpo Quaresma, de Lima Barreto: A partir da leitura do excerto e dos seus conhecimentos sobre a obra de Lima Barreto, é correto afirmar: Reflete forte sentimento nacional e grande preocupação com questões históricas, culturais e sociais, denotada a partir de uma consciência crítica contumaz dos problemas brasileiros.
8) Latentamente o que segue: "Se por Modernismo entende-se algo mais que um conjunto de experiências de linguagem; se a literatura que se escreveu sob o seu signo representou também uma crítica global à estrutura mental das velhas gerações e um esforço de penetrar mais fundo na realidade brasileira (...)" (Alfredo Bosi, História Concisa da Literatura Brasileira, 1994, p. 332). Interpretando as afirmações do importante crítico e historiador da literatura acima citado, é possível afirmar que o Modernismo: Representa uma inquietação que reúne artistas de diferentes tendências e matizes, tendo em comum a recusa a velhos padrões de gosto estético, como também uma tentativa de testar novas linguagens para a arte.
9) Em relação ao Modernismo, é correto afirmar que: Alguns escritores pesquisaram a cultura popular e inseriram nas suas produções a fala popular.
10) Lóide Brasileiro/ canto de Regresso à Pátria: O poema acima é de Oswald de Andrade e pertence ao Modernismo de 22. A principal característica é a de se remeter a um famoso poema de Gonçalves Dias, poeta do Romantismo brasileiro. Esse recurso rompe com o modelo original e se chama: Parodia 
11) CESCEM) A Semana de Arte Moderna representou, no panorama cultural da época: a ruptura total com o passado artístico mais recente, no qual nada permitia prevê-la; daí a comoção que causou.
12) Texto I Porquinho-Da-Índia Quando eu tinha seis anos Ganhei um porquinho-da-índia. Que dor de coração me dava Por que o bichinho só queria estar debaixo do fogão! Levava ele pra sala Pra os lugares mais bonitos mais limpinhos Ele não gostava: Queria era estar debaixo do fogão. Não fazia caso nenhum das minhas ternurinhas... O meu porquinho-da-índia foi minha primeira namorada. Texto II Madrigal Tão Engraçadinho Teresa, você é a coisa mais bonita que eu vi até hoje na minha [ v ida, inclusive o porquinho-da-índia que [me deram quando eu tinha seis anos. BANDEIRA M. Libertinagem & Estrela da manhã. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2000, p. 36. Os textos I e II: estão em consonância com a estética do Modernismo,pois são construídos em versos livres e com linguagem que se aproxima da prosa, características pertinentes a esse estilo literário.
13) Leia o texto a seguir: 3 de Maio 
Aprendi com meu filho de dez anos
Que a poesia é a descoberta
Das coisas que eu nunca tive
(Oswald de Andrade) Assinale a alternativa abaixo que se relaciona com o poema 3 de Maio: Ver com os olhos livres, sem fórmulas.
14) "Dentro da noite a vida canta / E esgarça névoas ao luar... / Fosco minguante o vale encanta / Morreu pecando alguma santa... / A água não para de chorar." Manuel Bandeira, "Dentro da Noite". No fragmento de poema acima, a estética modernista se funde a um certo tom melancólico, herança do simbolismo. Isto torna evidente que: Alguns poetas modernistas trazem em sua obra aspectos da estética simbolista, com a qual mantiveram vivo e intenso diálogo. Afinal, em outros países, o movimento simbolista já prenuncia o clima das vanguardas do modernismo.
15) Leia o poema Vício na fala, de Oswald de Andrade.
 Para dizerem milho dizem mio 
Para melhor dizem mió
Para pior pió
Para telha dizem teia
Para telhado dizem teiado
E vão fazendo telhados. 
Sobre o poema Vício na fala, é incorreto afirmar: A repetição da preposição para enfatiza a ideia de inadequação da linguagem à norma culta.
16) É correto afirmar que a poesia da segunda fase modernista: 1. Caracterizou-se pelo amadurecimento e pela ampliação das conquistas da fase heroica. 3. Explorou temas do cotidiano, além  de manifestar preocupação com questões existenciais.
17) (FME-PR) Indique o autor cujo nascimento literário foi anunciado por um Anjo torto que lhe determinou ser gauche na vida, sempre encontrar uma pedra no meio do caminho, que o faz perguntar-se: E agora José? Carlos Drummond de Andrade
18) (PUC-RS) São obras de Carlos Drummond de Andrade, exceto: Morte e Vida Severina, Libertinagem
19) Em: Não serei o poeta de um mundo caduco. Também não cantarei o mundo futuro. Estou preso à vida e olho meus companheiros. Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças. Entre eles, considero a enorme realidade. Os versos acima, do poema Mãos dadas, de Carlos Drummond de Andrade, prendem-se a uma fase de sua poesia na qual o poeta mineiro, relativizando a ironia que caracterizava momentos anteriores, escreve poemas de cunho político-social.
20) Leia o verso de Carlos Drummond de Andrade e assinale a alternativa que melhor expressa o sentimento do eu lírico diante do conceito ser nacional: "E a gente viajando na pátria sente saudades da pátria". O eu lírico demonstra dificuldade em definir o que é ser nacional.
21) Podemos considerar o poema abaixo, de Carlos Drummond de Andrade, modernista porque: a linguagem coloquial apresenta com humor o lirismo do cotidiano.
22) Leia o texto a seguir: "Não faço versos sobre acontecimentos. Não há criação nem morte perante a poesia. Diante dela, a vida é um sol estático, Não aquece nem ilumina."Carlos Drummond de Andrade A obra poética de Carlos Drummond de Andrade apresenta uma constante que se verifica nos versos acima. Marque a opção correta a esse respeito: 	o questionamento da poesia
23) EM: Então desanimamos. Adeus, tudo! A mala pronta, o corpo desprendido, resta a alegria de estar só e mudo. Os versos demonstram um dos traços marcantes da poesia de Carlos Drummond de Andrade, que é o: desencanto
24) A prosa regionalista ganha espaço no Modernismo a partir de 1928, mas se consolida na década seguinte. Dentre as sentenças seguintes a única correta no que diz respeito a um dos participantes do movimento é: José Américo de Almeida, autor de ¿A bagaceira¿, o precursor do rico filão de romances sobre a seca nordestina.
25) Leia o trecho de Guimarães Rosa abaixo e reponda. Liga-se a este trecho a seguinte afirmação: "E desse modo ele se doeu no enxergão, muitos meses, porque os ossos tomavam tempo para se ajuntar, e a fratura exposta criara bicheira. Mas os pretos cuidavam muito dele, não arrefecendo na dedicação. - Se eu pudesse ao menos ter absolvição dos meus pecados!...Então eles trouxeram, uma noite, muito à escondida, o padre que o confessou e conversou com ele, muito tempo, dando-lhe conselhos que o faziam chorar. - Mas será que Deus vai ter pena de mim, com tamnta ruindade que fiz, e tendo nas costas tanto pecado mortal? - Tem, meu filho. Deus mede a espora pela rédea , e não tira o estribo do pé de arrependimento nenhum... E por aí fora foi, com um sermão comprido, que acabou depondo o doente num desvenecido torpor.": Um universo rude e um plano místico se cruzam com frequência em sua obra, fundindo-se um no outro.
26) A partir do fragmento apresentado, que foi extraído do auto de Natal Morte e Vida Severina, identifique qual é a sina do sertanejo.
 (...)Somos muitos Severinos
iguais em tudo e na sina:
a de abrandar estas pedras
suando-se muito em cima,
a de tentar despertar
terra sempre mais extinta,(...) 
a de querer arrancar
algum roçado da cinza.
http://www.releituras.com/joaocabral_morte.asp   Trabalhar, arduamente, para fazer brotar da terra seca algo para sua sobrevivência.
27) Sobre Guimarães Rosa podemos afirmar: inovou sobretudo o aspecto linguístico, revelando trabalho criativo na exploração potencial da língua.
28) "Entre a paisagem/ (fluía)/ de homens plantados na lama;/ de casas de lama/ plantadas em ilha/coaguladas na lama;/paisagem de anfíbio/ de lama e lama. / Como o rio,/ aqueles homens / são como cão sem plumas./ Um cão sem plumas/ é mais/ que um cão saqueado;/ é mais que um cão assassinado." A estrofe acima é exemplo de traço de ______ e de _______ que existe no poema de João Cabral de Melo Neto. compaixão, solidariedade ao homem.
29) Leia o texto a seguir: "Mal em mim não veja, meu patrão Nhô Augusto, mas todos no lugar estão falando que o senhor não possui mais nada, que perdeu suas fazendas e riquezas, e que vai ficar mais pobre, no já-já... E estão conversando, o Major e mais outros grandes, querendo pegar o senhor à traição. Estão espalhando... ¿ o senhor dê o perdão p¿ra minha boca que eu só falo o que é preciso ¿ estão dizendo que o senhor nunca respeitou filha dos outros nem mulher casada, e mais que é que nem cobra má, que quem vê tem de matar por obrigação... Estou lhe contando p¿ra modo de o senhor não querer facilitar. Carece de achar outros companheiros bons p'ra o senhor não ir sozinho... Eu, não, porque sou medrosos. Eu cá pouco presto... Mas se o senhor mandar, também vou junto."  [A hora e a vez de Augusto Matraga (fragmento) João Guimarães Rosa]  Acerca da linguagem usada pelo autor no conto do qual foi retirado o fragmento acima, é possível afirmar que: A tentativa de reprodução do modo de falar do sertanejo caracteriza uma tentativa de afirmação do homem do campo, contudo o regionalismo se articula em Guimarães Rosa a outros elementos, tais como a sondagem psicológica dos personagens;
30) No poema o Engenheiro, de João Cabral de Melo Neto é flagrante: O Engenheiro A luz, o sol, o ar livre envolvem o sonho do engenheiro. O engenheiro sonha coisas claras: Superfícies, tênis, um copo de água. O lápis, o esquadro, o papel; o desenho, o projeto, o número: o engenheiro pensa o mundo justo, mundo que nenhum véu encobre. (Em certas tardes nós subíamos ao edifício. A cidade diária, como um jornal que todos liam, ganhava um pulmão de cimento e vidro). A água, o vento, a claridade, de um lado o rio, no alto as nuvens, situavam na natureza o edifício crescendo de suas forças simples. 	a preocupação com a geometrização e exatidão da linguagem.
31) Leia o que disse João Cabral de Melo Neto, poeta pernambucano, sobre a função de seus textos; "Falo somente com o que falo: a linguagem enxuta, contato denso; falo somente do que falo: a vida seca, áspera e clara do sertão; falo somente por quem falo: o homem sertanejo sobrevivendo na adversidade e na míngua. Falo somente para quem falo: para os que precisam ser alertados para a situação da miséria no Nordeste." Para João Cabral de Melo Neto, no texto literário: a linguagem do texto deve refletir o tema, e a fala do autor deve denunciar o fato social para determinados leitores.
32) Macunaíma o herói sem nenhum caráter (1928), a obra prima de Mário de Andrade e talvez a mais importante do movimento modernista, foi classificada também como rapsódia. Em relação à obra de Mário de Andrade, é incorreto. A obra escrita em 1922, e publicada dois anos depois, é a obra que sintetiza as propostas difundidas pelo Manifesto Verde-Amarelo do próprio autor da rapsódia, muito embora a obra seja anterior a este manifesto.
33) A segunda geração do modernismo é marcada: Pelos dramas sociais e a seca.
34) Leia o fragmento de texto a seguir:” O pequeno sentou-se, acomodou as pernas da cachorra, pôs-se a contar-lhe baixinho uma estória.Tinha o vocabulário tão minguado como o do papagaio que morrera no tempo da seca." (Vidas Secas, Graciliano Ramos) Neste fragmento há uma aproximação entre: animal e homem
35) Leia o texto a seguir e complete a lacuna com a opção correta:
 Minhas mãos ainda estão molhadas
Do azul das ondas entre abertas
E a cor que escorre dos meus dedos
Colore as areias desertas.  A estrofe revela um dos tópicos dominantes da poesia de Cecília Meireles, que é a percepção...............do mundo. Sensorial
36) A que obra de Graciliano Ramos essa fala de Alfredo Bosi se refere: "dispersa-se em farrapos de ideias, na desagregação que o meio arrasta o destino inútil dos personagens Fabiano, Sinhá, Vitória e a cadela Baleia." ? Vidas secas
37) A prosa de ficção modernista, que tem em Graciliano Ramos um dos principais autores viveu seus momentos decisivos c) A partir de fins dos anos 20, com a eclosão do regionalismo, que viria a dar seus melhores frutos na década seguinte
38) Com base no conceito sociológico de "reificação" (o mesmo que "coisificação"), o crítico João Luis Lafetá, em seu ensaio "O mundo à revelia", busca interpretar a personalidade do protagonista do romance São Bernardo. Ao tentar usar os outros como se fossem objetos, Paulo Honório revela-se, ele mesmo, uma peça da engrenagem do capitalismo. Ou seja, ele é um elemento da dialética do sistema, que faz dos patrões criaturas que usam seus semelhantes, mas também são usados, terminam muitas vezes por ser tragados e destruídos. Levando em conta tais observações, pode-se dizer que: As marcas do passado não são empecilho para o ¿trator¿ Paulo Honório, que somente demonstra atitude diferenciada diante de dois personagens: seu Ribeiro e Madalena. Estes, cada um a seu modo entram no romance como oportunidades para a humanização do protagonista.
39) Leia atentamente o texto que se segue: Como lhes disse, fui guia de cego, vendedor de doce e trabalhador alugado. Estou convencido de que nenhum desses ofícios me daria os recursos intelectuais necessários para engendrar esta narrativa. Magra, de acordo, mas em momentos de otimismo suponho que há nela pedaços melhores que a literatura de Gondim. Sou, pois, superior a Mestre Caetano e a outros semelhantes. Considerando,porém, que os enfeites do meu espírito se reduzem a farrapos de conhecimento apanhados sem escolha e mal cosidos, devo confessar que a superioridade que me envaidece é bem mesquinha. No trecho acima, de São Bernardo, de Graciliano Ramos, o narrador reflete sobre questões que dizem respeito diretamente à sua competência para desenvolver uma narrativa autobiográfica. Essa competência é explicitamente posta em dúvida em outras passagens do romance, como, por exemplo, em: Reproduzo o que julgo interessante. Suprimi diversas passagens, modifiquei outras.
40) Assinale a alternativa que contenha os aspectos pertinentes à obra clariceana: 
fluxo da consciência e técnica do desgaste
41) Leia com atenção o que segue: "Como a nordestina, há milhares de moças espalhadas por cortiços, vagas de cama num quarto, atrás de balcões trabalhando até a estafa. Não notam sequer que são facilmente substituíveis e que tanto existiriam como não existiriam. Poucas se queixam e ao que eu saiba nenhuma reclama por não saber a quem." (LISPECTOR, Clarice. A hora daestrela. Rio de Janeiro: José Olympio, 1979. p. 18 )Esse é um dos parágrafos iniciais de A hora da estrela. Assinale a alternativa correta no que diz respeito a esse romance de Clarice Lispector. A tentativa de representação da vida miserável do nordestino é acompanhada pelo questionamento dos limites dessa representação.
42) ENADE – 2008 Não, não é fácil escrever. É duro como quebrar rochas. Mas voam faíscas e lascas como aços espalhados. Ah que medo de começar e ainda nem sequer sei o nome da moça. Sem falar que a história me desespera por ser simples demais. O que me proponho contar parece fácil e à mão de todos. Mas a sua elaboração é muito difícil. Pois tenho que tornar nítido o que está quase apagado e que mal vejo. Com mãos de dedos duros enlameados apalpar o invisível na própria lama.(Clarice Lispector. A hora da estrela. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1984, p. 25.)No trecho do romance A hora da Estrela, de Clarice Lispector, apresenta-se uma concepção do fazer literário, segundo a qual a literatura é uma forma de, pelo trabalho do escritor, tornar sensível o que não está claramente disponível na realidade.
43) A obra de Clarice Lispector é marcada pela epifania que é: Uma revelação do cotidiano.
44) O texto apresentado é um fragmento do romance A Hora da Estrela, de Clarice Lispector."... minha força está na solidão. Não tenho medo nem de chuvas tempestivas nem das grandes ventanias soltas, pois eu também sou o escuro da noite. Embora não agüente bem ouvir um assovio no escuro, e passos".http://pensador.uol.com.br/frase/OTI3OTY4/ Que traço de sua produção pode ser percebido neste fragmento? Intimismo. O narrador expõe fatores como a solidão e a escuridão da alma para representar esse aspecto.
45) Clarice Lispector utiliza em suas obras dois aspectos inovadores: o fluxo da consciência e a epifania
46) Epifania e fluxo da consciência são estratégias adotadas por: Clarice Lispector.
47) "É nessa hora que o bem e o mal não existem. É o perdão súbito, nós que nos alimentávamos com gosto secreto da punição. Agora é a indiferença de um perdão. Pois não há mais julgamento. Não é um perdão que tenha vindo depois de um julgamento. É a ausência de juiz e de condenado." O texto apresentado é um fragmento do romance Uma Aprendizagem ou Livro dos Prazeres, de Clarice Lispector. A autora resgata, em sua obra, questões que movem a alma. O que podemos identificar neste fragmento?  O ser humano não é único. É movido por antíteses: bem/mal, perdão/punição, juiz/condenado.
48) A peça Vestido de Noiva, de Nelson Rodrigues, trouxe inovações importantes para a estrutura da apresentação das peças teatrais, pois traz à cena três planos simultâneos: o da realidade, o da memória e o da alucinação da personagem principal, Alaíde. A simultaneidade de planos é uma inovação porque: rompe com a tradicional cronologia linear e permite ao público experimentar, além da trama, o subconsciente de Alaíde.
49) " [...] enveredei por um caminho que pode me levar a qualquer destino, menos ao êxito" Essa afirmação de Nelson Rodrigues a respeito de sua obra se deve: 	à temática: incestos, suicídios, adultérios e loucura.
50) Para se compreender o moderno teatro brasileiro, é necessário retroceder a 1943 com a encenação da peça Vestido de Noiva de Nelson Rodrigues que se caracteriza por: 	conter um jogo de planos: real e imaginário
51) As obras de Nélson Rodrigues abalaram e chocaram a sociedade brasileira dos anos 40 e 50 por apresentarem temas : as alternativas B e C estão corretas.
52) Nélson Rodrigues encenou uma peça que podemos chamá-la de "tragédia da memória". Esta peça, marco do teatro moderno brasileiro, desenvolve-se em três planos: o da realidade, o da alucinação e o da memória. Trata-se de: Vestido de noiva.
53) Assinale a alternativa INCORRETA sobre o Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna. João Grilo é a personagem principal que, por ser mais instruída e por não acreditar em religião, sobressai entre as demais.
54) A autoria da peça teatral Vestido de Noiva é de: Nelson Rodrigues
55) Gianfrancesco Guarnieri estreou como dramaturdo, em 1958, com a peça: 
Eles não usam black-tie.
56) No poema de Paulo Leminski,  "De uma noite vim,/Para uma noite, vamos,/Uma rosa de Guimarães/nos ramos de Graciliano/Finnegans Wake à direita/Um coups des dés à esquerda,/que coisa pode ser perfeita/que não seja pura perda?" , o poeta presta homenagem a escritores consagrados. O poema tem como tema: a impossibilidade de definir sua poesia. 
57) O tropicalismo, movimento protagonizado por artistas e intelectuais brasileiros, propôs algumas inovações no campo das artes nos anos 60 e 70. Podemos destacar: a mistura de manifestações tradicionais da cultura brasileira com as experiências estéticas radicais.
58) Quanto aos principais representantes da Poesia Marginal brasileira, assinale a alternativa que apresente os principais nomes que fizeram parte do movimento literário em questão: 
Paulo Leminski, Torquato Neto, Cacaso e Chacal.
59)A poesia concreta no Brasil caracteriza-se por: 
visar a atingir e a explorar as camadas materiais do significante (som, letra impressa, linhas, superfície da folha).
60) A abolição do verso tradicional e a inovação com a incorporação de elementos visuais e sensoriais na poesia é característica do: concretismo.
61) O poema abaixo, de Ferreira Gullar, representa qual vanguarda brasileira? mar azul mar azul mar azul marco azul mar azul marco azul barco azul mar azul marco azul barco azul arco azul mar azul marco azul barco azul arco azul ar azul concretismo
62) Os poemas de Augusto de Campos e Haroldo de Campos pertencem a que movimento de vanguarda brasileiro? concretismo.
63) Chacal, Ana Cristina Cesar e Geraldo Carneiro fizeram parte da chamada: 
geração mimeógrafo.
64) O poema ¿Com licença poética¿, do livro Bagagem, de Adélia Prado, dialoga com um poema modernista. Assinale a alternativa que apresenta o nome do poema e seu autor. Poema de sete faces, de Carlos Drummond de Andrade.
65) Leia o poema abaixo, de Adélia Prado, e responda:
Com licença poética
 Quando nasci um anjo esbelto,
desses que tocam trombeta, anunciou:
vai carregar bandeira.
Cargo muito pesado pra mulher,
esta espécie ainda envergonhada.
Aceito os subterfúgios que me cabem,
sem precisar mentir.
Não sou feia que não possa casar,
acho o Rio de Janeiro uma beleza e
ora sim, ora não, creio em parto sem dor.
Mas o que sinto escrevo. Cumpro a sina.
Inauguro linhagens, fundo reinos
¿ dor não é amargura.
Minha tristeza não tem pedigree,
já a minha vontade de alegria,
sua raiz vai ao meu mil avô.
Vai ser coxo na vida é maldição pra homem.
Mulher é desdobrável. Eu sou.
Com qual poema da segunda fase modernista "Com licença poética" dialoga ? 
Poema das sete faces.
66) Leia o fragmento do poema VI retirado da obra Menino do Mato, de Manoel de
Barros.
Desde o começo do mundo água e chão se amam
e se entram amorosamente
e se fecundam [...].
Penso com humildade que fui convidado para o banquete dessas águas.
Porque sou de bugre.
Porque sou de brejo.
Acho agora que estas águas que bem conhecem a inocência de seus pássaros e de suas
árvores.
Que elas pertencem também de nossas origens.
(p. 455-6).
Com relação à construção poética de Manoel de Barros, assinale a alternativa
incorreta. As imagens do universo surreal superam a categoria das particularidades
regionais.
67) Leia os textos abaixo e responda:
 TEXTO 1
Quando nasci veio um anjo safado
O chato dum querubim
E decretou que eu tava predestinado
A ser errado assim
Já de saída a minha estrada entortou
Mas vou até o fim. BUARQUE, Chico. Letra e música. São Paulo: Companhia das Letras, 1989.  
 
TEXTO 2
Quando nasci um anjo esbelto
Desses que tocam trombeta, anunciou:
Vai carregar bandeira.
Carga muito pesada pra mulher
Essa espécie ainda envergonhada. PRADO, Adélia. Bagagem. Rio de Janeiro: Guanabara, 1986
Os poemas de Adélia Prado e de Chico Buarque estabelecem intertextualidade em relação ao poema de  Carlos Drummondde Andrade por: reiteração de imagens.
68) Ao lermos o poema Com licença poética, de Adélia Prado, percebemos uma relação intertextual com qual poema modernista de Carlos Drummond de Andrade? Com licença poética Quando nasci um anjo esbelto, desses que tocam trombeta, anunciou: vai carregar bandeira. Cargo muito pesado pra mulher, esta espécie ainda envergonhada. Aceito os subterfúgios que me cabem, sem precisar mentir. Não sou feia que não possa casar, acho o Rio de Janeiro uma beleza e ora sim, ora não, creio em parto sem dor. Mas o que sinto escrevo. Cumpro a sina. Inauguro linhagens, fundo reinos ¿ dor não é amargura. Minha tristeza não tem pedigree, já a minha vontade de alegria, sua raiz vai ao meu mil avô. Vai ser coxo na vida é maldição pra homem. Mulher é desdobrável. Eu sou. Poema de sete faces
69) Leia o poema de Adélia Prado a seguir: Encontrei meu marido às três horas da tarde Com uma loura oxidada. Tomavam um guaraná e riam, os desavergonhados. Ataquei-os por trás com mão e palavras Que nunca suspeitei conhecer Voaram três dentes e gritei, esmurrei-os e gritei, Gritei meu urro, a torrente de impropérios. Ajuntou gente, escureceu o sol, A poeira adensou como cortina. Ele me pegava nos braços, nas pernas, na cintura, Sem me reter, peixe-piranha, bicho pior, fêmea ofendida, uivava. Gritei, gritei, gritei até a cratera exaurir-se. Quando não pude mais, fiquei rígida, As mãos na garganta dele, nós dois petrificados, Eu sem tocar o chão. Quando abri os olhos, As mulheres abriam alas, me tocando, me pedindo graças. Desde então, faço milagres. PRADO, Adélia. Bagagem. Rio de Janeiro: Record, 2007 Assinale a alternativa correta em relação ao poema: O poema apresenta elementos da tipologia textual narrativa.
70) O texto apresentado é um fragmento do conto Uma Vela para Dario, de Dalton Trevisan. O autor revela uma circunstância do cotidiano. Neste contexto, que característica pode ser observada? A velhinha de cabeça grisalha grita que ele está morrendo. Um grupo o arrasta para o táxi da esquina. Já no carro a metade do corpo, protesta o motorista: quem pagará a corrida? Concordam chamar a ambulância. Dario conduzido de volta e recostado à parede __ não tem os sapatos nem o alfinete de pérola na gravata.
  Alguém informa da farmácia na outra rua. Não carregam Dario além da esquina; a farmácia no fim do quarteirão e, além do mais, muito peso. É largado na porta de uma peixaria. Enxame de  moscas lhe cobrem o rosto, sem que faça um gesto para espantá-las. A frieza da humanidade.
71) Rubem Fonseca, escritor contemporâneo, produziu narrativas cujas personagens são delinquentes, prostitutas e detetives. A que gênero textual estas narrativas pertencem?	 policial.
72) Assinale a alternativa correta em relação à autoria dos contos abaixo: 
Passeio Noturno - parte I, de Rubem Fonseca.
73) Leia atentamente o texto abaixo:
CANÇÃO DO EXÍLIO 
Minha terra tem campos de futebol onde cadáveres amanhecem emborcados pra atrapalhar os jogos. Tem uma pedrinha cor-de-bile que faz "tuim" na cabeça da gente. Tem também muros de bloco (sem pintura,claro, que tinta é a maior frescura quando falta mistura), onde pousam cacos de vidro pra espantar malaco. BONASSI, Fernando. "15 cenas de descobrimento de Brasis". In: MORICONI, Ítalo (org). Os cem melhores contos brasileiros do século. Rio Janeiro: Objetiva, 2000, p. Sobre o uso do nível de linguagem empregado no texto, é correto afirmar que é: 
é adequado às intenções de crítica e denúncia do mundo contemporâneo.
74) O texto apresentado é um fragmento do conto Eis a primavera, de Dalton Trevisan. O autor apresenta um fato do cotidiano familiar de um enfermo. Que aspecto do cotidiano familiar pode ser percebido? Eis a primavera      João saiu do hospital para morrer em casa __ e gritou três meses antes de morrer. Para não gastar, a mulher nem uma vez chamou o médico. Não lhe deu a injeção de morfina, a receita azul na gaveta. Ele sonhava com  a primavera para sarar do reumatismo, nos dedos amarelos contava os dias.
     __ Não fosse a umidade do ar ... __ gemia para o irmão nas compridas horas da noite.
     Já não tinha posição na cama: as costas uma ferida só. Paralisado da cintura para baixo, obrava-se sem querer. A filha tapava o nariz com dois dedos e fugia para o quintal:
     __ Ai, que fedor ... Meu Deus, que nojo!
     Com a desculpa que não podiam vê-lo sofrer, mulher e filha mal entravam no quarto. O irmão Pedro é que o assistia, aliviando as dores com analgésico, aplicando a sonda, trocando o pijama e os lençóis. Afofava o travesseiro, suspendia o corpinho tão leve, sentava-o na cama: 
A perda dos laços afetivos.
75) No conto Uma vela para Dario, de Dalton Trevisan, não é flagrante: o altruísmo
76) Assinale a alternativa correta em relação à autoria de determinadas obras: gosto, de Rubem Fonseca.

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