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Características literárias e poéticas brasileiras

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LITERATURA BRASILEIRA POESIA
1: Leia o poema a seguir, de Carlos Drummond de Andrade:
Sentimental (Carlos Drummond de Andrade)
Ponho-me a escrever teu nome
com letras de macarrão.
No prato, a sopa esfria, cheia de escamas
e debruçados na mesa todos contemplam
esse romântico trabalho.
Desgraçadamente falta uma letra,
uma letra somente
para acabar teu nome!
- Está sonhando? Olhe que a sopa esfria!
Eu estava sonhando...
E há em todas as consciências um cartaz amarelo:
"Neste país é proibido sonhar."
Destacam-se nesse poema características marcantes do Drummond modernista. São elas:
a) A tendência metafísica, o discurso sentencioso e o humor sutil.
b) A memória familiar, o canto elegíaco e a linguagem fragmentada.
c) A exposição da timidez pessoal, a fala amargurada e a recuperação da forma fixa.
d) A preocupação de cunho social, o pessimismo e a desintegração do verso.
e) O isolamento da personalidade lírica, a ironia e o estilo prosaico.
2: Correlacione os períodos literários brasileiros com sua respectiva descrição: 
1) Realismo-Naturalismo 
2) Parnasianismo 
3) Romantismo 
( ) Este período literário corresponde à independência política do Brasil e a suas conseqüências socioculturais, destacando-se, sobretudo, nos temas e na linguagem, pelo nacionalismo ufanista que varreu o país. O indianismo foi uma das escolhas temáticas dos autores de então. 
( ) Período literário da segunda metade do século XIX, época marcada por mudanças de uma nova revolução industrial e descobertas científicas, teve como características, entre outras, a objetividade, a impessoalidade e o racionalismo. Com uma visão pessimista da sociedade, criticou duramente a classe burguesa. 
( ) Iniciado nos fins do século XIX e concluído nas primeiras décadas do século XX, esta escola literária congregou apenas os poetas. Concentrando sua estética no rigor da rima e da métrica, a forma teve prevalência sobre as idéias, seguindo o preceito latino de “A arte pela arte”. 
A seqüência correta é: 
A) 1, 2, 3. 
B) 2, 1, 3. 
C) 2, 3, 1. 
D) 1, 3, 2. 
E) 3, 1, 2.
3: São características do Romantismo, EXCETO: 
A) Gosto pelas redondilhas.
B) Predomínio da emoção.
C) Subjetivismo.
D) Nacionalismo.
E) Maior liberdade formal.
4: Leia um fragmento do poema de Carlos Drummond de Andrade:
(…) Da garrafa estilhaçada,
no ladrilho já sereno
escorre uma coisa espessa
que é leite, sangue… não sei.
Por entre objetos confusos,
Mal redimidos da noite,
Duas cores se procuram,
suavemente se tocam,
amorosamente se enlaçam,
formando um terceiro tom
a que chamamos de aurora.
Nesse fragmento acima, Carlos Drummond de Andrade constrói, poeticamente, a aurora. O que permite visualizar este momento do dia corresponde: 
a) a objetos confusos mal redimidos da noite;
b) à garrafa estilhaçada e ao ladrilho sereno;
c) à aproximação suave de dois corpos;
d) ao enlace amoroso de duas cores;
e) ao fluir espesso do sangue sobre o ladrilho.
5: 
Se uma lágrima as pálpebras me inunda,
Se um suspiro nos seios treme ainda,
É pela virgem que sonhei…que nunca
Aos lábios me encostou a face linda! (Álvares de Azevedo)
A característica do Romantismo mais evidente nesta quadra é:
a) o espiritualismo
b) o pessimismo
c) a idealização da mulher
d) o racionalismo
e) a proximidade da morte
6: Sobre a relação Romantismo/Modernismo é possível afirmar: 
I- A literatura sacralizante do Romantismo busca formar uma literatura de caráter nacional.
II- A literatura dessacralizora do Modernismo busca desmontar o sistema vigente, levando a uma consciência crítica.
III- As literaturas Românticas e Modernas buscaram a sacralização do discurso poético já estabelecido.
 
Assinale a alternativa que apresenta a(s) afirmativa(s) correta(s):
A) Todas as afirmativas estão corretas.
B) Somente a afirmativa I.
C) Somente a afirmativa II.
D) Somente a afirmativa III.
E) Somente as afirmativas I e II. 
7: Leia o poema a seguir, de Olavo Bilac: 
Via láctea (Olavo Bilac)
"Ora (direis) ouvir estrelas! Certo, 
Perdeste o senso!" E eu vos direi, no entanto,
Que, para ouvi-las, muitas vezes desperto
E abro as janelas, pálido de espanto...
E conversamos toda a noite,
enquanto a Via-Láctea, como um pálio aberto,
Cintila. E, ao vir do sol, saudoso e em pranto,
Inda as procuro pelo céu deserto.
Direis agora: "Tresloucado amigo!
Que conversas com elas? Que sentido 
Tem o que dizem, quando estão contigo? "
E eu vos direi: "Amai para entendê-las!
Pois só quem ama pode ter ouvido
Capaz de ouvir e de entender estrelas".
Assinale a alternativa correta em relação à estética parnasiana brasileira
A) No soneto, há traços românticos de Olavo Bilac e o sujeito poético faz o elogio do sentimento amoroso , o que contrasta com outros textos mais parnasianos do autor. 
B) O poema utiliza um descritivismo tipicamente parnasiano com objetivismo e desprezo pela arte útil.
C) Há, no texto, preocupação excessiva com a forma, impassibilidade e arte pela arte, segundo a concepção parnasiana.
D) Há, no poema, versos impecáveis, misturando a mitologia clássica com o sentimento amoroso.
E) O vocabulário do poema e preciosista, com o emprego de palavras vulgares e um apurado culto à forma. 
8: Leia o poema a seguir, de Gonçalves Dias, e responda à questão proposta:
Canção do exílio (Gonçalves Dias)
Minha terra tem palmeiras, 
Onde canta o Sabiá; 
As aves, que aqui gorjeiam, 
Não gorjeiam como lá.
Nosso céu tem mais estrelas, 
Nossas várzeas têm mais flores, 
Nossos bosques têm mais vida, 
Nossa vida mais amores.
Em  cismar, sozinho, à noite, 
Mais prazer eu encontro lá; 
Minha terra tem palmeiras, 
Onde canta o Sabiá.
Minha terra tem primores, 
Que tais não encontro eu cá; 
Em cismar - sozinho, à noite - 
Mais prazer eu encontro lá; 
Minha terra tem palmeiras, 
Onde canta o Sabiá.
Não permita Deus que eu morra, 
Sem que eu volte para lá; 
Sem que disfrute os primores 
Que não encontro por cá; 
Sem qu'inda aviste as palmeiras, 
Onde canta o Sabiá.  
O poema se articula em torno de: 
A) Uma descrição objetiva da natureza brasileira.
B) Uma oposição entre a pátria e o exílio.
C) Um apelo a Deus.
D) Um papel secundário da natureza.
E) Uma busca pelo equilíbrio. 
9: Sobre a relação Portugal (metrópole) e Brasil (colônia) , e possível afirmar que:
I- O Brasil foi sujeito da própria cultura, tendo suas raças nativas respeitadas pelos portugueses.
II- O Brasil passa pelo processo de aculturação indígena.
III- Os estilos literários nos primeiros ciclos de ocupação e exploração do Brasil são vinculados à produção Europeia, notadamente a Portuguesa.
Assinale a alternativa que apresenta a(s) afirmativa (s) correta (s):
A) Todas as afirmativas estão corretas.
B) Somente as afirmativas I e II.
C) Somente as afirmativas I e III.
D) Somente as afirmativas II e III.
E) Somente a afirmativa II.
10: A impossibilidade de realizar o sonho absoluto do Eu, na segunda geração romântica, gera inquietude, desespero, frustração, que levam às vezes ao suicídio, refletindo a evasão na morte, solução definitiva para o:
A) Culto ao real.
B) Nacionalismo.
C) Culto ao fantástico.
D) Mal do século.
E) Indianismo.
11: Sobre o Modernismo no Brasil, assinale a alternativa incorreta:
A) Situa-se numa fase de transgressão e inovação da poesia brasileira.
B) Tinha como objetivo atualizar culturalmente o país.
C) Iniciou-se com a Semana de Arte Moderna, em 1922.
D) É dividido em três fases.
E) Reconhece e acolhe as influências Parnasianas e Simbolistas.
12:Leia o trecho de Operário em construção, de Vinícius de Moraes:
Era ele quem os fazia 
Ele, um humilde operário, 
Um operário em construção. 
Olhou em torno: gamela 
Banco, enxerga, caldeirão 
Vidro, parede, janela 
Casa, cidade, nação! 
Tudo, tudo o que existia 
Era ele quem o fazia 
Ele, um humilde operário 
Um operário que sabia 
Exercer a profissão. 
Ah, homens de pensamento 
Não sabereis nunca o quanto 
Aquele humilde operário 
Soube naquele momento! 
Naquela casa vazia 
Que ele mesmo levantara 
Um mundo novo nascia 
De que sequer suspeitava. 
O operário emocionado 
Olhou sua própria mão 
Sua rudemão de operário 
De operário em construção 
E olhando bem para ela 
Teve um segundo a impressão 
De que não havia no mundo 
Coisa que fosse mais bela. 
Foi dentro da compreensão 
Desse instante solitário 
Que, tal sua construção 
Cresceu também o operário. 
Cresceu em alto e profundo 
Em largo e no coração 
E como tudo que cresce 
Ele não cresceu em vão 
Pois além do que sabia 
- Exercer a profissão - 
O operário adquiriu 
Uma nova dimensão: 
A dimensão da poesia. 
Observe as afirmativas a seguir e preencha os parênteses com V de verdadeiro e F para falso. O fragmento do poema Operário em construção, de Vinícius de Moraes, apresenta:
( ) O papel do operário na construção das coisas e a importância da sua profissão.
( ) A consciência dos homens intelectuais sobre a importância do trabalho dos que empilham os tijolos com suor e cimento.
( ) O conhecimento do operário de que o produto de seu trabalho modifica o mundo.
( ) O crescimento da consciência do operário,que o leva a perceber a dimensão de seu papel na sociedade. 
Assinale a alternativa que apresenta sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo:
A) V- F –F - V.
B) V- F- V- V.
C) F- V- F- V.
D) V- V- F- F.
E) F- F- V- F.
13: Sobre a obra Caramuru, de Santa Rita Durão, podemos afirmar que:
I- O herói do poema é o português Diogo Álvares Correia, aclamado Caramuru.
II- Paraguaçu, a heroína dos versos, é caracterizada por sua superioridade sobre as outras índias.
III- O eu lírico dos versos transforma Caramuru e Paraguaçu em esposos castos, como dita a lenda cristã.
Assinale a alternativa que apresenta a (s) afirmativa (s) correta (s):
A) Somente a afirmativa I.
B) Somente a afirmativa II.
C) Somente as afirmativas I e II.
D) Somente as afirmativas I e III.
E) Todas as afirmativas estão corretas.
14: Leia o poema Os sapos, de Manuel Bandeira, para responder à questão: 
Os Sapos (Manuel Bandeira)
Enfunando os papos, 
Saem da penumbra, 
Aos pulos, os sapos. 
A luz os deslumbra. 
Em ronco que aterra, 
Berra o sapo-boi: 
- "Meu pai foi à guerra!" 
- "Não foi!" - "Foi!" - "Não foi!". 
O sapo-tanoeiro, 
Parnasiano aguado, 
Diz: - "Meu cancioneiro
É bem martelado. 
Vede como primo 
Em comer os hiatos! 
Que arte! E nunca rimo 
Os termos cognatos. 
O meu verso é bom 
Frumento sem joio. 
Faço rimas com 
Consoantes de apoio. 
Vai por cinquenta anos 
Que lhes dei a norma: 
Reduzi sem danos 
A fôrmas a forma. 
Clame a saparia 
Em críticas céticas:
Não há mais poesia, 
Mas há artes poéticas..." 
Urra o sapo-boi: 
- "Meu pai foi rei!"- "Foi!" 
- "Não foi!" - "Foi!" - "Não foi!". 
Brada em um assomo 
O sapo-tanoeiro: 
- A grande arte é como 
Lavor de joalheiro. 
Ou bem de estatuário. 
Tudo quanto é belo, 
Tudo quanto é vário, 
Canta no martelo". 
Outros, sapos-pipas 
(Um mal em si cabe), 
Falam pelas tripas, 
- "Sei!" - "Não sabe!" - "Sabe!". 
Longe dessa grita, 
Lá onde mais densa 
A noite infinita 
Veste a sombra imensa; 
Lá, fugido ao mundo, 
Sem glória, sem fé, 
No perau profundo 
E solitário, é 
Que soluças tu, 
Transido de frio, 
Sapo-cururu 
Da beira do rio...
Esse poema contém uma crítica à:
A) Escola simbolista.
B) Escola parnasiana.
C) Escola realista.
D) Escola modernista.
E) Escola romântica.
15: Em dois movimentos estéticos, na literatura brasileira, há grande preocupação com o nacionalismo. Em um, evidencia-se a postura nitidamente ufanista; em outro, frequentemente contestatória. São eles, respectivamente: 
A) Romantismo e Modernismo.
B) Parnasianismo e Simbolismo.
C) Simbolismo e Arcadismo.
D) Barroco e Arcadismo.
E) Modernismo e Romantismo. 
16: Relacione aos fragmentos de texto a seguir às seguintes características da poesia ultrarromântica no Brasil.
(1) Temática da morte.
(2) Angústia da vida.
(3) Tédio da vida.
(4) Melancolia.
(5) Busca de um princípio universal.
( ) Oh! Vem depressa, minha vida foge...
Sou como o lírio que já murcho cai! (Casimiro de Abreu)
( ) Como varia o vento, o céu - o dia,
Como estrelas e estrelas e nuvens e mulheres,
Pela regra geral de todos os seres,
Minha lira também seus tons varia, (Álvares de Azevedo)
( ) Eis o que sou! - A dúvida encarnada,
Que perenal vacila (Junqueira Freire)
( ) Escrevi porque a alma tinha cheia
Numa insônia que o spleen entristecia
De vibrações convulsas de ironia! (Álvares de Azevedo)
( ) Adeus meus sonhos, eu pranteio e morro!
Não levo da existência uma saudade! (Álvares de Azevedo)
A correspondência correta entre os fragmentos e suas características ultra-românticas resulta na seguinte seqüência:
a) (4) (5) (2) (1) (3).
b) (4) (5) (3) (2) (1).
c) (5) (4) (1) (2) (3).
d) (4) (5) (2) (3) (1).
 e) (1) (4) (5) (3) (2).
 17:Observe o poema a seguir, de Manuel Bandeira:
Consoada
(Manuel Bandeira)
Quando a Indesejada das gentes chegar 
(Não sei se dura ou caroável), 
talvez eu tenha medo. 
Talvez sorria, ou diga: 
- Alô, iniludível! 
(...) 
A” indesejada das gentes” expressa qual figura de linguagem?
A) Ironia
B) Metáfora
C) Antítese
D) Eufemismo
E) Hipérbole
18: No Manifesto Pau-Brasil, _____________ satirizou os poetas____________, afirmando: “Só não se inventou uma máquina de fazer versos – já havia o poeta _____________.” Quem fez a sátira? A que poetas? 
A) Oswald de Andrade. Poetas parnasianos.
B) Oswald de Andrade. Poetas românticos.
C) Mário de Andrade: Poetas românticos.
D) Mário de Andrade. Poetas Parnasianos.
E) Oswald de Andrade. Poetas árcades.
19: São estilos da fase colonial da literatura brasileira:
I- Literatura informativa.
II- Romantismo.
III- Barroco.
IV- Arcadismo.
V- Parnasianismo.
Assinale a alternativa correta:
A) As opções I, II e III estão corretas.
B) As opções II, III e IV estão corretas.
C) As opções III, IV e V estão corretas.
D) As opções I, III e IV estão corretas.
E) As opções I, III e V estão corretas.
20: No trecho a seguir, do Manifesto Pau-Brasil, de Oswald de Andrade, depreende-se um dos programas propostos pelos modernistas: 
“A língua sem arcaísmo. Sem erudição. Natural e neológica. A contribuição milionária de todos os erros. Como falamos. Como somos”.
Assinale a alternativa que corresponda a um desses programas:
A) a invenção de uma nova língua, estruturalmente diferente da falada e escrita pelos portugueses.
B) A imitação do discurso dos autores populares da literatura oral brasileira.
C) A incorporação da fala brasileira à língua literária nacional. 
D) O repúdio à literatura dos escritores do passado, apenas porque eram afeitos à extrema correção.
E) A imitação dos clássicos da Literatura Portuguesa moderna.
21: Leia atentamente o texto abaixo: 
Notícia da atual literatura brasileira – instinto de nacionalidade
Quem examina a atual literatura brasileira reconhece-lhe logo, como primeiro traço, certo instinto de nacionalidade. Poesia, romance, todas as formas literárias do pensamento buscam vestir-se com as cores do país, e não há negar que semelhante preocupação é sintoma de vitalidade e abono de futuro. As tradições de Gonçalves Dias, Porto-Alegre e Magalhães são assim continuadas pela geração já feita e pela que ainda agora madruga, como aqueles continuaram as de José Basílio da Gama e Santa Rita Durão. Escusado é dizer a vantagem deste universal acordo. Interrogando a vida brasileira e a natureza americana, prosadores e poetas acharão ali farto manancial de inspiração e irão dando fisionomia própria ao pensamento nacional. Esta outra independência não tem Sete de Setembro nem campo de Ipiranga; não se fará num dia, mas pausadamente, para sair mais duradoura; não será obra de uma geração nem duas; muitas trabalharão para ela até perfazê-la de todo.
(Machado de Assis, Crítica. Texto adaptado).
Assinale a alternativa que interpreta corretamente o texto:
A) O texto afirma uma literatura nacionalista que tem suas raízes na Proclamação da Independência, episódio inspirador de obras de muitas gerações.
B) Com a metáfora presente em “As tradições (...) são assim continuadas pela geração já feita e pela que ainda agora madruga”, machado critica a tradição de valorizar o passado, presente em escritoresbrasileiros. 
C) Há, no texto, uma concepção de literatura que privilegia a escola de temas da História pátria, como é o caso de obras que exaltam o Sete de Setembro.
D) Para o autor, as raízes do Realismo remontam às obras dos autores que ele menciona e cujos textos trazem as teses realistas mais importantes.
E) Machado de Assis entende o instinto de nacionalidade na literatura brasileira como autonomia de idéias em relação a temas importados, a qual se constrói paulatinamente. 
22: Observe o poema a seguir, de Oswald de Andrade:
Pronominais
(Oswald de Andrade) 
Dê-me um cigarro
Diz a gramática
Do professor e do aluno
E do mulato sabido
Mas o bom negro e o bom branco 
Da Nação Brasileira
Dizem todos os dias
Deixa disso camarada
Me dá um cigarro.
O poema ironiza a colocação pronominal chamada de:
A) Próclise – o pronome obrigatoriamente deve vir antes do verbo.
B) Ênclise – o pronome deve vir obrigatoriamente depois do verbo. (resposta do grupo)
C) Mesóclise – o pronome está entre o sujeito e o verbo.
D) Próclise – jamais se inicia uma oração com o pronome átono.
E) Ênclise – o pronome vem depois do verbo no início da oração.
23: A poesia modernista, sobretudo a da primeira fase (1922- 1930):
A) Faz uma síntese dos pressupostos poéticos que norteavam a linguagem parnasiano-simbolista.
B) Incentiva a pesquisa formal com base nas conquistas parnasianas, a ela anteriores.
C) Enriquece e dinamiza a linguagem, inspirando-se na sintaxe clássica.
D) Confere ao nível coloquial da fala brasileira a categoria de valor literário.
E) Retoma os pressupostos do realismo brasileiro.
24: Leia as proposições a seguir:
I- Manifestação inicial na poesia, estendendo-se à prosa.
II- Reação ao regionalismo.
III- Culto à forma.
IV- Rompimento com a métrica tradicional.
V- Nacionalização de nossa literatura.
Assinale a alternativa que apresenta as proposições que completam a frase:
“No Modernismo constatamos...”
A) I, II e IV.
B) II, III e IV.
C) I, IV e V.
D) I, III e V.
E) I, II e V.
25: Leia o poema a seguir, de Carlos Drummond de Andrade:
Sentimental (Carlos Drummond de Andrade)
Ponho-me a escrever teu nome
com letras de macarrão.
No prato, a sopa esfria, cheia de escamas
e debruçados na mesa todos contemplam
esse romântico trabalho.
Desgraçadamente falta uma letra,
uma letra somente
para acabar teu nome!
- Está sonhando? Olhe que a sopa esfria!
Eu estava sonhando...
E há em todas as consciências um cartaz amarelo:
"Neste país é proibido sonhar."
Esse poema é caracteristicamente modernista, porque nele: 
A) a uniformidade dos versos reforça a simplicidade dos sentimentos experimentados pelo poeta.
B) Tematiza-se o ato de sonha, valorizando-se o modo de composição da linguagem surrealista.
C) Satiriza-se o estilo da poesia romântica, defendendo os padrões da poesia clássica.
D) A linguagem coloquial dos versos livres apresenta com humor o lirismo encarnado na cena cotidiana.
E) O dia a dia surge como novo palco das sensações poéticas, sem imprimir a alteração profunda na linguagem lírica.
26: Entre os aspectos dos índios, destacados por seus autores nos textos inaugurais da literatura brasileira, não temos:
A) Boa aparência física.
B) Antropofagia.
C) Propriedade particular.
D) Suposta ausência de concepção religiosa.
E) Sistema de parentesco e casamento.
27: O Modernismo Brasileiro, por meio de seus autores mais representativos na Semana de Arte Moderna, propôs:
A) O apego às formas clássicas oriundas do neoclassicismo mineiro.
B) A ruptura com as vanguardas européias, tais como futurismo e o dadaísmo.
C) Uma literatura que investisse na idealização da figura do negro como ancestral do brasileiro.
D) A focalização do mundo numa perspectiva apenas psicanalítica.
E) A literatura como espaço privilegiado para a expressão dos falares brasileiros.
28: A poesia modernista caracteriza-se, formalmente, pelo predomínio de:
A) Versos regulares, metrificados, sem rima.
B) Versos brancos, sem metrificação regular, com estrofes. 
C) Versos livres, sem metrificação regular, sem rima.
D) Versos irregulares, com rima, preferência ao soneto.
E) Redondilhas maiores e menores, com rimas, com estrofes.
29: Sobre o Romantismo, considerando a proclamação da Independência Brasileira, podemos afirmar:
A) Uma maior consciência histórica e crítica da literatura nacional.
B) Uma solidificação da tradição literária portuguesa.
C) A noção de que o Brasil tinha uma literatura nacional desde os tempos coloniais.
D) Uma subordinação aos cânones europeus, notadamente os portugueses.
E) Uma tentativa de se firmar no cenário literário internacional, como já havia acontecido no Arcadismo.
30:Seguindo os modelos do Romantismo europeu e a atração pelo medievalismo, Gonçalves Dias encontrou no índio brasileiro o representante mais dreto de nosso passado medieval. Sobre o tema, não podemos afirmar que:
A) Nosso índio corresponde plenamente à concepãoidealizada do “bom selvagem” de Rouseau.
B) Pelo fato do nosso índio ter vivido distante de qualquer marca de civilização, não fora por ela corrompido.
C) Busca captar a sensibilidade e os sentimentos do nosso povo, a aprtir de uma poesia voltada para o índio e para a natureza.
D) Trata-se apenas de copiar os modelos europeus, notadamente os de Portugal.
E) É caracteística de um verdadeiro projeto de construção da cultura brasileira.
31: As ideias expressas pelas expressões latinas cape diem, fugere urbem e locus amoenus nortearam os poetas:
A) Românticos.
B) Árcades. 
C) Modernos.
D) Barrocos.
E) Simbolistas.
32: Após a Independência do Brasil, em 1822, a literatura brasileira pautou-se:
A) Pela busca da identidade da nação.
B) Por objetivos pragmáticos (catequese, por exemplo).
C) Pela reverência às formas e aos temas clássicos.
D) Pelo exame da realidade popular com lente cientificista.
E) Por uma poesia de resistência.
QUESTÕES DISCURSIVAS:
1: Leia o poema Traduzir-se, de Ferreira Goulart: 
Uma parte de mim
é multidão:
outra parte estranheza
e solidão.
Uma parte de mim
pesa, pondera;
outra parte
delira.
Uma parte de mim
almoça e janta;
outra parte
se espanta.
Uma parte de mim
é permanente;
outra parte
se sabe de repente.
Uma parte de mim
é só vertigem;
outra parte,
linguagem.
Traduzir-se uma parte
na outra parte
— que é uma questão
de vida ou morte —
será arte?
O poeta coloca o artista como ser dividido em duas partes. Quais são essas partes e quais suas características?
o poema escrito na primeira pessoa, leva o leitor a depreender que a proposta do autor é interpretar a si mesmo.
Com versos curtos e diretos o autor vai descrevendo naturezas opostas convivendo em um mesmo ser.Na primeira estrofe já pode-se perceber a dualidade que caracterizará todo o poema.
A tradução que o autor faz de si mesmo descreve a percepção que cada um tem de si, mas que nem todos são capazes de colocar em palavras. Todos têm um lado obscuro, desconhecido que às vezes se revela de forma inesperada. Outras vezes há uma verdadeira guerra interior por causa dessa dualidade. Talvez só através da arte possa se traduzir uma parte na outra.
2: Leia o poema Maria, de Castro Alves: 
Onde vais à tardezinha,
Mucama tão bonitinha,
Morena flor do sertão?
A grama um beijo te furta
Por baixo da saia curta,
Que a perna te esconde em vão...
Mimosa flor das escravas!
O bando das rolas bravas
Voou com medo de ti!...
Levas hoje algum segredo...
Pois te voltaste com medo
Ao grito do bem-te-vi!
Serão amores deveras?
Ah! Quem dessas primaveras
Pudesse a flor apanhar!
E contigo, ao tom d'aragem,
Sonhar na rede selvagem...
À sombra do azul palmar!
Bem feliz quem na viola
Te ouvisse a moda espanhola
Da lua ao frouxo clarão...
Com a luz dos astros — por círios,
Por leito — um leito de lírios...
E por tenda — a solidão!
Assinale e explique os elementos do poema que denotam a construção de uma identidade nacional.
Castro Alves, representante do romantismo literário brasileiro, destaca elementos típicos da identidade
nacional, como os pássaros (bem-te-vi e rolas); a etnia, através da mulher-morena; o ambiente peculiardo
sertão brasileiro, e o regime social ainda escravocrata.
3: Padre José de Anchieta é considerado o representante mais importante da poesia quinhentista produzida no Brasil. O trecho a seguir é da segunda parte de um longo poema intitulado A Santa Inês.
II
Não é d’Alentejo
este vosso trigo,
mas Jesus amigo
é vosso desejo.
Morro porque vejo
que este nosso povo
não anda faminto
deste trigo novo.
Santa padeirinha,
morta com cutelo,
sem nenhum farelo
é vossa farinha.
Ela é mezinha
com que sara o povo,
que, com vossa vinda,
terá trigo novo.
O pão que amassastes
dentro em vosso peito,
é o amor perfeito
com que a Deus amastes.
Deste vos fartastes,
deste dais ao povo,
porque deixe o velho
pelo trigo novo.
Não se vende em praça
este pão de vida,
porque é comida
que se dá de graça.
Ó preciosa massa!
Ó que pão tão novo
que, com vossa vinda,
quer Deus dar ao povo!
Ó que doce bolo,
que se chama graça!
Quem sem ele passa
é mui grande tolo,
Homem sem miolo,
qualquer deste povo,
que não é faminto
deste pão tão novo!
Vocabulário: Alentejo: Região de Portugal, Cuteio: Tipo de lâmina usada em decapitações; Mesinha: medicamento caseiro.
O eu lírico do poema trabalha durante todo esse trecho a metáfora do trigo. Explique-a.
Fácil vislumbrar a metáfora do lume, do trigo novo, como a novidade da fé cristã diante da nova terra, o Brasil, à densa sombra da selva ainda virgem. o espanhol quinhentista tinha ouvidos de escutar, na colônia portuguesa, o rugido de fome espiritual da imensa maioria pagã (os índios), que estudou e compreendeu como poucos europeus do seu tempo.
4: Leia a seguir o fragmento do poema Pálida imagem, de Álvares de Azevedo.
No delírio da ardente mocidade
Por tua imagem pálida vivi!
A flor do coração no amor dos anjos
Orvalhei-a por ti!
O expirar de teu canto lamentoso
Sobre teus lábios que o palor cobria,
Minhas noites de lágrimas ardentes
E de sonhos enchia!
Foi por ti que eu pensei que a vida inteira
Não valia uma lágrima... sequer,
Senão num beijo trêmulo de noite...
Num olhar de mulher!
(...)
Se a vida é lírio que a paixão desflora,
Meu lírio virginal eu conservei...
Somente no passado tive sonhos
E outrora nunca amei!
Foi por ti que na ardente mocidade
Por uma imagem pálida vivi!
E a flor do coração no amor dos anjos 
Orvalhei... só por ti!
O ultrarromântico desenvolve o tema do amor sexualizado de modo negativo, sempre associado a condenação de sua realização e como um fator de corrupção humana. Tendo a afirmação em mente, explique a metáfora do lírio desflorado e da manutenção do lírio virgem pelo eu lírico.
O eu lírico do poema suspira e chora por uma mulher de lábios pálidos. A solução encontrada para a desilusão amorosa vem expressa em uma estranha condição: se a vida é um lírio que é destruído (desflorado) pela paixão, então ele foge do amor (mantém-se virgem).
O ultrarromântico desenvolve o tema do amor sexualizado de modo negativo, sempre associado à condenação de sua realização e como um fator de corrupção humana.
Por causa dessa postura, idealiza totalmente o relacionamento amoroso. Somente em sonhos os amantes podem se tocar. A frustração gerada pelo desejo não satisfeito dá ao poema uma tensão erótica bastante grande. Essa tensão será uma das características da poesia de Álvares de Azevedo.
5: Leia o poema Relicário, de Oswald de Andrade:
No baile da Corte
Foi o Conde d'Eu quem disse
Pra Dona Benvinda
Que farinha de Suruí
Pinga de Parati
Fumo de Baependi
É comê bebê pitá e caí 
O humor de Relicário desconstrói a imagem da sofisticação vinculada à aristocracia, afastando-o também da sofisticação dos parnasianos e dos simbolistas. Quais os elementos do poema que exemplificam essa desconstrução? Justifique.
Altamente em voga, podemos identificar a presença de um linguajar predominantemente coloquial, no intento de promover a ruptura com as estruturas da língua.
6: A canção abaixo faz parte do disco Tropicália, lançado em 1968:
Tropicália
Sobre a cabeça os aviões
Sob os meus pés, os caminhões
Aponta contra os chapadões, meu nariz
Eu organizo o movimento
Eu oriento o carnaval
Eu inauguro o monumento
No planalto central do país
Viva a bossa, sa, sa
Viva a palhoça, ça, ça, ça, ça
O monumento é de papel crepom e prata
Os olhos verdes da mulata
A cabeleira esconde atrás da verde mata
O luar do sertão
O monumento não tem porta
A entrada é uma rua antiga,
Estreita e torta
E no joelho uma criança sorridente, 
Feia e morta,
Estende a mão
Viva a mata, ta, ta
Viva a mulata, ta, ta, ta, ta
No pátio interno há uma piscina
Com água azul de Amaralina
Coqueiro, brisa e fala nordestina
E faróis
Na mão direita tem uma roseira
Autenticando eterna primavera
E no jardim os urubus passeiam
A tarde inteira entre os girassóis
Viva Maria, ia, ia
Viva a Bahia, ia, ia, ia, ia
No pulso esquerdo o bang-bang
Em suas veias corre muito pouco sangue
Mas seu coração
Balança a um samba de tamborim
Emite acordes dissonantes
Pelos cinco mil alto-falantes
Senhoras e senhores
Ele pões os olhos grandes sobre mim
Viva Iracema, ma, ma
Viva Ipanema, ma, ma, ma, ma
Domingo é o fino-da-bossa
Segunda-feira está na fossa
Terça-feira vai à roça
Porém, o monumento
É bem moderno
Não disse nada do modelo
Do meu terno
Que tudo mais vá pro inferno, meu bem
Que tudo mais vá pro inferno, meu bem
Viva a banda, da, da
Carmen Miranda, da, da, da da.
Explique a contraposição passado/ presente expressa pela canção a partir dos versos “viva Iracema/ viva Ipanema”, indicando ainda a intertextualidade que os versos marcam.
com “Iracema” (indianismo
romântico) e (a garota de) Ipanema, além do encontro espacial, pois Iracema é
uma praia do Ceará, teremos um encontro temporal – do primitivo com o
moderno. A índia do Romantismo não se justapõe à garota de Vinícius de
Morais como se fossem elementos inconciliáveis, mas sim como se fosse um diálogo singular, como se só fizesse sentido um considerando o outro em sua
diferença
7: Leia, abaixo, o poema de Jorge de Lima e responda ao que se pede. 
Mulher proletária
Mulher proletária — única fábrica
que o operário tem, (fabrica filhos)
tu
na tua superprodução de máquina humana
forneces anjos para o Senhor Jesus,
forneces braços para o senhor burguês.
Mulher proletária,
o operário, teu proprietário
há de ver, há de ver:
a tua produção,
a tua superprodução,
ao contrário das máquinas burguesas
salvar o teu proprietário.
É possível afirmarmos que a mulher proletária do poema é a própria sociedade? Explique sua resposta.
(tirado da internet: Ler e elaborar a resposta)
O poeta Jorge de Lima critica no poema, o Capitalismo desenfreado que explora trabalhadores e os transforma em máquinas. A reprodução em série das indústrias é exteriorizada pelos operários, que explorados ao máximo, não têm direito a ter uma vida, com dignidade, nem têm seu individualismo respeitado. Assim como os produtos nos quais trabalham, eles são talhados “numa mesma fôrma”, excluídos e incluídos num sistema de lucro dos quais eles não tiram vantagem. O ser humano não é visto como homem, como mulher, pai, mãe, filho, filha, amigo... mas, como peça de uma grande engrenagem que é o próprio sistema capitalista. No contexto de “Mulher proletária”, a mulher é a própria sociedade que fabrica filhos em grande número, máquinas humanas que quando “vingam” se transformam em braços para manter a burguesia. Braços... não cérebros, nem corações, nem seres humanos, nem pessoas. São braços que não tendo o que comercializar, resta apenas o seu trabalho. A mulher é a única “fábrica” que o operário, marido tem. Este trecho mostra a mecanização das relações, já que os filhos são “fabricados” em série, para que um dia cumpram a mesma sina dos pais. Na última estrofe, Jorge de Lima conversa com a “mulher proletária” e fala sobre um futuro ainda esperançoso, já que a superprodução de homens que nascem condenados a ser explorados cresce a cada dia e já é mais numerosa que a Burguesia. Cabe a eles organização, para que unidos possam salvar a si próprios. É uma denuncia a passividade das pessoasdiante da dominação. Um dia este proletariado pode vir a se estabelecer com uma vida digna, quando ele entender que têm direitos iguais aos dos que o dominam e exploram, mas, para isto, precisam acordar. “Sonho que se sonha só é só um sonho que se sonha só, mas, sonho que se sonha junto, é realidade”. No Modernismo abandonou-se a preocupação com a forma, que dominou a geração Parnasiana. Em “Mulher proletária”, percebemos a grande habilidade do poeta Jorge de Lima em fazer jogo de palavra. O substantivo mulher é acompanhado do adjetivo proletária que impõe as marcas do Capitalismo inseridas na sua personalidade. Assim como operário, produção, superprodução, burguesia, burguês, o autor define a mecanização do ser humano, como conseqüência do Capitalismo exagerado, que têm seus princípios fundamentados no lucro e não na pessoa que produz.
8: Leia o poema de Mário de Andrade para responder à questão.
DESCOBRIMENTO
 Abancado à escrivaninha em São Paulo 
Na minha casa da rua Lopes Chaves 
De supetão senti um friúme por dentro. 
Fiquei trêmulo, muito comovido 
Com o livro palerma olhando para mim. 
Não vê que me lembrei que lá no norte, meu Deus! 
muito longe de mim 
Na escuridão ativa da noite que caiu 
Um homem pálido magro de cabelo escorrendo nos olhos, 
Depois de fazer uma pele com a borracha do dia, 
Faz pouco se deitou, está dormindo. 
Esse homem é brasileiro que nem eu. (Mário de Andrade)
O poema poderia se chamar Descoberta. O que explica o título descobrimento e em que ele se relaciona ao projeto modernista?
faz, neste poema, uma comparação entre o homem de um grande centro urbano e a vida precária de um seringueiro, o homem do Norte, uma região praticamente abandonada pelas autoridades. Logo, trata-se de uma forma indireta de denúncia bem própria do Modernismo da primeira geração.
O poema Descobrimento, de Mário de Andrade, marca a postura nacionalista manifestada pelos escritores modernistas. Recuperando o fato histórico do “descobrimento”, a construção poética problematiza a representação nacional a fim de defender a diversidade social e cultural brasileira
9: Leia um trecho do poema Marabá, de Gonçalves Dias:
Eu vivo sozinha; ninguém me procura!
Acaso feitura
Não sou de Tupá?
Se algum dentre os homens de mim não se esconde,
— Tu és, me responde,
— Tu és Marabá!
— Meus olhos são garços, são cor das safiras,
— Têm luz das estrelas, têm meigo brilhar;
— Imitam as nuvens de um céu anilado,
— As cores imitam das vagas do mar!
Se algum dos guerreiros não foge a meus passos:
"Teus olhos são garços,
Responde anojado; "mas és Marabá:
"Quero antes uns olhos bem pretos, luzentes,
"Uns olhos fulgentes,
"Bem pretos, retintos, não cor d'anajá!"
Vocabulário:
Anajá: palmeira típica do Brasil.
Anilado: que tem cor de anil, azulado.
Anojado: enojado, com nojo.
Feitura; obra, criação.
Fulgente: brilhante.
Retinto: de cor muito escura.
Tupá: mesmo que Tupã, divindade indígena suprema.
Vaga: onda.
O eu lírico feminino do poema contrapões dois ideais de beleza, o europeu e o indígena. Aponte elementos do poema eu expliquem a afirmação.
No poema, Marabá “é uma mestiça rejeitada pelos homens de sua tribo, porque tem um padrão de beleza mais europeizado, enquanto os índios preferem os encantos tidos como nacionais. Mesmo sendo bela, é infeliz por ser sozinha.”
10: Leia a seguir um trecho de Marília de Dirceu, de Tomás Antônio Gonzaga:
	LIRA XV
	Eu, Marília, não fui nenhum vaqueiro, 
Fui honrado pastor da tua aldeia; 
Vestia finas lãs e tinha sempre 
A minha choça1 do preciso cheia. 
Tiraram-me o casal2 e o manso gado, 
Nem tenho a que me encoste um só cajado. 
Para ter que te dar, é que eu queria 
De mor rebanho ainda ser o dono; 
Prezava o teu semblante, os teus cabelos 
Ainda muito mais que um grande trono. 
Agora que te oferte já não vejo, 
Além de um puro amor, de um são desejo.
(...) 
Ah! minha bela, se a Fortuna volta, 
Se o bem, que já perdi, alcanço e provo, 
Por essas brancas mãos, por essas faces 
Te juro renascer um homem novo, 
Romper a nuvem que os meus olhos cerra, 
Amar no céu a Jove e a ti na terra!
(...)
Se não tivermos lãs e peles finas, 
Podem mui bem cobrir as carnes nossas 
As peles dos cordeiros mal curtidas 
E os panos feitos com as lãs mais grossas. 
Mas ao menos será o teu vestido 
Por mãos de amor, por minhas mão cosido. 
Nós iremos pescar na quente sesta 
Com canas e com cestos os peixinhos; 
Nós iremos caçar nas manhãs frias 
Com a vara envisgada os passarinhos. 
Para nos divertir faremos quanto 
Reputa o varão sábio, honesto e santo. 
Nas noites de serão nos sentaremos 
Cos filhos, se os tivermos, à fogueira7: 
Entre as falsas histórias que contares, 
Lhes contarás a minha, verdadeira. 
Pasmados te ouvirão; eu, entretanto, 
Ainda o rosto banharei de pranto.
Glossário:
Choça: Construção rústica revestida de palha ou de folhas.
Cajado: Pau para apoiar quem caminha.
Regaço: Concavidade formada pela roupa entre a cintura e os joelhos de pessoas sentadas.
Sesta: Sono que se dorme depois do almoço.
Olmeiros: Grandes árvores frondosas.
Papoulas: Gênero de plantas que serve de tipo às papaveráceas.
Jove: Júpiter na mitologia Romana, ou Zeus, na mitologia grega.
Cosido: Costurado.
Envisgada: Presa.
Reputar: Julgar, crer.
Serão: Trabalho feito à noite.
Os quatro versos finais da primeira estrofe resumem o assunto central do poema. Qual e esse assunto? Há, na estrofe final, uma relação entre felicidade e desventura. Justifique essa afirmação. 
Interpretação (tirado da internet, favor ler e formular a resposta)
Na Lira XV da segunda parte de Marília de Dirceu, o eu lírico fala aberta e claramente sobre a perda de seus bens que antes o colocavam em uma condição social mais elevada. Os  versos da primeira estrofe "Tiraram-me o casal e o manso gado,/ Nem tenho, a que me encoste, um só cajado." explicitam toda essa perda e, não só isso, deixam uma leve impressão de uma valorização dos bens materiais (o que iria contra a filosofia de vida aurea mediocritas: valorização das coisas simples). Isso é logo explicado na estrofe seguinte, onde fica claro que Dirceu só queria ainda ser dono de um grande rebanho para ter o que dar à Marília e que ele valoriza muito mais a amada que qualquer riqueza. Outra situação enfatizada é a de que Dirceu não se importava com as pequenas perdas, já que podia estar perto de sua Marília, porém, agora que tudo perdeu, ele nem sequer pode vê-la, afinal de contas, um homem sem bens não era considerado digno de cortejar a amada. O eu lírico chega a atribuir ao Céu a não realização de todos os planos que este havia feito para uma vida com Marília. Até aqui a lira assumiu um caráter melancólico, lamentoso até, que logo é substituído por promessas que serão cumpridas caso a Fortuna volte. Daí em diante, Dirceu se mostra mais esperançoso e imerge em um mundo de planos para um futuro simples, alegre e promissor com a amada, que vai desde ovelhas compradas fiadas à filhos. Termina coma promessa de que viverão contentes desta sorte, até que a morte os separe. Fica claro que, mesmo em meio à esta situação desagradável, ele ainda é capaz de sonhar, admirar Marília e aspirar à toda uma vida com ela.
Características do Arcadismo e da lira
O pastoralismo, na Lira XV, está presente logo na primeira estrofe, quando o eu lírico se apresenta como um "honrado pastor da sua Aldeia", trazendo a ideia de simplicidade. A partir da quarta estrofe, a característica árcade mais marcante é o bucolismo: Dirceu faz seus planos para com a amada em um lugar ameno, tranquilo, agradável... Uma Natureza acolhedora, que seria o cenário de toda sua vida futura com Marília. Não há uma presença constante de entidades mitológicas como em outras liras; nesta, o eu lírico cita Jove (Júpiter) apenas uma vez. É notável o tema clássico aurea mediocritas, que valoriza as coisas simples da vida, já que Dirceu deixa claro que ele não se importa de não ter nada e fará de tudo pelo amor. No decorrer da lira, nota-se que este é um texto de fácil entendimento, uma vez que os poetas árcadesusavam do predomínio da lógica, da clareza e recusavam uma maior elaboração da língua.
Comentário sobre a situação histórica
A segunda parte de Marília de Dirceu foi escrita quando Dirceu já estava aprisionado aqui no Brasil por participar da Inconfidência Mineira, movimento que tinha a intenção de proclamar a República e tornar o país independente de Portugal. Não foi um movimento bem sucedido, pois Joaquim Silvério dos Reis, um dos financiadores do movimento, delatou-o, levando à prisão de Tomás Antônio Gonzaga e outros líderes do movimento. Isso explica o fato de a  Lira XV ser um retrato dos sofrimentos da prisão, de uma imensa saudade de Marília e questionamentos sobre o destino.
11:Leia o poema Momento num café, de Manuel Bandeira:
Quando o enterro passou
Os homens que se achavam no café
Tiraram o chapéu maquinalmente
Saudavam o morto distraídos
Estavam todos voltados para a vida
Absortos na vida
Confiantes na vida.
Um no entanto se descobriu num gesto largo e demorado
Olhando o esquife longamente
Este sabia que a vida é uma agitação feroz e sem finalidade
Que a vida é traição
E saudava a matéria que passava
Liberta para sempre da alma extinta.
Por que é possível afirmar que o eu lírico do poema expressa uma forma desencantada de ver o mundo?
Manuel Bandeira nos apresenta uma visão desencantada do mundo e da humanidade, evidenciada principalmente no verso:
Este sabia que a vida é uma agitação feroz e sem finalidade
Entre os temas recorrentes na obra do poeta pernambucano, Manuel Bandeira, a morte tem lugar de destaque, como bem atesta o poema, pois ele se torna o espaço de reflexão no qual a doença e a morte, fantasmas reais da vida do autor, transformaram-se em experiência lírica e reflexiva, ganhando uma dimensão universal.
Um simples cortejo sendo observado por homens num café, algo que passa tão despercebido numa grande cidade, toma uma dimensão metafísica, com um profundo sentimento de interioridade, onde pode-se pensar sobre a dualidade vida / morte.
Das coisas mais banais do dia-a-dia é que nasce sua surpreendente reflexão sobre temas tão caros ao ser humano.
12: Leia o poema A um poeta, de Olavo Bilac:
A um Poeta
Longe do estéril turbilhão da rua,
Beneditino, escreve! No aconchego
Do claustro, na paciência e no sossego,
Trabalha, e teima, e lima, e sofre, e sua!
Mas que na forma se disfarce o emprego
Do esforço; e a trama viva se construa
De tal modo, que a imagem fique nua,
Rica mas sóbria, como um templo grego.
Não se mostre na fábrica o suplício
Do mestre. E, natural, o efeito agrade,
Sem lembrar os andaimes do edifício:
Porque a beleza, gêmea da Verdade,
Arte pura, inimigo do artifício,
É a força e a graça na simplicidade.
( Olavo Bilac )
Indique e explique como se manifesta a idéia da arte pela arte, cara aos poetas parnasianos.
Ele surge como resposta aos excessos que caracterizavam as obras românticas e é marcado pela estética da “arte pela arte”A beleza deve ser um fim em si mesmo. Portanto, não cabe ao poeta almejar nada além de criar beleza através de suas obras. Quaisquer compromissos de ordem social, política, religiosa, ou relativos à ideologia, são exteriores e não devem preocupar o artista.
13: Leia o poema de Carlos Drummond de Andrade para responder o que se pede:
Procura da Poesia
Não faças versos sobre acontecimentos.
Não há criação nem morte perante a poesia.
Diante dela, a vida é um sol estático,
não aquece nem ilumina.
As afinidades, os aniversários, os incidentes pessoais não contam.
Não faças poesia com o corpo,
esse excelente, completo e confortável corpo, tão infenso à efusão lírica.
Tua gota de bile, tua careta de gozo ou de dor no escuro
são indiferentes.
Nem me reveles teus sentimentos,
que se prevalecem do equívoco e tentam a longa viagem.
O que pensas e sentes, isso ainda não é poesia.
Não cantes tua cidade, deixa-a em paz.
O canto não é o movimento das máquinas nem o segredo das casas.
Não é música ouvida de passagem, rumor do mar nas ruas junto à linha de espuma.
O canto não é a natureza
nem os homens em sociedade.
Para ele, chuva e noite, fadiga e esperança nada significam.
A poesia (não tires poesia das coisas)
elide sujeito e objeto.
Não dramatizes, não invoques,
não indagues. Não percas tempo em mentir.
Não te aborreças.
Teu iate de marfim, teu sapato de diamante,
vossas mazurcas e abusões, vossos esqueletos de família
desaparecem na curva do tempo, é algo imprestável.
Não recomponhas
tua sepultada e merencória infância.
Não osciles entre o espelho e a
memória em dissipação.
Que se dissipou, não era poesia.
Que se partiu, cristal não era.
Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
Ei-los sós e mudos, em estado de dicionário.
Convive com teus poemas, antes de escrevê-los.
Tem paciência se obscuros. Calma, se te provocam.
Espera que cada um se realize e consume
com seu poder de palavra
e seu poder de silêncio.
Não forces o poema a desprender-se do limbo.
Não colhas no chão o poema que se perdeu.
Não adules o poema. Aceita-o
como ele aceitará sua forma definitiva e concentrada
no espaço.
Chega mais perto e contempla as palavras.
Cada uma
tem mil faces secretas sob a face neutra
e te pergunta, sem interesse pela resposta,
pobre ou terrível, que lhe deres:
Trouxeste a chave?
Repara:
ermas de melodia e conceito
elas se refugiaram na noite, as palavras.
Ainda úmidas e impregnadas de sono,
rolam num rio difícil e se transformam em desprezo.
Podemos afirmar que Procura da Poesia é um metapoema, que se utiliza de metalinguagem. Explique essa afirmação:
questionamento do poeta sobre a própria poesia. 
O poema apresenta um eu lírico que se dirige, em tom professoral, próprio de quem já refletiu muito sobre o assunto, a um hipotético interlocutor, que escreve (ou pretende escrever) poesia sem refletir sobre o “fazer poético” e sempre empregando verbos no imperativo, na segunda pessoa do singular (“não faças”, “não cantes”, “penetra”, “convive”, “espera”, “não forces”, “não colhas”, “não adules”, “repara”). 
O interlocutor, no entanto, não tem voz, não contra-argumenta nem aceita. 
“Procura da poesia” é uma poesia que fala de poesia. O fazer poético é penetração no remo das palavras, descoberta de suas faces secretas, que se escondem sob a face neutra, aparente, usual
14: Leia, abaixo, o poema de Cláudio Manuel da Costa e responda ao que se pede.
"Destes penhascos fez a natureza"
Destes penhascos fez a natureza
O berço em que nasci: oh! quem cuidara
Que entre penhas tão duras se criara
Uma alma terna, um peito sem dureza!
Amor, que vence os tigres, por empresa
Tomou logo render-me; ele declara
Contra meu coração guerra tão rara
Que não me foi bastante a fortaleza.
Por mais que eu mesmo conhecesse o dano
A que dava ocasião minha brandura,
Nunca pude fugir ao cego engano;
Vós que ostentais a condição mais dura,
Temei, penhas, temei: que Amor tirano
Onde há mais resistência mais se apura.
a) Na segunda estrofe, ocorre uma personificação do Amor. Como ele é apresentado?
 Amor é apresentado como um guerreiro forte, que vence os tigres, e que toma como objetivo render o eu lírico, declarando-lhe guerra ao coração.
b) Qual a imagem utilizada na terceira estrofe pelo eu lírico para se referir a esse amor? Explique o uso dessa imagem.
O eu lírico se refere ao sentimento amoroso como um “cego engano”, do qual ele não conseguiu fugir. Ao utilizar essa imagem, o eu lírico associa o Amor a algo que lhe causa sofrimento, mas que, mesmo assim acaba por vencê-lo.
15:Leia o poema de Vinicius de Moraes e a Letra da Canção de Renato Russo para responder ao que se pede.
Soneto de Fidelidade
Vinicius de Moraes
De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento
E assim, quando maistarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.
Por Enquanto
(Renato Russo)
 
Mudaram as estações
E nada mudou
Mas eu sei que alguma coisa aconteceu
Está tudo assim tão diferente
Se lembra quando a gente
Chegou um dia a acreditar
Que tudo era pra sempre
Sem saber
Que o pra sempre sempre acaba
Mas nada vai conseguir mudar
O que ficou
Quando penso em alguém, só penso em você
E aí então estamos bem
Mesmo com tantos motivos
Pra deixar tudo como está
E nem desistir, nem tentar
Agora tanto faz
Estamos indo de volta pra casa
Compare os versos “Mas que seja infinito enquanto dure” de Vinicius e “que o pra sempre, sempre acaba” de Renato Russo, indicando a figura de linguagem que sustenta a significação dos versos.
Antítese é a figura correspondente à aproximação de
antônimos ou de idéias que se contrapõem

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