Buscar

TRABALHO PROCESSO P MED CAUTELARES DIV DA PRISÃO

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

TRABALHO PROCESSO PENAL
EUGENIO PACELLI E AURY LOPES
DAS MEDIDAS CAUTELARES DIVERSAS DA PRISÃO E FIANÇA
REQUISITOS
Para Eugênio Pacelli a aplicação das medidas cautelares diversas da prisão a partir da incidência do fumus comissi delicti (aparência do fato delituoso) precisam ser necessárias e adequadas às situações e, independem de prévia prisão em flagrante, no que aufere o dispositivo legal art. 282 § 2 º, CPP), podendo ainda substituir a prisão em flagrante quando não cabível ou adequada à prisão preventiva (Art. 310, II, CPP). Afirma ainda que nenhuma medida cautelar possa ser imposta se não cominada a infração ou sendo cabível transação penal.
O autor cita ainda os crimes culposos pelos quais tais medidas não são admitidas em face do princípio da proporcionalidade, somente sobre condições pessoais do agente dispostas nos artigos 319 e 320 do CPP. Já para o Concurso de crimes se a totalidade das penas superar quatro anos, a prisão preventiva será decretada de modo autônomo.
Segundo Aury Lopes Junior as “medidas alternativas” só poderão se usadas quando cabível a prisão preventiva. Nos casos dos crimes dolosos nos quais a pena máxima é igual ou inferior a quatro anos haverá decretação exclusiva de medida cautelar diversa, porém se a pena imposta for igual ou superior a quatro anos, caso inadequada a medida cautelar diversa, aplica-se a prisão preventiva. Destarte, tais medidas devem priorizar o caráter substitutivo reservando a prisão preventiva como ultimo instrumento para utilização. 
ESPÉCIES (CUMULAÇÃO, SUBSTITUIÇÃO, REVOGAÇÃO E DESCUMPRIMENTO- CONSEQUÊNCIAS) 
As espécies das medidas cautelares diversas da prisão estão elencadas no art. 319 do CCP. O primeiro inciso trata do comparecimento periódico ao juízo elencado pelos dois autores a influência do direito português e italiano. Pacelli trata a medida como a limitação de informações eventuais de atividades em desenvolvimento ou as razões pelas quais o imputado não exerce qualquer uma delas, com o fim de investigar a origem das fontes de sobrevivência daquele, cita ainda que em eventual descumprimento o imputado deva ser punido com imposição de medida cautelar mais grave ou até substituindo-se pela prisão preventiva. Já Aury afirma que a medida permite o controle da vida cotidiana, certificando-se do paradeiro do imputado o que, como instrumento, trás maior efetividade para a lei penal.
A segunda espécie, disposta no inciso II diz respeito à proibição de acesso ou freqüência a determinados lugares que para Eugênio impedirá a pratica de novas infrações ou ajudará no período de investigações, podendo ser esta ainda cumulada, se havendo tecnologia suficiente, com o monitoramento eletrônico,. No que concerne tal dispositivo, para Lopes a medida deve ser aplicada com cuidado para que não seja confundida como pena de “banimento”. O autor indaga ainda se o Estado teria condições de fiscalizar o cumprimento desta medida e dispõe sobre o caráter de prevenção especial manifesto. Quanto à terceira espécie (III- proibição de manter contato com pessoa determinada...) é defendida por este ao dizer que a tutela sendo mais específica, protege a prova, ou seja, a vítima. Ressalta ainda que os juízes devam ter cautela ao apurar denúncias de descumprimento com fim de preservar a necessidade e proporcionalidade e que antes da revogação deve se preferir a cumulação com mais algumas medidas elencadas no art. 319 do CPP. Pacelli direciona a medida no mesmo sentido, afirmando que nesta espécie evitam-se os contatos prejudiciais, sendo assim a reiteração de novos conflitos. 
A quarta medida (IV - proibição da ausência da comarca para fins de conveniência ou necessidade) segundo o mesmo autor, tal espécie é autoexplicativa e menos onerosa comparada àquela em que o comparecimento é periódico e obrigatório. Aury dispõe novamente sobre a tutela probatória e desta vez para o risco de fuga e que este seria a finalidade da medida, cuja legitimidade é totalmente discutível. Cabe ao juiz a comunicação às autoridades quanto à fiscalização das saídas do território nacional, estando o agente intimado a entregar o passaporte no prazo de 24 horas e , caso haja o descumprimento de tal determinação é dado como descumprimento da própria medida, cabendo substituição pela prisão preventiva.
O inciso V (recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias de folga...) traz a quinta espécie de medida cautelar diversa da prisão é trazida por Eugênio como substitutiva da prisão em flagrante. Pontua ainda que a cumulação com o monitoramento eletrônico permitiria melhor fiscalização, assim como Lopes acentua, porém este adverte para a atenção do juiz na hora da aplicação de tais medidas acumulativas devendo se orientar pela proporcionalidade, evitando a excessiva restrição ao réu. O autor compara a medida como um “regime de liberdade parcial” pelo qual o imputado trabalhe durante o dia e se recolhe a noite e nos dias de folga. A sexta medida cautelar (... VI- suspensão do exercício da função publica ou de atividade de natureza econômica... ) segundo Aury tem como finalidade tutelar o risco de reiterações de infrações penais, evitando crimes futuros cometidos por servidores públicos ou aqueles cuja atividade econômica é relevante

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Continue navegando