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Introdução+às+medidas+cautelares (1)

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INTRODUÇÃO ÀS MEDIDAS CAUTELARES / 
PROCESSUAIS / "SEM PENA" 
(carcer ad custodiam) 
 
 Medidas cautelares de natureza pessoal: são medidas decretadas no curso da persecução 
penal que acarretam restrições à liberdade de locomoção do acusado, com o objetivo de assegurar 
a eficácia do processo. 
 
 
Lei 12.403/11 e o fim da bipolaridade das medidas cautelares de natureza 
pessoal previstas no CPP 
 Classificação das medidas cautelares: 
o De natureza patrimonial (alguns chamam de “reais”): são aquelas relacionadas à 
reparação do dano e ao perdimento de bens como efeito da condenação. Ex: sequestro 
(art. 125 do CPP), arresto, hipoteca legal. Servem para assegurar futura decisão judicial 
que enseje a aplicação de qualquer das medidas previstas no art. 91 do CP. 
o De natureza probatória: visam preservar as fontes de prova e assegurar a regular 
produção de provas. Ex: art. 225 e 366, CPP; art. 19-A da Lei n° 9807/99. 
Obs.: Alguns Tribunais, p. ex. TJRS e TJDFT, utilizam esta ferramenta do art. 225 do 
CPP para ouvir vulneráveis como prova antecipada, para evitar o processo de re-
vitimização. 
o De natureza pessoal: são aquelas medidas que acarretam a privação ou restrição da 
liberdade de locomoção do acusado. Ex. proibição de frequentar lugares (restritiva). 
 Multipolaridade do Sistema Cautelar do CPP 
 Sistema Bipolar - No CPP só havia 2 medidas cautelares de natureza 
pessoal. Ou (1) o juiz decretava a prisão cautelar, ou (2) concedia 
liberdade provisória com ou sem fiança, mas esta só podia ser 
concedida àquele que foi preso em flagrante. 
 Agora com a Lei 12.403/2011, há diversas medidas cautelares 
possíveis ao juiz ou tribunal com relação à pessoa do acusado, 
alternativas às prisões cautelares ou mesmo substitutivas destas (arts. 
319 e 320 do CPP). Essas medidas alternativas são preferenciais à 
prisão, enquanto forem mais adequadas. 
 Essas medidas cautelares poderão ser adotadas de maneira autônoma 
(instrumento cautelar para alguém que estava em liberdade plena) ou 
como vínculos da liberdade provisória substitutiva da prisão em 
flagrante, prisão preventiva ou prisão temporária (instrumento de 
contracautela). Elas servem tanto a quem foi preso em flagrante, 
quanto a quem estava solto, presentes os requisitos. 
 
 As medidas cautelares de natureza pessoal classificam-se em: 
 Privativas de liberdade (prisões) 
o Prisão em flagrante (artigos 301 a 310 do CPP); 
o Prisão preventiva (artigos 311 a 316 do CPP); 
o Prisão temporária (Lei 7.960/89). 
 Restritivas de direitos (rol do art. 319 e 320 do CPP) 
o Comparecimento periódico em juízo; 
o Proibição de acesso ou frequência a determinados lugares; 
o Proibição de contato com pessoa certa; 
o Proibição de se ausentar da Comarca; 
o Recolhimento domiciliar noturno e nos períodos de folga; 
o Suspensão do exercício de função pública ou atividade 
econômica; 
o Internação provisória de inimputável ou semi-imputável (art. 
26 do CP); 
o Fiança; 
o Monitoração eletrônica; 
o Proibição de ausentar-se do País. 
 
Poder geral de cautela no processo penal 
 Conceito de poder geral de cautela: É um poder atribuído ao Estado Juiz, destinado a autorizar 
a concessão de medidas cautelares atípicas sempre que nenhuma medida cautelar típica se 
mostre adequada para assegurar a eficácia do processo no caso concreto. 
o Doutrina mais conservadora não admite o poder geral de cautela no processo penal, pois 
viola o principio da legalidade, todavia a doutrina majoritária e o STF/STJ (HC 94147 e 
86758) entendem que é possível a aplicação subsidiária do artigo 297 do CPC no 
processo penal (art. 3, CPP). 
CPC, Art. 798. Além dos procedimentos cautelares específicos, que este Código regula no Capítulo II deste Livro, poderá o juiz 
determinar as medidas provisórias que julgar adequadas, quando houver fundado receio de que uma parte, antes do julgamento 
da lide, cause ao direito da outra lesão grave e de difícil reparação. 
Art. 297 do CPC 15. O juiz poderá determinar as medidas que considerar adequadas para efetivação da tutela provisória. 
Parágrafo único. A efetivação da tutela provisória observará as normas referentes ao cumprimento provisório da 
sentença, no que couber. 
 
CPP, Art. 3o A lei processual penal admitirá interpretação extensiva e aplicação analógica, bem como o suplemento dos princípios 
gerais de direito. 
 
PROCESSUAL PENAL. IMPOSIÇÃO DE CONDIÇÕES JUDICIAIS (ALTERNATIVAS À PRISÃO PROCESSUAL). 
POSSIBILIDADE. PODER GERAL DE CAUTELA. PONDERAÇÃO DE INTERESSES. ART. 798, CPC; ART. 3°, CPC. 1. A questão 
jurídica debatida neste habeas corpus consiste na possibilidade (ou não) da imposição de condições ao paciente com a revogação 
da decisão que decretou sua prisão preventiva 2. Houve a observância dos princípios e regras constitucionais aplicáveis à matéria 
na decisão que condicionou a revogação do decreto prisional ao cumprimento de certas condições judicias. 3. Não há direito 
absoluto à liberdade de ir e vir (CF, art. 5°, XV) e, portanto, existem situações em que se faz necessária a ponderação dos 
interesses em conflito na apreciação do caso concreto. 4. A medida adotada na decisão impugnada tem clara natureza 
acautelatória, inserindo-se no poder geral de cautela (CPC, art. 798; CPP, art. 3°). 5. As condições impostas não maculam o 
princípio constitucional da não-culpabilidade, como também não o fazem as prisões cautelares (ou processuais). 6. Cuida-se de 
medida adotada com base no poder geral de cautela, perfeitamente inserido no Direito brasileiro, não havendo violação ao princípio 
da independência dos poderes (CF, art. 2°), tampouco malferimento à regra de competência privativa da União para legislar sobre 
direito processual (CF, art. 22, I). 7. Ordem denegada. (HC 94147, Relator(a): Min. ELLEN GRACIE, Segunda Turma, julgado em 
27/05/2008). 
 
 
 
Prisões Cautelares Remanescentes 
 Sobraram apenas a prisão preventiva e a prisão temporária como espécies de prisões 
processuais. 
 A prisão em flagrante já foi tratada acima. 
 E as prisões (1) decorrente da pronúncia e (2) decorrente de sentença condenatória recorrível? 
o Antes da Reforma de 2008, desde que o acusado não fosse primário ou não tivesse bons 
antecedentes, a prisão funcionaria como um efeito automático da pronúncia ou da 
sentença penal condenatória recorrível. 
o Com as Leis 11.689/08 e 11.719/08, essas prisões foram extintas do ordenamento. 
Portanto, para que alguém seja preso no momento da pronúncia ou da sentença 
condenatória recorrível é indispensável a presença dos requisitos que autorizam a 
prisão preventiva. 
 
 
Conceito, Objetivo e Pressupostos das medidas cautelares de natureza 
pessoal 
 Objetivo: Elas têm o objetivo de assegurar a eficácia das investigações ou do processo criminal. 
 Conceito: Trata-se de medida de natureza excepcional, que não pode ser utilizada como 
cumprimento antecipado da pena, nem tampouco para dar satisfação à opinião pública ou à mídia. 
São as decretadas antes do trânsito em julgado de sentença penal condenatória (ou seja, antes 
ou durante o processo penal). 
 
Pressupostos 
Prisão Preventiva Outras medidas cautelares de natureza 
pessoal diversas da prisão 
Fumus comissi delicti 
 Prova da existência do crime 
 Indícios (prova com menor valor 
persuasivo) suficientes de autoria 
Fumus comissi deliciti 
 Prova da existência do crime 
 Indícios (prova com menor valor 
persuasivo) suficientes de autoria 
Periculum libertatis 
 
 Garantia da ordem pública 
 Garantia da ordem econômica 
 
 Garantia da aplicação da lei penal 
 
 Conveniência da instrução criminal 
Art. 312. A prisão preventiva poderá ser decretada como 
garantia da ordem pública, da ordem econômica, por 
conveniência da instrução criminal, ou para assegurar a 
aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do 
crime e indício suficiente de autoria. 
Periculum libertatis: os requisitos são os mesmos,apenas a lei trouxe outros nomes. 
 Nos casos expressamente previstos, para 
evitar a prática de infrações penais. 
 
 Necessidade para aplicação da lei penal. 
 Para a investigação ou a instrução 
criminal 
Art. 282. As medidas cautelares previstas neste Título 
deverão ser aplicadas observando-se a: 
I - necessidade para aplicação da lei penal, para a 
investigação ou a instrução criminal e, nos casos 
expressamente previstos, para evitar a prática de infrações 
penais; 
Ultima ratio: a prisão preventiva só poderá ser 
decretada quando se demonstrar a inadequação 
ou insuficiência das outras medidas cautelares 
diversas da prisão. 
Prima ratio: o juiz ao decretar uma medida cautelar, 
deve analisar se as medidas cautelares diversas 
da prisão são suficientes e adequadas, apenas se 
não forem é que pode cogitar da medida cautelar 
prisional. 
Para ser possível a decretação da prisão cautelar, 
a infração penal deve cumprir os requisitos do 
artigo 313 do CPP. 
Art. 313. Nos termos do art. 312 deste Código, será admitida 
a decretação da prisão preventiva: 
I - nos crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade 
máxima superior a 4 (quatro) anos; 
II - se tiver sido condenado por outro crime doloso, em 
sentença transitada em julgado, ressalvado o disposto no 
inciso I do caput do art. 64 do Código Penal; 
III - se o crime envolver violência doméstica e familiar contra 
a mulher, criança, adolescente, idoso, enfermo ou pessoa 
com deficiência, para garantir a execução das medidas 
protetivas de urgência; 
Parágrafo único. Também será admitida a prisão preventiva 
quando houver dúvida sobre a identidade civil da pessoa ou 
quando esta não fornecer elementos suficientes para 
esclarecê-la, devendo o preso ser colocado imediatamente 
em liberdade após a identificação, salvo se outra hipótese 
recomendar a manutenção da medida. 
Deve haver cominação de pena privativa de 
liberdade para que possa ser decretada uma 
medida cautelar de natureza pessoal diversa da 
prisão. Assim, percebe-se que os requisitos para a 
decretação de medida cautelar de natureza 
pessoal diversa da prisão são mais brandos, pois 
qualquer infração penal que tenha cominação de 
pena privativa de liberdade já autoriza a 
decretação. 
Art. 283, § 1o As medidas cautelares previstas neste Título 
não se aplicam à infração a que não for isolada, cumulativa ou 
alternativamente cominada pena privativa de liberdade. 
Obs.: Professor Renato Brasileiro indica que esta 
hipótese do parágrafo único diz respeito a 
Condução Coercitiva (crime, contravenção, 
doloso ou culposo), e não prisão propriamente 
Prisão. Todavia, ainda segundo o autor o STF 
passou em 2018 a não mais admitir esta condução, 
em homenagem ao princípio do nemo tenetur se 
detergere. (ADPF 395 e 444) 
 
 
 
Procedimento para a aplicação das medidas cautelares de natureza 
pessoal 
 Aplicação isolada ou cumulativa das medidas cautelares diversas da prisão 
Art. 282. As medidas cautelares previstas neste Título deverão ser aplicadas observando-se a: 
§ 1o As medidas cautelares poderão ser aplicadas isolada ou cumulativamente. 
 
o Detalhe: a prisão cautelar e a internação provisória só podem ser aplicadas de 
maneira isolada. 
 
 Competência para a decretação das cautelares 
o Apenas a autoridade judiciária competente pode decretar as medidas cautelares, uma 
vez que elas estão sujeitas à cláusula de reserva de jurisdição. 
 Na fase investigatória o juiz não pode decretar medidas cautelares de ofício. 
 Na fase processual o magistrado pode decretá-las independentemente de 
provocação das partes. 
Art. 282, § 2o As medidas cautelares serão decretadas pelo juiz, de ofício ou a requerimento das partes ou, quando no curso da 
investigação criminal, por representação da autoridade policial ou mediante requerimento do Ministério Público. 
Art. 311. Em qualquer fase da investigação policial ou do processo penal, caberá a prisão preventiva decretada pelo juiz, de ofício, 
se no curso da ação penal, ou a requerimento do Ministério Público, do querelante ou do assistente, ou por representação da 
autoridade policial. 
 
 Atenção – Exceção à regra: A fiança também pode ser concedida pela 
autoridade policial (art. 322, CPP). 
Art. 322. A autoridade policial somente poderá conceder fiança nos casos de infração cuja pena privativa de liberdade máxima 
não seja superior a 4 (quatro) anos. 
Parágrafo único. Nos demais casos, a fiança será requerida ao juiz, que decidirá em 48 (quarenta e oito) horas. 
 
 
 Legitimidade para o requerimento de decretação de medidas cautelares 
o Na fase judicial: juiz (de ofício), MP, querelante, assistente da acusação. O próprio 
acusado e seu defensor podem requerer a decretação de medidas cautelares (ex: se o 
acusado estiver preso ele pode pedir outra cautelar menos gravosa). Essa possibilidade 
também ocorre durante a fase investigatória. 
 Como a Lei n° 12403/11 passou a conferir legitimidade ao assistente da 
acusação para requerer a decretação de medidas cautelares, conclui-se que a 
súmula 208 do STF está ultrapassada. 
Art. 268. Em todos os termos da ação pública, poderá intervir, como assistente do Ministério Público, o ofendido ou seu 
representante legal, ou, na falta, qualquer das pessoas mencionadas no Art. 31. 
 
SÚMULA Nº 208/STF: O ASSISTENTE DO MINISTÉRIO PÚBLICO NÃO PODE RECORRER, 
EXTRAORDINARIAMENTE, DE DECISÃO CONCESSIVA DE "HABEAS CORPUS". 
 
Súmula ultrapassada. 
o Na fase investigatória: requerimento do MP e representação da autoridade policial. 
A doutrina também confere legitimidade ao ofendido nos crimes de ação penal de 
iniciativa privada. 
http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=208.NUME.%20NAO%20S.FLSV.&base=baseSumulas
 O MP precisa ser ouvido para a decretação de cautelar feita por pedido do 
delegado? Duas posições: 
 Diante de uma representação da autoridade policial, o magistrado pode 
decretar uma medida cautelar, independentemente da concordância do 
órgão ministerial (Pacelli). 
 O delegado não possui capacidade postulatória e não é possível a 
decretação de medida cautelar sem prévia concordância do titular da 
ação penal. 
 
 Contraditório prévio à decretação das medidas cautelares 
o Antes da Lei n° 12.403/11: o contraditório só era exercido após a decretação das 
medidas cautelares (contraditório diferido), seja através da interposição de recursos, seja 
por meio de impetração do HC. 
o Depois da Lei n° 12.403/11: em regra, deverá o juiz intimar a parte contrária antes da 
decretação da medida cautelar (contraditório prévio). Não se trata de regra absoluta, 
sendo que na hipótese de ineficácia da medida, poderá o juiz deixar de assegurar o 
contraditório prévio. Renato Brasileiro salienta que deve o magistrado fundamentar o 
caso de urgência e ou perigo de ineficácia da medida. 
Art. 282, § 3º Ressalvados os casos de urgência ou de perigo de ineficácia da medida, o juiz, ao receber o pedido de medida 
cautelar, determinará a intimação da parte contrária, acompanhada de cópia do requerimento e das peças necessárias, 
permanecendo os autos em juízo. 
 
 
 Descumprimento injustificado das medidas cautelares diversas da prisão 
o O juiz pode (art. 282, §4° do CPP) – 03 três opções independentes, não há uma gradação 
– o descumprimento destas cautelares não acarreta crime de desobediência: 
 Substituir a medida cautelar imposta 
 Impor outra em cumulação 
 Ou em último caso, até mesmo decretar a prisão preventiva. 
 Nesse ponto há controvérsia na doutrina quanto a necessidade de 
observância dos requistos do artigo 313 do CPP caso seja necessária 
a decretação da preventiva. 
o De um lado, há doutrinadores que entendem que, na hipótese 
de descumprimento das cautelares diversas da prisão, é 
possível a decretação da prisão preventiva 
independentemente do preenchimento dos requisitos do 
artigo 313 (Pacelli, Nucci). É a posiçãomajoritária. 
HABEAS CORPUS. IMPETRAÇÃO ORIGINÁRIA. 
SUBSTITUIÇÃO AO RECURSO ORDINÁRIO. 
IMPOSSIBILIDADE. RESPEITO AO SISTEMA RECURSAL 
PREVISTO NA CARTA MAGNA. NÃO CONHECIMENTO. 
FURTO SIMPLES. PRISÃO EM FLAGRANTE. 
DEFERIMENTO DE LIBERDADE PROVISÓRIA MEDIANTE 
CONDIÇÕES. DESCUMPRIMENTO DAS OBRIGAÇÕES 
ASSUMIDAS. PREVENTIVA. MODALIDADE DE 
CONSTRIÇÃO ANTECIPADA QUE NÃO ESTARIA 
SUBMETIDA ÀS EXIGÊNCIAS DO ART. 313 DO CPP. 
SEGREGAÇÃO FUNDADA NO ART. 312 DO CPP. 
NECESSIDADE DE ASSEGURAR A CONVENIÊNCIA DA 
INSTRUÇÃO CRIMINAL E GARANTIR A APLICAÇÃO DA 
LEI PENAL. 
ENVOLVIMENTO EM CRIME ANTERIOR. REITERAÇÃO 
DELITIVA. RISCO EFETIVO. 
GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA. ALEGADA 
DESPROPORCIONALIDADE DA CONSTRIÇÃO. 
INOCORRÊNCIA. MEDIDAS ALTERNATIVAS. 
SUPRESSÃO. 
CONSTRANGIMENTO ILEGAL NÃO EVIDENCIADO. 
1. A prisão preventiva decretada em razão do 
descumprimento de medida cautelar anteriormente 
imposta ao paciente não está submetida às 
circunstâncias e hipóteses previstas no art. 313 do CPP, 
de acordo com a sistemática das novas cautelares 
pessoais. 
2. Ausente coação ilegal quando a constrição está 
devidamente justificada na garantia de aplicação da lei 
penal, uma vez que, beneficiado com a liberdade 
provisória, o paciente furtou-se de cumprir o 
compromisso firmado, deixando de informar a mudança 
de endereço e de comparecer em Juízo quando intimado, 
inviabilizando a regularidade da relação processual. 
3. Nos termos dos arts. 282, § 4º, e 312, parágrafo único, 
ambos do CPP, o descumprimento das medidas 
cautelares impostas quando da liberdade provisória 
constitui motivação idônea para a preventiva. 
5. Inviável afirmar que a medida extrema é 
desproporcional em relação a eventual condenação que o 
réu sofrerá ao final do processo que a prisão visa 
acautelar, pois não há como, em sede de habeas corpus, 
concluir que será beneficiado com a fixação de regime 
menos gravoso ou com a substituição da reprimenda por 
restritivas de direito, diante de seu histórico criminal. 
(HC 281.472/MG, Rel. Ministro JORGE MUSSI, QUINTA 
TURMA, julgado em 05/06/2014, DJe 18/06/2014) 
o Do outro lado, há doutrinadores que entendem que, mesmo 
nessa hipótese, os requisitos do artigo 313 devem ser 
cumpridos. 
Art. 282, § 4o No caso de descumprimento de qualquer das obrigações impostas, o juiz, de ofício ou mediante requerimento do 
Ministério Público, de seu assistente ou do querelante, poderá substituir a medida, impor outra em cumulação, ou, em último caso, 
decretar a prisão preventiva (art. 312, parágrafo único). 
 
 
 Revogação e ou substituição das medidas cautelares 
o A manutenção de uma medida cautelar depende da persistência dos motivos que 
evidenciaram sua necessidade. Em outras palavras, a decisão que decreta uma medida 
cautelar está sujeita à cláusula rebus sic stantibus, ou seja, mantidos seus pressupostos, 
a decisão será mantida; desaparecendo seus pressupostos, a decisão pode ser alterada. 
o Atenção: a Resolução Conjunta n° 1 do CNJ e CNMP estabelece que deve haver revisão 
com periodicidade mínima anual da manutenção da necessidade das prisões provisórias 
e internações de adolescentes. 
Art. 282, § 5o O juiz poderá revogar a medida cautelar ou substituí-la quando verificar a falta de motivo para que subsista, bem 
como voltar a decretá-la, se sobrevierem razões que a justifiquem. 
Art. 316. O juiz poderá revogar a prisão preventiva se, no correr do processo, verificar a falta de motivo para que subsista, bem 
como de novo decretá-la, se sobrevierem razões que a justifiquem. 
 
 Recursos cabíveis 
o Em favor da acusação o recurso cabível é o RESE (interpretação extensiva do artigo 581, 
V, CPP). Em favor do acusado cabe HC, por haver risco potencial à liberdade de 
locomoção. 
Art. 581. Caberá recurso, no sentido estrito, da decisão, despacho ou sentença: 
V - que conceder, negar, arbitrar, cassar ou julgar inidônea a fiança, indeferir requerimento de prisão preventiva ou revogá-la, 
conceder liberdade provisória ou relaxar a prisão em flagrante; 
 
 
 Detração de medidas cautelares diversas da prisão 
o Detração é o desconto do tempo de prisão cautelar da pena definitiva fixada em sentença 
condenatória com trânsito em julgado. 
 Apesar de a Lei n° 12.403/11 nada disciplinar acerca do assunto, a doutrina vem 
dizendo que havendo homogeneidade entre a medida cautelar imposta durante 
o curso do processo e a pena aplicada na sentença definitiva, será possível a 
detração. 
CP, Art. 42 - Computam-se, na pena privativa de liberdade e na medida de segurança, o tempo de prisão provisória, no Brasil ou 
no estrangeiro, o de prisão administrativa e o de internação em qualquer dos estabelecimentos referidos no artigo anterior. 
 
 
 
Medidas cautelares diversas da prisão no CPP 
Art. 319. São medidas cautelares diversas da prisão: 
I - comparecimento periódico em juízo, no prazo e nas condições fixadas pelo juiz, para informar e justificar atividades; 
II - proibição de acesso ou frequência a determinados lugares quando, por circunstâncias relacionadas ao fato, deva o indiciado 
ou acusado permanecer distante desses locais para evitar o risco de novas infrações; 
III - proibição de manter contato com pessoa determinada quando, por circunstâncias relacionadas ao fato, deva o indiciado ou 
acusado dela permanecer distante; 
IV - proibição de ausentar-se da Comarca quando a permanência seja conveniente ou necessária para a investigação ou instrução; 
V - recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias de folga quando o investigado ou acusado tenha residência e trabalho 
fixos; 
VI - suspensão do exercício de função pública ou de atividade de natureza econômica ou financeira quando houver justo receio de 
sua utilização para a prática de infrações penais; 
VII - internação provisória do acusado nas hipóteses de crimes praticados com violência ou grave ameaça, quando os peritos 
concluírem ser inimputável ou semi-imputável (art. 26 do Código Penal) e houver risco de reiteração; 
VIII - fiança, nas infrações que a admitem, para assegurar o comparecimento a atos do processo, evitar a obstrução do seu 
andamento ou em caso de resistência injustificada à ordem judicial; 
IX - monitoração eletrônica. 
§ 1o (Revogado pela Lei nº 12.403, de 2011). 
§ 2o (Revogado pela Lei nº 12.403, de 2011). 
§ 3o (Revogado pela Lei nº 12.403, de 2011). 
§ 4o A fiança será aplicada de acordo com as disposições do Capítulo VI deste Título, podendo ser cumulada com outras medidas 
cautelares. 
Art. 320. A proibição de ausentar-se do País será comunicada pelo juiz às autoridades encarregadas de fiscalizar as saídas do 
território nacional, intimando-se o indiciado ou acusado para entregar o passaporte, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas. 
 
 Comparecimento periódico em juízo 
I - comparecimento periódico em juízo, no prazo e nas condições fixadas pelo juiz, para informar e justificar atividades; 
o Não é novidade no ordenamento brasileiro, pois já existia como possível condição quando 
o juiz concedesse a suspensão condicional do processo. 
o O prazo e as condições são fixados pelo juiz (não há periodicidade estabelecida pela lei). 
o Essa medida cautelar não se confunde com o comparecimento periódico em juízo 
estabelecido pelo parágrafo único do artigo 310, que nesse caso funciona com vínculo 
de liberdade provisória sem fiança quando o crime praticado estiver acobertado por 
excludente de ilicitude. No caso de descumprimento desse comparecimento periódico 
não será possível a decretação da prisão preventiva (a despeito do que pode se 
depreender do pu do artigo 310), uma vez que o artigo 314 consigna peremptoriamente 
que em nenhum caso pode ser decretada a prisão preventiva caso o agente tenha 
cometido o crime acobertado por excludente de ilicitude. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12403.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12403.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12403.htm#art4CPP, Art. 310, Parágrafo único. Se o juiz verificar, pelo auto de prisão em flagrante, que o agente praticou o fato nas condições 
constantes dos incisos I a III do caput do art. 23 do Código Penal, poderá, fundamentadamente, conceder ao acusado liberdade 
provisória, mediante termo de comparecimento a todos os atos processuais, sob pena de revogação. 
 
Art. 314. A prisão preventiva em nenhum caso será decretada se o juiz verificar pelas provas constantes dos autos ter o agente 
praticado o fato nas condições previstas nos incisos I, II e III do caput do art. 23 do Código Penal. 
 
 
 Proibição de acesso ou frequência a determinados lugares 
II - proibição de acesso ou frequência a determinados lugares quando, por circunstâncias relacionadas ao fato, deva o indiciado 
ou acusado permanecer distante desses locais para evitar o risco de novas infrações; 
 
o Visa impedir a prática de novos delitos. 
 
 
 Proibição de manter contato com pessoa determinada 
III - proibição de manter contato com pessoa determinada quando, por circunstâncias relacionadas ao fato, deva o indiciado ou 
acusado dela permanecer distante; 
 
o Pode ser utilizada de modo a se evitar a prática de novos delitos e também a fim de se 
proteger a prova. 
 
 
 Proibição de ausentar-se da comarca 
IV - proibição de ausentar-se da Comarca quando a permanência seja conveniente ou necessária para a investigação ou instrução; 
 
o Pela letra da lei, essa medida cautelar pode ser utilizada quando a permanência do 
acusado for necessária para a investigação, desde que o acusado esteja obrigado a 
participar do referido ato probatório (direito a não autoincriminação). 
o Para operacionalizar essa medida, ela pode ser cumulada com a medida de 
monitoramento eletrônico, com o recolhimento do passaporte e também com o registro 
dessa medida no banco de dados do CNJ. 
 
 
 Recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias de folga 
V - recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias de folga quando o investigado ou acusado tenha residência e trabalho 
fixos; 
 
o Também deve ser cumulada com o monitoramento eletrônico para a operacionalização e 
eficácia. 
 
 
 Suspensão do exercício de função pública ou de atividade de natureza econômica 
ou financeira 
VI - suspensão do exercício de função pública ou de atividade de natureza econômica ou financeira quando houver justo receio de 
sua utilização para a prática de infrações penais; 
 
o Visa impedir a prática de novos crimes funcionais ou a prática de crimes contra a ordem 
financeira. 
o Deve haver nexo funcional entre o crime praticado e as funções do servidor para que seja 
possível o afastamento do servidor. 
o Não haverá prejuízo da remuneração durante o afastamento. 
o A Lei de Drogas (art. 56, parágrafo 1°) já previa o afastamento de cargo. 
§ 1o Tratando-se de condutas tipificadas como infração do disposto nos arts. 33, caput e § 1o, e 34 a 37 desta Lei, o juiz, ao 
receber a denúncia, poderá decretar o afastamento cautelar do denunciado de suas atividades, se for funcionário público, 
comunicando ao órgão respectivo. 
o A Lei de Improbidade Administrativa também já previa o afastamento do servidor (art. 20, 
§ único, 8.429/92). 
Art. 20. A perda da função pública e a suspensão dos direitos políticos só se efetivam com o trânsito em julgado da sentença 
condenatória. 
Parágrafo único. A autoridade judicial ou administrativa competente poderá determinar o afastamento do agente público do 
exercício do cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração, quando a medida se fizer necessária à instrução processual. 
 
 
 Internação provisória do acusado 
VII - internação provisória do acusado nas hipóteses de crimes praticados com violência ou grave ameaça, quando os peritos 
concluírem ser inimputável ou semi-imputável (art. 26 do Código Penal) e houver risco de reiteração; 
 
o A lei exige outros requisitos além de o crime ser apenado com pena privativa de liberdade. 
o Essa medida visa a impedir a prática de novos delitos. 
o Requisitos: 
 Crime praticado com violência ou grave ameaça. 
 Ser o agente inimputável ou semi-imputável. 
 Houver risco de reiteração. 
o Antes da Lei n° 12.403/11, o inimputável/semi-imputável só poderia ser recolhido ao 
hospital de custódia, caso estivessem presentes os requisitos da preventiva. 
o Agora, o agente não precisa cumprir os requisitos da preventiva, basta que estejam 
presentes os requisitos do artigo 319, VII. 
 
 
 Fiança, nas infrações que a admitem 
VIII - fiança, nas infrações que a admitem, para assegurar o comparecimento a atos do processo, evitar a obstrução do seu 
andamento ou em caso de resistência injustificada à ordem judicial; 
 
o Antes da Lei n° 12403/11 a fiança era apenas uma medida de contracautela substitutiva 
de anterior prisão em flagrante. 
o Agora, a fiança foi colocada no rol de medidas cautelares diversas da prisão, e como tal, 
ela pode ser concedida de maneira autônoma (aquele que estava em liberdade) ou 
substitutiva da ordem de prisão. 
 
 
 Monitoramento eletrônico 
IX - monitoração eletrônica. 
 
o Consiste no uso da telemática e de meios tecnológicos, geralmente por meio da afixação 
ao corpo do individuo de dispositivo não ostensivo de monitoração eletrônica (braceletes, 
pulseiras ou tornozeleiras), permitindo que à distância e com respeito a dignidade da 
pessoa a ele sujeito, seja possível observar sua presença ou ausência em determinado 
local e período em que ali deva ou não possa estar, cuja utilização deve ser feita mediante 
condições fixadas por determinação judicial. 
o Como a Lei n° 12403/11 não trouxe a operacionalização do monitoramento, devemos nos 
socorrer da LEP, que trata do monitoramento mais detalhadamente. 
o Finalidades do monitoramento eletrônico 
 Detenção: tem como objetivo manter o indivíduo em local predeterminado, 
geralmente em sua própria residência; 
 Restrição: é usado para garantir que o individuo não frequente certos lugares ou 
para que não se aproxime de determinadas pessoas; 
 Vigilância: é usada para que se mantenha vigilância contínua sobre o agente, 
sem restrição de sua movimentação. 
 
o Tecnologias utilizadas no monitoramento eletrônico 
 Sistema passivo: o monitorado é periodicamente acionado pela central de 
monitoramento, por meio de telefone para garantir que ele se encontra onde 
deveria estar, sendo sua identificação feita por meio de senhas ou biometria; 
 Sistema ativo: o dispositivo instalado em local determinado transmite o sinal 
para uma central de monitoramento. Se o monitorado se afastar do local acima 
além da distância determinada, a central é imediatamente acionada. 
 Sistema de posicionamento global: é utilizado como instrumento de detenção, 
restrição ou vigilância, pois permite a localização do usuário em tempo real. 
 
o Compatibilidade do monitoramento eletrônico com a dignidade da pessoa humana: 
 Argumentos favoráveis 
 Evita-se o contato do agente com as fábricas de reincidência que se 
tornaram os estabelecimentos penitenciários no Brasil; 
 Permite que o acusado exerça regularmente uma atividade laborativa, 
educacional, mantendo-se no convívio de seu grupo social e familiar; 
 O monitoramento eletrônico também impede o contato do agente com 
o cárcere e a possível transmissão de doenças infectocontagiosas. 
Da Monitoração Eletrônica 
(Incluído pela Lei nº 12.258, de 2010) 
Art. 146-B. O juiz poderá definir a fiscalização por meio da monitoração eletrônica quando: 
II - autorizar a saída temporária no regime semiaberto; 
IV - determinar a prisão domiciliar; 
Art. 146-C. O condenado será instruído acerca dos cuidados que deverá adotar com o equipamento eletrônico e dos seguintes 
deveres: 
I - receber visitas do servidor responsável pela monitoração eletrônica, responder aos seus contatos e cumprir suas orientações; 
II - abster-se de remover, de violar, de modificar, dedanificar de qualquer forma o dispositivo de monitoração eletrônica ou de 
permitir que outrem o faça; 
Parágrafo único. A violação comprovada dos deveres previstos neste artigo poderá acarretar, a critério do juiz da execução, 
ouvidos o Ministério Público e a defesa: 
I - a regressão do regime; 
II - a revogação da autorização de saída temporária; 
VI - a revogação da prisão domiciliar; 
VII - advertência, por escrito, para todos os casos em que o juiz da execução decida não aplicar alguma das medidas previstas nos 
incisos de I a VI deste parágrafo. 
Art. 146-D. A monitoração eletrônica poderá ser revogada: 
I - quando se tornar desnecessária ou inadequada; 
II - se o acusado ou condenado violar os deveres a que estiver sujeito durante a sua vigência ou cometer falta grave. 
 
 
Medidas cautelares diversas da prisão na legislação especial 
 Medidas protetivas da Lei °11.340/06 (Maria da Penha); 
 Afastamento do cargo no Decreto-lei 201/67; 
 No CTB há previsão da suspensão da CNH como medida cautelar; 
 A Lei Orgânica da Magistratura prevê o afastamento do juiz quando houver processo contra ele. 
 
 
Audiência de Custódia 
 Conceito: Consiste na realização de uma audiência sem demora após a realização da prisão em 
flagrante (para alguns, também a após o cumprimento de uma prisão preventiva ou temporária), 
permitindo o contato direto do flargranteado com o juiz, um defensor (público, dativo ou constituído) 
e o MP. 
 Vide: http://www.cnj.jus.br/sistema-carcerario-e-execucao-penal/audiencia-de-custodia 
 Origem: CADH – Pacto de San José da Costa Rica (Dec. 678/92) – Art. 7° §5°: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12258.htm#art2
“Toda pessoa detida ou retida deve ser conduzida, sem demora, 
à presença de um juiz ou outra autoridade autorizada pela lei a 
exercer funções judiciais e tem direito a ser julgada dentro de um 
prazo razoável ou a ser posta em liberdade, sem prejuízo de que 
prossiga o processo. Sua liberdade pode ser condicionada a 
garantias que assegurem o seu comparecimento em juízo”. 
 Finalidades: 
a) Verificar se o respeito a CF e legislação; 
b) Verificar se houve maus-tratos – respeito aos direitos e garantias individuais; 
c) Verificar sobre a necessidade de manutenção ou não da prisão (flagrante); 
 
 Projeto de Lei: 
Ainda não há legislação nacional regulamentado as audiências de custódia. Há apenas um 
PL 554/2001 tramitando no Congresso Nacional. Hoje elas acontecem com fundamento no 
Pacto de San José da Costa Rica, em Resoluções dos Tribunais e do CNJ (Resolução n° 
213), que aliás, estabelece, que a audiência deverá acontecer em até 24hrs. Após a prisão. 
 Constitucionalidade: 
O STF na ADI n° 5240/SP e na ADP 347 que há constitucionalidade nestas Resoluções.

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