Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Introdução a desenhos de estudos Analíticos A epidemiologia é o campo de saúde pública que estuda a frequência, a distribuição e os determinantes dos agravos à saúde nas populações humanas, com o objetivo de identificar processos de intervenção (mecanismos de controle). *epidemiologia: estudo da população. Epidemiologia clínica Indivíduo sadio -> individuo doente. O que determina o estado de saúde das populações O que faz acontecer para que um indivíduo saudável se torne um indivíduo doente? Fundamentos da pesquisa Estudo descritivo: descrevem a frequência, distribuição, tendência de eventos ligados à saúde em população Estudos analíticos: explicam a ocorrência dos eventos, identificando as causas e o modo de transmissão. Mais busca descobrir as causas das doenças, mais efeito de causa/efeito. Descrevem o comportamento das doenças (descritivas) ou ... seus determinantes e causas (analíticas) Variáveis Na epidemiologia descritiva, o que varia entre os indivíduos de uma população. Na epidemiologia analítica, busca-se causas de uma relação entre causa e efeito. Exposição -> desfecho Habito de fumar (exposição) -> câncer de pulmão (desfecho). Variável dependente é o desfecho ou condição final, pois depende do fator causar. Variável independente é a exposição Estudo Descritivos X Estudos Analíticos Os estudos descritivos são os estudos no qual não há grupo de comparação pois a distribuição dos eventos se dá em uma mesma população, nessa há consideração de pessoa, tempo e lugar (variáveis) e esse levantamento de hipóteses etiológicas Já os estudos analíticos há grupo de comparação, pois a proposta é testar hipóteses etiológicas, verificar a associação/causalidade e a ocorrência de eventos em uma população. Estes estudos podem ser experimentais ou observacionais (que pode ser transversal, de coorte, caso- controle ou ecológico). Ex: Ao examinar fumantes numa determinada comunidade, uma pesquisa encontra que 80 % deles são hipertensos. O que isso no diz a respeito da relação de causa e efeito entre fumo e hipertensão? R: Não significada nada, já que observava apenas um grupo da população (fumantes e hipertensos), que são as pessoas expostas. Tem que olhar para as pessoas não expostas também para chegar a uma conclusão. Não chega a conclusão de causa e efeito observando apenas um grupo da população. Estudos Analíticos – Estudos observacionais EX:Estresse -> depressão. A população de estudo (amostra), estar exposto ao fato (depressão) pode ter desfecho positivo, como consequência a depressão, ou desfecho negativo (ter estresse mas não ter a depressão). A população pode não ser exposta (não ter estresse) mas ter um desfecho positivo (ter depressão) ou ter um desfecho negativo (não ter depressão) O quadro ao lado representa as possibilidade de exposição e desfecho, dizem que um delineamento é comparado quando existem indivíduos de 4 categorias (a,b,c,d). No exemplo de estresse e depressão o quadro “a” seria quem sofre estresse e teve depressão; no quadro “b” que sofre estresse e não teve depressão, quadro “c” quem não sofreu estresse e teve depressão e quadro” d “quem não sofreu nem estresse e depressão. c+d : quem não sofre de estresse a+b: que sofre de estresse a+c: quem tem depressão b+d: quem não tem depressão a+b+c+d: amostra total Conclusão A epidemiologia clínica aplica métodos epidemiológicos à atividade clínica. Ajuda a olha de forma crítica e a literatura científica Ajuda a colocar -> doente como um ser único e enquanto grupo de indivíduos com os quais partilha algumas características, inclusive, a mesma sintomatologia ou doença. Situar o doente dentro da sua população de origem, permite ao clinico formular hipóteses sobre o diagnóstico, prever o efeito do tratamento ou outras consequências de decisão médica Ajuda a tomar decisões dentro da prática clínica. Estudos transversais Os estudos transversais (estudos de cortes transversais) constituem uma subcategoria dos estudos observacionais. Nele há um corte do tempo e observação da amostra, ele é ATEMPORAL, não há um acompanhamento longitudinal. Sendo assim ele possui como principal característica ter a exposição e o desfecho simultaneamente. Além disso, este estudo mede a prevalência de um desfecho entre grupos de exposição, pois não se é possível medir a incidência porque ela é ao longo do tempo, e nesse caso não dá para saber o que é caso novo ou antigo, não se sabe o tempo do desfecho e nem da exposição. Objetivos Estimar a prevalência da doença na população total ou em estratos dessa população; Comparar taxas de prevalências de diferentes populações ou grupos populacionais; Avaliar condições de saúde com fins de política de saúde; Observação da exposição e da doença ao mesmo tempo; Comparar a prevalência da doença nos expostos com a prevalência da doença não expostos (razão de prevalência); Medir a prevalência de um desfecho na população; Levantar uma hipótese de associação entre causa- efeito, risco-desfecho O estudo transversal é utilizado para analisar associações e não causalidades. Um exemplo de associação, é o aumento do estresse PODER causar depressão; já a causalidade, o aumento do estresse CAUSA depressão. Há impossibilidade de estabelecer relações causais, já que a prevalência da doença e a exposição são avaliados simultaneamente entre os indivíduos de uma população. NÃO TEM RELAÇÃO TEMPORAL ENTRE EXPOSIÇÃO E DESFECHO, por isso não se sabe se a exposição gerou o desfecho ou o desfecho gerou a exposição. Esse estudo é por vezes utilizados como uma etapa exploratória na investigação de uma POSSÍVEL relação causal entre uma exposição e um desfecho. Associações Causais Tabagismo e câncer de pulmão Vibrião de cólera e cólera Não causais Consumo de café e câncer de pulmão (porque existe uma outra variável que e o tabagismo influenciando no desfecho). Medida Razão de prevalências – a RP mede a relação entre a prevalência da doença nos expostos e nos não expostos. A razão de prevalência estima quantas vezes mais ou menos os expostos estão doentes quando comparados aos não expostos. Se RP for igual a 2, isso significa que a doença é duas vezes maior nos expostos do que em relação ao não exposto. Se RP for igual a 2, isso significa que a doença é duas vezes maior nos expostos do que em relação ao não exposto. Estudos transversais – Vantagens Relativamente rápidos, baratos, fáceis (não há período de seguimento). Pode avaliar grandes grupos em pouco tempo. Permite estudar múltiplas exposições e/ou múltiplas doenças (caso haja boa formulação do instrumento). Úteis para estimar a prevalência da doença. Simplicidade analítica. Apropriados para investigação preliminares. Subsídio para estudos “mais complexos” => geração de hipóteses. Estudos transversais – Desvantagens Não permite estabelecer relação temporal entre exposição e efeito. Podem levar a conclusões equivocadas porque não consegue determinar a sequência dos eventos. Impossibilidade de estabelecer relações causais, já que a prevalência da doença e a exposição são avaliados simultaneamente entre indivíduos de uma população definida. Poucos práticos no estudo de desfechos com baixa prevalência. Casos prevalente+ incidência da doença + fatores prognósticos. Indivíduos que curam ou morrem mais rapidamente têm menos chances de serem indivíduos em um estudo de prevalência. Artigo “Prevalência de abandono de tuberculose e fatores associados no município de Sapucaia do Sul (RS), Brasil, 2000- 2008” Exposição (sexo) -> desfecho (abandono no tratamento) 193 mulheres 12 tiveram desfecho. Prev. abandono feminino: 12/193: 6,2% Prev. abandono masculino: 52/439:12,1% RP: Prev. entre expostos/ prev. não expostos -> 12,1/6,2: 1,94 *O autor escolheu o sexo masculino para ser o sexo exposto, isso mostra porque 1,00 no sexo feminino, foi escolhido para ser o não exposto, por isso na razão de prevalência sexo exposto/ sexo não exposto. Se for avaliarmasculino é masc/fem; se for feminino: fem/fem, isso porque o autor determinou o sexo feminino sendo como não exposto. Por ter a grande maioria da população ignorada, fica difícil saber a real prevalência com relação a AIDS, alcoolismo, Diabetes Mellitus e doença mental. O foco para tratamento na tabela 1 seria o homem de idade de 20ª 39 anos que já tiveram o reingresso, porque IC não passa em 1, e p valor menor que 0,05.
Compartilhar