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Epidemiologia 2.

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1 
 
 
 
 
- Método de investigação: saúde-doença; determinantes; 
intervenção; 
- Objetivos: estudar história e prognóstico das doenças; 
frequência; extensão e impacto; etiologia; ajudar a elaboração 
de medidas terapêuticas e preventivas; políticas públicas. 
Divide-se em: 
- Descritiva: analisa como a doença ocorre na população, no 
tempo (período) e no local; 
- Analíticas: testa hipóteses. 
 
- EPIDEMIOLOGIA DESCRITIVA: 
Conceitos associados ao tempo: 
- Endemia: ocorrência de uma doença em níveis esperados e 
previsíveis em um determinado tempo e local. Exemplo: 
dengue no Ceará. 
Diz-se que uma doença é endêmica quando: 
• Está presente em uma população dentro de alguns 
limites esperados. Ou seja, sempre tem aquela 
mesma variação de casos de acordo com seu 
histórico. 
• Mesmo que em alguns momentos ela aumente um 
pouco, se continuar dentro do previsível e regular, 
continua sendo endêmica. 
 
- Epidemia: aumento no número de casos de uma doença 
acima do esperado para aquele tempo e local. Ocorre em 
várias regiões. 
 
 
Gráficos medcell, ilustrando quando uma endemia passa a ser 
epidemia. 
 
 
 
 
 
- Surto epidêmico: quando ocorre o aumento de casos de 
determinada doença em um local e num curto período. Ex.: 
surto de varicela em uma escola, escabiose em lares de idosos, 
intoxicações alimentares advindas de um mesmo 
estabelecimento (como o que houve no São Luís por conta do 
sushi). 
 
- Pandemia: acontece quando a epidemia atinge nível mundial, 
estando presente em vários continentes ao mesmo tempo. 
Geralmente é alertado pela OMS. Ex.: Covid. 
 
- EPIDEMIOLOGIA ANALÍTICA: 
Pretende responder o “por que adoeceu?” 
• Relação causal entre variáveis; 
• Variáveis: fatores de risco, proteção a doenças e/ou 
tratamento... 
• Ex. de estudos: transversais e ecológicos (quando 
testa hipóteses), caso-controle, coorte e ensaios 
clínicos randomizados. 
• É o pilar para a medicina baseada em evidências. 
 
- MEDIDAS DE FREQUÊNCIA: 
 
Incidência: 
𝒏ú𝒎𝒆𝒓𝒐 𝒅𝒆 𝒄𝒂𝒔𝒐𝒔 𝒏𝒐𝒗𝒐𝒔
𝒑𝒐𝒑𝒖𝒍𝒂çã𝒐 𝒔𝒐𝒃 𝒓𝒊𝒔𝒄𝒐
 x 
𝟏𝟎𝒏
𝟏𝟎𝒏
 
 
• Envolve casos novos na população; 
• O tempo está envolvido; 
• Pessoas que não estavam doentes e se tornam doentes 
ao longo da observação do estudo; 
• Incidência é obtida em estudos longitudinais: ensaios 
clínicos e coorte; 
• Avalia a mudança do estado de saúde; 
• A medida expressa a probabilidade da doença 
ocorrer; 
• Na parte de baixo da divisão na fórmula, quando for 
fazer o cálculo, é necessário tirar pessoas que 
desistiram do estudo ou que morreram durante ele. 
 
 
- Prevalência: 
𝒏ú𝒎𝒆𝒓𝒐 𝒅𝒆 𝒄𝒂𝒔𝒐𝒔 𝒆𝒙𝒊𝒔𝒕𝒆𝒏𝒕𝒆𝒔
𝒑𝒐𝒑𝒖𝒍𝒂çã𝒐 𝒔𝒐𝒃 𝒓𝒊𝒔𝒄𝒐
 x 
𝟏𝟎𝒏
𝟏𝟎𝒏
 
 
• Demonstra o número de casos existentes em uma 
população; 
• Mostra quantos indivíduos estão doentes (desfecho); 
Epidemiologia 
Introdução 
O QUE PODE INTERFERIR NA INCIDÊNCIA? 
A imigração (entrada) de doentes naquela população 
determinada e/ou emigração (saída) de sadios dessa 
mesma população. Ambos aumentam a incidência. 
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2 
• Os que morreram durante o período da observação 
não devem ser contabilizados na população sob risco, 
valor que ficará embaixo na divisão; 
 
 
 
 
- PREVALÊNCIA x INCIDÊNCIA: 
• Uma doença aguda e/ou de curta duração é mais bem 
avaliada pela incidência; 
• Doenças crônicas, tendem a ter uma alta prevalência, 
mesmo que a incidência seja alta; 
• Incidência é dinâmica, ou seja, mostra a mudança do 
estado de saúde da população; 
• Prevalência é estática, ou seja, mostra o cenário 
atualizado de determinada doença na população. 
• INCIDÊNCIA, associar a casos NOVOS; 
• PREVALÊNCIA, associar a casos EXISTENTES. 
 
- MORBIDADE: é referente ao comportamento de doenças. 
Analisa os indivíduos que adquirem determinada doença, em 
um determinado tempo (período) ou população. 
• Percebe-se, dessa forma, que a incidência e a 
prevalência são os principais indicadores de 
morbidade; 
 
 
 
(OMNI - 2021 - Prefeitura de Lençóis Paulista - SP) A 
morbidade é um dos importantes indicadores de saúde é um termo 
usado para designar o conjunto de casos de uma dada doença ou a 
soma de agravos à saúde que atingem um grupo de indivíduos 
utilizando principalmente as medidas de incidência e prevalência. 
Sobre prevalência é CORRETO afirmar: 
 
a) É a frequência de novos casos de uma determinada doença 
ou problema de saúde num determinado período, oriundo 
de uma população sob risco de adoecer no início da 
observação. 
b) Pode ser utilizada para o planejamento de ações e 
serviços de saúde, previsão de recursos humanos, 
diagnósticos e terapêuticos, é uma medida mais 
adequada para doenças crônicas ou de longa 
duração. 
c) Pode ser mensurada de forma bastante simples, basta 
contabilizar a ocorrência de determinado agravo sobre 
uma população num determinado período, o que 
representa o número de casos incidentes. 
d) É bastante utilizada em investigações etiológicas para 
elucidar relações de causa e efeito, avaliar o impacto de 
uma política, ação ou serviço de saúde, além de estudos de 
prognóstico. 
 
- MORTALIDADE: os índices de mortalidade servem como 
indicadores da saúde. Olhando para o lado “negativo” da 
saúde, como doenças, mortes e afins, ou seja, pode-se 
interpretar quando esses índices são baixos em determinada 
população, que a população está saudável. 
• É importante para tomadas de decisões na saúde; 
• Indicador de saúde; 
• Os dados são de fontes primárias, como o SINAN, 
SIM e SINASC; 
• É necessário analisar vários, pois apenas um não 
expressa a situação da saúde; 
 
- Mortalidade infantil: 
𝒏º 𝒅𝒆 ó𝒃𝒊𝒕𝒐𝒔 𝒆𝒎 < 𝒅𝒆 𝟏 𝒂𝒏𝒐 𝒅𝒆 𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆
𝒏ú𝒎𝒆𝒓𝒐 𝒅𝒆 𝒏𝒂𝒔𝒄𝒊𝒅𝒐𝒔 𝒗𝒊𝒗𝒐𝒔
 
 
• Indicador mais sensível para avaliação de saúde 
pública; 
• Pode ser subdividida em neonatal precoce ou tardia e 
pós-neonatal; 
• Neonatal precoce: de 0 a 6 dias, pode estar associada 
à má qualidade de pré-natal e parto; 
• Neonatal precoce: entre 7 e 28 dias, pode estar 
associada a má formação, doenças genéticas ou 
qualidade pediátrica intra e extra-hospitalar; 
• Pós-neonatal: de 28 dias até 1 ano, pode estar 
associada a problemas econômicos, socioambientais. 
Como saneamento básico, vacina etc. 
 
- Mortalidade materna: 
𝒏º 𝒅𝒆 ó𝒃𝒊𝒕𝒐𝒔 𝒅𝒆 𝒎𝒖𝒍𝒉𝒆𝒓𝒆𝒔 𝒈𝒓á𝒗𝒊𝒅𝒂𝒔 𝒅𝒆𝒔𝒅𝒆
𝒐 𝒑𝒓é−𝒏𝒂𝒕𝒂𝒍 𝒂𝒕é 𝟒𝟐 𝒅𝒊𝒂𝒔 𝒂𝒑ó𝒔 𝒐 𝒑𝒂𝒓𝒕𝒐
𝒕𝒐𝒕𝒂𝒍 𝒅𝒆 𝒏𝒂𝒔𝒄𝒊𝒅𝒐𝒔 𝒗𝒊𝒗𝒐𝒔
 
 
• É considerada perda evitável; 
• Indicador elevado reflete baixo nível de condições d 
saúde da mulher; 
• Principais causas: HAS, hemorragia e infecção 
puerperal. 
 
- Coeficiente de letalidade: mede quanto determinada 
doença pode causar óbito ao indivíduo. 
 
 
O QUE PODE INTERFERIR NA PREVALÊNCIA? 
Pode ser aumentada por: aumento da incidência, da 
imigração de doentes, da emigração de sadios; 
aumento na expectativa de vida; melhora dos 
diagnósticos; melhora dos tratamentos em doenças 
crônicas como diabetes; ausência de tratamentos. 
NOTA: o 𝟏𝟎𝒏 mencionado nas contas (equações) desse 
resumo, pode significar, dependendo de quantos zeros 
forem usados, porcentagem ou o valor da taxa por 
100.000 nascidos vivos (ex.: mortalidade 
materna). 
- QUESTÃO EXEMPLO: 
NOTA: a análise desse conjunto de indicadores pode levar a 
comparação mais próxima do correto, entre a qualidade da saúde em 
diferentes locais. 
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/omni-2021-prefeitura-de-lencois-paulista-sp-enfermeiro-de-saude-da-familia
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transversal 
 
 
- CARACTERÍSTICAS: 
• Posicionamento passivo do investigador, ou seja, ele 
só observa, não interfere na exposição e nem na 
distribuição dos indivíduos;• Podem usar dados secundários (utiliza bases de 
dados); 
• Podem usar dados primários (obtidos durante o 
estudo, pesquisa cara a cara); 
• Pode ser descritivo ou analítico. 
 
 
 
 
• Pode ser chamado de seccional, de prevalência 
ou de inquérito; 
• Pode ser descritivo ou analítico; 
• Tem como principal objetivo investigar a 
PREVALÊNCIA de uma doença ou fatores 
associados; 
• A doença/desfecho e a exposição são 
determinadas simultaneamente; 
• A coleta de dados é feita transversalmente, ou seja, 
em um único ponto do tempo; 
• É como se fosse uma foto do que se quer ser 
estudado; 
• NÃO podem avaliar CAUSALIDADE; 
• Contribuem para a elaboração de planejamento 
para melhorar a saúde; 
• A coleta de dados é feita cara a cara/pessoa-
pessoa (trabalha com uma amostra proporcional ao 
censo); 
• Pode-se analisar também prontuários de 
pacientes em hospitais; 
• Não existe o acompanhamento dos indivíduos 
estudados; 
• Geralmente o pesquisador só tem contato com os 
indivíduos da pesquisa uma vez; 
• Dificuldade de separar casos novos de casos já 
existentes; 
• Geralmente pode-se confundir sobre o que 
apareceu primeiro o fator de exposição 
(característica) ou a doença, pois são estudados ao 
mesmo tempo; 
• São baratos; 
• Mais rápido que o caso-controle e o coorte; 
• Não serve para estudar doenças raras, pois possuem 
amostras muito numerosas da população; 
• Suscetível a vieses de prevalência/incidência. 
 
 
- MEDIDAS DE ASSOCIAÇÃO NOS ESTUDOS 
TRANSVERSAIS: 
• Calcula a Razão de Prevalência; 
• OBS.: o cálculo e a tabela 2x2 (de contingência) será 
igual a de Risco Relativo; 
 
O cálculo é feito da seguinte forma: 
 
RP= 
𝑷𝒆 (𝒑𝒓𝒆𝒗𝒂𝒍ê𝒏𝒄𝒊𝒂 𝒆𝒏𝒕𝒓𝒆 𝒐𝒔 𝒆𝒙𝒑𝒐𝒔𝒕𝒐𝒔)
𝑷𝒏𝒆 (𝒑𝒓𝒆𝒗𝒂𝒍ê𝒏𝒄𝒊𝒂 𝒆𝒏𝒕𝒓𝒆 𝒐𝒔 𝒏ã𝒐 𝒆𝒙𝒑𝒐𝒔𝒕𝒐𝒔)
 
 
Sendo: 
• PE = 
𝒂
𝒂+𝒃
 
 
• 𝑷𝑵𝑬 = 
𝒄
𝒄+𝒅
 
 
 DOENTE NÃO 
DOENTE 
Total 
EXPOSTO a b a+b 
Ñ EXPOSTO c d c+d 
Total a+c b+d a+b+c+d 
 
- INTERPRETAÇÃO DO RESULTADO: 
• RP = 1,0 (não há associação) 
• RP > 1,0 (associação positiva) 
• RP < 1,0 (associação negativa) 
 
Em uma amostra de 1267 pessoas, foi feito um estudo para 
investigar a associação entre a prevalência de casos de 
hipertensão em obesos e não obesos. Nessa população, 160 
pessoas são obesas e 953 não são hipertensas. 78 pessoas são 
obesas e hipertensas e 871 não são obesas e nem hipertensas. 
Qual a Razão de prevalência de hipertensão em pessoas que 
possuem obesidade com relação as que não possuem? 
 
 Possuem 
HAS 
NÃO 
possuem 
HAS 
Total 
OBESOS 78 82 160 
Ñ OBESOS 236 871 1107 
Total 314 953 1267 
 
Vantagens • Fáceis, rápidos e baratos 
• Pode ser utilizado para o 
planejamento de serviços da 
saúde; 
Desvantagens • Não se sabe o que acontece 
primeiro: causa ou efeito; 
• Desconhecimento dos fatores 
anteriores; 
• Não estuda doenças raras. 
• Não estabelece relação causal; 
Estudos observacionais 
- QUESTÃO EXEMPLO: 
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- CÁLCULO: RP = 
𝟕𝟖/𝟏𝟔𝟎
𝟐𝟑𝟔/𝟏𝟏𝟎𝟕
 = 2,3 
 
- COMO RESPONDER À QUESTÃO: 
A prevalência de HAS nos obesos é 2,3 vezes a prevalência nos 
não obesos. 
OU... 
A prevalência de HAS nos obesos é 1,3 maior que a prevalência 
nos não obesos. 
 
 
 
 
• Analisa um grupo ou determinada 
população/agregado, em determinado local; 
• Pode analisar a ocorrência de uma doença em 
determinada comunidade; 
• Possui área geográfica bem definida, pode ser: 
país, região, estado, cidade, setor censitário etc.; 
• Utiliza dados secundários, ou seja, de base de 
dados já existentes. Exemplo: SINAN, DATASUS. 
• O pesquisador NÃO tem contato com o 
ÍNDIVÍDUO; 
• Rápidos e baratos; 
• Apresenta “fatores de confusão”; 
• Quando analisam tendências históricas é 
necessário dados retrospectivos; 
• Transversal; 
• Pode usar territórios ou instituições, como fábricas, 
escolas; 
• Como não existe informações individuais sobre as 
pessoas que participaram do estudo, não se pode 
fazer tabela de contingência (tabela 2x2); 
• Não apresenta relação causal, pois não há 
informação individual das pessoas; 
• Analisa grandes populações; analisa efeitos de um 
programa de saúde. 
 
- FALÁCIA ECOLÓGICA: 
Segundo o MedCel: “consistem em atribuir a um indivíduo 
o que se observou com base em análises de grupo.” 
Segundo o MedCurso: “fazer inferências causais em relação 
a indivíduos tendo como base de observação grupos. Ocorre 
por conta da distribuição heterogênea da exposição ao fator.” 
Segundo M.E.D (MEDERI): “Nos estudos ecológicos, os 
dados são agregados e não individuados, pois analisam toda a 
população. Dessa forma, não se sabe o que está acontecendo 
com o indivíduo. Por exemplo, observou-se, através de um 
estudo ecológico, que a população do Rio de Janeiro está 
sujeita à epidemia de hepatite A e que existe associação deste 
agravo com a existência de precária rede de esgoto na cidade. 
Mas será que isso é verdade também para os moradores de 
áreas ricas ou somente para os moradores de áreas mais 
pobres? É claro que para moradores de áreas mais pobres! Se 
a análise fosse individual, isso poderia ser mais facilmente 
observado. Esse erro que ocorre ao se individualizar uma 
situação que foi vista de maneira coletiva, frequente nos 
estudos ecológicos, é chamado de falácia ecológica.” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Seleciona-se indivíduos que possuam o fator de risco 
para desenvolver determinada doença ao longo do 
tempo (LONGITUDINAL), mas que ainda não 
estejam doentes; 
• Procura saber a frequência com que as pessoas que 
estão expostas a determinado fator e 
adoecem; 
• Ou seja, baseado no aparecimento de novas doenças, 
que é o mesmo conceito de incidência; 
• Compara-se o grupo de indivíduos expostos ao fator 
de risco com o grupo de indivíduos não expostos ao 
fator de risco; 
• Em questão ao tempo, pode ser: 
 Prospectivo ou concorrente: do 
presente para o futuro no acompanhamento 
da observação; 
 Retrospectivo ou não concorrente: 
do presente para o passado, através de dados 
históricos; 
• Pode ser chamado de “estudo de acompanhamento”, 
“de incidência” ou “follow-up”; 
• Possui como objetivo a comparação de 
incidência entre os grupos; 
• Prospectivo: permite uma coleta mais detalhada 
dos dados de exposição; observa-se o aparecimento 
de casos novos nesse grupo; 
• Retrospectivo: tanto a exposição quanto o 
desfecho já aconteceram; depende de dados já 
obtidos; 
• Exemplo de estudo: associação entre fumo e DCV 
(doença cardiovascular); poderia selecionar 3000 
indivíduos de acordo com o hábito de fumar antes de 
terem o diagnóstico de DCV, esses serão 
acompanhados para observar se ocorrerá ou não o 
desenvolvimento de DCV; 
Vantagens • Fácil, rápido e barato; 
• Pode gerar hipóteses; 
• Análise simples; 
• Estuda casos raros; 
Desvantagens • Não confirmam as hipóteses 
geradas; 
• Pode ocorrer a falácia 
ecológica; 
Ecológico 
Coorte 
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- QUESTÃO EXEMPLO: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- MEDIDAS DE ASSOCIAÇÃO: feita através do cálculo de 
risco relativo; 
• Expresso em INCIDÊNCIA; 
• Compara-se os riscos de duas populações que 
diferem quanto à exposição; 
• Pode-se calcular o odds rattio também (será 
demonstrado no próximo estudo; 
• Responde à pergunta “quantas vezes mais 
provável são os indivíduos expostos virem a 
desenvolver a doença em relação aos 
indivíduos não expostos?” 
 
O cálculo é feito da seguinte forma: 
RR = 
𝑰𝒆 (𝒊𝒏𝒄𝒊𝒅ê𝒏𝒄𝒊𝒂 𝒆𝒏𝒕𝒓𝒆 𝒐𝒔 𝒆𝒙𝒑𝒐𝒔𝒕𝒐𝒔)
𝑰𝒏𝒆 (𝒊𝒏𝒄𝒊𝒅ê𝒏𝒄𝒊𝒂 𝒆𝒏𝒕𝒓𝒆 𝒐𝒔 𝒏ã𝒐 𝒆𝒙𝒑𝒐𝒔𝒕𝒐𝒔)
 
 
Sendo: 
• IE = 
𝒂
𝒂+𝒃
 
 
• 𝑰𝑵𝑬 = 
𝒄
𝒄+𝒅
 
 
 DOENÇA 
FATOR SIM NÃO Total 
PRESENTE a b a+b = 𝒏𝟑 
AUSENTE c d c+d = 𝒏𝟒 
Total a+c = 𝒏𝟏 b+d = 𝑛2 a+b+c+d 
= N 
 
- INTERPRETAÇÃODO RESULTADO: 
• RR = 1,0 (não há associação entre fator e efeito) 
• RR > 1,0 (existirá a possibilidade de o fator ser de 
risco, pois a exposição a ele aumentou o risco) 
• RR < 1,0 (existirá a possibilidade de o fator ser de 
proteção, pois a exposição a ele diminui o risco de 
surgimento do efeito). 
 
Em um estudo envolvendo 1090 pessoas, 490 são fumantes e 
1010 não apresentam câncer de próstata. Calcule o risco 
relativo da incidência do câncer de próstata associado ao hábito 
de fumar 
 
- CÁLCULO: RR = 
𝟕𝟎/𝟒𝟗𝟎
𝟏𝟎/𝟔𝟎𝟎
 = 8,6 
 
- COMO RESPONDER À QUESTÃO: 
A chance de pessoas expostas ao fator de risco de desenvolver 
a doença é de 7,6 a mais em comparação as que não são 
expostas. 
- ATENÇÃO: diminuir 1 e sempre colocar “A MAIS”, fica 
uma resposta mais correta; 
- POR QUE SUBTRAI 1 DO RESULTADO? 
EX.: 8,6 – 1= 7,6 (Uado na resposta) 
Pois quando o RR dá igual a 1 não há associação entre fator e 
efeito. 
 
- Incidência ou Risco Absoluto: novos doentes (a+c) 
sobre indivíduos com risco de adoecer/total dado na tabela 
(a+b+c+d); 
- PRATICANDO com o exemplo dado acima: 80/1090 = 
0,073 ou 7,3%. 
 
 
 
 
• O estudo parte de um grupo com o 
desfecho/doença presente; 
• Nele estuda-se o impacto das exposições, 
diferente do coorte que estuda o risco de uma pessoa 
com o fator predisponente, que no entanto ainda não 
está doente, de desenvolver a doença; 
• São selecionados dois grupos, um com o 
desfecho/doença presente (CASO) e outro sem o 
desfecho/doença (CONTROLE), porém da mesma 
população, expostos ao mesmo fator; 
• No final existirão casos que foram expostos e 
controles que foram expostos; 
• Longitudinal, retrospectivo; 
• Pode ser utilizado no estudo de doenças raras ou 
com grande período de incubação; 
• Baixo custo em relação coorte; 
• Pode-se obter informações com base em um 
número pequeno de casos; 
Vantagens • Pode calcular o risco de uma 
doença ocorrer a partir de 
determinado fator; 
• Trabalha com a 
INCIDÊNCIA; 
• Menor risco de conclusões 
falsas; 
• Úteis para estudar doenças 
fatais; 
Desvantagens • Dificuldade de ser 
reproduzido; 
• Alto custo devido a quantidade 
de exames sensíveis para 
garantir que no início do 
estudo os indivíduos não 
apresentem a doença; 
• Dura vários anos, ou seja, 
demora muito; 
• Pode ocorre abandonos 
durante o período do estudo; 
 CA DE 
PROSTATA 
 
FATOR 
(fumante) 
SIM NÃO Total 
PRESENTE 70 420 490 
AUSENTE 10 590 600 
Total 80 1010 1090 
Caso-controle 
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6 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- MEDIDAS DE ASSOCIAÇÃO: 
• É utilizada o odds ratio (razão de chances), que 
é uma probabilidade; 
• Chances de doença no grupo exposto em relação ao 
não exposto; 
• Não tem sentido obter a soma total, tendo em 
vista que os grupos são diferentes; 
 
O cálculo é feito da seguinte forma: 
 
OR = 
𝒂.𝒅
𝒃.𝒄
 = multiplica os extremos. 
 
 DOENÇA 
FATOR SIM NÃO Total 
PRESENTE a b a+b = 𝒏𝟑 
AUSENTE c d c+d = 𝒏𝟒 
Total a+c = 𝒏𝟏 b+d = 𝑛2 a+b+c+d 
= N 
 
- INTERPRETAÇÃO DO RESULTADO: 
• OR = 1,0 (não há associação entre efeito e fator) 
• OR > 1,0 (existirá a possibilidade de o fator ser de 
risco, pois no grupo de casos a presença do fator teve 
maior proporção) 
• OR < 1,0 (existirá a possibilidade de o fator ser de 
proteção, pois no grupo dos controles a presença do 
fator teve maior proporção). 
 
- INTERVALO DE CONFIANÇA: 
• Quanto mais estreito (menor), mais precisa a 
estimativa; 
• Capacidade de um resultado se repetir em 
diferentes medidas da mesma realidade. 
 
 
 
Um estudo de caso-controle foi feito para analisar a presença 
ou ausência da exposição a tabagismo, em indivíduos com e 
sem IAM. Em um total de 160 pessoas, 80 dos que tiveram 
IAM eram tabagistas. Dos 60 que não apresentaram IAM, 10 
eram tabagistas. 
 
 
- CÁCULO: OR = 
80 𝑥 50
20 𝑥 10
 = 20 
 
- COMO RESPONDER À QUESTÃO: 
Conclui-se que há 20 vezes mais chances de infarto no grupo 
de tabagistas. 
 
 
 
 
• O pesquisador pode interferir em etapas da 
pesquisa; 
• Provoca uma modificação intencional; 
• Podem ser controlados ou não; 
• Podem referir-se ao indivíduo ou a uma 
comunidade; 
 
 
 
 
• Experimento controlado em voluntários 
humanos; 
• Avalia segurança e eficácia de um tratamento ou 
de intervenções (ex.: cirurgias); 
• Determina efeitos farmacológicos, 
farmacocinéticos e farmacodinâmicos de 
novos medicamentos; 
• Inclui o estudo das reações adversas; 
• São uma classe especial de estudos de coorte; 
• A seleção do grupo de controle, as intervenções e 
tratamentos, são especificadas pelo pesquisador; 
• Possui finalidade de fazer comparações 
imparciais (sem vieses); 
 
 
Vantagens • Barato, rápido (em relação a 
coortes); 
• Permite investigação 
simultânea de múltiplas 
exposições; 
• Adequado para doenças raras; 
• Informações com base em um 
número pequeno de dados; 
Desvantagens • Dificuldade para selecionar o 
grupo controle; 
• Dados retrospectivos (no 
passado) podem estar incertos; 
• Presença de fatores de 
confusão dificulta a 
interpretação; 
• Não calcula incidência, 
prevalência, nem risco 
relativo. Pois não utiliza 
denominadores populacionais 
e os critérios de seleção são 
estabelecidos pelo observador. 
 IAM 
FATOR 
(fumante) 
SIM NÃO Total 
PRESENTE 80 10 90 
AUSENTE 20 50 70 
Total 100 60 160 
- NOTA: 
Estudam doenças raras: estudos ecológicos e caso-controle; 
Não estudam doenças raras: transversal e coorte. 
- QUESTÃO EXEMPLO: 
Estudos de intervenção 
Ensaio clínico 
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Definição da 
população
Novo 
tratamento
Melhora Não melhora
Tratamento 
concorrente ou 
placebo
Melhora Não melhora
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- CARACTERÍSTICAS: 
• O pesquisador pode atribuir a exposição de 
forma aleatória (randomizada); 
• Prospectivos, longitudinais; 
• A seleção NÃO é baseada no resultado da exposição; 
• Pretende-se isolar a contribuição de um fator 
mantendo-se todos os outros; 
 
- INTERVENÇAO OU TRATAMENTO: podem ser 
medicamentos, procedimentos cirúrgicos, medidas 
preventivas, programas educacionais, regime dietético etc. 
 
- ALOCAÇÃO DE PACIENTES: 
• O método aleatório é o preferido, pois se baseia no 
acaso; 
• Randomização: alocação ao acaso, como se fosse um 
“sorteio”, assim elimina o viés de seleção; 
 
- GRUPO CONTROLE: 
• Indivíduos que recebem a intervenção e por 
comparação (contraste), servem para avaliar a 
utilidade relativa da terapia experimental; 
• Devem receber o melhor tratamento que existir 
no momento e se não houver, utiliza-se o 
placebo, para que possa ser fita a comparação com 
o novo tratamento que está sendo testado; 
• Em caso de vacinas, selecionam indivíduos 
sadios que tem predisposição a desenvolver a 
característica escolhida; 
 
- EVENTO E DESFECHO: o ensaio pode acabar devido: 
• Podem ser determinações bioquímicas, fisiológicas 
ou microbiológicas; 
• Escala de atividade da doença; 
• Eventos clínicos; 
• Medidas de bem-estar ou funcionalidade; 
• Tempo de sobrevivência. 
 
- EFEITOS TOTAIS: melhora espontânea + respostas 
inespecíficas + efeitos específicos. 
 
- EFICÁCIA: “se o tratamento funciona em condições 
ideais, se o tratamento eficaz traz mais benefícios que 
prejuízo.” 
Condições ideais: laboratorial com paciente sem HAS, 
diabetes etc. (Resumo Mª Eduarda Nogueira). 
 
- EFETIVIDADE: “se o tratamento funciona em condições 
normais, se o tratamento efetivo traz mais benefício que 
prejuízo” 
Condições normais: disponível a população com HAS, 
diabetes etc. (Resumo Mª Eduarda Nogueira). 
 
 
- VALIDADE: garante que o efeito observado é por conta 
da intervenção que foi feita e não por outros fatores. 
• Externa: resultados possibilitam aplicabilidade para 
outras circunstâncias; 
•Interna: desenho e condução de um estudo podem 
prevenir erros sistemáticos ou viés, para que isso 
ocorra alguns aspectos são indispensáveis: 
➢ Aleatoriedade; 
➢ Seguimento (acompanhamento) completo 
dos pacientes; 
➢ Análise por intenção de tratar. 
 
- ALEATORIZAÇÃO (RANDOMIZAÇÃO): assegura a 
distribuição equilibrada de todas as variáveis de confusão, 
conhecidas ou não e/ou difíceis de medir. 
 
- SEGUIMENTO COMPLETO: todos devem ser 
monitorados durante o estudo e avaliados na finalização desse. 
• Caso não aconteça pode ocorrer a formação de 
grupos que não são semelhantes; 
• Desistências e retiradas devem informar as causas. 
 
- ANÁLISE POR INTENÇÃO DE TRATAR: é incluir e 
analisar os sujeitos no grupo ao qual foram alocados, mesmo 
que esses recebam ou não a intervenção. 
Os pesquisadores podem querer excluir os indivíduos por: 
• Não receber a intervenção; 
• Baixa adesão; 
• Falhas ao protocolo; 
• Motivos relacionados ao prognóstico. 
 
Ex.: Quando a vacina pfizer começou a ser comercializada precisava 
de condições bem específicas de armazenamento e manejo, pois sabia-
se que naquelas condições ideais ela trazia mais benefícios que prejuízos. 
Mas logo ela acabou sendo submetida a condições normais, devido a 
realidade de vacinação de cada país. Como vacinação domiciliar de 
idosos, na qual ela deveria ser transportada em isopor e afins. Provou-
se também que em condições normais ela traz mais benefício que 
prejuízo. 
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- MASCARAMENTO (CEGAMENTO): tentativa de evitar 
que se saiba quem está recebendo a intervenção para evitar que 
isto interfira no resultado. 
Ex.: Efeito HAWTHORNE: mudança de comportamento 
do indivíduo devido ao fato de estar sendo observado. Como, 
em um estudo sobre uma nova droga para diabetes, o paciente 
começa a fazer dieta. 
 
Simples 
cego 
Apenas os participantes desconhecem o grupo ao qual 
pertencem. 
Duplo-cego Nem médicos e nem pacientes sabem quem pertence a 
qual grupo. 
Triplo-cego Médicos, paciente e outros profissionais desconhecem 
quem pertence aos grupos. 
Aberto Todos sabem quem pertence aos grupos. 
 
• Vantagens: diminui o risco de diferenças no estilo 
de tratamento e na resposta dos pacientes. 
• Desvantagens: inviáveis em intervenções que 
não podem ser escondidas do paciente ou médico 
(apresentam muitos efeitos colaterais). 
 
- VALIDADE EXTERNA: envolvem aspectos como variação 
de pacientes, etnoculturais, gravidade, custo-benefício, risco, 
infraestrutura. Está relacionada com a efetividade. 
 
- MEDIDAS DE EFEITO: 
Risco Relativo (RR): 
 
 Desfecho 
Intervenção Sim Não Total 
Tratamento a b a+b 
Controle c d c+d 
 
Risco no grupo com intervenção R (t) = a/a+b 
Risco no grupo controle R (c) = c/c+d 
 
RR = 
𝑹𝒕
𝑹𝒄
 
 
 
 
 Desfecho 
Intervenção Sim Não Total 
Betametasona 36 496 532 
Placebo 60 478 538 
TOTAL 96 974 1070 
 
- Cálculo: 
R(t) = 36/532 = 0,068 ou 6,8% 
R(c) = 60/538 = 0,112 ou 11,2% 
 
RR = 0,068/0,112 = 0,61 
 
- INTERPRETAÇÃO: 
Representa quanto o risco do grupo tratado é maior 
ou menor que o risco do grupo controle. No caso 
dessa questão, menor. Ou seja, a betametasona está 
fazendo efeito. 
 
- EFICÁCIA = (1-RR) x 100 ou 1- (Rt/Rc) = 1 – 
(0,068/0,112) = 39,3% (calculado pela questão 
exemplo). 
ELE FALOU QUE ESSE CÁLCULO NÃO VAI CAIR. 
 
- REDUÇÃO ABSOLUTA DE RISCO (TAMBÉM 
FALOU QUE NÃO VAI CAIR): 
• R(c) – R(t) = 0,112 – 0,068 = 0,044 ou 4,4% 
 
- FASES DO ENSAIO CLÍNICO: 
 
Pré-clínico • Estudos realizados em animais, reúnem 
informações farmacológicas da droga e 
se os efeitos passam para a prole. 
FASE 1 • Feito em pequenos grupos (20-80 
pessoas); 
• Envolve seres humanos; 
• Objetivo: avalia segurança, perfil 
farmacocinético e farmacodinâmico; 
• Investiga dosagem, via de administração 
e toxicidade. 
FASE 2 • Estudo terapêutico-piloto; 
• Pequeno número de pacientes (100-
200); 
• Medicamento utilizado em pessoas que 
possam se beneficiar dele; 
• Ex.: diminuição de tumor; 
• Acompanhamento intenso; 
• Objetivo: avaliar a eficácia e a segurança 
a curto prazo e determinar a melhor 
dose a ser utilizada. 
FASE 3 
(considerada 
a etapa dos 
ensaios 
clínicos) 
PRESTAR 
ATENÇÃO. 
• Tenta colocar maior número de 
pacientes e grupos variados; 
• Objetivo: determinar a eficácia e 
segurança a curto e longo prazo das 
diversas formulações do novo princípio 
ativo e estabelecer o valor terapêutico 
absoluto e relativo do medicamento; 
• Extensa e rigorosa; 
• Duplo-cegos e randomizados; 
• Condições o mais próximas possíveis das 
condições normais de uso; 
• Solicita aprovação, após isso pode ser 
comercializado. 
FASE 4 • Estudos de farmacovigilância, que 
podem ser feitos por outros tipos de 
estudos já mencionados. Como o 
transversal, caso-controle, coorte; 
• Medicamento vendido desde o começo 
dessa fase; 
• O uso generalizado possibilita detectar 
efeitos colaterais incomuns. 
 
- ATENÇÃO: fases 1 e 2 são de estudos explanatórios, fase 3 
registro no órgão de vigilância de sanitária, fase 4 pragmática. 
- QUESTÃO EXEMPLO: 
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- QUESTÕES ÉTICAS: (toda parte de questão ética do 
resumo de Mª Eduarda Nogueira) 
Código de Nuremberg (1947); Declaração dos Direitos Humanos (1948); 
Declaração de Helsinque (1964,1975,1983, 1989); Diretrizes éticas 
internacionais para pesquisas biomédicas envolvendo seres humanos 
(CIOMS. International ethical guidelines for biomedical research involving 
humans subjects. Geneva: WHO, 1993.); Brasil: Resolução nº 510, de 07 
de abril de 2016 do Conselho Nacional de Saúde 
 
Só pode ser realizado o ensaio clínico: 
• Benefício máximo e risco mínimo 
• Desenho bem fundamentado e investigadores 
qualificados 
• Protocolado e autorizado por um CEP 
• TCLE 
• Comitês de monitoramento de dados e segurança » 
Critérios para suspensão da pesquisa 
• Registrado em um banco de ensaios clínicos 
• Produzir um relatório final detalhado 
 
ECR – Protocolo – Principais questões: 
→ Métodos a serem utilizados devem ser 
preestabelecidos 
• Doença sob investigação 
• Fonte de recrutamento (amostra) seleção de 
pacientes – critérios de inclusão e exclusão de 
pacientes = Validade externa 
• Intervenções sob comparação – nenhum tratamento, 
placebo ou tratamento padrão/ como serão 
administradas 
• Reações adversas. 
 
VANTAGENS • Evidência mais forte de causa e 
efeito; 
• Algumas vezes, é exceção, 
pode produzir uma resposta 
mais rápida e mais barata que 
estudos observacionais; 
DESVANTAGENS • Muitas perguntas ficam sem 
respostas; 
• Barreira ética; 
• Resultado muito raro; 
• Intervenção padronizada 
(idealizada), muito diferente 
da prática; 
 
- AVALIAÇÃO DA LITERATURA: busca da evidência; 
avaliação da validade do estudo; interpretação dos resultados; 
aplicabilidade dos resultados. 
 
- “CONSORT”: estudos clínicos devem ser registrados e 
deve-se haver o emprego de uma lista de checagem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Teste diagnóstico

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