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ENGENHARIA DE CONTROLE E AUTOMAÇÃO PROJETO INTEGRADOR IV PROJETO CONCEITUAL IMPLEMENTAÇÃO DE TOCHA DE CORTE À PLASMA EM MESA DE COORDENADAS AMANDA SIMONI DOUGLAS JUNIOR HEMEQUE FELIPE KISSMANN HENRIQUE RENAN ZINI DA SILVA 1 ESCOPO DO PROBLEMA A partir dos dados levantados no projeto informacional e dos requisitos de projeto necessários para atender às necessidades do cliente foi possível desenvolver o escopo do problema. Inicialmente deve-se adaptar uma tocha de plasma do modelo LPH120 à mesa de coordenadas disponível no laboratório, proveniente de um Projeto Integrador anterior a este projeto. O objetivo principal é promover o corte de chapas por plasma, posterior a isso, caso houver oportunidade de desenvolvimento, será implementada a parte de segurança do equipamento relacionada aos usuários e de resfriamento do processo de corte. 2 ESPECIFICAÇÕES DE PROJETO Neste tópico serão descritos, de modo sucinto, desde o acionamento da tocha de plasma até o modo que será controlado seu posicionamento para efetuar o corte das chapas. Através de um software o usuário poderá condicionar uma placa de controle para coordenar os movimentos da tocha na mesa de coordenadas. Para adaptar a tocha na mesa será incrementado um suporte e, como o aquecimento do gás é ocasionado por arco elétrico, pode conter ruídos que irão interferir no recebimento de sinais pela placa de controle. Para este último será incrementada uma filtragem dos ruídos, para reduzir este problema. 2.1 IDENTIFICAÇÃO DAS RESTRIÇÕES Após a definição de todas as peculiaridades deste projeto, são analisadas as restrições impostas para seu desenvolvimento. O orçamento é um fator decisivo que impõe limites para adquirir material para uso neste projeto. Além disso o período para que este projeto seja, de fato, elaborado é um fator limitante, restringindo as ideias para questões mais práticas e de fácil concepção. 2.2 ESTRUTURA FUNCIONAL Todos os equipamentos que irão compor a automação deste projeto de corte a plasma, estarão dispostos na mesa de CNC, alocados de forma a permitir que o equipamento execute seu processo sem interferir na sua estrutura ou danificar seus componentes. O acionamento da tocha será de maneira automática, a partir de um comando enviado do software à placa de controle. O acionamento manual se torna perigoso para os usuários, pois o plasma emite radiação UV e trabalha em altas temperaturas. 2.3 FUNÇÃO GLOBAL Com o intuito de evidenciar o funcionamento do projeto descrito na estrutura funcional, de forma resumida, apresenta-se a função global do dispositivo, conforme mostrado na Figura 1. Figura 1 - Função Global (Fonte: Autores) Basicamente o usuário energiza o sistema, insere o material no dispositivo, bem como as trajetórias para corte no software. O dispositivo por sua vez transforma os dados em movimento para os motores, aciona a tocha e efetua o corte. Por fim, o usuário fica responsável por retirar o objeto cortado do sistema, bem como as escórias. 2.4 ESTRUTURAS FUNCIONAIS ALTERNATIVAS A estrutura funcional tem o objetivo de expor os componentes do dispositivo e as fases do processo de funcionamento. Na Figura 2 é possível visualizar o funcionamento do equipamento dividido em oito etapas principais que se ramificam em outros passos, essa estrutura apresenta a sequência de trabalho e os procedimentos que o usuário deve seguir. Primeiramente o usuário irá energizar o sistema como um todo, isto significa ligar a fonte do plasma, o computador no qual o software está instalado e conectado e ligar a fonte dos drivers dos motores de passo. Com a energização finalizada, pode-se inicializar o sistema, abrindo o software e inserindo o código G da peça que se deseja cortar. Figura 2 - Estrutura funcional (Fonte: Autores) Figura 3 - Estrutura funcional alternativa (Fonte: Autores) Posteriormente, a matéria-prima deverá ser alocada no equipamento. Este passo será feito de forma manual, não necessitando de auxílio de máquinas, devido à baixa dimensão da mesa de coordenadas, sendo que a mesma foi dimensionada para corte de pequenos objetos. Com a matéria disposta na mesa, o usuário irá inserir os dados restantes do processo. Nesta parte será informado qual é a matéria-prima, a sua espessura, a velocidade que se deseja cortar e no painel da fonte de plasma, será selecionado o nível de corrente e pressão para o corte. O último parâmetro que deve ser ajustado antes do início do corte é o posicionamento da tocha de plasma no local onde se deve iniciar o corte. Isso será feito no software, onde o cliente irá movimentar os motores até chegar no local desejado. Com todos os parâmetros ajustados pode-se iniciar o processo de corte em si. O cliente em si apenas irá indicar para o software que o corte pode ser iniciado, onde o mesmo irá se encarregar de acionar a tocha, bem como movimentar os motores seguindo a trajetória estipulada no código G. Por fim, com o corte já efetuado, o usuário poderá tanto iniciar o processo novamente, quanto finalizar o uso do dispositivo. Caso opte pela primeira alternativa, será necessário apenas movimentar a tocha até um novo lugar para início do corte e indicar que o corte pode iniciar, mas caso o usuário tenha terminado o serviço e não necessite mais cortar nenhum material, poderá finalizar o uso do dispositivo, onde deve-se afastar a tocha do material para não haver colisões com o material, retirar as peças e escórias e desligar todo o sistema, ou seja, fonte de plasma, computador com o software e fonte dos motores. A estrutura funcional da Figura 3 é representada através da exposição dos componentes que formam o equipamento, o dispositivo foi dividido em 3 segmentos principais que se ramificam em outros elementos. Na estrutura mecânica estão presentes as partes que servem tanto para suporte do material, como partes que constituem a alocação de motores e polias, no caso em específico, a mesa de coordenadas. A proteção para polias e eixos é compartilhada entre os itens segurança e estrutura mecânica pois faz parte de ambos os grupos. No item segurança, estão presentes os itens que proporcionam proteção ao usuário, tanto de ferimentos quanto descargas elétricas. No último item estão contidas as partes que fazem os acionamentos, visualização e parametrização dos dados, que se resumem nos programas utilizados, placas de controle e o computador utilizado. 3 PRINCÍPIOS DE SOLUÇÃO 3.1 PLATAFORMA DE CONTROLE Um dos problemas do projeto que merecem atenção é a questão de movimentação dos eixos. No projeto anterior, os movimentos se limitavam à apenas interpolações lineares, não tendo a possibilidade de o dispositivo fazer qualquer tipo de interpolação circular. O grande fator desse problema foi o software utilizado, sendo que o mesmo foi desenvolvido pelos próprios projetistas via interface LABVIEW. A ideia em si do funcionamento do programa era boa, onde o usuário poderia tanto desenhar em um espaço disponível e o programa converteria em código g, quanto inserir um código g pronto, escrito ou feito por outro programa. Porém o projeto não foi concluído e grande parte das funções não ficaram prontas. Como resultado, chegou-se à um software que apenas interpretava códigos G com interpolações lineares. Na Figura 4 é possível visualizar uma das abas do programa desenvolvido. Figura 4 - Interface desenvolvida no PI de 2017/1 (Fonte: Autores) Outro aspecto importante desse software é que atuava juntamente com um Arduino, onde o programa era o mestre e o Arduino seu escravo. Tendoem vista que o atual projeto irá trabalhar com corte proveniente de um arco elétrico e que este é um grande emissor de ruídos, pode-se ter problemas devido à suscetibilidade do Arduino a sofrer interferências ruidosas. Um dos métodos de eliminar ou amenizar o problema da interferência é utilizar outras placas controladoras, mais robustas, com outros softwares. Há diversos softwares disponíveis no mercado, dentre eles está o Mach3, desenvolvido pela ArtSoft. O Mach3 (Figura 5) é um programa flexível que serve para controlar diversos dispositivos CNC, tais como fresadoras, routers e a própria mesa de corte à plasma. A interface é ajustável de acordo com a utilização, sendo selecionável as variáveis do processo, tais como entradas para interruptores de posição, botão de emergência, entre outros. O software tem capacidade de controlar até seis eixos simultaneamente e emite sinais de Step, Dir e Enable, compatíveis com diversos drivers para motores de passo e Servo motores. A conexão com os drivers não é direta do computador, necessita de uma placa intermediária, isoladora dos sinais. Geralmente as placas se comunicam com o computador via porta paralela, mas também há modelos com conexão USB, com um custo mais elevado. A grande vantagem de se usar o software Mach3, é que o mesmo já possui entrada para códigos g, tanto com interpolações lineares quanto circulares, eliminando um dos problemas do projeto anterior. A desvantagem é a necessidade de uma placa intermediária, não sendo possível a conexão direta com os drivers dos motores de passo. Na figura abaixo é possível visualizar uma das interfaces do Mach3. Figura 5 - Interface do Mach3 (Fonte: Autores) Além da opção de se utilizar o Mach3, há ainda a opção de continuar trabalhando com o Arduino, com outro software, fazendo uma proteção adequada contra ruídos para o mesmo. Dentre os disponíveis, o programa GRBL é um dos mais completos. É livre, código aberto, tem grande utilização nas impressoras 3D, mas também pode ser adaptado para outras funções, como cortadores a laser, routers, entre outras. Devido ao fato de ser livre, ainda sofre com alguns bugs, sendo que sua utilização deve ser cautelosa, conforme os próprios usuários alertam. Assim como o Mach3, não se conecta diretamente aos drivers dos motores de passo, necessita de uma placa intermediária, no caso o Arduino. Na Figura 6é possível visualizar uma das interfaces do GRBL. Figura 6 - Interface GRBL (Fonte: Autores) 3.2 PLACA DE CONTROLE E MOVIMENTAÇÃO Para controlar a movimentação dos eixos é necessária a utilização de uma placa compatível com o software escolhido. Esta placa, além de fazer a conversão dos dados do programa para sinais dos drivers, deverá analisar entradas do sistema, tais como limites de posição e botão de emergência. Na Figura 7, é possível visualizar um esboço das conexões que essa placa de interface terá que acolher. Dentre as opções disponíveis está a placa Arduino, sendo utilizada juntamente com o software GRBL ou a programa desenvolvido anteriormente. As vantagens de se utilizar o Arduino é que o mesmo possui fácil aplicação, tem custo relativamente baixo e possui vasta bibliografia sobre sua programação. A desvantagem de se usar o Arduino nesse processo se dá na vulnerabilidade com ruídos, onde estes afetam o processamento, podendo deixar o processo instável. Figura 7 - Esquemático da ligação da placa de controle (Fonte: Mach Supporta) Outra opção para controle da movimentação é a placa GX-USB, onde como o próprio nome já diz, se conecta com o computador via cabo USB, não sendo necessária a utilização de um adaptador para porta paralela, como outras placas disponíveis no mercado. Ela possui diversas entradas, para atender os interruptores de posição e botão de emergência, assim como transforma os sinais provindos do software em trens de pulso, compatível com as entradas dos drivers. A grande desvantagem se dá no custo, algumas vezes maior que as demais placas. Além dessas opções, há a possibilidade de se usar uma placa isoladora de sinais, com conexão via porta paralela, junto ao software Mach3. A vantagem desse tipo de placa é seu baixo custo, praticamente o mesmo do Arduino, a disponibilidade de entradas para as funções citadas acima e um bom isolamento dos sinais. As saídas, assim como a placa GX-USB, são trens de pulso para os drivers. A desvantagem desse tipo de placa é a imposição de se usar um a http://www.machsupport.com/wp-content/uploads/2013/02/Mach3_Br_Instala%C3%A7%C3 %A3o_Configura%C3%A7%C3%A3o.pdf computador com placa paralela. Na figura abaixo é possível visualizar uma imagem da placa. Figura 8 - Placa de controle para porta paralela (Fonte: Mercado Livreb) 3.3 SUPORTE PARA TOCHA Pela disposição de uma tocha manual para utilização neste projeto, os suportes para a mesma, em uma mesa CNC, existentes não se aplicam para essa função. Para tanto requere-se a confecção de uma adaptação para propiciar o corte das chapas com uma tocha minimamente ergonômica. Com a ajuda de software de design de produtos, como o Solid Works, é possível visualizar, em 3D um protótipo de como esta adaptação ficará, em sua fase final. É necessário frisar que a tubulação conectada a tocha ficará externa a mesa, para tanto há necessidade de haver certos cuidados para que a mesma não interfira no corte. Figura 9 - Esboços de possíveis suportes para a tocha (Fonte: Autores) b https://http2.mlstatic.com/D_NQ_NP_798577-MLB25642586022_062017-OD.webp 3.4 SEGURANÇA DO USUÁRIO Dispositivos e sistemas de segurança, tem por objetivo de diminuir riscos e garantir a saúde e integridade física de trabalhadores e pessoas próximas ao equipamento. No Brasil existem normas que definem referencias técnicas, princípios e medidas para que a segurança seja alcançada, como por exemplo as NBR 14153:2013 NBR ISO 12100:2014 (em substituição a NBR 14009:1997) e a NR12. Figura 10 - Seleção possível de categorias (Fonte: NBR 14153:2013 Anexo B) O Sistema de segurança deve ser compatível com categoria da máquina. A categorização é feita através da análise qualitativa dos riscos presentes no equipamento. O método indicado na NBR 14153:2013 consiste principalmente na análise da severidade do possível ferimento, e então leva-se em conta outros parâmetros auxiliares que são: a) frequência e tempo de exposição ao perigo; e b) possibilidade de evitar o perigo. Então esses parâmetros são combinados para obter uma graduação estimada do risco. Levando em consideração as indicações da norma através da sequência S2 – F2 – P1, se obtém a categoria 3 como a estimada. A categoria 3 estipula que defeitos isolados não levem a perda da função de segurança, e sempre que razoavelmente praticável o defeito isolado seja identificado. Outra função da categoria do sistema de segurança é guiar a escolha de componentes e o projeto do sistema de segurança, uma vez que o projeto deve obrigatoriamente atender aos requisitos da categoria. 3.4.1 Relé de segurança O relé de segurança é responsável pela monitoração das entradas de segurança, ele é indicado para aplicações simples, uma vez que esses dispositivos normalmente efetuam o monitoramento de dois canais de segurança. 3.4.2 CLP de segurança Semelhante ao relé de segurança, a diferença é que o CLP de segurança comporta mais que um circuito de segurança (monitoramento de mais de dois canais configuráveis), sendo assim recomendados para aplicações maiores e mais complexas 3.4.3 Botão de emergênciaÉ um botão do tipo cogumelo com trava, que quando acionado permanece travado até que o mesmo seja girado para que o mesmo destrave e desacione. Normalmente os cabeçotes são vermelhos e instalados em locais de fácil localização e acesso, ou seja, próximo ao operador e fora da zona de perigo, para que a sinal de qualquer anormalidade ou risco o botão possa ser acionado colocando a máquina em uma condição segura. O botão de emergência deve possuir no mínimo 2 contatos normalmente fechados que sejam monitorados por interface de segurança. 3.4.4 Sensores de segurança Sensores de segurança devem ser instalados e proteções móveis, para que o equipamento não apresente uma condição perigosa como entrar em operação com a proteção aberta. O sensor utilizado deve possuir no mínimo 2 contatos normalmente fechados e que sejam monitorados por interface de segurança. 3.4.5 Chave de acionamento por cabo Chaves de acionamento por cabo podem substituir botões de emergência, ao mesmo tempo em que oferecem um recurso de parada de emergência constante ao operador. É recomendado a utilização deste equipamento, quando a instalação de vários botões de emergência não é viável ou desejável. Da mesma forma que os outros dispositivos de entradas de segurança, a chave de acionamento por cabo necessita possuir no mínimo dois contatos normalmente fechados e que sejam monitorados pela interface de segurança. 3.4.6 Contator de segurança Dispositivo de saída de segurança, comandado pela interface de segurança, o mesmo só permite a passagem de alimentação do circuito de potência do equipamento, caso não seja detectada nenhuma anormalidade nas entradas de segurança. No caso do acionamento de uma ou mais entradas de segurança, o contator deve permanecer aberto até que as falhas sejam corrigidas e o sistema de segurança rearmado manualmente, buscando assim minimizar acidentes causados pela reinicialização automática inesperada do equipamento. 3.4.7 Proteções fixas Podem ser instaladas proteções fixas no equipamento, evitando assim o contato e exposição de elementos moveis que podem gerar acidentes como motores, eixos, polias, correias e engrenagens. As proteções fixas devem ser mantidas em sua posição de maneira permanente ou por meio de elementos de fixação que só permitam sua remoção ou abertura com o uso de ferramentas (NR-12 item 12.41 a). Na presente aplicação sugere-se a fixação das proteções a estrutura por meio de parafusos. 3.4.8 Proteções móveis Proteções móveis podem ser utilizadas para os mesmos fins de segurança que as proteções fixas. As proteções móveis, que podem ser abertas sem o uso de ferramenta, geralmente ligada por elementos mecânicos à estrutura da máquina ou a um elemento fixo próximo, e deve se associar dispositivos de intertravamento (NR-12 item 12.41 b). Na presente aplicação, não se faz necessária a utilização de proteção móvel, uma vez que os acessos bloqueados por tais proteções não são requeridos frequentemente, pois serão utilizados somente para fins de manutenção do equipamento. Figura 11 - Esboço de proteção fixa e móvel (Fonte: Autores) Figura 12 - Elementos possíveis de serem utilizados no sistema de segurança 3.5 ADAPTAÇÃO DA ESTRUTURA MECÂNICA 3.5.1 Eixo Z O projeto contempla a possibilidade de implementação de um eixo Z ao equipamento. A seguir são exemplificadas algumas das opções disponíveis. 3.5.1.1 Fuso (Barra roscada) Consiste na utilização de um suporte fixo a estrutura que possui uma barra roscada que quando rotacionada (acionamento manual ou automático) desloca o suporte, ao que a tocha esta fixa, no sentido vertical, possibilitando assim o ajuste da altura. Figura 13 – Esboço de Suporte para tocha com fuso para regulagem de altura (Fonte: Autores) 3.5.1.2 Pinhão e cremalheira Sistema semelhante ao anterior, também composto por uma parte fixa e outra móvel, onde o acionamento do pinhão (acionamento automático ou manual) resulta no deslocamento da parte móvel no sentido vertical. Figura 14 - Pinhão e cremalheira (Fonte: Soluções Industriaisc) c http://www.solucoesindustriais.com.br/images/produtos/imagens_10090/p_engrenagens-pinha o-cremalheira-3.jpg 3.5.1.3 Oblongo Consiste na utilização de um suporte para a tocha, onde os furos de fixação possuem rasgos alongados longitudinalmente, permitindo o ajuste da altura da tocha, afrouxando os parafusos que prendem o suporte a estrutura, posicionando o suporte na altura desejada, e parafusando o suporte para que o mesmo permaneça estático. Figura 15 - Esboço de suporte de tocha com rasgos oblongos para ajuste de altura (Fonte: Autores) 3.5.2 Tipos de mesas Os tipos de mesas encontrados comercialmente em mesas de corte de plasma, consistem em dois tipos principais como as mesas com tanque de água e as mesas de aspiração. 3.5.2.1 Mesa com tanque de água Figura 16 - Mesa de corte com tanque de água (Fonte: YouTubed) As mesas com tanque de água, como indicado no nome possuem um tanque de água, onde durante o processo de corte, o fluido presente no tanque captura boa parte da fumaça e reduz a radiação luminosa e o ruído. As principais d Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=6pQ_ztHg5EM vantagens deste tipo de mesa são: custos de instalação, operação e manutenção reduzidos; menor espaço necessário para a instalação; melhor captura de fumaça e pó; menor distorção das peças pelo calor, entre outras. As principais desvantagens são a contaminação de peças com a água utilizada no tanque, vida útil reduzida e a possibilidade de congelamento do fluído. O baixo custo e facilidade de instalação fazem desta, uma boa opção para implementação neste projeto. 3.5.2.2 Mesas de aspiração Mesas de aspiração, possuem um sistema de dutos, filtros e exaustores acoplados a mesa, que são responsáveis pela aspiração da fumaça e pó resultantes do processo. As principais vantagens desse tipo de mesa estão na vida útil e limpeza do equipamento. Se comparado com o sistema de tanque de água, esse sistema apresenta maiores custos, necessita de um maior espaço para a instalação e o desempenho na captura de fumaça e pó é inferior. Figura 17- Mesa de aspiração (Fonte: Motofil Cortee) 3.6 PROTEÇÃO CONTRA RUÍDOS 3.6.1 Tipos de ruídos que podem ser encontrados 3.6.1.1 Acoplamento indutivo Ocorre devido às variações abruptas de corrente. São acompanhadas por um campo magnético. e http://motofilcorte.pt/wordpress/index.php/mesas-de-corte-com-aspiracao-de-fumos/ Figura 18 - Acoplamento capacitivo (Fonte: Smarf) Para evitar o acoplamento indutivo: • Cabo de potência ida e retorno paralelos; • Afastar cabo de sinal dos cabos de potência; • Utilizar cabo par trançado; • Aterrar uma das extremidades dos shields dos dois cabos; • Reduza o dv/dt do cabo de potência aumentando o tempo de subida do sinal; 3.6.1.2 Acoplamento capacitivo Ocorre por variações de tensão, geralmente em altas frequências. Figura 19 - Acoplamento capacitivo (Fonte: Autores) Para evitar o acoplamento capacitivo: • Limitar o comprimento de cabos correndo em paralelo; • Afastar cabo de sinal dos cabos de potência; • Diminuir a frequência do sinal. f http://www.smar.com/images/clip_image002_0046.jpg 3.6.2 Blindagem (Gaiola de Faraday) São requisitos muito importantes para garantir a integridade dos dados que circulam nos sistemas. OS ruídos podem serem reduzidossignificativamente com técnicas de distribuição de cacos, aterramento e blindagens corretos. A blindagem (shield) deve ser conectada ao potencial de referência do sinal que está protegendo. Figura 20 - Blindagem do tipo gaiola de Faraday (Fonte: Smarg) Quando se tem múltiplos segmentos deve-se mantê-los conectados, garantindo o mesmo potencial de referência. Figura 21 - Blindagem do tipo gaiola de Faraday com múltiplos segmentos (Fonte: Smarh) g http://www.smar.com/images/clip_image002_0038.jpg h http://www.smar.com/images/clip_image002_0037.jpg 3.6.3 Cabos blindados Figura 22 - Cabo blindado 2 vias (Fonte: Piertelecomi) Figura 23 - Cabo blindado para automação (Fonte: Mercado Livrej) i www.piertelecom.com.br/img/upload/arquivos/thumb/410x410/Cabo_Manga_2_Vias_ Branco_Flexivel_Para_CFTV.jpg j https://http2.mlstatic.com/S_189625-MLB25470095222_032017-O.jpg Figura 24 - Cabo com multiplas proteções (Fonte: Loja Bluecomk) 3.7 PROTEÇÃO E FIXAÇÃO DOS CABOS E MANGUEIRAS Para realizar a fixação dos cabos e mangueiras, podem ser construídos suportes e canaletas ao longo da estrutura, até o local de destino. Pode-se também utilizar a própria estrutura já existente, passando cabos e mangueiras pelos espaços internos disponíveis nos perfis de ferro. Em locais onde os cabos necessitam de liberdade para movimentação, pode-se utilizar em conjunto com as canaletas, ou sobre os suportes, esteiras k http://www.lojabluecom.com.br/UserFiles/images/Cabeamento/LAN%20Expert%20- %20Hercules/cabo_hercules_atualizado_site.jpg porta cabo, pois permitem a movimentação dos cabos, sem que os mesmos fiquem soltos na estrutura. Figura 25 - Canaleta de plástico (Fonte: Duoplastl) Figura 26 - Canaleta metálica (Fonte: Calhas Kennedym) Figura 27 - Esteira porta cabos (Fonte: Kraus mullern) Figura 28 - Esteira porta cabos com maior liberdade de movimentos (Fonte: Images.neio) Para evitar que os cabos e mangueiras realizem movimentos indesejados, ou fora do esperado e permitido, podem-se adicionar cintas plásticas e/ou organizador de fios espiral para melhor agrupá-los. Caso o custo da construção dos suportes e canaletas forem elevados, em alguns pontos podem-se utilizar as próprias cintas plásticas para fixação, porém não é recomendado, pois reduz drasticamente a vida útil do suporte e a segurança do sistema, pois os cabos podem acabar soltando do suporte e colocando em risco o equipamento e o operador. l http://www.dutoplast.com.br/portal/images/Fechado1.jpg m http://www.calhaskennedy.com.br/imagens-y/informacoes/fabricante-eletrocalhas-04.jpg n Fonte: http://www.krausmuller.com.br/linha-industrial/produtos/esteiras-porta-cabo-2.jpg o http://images.nei.com.br/Asset/lx/esteira-portacabos24.jpg Figura 29 - Cinta plástica (Fonte: Troiap) Figura 30 - Organizador de cabos espiral (Fonte: Vonderq) 3.8 ACIONAMENTO DA TOCHA 3.8.1 Acionamento com relé Figura 31 - Relé elétrico (Fonte: UFSMr) p https://troia.com.br/loja/122-large_default/abracadeira-plastica-275.jpg q http://www.vonder.com.br/estatico/vonder/temp/600_2898210010.jpg r http://coral.ufsm.br/righi/Download/rele12v_completo.jpg Colocar um relé próximo ao botão da tocha, ou na saída do cabo da fonte do plasma. A placa de controle fará o acionamento, este seria um acionamento secundário, ou com intuito de aumentar a segurança, pois haverá a necessidade de acionamento duplo para a tocha funcionar. 3.8.2 Acionamento por garra robótica Criar garra robótica ou sistema que simule a mão de um operador, deixando o botão existente pressionado durante o período de tempo necessário para realizar o corte. Figura 32 - Garra Robótica (Fonte: Buildbots) 4 MATRIZ MORFOLÓGICA Função Solução 1 Solução 2 Solução 3 Solução 4 Processamento da lógica de segurança Relé de segurança CLP de segurança Placa de controle de movimentação Dispositivos de segurança Botão de emergência Chave de emergência acionado por cabo Proteção contra ruídos Cabo blindado Sinal diferencial Aterramento da estrutura Separação de cabos de sinais e potência Proteção para motores e eixos Fixa Móvel Proteção para cabos e mangueiras Organizador de fios em espiral Esteira porta cabos Aterramento Sistema TN-C Sistema TN-S Sistema TT s http://www.buildbot.com.br/image/large/28_1.jpg (NBR5410) Nivelamento Pés com barra roscada Suporte para chapas Barra reta Barra vertical “S” Eixo z Automático Manual(Oblongo) Manual(barra roscada) Pinhão e cremalheira Tipo de mesa Tanque de água Aspiração Placas de controle da movimentação e plataforma de controle Gx-usb + Mach3 Arduino + GRBL Placa controladora para porta paralela + Mach3 Arduino + Plataforma desenvolvida no Labview Suporte para a tocha Abraçadeira metálica tipo “U” Abraçadeira rosca sem fim Abraçadeira metálica tipo “U” com rosca Acionamento da tocha Garra robótica Via relé Adaptações para rigidez na estrutura Barra transversal Barras em X Barras laterais H 4.1 HIERARQUIZAÇÃO DE REQUISITOS DE SELEÇÃO DE SOLUÇÕES Dentre as soluções disponíveis para cada problemática do sistema, alguns critérios regulam a escolha das alternativas. A disponibilidade dos equipamentos no câmpus e o custo para aquisição de novos limita a seleção de soluções. Com o orçamento inicial limitado buscam-se itens de baixo custo e desempenho satisfatório. Na questão de segurança será efetuado o monitoramento das entradas de segurança com três soluções disponibilizadas que abrangem esse objetivo: relé de segurança, CLP de segurança e placa de controle de movimentação. O relé supervisionará os circuitos garantindo a segurança dos equipamentos/sistemas e dos operadores. O CLP eleva a categoria de segurança do sistema e o software de programação trabalha com os principais dispositivos de segurança. A placa controladora possui interface de entrada para definir paradas de emergência. Ainda dentro da proteção de circuitos temos os dispositivos de segurança: como botões de emergência e chaves de emergência acionadas por cabo. Esses itens visam o mesmo objetivo que é o de garantir o travamento dos sistemas em caso de acionamento destes. Na parte de rigidez mecânica da mesa de coordenadas, os eixos e polias terão proteção contra possíveis interferências externas na sua movimentação. Em termos físicos serão confeccionadas caixas de proteção envoltas nas mesmas. Na estrutura da mesa será implementada um suporte ao tanque de água equivalente ao peso deste, responsável pelo resfriamento do processo de corte. O tipo de mesa, para o tratamento das fagulhas e outros resíduos, pode ser com tanque de água ou por aspiração. Tanque de água ocasiona maior absorção de resíduos de corte, tanto fagulhas como gases, além da radiação. Já a aspiração somente dilui os resíduos e os esparsa no ambiente. O suporte para tochas será confeccionado no Solid Works utilizando-se de barra roscada ou de maneira fixa, acoplado na máquina. Há a possibilidade de implementação de um terceiro eixo z ná máquina, que poderá movimentar-se pela coordenação do movimento manual oude forma automática pelo software. Para o acionamento da tocha, para o início do corte, se utilizará um relé, desmontando a estrutura da tocha para propiciar esse incremento ou de maneira manual, mantendo o dispositivo de acionamento que a tocha possui. Um dos itens primordiais para a composição deste projeto é a escolha do software CNC, para uso do código G, e da placa de controle da tocha de corte. O software Mach3 é utilizado com a placa Gx-usb ou ainda com placa controladora com porta paralela, necessário neste caso um PC de mesa com este tipo de entrada. Porém ainda há outra solução com o uso do Arduino e do software GRBL, específico para utilização conjugada. E como última alternativa tem-se o software criado no Projeto Integrador anterior, desenvolvido no Labview juntamente com uma placa Arduino. Tabela de comparação com as variáveis em três cenários: melhor custo, melhor desempenho, melhor custo-benefício. Função Cenário 1 Ideal Cenário 2 Menor Custo Cenário 3 Escolhido Processamento da lógica de segurança Relé de segurança Placa de controle de movimentação Placa de controle de movimentação Dispositivos de segurança Botão de emergência Botão de emergência Botão de emergência Proteção contra ruídos Cabo blindado Sinal diferencial Aterramento da estrutura Separação de cabos de sinais e potência Aterramento da estrutura Separação de cabos de sinais e potência Cabo blindado Aterramento da estrutura Separação de cabos de sinais e potência Proteção para motores e eixos Móvel Fixa Fixa Proteção para cabos e mangueiras Organizador de fios em espiral Esteira porta cabos Organizador de fios em espiral Esteira porta cabos Aterramento (NBR5410) TT TN-C No mínimo TN-S Nivelamento Pés com barra roscada Pés com barra roscada Pés com barra roscada Suporte para chapas “S” Barra reta Barra reta Eixo z Automático Manual(Oblongo) Manual(Oblongo) Tipo de mesa Aspiração Tanque de água Tanque de água Placas de controle da movimentação e plataforma de controle Gx-usb + Mach3 Arduino + GRBL Placa controladora para porta paralela + Mach3 Suporte para a tocha Abraçadeira metálica tipo “U” com rosca Abraçadeira metálica tipo “U” Abraçadeira metálica tipo “U” com rosca Acionamento da tocha Via relé Via relé Adaptações para rigidez na estrutura Barras em X (H) Barra transversal 5 REFERÊNCIAS Mesa de Coordenadas. Disponível em <http://www.kalatec.com.br/lp/mesa-de- coordenadas>. Acesso em 10/08/2017. REIS, R. P.; SCOTTI, A. Fundamentos e prática da soldagem a plasma. São Paulo, v. 1, p.9: Artliber Editora, 2007. SMAR. Dicas de blindagem e aterramento em automação industrial. SMAR. [Online] [Citado em: 16 de setembro de 2017.] http://www.smar.com/brasil/artigo- tecnico/dicas-de-blindagem-e-aterramento-em-automacao-industrial. SMAR. Como a blindagem pode ajudar a minimizar ruidos. SMAR. [Online] [Citado em: 16 de setembro de 2017.] http://www.smar.com/brasil/artigo- tecnico/como-a-blindagem-pode-ajudar-a-minimizar-ruidos. Coral, Elza, Ogliari, André e de Abreu, Aline França. 2013. Gestão integrada da inovação: estratégia, organização e desenvolvimento de produtos. 1ª ed. 2008; 4ª reimpressão 2013. São Paulo : Atlas, 2013. 978-85-224-4976-7. ESAB. Mesas de corte com água vs. mesas com aspiração para aplicações de corte térmico: Uma comparação de mesas de trabalho para corte de plasma e oxi-combustiveis. ESAB. [Online] [Citado em: 23 de Agosto de 2017.] http://www.esab.com.br/br/pt/support/documentation/upload/corteplasma-agua- vs-aspiracao.pdf. MAS Comércio. Mesa com aspiração. MAS Comércio. [Online] MAS. [Citado em: 23 de Agosto de 2017.] https://www.masgestao.com/mesa-com-aspiracao. Rozenfeld, Henrique, et al. 2006. Gestão de desenvolvimento de produtos: uma referência para a melhoria do processo. 1ª ed. 2006; 7ª reimpressão 2013. São Paulo : Saraiva, 2006. 978-85-02-05446-2. BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Norma Regulamentadora N° 10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidade. Brasília: Ministério do Trabalho e Emprego, 2016. Disponível em: <http://trabalho.gov.br/images/Documentos/SST/NR/NR-10-atualizada- 2016.pdf>. Acesso em: 23 de agosto de 2017. BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. 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