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Trabalho sobre preconceito racial

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LUCIANA DE JESUS SILVA
RACISMO: DISCRIMINAÇÃO RACIAL E SOCIAL.
Trabalho Integrado Interdisciplinar de Direito apresentado à Faculdade de Araraquara (FARA), como requisito parcial para a composição da nota semestral. 
ARARAQUARA
2014
RACISMO: DISCRIMINAÇÃO RACIAL E SOCIAL.
 Ana Rute*
 Drielly Alves* 
 Luciana de Jesus*
Este artigo analisa as representações sociais, a influência da escravidão fala também sobre o preconceito racial e social e apresenta os índices mais recentes sobre a escolaridade da população, as taxas de homicídios e a porcentagem dos negros no Brasil o crescimento do racismo e seus direitos. Tendo como base minhas pesquisas.
PALAVRAS-CHAVE: Racismo. Preconceito. Discriminação. Direitos.
INTRODUÇÃO
Racismo, preconceito racial, discriminação racial e social embora essas palavras pareçam ter o mesmo significado existem grandes diferenças entre elas o racismo é uma hierarquia entre raças. O racismo é uma forma intencional de uma pessoa ou um determinado grupo manifestar sua opinião demonstrando que são de raças superiores, através disso veio o preconceito onde colocaram os negros sempre em posições inferiores. 
Então no período colonial os europeus tiveram grandes vantagens na economia sobre os negros e nativos, não recebiam direitos iguais e quando o assunto é racismo o primeiro pensamento é sobre os negros, mas racismo pode ser contra os asiáticos, índios, mulatos e até com brancos é um pré– conceito baseado nas diferenças das raças humanas. O racismo vem de diversas origens, a casos que as crianças crescem ouvindo sobre as diferenças ou superioridades das raças aonde surge o preconceito.
 Os brasileiros valorizam tanto a “Superioridade” e acabam esquecendo que a população brasileira é miscigenada em outras palavras mistura de raças, de povos e etnias, ou seja, é uma relação inter-racial. São inúmeras raças que favoreceram para formação do povo brasileiro as principais raças foram povos indígenas, africanos, imigrantes europeus e asiáticos. 
No Brasil, 50,7% da população são formados por negros segundo o (IBGE), apesar dos avanços, ainda existe uma grande desigualdade as principais causas de tanta desproporcionalidade social é a falta de acesso à educação de qualidade, no Brasil, embora o sistema universitário nunca tenha excluído oficialmente os negros, no acesso geral da educação os brancos têm chances muito maiores então a Suprema Corte Brasileira avaliam a Constituição de 1988 autoriza o estabelecimento 
de cotas às universidades públicas brasileiras adotaram políticas de ações afirmativas, aplicadas na forma de cotas reservadas para certos grupos étnico-raciais e socioeconômicos, mas as populações negras também sofrem com salários desiguais e dificuldades em desfrutar dos serviços básicos oferecidos pelo Estado, como saúde, transporte público e saneamento básico.
 A expectativa de vida da população formada por negros e pardos é de 67 anos no Brasil quanto à população de pele clara a expectativa é de 73 anos de acordo com o Relatório Anual das Desigualdades Sociais.
2 A HISTÓRIA DA ESCRAVIDÃO.
A escravidão no Brasil começou por volta do século XVI. Os colonos portugueses começaram a escravizar os índios, porém pelo fato dos índios serem um tanto violentos e a oposição dos religiosos dificultaram essa prática. Então os colonos foram para África aonde trouxeram certa de quatro milhões de africanos para serem escravizados eles foram capturados e trazidos à força para a América, em grandes navios, em condições miseráveis e desumanas. Muitos morriam durante a viagem através do oceano Atlântico, vítimas de doenças, de maus tratos e da fome. Os escravos que sobreviviam à travessia, ao chegar ao Brasil, eram logo separados do seu grupo lingüístico e cultural africano e misturados com outros de tribos diversas para que não pudessem se comunicar o comércio de escravos entre a África e o Brasil tornou-se um negócio muito lucrativo. Houve várias rebeliões muitos escravos fugiram e foram formando uma comunidade chamada Quilombolas.
2.1 ORGANIZAÇÃO, ECONOMIA, VIDA E DIFICULDADES DAS COMUNIDADES QUILOMBOLAS. 
Os quilombos tinham uma organização em parecidas com as aldeias africanas havia uma divisão de tarefas e todos trabalhavam. Um líder geralmente comandava o quilombo. Viviam, principalmente, da agricultura de subsistência e da pesca. Podiam viver de acordo com seus hábitos culturais africanos e praticar livremente seus cultos religiosos. Porém eram sempre perseguidos por fazendeiros e os Senhores contratavam homens armados para recapturarem os fugitivos e desfazerem os quilombos ocorreram vários combates entre esses homens e os quilombolas durante o período colonial.
2.2 OS FATORES QUE CONTRIBUÍRAM PARA A ABOLIÇÃO. 
1850 – promulgação da Lei Eusébio de Queirós, que acabou definitivamente com o tráfico negreiro intercontinental. Com isso, caiu a oferta de escravos, já que eles não podiam mais ser trazidos da África para o Brasil.
1865 – Cresciam as pressões internacionais sobre o Brasil, que era a única nação americana a manter a escravidão.
1871 – Promulgação da Lei Rio Branco, mais conhecido como Lei do Ventre Livre, que estabeleceu a liberdade para os filhos de escravas nascidos depois desta data. Os senhores passaram a enfrentar o problema do progressivo envelhecimento da população escrava, que não poderia mais ser renovada.
1872 – O Recenseamento Geral do Império, primeiro censo demográfico do Brasil, mostrou que os escravos, que um dia foi maioria, agora constituíam apenas 15% do total da população brasileira. O Brasil contou uma população de 9.930.478 pessoas, sendo 1.510.806 escravos e 8.419.672 homens livres.
1880 – O declínio da escravidão se acentuou nos anos 80, quando aumentou o número de alforrias (documentos que concediam a liberdade aos negros), ao lado das fugas em massa e das revoltas dos escravos, desorganizando a produção nas fazendas.
1885 – Assinatura da Lei Saraiva - Cotegipe ou, popularmente, a Lei dos Sexagenários, pela Princesa Isabel, tornando livres os escravos com mais de 60 anos.
1885-1888 – o movimento abolicionista ganhou grande impulso nas áreas cafeeiras, nas quais se concentravam quase dois terços da população escrava do Império.
13 de maio de 1888 – assinatura da Lei Áurea, pela Princesa Isabel.
A MACHA DA ESCRAVIDÃO E A DISCRIMINAÇÃO SOCIAL E RACIAL NO BRASIL.
 	O racismo existe e não ocorre apenas nos países de regimes totalitários ou nos países pobres ou em desenvolvimento. Ao contrário, trata-se de um problema globalizado que atinge ricos e pobres, o que tem predominado são os reflexos que essa globalização vem causando e reforça os padrões de racismo e de discriminação racial uma herança do sistema colonial escravagista. As razões da discriminação nem sempre são perceptíveis à primeira vista, pois traz o oculto um componente cultural muito forte e enraizado.
 Não raro a sociedade costuma admitir certas práticas como normais e inofensivas, sem perceber que resultam em preconceito e discriminação. O erro é em considerar que racismo só produz discriminação o que não é correto o racismo com freqüência torna as pessoas mais sujeitas à ansiedade, depressão, problemas com drogas, rejeição, sérios problemas psicológicos (inclusive doenças psicológicas) e em alguns casos a automutilação. E através dessa pesquisa foi possível notar e entender como o Brasil vem utilizando as Convenções Internacionais para diminuir a discriminação racial e social.
3.1 DISCRIMINAÇÕES NO CONTIDIANO (TRABALHO) 
A discriminação é baseada em critérios injustos, tais como raça, cor, sexo, idade, estado civil, religião etc. Tudo que de certa forma viole os direitos das pessoas. As praticas de discriminação nem sempre são de formas claras e diretas, mas sutil e indireta sob a aparência de neutralidade, nada mais fazem que crie desigualdades em relaçãoa certos grupos de pessoas.
 Uma das questões mais discutidas principalmente no Direito do Trabalho é a discriminação, que vem tomando conta do cotidiano das pessoas e das sociedades moderna. A discriminação é uma realidade quase tão antiga quanto o homem, apesar de todos os esforços e o combate de diversas maneiras contra a discriminação ainda é uma tarefa difícil.
3.2 MUITO ALÉM DO PRECONCEITO.
No Brasil, as desigualdades sociais se somam e são elevadas pelas desigualdades raciais. Os negros são as maiores vítimas de homicídio segundo os dados do Mapa da violência 2011, o número de vítimas brancas na população brasileira diminuiu 22,3%; já entre os negros, o número de vítimas de homicídio aumentou 20,2%. Os dados são dramáticos e um tanto assustadores quando se trata de jovens: o número de homicídios de jovens brancos caiu, no período, 30%, enquanto o de jovens negros cresceu 13% significa que:
A brecha de mortalidade entre brancos e negros cresceu 43%. Se considerarmos os homicídios praticados pelas forças policiais e registrados/encobertos pelos “autos de resistência”, vemos que eles também vitimam mais intensamente os negros: de 2001 a 2007, incidiram sobre esse segmento 61,7% dos homicídios praticados por agentes do Estado. Não se trata simplesmente de abuso policial ou de despreparo de policiais em situações de confronto. A consistência dos dados e sua persistência no período, em que pese à redução desses homicídios nos últimos anos em algumas grandes cidades brasileiras, como Rio de Janeiro e São Paulo, indicam uma política de extermínio de negros (jovens, sobretudo) − o “fazer morrer” − praticada pelo Estado, por meio de seus agentes.
 Pesquisa realizada em 2003 pelo Ministério da Saúde revela que 62% das mulheres brancas ouvidas realizaram sete ou mais consultas de pré-natal, enquanto somente 37% das mulheres negras passaram pelo mesmo número de consultas. Talvez por isso a hipertensão arterial durante a gravidez, uma das principais causas de morte materna. Além disso, revela que uma criança negra pode morrer antes de completar cinco anos por causas infecciosas e parasitárias é 60% maior do que o risco de uma criança branca falecer pela mesma razão, enquanto o risco de morte por desnutrição é 90% maior entre crianças negras do que entre as brancas. Os dados do Relatório anual das desigualdades raciais no Brasil; 2009-2010 demonstram que os negros representam cerca de 60% daqueles que, por motivos diversos, não conseguem atendimento no SUS, sendo os maiores percentuais os relativos às mulheres negras. As desigualdades raciais são gritantes: em 2008, a probabilidade de um jovem branco, de 18 a 24 anos, freqüentar uma instituição de ensino superior era 97,8% maior do que a de uma jovem negra da mesma idade.
4 O PRINCÍPO DA IGUALDADE NA CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA DE 1988.
No Brasil, a Constituição de 1988, logo em seu Preâmbulo, alude à igualdade como valor supremo de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social, e traça como objetivo a redução das desigualdades sociais e regionais e a promoção do bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação (art. 3º, incisos III e IV).
 E o avanço dos Direitos e Garantias Fundamentais (Título II da CF/88) está estampado o princípio isonômico. É o caso do "caput" do art. 5º ("Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade...") e de seus incisos I ("homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição") e XLII ("a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei"), do "caput" do art. 7º, que garante a trabalhadores urbanos e rurais os mesmos direitos, e de seus incisos XXX ("proibição de diferenças de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil"), XXXI ("proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do trabalhador portador de deficiência"), XXXII ("proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os profissionais respectivos") e XXXIV ("igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso").
4.1 A IGUALDADE COMO DIREITO FUNDAMENTAL. 
Normalmente, o direito à igualdade vem expresso nas constituições como "igualdade perante a lei", ficando vedada qualquer distinção fundada nos motivos enumerados, que normalmente são: sexo, nascimento, cor, raça, idade, idioma, nacionalidade, origem social, religião, dentre outros. Por igualdade perante a lei, deve-se entender, inicialmente, que todo ser humano deve ser tratado de forma igual diante da norma vigente ou, em outras palavras, que as leis devem ser aplicadas de igual modo a todos os indivíduos, seja pelo Poder Judiciário. 
A discriminação é o principio da negação de que todos são iguais perante a lei. Não podemos falar em democracia, estado de direito ou justiça sem lembrar-se do princípio da igualdade. Um estado não será democrático, justo de direitos se nós cidadãos somos tratados com tamanha desigualdade o princípio da igualdade se constitui em um alicerce para os direitos fundamentais. Jorge Miranda diz que:
"os direitos fundamentais não podem ser estudados à margem da idéia de igualdade” (Miranda Jorge)
Foi a partir da Segunda Guerra Mundial se caracterizou pela proteção dos direitos fundamentais, várias declarações, pactos e convenções internacionais foram produzidos pelas Nações e Organismos Internacionais.
4.2 AÇÕES AFIRMATIVAS E SEUS MACANISMOS PARA OS NEGROS NO BRASIL.
No âmbito do Direito Internacional dos Direitos Humanos, tem se especializado do Direito Internacional Público, existem inúmeros instrumentos de proteção dos Direitos Fundamentais o qual proíbem toda forma de discriminação, prevêem a adoção políticas de promoção da igualdade racial. Um dos acontecimentos mais importantes o qual quebrou as barreiras do preconceito racial e social foi A Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial buscando a igualdade. O Art. I da Declaração Universal dos Direitos Humanos estabelece:
“Todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade de direitos.” (Declaração Universal dos Direitos Humanos)
Reza também no Art. II, n1 “Toda pessoa tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades estabelecidas nesta Declaração, sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou de outra natureza, origem natural ou social, riqueza, nascimento ou qualquer condição.” (Declaração Universal dos Direitos Humanos)
Além disso, o Art.. III “determina que Toda pessoas tem direito á vida, á liberdade e á segurança pessoal.” (Declaração Universal dos Direitos Humanos)
A PROTEÇÃO DA DIGNIDADE HUMANA é assegurada pela instancia internacional de proteção de direitos, quando as instituições nacionais mostram falhas. Esses instrumentos de observância obrigatória em sua aplicação em todo o território brasileiro foram ratificados pela autoridade de constitucionalmente competente, por força do artigo 5º, § 2º, da Constituição Federal de 1988.
4.3 O DIREITO INTERNACIONAL DOS DIREITOS HUMANOS, O ONDE O PRINCIPIO NÃO É A DISCRIMINANÃO E SIM A GARANTIA DOS DIREITOS E SIM A GARANTIA DOS DIREITOS DE IGUALDADES. OS INSTRUMENTOS INTERNACIONAIS DE PROTEÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS FUNDAMENTAIS NO SÉCULO XX, AS QUAIS DESTACARAM:
Declaração Universal dos Direitos Humanos (artigo 2°) Todos os seres humanos podem invocar os direitos e as liberdades proclamados na presente Declaração, sem distinção alguma, nomeadamente de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou outra, origem nacional ou social, fortuna, nascimento ou outroestatuto. Além disso, não será feita nenhuma distinção fundada no estatuto político, jurídico ou internacional do país ou do território da naturalidade da pessoa, seja esse país ou território independente, sob tutela, autônomo ou sujeito a alguma limitação de soberania;
Pactos dos Direitos Civis e Políticos (ARTIGOS 2º, I, e 26º)(ARTIGO 2)1. Os Estados Partes do presente pacto comprometem-se a respeitar e garantir a todos os indivíduos que se achem em seu território e que estejam sujeitos a sua jurisdição os direitos reconhecidos no presente Pacto, sem discriminação alguma por motivo de raça, cor, sexo. Língua, religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social, situação econômica, nascimento ou qualquer condição.  (ARTIGO 26) Todas as pessoas são iguais perante a lei e tem direito, sem discriminação alguma, a igual proteção da Lei. A este respeito, a lei deverá proibir qualquer forma de discriminação e garantir a todas as pessoas proteção igual e eficaz contra qualquer discriminação por motivo de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social, situação econômica, nascimento ou qualquer outra situação.
Pacto de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais (ARTIGO 2º) 2. Os estados partes do presente Pacto comprometem-se a garantir que os direitos nele enunciados e exercerão em discriminação alguma por motivo de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social, situação econômica, nascimento ou qualquer outra situação.
Convenção Européia de Direitos Humanos (ARTIGO 14); O gozo dos direitos e liberdades reconhecidos na presente Convenção deve ser assegurado sem quaisquer distinções, tais como as fundadas no sexo, raça, cor, língua, religião, opiniões políticas ou outras, a origem nacional ou social, a pertença a uma minoria nacional, a riqueza, o nascimento ou qualquer outra situação.
Convenção Americana sobre Direitos Humanos (ARTIGO1, I); Obrigação de respeitar os direitos. 1. Os estados partes nesta convenção comprometem-se a respeitar os direitos e liberdades nela reconhecidos e a garantir seu livre e pleno exercício a toda pessoa que esteja sujeita à sua jurisdição, sem discriminação alguma por motivo de raça, cor, sexo, idioma, religião, opiniões políticas ou de qualquer outra natureza, origem nacional ou social, posição econômica, nascimento ou qualquer outra condição social.
Carta Africana de Direitos Humanos e dos Povos (ARTIGO 2º);
 
´´Toda a pessoa tem direito ao gozo dos direitos e liberdades reconhecidos e garantidos na presente Carta, sem nenhuma distinção, nomeadamente de raça, de etnia, de cor, de sexo, de língua, de religião, de opinião política ou de qualquer outra opinião, de origem nacional ou social, de fortuna, de nascimento ou de qualquer outra situação.``
Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial; a Convenção da UNESCO contra a Discriminação na Educação, de 1960; e a Declaração de Nações Unidas sobre a Eliminação de Todas as Formas de Intolerância e Discriminação Baseadas na Religião ou Crenças, de 1981.
4.4- AS PENA PARA QUALQUER ATO DE DISCRIMINAÇÃO SÃO: 
Art. 20. Praticar induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional. (Redação dada pela lei nº 9.459, de 15/05/97) 
Pena: Reclusão de um a três anos e multa
CP- Decreto Lei nº 2.848 de 07/12/ 1940
Art. 140 Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro:
§ 3o Se a injúria consiste na utilização de elementos referentes a raça, cor, etnia, religião, origem ou a condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência: (Redação dada pela Lei nº 10.741, de 2003)
§ 3o Se a injúria consiste na utilização de elementos referentes a raça, cor, etnia, religião, origem ou a condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência: (Redação dada pela Lei nº 10.741, de 2003) 
Pena - reclusão de um a três anos e multa. (Incluído pela Lei nº 9.459, de 1997) 
CONCLUSÃO
Concluímos com este trabalho, a finalidade de auxiliar no combate ao racismo, ao preconceito e à discriminação racial, presentes no nosso cotidiano. Embora sejam assuntos deixados de lado pela maioria da nossa sociedade e encobertos pela falsa “democracia racial”, o racismo, que se prende a idéia da existência das raças “superiores” e raças “inferiores”, o preconceito racial, que é o conceito prévio com relação a uma determinada raça e; a discriminação racial são práticas que devem ser combatidas. O combate a essas atitudes estão regulamentadas através da Constituição e de leis específicas que precisam ser divulgadas, e mais que isso, colocadas em funcionamento para que possamos erradicar, de uma vez por todas, uma das maiores injustiças sociais do nosso país. Salientamos, no entanto, que a existência e a aplicação das leis não são suficientes para que os objetivos acima citados sejam alcançados. É necessário consciência e solidariedade. Consciência para se ter a clara compreensão do racismo como uma forma desumana e cruel contra uma determinada raça e banirmos a falsa idéia da existência de raças “superiores” e “inferiores”. Solidariedade para perceber que a discriminação racial, quando atinge a pessoa negra, por extensão, não só atinge todo povo negro, mas também todo ser humano independente da cor ou raça.
No processo de luta contra o racismo é de a maior importância construir uma identidade afro-brasileira. Não para desbancar a idéia de brasilidade, mas para que, a partir dessa construção, os negros possam exercer, de forma plena, sua cidadania e lutar contra o racismo.
Mostrar que é impossível a construção da cidadania do povo negro nos limites da sociedade atual e que o combate ao racismo é importante, seja na construção de um modelo de desenvolvimento para o Brasil e para as nossas cidades, como, para pensarmos uma sociedade mais justa e igualitária.
Por fim, esperamos que o nosso trabalho contribuísse para o alcance pleno dos direitos de todos aqueles que sofrerem atos de racismo, preconceito ou discriminação racial, como também, para que sirva de instrumento de orientação e discussão na sociedade, impulsionando cada vez mais a busca de uma convivência digna e justa entre todas as raças.
REFERENCIAS
BELCHIOR, Douglas. Os negros são 70% de vitimas assassinadas no Brasil IPEA. Disponível em:http://negrobelchior.cartacapital.com.br/2013/10/18/negros-sao-70-das-vitimas-de-assassinatos-no-brasil-reafirma-ipea/>, Acesso em: 30/09/2014
BRITO, Lopes Otavio. A questão da discriminação no trabalho. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/revista/rev_17/artigos/art_otavio.htm>, Acesso em: 05/11/2014
CURIA, Luiz Roberto, CÉSPEDES, Lívia, NICOLETI, Juliana: Código Penal e constituição federal 2014: Saraiva
ESTADO, Escola da defensoria pública do Estado: Discriminação étnico-racial Legislações: EDEPE
HAILER, Marcelo. A descolonização dos Direitos Humanos. Disponível em: <http://revistaforum.com.br/digital/142/descolonizacao-dos-direitos-humanos>, Acesso em 05/11/2014
MOURA, Marcelo Melo: Reminiscências dos quilombos- Territórios da memória em comunidade rural: Terceiro Nome: Quilombos, quilombolas, história do Brasil colonial.
OLIVEIRA, Erival da Silva: Direto Constitucional: Thomson Reuters- Revista dos Tribunais
OLIVON, Beatriz. O aumento da população negra. Disponível em: <http://exame.abril.com.br/brasil/noticias/populacao-negra-aumentou-no-brasil-revela-censo>,Acesso em: 30/09/2014
PENAL, Lei de Execução - LEI Nº 7.716, DE 5 DE JANEIRO DE 1989 (Injúria racial) | LEI Nº 1.390, DE 3 DE JULHO DE 1951( Negar empregos)| Lei Nº 9.459 DE 13 DE MAIO DE 1997 (Racismo) 
PEREIRA, leite Márcia. Preconceito racial e racismo institucional no Brasil.Disponível em:<http://www.diplomatique.org.br/artigo.php?id=1202>, Acesso em 10/10/2014
PRUDENTE, Eunice Aparecida de Jesus: : Direitos Humanos: Cidadania negra emquestão: Preconceito racial e igualdade jurídica no Brasil: Julex Livros

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