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Desigualdade Racial no Brasil

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Direito Constitucional 1º PERÍODO - 02
Paulo Roberto
A questão racial dentro das relações de trabalho: desigualdades?
O Mercado de Trabalho Negro
Bruno Alves da Silva
Camila da Silva Borges
Joana Carolina de Souza Dantas
Joana da Silva Borges
Juliana de Oliveira Francisco
Suzane Almeida dos Santos
INTRODUÇÃO
Abordamos aqui o direito do trabalho e a inclusão do negro no mercado de trabalho. Analisamos quais são os diversos fatores que ocasionam o que chamamos de desigualdade racial e de que modo o Estado pode garantir o direito ao trabalho de forma igualitária entre todas as classes. Utilizando o método de abordagem dedutivo, os métodos de procedimento histórico-evolutivo e interpretativo e as técnicas de pesquisa bibliográfica e documental. No presente trabalho é estudada a evolução histórica da desigualdade racial desde o seu surgimento até os dias atuais, as dificuldades dos negros serem inseridos no mercado de trabalho. Abordando os variados tipos de racismo, como por exemplo, o estrutural e institucional.
Racismo e escravidão no Brasil 
· Considerações acerca da evolução histórica do racismo no Brasil 
No Brasil, a palavra "Racismo" ganhou forma e cor com a chegada de cerca de 5 milhões de africanos, traficados pelos portugueses entre os séculos 16 e 19. Por mais que a liberdade tenha sido dada a esses povos, a Abolição só trouxe a liberdade jurídica, socialmente, os ex-escravos e seus descendentes permaneceram inferiorizados, assim como podemos ver nos dias atuais. Como o professor Marcussi diz “Por mais que tenha havido a conquista da liberdade jurídica e relativa mobilidade social ascendente para alguns africanos e seus descendentes, é inegável que eles, como um todo, sempre ocuparam os lugares mais baixos da hierarquia social brasileira, em relação aos portugueses e seus descendentes radicados no Brasil”.
Após a abolição os negros tinham seu corpos livres em contra partida não tinham os mesmo direitos que os brancos, moradia própria ou empregos dignos para que pudessem recomeçar suas vidas de forma digna e verdadeiramente livre. Com a ausência disso ainda estavam acorrentados aos mesmos senhores que vos "deram" essa liberdade.
A persistência desse racismo pode ser vista por exemplo no surgimento das favelas no estado do Rio de Janeiro e seu crescimento exponencial visto o baixo custo pra se construir ou adquirir uma pequena moradia nesses territórios de forma ilegal. Grande parte daquela população que conseguiu comprar sua liberdade incluindo aqueles que fugiram se abrigava em pequenos quilombos criados em áreas irregulares e desvalorizadas onde diversas gerações continuaram vivendo e dando forma ao que atualmente conhecemos como favelas e comunidades marginalizadas pelos mesmos superiores que ignoraram e banalizaram esse povo em 1888.
Esse mesmo povo que sempre foi deixado de lado por aqueles que deveriam zelar por eles como vereadores, prefeitos, governadores e outros, não só tiveram dificuldades para estabelecer moradia fixa de forma legal como sofrem do mesmo problema para conseguir trabalhos e estudos adequados, visto que a prioridade dessas pessoas era estarem vivas e alimentadas independente do tamanho dos esforços necessários. Novamente aquele povo branco que nunca saiu do poder desde o Brasil Colônia se vê na oportunidade de aproveitar a fragilidade dessas pessoas oferecendo trabalhos subalternos sem chance de crescimento profissional ou pessoal pré-estabelecendo a classe que aquelas pessoas sempre há de estar.
· Princípio da Igualdade e a Discriminação Racial no Brasil
O tema igualdade e desigualdade é tratado entre os homens de forma recorrente desde os tempos da Grécia antiga. O primeiro documento a fazer menção a esses princípios é a Declaração de Direitos da Virgínia de 12 de junho de 1776, documento originário das lutas de independência das colônias americanas, que constituiu o Registro de Nascimento dos Direitos na História, que reconheceu que os homens são igualmente vocacionados, pela sua própria natureza, ao aperfeiçoamento constante de si mesmos. A Declaração de Direitos do Homem e do Cidadão de 1789 também constituiu uma nova forma de direitos, dando destaque às liberdades e às igualdades entre os seres humanos, como fruto da Revolução Francesa.
A primeira formulação moderna do princípio jurídico da igualdade foi através do esclarecimento da Revolução Francesa, que aconteceu de forma libertária, proclamando a libertação de todos os homens. Assim, não era mais o nascimento que definia o status jurídico do ser humano.
A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão de 1789 diz que os homens nascem e permanecem livres e iguais em direitos. Vale ressaltar que essa medida tratou apenas dos direitos, não trabalhando questões de prestígio social. 
Atualmente, o princípio da igualdade são normas basilares dentro dos ordenamento jurídico, na Constituição Federal Brasileira, no artigo 4º, diz que “Quando a Lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais do direito”. Os princípios constitucionais são considerados os pilares do ordenamento jurídico, orientando quem for interpretá-lo a melhor forma de agir diante das normas jurídicas, tanto na sua formação, bem como na aplicação e nas situações do dia a dia que regem o Processo Penal. Assim,o princípio da igualdade é de suma importância para concretizar o ideal do Estado Democrático de Direito, e deve ser respeitado acima de tudo, pois se todos os seres humanos são iguais perante a lei e gozam dos mesmos direitos, esta também deverá ser a mesma para todos, seja para proteger, punir e receber as mesmas oportunidades de tratamento, pois, de acordo com a A Declaração Universal dos Direitos Humanos da ONU: Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade’. 
Este conceito está diretamente ligado ao sentimento de justiça e pode ser analisado sob duas óticas interligadas entre si. Uma igualdade entendida como formal e outra considerada como material. 
Igualdade Formal: quando todos são tratados da mesma maneira.
Igualdade Material: quando os mais fracos recebem um tratamento especial no intuito de se aproximar dos mais fortes. 
Em contra partida, ainda que diante da lei, todos os seres humanos sejam iguais e portanto, tenham os mesmos direitos, a sociedade atual trata com discriminação pessoas de diferentes raças, genêros, religiões, entre outros.
No Brasil, a discriminação racial é considerada crime, porém, destaca-se por ser uma das mais predominantes, e comumente é relacionada às pessoas negras através do termo "racismo", mas é importante ressaltar esse termo, bem como o ato de racismo e discriminação racial, também é aplicado a outras etnias.
De acordo com a lei, Recusa de fornecimento de bens ou serviços; Impedimento ou limitação a uma atividade econômica; Recusa de aceso a locais públicos ou abertos ao público; Constituição de turmas ou a adoção de medidas de organização interna nas instituições de ensino usando critérios de raça; Condicionamento ou limitação de direitos; Emissão de declarações que visam ameaçar ou insultar um indivíduo ou um grupo devido a sua raça, é considerado discriminação de raça, ou racismo.
O conceito de discriminação racial, define-se por comportamento ou fala de distinção, exclusão, restrição ou preferência por determinada raça, nacionalidade, cor ou ética.
Apesar do Brasil ser um país mestiço, onde de acordo com dados do Instituto de Pesquisa e Estatística (2019), cerca de 42% da população é branca, 46% se declara como parda, 9,4% como negros e 1,1% como indígenas ou asiáticos.
Esse tipo de discriminção, se manifesta desde atos violentos e de aversão até nas mínimas palavras e ações. Por essa razão, muitas pessoas não enxergam suas atitudes ou de terceiros como discriminatórias, acreditando que o racismo, nesse caso, a discriminação racial é algo velado,quando na verdade, é algo denegado; que existe em grandes proporções, de forma estrutural, mas é visto como “comentário infeliz” ou de um comportamento rude, mas que não tem associação direta com a raça dos envolvidos.
Através da história, é possível entender o porquê dessa discriminação ser tão presente no Brasil, pois, após a abolição, a ausência de politicas publicas que trabalhassem na integração da população negra, fornecendo condições materiais e políticas para sua inserção na sociedade livre, garantiu a sobrevivência da mentalidade e prática escravocrata nas estruturas da república, que culminou no "mito da democracia racial" que forma a identidade nacional brasileira.
Democracia racial: Sociedade sem discriminação ou sem barreiras legais e culturais para a igualdade entre grupos étnicos.
 Percebemos os reflexos dessa discriminação nos ambitos empresarias, segurança e cidadania, quando, de acordo com o Atlas da Violência 2017, a população negra corresponde a maioria (78,9%) dos 10% dos indivíduos com mais chances de serem vítimas de homicídios; quando em média, os brasileiros brancos ganhavam, em 2015, o dobro do que os negros, sendo R$1589 o salário dos brancos e R$898 o de pessoas negras; quando entre 2003 e 2013, o número de mulheres negras assassinadas cresceu 54%, e o índice de feminicídios de brancas caiu 10%; e quando apenas 10% dos livros brasileiros publicados entre 1965 e 2014 foram escritos por autores negros. Segundo uma pesquisa da Universidade de Brasília (UnB), os personagens dos protagonistas retratados pela literatura nacional são 60% homens e dessa porcentagem, 80% deles, brancos.
A crise e a onda de desemprego também atinge com mais força a população negra brasileira: eles são 63,7% dos desempregados. Com isso, a taxa de desempregos de negros e pardos ficou em 14,6%. Já entre os trabalhadores brancos, o índice é de 9,9%.
Racismo institucional e racismo estrutural
· definição e surgimento do racismo institucional
Em 1967, a expressão Racismo Institucional apareceu pela primeira vez, sendo citado dentro das atividades afirmativas do movimento dos Panteras Negras. Já aqui no Brasil essa expressão surgiu no ano de 2005, com a criação do Programa de Combate ao Racismo Institucional. Dentro das instituições, como o próprio nome diz, ocorre dentro dos órgãos públicos, dentro das empresas privadas, dentro da universidade pública ou privada, ou seja, dentro das instituições. O tratamento diferenciado e discriminatório dado a um determinado grupo em razão de sua raça, cor ou etnia. Praticado dentro das instituições em vários níveis e setores, sempre praticado por um funcionário da instituição, no decorrer do dia a dia de seu trabalho. Ficando caracterizado um ato da realização do Racismo Institucional, algumas instituições sempre tentam demonstrar que é um ato isolado, que o funcionário é o único responsável pela situação, e assim devendo responder pela prática sozinho. Porém, os funcionários são considerados uma extensão da instituição, pois atuam em seu nome e pelos seus interesses. Ficando assim o funcionário e a instituição responsável pela reparação do dano sofrido, cada um na medida de sua responsabilidade. 
Este tipo de racismo é responsável por manter privilégios, hegemonias brancas e condições estruturantes das desigualdades raciais que expõem a população negra às condições de vulnerabilidade e desproteção social na medida em que impede a população negra de acessar seus direitos perante o Estado. Em alguns casos, à indisponibilidade ou limitação ao acesso a direitos fundamentais, serviços e políticas de qualidades que lhe caracteriza enquanto racismo institucional.
Estabelece- se no art. 5º, XLII, da Constituição Federal: ‘’a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei;’’ 
Devendo assim ser aplicada conjuntamente com a observação da lei 7.716/89, que tipifica alguns dos delitos de racismo Institucional ; 
Art. 1º: "Serão punidos, na forma desta Lei, os crimes resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional" Essa norma de abertura integra o s demais tipo s penais, devendo ser observado é aplicado o artigo da q ue corresponde com o ato praticado pelo funcionário. 
Art. 8º Impedir o acesso ou recusar atendimento em restaurantes, bares, confeitarias, ou locais semelhantes abertos ao público. Pena: reclusão de um a três anos. (...) 
Art. 9º Impedir o acesso ou recusar atendimento em estabelecimentos esportivos, casas de diversões, ou clubes sociais abertos ao público. Pena: reclusão de um a três anos. Já as instituições pelo fato ocorrer dentro do ambiente de trabalho e durante o exercício do trabalho, podem ser enquadradas no art. 932 inc. lll do código Civil. 
Art. 932. São também responsáveis pela reparação civil: III - o empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e prepostos, no exercício do trabalho que lhes competir, ou em razão dele; Devendo assim as instituições adotarem um plano efetivo d e prevenção, investirem em treinamento de seus funcionários e colaboradores. A fim de que o Racismo Institucional seja erradicado, de nosso dia a dia.
· racismo estrutural
Sendo considerado um dos mais perigosos tipo de racismo por muitas vezes passar despercebido pelas pessoas, o racismo estrutural consiste em falas, piadas, expressões 
linguísticas, e estigmas implementados a muito tempo na nossa sociedade que foram considerados normais por muitos anos. Expressões linguísticas como "magia-negra" e "a coisa está preta", piadas como "Não sou tuas negas", falas tipo "pessoa de cor" ao se referir à pessoa negra e estigmas implementados a muitos anos na nossa sociedade, como o negro sendo sempre o primeiro suspeito por algum crime ou o negro nao conseguir ou não tem capacidade para alcançar patamares altos na sociedade, como um cargo de chefia em uma empresa ou uma vaga em um curso caro da faculdade. 
Em relação ao mercado de trabalho era comum o negro ser associado aos cargos menos remunerados e de menor importância, era comum dificilmente conseguir empregos quando disputados com pessoas brancas, mesmo quando tinham mais a oferecer, era comum ganhar menos que pessoas brancas mesmo quando ocupavam os mesmos cargos e diversas outras situações que estavam enraizadas na sociedade. Nos dias atuais estas circunstâncias melhoraram consideravelmente por conta das cotas e por conta da conscientização as pessoas, na teoria bastante coisa mudou, porém, na prática, o ambiente de trabalho ainda pode ser bastante hostil para o negro. 
Mercado de trabalho e o racismo
· A inserção do negro no mercado de trabalho
Vivendo no século XXI, em um momento de modernidade, novas tecnologias estão surgindo a todo momento e, teoricamente, pessoas com a mente mais aberta para aceitar diferentes ideias. Era de se esperar que no mercado de trabalho cada um se destacasse apenas pelo seu bom desempenho ou perdesse oportunidades pela falta dele. A prática, no entanto, é bem diferente disso. O preconceito racial no mercado de trabalho ainda existe e é um problema sério que fecha as portas para grandes talentos. 
Mais de 50% da população brasileira é composta por negros, portanto, seria de se esperar que mais da metade das empresas também fosse dirigida por representantes dessa etnia. Seria o mais natural. Isso não acontece e é o primeiro sinal do preconceito racial no mercado de trabalho.
Uma análise das 500 maiores corporações do nosso país mostra que menos de 5% delas é dirigida por negros, de acordo com um levantamento do Instituto Ethos.
Quando duas pessoas ocupam o mesmo cargo em uma empresa, com a mesma carga horária e as mesmas responsabilidades, o certo seria que essa igualdade toda se refletisse também na remuneração. Nem sempreé assim quando há um negro envolvido nesse cálculo. Números do Instituto Jones dos Santos Neves revelam que, no Espírito Santo, o homem negro recebe apenas 64% do salário do homem branco. Isso é pouco mais do que a metade e a justificativa para isso não existe.
Os dados que vêm da Pesquisa Mensal de Emprego (PME) são ainda mais alarmantes: em 2015, em média, o rendimento salarial dos negros correspondia a 59% quando comparado ao dos brancos. E quando a mulher negra entra em cena, fica tudo ainda mais preocupante. Uma mulher negra recebe, em média, 50% daquilo que ganha o homem branco. Em 2003, essa porcentagem era menos de 40%, ou seja, houve uma evolução nos últimos anos, mas é importante que a mudança continue acontecendo e com mais intensidade.
O simples fato de o colaborador ser negro já evidencia para muita gente que ele não pode ocupar um cargo de grande responsabilidade, como se não fosse capaz disso. Uma pessoa negra, especialmente se for uma mulher, precisa se esforçar muito mais para se estabelecer no mercado de trabalho, mostrando-se competente e digna da função que ocupa. Não importa quantos diplomas tenha e nem a vasta experiência profissional. A cor da pele ainda se sobressai. 
· Ações afirmativas que promovam a igualdade do negro no mercado de trabalho
O estado brasileiro tem o papel de colocar em prática ações afirmativas que visem acelerar o ritmo de participação das classes menos desfavorecidas em todos os aspectos sociais, para que esses povos sejam inseridos e acolhidos igualmente na sociedade, no trabalho, nas escolas, universidades e que haja tratamento igual. 
A igualdade racial deve envolver pessoas de diferentes setores, com ênfase para a média e alta lideranças, que podem atuar como facilitadores e proporcionar a sensibilização dos demais profissionais sobre o tema, assim como disseminar princípios de respeito às diferenças. 
Algmas mudanças deslocam ao lugar moral para posicionar profissionais e organizações da qual fazem parte a um lugar de comprometimento com a luta antirracista.
A criação de políticas afirmativas, como:
· Categorias raça e gênero nas ações e projetos realizados pela instituição;
· Ampliamento da representatividade negra, de gênero e de orientação sexual em todos os setores da instituição;
· Garantir cotas raciais para a contratação e mobilidade de pessoas negras, em todos os níveis hierárquicos da instituição;
· Ações afirmativas que visem a paridade racial, de orientação sexual e identidade de gênero, no percentual de profissionais contratados/as;
· Valorização da diversidade de conhecimento e a bagagem cultural, extrapolando critérios acadêmicos, para a contratação e mobilidade de profissionais.
Fortalece o mercado de trabalho e garante bem estar de grupos minoritários dando visibilidade à inclusão sociorracial.
Indicadores de processo, atividades de formação sobre as temáticas raça e gênero na sociedade br asileira, espaços específicos para acolhimento, denúncia e encaminhamentos de situações de racismo e sexismo, periodicidade de fóruns/ações para avaliar a existência de discriminação na instituição, encaminhamento de casos de assédio à ouvidoria e Atividades realizadas pelo grupo de referência instituído podem ser inseridos em projetos institucionais de forma a promover a igualitariedade.
Grandes empresas, hoje, como a Empregueafro, Feira Preta, Educafro, Empregueafro, IDRB, Cargill, entre outras, vem inserindo no mercado de trabalho talentos ofuscados pelo racismo. A favor da mudança estrutural de um mercado que precisa absorver e respeitar, visando promover a igualdade, equilibrando oportunidades com representatividade.
Conclusão
 Conclui-se que, para que se constitua uma vida digna com o gozo de todos os direitos reconhecidos constitucionalmente, é preciso que o Estado e a sociedade observem a concretização desses direitos através da implantação de ações afirmativas por meio da realização de capacitação profissional, garantia de condições, implantação de mais políticas públicas, ampliação das quotas raciais, ampliação do acesso à educação para os povos negros, capacitações e cursos profissionalizantes e vagas de trabalho destinado aos negros, inclusão no contexto socioeconômico, pois é um direito inerente o seu condição de pessoa humana.
Referências Bibliográfica
https://informativogeral.blogspot.com/2020/01/desigualdade-racial-no-mercado-de.html?spref=pi&m=1
http://www.dedihc.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=96
https://www.google.com/amp/s/m.mundoeducacao.uol.com.br/amp/sociologia/racismo-no-brasil.htm
https://youtu.be/ZFQR39L_414
https://feirapreta.com/about-us 
https://empregueafro.com.br/quem-somos/ 
https://simaigualdaderacial.com.br/site/ 
https://tvbrasil.ebc.com.br/reporter-brasil/2021/06/ministerios-assinaram-acordos-hoje-para-promover-igualdade-racial 
https://youtu.be/0l9GrUqRAqA
https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/racismo.htm
https://mundoeducacao.uol.com.br/sociologia/racismo.htm
SANTOS, Ale. Os maiores racistas do Brasil:: Podcast - Infiltrados no Cast, 2020
https://racismoambiental.net.br/2020/08/11/lugar-de-cale-se-por-maria-rita-kehl/ 
Cartilha de combate ao racismo social - racismo institucional 
http://etnicoracial.mec.gov.br/acoes-afirmativas 
https://www.em.com.br/app/noticia/especiais/abolicao130anos/2018/05/11/noticia-abolicao130anos,957834/a-construcao-historica-do-racismo-no-brasil.shtml
http://desafios.ipea.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=1111:catid=28&Itemid=23#:~:text=A%20origem%20das%20favelas%20na,Janeiro%20remonta%20ao%20Brasil%20colonial.&text=Na%20segunda%20metade%20do%20s%C3%A9culo,alforria%2C%20outros%20fugiam%20para%20quilombos.
https://www.vittude.com/blog/o-que-e-discriminacao-racial-como-e-no-dia-a-dia/
https://mundoeducacao.uol.com.br/sociologia/racismo-no-brasil.htm
https://flacso.org.br/?p=13485
https://www.ipea.gov.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=30411
https://www.cartacapital.com.br/sociedade/seis-estatisticas-que-mostram-o-abismo-racial-no-brasil/
https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/handle/1884/17463/andre_final_outubro.pdf?sequence=1&isAllowed=y
https://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/9313/O-principio-da-igualdade-e-a-seletividade-no-direito-penal
https://pt.wikipedia.org/wiki/Igualdade#:~:text=Se%20fala%20em%20igualdade%20formal,se%20aproximar%20dos%20mais%20fortes

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