PORTIFÓLIO EMBELEZAMENTO CAPILAR Zaine

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AMANDA KELLY SOUSA SILVA LIMA, FRANCISCA DAS CHAGAS CHAVES DE LIMA, NAIARA BARBOZA SOUZA, RAYANNE ATAÍDE SILVA, ZAINE OLIVEIRA.
UTILIZAÇÃO DOS PRODUTOS COSMÉTICOS CAPILARES CONHECIDOS COMO “COLORAÇÕES OU TINTURAS DE CABELO”, QUE PODEM PROVOCAR REAÇÕES IRRITATIVAS OU ALÉRGICAS NA PELE DO COURO CABELUDO.
Trabalho apresentado em requisito a Produção Textual de Grupo relativa ao 3º Semestre do curso de Embelezamento e Imagem Pessoal, Portfólio 1 para as Disciplinas: Terapias Alternativas e Qualidade de Vida; Tricologia e Terapia Capilar, Química Capilar e Urgência e Emergência. 
Professores: Marcelo Doi, Vania Terra, Claudia Sahd, Silvia Paulino Ribeiro, Albanesse.
Parauapebas
2018
1.INTRODUÇÃO
Atualmente a evolução da indústria cosmética vem revolucionando o mercado brasileiro, lançando diversos produtos para tratar e embelezar os cabelos.
Para a realização dos tratamentos estéticos capilares são utilizados vários agentes de tratamentos químicos como tinturas, descolorações e alisamentos, que interagem com os diversos tipos de cabelo de forma a melhorar sua aparência estética. Entretanto, esses produtos geralmente promovem algum grau de dano que compromete a estrutura da fibra capilar (NAKANO, 2006).
Nota-se que essa diversidade de produtos com seus ativos casam nas pessoas que utilizam algum tipo de irritação ou alergias. O mais o importante e que procedimentos devem ser tomados para evitar o comprometimento da saúde.
Este trabalho tem o objetivo de fornecer um conjunto de informações sobre embelezamento capilar, proporcionando uma visão básica, porem, clara sobre o tema.
2. REFERENCIAL TEORICO
A coloração do cabelo é uma prática muito comum, usada por homens e mulheres, com o objetivo de alterar a cor natural de cabelo, ou então repigmentar os cabelos brancos (Harrison e Sinclair, 2003). No mercado existem vários produtos e técnicas, e a química envolvida depende do tipo de agentes de coloração utilizados, que podem ser naturais ou sintéticos (Bolduc e Shapiro, 2001, Harrison e Sinclair, 2003). O pigmento natural mais conhecido é a “henna”, seguida da camomila, e de tintas de sais metálicos como a prata (Harrison e Sinclair, 2003). No entanto, as tintas naturais apresentam uma gama estreita de cores, e é difícil prever a sua intensidade, pelo que a maioria dos consumidores prefere o uso de tintas de origem sintética (Bolduc e Shapiro, 2001). As colorações do cabelo são classificadas de acordo com a sua resistência à lavagem, e com o período de tempo que permanecem no cabelo em: progressiva ou gradual, temporária, semipermanente e permanente (Bolduc e Shapiro, 2001, Harrison e Sinclair, 2003). 
Com a variedade de produtos cosméticos disponíveis no mercado, esta diversidade faz com que o consumidor procure por novidades e marcas diferenciadas, sem ter conhecimento sobre formulações, o consumidor ao utilizar um produto pode estar sujeito a possíveis reações, essas muitas vezes causadas por substâncias contidas nos cosméticos (DRAELOS, 1999). 
Hoje cerca de 20% da população apresentam algum tipo de dermatite, as mulheres são as principais vítimas dessas reações, a principal área atingida é o rosto, e os principais agentes causadores são os cosméticos utilizados para os cuidados da pele e os produtos capilares (HARRIS, 2005). 
As reações adversas a produtos cosméticos, incluindo produtos capilares, são bastante comuns na população em geral (Willis et al., 2001). Contudo, a sua prevalência não é exatamente conhecida, dado que muitos dos casos não chegam a ser reportados pelos doentes (Sosted et al., 2002). Infelizmente existem poucos estudos sobre as reações adversas causadas exclusivamente por produtos capilares. Em 2003, foi publicado pelo IVDK (Information Network of Departmens of Dermatology) um dos estudos mais importantes sobre a prevalência das reações alérgicas causadas exclusivamente por produtos capilares (Uter et al., 2003). As reações adversas aos cosméticos capilares podem ser divididas em dois grupos mais comuns: as intolerâncias e as dermatites de contacto. A intolerância, também designada por dermatite de contacto sensorial ou subjetiva, corresponde a uma resposta não inflamatória, induzida muitas vezes pelo próprio estado do consumidor. É caracterizada pela ocorrência de ardor, prurido e vermelhidão, e em muitos casos, a suspensão provisória da utilização do cosmético, é suficiente para que a pele recupere o seu estado normal, e se torne novamente recetiva ao produto (Barata, 2002, Wolf et al., 2001).
2.1 O que é alergia?
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 Alergia depende da sensibilidade individual, enquanto a irritação depende mais da química utilizada e dos componentes cáusticos ou agressores presentes na formulação. No caso das tintas e descolorantes, a presença de solventes e corantes metálicos como o chumbo (permitido em concentrações de até 0,6% pela Anvisa nas tinturas de cabelos) e a amônia podem irritar ou alterar o pH da pele e predispor reações do tipo dermatites por irritação primária. Alguns componentes podem, em pessoas predispostas, levar a quadros de hipersensibilidade imediata ou tardia. Entre os alérgenos presentes nas tinturas estão substâncias como a parafenilenodiamina, os parabenos e o formaldeído, que fazem parte da bateria de testes de contato dos médicos alergistas e dermatologistas.
2.3 Tipos de reações mais comuns
Alergia Leve ou Branda
Manifesta-se por meio de coceiras ou formigamento no couro cabeludo, queda intensa de cabelos e por meio de dermatites. Em outros casos, a parte de trás do pescoço, pálpebras e parte superior das orelhas são atacadas por erupções purulentas devido ao uso da química, aparência escamosa, seca e quebradiça.
Alergia Grave
As alergias graves apresentam inflamações mais resistentes, com erupções que podem ou não aumentar em gravidade, além de existir a possibilidade de se espalharem por todo o corpo. Este nível alérgico é capaz de alterar a fisionomia de um indivíduo. As alergias graves ocasionam vermelhidão e inchaço do couro cabeludo e da face, a ponto de causar perda definitiva ou temporária de visão, devido ao fechamento dos olhos pelo inchaço ou danos da córnea. Algumas reações sérias de inchaço e descamação da pele podem deixar cicatrizes.
2.4 Cuidados que devem ser tomados ao aplicar química nos cabelos
Fazer um teste de sensibilidade com a química desejada no pulso ou antebraço.
Seguir as instruções indicadas nos rótulos dos produtos.
É recomendado que se espere pelo menos 7 dias entre uma química e outra.
Realizar todo o procedimento de química em lugar arejado.
Se sentir qualquer manifestação estranha ao aplicar qualquer tipo de produto nos cabelos, retira-lo imediatamente.
3. ANALISES DOS DADOS 
O estudo em questão caracteriza-se por uma pesquisa descritiva e exploratória, a qual constitui na obtenção de dados através de fontes secundárias, utiliza como fontes de coleta de dados materiais publicados como: livros, periódicos científicos, jornais, sites da internet e impressos diversos (GIL, 2002).
Para o autor a pesquisa exploratória se dá quando o pesquisador tem como objetivo tornar mais explicito o problema, aprofundar as ideias sobre o objeto do estudo. Este tipo de pesquisa permite o levantamento bibliográfico e o uso de entrevistas com pessoas que já tiveram experiências a cerca do objeto a ser estudado.
Para aquisição de dados foram entrevistados 5 clientes com o intuito de descobrir se algum deles já tinham tido algum tipo de alergias ou irritação em procedimentos de embelezamento capilar.
	ENTREVISTA COM CLIENTES DE SALÃO DE BELEZA
	Nome
	Você já fez algum processo de alisamento ou outra química no cabelo?
	Sentiu algum tipo de irritação durante ou após o processo?
	Já sentiu irritação com algum processo simples de lavagem ou secagem dos cabelos? 
	Já inalou algum tipo de algum tipo de processo em salão ?
	Qual foi os procedimentos feitos pelo profissional de embelezamento?
	recomendações feitas pelo profissionalapós um procedimento que causou irritação?
	Contato
	
	
	
	
	
	
	
	
	F.C.L
	Usou tioglicolato de amônio 
	Sim, teve irritações e hiperemia na pele
	Não.
	Sim, só a fumaça durante o processo de escova 
	A cabelereira enxaguou abundantemente, até a total retirada da química dos fios e do couro cabeludo 
	A orientação do profissional foi que a cliente procurasse um medico para que fosse tratada a alergia
	94-98162-9589
	
	
	
	
	
	
	
	
	N.S
	Sim, tintura dos cabelos
	Teve manifestações clinica causada pela tintura 
	Sim, coceira no couro cabeludo
	Não 
	Lavou com água em abundancia 
	Apenas lavar com água corrente em abundância
	94-99126-5857
	
	
	
	
	
	
	
	
	R.A
	Sim, Tintura
	 Coceira no couro cabeludo,, seguido de um leve desconforto.
	Sim, ardor no couro cabeludo
	Não
	Lavar os cabelos com água em abundância. 
	Se caso ela voltasse a ter coceiras no couro cabeludo, apenas lavar com água corrente em abundância
	94-992229894
	
	
	
	
	
	
	
	
	A.L
	Sim, escova inteligente com formol.
	Sim, edema nas pálpebras e as maçã s do rosto apresentaram hiperemia. 
	Não
	Sim, a fumaça durante o processo de escovação.
	Sim, a profissional apenas deu um copo de agua para cliente e continuou o procedimento
	Recomendou procurar um medico.
	94-98162-9589
	
	
	
	
	
	
	
	
	D.O
	Sim, foi aplicado pó descolorante
	Sim, muita coceira no couro cabeludo seguido de uma ardência quase que insuportável
	Sim, ardor nos cabelos
	Não
	Lavar com água em abundancia 
	evita -se calor com secador prancha e se continuasse os sintomas que procurasse um medico para resolver seu problema
	94-99250-5563
	
	
	
	
	
	
	
	
 
4.CONCLUSÃO
Atualmente a evolução da indústria cosmética vem revolucionando o mercado brasileiro, lançando diversos produtos para tratar e embelezar os cabelos , no entanto observa-se que algum tipo tem ocasionado várias alergias em alguns clientes. São eles: tinturas, creme alisante, escova inteligente, pó descolorante e até mesmo o simples shampoo podem causar alergias em clientes no salão de cabeleireiros ou centro de e estética, é necessário que se tome todas as precauções necessárias, isolando as mãos, rosto e orelhas do contato com o produto se tratando de todas as químicas. A s alergias estão presente s na vida d e muitas pessoas , podendo até chegar a níveis avançados comprometendo a saúde do individuo
REFERENCIAS
NAKAMO, A. N. Comparação de danos induzidos em cabelos de três etnias por
diferentes tratamentos. 2006. Dissertação. (Mestrado). Campinas. Disponível em:
http://chipre.iqm.unicamp.br/~ines/TesesGrupo/DissetacaoAdelinoNakano.pdf>.Acesso em:15 abril 2018.
Harrison, S. e Sinclair, R. (2002). Telogen effluvium. Clinical And Experimental Dermatology, 27 (5), pp. 389-385.
Bolduc, C. e Shapiro, J. (2001). Hair care products: waving, straightening, conditioning, and coloring. Clin Dermatol, 19 (4), pp. 431-6.
Barata, E. (2002). Cosméticos - Arte e Ciência. Lisboa, Lidel
DRAELOS, Zoe Diana. Cosméticos em dermatologia. 2. ed. Rio de Janeiro: Revinter, 1999.
Willis, C. M., Shaw, S., De Lacharriere, O., et al. (2001). Sensitive skin: an epidemiological study. Br J Dermatol, 145 (2), pp. 258-63.
HARRIS, Maria Inês Nogueira de Camargo. Pele: estrutura, propriedades e envelhecimento. 2. ed. rev. e ampl. São Paulo: SENAC, 2005.
PINHEIRO, Adriano - KOSMOCIENCE – A arte de colorir os cabelos. Centro de
Pesquisa e desenvolvimento. Disponível em :http:www.kosmocience.com Acesso em 15 de abril de 2018.
Sosted, H., Agner, T., Andersen, K. E., et al. (2002). 55 cases of allergic reactions to hair dye: a descriptive, consumer complaint-based study. Contact Dermatitis, 47 (5), pp. 299-303.
SANTOS, Hamilton. Toxicologia: a garantia de cosméticos seguros. Cosmetics & Toiletris, São Paulo, v. 20, n.2, p.20-23, mar./abril. 2008.