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Controle difuso e Controle Concentrado de Constitucionalidade

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Controle Difuso e Controle Concentrado de Constitucionalidade
Estudante: Murilo Foss
O Controle de Constitucionalidade nada mais é do que a análise da legislação a fim de verificar se a mesma se encontra em consonância formal e material com a norma superior, qual seja a Constituição.
Tal controle é realizado de duas formas. Passemos a descrever o primeiro, sendo ele o preventivo, ou prévio, que é realizado durante o processo legislativo da formação da norma. 
Este controle ocorre no momento em que está se formando a norma jurídica nas casas legislativas, e pode ser exercido tanto, por óbvio, pelos legisladores, que tem o dever de legislar de acordo com as normas superiores, como aduzido na pirâmide de Kelsen, como pelo Executivo, através de veto, e pelo Judiciário, através de mandado de segurança por algum impetrante interessado. 
Há o também o controle posterior ou repressivo, que agora é realizado sobre a lei, e não como na forma anterior, que ocorria apenas sobre o projeto de lei, e também pode ser realizado pelo Poder Legislativo, em exceção, e, por regra, pelo Judiciário.
Pelo Legislativo, quando, em caso de relevância e urgência o Presidente da República editar Medida Provisória, já possuindo força de lei, deverá submetê-la ao Congresso para a sua apreciação. Assim sendo, se estará realizando o controle posterior de constitucionalidade da norma. 
Chegamos ao Controle de Constitucionalidade realizado pelo Poder Judiciário.
Este é dividido em controle difuso e controle concentrado de constitucionalidade da norma.
O Controle difuso pode ser realizado por qualquer juiz, desembargador, ou até ministro, bastando que se exista uma ação, onde, durante esta, suscite-se a inconstitucionalidade de alguma norma. Observa-se, então, que a ação não poderá versar apenas e unicamente quanto tal inconstitucionalidade.
Havendo a declaração da respectiva inconstitucionalidade da norma atacada, se poderá verificar dois efeitos: o ex nunc (pra frente) e o ex tunc (pra trás), causando efeitos retroativos, como se a norma não tivesse existido, porém, o efeito de tal entendimento afetará apenas as partes que estiverem na lide.
Caso o Senado Federal suspenda a executoriedade da norma, através de expedição de resolução, haverá ainda o efeito erga omnes, ou seja, para todos.
Se o STF reconhecer a inconstitucionalidade e posteriormente for expedida a supracitada resolução, o efeito será ex nunc e erga omnes. 
É interessante esclarecer que para haver controle difuso, é necessário que haja uma ação versando sobre algum assunto, que não somente a inconstitucionalidade da norma, sendo esta alegação um acessório. 
Para que o STF analise a inconstitucionalidade de tal norma, faz-se necessário prequestionar a suposta inconstitucionalidade nos graus iniciais, para que possa, através de Recurso Extraordinário, levar tal questionamento ao referido Tribunal. 
Já o controle concentrado, também conhecido como o sistema reservado, é aquele realizado pelo Supremo Tribunal Federal, quanto à leis que contrariem a constituição federal e aos TJS, quando houver legislação contrária à Constituição Estadual, através do julgamento das ação diretas de inconstitucionalidades, ações declaratórias de constitucionalidade, a Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão,  a Ação Direta Interventiva e Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental. 
Para suscitar a constitucionalidade ou inconstitucionalidade de alguma norma, a constituição legitimou estritamente apenas algumas pessoas para fazê-lo, sendo eles, no âmbito Federal: Entidade de classe de âmbito nacional, Presidente da República, Mesa do Senado Federal, Mesa da Câmara dos Deputados, Mesa de Assembléia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal, Governador do Estado ou do Distrito Federal, Procurador-Geral da República, Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, Partido político com representação no Congresso Nacional, Confederação sindical de âmbito nacional.
No âmbito Estadual: Governador, Deputado estadual, Procurador de Justiça, Conselho Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil, Prefeito, Partido político com representação na Assembleia Legislativa

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