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CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE DIFUSO NO BRASIL

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CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE DIFUSO NO BRASIL 
1.DO CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE NO BRASIL:
A) SURGIMENTO.
o sistema de controle judicial de constitucionalidade no Brasil teve início com a Constituição republicana de 1891. Tendo sofrido influência americana, adotou o controle de constitucionalidade pelo método difuso por via de exceção, o qual tem perdurado em todas as constituições brasileiras, inclusive na atual. Refletindo a influência do constitucionalismo americano, a lei declarada inconstitucional era tida como nula e os efeitos da sentença retroagiam à data de sua publicação. Tal postura, no entanto, foi sendo amainada ao longo do tempo até chegar à formulação atual.
B) EVOLUÇÃO. 
A primeira manifestação de desejo de que Portugal viesse a ter uma Constituição deu-se em 1808, na esteira da invasão napoleônica a Portugal, num momento em que a Corte portuguesa abandonara o país para refugiar-se no Brasil. A chamada súplica de Constituição foi uma petição endereçada a Napoleão, mediante a qual se pedia a outorga de uma Constituição.
Portugal só veio a conhecer sua primeira Constituição em 1822, fruto de uma revolução ocorrida em 1820, que desaguou na eleição em 1821 das Côrtes Geraes , Extraordinárias, e Constituintes, também chamadas de Soberano Congresso, que elaboraram a Constituição de 1822, que, afastando a monarquia absolutista, criava em Portugal a monarquia constitucional.
O controle de constitucionalidade foi implantado no Brasil pela Carta Política Imperial de 1824, que estabelecia ser este controle exercido, pelo menos em tese, pela Assembléia Geral do Império. Tal forma de controle de constitucionalidade foi influenciado pelo constitucionalismo francês da época, segundo o qual a guarda da Constituição ficava a cargo do Poder Legislativo. Esta Carta Política, entretanto, trazia novidades, pois que previa um Quarto Poder, o Poder Moderador conferido ao Imperador. A existência do Poder Moderador fazia com que qualquer decisão dos demais poderes pudesse ser alterada sem nenhum critério. Assim, cabia ao Imperador dirimir os conflitos entre os demais poderes. Não havia ainda um controle jurisdicional de constitucionalidade das leis.
o sistema de controle judicial de constitucionalidade no Brasil teve início com a Constituição republicana de 1891. Tendo sofrido influência americana, adotou o controle de constitucionalidade pelo método difuso por via de exceção, o qual tem perdurado em todas as constituições brasileiras, inclusive na atual. Refletindo a influência do constitucionalismo americano, a lei declarada inconstitucional era tida como nula e os efeitos da sentença retroagiam à data de sua publicação. Tal postura, no entanto, foi sendo amainada ao longo do tempo até chegar à formulação atual.
A Constituição de 1934 inovou ao apresentar traços do controle de constitucionalidade concentrado (art 7º, I, a), já que criou a ação direta de inconstitucionalidade interventiva. Estabeleceu também que a declaração de inconstitucionalidade de lei ou ato do poder Público somente poderia ser feita mediante o vota da maioria absoluta dos membros dos tribunais. Estes, entretanto, não possuíam competência para retirar a norma do ordenamento jurídico nacional; esta competência foi dada ao Senado Federal, que mediante resolução suspendia a execução da lei ou ato, no todo ou em parte, declarado inconstitucional.
A Emenda Constitucional nº 16, de 6/12/1965, manteve as inovações da Constituição de 1934 e adotou duas outras: a) criou a Ação Direta de Inconstitucionalidade em caráter genérico contra lei federal ou estadual em conflito com a Constituição, atribuindo ao Procurador-Geral da República a legitimidade para apresentá-la e ao Supremo Tribunal Federal a competência para processá-la e julgá-la; b) atribuição de competência à lei para criar processo, competência dos Tribunais de Justiça dos Estados, para declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato municipal em conflito com a constituição estadual.
A Emenda Constitucional nº 1/69, por sua vez, mantendo as formulações anteriores no que diz respeito ao controle de constitucionalidade, criou a ação direta interventiva, que tinha como escopo a defesa dos princípios da constituição estadual, sendo legitimado para apresentá-la o Procurador-Geral de Justiça, e competente para o processamento e julgamento o Tribunal de Justiça dos Estados.
A Constituição de 1988 trouxe mais duas novidades: a Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão e a ampliação do rol dos legitimados a apresentá-la. Além do Procurador-Geral da República, passaram a ter legitimidade o Presidente da República, a Mesa do Senado Federal, a Mesa da Câmara dos Deputados, a Mesa de Assembléia Legislativa, o Governador de Estado, partido político com representação no Congresso Nacional, o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil e confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional. Com a aprovação pelo Congresso Nacional em dezembro de 2004 da EC 45/2004, o rol de legitimados foi elastecido, sendo incluídos a Câmara Legislativa do Distrito Federal e o Governador do Distrito Federal.
A Emenda Constitucional nº 3/93 criou a Ação Declaratória de Constitucionalidade de lei ou ato normativo federal, contemplando alguns dos legitimados a propor a ADI, e o mesmo STF como competente para processamento e julgamento. A mais recente emenda constitucional, EC 45/2004, que deu início à chamada Reforma do Judiciário, também modificou os legitimados a propor a ADC ao mudar a redação do art. 103, caput, da CF 88, e revogar seu § 4°, conforme será visto adiante.
O Brasil adotou uma Constituição do tipo rígida, isto é, dotada de supremacia. Nesses moldes, teve que assegurar mecanismos de controle com o intuito de garantir a Carta Magna maior efetividade, assim, buscou no direito estrangeiro instrumento jurídico como o controle de constitucionalidade. Primeiro, surgiu o controle difuso norte-americano e, posteriormente, o controle concentrando, modelo europeu, para darem suporte à atividade jurisdicional desempenhada pelo Poder Judiciário.
Portanto, o controle de constitucionalidade ao longo dos tempos foi sendo aperfeiçoado, conforme paradigmas encontrados em outros países. Hodiernamente, pode-se afirmar que o Brasil tem um dos mais sofisticados sistemas de controle, pois buscou subsídios em outras legislações para elaborar o seu sistema o qual privilegia cada vez mais o princípio da supremacia constitucional.
Apesar do controle brasileiro ser um dos mais eficazes e completos do mundo, a doutrina e a jurisprudência trabalham de forma incessante na busca do aperfeiçoamento interpretativo das normas constitucionais. Por isso, muito das vezes ocorre alguns fenômenos jurídicos como o da mutação constitucional, como forma de garantir uma maior efetividade ao Texto Constitucional, para que ele não passe apenas de uma letra fria e venha a satisfazer os anseios da sociedade.
C) CONCEITO 
o controle de constitucionalidade constitui-se em um trabalho de fiscalização realizado por um órgão previamente designado pela Constituição, com o intuito de averiguar a compatibilidade e a validade das leis e dos atos normativos do Poder Público, tendo como parâmetro uma Constituição formalmente escrita, unitária – compilada em um único texto normativo -, elaborada pelo poder constituinte originário e, sobretudo, dotada de supremacia.
2 TIPOS DE CONTROLE 
A) DIFUSO
controle difuso ou concreto que é exercido por qualquer juiz ou tribunal, todas as esferas normativas (leis ou atos normativos federais, estaduais, distritais e municipais) estão sujeitas a este controle respeitada a competência do órgão jurisdicional, evidentemente. Também conhecido como controle por via de exceção, caracteriza-se pela permissão a todo e qualquer juiz ou tribunal realizar no caso concreto a análise sobre a compatibilidade do ordenamento jurídico com a Constituição. Na via de exceção, a pronúncia do Judiciário, sobre a inconstitucionalidade, não é feita enquanto manifestação sobre o objeto principal da lide,mas sim sobre questão prévia, indispensável ao julgamento do mérito. Nesta via, o que é outorgado ao interessado é obter a declaração de inconstitucionalidade somente para o efeito de isentá-lo, no caso concreto, do cumprimento da lei ou ato normativo, produzidos em desacordo com a Lei maior. Entretanto, este ato normativo ou lei permanece válido no que se refere à sua força obrigatória com relação à terceiros.
Assim, o controle difuso caracteriza-se, principalmente, pelo fato de ser exercitável somente perante um caso concreto a ser decidido pelo Poder Judiciário. A declaração de inconstitucionalidade, nesse caso, é necessária para o deslinde do caso concreto, não sendo pois objeto principal da ação.
B) CONCENTRADO
Em contrapartida à esta espécie de controle difuso, temos o controle concentrado ou abstrato de constitucionalidade, onde procura-se obter a declaração de inconstitucionalidade de lei ou de ato normativo em tese, independentemente da existência de um caso concreto, visando-se à obtenção da invalidação da lei, a fim de garantir-se a segurança das relações jurídicas, que não podem ser baseadas em normas inconstitucionais. A declaração de inconstitucionalidade é, pois, o objeto principal da ação.
3. DO CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE DIFUSO 
3.1 CONCEITO
O controle difuso de constitucionalidade é a modalidade de controle que faculta a todos os juízes e tribunais, independentemente do grau ou instância, exercer a atividade de fiscalização da compatibilidade da norma com a Constituição. Ele surge no início do século XIX nos Estados Unidos da América, com o julgamento, pela Suprema Corte daquele país, do célebre case Marbury x Madison, inaugurando, assim, a tradição da judicial review.
Tem como características clássicas principais ser exercido, como já frisado, por qualquer juiz ou tribunal; ser incidental, ou seja, emergir da análise de um caso concreto; ser prejudicial, o que significa que o juízo de compatibilidade da norma com a Constituição é condição necessária e indispensável à solução da lide e; a decisão possui eficácia apenas entre as partes integrantes do processo, não havendo generalização dos efeitos da coisa julgada. 
3.2 INSTRUMENTOS DO CONTROLE (AÇÕES JUDICIAIS) 
O Controle Judicial de Constitucionalidade seguirá os seguintes critérios: a) critério subjetivo, sendo o sistema de controle na forma difusa ou concentrado; b) critério formal o controle judicial de constitucionalidade, o sistema poderá ser por via incidental ou pela via principal. 
Critério Formal
O sistema de controle judicial de constitucionalidade no critério formal pode ser pela via incidental ou por via principal.
Via incidental – pelo sistema de via incidental, ou de exceção ou de defesa conforma também é conhecido, o controle será exercido como questão prejudicial e premissa lógica do pedido principal, ou seja, deve ser analisado qual é o fundamento da pretensão do autor, como temos o exemplo da ação constitucional o mandado de segurança que visa a proteger direito líquido e certo.
Via principal – conhecido este sistema por via de ação, a análise de constitucionalidade da lei será o seu objeto principal, autônomo e exclusivo da causa, a propositura de uma ação judicial que visa considerar que a lei ora editada pode ser declarada constitucional ou inconstitucional.
Critério Subjetivo
O Controle Judicial de Constitucionalidade pelo critério subjetivo segue os sistemas difuso e concentrado.
Controle Judicial Difuso – O Controle Difuso é realizado por qualquer juízo ou tribunal, do Poder Judiciário. Devem ser observadas e respeitadas as regras de competência processual de acordo com as normas estabelecidas no ordenamento de processo civil, além do previsto na Constituição Federal.
É verificado no controle difuso, um caso concreto, e a declaração de inconstitucionalidade ocorre de forma incidental prejudicialmente ao exame de mérito.
Ou seja, é feito um pedido ao Juízo, fundamentando-se na inconstitucionalidade de uma lei ou ato normativo, a alegação de inconstitucionalidade será a causa de pedir. 
Como exemplo, teríamos o caso ocorrido no governo Collor, onde muitos interessados propuseram ação judicial com a finalidade de requerer o desbloqueio dos Cruzados (moeda à época), com fundamento de que o ato que motivou o bloqueio era inconstitucional. O o pedido principal da ação judicial não era a declaração de inconstitucionalidade, mas sim o desbloqueio.
Nos tribunais o controle difuso, também é exercido, a parte que em uma ação judicial for vencida por ocasião da sentença, não ter sido favorável em sua pretensão, poderá devolver a análise da matéria ao Tribunal Superior, ou seja, o processo se iniciou em primeira instância (Vara Cível) sendo interposto recurso de apelação ao Tribunal de Justiça (segunda instância).
Perante o Tribunal Superior, no caso o Tribunal de Justiç,a se a matéria da ação judicial for de âmbito estadual, de natureza cível, este Tribunal órgão de segunda instância irá reexaminar a matéria, verificando se existe um questionamento incidental sobre a constitucionalidade da lei ou ato normativo. Suscita-se uma questão de ordem e a análise da constitucionalidade da lei é remetido ao pleno, ou órgão especial do tribunal, para resolver a questão suscitada.
O artigo 97 da Constituição Federal de 1988 prevê que somente pela maioria absoluta de seus membros ou dos membros do respectivo órgão especial poderão os tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ata normativo do Poder Público, esta informação é conhecida como cláusula de reserva de plenário.
3.3 EFEITOS DA DECISÃO NO CONTROLE DIFUSO 
Efeitos da decisão
Os efeitos da decisão no controle difuso podem ocorrer perante as partes, terceiros, e pelo Senado Federal.
A regra geral estabelece que os efeitos de qualquer sentença valem somente para as partes que litigaram em juízo, não extrapolando os limites estabelecidos na lide.
No momento que a sentença declara que a lei é inconstitucional pelo controle difuso realizado incidentalmente, produz efeitos pretéritos, atingindo desde a sua edição, tornando-se nula de pleno direito, produz efeitos retroativos.
Os efeitos para as partes no controle difuso são: a) inter partes (entre as partes) e b) extunc (efeitos retroativos).
Uma questão que temos que considerar que os efeitos da inconstitucionalidade da lei deverão ser comunicados ao Senado Federal, aplicando-se o disposto no artigo 52 inciso X da Constituição Federal de 1988.
Após a lei ser declarada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal no controle difuso, desde que tal decisão seja definitiva e deliberada pela maioria absoluta do pleno do Tribunal (art. 97 da CF/88), e também previsto no artigo 178 do Regimento Interno do STF (RISTF), que estabelece que será feita a comunicação, logo após a decisão, à autoridade  ou órgão interessado, bem como, depois do trânsito em julgado, ao Senado Federal, para os efeitos do artigo 52 inciso X da Constituição Federal de 1988.
O artigo 52, inciso X da CF/88, estabelece ser de competência privativa do Senado Federal, mediante o instrumento da resolução, suspender a execução, no todo ou em parte, de lei declarada inconstitucional por decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal.
No sistema concentrado, o controle judicial se concentra em um ou mais de um órgão, mas com um número limitado com competência originária.
Pelo sistema difuso, o controle judicial significa a possibilidade de qualquer juiz ou tribunal, observadas as regras de competência, realizar o controle de constitucionalidade.
http://www.normaslegais.com.br/guia/clientes/controle-judicial-constitucionalidade.htm
https://draflaviaortega.jusbrasil.com.br/noticias/306633425/breve-resumo-de-controle-de-constitucionalidade-abstrato-e-difuso
https://www.conteudojuridico.com.br/consulta/Artigos/46401/controle-difuso-de-constitucionalidade-no-brasil
https://ambitojuridico.com.br/cadernos/direito-constitucional/a-evolucao-do-controle-de-constitucionalidade-no-brasil-e-suas-especies/
https://jus.com.br/artigos/6281/o-controle-de-constitucionalidade

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