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AULA 06: AVALIAÇÃO DO IDOSO Fisioterapia na saúde do idoso FISIOTERAPIA NA SAÚDE DO IDOSO Aula 06: Avaliação do idoso AULA 06: AVALIAÇÃO DO IDOSO Fisioterapia na saúde do idoso Temas Avaliação funcional e envelhecimento 1 Avaliação do idoso de forma biopsicossocial 2 PRÓXIMOS PASSOS AULA 06: AVALIAÇÃO DO IDOSO Fisioterapia na saúde do idoso Comunicação Fonte: Brasil, 2006. AULA 06: AVALIAÇÃO DO IDOSO Fisioterapia na saúde do idoso Comunicação Fonte: Brasil, 2006. AULA 06: AVALIAÇÃO DO IDOSO Fisioterapia na saúde do idoso • No entanto, isso pode ser identificado por meio da observação de lesões, equimoses, úlceras de decúbito, desidratação ou ainda nas demonstrações de não aceitação em responder a perguntas relacionadas ao assunto violência. • A pessoa idosa, encontra muitas vezes, dificuldades em verbalizar que sofre maus tratos, negligência ou alguma outra forma de violência intrafamiliar, em muitos casos, demonstra medo ou ansiedade na presença do cuidador ou de familiar. • Isso é uma outra forma de comunicação não verbal que nos alerta das suas dificuldades nas relações familiares. Identificação de sinais de maus tratos • É necessário estar atento para o que o idoso fala ou não fala, como se comporta, seus gestos, suas expressões faciais. • Isso pode comunicar muito mais do que somente a avaliação das suas lesões, déficits ou incapacidades e talvez seja essa a única oportunidade de detectar tais situações. AULA 06: AVALIAÇÃO DO IDOSO Fisioterapia na saúde do idoso Antecedentes diagnósticos • Afecções cardiovasculares – em especial doença hipertensiva; • Diabetes e suas complicações; • Déficits sensoriais (auditivo e visual); • Afecções osteoarticulares; • Déficits cognitivos. Deve-se fazer uma ampla avaliação dos antecedentes diagnósticos, com ênfase nas doenças crônicas que se mantêm ativas. Dada sua prevalência, essas doenças necessitam ser sempre investigadas sistematicamente para que possam ser descartadas. São elas: ATENÇÃO à prevenção de iatrogenias assistenciais relacionadas ao uso de polifármacos. AULA 06: AVALIAÇÃO DO IDOSO Fisioterapia na saúde do idoso Alimentação e nutrição • É um método simples, rápido, de baixo custo e com boa predição para doenças futuras, mortalidade e incapacidade funcional, podendo ser usada como triagem inicial, tanto para diagnóstico quanto para o monitoramento de doenças. • A antropometria e o IMC são muito úteis para o diagnóstico nutricional dos idosos. AULA 06: AVALIAÇÃO DO IDOSO Fisioterapia na saúde do idoso • Perda da autonomia para comprar os alimentos, inclusive financeira; • Perda da capacidade/autonomia para preparar os alimentos e para alimentar-se; • Perda de apetite e diminuição da sensação de sede e da percepção da temperatura dos alimento; • Perda parcial ou total da visão que dificulte a seleção, preparo e consumo dos alimentos; • Perda ou redução da capacidade olfativa, interferindo no seu apetite; • Algum motivo que a faça restringir determinados tipos de alimentos, como dietas para perda de peso, diabetes, hipertensão, hipercolesterolemia; • Alterações de peso recentes; • Dificuldade de mastigação por lesão oral, uso de prótese dentária ou problemas digestivos. Em relação à alimentação da pessoa idosa, é importante que o profissional esteja atento para alguns aspectos, tais como: Alimentação e nutrição AULA 06: AVALIAÇÃO DO IDOSO Fisioterapia na saúde do idoso Acuidade visual • Cerca de 90% das pessoas idosas necessitam do uso de lentes corretivas para enxergar adequadamente. • O processo natural de envelhecimento associa-se à uma redução da acuidade visual devido às alterações fisiológicas das lentes oculares, déficit de campo visual e doenças de retina. • Ao avaliar essa função, pergunte à pessoa idosa se ela sente dificuldade ao ler, assistir televisão, dirigir ou para executar qualquer outra atividade da vida cotidiana. • Aqueles que responderem afirmativamente devem ser avaliados com o uso do Cartão de Jaeger. AULA 06: AVALIAÇÃO DO IDOSO Fisioterapia na saúde do idoso Acuidade visual • A presbiacusia – perda progressiva da capacidade de diferenciar os sons de alta frequência – é uma das causa mais comuns relacionadas a essa queixa. • Cerca de um terço das pessoas idosas referem algum grau de declínio na acuidade auditiva. • Muitas vezes, o idoso pode não perceber essa perda e, por essa razão, não referi-la. • Para auxiliar nessa verificação, pode-se utilizar o “teste do sussurro”. AULA 06: AVALIAÇÃO DO IDOSO Fisioterapia na saúde do idoso • A frequência e a importância do evento estão associadas às repercussões emocionais e sociais. Muitas das causas são reversíveis – delírio, restrição de mobilidade, retenção urinária, infecção e efeito medicamentoso – e devem ser investigadas. • A presença de incontinência urinária deve ser avaliada, pois, cerca de 30% das pessoas idosas não institucionalizadas costumam apresentá-la e nem sempre a referem na avaliação clínica ou por vergonha ou por acharem ser isso normal no processo de envelhecimento. • Perguntar diretamente se a pessoa idosa perdeu urina recentemente ou sentiu-se molhada é uma forma rápida de verificar o problema. Se a resposta for afirmativa, investigue possíveis causas. Incontinência urinária • Na Medida de Independência Funcional (MIF), há um algoritmo de avaliação da continência urinária, que será citado na avaliação funcional. AULA 06: AVALIAÇÃO DO IDOSO Fisioterapia na saúde do idoso • As alterações na mobilidade e quedas podem ocorrer por disfunções motoras, de senso percepção, equilíbrio ou déficit cognitivo. • A grande propensão da pessoa idosa à instabilidade postural e à alteração da marcha aumenta o risco de quedas e, por essa razão, equilíbrio e marcha devem ser sempre avaliados. • A dinâmica do aparelho locomotor sofre alterações com uma redução na amplitude dos movimentos, tendendo a modificar a marcha, passos mais curtos e mais lentos com tendência a arrastar os pés. Mobilidade • A amplitude de movimentos dos braços também diminui, tendendo a ficar mais próxima do corpo. • A base de sustentação se amplia e o centro de gravidade corporal tende a se adiantar, em busca de maior equilíbrio. AULA 06: AVALIAÇÃO DO IDOSO Fisioterapia na saúde do idoso Escala de avaliação do equilíbrio e da marcha de tinetti A Escala de Tinetti – que, no Brasil, é conhecida como POMA-Brasil – mostra-se útil para o desenvolvimento desta avaliação. Essa escala é realizada através de protocolo de Mary Tinetti, proposto em 1986. O teste é capaz de avaliar as condições vestibulares e da marcha da pessoa idosa. AULA 06: AVALIAÇÃO DO IDOSO Fisioterapia na saúde do idoso Quedas • O profissional deve questionar a ocorrência e frequência de quedas, registrando na Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa. Essas informações possibilitam a identificação do risco. • Quedas representam um sério problema para as pessoas idosas e estão associadas à elevados índices de morbimortalidade, redução da capacidade funcional e institucionalização precoce. • O ambiente residencial pode aumentar o risco de quedas e deve ser incluído na programação de avaliação da pessoa idosa. • Presença de escadas, ausência de diferenciação de degraus e corrimãos, iluminação inadequada, tapetes soltos, obstáculos (fios elétricos, pisos mal conservados etc.) no local de circulação, são alguns dos riscos comuns observados. AULA 06: AVALIAÇÃO DO IDOSO Fisioterapia na saúde do idoso • Ela pode ser compreendida como uma tentativa sistematizada de avaliar, de formaobjetiva, os níveis no qual uma pessoa está funcionando, em uma variedade de áreas a partir de diferentes habilidades. • A avaliação funcional, preconizada pela Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa, é fundamental e determinará não só o comprometimento funcional da pessoa idosa, mas sua necessidade de auxilio. • Além disso, representa uma maneira de medir se uma pessoa é ou não capaz de desempenhar as atividades necessárias para cuidar de si mesma. Avaliação funcional AULA 06: AVALIAÇÃO DO IDOSO Fisioterapia na saúde do idoso • Os conceitos fazem parte de um sistema de Classificação Internacional de Comprometimento, Incapacidades e Desvantagens (ICIDH) da World Hearth Organization (WHO). • A Capacidade Funcional (CF) do idoso é definida pela ausência de dificuldades no desempenho de certos gestos e de certas atividades da vida cotidiana. • O comprometimento se relaciona aos aspectos orgânicos, é a perda ou alteração das estruturas ou funções sejam elas psicológicas ou fisiológicas. Avaliação funcional • A incapacidade é a falta ou limitação de uma habilidade, que resulta de um comprometimento, para realizar uma atividade rotineira. A desvantagem seria um prejuízo social resultante do comprometimento e da incapacidade. AULA 06: AVALIAÇÃO DO IDOSO Fisioterapia na saúde do idoso • Índice de Katz; • Índice de Kenny; • Índice de Barthel; • Medida de Independência Funcional (MIF); • Escala de Atividades Instrumentais de Vida Diária (AIVD) de Lawton. Os instrumentos mais conhecidos para avaliar a capacidade funcional são: Avaliação funcional As Atividades de Vida Diária (AVDs) compreendem aquelas tarefas que se referem ao cuidado com o corpo das pessoas, como vestir-se, fazer higiene, alimentar-se. Já as AIVDs são atividades de cuidado com a casa, familiares dependentes e administração do ambiente (limpar a casa, cuidar da roupa, da comida, usar equipamentos domésticos, fazer compras, usar transporte pessoal ou público, controlar a própria medicação e finanças). AULA 06: AVALIAÇÃO DO IDOSO Fisioterapia na saúde do idoso • Alimentar-se; • Banhar-se; • Vestir-se; • Mobilizar-se; • Deambular; • Ir ao banheiro; • Manter controle sobre suas necessidades fisiológicas. Atividades relacionadas ao autocuidado e que, no caso de limitação de desempenho, normalmente requerem a presença de um cuidador para auxiliar a pessoa idosa a desempenhá-las. São elas: Atividades de vida diária AULA 06: AVALIAÇÃO DO IDOSO Fisioterapia na saúde do idoso Desde seu início, as avaliações funcionais dão ênfase às AVDs. A primeira escala desenvolvida – a mais citada e utilizada até os dias de hoje – é a Escala de Katz. Índice de Katz AULA 06: AVALIAÇÃO DO IDOSO Fisioterapia na saúde do idoso O Index de Independência nas Atividades Básicas de Vida Diária de Sidney Katz é um dos instrumentos mais utilizados para avaliar as AVDs. Ele analisa a independência no desempenho de seis funções (banho, vestir-se, ir ao banheiro, transferência, continência e alimentação), classificando as pessoas idosas como independentes ou dependentes. Índice de Katz AULA 06: AVALIAÇÃO DO IDOSO Fisioterapia na saúde do idoso Outro instrumento de avaliação funcional que vem sendo gradativamente adotado, é o denominado Medida de Independência Funcional (MIF) que, diferentemente dos outros que identificam se a pessoa precisa de ajuda ou não, procura quantificar a ajuda necessária mostrando-se, muito útil no planejamento assistencial. Quando se avalia a funcionalidade da pessoa idosa, é necessário diferenciar estes conceitos: Medida de independência funcional • Capacidade funcional – avalia o potencial que a pessoa idosa tem para realizar a atividade, ou seja, sua capacidade remanescente, que pode ou não ser utilizada. • Desempenho – avalia o que o idoso realmente faz no seu dia a dia; AULA 06: AVALIAÇÃO DO IDOSO Fisioterapia na saúde do idoso • Autocuidados; • Controle esfincteriano; • Transferências; • Locomoção; • Comunicação; • Cognição social. A MIF mede o grau de solicitação de cuidados de terceiros que a pessoa com deficiência exige para a realização de tarefas motoras e cognitivas. Esse mecanismo de avaliação verifica o desempenho da pessoa idosa para a realização de um conjunto de 18 tarefas referentes às subescalas de: Diferentemente das outras escalas de avaliação funcional, a MIF consegue quantificar, de forma mais objetiva, a necessidade de ajuda ou a dependência parcial, o que facilita a elaboração do projeto terapêutico. Medida de independência funcional AULA 06: AVALIAÇÃO DO IDOSO Fisioterapia na saúde do idoso Medida de independência funcional AULA 06: AVALIAÇÃO DO IDOSO Fisioterapia na saúde do idoso Medida de independência funcional AULA 06: AVALIAÇÃO DO IDOSO Fisioterapia na saúde do idoso Três conceitos apresentam-se interligados e interdependentes quando se discute o processo incapacitante. São eles: Processo incapacitante • Autonomia – autogoverno e se expressa na liberdade para agir e para tomar decisões; • Independência – capacidade de realizar as atividades sem ajuda de outra pessoa; • Dependência – incapacidade de realizar as atividades cotidianas sem a ajuda de outra pessoa. ATENÇÃO! Muitas pessoas mantêm sua autonomia (capacidade de decisão) embora sejam dependentes (incapacidade física para executar uma determinada ação). Exemplo: Idoso que, após um Acidente Vascular Encefálico (AVE), apresenta limitação em sua mobilidade e requer auxílio para tomar banho (dependência), mas que pode ser perfeitamente capaz de decidir o horário do banho, a roupa que prefere vestir (autonomia) etc. AULA 06: AVALIAÇÃO DO IDOSO Fisioterapia na saúde do idoso Referências BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Envelhecimento e saúde da pessoa idosa. Brasília: MS, SAS, DAB, 2006. (Série A. Normas e Manuais Técnicos; Cadernos de Atenção Básica, n. 19). Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/evelhecimento_saude_pessoa_idosa .pdf>. Acesso em: 18 jul. 2017. AULA 06: AVALIAÇÃO DO IDOSO Fisioterapia na saúde do idoso VAMOS AOS PRÓXIMOS PASSOS? Conceitos de cuidado e autocuidado; Isolamento e asilamento; Cuidador de idosos. AVANCE PARA FINALIZAR A APRESENTAÇÃO.
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