Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Fundamentos de Fundamentos de Universidade Federal Fluminense Escola de Engenharia Industrial Metalúrgica de Volta Redonda 11 Prof. Cláudio Rocha LopesProf. Cláudio Rocha Lopes Fundamentos de Fundamentos de EconomiaEconomia Plano de Aulas DATA ASSUNTO 21/11 Apresentação da Disciplina - Definições/Generalidades 28/11 Fatores de Produção e Capitalização, Conceitos de Renda, Salários, Juros, Lucros e Impostos 05/12 Produto Nacional e Renda Nacional 12/12 Inflação e Índices de Preços 19/12 Demanda e Oferta - Mecanismo do Mercado 02/01 Problemas Envolvendo Taxas de Juros Simples e Compostos 09/01 Moeda , Taxas de Câmbio 22 09/01 Moeda , Taxas de Câmbio 16/01 1a Verificação 23/01 Vista de Prova, Sistema Bancário 30/01 Banco Central e Bolsa de Valores 06/02 Ação Econômica do Governo 20/02 Política Fiscal e Monetária 27/02 Crescimentos e Ciclos e Conjuntura Econômica Atual 06/03 Conjuntura Econômica Atual 13/03 2a Verificação 20/03 Vista de prova - Reposição 27/03 Reposição “Economia é a ciência que estuda as relações humanas denominadas econômicas, avaliáveis em moedas e tendo por fim um consumo.” De outra maneira poderíamos dizer que a Economia estuda as ações econômicas do homem, quando ele procura obter os bens e serviços necessários para viver, ou ainda, que a Economia estuda a atividade humana denominada Definições e Generalidades 33 Economia estuda a atividade humana denominada econômica e tendo por fim a satisfação das necessidades primárias e secundárias. J.R.Hicks dividiu a Economia em três fases: Teoria Econômica, Estatística Econômica e Economia Aplicada. A Teoria Econômica compreende um conjunto de conhecimentos sobre os fenômenos econômicos, que podem ser observados de duas maneiras diferentes: Micro e Macroeconomicamente. Microeconomia é o estudo da atividade econômica do indivíduos, empresas e governo e de que forma essas atividades econômicas afetam os mercados de bens e serviços. Existem três maneiras de usar a análise microeconômica: 1. Entender os mercados e prever possíveis mudanças 2. Tomar decisões gerenciais e pessoais 3. Avaliar as políticas públicas Macroeconomia Definições e Generalidades 44 Macroeconomia é o estudo da atividade econômica global de todos os indivíduos, empresas e governo, ou seja é o estudo da economia do país como um todo. A macroeconomia explica porque as economias crescem e se desenvolvem e por que o crescimento econômico muitas vezes é interrompido. A análise macroeconômica pode ser feita por três maneiras: 1. Entender como uma economia nacional funciona 2. Entender os grandes debates sobre política econômica 3. Melhorar a capacidade de tomada de decisão nos negócios Estatística Econômica é a parte que cuida dos dados numéricos, que são manipulados para tentar exprimir as atividades econômicas. Para se obter estes dados são necessários a Coleta, Seleção e Exames dos dados econômicos, além de Complementação por estimativas, uma vez que muitos dados e/ou informações não foram obtidos satisfatoriamente. Necessidades Humanas podem ser definidas como aquelas que por motivo essencial para a sobrevivência são Definições e Generalidades 55 aquelas que por motivo essencial para a sobrevivência são necessárias. Ou necessidades que vieram oriundas de fatores psicofisiológicos ou psicosociais. Desta maneira podemos dividir as necessidades humanas em Primária, Secundária e Coletivas. Necessidades Humanas Primárias ⇒ Cinco são estas necessidades fundamentais: Alimentação, Vestuário, Habitação, Transporte e Higiene, observe que os três primeiros são necessidade vitais desde os primórdios, enquanto Transporte e Higiene são necessidades que surgiram com o desenvolvimento humano. “Salário Mínimo é a contraprestação mínima devida e paga diretamente pelo empregador a todo trabalhador, inclusive ao trabalhador rural, sem distinção de sexo, por dia normal de serviço, e capaz de satisfazer, em determinada época e região do país, às suas necessidades normais de alimentação, habitação, vestuário, higiene e transporte.” Artigo 76 da Consolidação das Leis do Trabalho aprovada pelo Definições e Generalidades 66 Consolidação das Leis do Trabalho aprovada pelo Decreto Lei no 5452 de 01/05/1943. Necessidades Humanas Secundárias ⇒ Estas necessidades são advindas principalmente dos fatores psicosociais, como por exemplo “prazer” e “status.” Circuito Fechado de Atividade Econômica. ⇒ A necessidade engendra o desejo, que provoca a atividade econômica, isto é, o trabalho que procura obter o bem que, por sua vez, satisfaz a necessidade. Necessidades Coletivas ou Sociais ⇒ Quanto à satisfação das necessidades de um indivíduo, normalmente ele as satisfaz pelo esforço próprio, ou por meio de um esforço associativo (associações, cooperativas, etc.). As necessidades coletivas exigem, para que possam ser satisfeitas, um volume de recursos Definições e Generalidades 77 para que possam ser satisfeitas, um volume de recursos e de meios de ação que ultrapassa as possibilidades de um indivíduo ou grupo de indivíduo. Justamente por causa da existência das necessidades coletivas é que surgiu um organismo especialmente destinado à satisfação delas. Esse organismo é o Estado. O Estado satisfaz às necessidades coletivas através dos serviços públicos que podem ser de duas espécies: Serviços Públicos Gerais e Serviços Públicos Especiais. Os Serviços Públicos Gerais se prestam a um consumo global por parte da população, como por exemplo, Saúde, Educação e Segurança. Estes serviços são Definições e Generalidades 88 Saúde, Educação e Segurança. Estes serviços são prestados com recursos provenientes de Impostos, arrecadados pelos Municípios, Estados e União. Os Serviços Públicos Especiais são consumidos individualmente pelo cidadão, como por exemplo, Telefone, Luz e Correio, etc. Estes serviços são prestados a população através de pagamentos de Taxas a empresas concessionárias, seja ela Estatal ou Privada. Henry Pratt Fairchild nos deu a seguinte pérola. “Há cinco meios para obter a riqueza: Fazer, Comprar, Achar, Receber em Dádiva e Roubar. Achar e Receber em Dádiva dependem de caprichos da sorte ou pessoal e não ocorrem de modo regular. O mesmo acontece com Roubar, e o roubo, ainda quando cuidadosamente organizado em grande escala, não é reconhecido pela sociedade como atividade normal. Por conseguinte, a ciência que trata da riqueza se limita a dois dos cincos meios indicados: Definições e Generalidades 99 que trata da riqueza se limita a dois dos cincos meios indicados: Fazer e Comprar.” O ato de Fazer é o que chamamos de Produção. Do ponto de vista da Economia produção não significa somente criação de produtos materiais, mas também os imateriais. Desta forma produção pode ser classificado em: Produção de Bens Econômicos (Alimentos, Máquinas, etc.) e Produção de Serviços (Transporte, Serviços Médicos/Dentários, Turismo, etc.). Produção pode ser conceituado como o fenômeno econômico que cria Bens e Serviços para a troca ou permuta. Tradicionalmente os Fatores de Produção são em número de três: 1. Terra / Matéria Prima / Recursos Naturais 2. Trabalho (Mão de Obra) 3. Capital Físico / Equipamentos em Geral A Terra nos oferece grandes quantidades de gêneros alimentícios e matéria prima para a produção de novos bens econômicos, possibilitando ao homem melhorar a sua existência com aproveitamento dos recursos naturais. Não é por outra razão a luta humana pela posse da Terra, que em última análise, não deixa de ser uma grande riqueza. Fatores de Produção 1010 análise, não deixa de ser uma grande riqueza. O esforço do homem para plantar, pescar, caçar pode ser considerado um trabalho. Desta forma o trabalho do homem é o segundo fator de produção. Com o correr dos anos,o homem verificou que algumas coisas, apesar de não proporcionarem a pronta satisfação de suas necessidades, serviam para ajudá-lo a obter outras coisas de consumo imediato. Assim nasceu o que chamamos de capital, o terceiro fator de produção. Portanto, denominamos capital físico os bens que não se destinam à imediata satisfação da necessidade humana, porém facilitam a produção de utilidades econômicas. O capital do ponto de vista econômico, é representado pelas máquinas, instrumentos, utensílios, ferramentas, etc. (equipamentos em geral). Com o desenvolvimento da sociedade, surgiu um novo fator de produção, apontado por muitos autores como um quarto fator. Trata-se da empresa, que representa a organização econômica com a finalidade de reunir ou combinar os fatores tradicionais da produção (terra, trabalho e capital), tendo em vista produzir bens econômicos e serviços. No entanto há controvérsias, pois diversos autores consideram empresa forma de produção e não fator de produção. Outros autores preferem considerar em cinco os fatores de produção, adicionando dois fatores aos três tradicionais: Fatores de Produção 1111 produção, adicionando dois fatores aos três tradicionais: 4 ) Capital Humano 5) Capacidade Empresarial O capital humano consiste no conhecimento e nas habilidades que um trabalhador adquire por meio da educação e da experiência. O capital humano, assim como o capital físico é usado para produzir bens e serviços. A capacidade Empresarial é o fator de produção que consiste no esforço usado para coordenar a produção e a venda de bens e serviços. Um empreendedor concebe a idéia de produzir um bem ou um serviço e decide de que maneira a executará. O empreendedor assume riscos, investe dinheiro e tempo na expectativa de obter lucro. Outros autores, como por exemplo John Richard Hicks consideram que os fatores da produção podem ser resumidos em dois: 1. Trabalho 2. Capital Assim teremos a seguinte expressão: Fatores de Produção = Trabalho + Capital Fatores de Produção 1212 Desta forma o fator trabalho é todo o esforço humano destinado à produção. Por sua vez, o fator capital compreende: a) Terra (todos os bens duráveis da natureza - terrenos agrícolas, áreas urbanas, minas, etc.); b) Bens de produção duráveis (também conhecidos por capital fixo - bens feitos pelo homem - máquinas, ferramentas, etc.); c) Bens de consumo duráveis (Bens produzidos pelo homem - casas, veículos, etc.).. Fatores de Produção Possibilidades de Produção Para decidir o que produzir, uma sociedade deverá determinar as combinações de produtos possíveis, considerando a disponibilidade de seus recursos produtivos e seu conhecimento tecnológico. O gráfico de possibilidades de produção mostra as opções de produção disponíveis para uma economia. Um ponto situado abaixo da curva mostra que a economia sempre poderá aumentar sua produção e melhorar sua condição de eficiência. 1313 sua condição de eficiência. Deslocamentos da curva: Aumento de recursos produtivos, Inovações Tecnológicas ⇒ deslocamento da curva para fora Catástrofes, Guerras ⇒ deslocamento da curva para dentro O Mecanismo do Mercado: O Mecanismo do Mercado: O quê, como, para quem? A Limitação do Investimento Cada Empresário/Governo precisa de um mecanismo para responder às perguntas fundamentais criadas pela especialização e pela necessidade de fazer escolhas. 1414 1. Quais bens e serviços produzir? (Como escolheremos entre as alternativas representadas pela curva de possibilidade de produção?). 2. Como produzir esses bens e serviços? (tipo de tecnologia, priorização na qualidade e/ou no preço?). 3. Para quem produzir os bens e serviços? Uma vez pronto os bens, a quem distribuí-los? O Mecanismo do Mercado: O Mecanismo do Mercado: O quê, como, para quem? A Limitação do Investimento Há basicamente duas maneiras de obter respostas a estas perguntas. A primeira é utilizar a “mão invisível” de Adam Smith. Caso os indivíduos tenham liberdade completa na escolha então o mercado dará as respostas às três perguntas 1515 mercado dará as respostas às três perguntas fundamentais. A segunda maneira é através do governo. As funções governamentais podem ser bem determinantes, restringindo, ou mesmo direcionando as escolhas do mercado. Uma economia mista é uma economia em que o governo e o mercado compartilham as decisões de o que, como e para quem produzir. Fatores de Produção - Escassez e Escolha Necessidades humanas ILIMITADAS XX ESCASSEZ ESCOLHAXX Recursos produtivos LIMITADOS ESCASSEZ ESCOLHA * O que e quanto produzir * Como produzir * Para quem produzir Curva de Possibilidade de Produção A Curva de Possibilidade de Produção (CPP), é a fronteira máxima que a economia pode produzir, dados os recursos produtivos limitados. Suponhamos que a economia produzaSuponhamos que a economia produza apenas dois bens: canhões e manteiga, nos quais são empregados todos os recursos produtivos (mão-de-obra, matérias-primas, recursos naturais). As alternativas são as seguintes: Curva de Possibilidade de Produção ALTERNATIVAS DE PRODUÇÃO A B C D E F Manteiga (em mil toneladas) 0 3 6 8 9 10 Queijo (em mil toneladas) 15 14 12 10 7 0Queijo (em mil toneladas) 15 14 12 10 7 0 Colocando as informações acima num diagrama, e unindo os pontos, temos: F M a n t e i g a ( m i l t o n e l a d a s ) E D8 10 9 Curva de Possibilidade de Produção Queijo (mil unidades) M a n t e i g a ( m i l t o n e l a d a s B A C 15120 7 1410 3 6 Capitalização Capitalização significa o processo de formação de novos capitais. Trata-se do investimentos em novos bens de produção, principalmente capitais fixos, ex: equipamentos, instalações, etc. O investimento é a parte da produção não consumida (poupança) e se destina à formação de novo capital, o qual, no futuro, poderá dar oportunidade a outro 2020 capital, o qual, no futuro, poderá dar oportunidade a outro ciclo de produção. Quanto à origem, o investimento pode ser assim classificado: 1) investimento interno; 2) investimento externo. Capitalização Os investimentos internos são aqueles gerados no próprio país e cujo destino é a formação bruta do capital fixo. Estes investimentos têm as seguintes fontes de financiamento: a) poupança de indivíduos (poupança, títulos do g overno e outros investimentos); b) lucro retidos das empresas e depreciação do 2121 b) lucro retidos das empresas e depreciação do capital fixo; c) “superavit” (poupança) do governo. Os investimentos externos podem ser do tipo: a) investimento de empresa estrangeira; b) investimento de capital estrangeiro em bolsas e/ou em aplicações financeiras c) compra de títulos do governo federal Conceitos de RendaConceitos de Renda Ao produzir uma mercadoria e negociá-la, o dinheiro arrecadado por esta verba é repartido, cabendo: a terra ⇒ renda, ao trabalhador ⇒ salário, ao capital ⇒ juros, a empresa ⇒ lucros ⇒e ao estado ⇒ os impostos. Renda pode ser definida no sentido amplo ou restrito. No sentido amplo todos os elementos de repartição (renda, salário, juros, lucros e impostos) podem ser considerados renda, daí o conceito de Renda Nacional que engloba todas as espécies de renda. No sentido restrito renda trata-se do pagamento ou remuneração que cabe ao proprietário de um determinado bem, diversos economistas utilizam a palavra aluguel em lugar de renda no que se refere ao sentido restrito. 2222 Conceitos de RendaConceitos de Renda Para calcular o produto nacional, todos os bens e serviços devem ser contados uma única vez. O valor do carro vendido ao consumidordeve ser contabilizado, entretanto o aço, pneus e outros bens intermediários na produção do veículo não deve ser contabilizados, pois o valor do carro já inclui o valor de todos os bens intermediários necessários para sua produção. � Valor Adicionado: é o valor do produto da empresa menos o custo dos produtos intermediários comprados pela empresa de seus fornecedores.produtos intermediários comprados pela empresa de seus fornecedores. � Produto Nacional: é o valor em Reais (ou qualquer outra unidade monetária) dos bens e serviços finais produzidos durante o ano. � Produto Nacional Nominal: é medido ao preço prevalecentes na época de sua realização. � Produto Nacional Real: é medido aos preços prevalecentes num ano- base específico. � Renda Nacional: é a soma de todas as rendas derivadas da utilização dos fatores de produção. Ela inclui salários, aluguéis, juros e lucros. 2323 Produto Nacional x Produto InternoProduto Nacional x Produto Interno Produto Nacional = C + G + I + X - M (C) = Gastos pessoais em consumo Os gastos pessoais em consumo (C) constituem o maior componente do produto nacional: 1. Bens duráveis (automóveis, máquina de lavar, etc.); 2. Bens não duráveis (alimentação, vestuário, etc.); 3. Serviços (médicos, cabeleireiros, etc.). (G) = Gastos do governo em bens e serviços 2424 (G) = Gastos do governo em bens e serviços O Governo investe para a construção de estradas, ferrovias, hidrovias, gasta com os servidores públicos, com educação e saúde para a população, em todos os níveis (federal, estadual e municipal). (I) = Investimento privado nacional Os bens de capital (bens de investimentos) que auxiliarão na produção de anos futuros também são contabilizados. O investimento privado nacional inclui três categorias: 1-Edificações (Plantas industriais e/ou outras estruturas físicas); 2-Equipamentos (Máquinas e instrumentos em geral); 3-Variações no estoque (podem ser positivas ou negativas). Os investimentos são considerados quando em solo nacional. Produto Nacional x Produto InternoProduto Nacional x Produto Interno (X) = Exportações de bens e serviços A exportação de um bem deve ser contabilizada em separada pois não foi consumida dentro do país e assim não foi contabilizada. A exportação de serviços ocorre quando turistas estrangeiros gastam com transporte, hospedagem, alimentação, serviços médicos, etc. (M) = Importações de bens e serviços A importação de um bem deve entrar na conta do produto nacional, no entanto, seu valor deve ser subtraído. Os gastos de 2525 nacional, no entanto, seu valor deve ser subtraído. Os gastos de brasileiros no exterior também devem ser contabilizados como importação de serviços, e da mesma forma subtraídos no produto nacional. Depreciação (D): O valor do produto nacional é superestimado quando contabilizamos o valor total das edificações e dos equipamentos durante o ano. Isto porque as máquinas, equipamentos e edificações foram utilizadas e se depreciaram. Desta forma deve-se fazer uma dedução no valor destes, esta dedução é chamada de depreciação. Produto Nacional Bruto (PNB): C + I + G + X - M Produto Nacional Líquido (PNL): C + I + G + X - M - D Produto Nacional x Produto InternoProduto Nacional x Produto Interno Produto Nacional Bruto (PNB): C + I + G + X - M Produto Nacional Líquido (PNL): C + I + G + X - M – D Outro detalhe importante é a diferenciação entre produto interno e produto nacional. O produto nacional bruto (PNB) difere do produto interno bruto (PIB) pela renda líquida enviada ao exterior (Rl), que consiste no resultado líquido das transferências de renda de estrangeiros obtidas no Brasil e enviadas a seus países de origem, e de rendas obtidas por brasileiros no exterior e enviadas ao Brasil. O resultado 2626 obtidas por brasileiros no exterior e enviadas ao Brasil. O resultado líquido destas remessas pode ser positivo ou negativo. Produto Interno Bruto (PIB): C + I + G + X - M ± Rl Produto Interno Líquido (PIL): C + I + G + X - M – D ± Rl Teoricamente o Produto Interno Líquido (PIL) é a medida de produto nacional que deveria ser utilizada, pois leva em consideração a depreciação dos maquinários durante o ano. Entretanto devido a dificuldade de estimativa do valor real da depreciação. O PIB = PIL + D é o mais utilizado. Produto Interno BrutoProduto Interno Bruto 2727 Produto Interno BrutoProduto Interno Bruto 2828 Produto Interno BrutoProduto Interno Bruto 2929 Produto Interno BrutoProduto Interno Bruto 3030 Produto Interno BrutoProduto Interno Bruto 3131PIB Variação nominal - análise Produto Interno BrutoProduto Interno Bruto 3232PIB Variação nominal - análise Produto Interno BrutoProduto Interno Bruto 3333 Produto Interno BrutoProduto Interno Bruto 3434 Produto Interno BrutoProduto Interno Bruto 3535 Produto Interno BrutoProduto Interno Bruto 2,50E+012 3,00E+012 3,50E+012 4,00E+012 4,50E+012 P I B e m R $ PIB Brasileiro a Preços Correntes - PIB Nominal (R$) 3636 1990 1992 1994 1996 1998 2000 2002 2004 2006 2008 2010 2012 0,00E+000 5,00E+011 1,00E+012 1,50E+012 2,00E+012 2,50E+012 P I B e m R $ Ano Produto Interno BrutoProduto Interno Bruto 3500000 4000000 4500000 4,14 Trilhões de R$ ( R $ ) PIB a Preço de 2011( 106 R$) 3737 1990 1992 1994 1996 1998 2000 2002 2004 2006 2008 2010 2012 2000000 2500000 3000000 P I B x 1 0 6 ( R $ ) Ano Produto Interno BrutoProduto Interno Bruto 2 3 4 5 6 7 8 (2011 , 2,7) V a r i a ç ã o d o P I B ( % ) Variação do PIB (%) 3838 1990 1992 1994 1996 1998 2000 2002 2004 2006 2008 2010 2012 -5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 (2011 , 2,7) V a r i a ç ã o d o P I B ( % ) Ano Produto Interno BrutoProduto Interno Bruto 180000 190000 200000 195 milhões P o p u l a ç ã o B r a s i l e i r a x 1 0 3 População Brasileira 3939 1990 1992 1994 1996 1998 2000 2002 2004 2006 2008 2010 2012 150000 160000 170000 P o p u l a ç ã o B r a s i l e i r a x 1 0 Ano Produto Interno BrutoProduto Interno Bruto 19000 20000 21000 22000 (2011 , 21.252) PIB Per Capta 2011 (R$) 4040 1990 1992 1994 1996 1998 2000 2002 2004 2006 2008 2010 2012 14000 15000 16000 17000 18000 R $ Ano Produto Interno BrutoProduto Interno Bruto 2 4 6 V a r i a ç ã o ( % ) Variação % do PIB Per Capta (R$ de 2011) 4141 1990 1992 1994 1996 1998 2000 2002 2004 2006 2008 2010 2012 -8 -6 -4 -2 0 V a r i a ç ã o ( % ) Ano Produto Interno BrutoProduto Interno Bruto 10000 12000 14000 (2011 , 12.696,10) PIB Nominal Per Capta (US$) 4242 1990 1992 1994 1996 1998 2000 2002 2004 2006 2008 2010 2012 2000 4000 6000 8000 U S $ Ano Produto Interno BrutoProduto Interno Bruto 4343 Produto Interno BrutoProduto Interno Bruto 4444 Produto Interno BrutoProduto Interno Bruto 4545 Produto Interno BrutoProduto Interno Bruto 4646 Crescimento da Economia O crescimento da economia deve ser mensurado para que se possa ter um valor de comparação entre o passado e o futuro de um país, bem como, a comparação entre economias de países diferente. A maneira mais eficaz de medir o crescimento da economia é através do PIB, pois este representa todaa riqueza de um país. Para que haja crescimento econômico, dois mecanismos básicos são considerados: O primeiro é a acumulação de capitais, aumentos no estoque de capital de uma economia relativo à sua força de trabalho, o segundo é o progresso tecnológico, onde a economia opera de maneira mais eficiente. 4747 tecnológico, onde a economia opera de maneira mais eficiente. O que causa o progresso tecnológico: Pesquisa e desenvolvimento em ciência fundamental; Inovação tecnológica - Patente; Escala de mercado – Mercado Global; Inovações induzidas – Redução de Custos; Educação e conhecimentos acumulados – Know-How. O capital humano é o principal fator a se investir para que países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento possam crescer de maneira sistemática e sustentada. Crescimento da Economia Comparar PIB é difícil, pelo fato que os países têm suas economias em diversas moedas próprias e possui diferentes padrões de consumo. Robert Summers e Alan Heston desenvolveram um método de mensuração de PIB real entre países, onde eles comparam os preços dos produtos nas diversas moedas e calculam o PIB relativo a uma determinada moeda padrão (normalmente o dólar), ou seja ele transforma o PIB de um país em um determinado PIB 4848 seja ele transforma o PIB de um país em um determinado PIB em dólares que procura representar o poder de compra comparativo de um país em dólar. Apenas a utilização da taxa de câmbio não é suficiente para a comparação, pois ela não representa um real poder de compra. A taxa de câmbio representa simplesmente a oferta e a demanda de fluxos financeiros. SalárioSalário Salário é toda a remuneração / pagamento que o trabalhador recebe como recompensa de seu trabalho, quer seja físico ou intelectual. O salário pode tomar os seguintes destinos: a) Consumo: Compra de Bens e Serviços. b) Poupança: Parte da renda não consumida e que se transforma em investimentos. c) Entesouramento: Parte da renda que 4949 c) Entesouramento: Parte da renda que permanece fora de circulação e é improdutiva. Existem diversas outras expressões usadas em substituição ao termo salário, como por exemplo: honorários, ordenados, saldos, vencimentos, etc. Para as empresas, o salário representa o custo da mão-de-obra empregada na produção. JurosJuros Definição: Juro é a remuneração pelo uso de um capital emprestado, ou ainda, remuneração paga pelas instituições financeiras sobre o capital nelas aplicado. Os juros representam o pagamento pelo uso de certo capital e dependem da relação entre a oferta e a procura de dinheiro ou crédito. O uso do capital é, verdadeiramente, o único motivo da cobrança de juros, embora pode-se apontar também a compensação pelo risco que corre o capital em poder de terceiros 5050 compensação pelo risco que corre o capital em poder de terceiros (inadimplência). A determinação do valor do juro que é cobrado em qualquer transação financeira é efetuada mediante a consideração de um coeficiente denominado taxa de juro. A taxa de juro, que sempre é referida a certo período de tempo, como mês, semestre ano etc., nada mais é que a remuneração pela utilização da unidade de capital durante o período a que se refere. A taxa de juros costuma ser apresentada sob forma percentual. Exemplo: 12% ao ano = 12% a.a. ; 2% ao mês = 2% a.m., Tipos de JurosTipos de Juros Os juros são normalmente classificados em simples e compostos, dependendo do processo de cálculo utilizado. No caso de Juros Simples os juros de cada período são calculados sempre em função do capital inicial empregado, enquanto que no caso de Juros Compostos os juros de cada período são calculados sempre em função do saldo existente no início do período correspondente. Para se calcular os juros e demais termos financeiros, temos quatro elementos a considerar: > Capital - é a quantidade que se empresta (C0). > Juros - é o rendimento do capital emprestado (J). 5151 > Juros - é o rendimento do capital emprestado (J). > Tempo - é o prazo / período de uso do capital (n). > Taxa - é o rendimento perante um tempo em % (i). Sendo J os juros do capital C0, durante o tempo t e a taxa i, pode-se escrever: J = (C0 i n )/100 Chamando de capital inicial de C0 e capital final de Cf, por um prazo de aplicação considerado, pode-se escrever que: J = (C0 i)/100 ⇒ J = Cf - C0; i = 100 (J/C0) ⇒ i = 100 [ ( Cf / C0 ) – 1 ], O montante ou resultado da aplicação ( soma do principal + juros ) Cn pode ser expressa por: Cn = C0 ( 1 + i n / 100 ) Tipos de JurosTipos de Juros Para o caso de juros compostos, os juros formados no fim de cada período a que se refere a taxa considerada são incorporados ao capital inicial, passando esta soma a render juros no período seguinte. Diz-se que os juros são capitalizados. Desta forma com uma taxa de juros invariante com o tempo, pode-se escrever: C = C (1 + i / 100)n ; 5252 Cn = C0 (1 + i / 100)n ; onde Cn é o valor do capital (montante) no final de n períodos e n a quantidade de períodos. A taxa de juros pode ser expressa por: i = 100 [(Cn/C0)1/n – 1]. O total de juros formados (Jn) pode ser expresso por: Jn = C0 [ (1 + i / 100)n -1 ]. Matemática FinanceiraMatemática Financeira A Matemática Financeira é uma ferramenta útil na análise de algumas alternativas de investimentos ou financiamentos de bens de consumo. A idéia básica é simplificar a operação financeira a um Fluxo de Caixa e empregar alguns procedimentos matemáticos. Capital: O Capital é o valor aplicado através de alguma operação financeira. Também conhecido como: Principal, Valor Atual, Valor Presente ou Valor Aplicado. Em língua inglesa, usa-se Present Value, indicado nas calculadoras financeiras pela tecla PV. 5353 Juros: Juros representam a remuneração do Capital empregado em alguma atividade produtiva. Os juros podem ser capitalizados segundo os regimes: simples ou compostos, ou até mesmo, com algumas condições mistas. Regime Processo de funcionamento Simples Somente o principal rende juros. Compostos Após cada período, os juros são incorporados ao Capital, proporcionando juros sobre juros (anatocismo). Matemática FinanceiraMatemática Financeira Notações comuns que serão utilizadas neste material C Capital n número de períodos j juros simples decorridos n períodos J juros compostos decorridos n períodos r taxa percentual de juros 5454 r taxa percentual de juros i taxa unitária de juros (i = r / 100) P Principal ou valor atual M Montante de capitalização simples S Montante de capitalização composta Matemática FinanceiraMatemática Financeira Compatibilidade dos dados Se a taxa de juros for mensal, trimestral ou anual, os períodos deverão ser respectivamente, mensais, trimestrais ou anuais, de modo que os conceitos de taxas de juros e períodos sejam compatíveis, coerentes ou homogêneos. Juros simples Se n é o numero de periodos, i é a taxa unitária ao período e P é o valor principal, então os juros simples são calculados por: 5555 P é o valor principal, então os juros simples são calculados por: j = P i n ou j = P r n / 100 Montante simples Montante é a soma do Capital com os juros. O montante também é conhecido como Valor Futuro. Em língua inglesa, usa-se Future Value, indicado nas calculadoras financeiras pela tecla FV. O montante é dado por uma das fórmulas: M = P + j = P (1 + i n), a taxa i por: i = [(M-P) / P n], e o período n por: n = [(M-P) / P i] Matemática FinanceiraMatemática Financeira Fluxo de Caixa Fluxo de Caixa é um gráfico contendo informações sobre Entradas e Saídas de capital, realizadas em determinados períodos. O fluxo de caixa pode ser apresentado na forma de uma linha horizontal (linha de tempo) com os valores indicados nos respectivos tempos ou na forma de uma 5656 valores indicadosnos respectivos tempos ou na forma de uma tabela com estas mesmas indicações. A entrada de dinheiro para um caixa em um sistema bancário poderá ser indicada por uma seta para baixo enquanto que o indivíduo que pagou a conta deverá colocar uma seta para cima. A inversão das setas é uma coisa comum e pode ser realizada sem problema. Matemática FinanceiraMatemática Financeira Fluxo de Caixa (continuação) Consideremos uma situação em que foi feito um depósito inicial de R$5.000,00 em uma conta que rende juros simples de 4% ao ano, compostos mensalmente e que se continue a depositar mensalmente valores de R$1.000,00 durante os 5 meses seguintes. No 6º. mês quer-se conhecer o Valor Futuro da reunião destes depósitos. 5757 Valor Futuro = S = 5000 (1+ (0,04/12)6) + 1000 (1+ (0,04/12)5) + 1000 (1+ (0,04/12)4) + 1000 (1+ (0,04/12)3) + 1000 (1+ (0,04/12)2) + 1000 (1+ (0,04/12)) = R$10.150,00 Matemática FinanceiraMatemática Financeira Juros Compostos (Juros sobre juros) S = P (1+i)n ou P = S(1+i)-n Fator de Acumulação de Capital (Fator de P para S) FAC(i,n) = FPS(i,n) = (1 + i)n Pode-se então escrever: S = P FAC(i,n) = P FPS(i,n) 5858 Pode-se então escrever: S = P FAC(i,n) = P FPS(i,n) Fator de Valor Atual ou Fator de S para P ou Fator de Desconto, denotado por FVA(i,n) ou FSP(i,n) é o inverso de FAC(i,n), ou seja: FVA(i,n) = FSP(i,n) = (1+i)-n P = S FVA (i,n) = P FSP(i,n) Matemática FinanceiraMatemática Financeira Juros Compostos (Juros sobre juros) S = P (1 + i)n P = S (1+i)-n 5959 Cálculo de juros Compostos J = P [(1+i)n-1] P = S (1+i)-n Matemática Financeira Matemática Financeira -- TAXASTAXAS Taxa é um índice numérico relativo cobrado sobre um capital para a realização de alguma operação financeira. No mercado financeiro brasileiro, mesmo entre os técnicos e executivos, reina muita confusão quanto aos conceitos de taxas de juros. Não importando se a capitalização é simples ou composta, existem três tipos principais de taxas: A Taxa Nominal é quando o período de formação e 6060 A Taxa Nominal é quando o período de formação e incorporação dos juros ao Capital não coincide com aquele a que a taxa está referida. A Taxa Efetiva é quando o período de formação e incorporação dos juros ao Capital coincide com aquele a que a taxa está referida. A Taxa Real é a taxa efetiva corrigida pela taxa inflacionária do período da operação. Correlação entre as TAXAS: 1+ireal = (1+iefetiva) / (1+iinflação) Matemática Financeira Matemática Financeira -- TAXASTAXAS Taxa equivalente: A fórmula básica que fornece a equivalência entre duas taxas é: 1 + ia = (1+ip)Np ia taxa anual ip taxa ao período Np número de vezes em 1 ano 6161 Fórmula Taxa Período Número de vezes 1+ia = (1+isem)2 isem semestre 2 1+ia = (1+iquad)3 iquad quadrimestre 3 1+ia = (1+itrim)4 itrim trimestre 4 1+ia = (1+imes)12 imes mês 12 1+ia = (1+iquinz)24 iquinz quinzena 24 1+ia = (1+isemana)24 isemana semana 52 1+ia = (1+idias)365 idias dia 365 Matemática Financeira Matemática Financeira –– DESC0NTODESC0NTO Notações comuns na área de descontos: D Desconto realizado sobre o título A Valor Atual de um título N Valor Nominal de um título i Taxa de desconto 6262 Desconto é a diferença entre o Valor Nominal de um título (futuro) N e o Valor Atual A deste mesmo título. D = N – A Tipos de descontos: Desconto Simples Comercial e Comercial Composto (por fora) Desconto Simples Racional e Racional Composto (por dentro) n Número de períodos para o desconto Matemática Financeira Matemática Financeira –– Desconto Simples Comercial Desconto Simples Comercial (capitalização simples) (por fora): O cálculo deste desconto é análogo ao cálculo dos juros simples, substituindo- se o Capital P na fórmula de juros simples pelo Valor Nominal N do título. Desconto Simples Comercial Juros simples D = N i n j = P i n 6363 O valor atual no Desconto Simples Comercial, é calculado por: A = N(1-in) = N (1 - i n) D = N i n j = P i n N = Valor Nominal P = Principal i = taxa de desconto i = taxa de juros n = no. de períodos n = no. de períodos Matemática Financeira Matemática Financeira –– Desconto Simples Comercial EXEMPLO: Uma empresa oferece uma duplicata de $50000,00 com vencimento para 90 dias, a um determinado banco. Supondo que a taxa de desconto acertada seja de 4% a.m. e que o banco, além do IOF de 1,5% a.a., cobra 2% relativo às despesas administrativas, determine o valor líquido a ser resgatado pela empresa e o valor da taxa efetiva da operação. 6464 SOLUÇÃO: Desconto comercial = Dc = 50000 . 0,04 . 3 = 6000 Despesas administrativas = Da = 0,02 . 50000 = 1000 IOF = 50000(0,015/360).90] = 187,50 Teremos então: Valor líquido = V = 50000 - (6000 + 1000 + 187,50) = 42812,50 Taxa efetiva de juros = i = [(50000/42812,50) - 1].100 = 16,79 % a.t. = 5,60 % a.m. Resp: V = $42812,50 e i = 5,60 % a.m. Matemática Financeira Matemática Financeira –– Desconto Simples Racional Desconto Simples Racional (Juros Simples) (por dentro): O cálculo deste desconto funciona análogo ao cálculo dos juros simples, substituindo-se o Capital P na fórmula de juros simples pelo Valor Atual A do título. O cálculo do desconto racional é feito sobre o Valor Atual do título. Desconto Racional Simples Juros simples 6565 O valor atual, no desconto por dentro, é dado por: A = N-D = N-A.i.n , ou seja: A = N(1+i.n)-1 D = A i n j = P.i.n A = Valor Atual P = Principal i = taxa de desconto i = taxa de juros n = no. de períodos n = no. de períodos Matemática Financeira Matemática Financeira –– Desconto Comercial Composto Desconto Comercial Composto (capitalização composta) (por fora). Este tipo de desconto não é usado no Brasil e é análogo ao cálculo dos Juros compostos, substituindo- se o Principal P pelo Valor Nominal N do título. Desconto Comercial Composto Juros compostos A = N(1-i)n S = P(1+i)n A = Valor Atual P = Principal 6666 O valor atual no desconto comercial composto, é calculado por: A1 = N(1-i), faz-se A2 = A1(1-i) 2, até An = N(1-i)n D = N (1-(1-i)n) A = Valor Atual P = Principal i = taxa de desconto negativa i = taxa de juros n = no. de períodos n = no. de períodos Matemática Financeira Matemática Financeira –– Desconto Racional Composto Desconto Racional Composto (Juros Compostos) (por dentro): Este tipo de desconto é muito utilizado no Brasil. Desconto Racional Composto Juros compostos A = N(1+i)-n S = P(1+i)n A = Valor Atual, N = Valor Nominal P = Principal 6767 A = Valor Atual, N = Valor Nominal P = Principal i = taxa de desconto negativa i = taxa de juros n = no. de períodos n = no de períodos D = N-N(1+i)-n = N.[1-(1+i)-n] = N.[(1+i)n-1]/(1+i)n Matemática Financeira Matemática Financeira –– DRCDRC Exemplo: Uso de Desconto Racional Composto Uma empresa emprestou um valor que deverá ser pago 1 ano após em um único pagamento de R$ 18.000,00 à taxa de 4,5% ao mês. Cinco meses após ter feito o empréstimo a empresa já tem condições de resgatar o título. Se a empresa tiver um desconto racional 6868 título. Se a empresa tiver um desconto racional composto calculado a uma taxa equivalente à taxa de juros cobrada na operação do empréstimo, qual será o valor líquido a ser pago pela empresa? D = 18.000.[1-(1+0,045)-7] = R$ 4.773,08 D = 18.000.[(1+0,045)7-1]/(1+0,045 )7 = R$ 4.773,08 Valor a ser pago = R$ 13.226,92 Matemática Financeira Matemática Financeira Planos Equivalentes de FinanciamentosPlanos Equivalentes de Financiamentos No pagamento de dívidas, cada parcela de pagamento pode incluir (R = J + A); J =Juros do período e A = Amortização do principal, correspondente ao pagamento parcial (ou integral) do principal. Existem inúmeras possibilidades de planos de pagamentos, pois o fluxo dospagamentos pode ser definido a critério de um acordo entre as partes 6969 definido a critério de um acordo entre as partes envolvidas. No entanto no mercado, seis planos são comumente utilizados: 1. Pagamento no Final 2. Pagamento Periódico de Juros 3. Prestações Iguais – Sistema “Price” 4. Sistema de Amortizações Constantes (SAC) 5. Sistema de Amortizações Mista (SAM) 6. Prestações Crescentes em Progressão Geométrica Matemática Financeira Matemática Financeira Planos Equivalentes de FinanciamentosPlanos Equivalentes de Financiamentos 1 - Pagamento no Final: O financiamento é pago de uma única vez, no final do prazo acordado. O valor do pagamento final pode ser escrito como: S = P*(1+i)^n. 2 - Pagamento Periódico de Juros: O financiamento é pago da seguinte forma: no final de cada período, paga- se os juros correspondentes, sendo o principal pago no 7070 prazo final conjuntamente com os juros do último período, ou seja R = J. 3 - Prestações Iguais – Sistema “Price”: O financiamento é pago em prestações periódicas iguais, que correspondem ao pagamento dos juros + pagamento de amortização. O valor das prestações é obtido através da expressão: R = S*((i/(((1+i)^n)-1))), ou com o uso de tabelas financeiras. Matemática Financeira Matemática Financeira Planos Equivalentes de FinanciamentosPlanos Equivalentes de Financiamentos 4 - Sistema de Amortizações Constantes (SAC): O financiamento é pago em prestações uniformemente decrescentes, cada uma subdividida em duas parcelas: juros do período, calculado sobre o saldo do início do período, e amortização do principal, calculado pela divisão do principal pelo número total de prestações (períodos), ou seja Ry = P/n + Jy, com y variando de 1 a n. 5 - Sistema de Amortizações Mista (SAM): O financiamento é pago através de prestações periódicas, cujo valor é a média 7171 pago através de prestações periódicas, cujo valor é a média aritmética das respectivas prestações do sistema “Price” e do SAC. 6 - Prestações Crescentes em Progressão Geométrica: O financiamento será liquidado em prestações periódicas, cujos valores são crescentes e calculados através de uma progressão geométrica, cuja razão é 1 + taxa de juros. A Expressão pode ser expressa por: Rp = Pp*(1+i)/((n+1)-p), com p variando de 1 a n. Matemática Financeira Matemática Financeira Planos Equivalentes de FinanciamentosPlanos Equivalentes de Financiamentos Principal em Reais (R$) = P = R$ 10.000,00; Taxas de Juros ao Ano = i = 12%; Prazo (anos) = n = 10; Capitalização Anual; Pagamento Final = S Plano: Pagamento Final (Soma = P*(1+i)^n = R$ 31.058,48) n Pp J - Jp Ap Rp Saldo final Anos Saldo inicial Juros Saldo parcial Juros Amort Total Saldo final 7272 inicial parcial 1 10000,00 1200,00 11200,00 0,00 0,00 0,00 R$ 11.200,00 2 11200,00 1344,00 12544,00 0,00 0,00 0,00 R$ 12.544,00 3 12544,00 1505,28 14049,28 0,00 0,00 0,00 R$ 14.049,28 4 14049,28 1685,91 15735,19 0,00 0,00 0,00 R$ 15.735,19 5 15735,19 1888,22 17623,42 0,00 0,00 0,00 R$ 17.623,42 6 17623,42 2114,81 19738,23 0,00 0,00 0,00 R$ 19.738,23 7 19738,23 2368,59 22106,81 0,00 0,00 0,00 R$ 22.106,81 8 22106,81 2652,82 24759,63 0,00 0,00 0,00 R$ 24.759,63 9 24759,63 2971,16 27730,79 0,00 0,00 0,00 R$ 27.730,79 10 27730,79 3327,69 31058,48 21058,48 10000,00 31058,48 R$ 0,00 Soma R$ 21.058,48 R$ 21.058,48 R$ 10.000,00 R$ 31.058,48 Matemática Financeira Matemática Financeira Planos Equivalentes de FinanciamentosPlanos Equivalentes de Financiamentos Principal em Reais (R$) = P = R$ 10.000,00; Taxas de Juros ao Ano = i = 12%; Prazo (anos) = n = 10; Capitalização Anual; Pagamento Final = S Plano: Tabela PRICE – Sistema de Parcelas Iguais (S = P*(1+i)^n e R = S*((i/(((1+i)^n)-1)))) n Pp J - Jp Ap Rp Saldo final Anos Saldo Juros Saldo Juros Amort Total Saldo final 7373 inicial parcial 1 10000,00 1200,00 11200,00 1200,00 569,84 1769,84 R$ 9.430,16 2 9430,16 1131,62 10561,78 1131,62 638,22 1769,84 R$ 8.791,94 3 8791,94 1055,03 9846,97 1055,03 714,81 1769,84 R$ 8.077,13 4 8077,13 969,26 9046,38 969,26 800,59 1769,84 R$ 7.276,54 5 7276,54 873,18 8149,72 873,18 896,66 1769,84 R$ 6.379,88 6 6379,88 765,59 7145,47 765,59 1004,26 1769,84 R$ 5.375,63 7 5375,63 645,08 6020,70 645,08 1124,77 1769,84 R$ 4.250,86 8 4250,86 510,10 4760,96 510,10 1259,74 1769,84 R$ 2.991,12 9 2991,12 358,93 3350,06 358,93 1410,91 1769,84 R$ 1.580,22 10 1580,22 189,63 1769,84 189,63 1580,22 1769,84 R$ 0,00 Soma R$ 7.698,42 R$ 7.698,42 R$ 10.000,00 R$ 17.698,42 Matemática Financeira Matemática Financeira Planos Equivalentes de FinanciamentosPlanos Equivalentes de Financiamentos Principal em Reais (R$) = P = R$ 10.000,00; Taxas de Juros ao Ano = i = 12%; Prazo (anos) = n = 10; Capitalização Anual; Pagamento Final = S Plano: SAC – Sistema de Amortizações Constantes (Ap = P/n e Rp = Jp + Ap) n Pp J - Jp Ap Rp Saldo final Anos Saldo inicial Juros Saldo parcial Juros Amort Total Saldo final 7474 inicial parcial 1 10000,00 1200,00 11200,00 1200,00 1000,00 2200,00 R$ 9.000,00 2 9000,00 1080,00 10080,00 1080,00 1000,00 2080,00 R$ 8.000,00 3 8000,00 960,00 8960,00 960,00 1000,00 1960,00 R$ 7.000,00 4 7000,00 840,00 7840,00 840,00 1000,00 1840,00 R$ 6.000,00 5 6000,00 720,00 6720,00 720,00 1000,00 1720,00 R$ 5.000,00 6 5000,00 600,00 5600,00 600,00 1000,00 1600,00 R$ 4.000,00 7 4000,00 480,00 4480,00 480,00 1000,00 1480,00 R$ 3.000,00 8 3000,00 360,00 3360,00 360,00 1000,00 1360,00 R$ 2.000,00 9 2000,00 240,00 2240,00 240,00 1000,00 1240,00 R$ 1.000,00 10 1000,00 120,00 1120,00 120,00 1000,00 1120,00 R$ 0,00 Soma R$ 6.600,00 R$ 6.600,00 R$ 10.000,00 R$ 16.600,00 Matemática Financeira Matemática Financeira Planos Equivalentes de FinanciamentosPlanos Equivalentes de Financiamentos Principal em Reais (R$) = P = R$ 10.000,00; Taxas de Juros ao Ano = i = 12%; Prazo (anos) = n = 10; Capitalização Anual; Pagamento Final = S Plano: SAM - Sistema Amortizações Mistas (Jp(SAM) = (Jp(Price)+Jp(SAC))/2, e Ap(SAM) = (Ap(Price) + Ap(SAC))/2) n Pp J - Jp Ap Rp Saldo final Anos Saldo inicial Juros Saldo parcial Juros Amort Total Saldo final 7575 inicial parcial 1 10000,00 1200,00 11200,00 1200,00 784,92 1984,92 R$ 9.215,08 2 9215,08 1105,81 10320,89 1105,81 819,11 1924,92 R$ 8.395,97 3 8395,97 1007,52 9403,48 1007,52 857,40 1864,92 R$ 7.538,56 4 7538,56 904,63 8443,19 904,63 900,29 1804,92 R$ 6.638,27 5 6638,27 796,59 7434,86 796,59 948,33 1744,92 R$ 5.689,94 6 5689,94 682,79 6372,73 682,79 1002,13 1684,92 R$ 4.687,81 7 4687,81 562,54 5250,35 562,54 1062,38 1624,92 R$ 3.625,43 8 3625,43 435,05 4060,48 435,05 1129,87 1564,92 R$ 2.495,56 9 2495,56 299,47 2795,03 299,47 1205,45 1504,92 R$ 1.290,11 10 1290,11 154,81 1444,92 154,81 1290,11 1444,92 R$ 0,00 Soma R$ 7.149,21 R$ 7.149,21 R$ 10.000,00 R$ 17.149,21 Matemática Financeira Matemática Financeira Planos Equivalentes de FinanciamentosPlanos Equivalentes de Financiamentos Principal em Reais (R$) = P = R$ 10.000,00; Taxas de Juros ao Ano = i = 12%; Prazo (anos) = n = 10; Capitalização Anual; Pagamento Final = S Plano: PG - Sistema de Prestações Crescentes (Rp= Pp*(1+i)/((n+1)-p), com p = 1 a n) n Pp J - Jp Ap Rp Saldo final Anos Saldo inicial Juros Saldo parcial Juros Amort Total Saldo final 7676 inicial parcial 1 10000,00 1200,00 11200,00 1120,00 0,00 1120,00 R$ 10.080,00 2 10080,00 1209,60 11289,60 1209,60 44,80 1254,40 R$ 10.035,20 3 10035,20 1204,22 11239,42 1204,22 200,70 1404,93 R$ 9.834,50 4 9834,50 1180,14 11014,64 1180,14 393,38 1573,52 R$ 9.441,12 5 9441,12 1132,93 10574,05 1132,93 629,41 1762,34 R$ 8.811,71 6 8811,71 1057,41 9869,11 1057,41 916,42 1973,82 R$ 7.895,29 7 7895,29 947,43 8842,73947,43 1263,25 2210,68 R$ 6.632,04 8 6632,04 795,85 7427,89 795,85 1680,12 2475,96 R$ 4.951,93 9 4951,93 594,23 5546,16 594,23 2178,85 2773,08 R$ 2.773,08 10 2773,08 332,77 3105,85 332,77 2773,08 3105,85 R$ 0,00 Soma R$ 9.654,58 R$ 9.574,58 R$ 10.080,00 R$ 19.654,58 Matemática Financeira Matemática Financeira Planos Equivalentes de FinanciamentosPlanos Equivalentes de Financiamentos Principal em Reais (R$) = P = R$ 10.000,00; Taxas de Juros ao Ano = i = 12%; Prazo (anos) = n = 10; Capitalização Anual; Pagamento Final = S Plano: Pagamento Periódico de Juros (Soma = P + (i*P)*n = R$ 22.000,00) n Pp J - Jp Ap Rp Saldo final Anos Saldo inicial Juros Saldo parcial Juros Amort Total Saldo final 7777 inicial parcial 1 10000,00 1200,00 11200,00 1200,00 0,00 1200,00 R$ 10.000,00 2 10000,00 1200,00 11200,00 1200,00 0,00 1200,00 R$ 10.000,00 3 10000,00 1200,00 11200,00 1200,00 0,00 1200,00 R$ 10.000,00 4 10000,00 1200,00 11200,00 1200,00 0,00 1200,00 R$ 10.000,00 5 10000,00 1200,00 11200,00 1200,00 0,00 1200,00 R$ 10.000,00 6 10000,00 1200,00 11200,00 1200,00 0,00 1200,00 R$ 10.000,00 7 10000,00 1200,00 11200,00 1200,00 0,00 1200,00 R$ 10.000,00 8 10000,00 1200,00 11200,00 1200,00 0,00 1200,00 R$ 10.000,00 9 10000,00 1200,00 11200,00 1200,00 0,00 1200,00 R$ 10.000,00 10 10000,00 1200,00 11200,00 1200,00 10000,00 11200,00 R$ 0,00 Soma R$ 12.000,00 R$ 12.000,00 R$ 10.000,00 R$ 22.000,00 7878 INFLAÇÃO INFLAÇÃO -- Índices de PreçosÍndices de Preços Ao longo do tempo, o preço das mercadorias e ou serviços podem se alterar: alteração (+) = inflação, alteração (-) = deflação. No entanto os termos inflação e deflação são utilizados de maneira mais abrangente, pois expressam o comportamento do conjunto de preços de uma certa “cesta” de bens e/ou serviços. O comportamento do valor desta cesta de produtos produz 7979 um parâmetro chamado índice de preços onde a variação dos preços está relacionada com o peso (o peso de cada bem ou serviço está relacionado a importância relativa deste em função dos gastos familiares) produzindo assim uma média ponderada da variação dos preços. Esta média é definida como a inflação ou deflação no período medido. O índice de preços é muito utilizado quando queremos comparar preços / valores de bens ou serviços em tempos diferentes (meses ou anos). INFLAÇÃO INFLAÇÃO -- Índices de PreçosÍndices de Preços Existe uma grande quantidade de índices, que são calculados por diversas entidades, com o intuito de melhor representar a variação de preços de um determinado conjunto de produtos e de sua aplicação a um determinado setor e/ou classe social (classe de renda). Entre as principais entidades que pesquisam preços e calculam um determinado 8080 pesquisam preços e calculam um determinado índice, estão entre outras: IBGE, FGV, FIPE e DIEESE, as quais produzem os principais índices nacionais sejam eles: IBGE (IPCA e INPC), FGV (IGP-DI, IGP-M, IPA, IPC, INCC), FIPE (IPC-FIPE- SP) e DIEESE (ICV). INFLAÇÃO INFLAÇÃO -- Índices de PreçosÍndices de Preços Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor (SNIPC) O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE se constitui no principal provedor de dados e informações do país, que atendem às necessidades dos mais diversos segmentos da sociedade civil, bem como dos órgãos das esferas governamentais federal, estadual e municipal. O SNIPC efetua a produção contínua e sistemática de índices de preços, tendo como unidade de coleta 8181 de índices de preços, tendo como unidade de coleta estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços, concessionária de serviços públicos e domicílios (para levantamento de aluguel e condomínio). É composto pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor - INPC e pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA. Além deste, através do Sistema Nacional de Custos e Índices da Construção Civil pode-se acompanhar a evolução de preços, a mão-de-obra e dos materiais empregados no setor. INFLAÇÃO INFLAÇÃO -- Índices de PreçosÍndices de Preços O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários-mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange nove regiões metropolitanas (RJ, SP, BH, Brasília, Porto Alegre, Salvador, Curitiba,) do país, além do município de Goiânia e de Brasília. É o índice escolhido pelo governo (CMN) como referência para o sistema de metas de inflação. O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 08 salários-mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange as mesmas regiões pesquisadas para o IPCA, bem como os mesmos grupos e sub-grupos de pesquisa. 8282 Grupos e sub-grupos que compõe o índice geral: 1 - Alimentação e Bebidas (Alimentação fora e dentro do Domicílio) 2 - Habitação (Encargos e Manutenção, Combustíveis e Energia) 3 - Artigos de Residência (Móveis, Aparelhos, Consertos/ Manutenção) 4 - Vestuário (Roupas, Calçados, Jóias/Bijuterias, Tecidos, etc.) 5 - Transportes 6 - Saúde e Cuidados Pessoais (Produtos Farmacêuticos e Óticos, Serviços de Saúde) 7 - Despesas Pessoais (Serviços Pessoais, Recreação, etc.) 8 - Educação 9 - Comunicação INFLAÇÃO INFLAÇÃO -- Índices de PreçosÍndices de Preços ANO MÊS NÚMERO ÍNDICE VARIAÇÃO (%) (DEZ 93 = 100) NO MÊS 3 MESES 6 MESES NO ANO 12 MESES 2002 JAN 1822,08 0,52 1,89 3,75 0,52 7,62 FEV 1828,64 0,36 1,54 3,40 0,88 7,51 MAR 1839,61 0,60 1,49 3,73 1,49 7,75 ÍNDICE NACIONAL DE PREÇOS AO CONSUMIDOR – IPCA - SÉRIE 8383 MAR 1839,61 0,60 1,49 3,73 1,49 7,75 ABR 1854,33 0,80 1,77 3,70 2,30 7,98 MAI 1858,22 0,21 1,62 3,18 2,51 7,77 JUN 1866,02 0,42 1,44 2,94 2,94 7,66 JUL 1888,23 1,19 1,83 3,63 4,17 7,51 AGO 1900,50 0,65 2,28 3,93 4,85 7,46 SET 1914,18 0,72 2,58 4,05 5,60 7,93 OUT 1939,26 1,31 2,70 4,58 6,98 8,45 NOV 1997,83 3,02 5,12 7,51 10,22 10,93 DEZ 2039,78 2,10 6,56 9,31 12,53 12,53 INFLAÇÃO INFLAÇÃO -- Índices de PreçosÍndices de Preços PESOS E VARIAÇÕES MENSAIS, POR GRUPO, SUBGRUPOS E ITENS DE PRODUTOS IPCA - NOVEMBRO DE 2004 ************************************************************************************ N Í V E L * VARIAÇÃO * PESO ************************************************************************************ * * Índice Geral * 0.69 * 100.0000 Alimentação e Bebidas * -0.01 * 22.7752 Alimentação no Domicílio * -0.15 * 17.7697 Cereais, Legum. e Oleaginosas * 0.50 * 1.3686 Farinhas,Féculas e Massas * -0.70 * 0.7373 Tubérculos, Raízes e Legumes * -12.43 * 0.5032 Açúcares e Derivados * -0.35 * 0.8999 8484 Açúcares e Derivados * -0.35 * 0.8999 Hortaliças e Verduras * -0.42 * 0.1493 Frutas * 0.13 * 0.5149 Carnes * 1.86 * 2.8624 Pescados * 3.47 * 0.3130 Carnes, Peixes Industrializad * 0.69 * 0.8704 Aves e Ovos * 1.32 * 1.3250 Leite e Derivados * -1.00 * 2.4927 Panificados * -0.56 * 2.2825 Óleos e Gorduras * -2.44 * 0.6301 Bebidas e Infusões * 0.13 * 1.7890 Enlatados e Conservas * 1.15 * 0.2171 Sal e Condimentos * -0.87 * 0.3990 Alimentos Prontos * 0.35 * 0.4153 Alimentação Fora do Domicílio * 0.50 * 5.0056 Alimentação Fora do Domicílio * 0.50* 5.0056 INFLAÇÃO INFLAÇÃO -- Índices de PreçosÍndices de Preços PESOS E VARIAÇÕES MENSAIS, POR GRUPO, SUBGRUPOS E ITENS DE PRODUTOS IPCA - NOVEMBRO DE 2004 *********************************************************************************** N Í V E L * VARIAÇÃO * PESO *********************************************************************************** * * Índice Geral * 0.69 * 100.0000 Habitação * 0.36 * 16.6113 Encargos e Manutenção * 0.52 * 10.1199 Aluguel e Taxas * 0.48 * 8.7119 Reparos * 1.26 * 0.5010 Artigos de Limpeza * 0.47 * 0.9069 Combustíveis e Energia * 0.11 * 6.4915 8585 Combustíveis e Energia * 0.11 * 6.4915 Combustíveis (Domésticos) * 1.38 * 1.7373 Energia Elétrica Residencial * -0.36 * 4.7542 Artigos de Residência * 0.53 * 5.5228 Móveis e Utensílios * 0.65 * 2.2809 Mobiliário * 0.61 * 1.4916 Utensílios e Enfeites * 0.89 * 0.5339 Cama, Mesa e Banho * 0.39 * 0.2555 Aparelhos Eletroeletrônicos * 0.45 * 2.8463 Eletrodomésticos e Equipament * 0.61 * 1.5506 TV, Som e Informática * 0.26 * 1.2957 Consertos e Manutenção * 0.44 * 0.3955 Consertos e Manutenção * 0.44 * 0.3955 INFLAÇÃO INFLAÇÃO -- Índices de PreçosÍndices de Preços Índices da Fundação Getúlio Vargas O IGP-DI/FGV foi instituído em 1944 com a finalidade de medir o comportamento de preços em geral da economia brasileira. É uma média aritmética, ponderada dos seguintes índices: • IPA que é o Índice de Preços no Atacado e mede a variação de preços no mercado atacadista. O IPA ponderada em 60% o IGP- DI/FGV. • IPC que é o Índice de Preços ao Consumidor e mede a variação de 8686 • IPC que é o Índice de Preços ao Consumidor e mede a variação de preços entre as famílias que percebem renda de 1 a 33 salários mínimos nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro. O IPC pondera em 30% o IGP-DI/FGV. • INCC que é o Índice Nacional da Construção Civil e mede a variação de preços no setor da construção civil, considerando no caso tanto materiais como também a mão de obra empregada no setor. O INCC pondera em 10% o IGP-DI/FGV. DI ou Disponibilidade Interna é a consideração das variações de preços que afetam diretamente as atividades econômicas localizadas no território brasileiro. Não se considera as variações de preços dos produtos exportados que é considerado somente no caso da variação no aspecto de Oferta Global. INFLAÇÃO INFLAÇÃO -- Índices de PreçosÍndices de Preços Índices da Fundação Getúlio Vargas O chamado IGP-10, mede a variação entre os dias 11 de um mês ao dia 10 (inclusive) do mês subsequente. Mas não é válido como índice mensal por englobar cálculos de dois meses. É mais utilizado para estudos econômicos e outras atividades correlatas. O IGP-DI mede a variação dos preços conforme acima descrito no período do primeiro ao último dia de cada mês 8787 descrito no período do primeiro ao último dia de cada mês de referência. Portanto este índice mede a variação de preços de um determinado mês. A outra versão do IGP denominada Índice Geral de Preços - Oferta Global (IGP- OG) origina-se de média ponderada do IPA-OG (60%), IPC (30%) e INCC (10%). Esse indicador passou a ser calculado em 1969 quando efetuou-se um conjunto de modificações no IPA tanto a nível de ponderações quanto de metodologia. Recebeu essa denominação por refletir a evolução de preços do total de transações realizadas no País, seja de produtos para uso interno, seja para exportação. INFLAÇÃO INFLAÇÃO -- Índices de PreçosÍndices de Preços Índices da Fundação Getúlio Vargas Em decorrência das constantes mudanças ocorridas nos indicadores da correção monetária e da inflação oficial, um grupo de entidades de classe do setor financeiro, liderado pela Confederação Nacional das Instituições Financeiras celebrou contrato de prestação de serviços com a Fundação Getulio Vargas, em maio de 8888 de serviços com a Fundação Getulio Vargas, em maio de 1989, para criação de um novo índice que fosse de absoluta credibilidade e estivesse livre das intervenções do governo. Dessa forma surgiu o novo Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M). Esse índice origina-se de média ponderada do IPA-M (60%), do IPC-M (30%) e do INCC-M (10%). A coleta de preços é feita entre o dia 21 do mês anterior ao de referência e o dia 20 do mês de referência. INFLAÇÃO INFLAÇÃO -- Índices de PreçosÍndices de Preços Tabela ?? - Índice Geral de Preços IGP-DI ao longo dos anos Ano JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ ACUMU LADO 1980 6,25 4,20 6,57 5,70 6,40 5,87 8,44 6,93 5,27 7,65 7,56 5,89 110,3% 1981 6,56 8,49 7,35 5,48 6,19 4,46 5,08 6,73 5,08 4,35 5,31 3,80 95,20% 1982 6,29 6,85 7,23 5,35 6,12 7,99 6,06 5,80 3,66 4,78 5,00 6,14 99,71% 1983 9,05 6,52 10,09 9,20 6,70 12,28 13,31 10,11 12,79 13,26 8,43 7,56 211,0% 1984 9,81 12,26 9,95 8,94 8,86 9,25 10,32 10,62 10,51 12,58 9,88 10,53 223,8% 1985 12,64 10,16 12,71 7,22 7,78 7,84 8,92 14,00 9,13 9,05 14,95 13,20 235,1% 1986 17,79 14,98 5,52 -0,58 0,32 0,53 0,63 1,33 1,09 1,39 2,46 7,56 65,04% 1987 12,04 14,11 15,00 20,08 27,58 25,87 9,33 4,50 8,02 11,15 14,46 15,89 415,9% 1988 19,14 17,65 18,16 20,33 19,51 20,83 21,54 22,89 25,76 27,58 27,97 28,89 1038% 1989 36,56 11,80 4,23 5,17 12,76 26,76 37,88 36,48 38,92 39,70 44,27 49,39 1783% 8989 1989 36,56 11,80 4,23 5,17 12,76 26,76 37,88 36,48 38,92 39,70 44,27 49,39 1783% 1990 71,90 71,68 81,32 11,33 9,07 9,02 12,98 12,93 11,72 14,16 17,45 16,46 1477% 1991 19,93 21,11 7,25 8,74 6,52 9,86 12,83 15,49 16,19 25,85 25,76 22,14 480% 1992 26,84 24,79 20,70 18,54 22,45 21,42 21,69 25,54 27,37 24,94 24,22 23,70 1158% 1993 28,73 26,51 27,81 28,22 32,27 30,72 31,96 33,53 36,99 35,14 36,96 36,22 2708% 1994 42,19 42,41 44,83 42,46 40,95 46,58 5,47 3,34 1,55 2,55 2,47 0,57 909,7% 1995 1,36 1,15 1,81 2,30 0,40 2,62 2,24 1,29 -1,08 0,23 1,33 0,27 14,77% 1996 1,79 0,76 0,22 0,70 1,68 1,22 1,09 0,00 0,13 0,22 0,28 0,88 9,33% 1997 1,58 0,42 1,16 0,59 0,30 0,70 0,09 -0,04 0,59 0,34 0,83 0,69 7,48% 1998 0,88 0,02 0,23 -0,13 0,23 0,28 -0,38 -0,17 -0,02 -0,03 -0,18 0,98 1,71% 1999 1,15 4,44 1,98 0,03 -0,34 1,02 1,59 1,45 1,47 1,89 2,53 1,23 19,99% 2000 1,02 0,19 0,18 0,13 0,67 0,93 2,26 1,82 0,69 0,37 0,39 0,76 9,80% 2001 0,49 0,34 0,80 1,13 0,44 1,46 1,62 0,90 0,38 1,45 0,76 0,18 10,40% 2002 0,19 0,18 0,11 0,70 1,11 1,74 2,05 2,36 2,64 4,21 5,84 2,70 26,41% 2003 2,17 1,59 1,66 0,41 -0,67 -0,70 -0,20 0,62 1,05 0,44 0,48 0,60 7,67% 2004 0,80 1,08 0,93 1,15 1,46 1,29 1,14 1,31 0,48 0,53 0,82 0,52 11,51% 9090 O Mecanismo do Mercado O Mecanismo do Mercado Em um mercado, um artigo é comprado e vendido. Na maioria dos mercados, o comprador e o vendedor têm um encontro cara a cara. No entanto a atividade mais simples do dia a dia pode ser o resultado de uma complicada série de transações de mercado. Ao tomar um simples café, utilizou alguns produtos advindos de diferentes pontos do globo. O café em si 9191 advindos de diferentes pontos do globo. O café em si veio dos cafezais de SP. Você aqueceu o café com gás feito de petróleo importado do Oriente Médio. O palito de fósforo que utilizou para acender o fogão foi feito com fósforo importado dos Estados Unidos. O açucar veio de PE. A colher que mexeu o café foi feita de aço fabricada no RJ, com minério de ferro vindo de MG. A fábrica que produziua colher em si fica no RGS. O Mecanismo do Mercado -- Concorrência Perfeita e Imperfeita A concorrência perfeita existe quando há muitos compradores e vendedores, e nenhum vendedor ou comprador, por si só, tem controle sobre o preço. (Algumas vezes, este tipo de mercado é chamado de “competitivo”.) Concorrência imperfeita existe se um comprador ou um vendedor pode influenciar no preço. Dizemos que este comprador ou vendedor detém poder de mercado. 9292 comprador ou vendedor detém poder de mercado. Um monopólio existe quando há apenas um vendedor. Um oligopólio existe quando alguns vendedores dominam o mercado. Para existir concorrência pura entre produtores se impõem três requisitos fundamentais, a saber: Grande número de firmas, Produtos homogêneos e Livre ingresso. O Mecanismo do Mercado O Mecanismo do Mercado -- Monopólio Um mercado onde existe apenas um comprador ou um vendedor é chamado de Monopólio. (A palavra grega mono significa “único”, e a palavra pólio significa “vender”). O monopólio surge de três razões importantes pelas quais pode haver uma única empresa vendendo um bem: 1. Controle de um insumo ou de uma técnica. Uma empresa pode controlar algo essencial que nenhuma outra pode adquirir. Um exemplo é o caso da propriedade sobre um recurso natural, outro caso é o da propriedade de uma patente (produção 9393 natural, outro caso é o da propriedade de uma patente (produção de um bem ou processo por um período legalmente estabelecido. 2. Monopólio legal. Em vários casos é ilegal que mais do que uma empresa venda, fabrique ou explore um produto. Alguns exemplos são: direitos exclusivos de exploração de uma linha interurbana de ônibus; monopólio estatal de exploração de recursos minerais estratégicos, etc. 3. Monopólio natural. Um monopólio natural se desenvolve não porque seja garantido por lei, mas, em lugar disto, porque é o resultado natural de condições especiais de custo. Um exemplo é o das companhias fornecedoras de energia elétrica. O Mecanismo do Mercado O Mecanismo do Mercado -- Monopólio Políticas Governamentais Anti-monopólio Objetivando proteger os consumidores, o governo tenta instituir políticas para lidar com o monopólio. Geralmente essas políticas são dos seguintes tipos: 1. Estabelecimento de uma agência para controlar o preço que o monopolista estabelece; 9494 preço que o monopolista estabelece; 2. Operação de um monopólio sob a propriedade governamental; 3. Cumprimento de leis antitruste para repartir um monopólio em duas ou mais empresas menores ou para prevenir que diversas empresas realizem uma fusão para formar um monopólio. (O objetivo, neste caso, é o de proteger não apenas os consumidores mas também as empresas competidores.) O Mecanismo do Mercado O Mecanismo do Mercado -- OligOligopólio Oligopólio O grau em que uma indústria está dominada por alguns poucos vendedores pode ser medido pela razão (ou coeficiente) de concentração, que é a proporção das vendas da indústrias realizada pelas quatro maiores empresas dessa indústria. A Tabela abaixo mostra as quatro maiores empresas de diversos tipos de industrias, alguns tipos de mercado são “controlados” por estas industrias que dominam amplamente seus mercados.) 9595 Minerais não-metálicos 47,3 Material Elétrico/Comunicação 39,8 Cal e Cimento 35,7 Mecânica 36,5 Artefatos de Vidro e Cristal 71,8 Máquinas, Motores e Equip. 29,0 Metalurgia 54,7 Têxtil 14,6 Siderurgia 92,1 Alimentos 46,0 Produtos Metálicos Diversos 14,9 Laticínios 59,8 Material de Transporte 71,9 Café Solúvel 73,0 Construção Naval 83,5 Fumo 98,9 Veículos automotores 84,7 O Mecanismo do Mercado O Mecanismo do Mercado -- OligOligopólio O Oligopólio natural ocorre quando os custos médios de firmas individuais caem por um intervalo grande o suficiente para que poucas firmas possuem produzir a quantidade total vendida ao menor custo médio. Na concorrência perfeita, as firmas seguem o preço. A firma individual não tem influência sobre o preço, o qual é determinado pelas forças impessoais da demanda e da oferta. No monopólio, a firma estabelece o preço. No oligopólio, a firma pesquisa o preço. Embora tenha alguma influência sobre o preço, sua influência está limitada pelas possíveis reações de seus concorrentes. 9696 reações de seus concorrentes. O oligopólio precisa desenvolver uma estratégia de mercado, pois está em concorrência com algumas poucas firmas grandes, capazes de responder vigorosamente à sua ação. O mundo do oligopólio se parece com uma partida de xadrez, não havendo situações simples. No oligopólio pode ocorrer a formação de um Conluio (Coalização), que não é permitida por lei. A razão da existência dessas leis é a prevenção dos efeitos econômicos de um Cartel, o tipo mais formal de coalização, através do qual as firmas se unem para obter as vantagens do monopólio. Um Cartel é um acordo formal entre firmas a respeito do estabelecimento do preço e/ou da divisão do mercado. O Mecanismo do Mercado O Mecanismo do Mercado -- OligOligopólio Embora haja em todos os países ocidentais uma tendência de concentração crescente nos últimos 30 anos, com as grandes empresas ganhando participação no mercado, há uma tendência pequena de um único produtor eliminar seus concorrentes e emergir como monopolista. O oligopólio é, assim, uma forma estável de organização do mercado. 1 - Quais as forças que contribuem para esta estabilidade? 2 - Por que um pequeno número de firmas se tornam tão grandes, enquanto nenhuma delas cobre toda a estrada para se tornar um monopólio? Parte da resposta se encontra na natureza dos custos. Em muitas indústrias há 9797 Parte da resposta se encontra na natureza dos custos. Em muitas indústrias há vantagens de produzir em larga escala; há um declínio no custo médio à medida que a produção aumenta. Uma fábrica desenhada para produzir 500.00 carros por ano pode operar um custo médio muito menor do que uma desenhada para produzir 100.000. Os custos, porém, não continuam a cair sempre. Uma fábrica que produz 2 milhões de unidades pode não ter um custo médio menor que outra que produz 1 milhão de unidades. Quando os custos caem ao longo de um intervalo considerável, encorajam o desenvolvimento de firmas grandes. Mas quando os custos eventualmente começam a subir antes da produção atingir a quantidade total vendida ao mercado, desencorajam a que qualquer grande firma cresça e desenvolva um monopólio. As condições de custo podem levar, então, ao oligopólio natural: O Mecanismo do Mercado O Mecanismo do Mercado –– Concorrência Monopolística Como cada firma está vendendo um bem algo diferente do das demais, ela tem algum controle sobre o preço; se aumentar ligeiramente seu preço, não perderá seus clientes (na mesma proporção). Ela não enfrenta, portanto, uma curva de demanda perfeitamente horizontal, como o concorrente perfeito. Em lugar disto, sua curva de demanda se inclina para baixo e para direita - mas não muito. Como existem muitos concorrentes, seu controle sobre o preço não é muito grande. A diferenciação de produto não envolve necessariamente uma diferenciação física. o comércio a varejo é um exemplo. mercearias diferentes vendem produtos muito similares e/ou iguais, mas diferem num aspecto 9898 Concorrência monopolística é a situação onde existem muitos vendedores de produtos diferenciados. A curva de demanda que o concorrente individual enfrenta é algo elástica, mas não perfeitamente elástica. produtos muito similares e/ou iguais, mas diferem num aspecto importante: estão localizados em lugares diferentes. O consumidor pode se dispor a pagar um preço ligeiramente superior por um produto num lugar que em outro, pelo fato de o primeiro se localizar mais perto. Devido à sua localização, o primeiro mercado tem algum controle sobre o preço, se cobrarum preço muito alto, os consumidores mudarão para um fornecedor menos caro (embora menos conveniente). 9999 O Mecanismo do Mercado O Mecanismo do Mercado -- CurvaCurva de de DemandaDemanda A demanda é uma relação que dá as quantidades de um bem ou serviço que os compradores estariam dispostos e seriam capazes de adquirir a diferentes preços. 100100 Gráfico: A curva de demanda. Os indivíduos geralmente estão dispostos a comprar mais quando o preço baixa; a curva reflete isto, porque cai da esquerda para a direita. O Mecanismo do Mercado O Mecanismo do Mercado -- CurvaCurva de de OfertaOferta Enquanto a relação de demanda descreve o comportamento dos compradores, a relação de oferta descreve o comportamento dos vendedores, mostrando o quanto estariam dispostos a vender a um preço determinado. 101101 Gráfico: A curva de oferta de maçãs. Uma curva de oferta sobe da esquerda para a direita. Quando o preço sobe, os vendedores são estimulados a aumentar a produção e oferecer mais ao público. O Mecanismo do Mercado O Mecanismo do Mercado -- Curva de EquilíbrioCurva de Equilíbrio Obviamente, os vendedores têm uma atitude diferente da dos compradores em relação a preços altos. Um preço alto desalenta os consumidores e induz à substituição por produtos alternativos, mas este mesmo preço estimula os vendedores a produzirem e venderem mais. Portanto, quanto mais elevado o preço, maior a quantidade ofertada. 102102 Como a oferta e a demanda determinam o preço e a quantidade de equilíbrio. O equilíbrio ocorrerá no ponto onde as curvas de demanda oferta se cruzam. Deslocamento da Curva de Demanda Gráfico: Uma mudança na demanda com o aumento da renda 103103 Deslocamento da Curva de Demanda Um deslocamento na curva de demanda (ou seja, uma mudança na demanda) por ser causado por uma mudança econômica qualquer. As mais importantes são as seguintes: 1- A renda - Quando a renda aumenta, as pessoas podem consumir mais. Para um bem típico ou normal, a curva de demanda se desloca para a direita, quando a renda aumenta, da maneira indicada no gráfico. Aumento da renda ↑ Quantidade demandada Então, A é um bem normal 2- Os preços de bens relacionados. Um aumento no preço de um bem pode causar um deslocamento na curva de demanda para outro bem. 3- Gostos - O tempo vai passando e os gostos mudam. Talvez, devido ao maior número de jogos de tênis transmitidos pela televisão, ou como resultado da nova mania de se manter a forma física, mais pessoas estão jogando tênis. Esta tendência, faz alguns anos, aumenta a demanda por raquetes de tênis. Os gostos, e portanto a demanda, são bens voláteis para alguns produtos, especialmente as manias como tábuas de “skate” ou discos de “rock”. 104104 Aumento da renda ↑ Quantidade demandada de A também aumenta ↑ Então, A é um bem normal ( ou um bem superior ) Aumento da renda ↑ Quantidade de B cai ↓ Então, B é um bem inferior Deslocamento da Curva de Demanda Preços de bens relacionados 105105 O preço de C aumenta ↑ A demandada de D cai ↓ C e D são bens complementares O preço de E aumenta ↑ A demandada de F aumenta ↑ E e F são bens substitutos Gráfico: Mudança de preferência entre produtos concorrentes/substitutos. Deslocamento da Curva de Oferta Deslocadores de Oferta Como no caso da demanda, a oferta pode ser afetada por mudanças econômicas, produzindo deslocamento na curva de oferta. Estas mudanças econômicaspodem ser (entre outras): 1. O custo de insumos - Quando o preço de fertilizantes sobe, os 106106 1. O custo de insumos - Quando o preço de fertilizantes sobe, os agricultores estarão menos dispostos a produzir ao mesmo preço. A curva de oferta se deslocará à esquerda. 2. A tecnologia - Com um aumento tecnológico, o custo de produção diminuirá. Com um custo menor, os produtores estarão dispostos a produzir mais que antes. A curva de oferta se deslocará para a direita; 3. Condições climáticas - Este fator é especialmente importante para a produção agrícola. Uma seca provocará, por exemplo, uma queda na produção agrícola (quer dizer, um deslocamento da curva à esquerda); Deslocamento da Curva de Oferta Deslocadores de Oferta 4. Os preços de bens relacionados - Da mesma maneira que os bens podem ser substitutos ou complementares no consumo, podem ser substitutos ou complementares na produção. 107107 O preço de A sobe ↑ A ofertada de B diminui ↓ A e B são substitutos na produção O preço de C sobe ↑ A ofertada de D sobe ↑ C e D são complementares na produção Deslocamento da Curva de Oferta 108108 Gráfico Y: Um deslocamento na oferta de um determinado produto. A curva de demanda não tem se deslocado, entretanto, com o deslocamento da curva de oferta e a consequente mudança no preço, há um movimento ao longo da curva de demanda entre G1 e G2. Quando o ponto de equilíbrio se desloca de G1 e G2: 1. É verdade que a oferta diminuiu, porque toda curva de oferta se deslocou para a esquerda. 2. Não é correto afirmar que a demanda diminuiu, porque a curva de demanda não se deslocou. 3. Porém, é correto dizer que a quantidade demandada diminuiu, porque menos produto é procurado no ponto G2 em relação ao ponto G1. Elasticidade da Demanda e Receita Total 109109 Gráfico: Elasticidade de demanda e receita total Elasticidade da Demanda Elasticidade da demanda ( εd ) εd = % de variação na quantidade demandada = ∆ Q / Q % de variação no preço ∆ P / P Se εd for maior do que 1, a demanda é elástica, Receita Total menor. Se εd for menor do que 1, a demanda é inelástica, Receita Total maior. 110110 Gráfico: Representação da elasticidade da demanda Elasticidade da Demanda Se uma mudança no preço provoca uma variação na direção oposta na receita total (por exemplo se um aumento do preço provoca uma queda na receita total), então a demanda é elástica. Se uma mudança no preço provoca uma variação na mesma direção na receita total, então a demanda é inelástica. 111111 Elasticidade da Demanda 1. Bens supérfluos x bens necessários: Os bens supérfluos tendem a ter uma demanda elástica, e os bens necessários tendem a ter uma demanda inelástica. Por exemplo, supérfluos, tais como chapéus, possuem uma demanda elástica porque os compradores podem se retrair no mercado e parar de comprá-los se os seus preços sobem. Mas bens necessários, tais como alimentos, possuem uma demanda inelástica porque os compradores não podem evitar de adquiri-los, ou somente podem 112112 compradores não podem evitar de adquiri-los, ou somente podem fazê-lo com substanciais sacrifícios. 2. Percentagem de renda: Itens que têm uma importância muito grande no orçamento tendem a ter uma demanda mais elástica do que ítem com importância pequena. Para citar um exemplo extremo, a demanda por casas é mais elástica do que por palitos de fósforos. Os consumidores podem gastar uma semana inteira tentando negociar a baixa de 1% no preço de uma nova casa. Mas eles sequer notarão um aumento de 50% no preço dos palitos. Para ítens pequenos, tais como palitos de fósforos, os consumidores tornam-se bastante insensíveis ao preço. Elasticidade da Demanda 3. Substituibilidade: Ítens que tenham bons substitutos tendem a ter uma demanda mais elástica do que aqueles que não possuem. Para ilustrar, considere açúcar e sal, ítens que são semelhantes em muitos aspectos. Ambos são bens necessários, e ambos são ítens pequenos em qualquer orçamento. Ainda assim, o açúcar tem uma demanda mais elástica do que o sal 113113 açúcar tem uma demanda mais elástica do que o sal porque ele tem substitutos (tais como o adoçante, mel), enquanto o sal não tem) 4 . Tempo - A passagem do tempo pode ter uma importante influência na elasticidade. Quanto maior o período de tempo, maior se torna a elasticidade
Compartilhar