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Educação Física Escolar para alunos com deficiência

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Educação Física Escolar para alunos com deficiência.
LAÍS OLIVEIRA
RENATO MORAES
 INTRODUÇÃO
Neste trabalho iremos compreender como a Educação Física através da sua intervenção pedagógica, trabalha com alunos que tem algum tipo de deficiência, através da temática dos conteúdos: dança, saúde, educação física adaptada e apropriação de conhecimentos sobre primeiros socorros.
	A abordagem do trabalho será feita em três momentos, sendo a dança enquanto conteúdo da educação física escolar, alunos com síndrome de down nas aulas de educação física e pesquisa (entrevista) de campo com um profissional sobre o trabalho com alunos com deficiência nas aulas de educação física.
 desenvolvimento
A dança enquanto conteúdo da educação física escolar
 A dança está presente como conhecimento no processo de escolarização, estando associada também à inserção dos exercícios físicos. Conforme Chaves (2002), a dança foi incluída nos conteúdos dos exercícios físicos pela sua compreensão como prática corporal. Assim contribui com a atividade intelectual do educando, permitindo que o mesmo entenda porque está realizando este ou aquele movimento.
Gariba (2005), citando Pereira et al. (2001, p.76) coloca que “a dança é um conteúdo fundamental a ser trabalhado na escola: com ela, pode-se levar os alunos a conhecerem a si próprios e/com os outros a explorarem o mundo da emoção e da imaginação”.
A dança permite desenvolver valores físicos através dos movimentos corporais motores (saltos, corridas, caminhadas e outros) e psicomotores, quando há movimentos de coordenação entre braços, pernas, cabeça e tronco. Insere também, valores mentais através da concentração e do raciocínio na fixação das sequencias coreográficas.
Os benefícios da dança na escola ajudam o educando a diminuir a timidez, aumentar a autoestima, estimula à criatividade, desempenho e desenvolvimento psicomotor, mio articular e orgânico, desenvolver a expressividade e movimento consciente, desenvolver autonomia e aprimora os valores sociais e afetivos, além de servir como função recreativa.
Para sensibilizar o educando sobre o conteúdo dança, é necessário despertá-lo para as ações, movimentos e danças que realiza em seu cotidiano. Além do mais, permitir o contato com obras de arte de modo a favorecer a apreciação e análise crítica de alguns trabalhos de dança via apresentações de vídeos e ou espetáculos. 
	Como estratégias para o ensino desse conteúdo, podem-se utilizar de atividades lúdicas (jogos, brincadeiras, mímicas, interpretações de músicas); atividades de improvisações e de consciência corporal, além de atividades que se inspirem no cotidiano, como as danças e movimentos utilizados pelo aluno, bem como os temas geradores da cultura brasileira.
O profissional deve ter a consciência que a dança é um rico instrumento pedagógico que visa aguçar e despertar na criança o desejo de aprender muito mais além do que está escrito nos livros (literatura), ela quer aprender na prática e expressar-se através dos movimentos seus sentimentos, suas ideias, suas emoções.
	Marques (1997) coloca e ressalta que as propostas pedagógicas na área da dança educação deverão proporcionar metodologias não diretivas que possibilitem aos alunos a expressão corporal, a criatividade, a autonomia, a fim de que possam a partir da vivência desta manifestação compreender e ampliar seus conhecimentos sobre a realidade que vivem. 
 Alunos com Síndrome de Down nas aulas de educação física
A síndrome de Down é uma alteração genética caracterizada pela presença de um cromossomo extra nas células de um indivíduo. Tal condição causa problemas no desenvolvimento corporal e cognitivo, promovendo características físicas típicas e deficiência intelectual em diferentes graus.
Sabe-se que a síndrome de Down é causada pela presença de três cromossomos 21 em todas ou na maior parte das células de um indivíduo. Isso ocorre na hora da concepção de uma criança. As pessoas com síndrome de Down, ou trissomia do cromossomo 21, têm 47 cromossomos em suas células em vez de 46, como a maior parte da população.
Isso acontece porque o óvulo feminino ou o espermatozoide masculino apresentam 24 cromossomos no lugar de 23, ou seja, um cromossomo a mais. Ao se unirem aos 23 da outra célula embrionária, somam 47. Esse cromossomo extra aparece no par número 21.
Entre as características físicas associadas à síndrome de Down as principais são: olhos amendoados, maior propensão ao desenvolvimento de algumas doenças, hipotonia muscular e deficiência intelectual. Em geral, as crianças com síndrome de Down são menores em tamanho e seu desenvolvimento físico e mental são mais lento do que o de outras crianças da sua idade.
De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação de nº. 9394/96: É dever da família e do estado proporcionar o desenvolvimento, seu preparo para cidadania e qualificação para o trabalho do educando, no Art. 58º Entende-se por educação especial, para os efeitos desta Lei, a modalidade de educação escolar, oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educando portadores de necessidades especiais. A Lei também assegura que o portador de necessidades especiais será atendido por profissionais capacitados, como citado no Art. 59º [...] III - professores com especialização adequada em nível médio ou superior, para atendimento especializado, bem como professores do ensino regular capacitados para a integração desses educandos nas classes comuns [...].
Portanto é dever do professor de Educação Física fazer o possível para desenvolver aulas proveitosas, em turmas com crianças com ou sem deficiência, proporcionando o bom desenvolvimento motor, afetivo, cognitivo e social dos alunos. O profissional deve sempre reunir conhecimentos que possam dar suporte para enfrentar as dificuldades. 
Nesse contexto é de suma importância que o professor de educação física estimule o aluno com síndrome de Down, para que o mesmo desenvolva interesse em realizar as atividades físicas propostas nas aulas, mas o profissional deve tomar cuidado com os exercícios e atividades trabalhadas, pois alguns são contra indicados para portadores de síndrome de Down, como por exemplo, os exercícios que causam hiperflexão, pois trazem um desgaste indevido ao corpo, podendo provocar hérnias, deslocamentos distensões ou entorses, também devem ser evitadas atividades que exijam movimentos bruscos do pescoço.
Logo, o exercício físico deve ser bem trabalhado, para um bom desempenho e resultado, sendo assim a atividade física para pessoas com Síndrome de Down deve ser adequada às suas características e necessidades, criando um ambiente favorável, prazeroso e estimulador, trazendo como benefícios: maior interação social, melhora da autoestima e autoconfiança, melhora do equilíbrio emocional, ajuda a prevenir doenças crônicas, melhora da capacidade cognitiva, melhora do raciocínio lógico, aumento da atenção, concentração, antecipação e estratégia, melhora do equilíbrio, ritmo, coordenação motora e musicalidade.
 O trabalho com alunos com Deficiência nas aulas de Educação Física
Mazzotta (1982) indica que as pessoas com necessidades educacionais especiais são aquelas que “(...) em razão de desvios acentuados, de ordem física, intelectual, emocional ou sócio-cultural, apresentam necessidades educacionais que, para serem adequadamente atendidas, requerem auxílios ou serviços especiais de educação”
Para a implementação de uma escola inclusiva, ainda que consideremos apenas a Educação Física enquanto unidade curricular há que se considerar múltiplos aspectos. O primeiro deles consiste no oferecimento de cursos de reciclagem para capacitação de docentes.
Outro aspecto diz respeito à importância da existência de um corpo técnico especializado composto por psicólogo, fonoaudiólogo e psicopedagogo. E, por último, porém não menos importante, o apoio da família do aluno com necessidades especiais, além de outros fatores como o númerode alunos na classe, a eliminação de barreiras arquitetônicas, a revisão pela sociedade civil da concepção sobre a pessoa com necessidades especiais, o apoio da sociedade política, a destinação de verbas, a adequação de currículos, metodologias de ensino, recursos didáticos e materiais e sistemas de avaliação.
De acordo com o princípio da Inclusão, a Educação Física escolar deve ter como eixo fundamental o aluno e deve se voltar para o desenvolvimento das competências de todos os alunos e proporcionar condições de acesso aos conteúdos a partir de estratégias adequadas.
Baseado nesses estudos, realizamos uma pesquisa de campo (entrevista) com dois professores da rede municipal de ensino, com o intuito de levantar dados sobre a realidade do trabalho pedagógico dos professores de educação física com alunos com deficiência, os cuidados com primeiro socorros e saúde.
A pesquisa consistirá em um questionário com oito perguntas, onde os professores irão responder sobre disciplinas que abordam o trabalho com alunos com deficiência, qual a importância de um profissional de educação física no desenvolvimento desses alunos, as dificuldades, as situações mais comuns, a necessidade de se prestar os primeiros socorros em uma situação adversa entre outras.
Desta forma após a entrevista, fizemos uma analise das respostas dos professores e observamos que no período de suas graduações os mesmos tiveram a disciplina de Educação Física Adaptada, que mostra como trabalhar diferenciado com alunos que tem algum tipo de deficiência. 
Os professores relataram que a educação física escolar para alunos com deficiência contribui para que os alunos melhorem suas capacidades físicas, ajuda no desenvolvimento psíquico e motor, além de melhorar as habilidades motoras, o equilíbrio, a percepção áudio e visual e outras.
Quando perguntados sobre se já tiveram ou tem algum aluno com deficiência em suas aulas, falaram sobre as experiências com esses alunos. O primeiro professor relatou que teve alunos com Síndrome do Pânico e Síndrome de Down, e que no primeiro caso trabalhou com atividades lúdicas (brincadeiras) de superação, tais como: andar para trás, pular, correr, mas no segundo caso trabalhou vários movimentos motores em atividades diversas. Já o segundo professor disse que teve alunos cadeirantes, deficientes auditivos e visuais, e apesar das dificuldades encontradas é prazeroso trabalhar com eles, pois podemos perceber a importância de se trabalhar a inclusão nas escolas, colaborando com o desenvolvimento desses alunos.
Em relação às dificuldades encontradas em sua prática pedagógicas foram unanimes em responder que o material e o espaço das escolas, não são adequados a inclusão de alunos com deficiência, pois faltam materiais para melhor se trabalhar. Os mesmos se sentem preparados para trabalhar com os alunos com deficiência, e um dos professores disse que vai aprendendo com as diferenças do aluno, conseguindo alcançar êxito em suas aulas.
As situações mais comuns que necessitam de primeiros socorros durante a aula de educação física são: contusão, torção, pequenos cortes, mal estar, disputa de bola, cair ou se bate de frente., sendo que na maioria das vezes a escola não dispõe de um kit de primeiros socorros e o próprio professor presta ajuda ao aluno realizando os primeiros socorros, pois tiveram aulas de primeiros socorros em sua graduação. 
 
 
 ENTREVISTA COM PROFESSOR
Na sua graduação, você teve alguma disciplina que abordasse o trabalho com alunos com deficiência? Qual?
Professor 1
Resposta: Sim, Educação Física Adaptada.
Professor 2
Resposta: Sim, Educação Física Adaptada.
Qual a importância da educação física no processo de desenvolvimento desses alunos?
Professor 1
Resposta: Melhora no desenvolvimento motor e psíquico. Habilidades motoras, equilíbrio, áudio e visual, etc.
Professor 2
Resposta: Desenvolver suas capacidades físicas, psíquica e motora.
Você tem ou já teve alunos com deficiências em suas aulas? Quais foram as deficiências com as quais você trabalhou? (Caso a resposta seja sim). Fale um pouco sobre essa experiência.
Professor 1
Resposta: Sim, cadeirantes áudio e visual.
 Apesar das dificuldades é prazeroso, pois percebemos a importância das aulas de Ed. Física no processo de desenvolvimento e inclusão, tanto para o professor quanto para o aluno com deficiência e os colegas. Aprendemos uns com os outros.
Professor 2
Resposta: Sim, tive alunos com Síndrome do Pânico e Síndrome de Down, no primeiro caso trabalhei algumas brincadeira de superação como: andar para trás, pular, correr, já o segundo caso trabalhei vários movimentos motores com atividades diversas.
Quais as maiores dificuldades encontradas em sua prática pedagógica realizada com alunos com deficiência?
Professor 1
Resposta: Não poder e não ter tempo para se dedicar mais e ajudar na participação e também o espaço não muito adequado e material.
Professor 2
Resposta: Material adequado para a prática
 Você se sente preparado para trabalhar com alunos com deficiência?
Professor 1
Resposta: Me sinto pouco preparada, mas à medida que recebemos o aluno com deficiência diferente vamos nos adequando, professor e alunos e consigo resultado bom.
Professor 2
Resposta: Sim, um público capaz de superar seus próprios limites, onde é gratificante.
Quais as situações mais comuns que necessitam de primeiros socorros durante a aula de educação física?
Professor 1
Resposta: Contusão, torção, pequenos cortes, mal-estar.
Professor 2
Na maioria das vezes, disputa de bola, quando estamos com uma modalidade esportiva, cair ou se bater de frente.
Quando ocorre, na escola, uma situação que é necessária prestar primeiros socorros, quem realiza este atendimento? A escola dispõe de um kit de materiais para este fim?
Professor 1
Resposta: Quando leve professor e equipe como: orientação, coordenação.
Professor 2
Resposta: Não se tem um kit de primeiros socorros, na maioria das vezes eu mesmo faço os primeiros procedimentos de atendimento.
Durante a graduação teve alguma disciplina sobre primeiros socorros?
Professor 1
Resposta: Sim
Professor 2
Resposta: Sim
 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Enfim, neste trabalho compreendemos a dança como conteúdo relevante nas aulas de educação física escolar, sendo a dança uma forma de comunicação que se utiliza da linguagem corporal, podendo expressar ideias, sentimentos e emoções através de seus gestos; percebemos também que a dança envolve vários aspectos importantes para a formação do educando. De acordo com Rocha e Rodrigues (2007), a dança favorece e proporciona o desenvolvimento da capacidade de criar, explorando o mundo e dessa forma, deve ser explorada e contextualizada enquanto conteúdo. Portanto a dança deve ser incluída nas aulas de educação física pelos professores de forma consciente, proporcionando assim mudanças no meio escolar.
Mediante ao exposto, conhecemos a realidade do profissional de educação física no âmbito escolar, onde o mesmo deve adaptar suas práticas pedagógicas de acordo com a condição de cada educando, uma vez que é necessário que o professor de Educação Física atue como um organizador, planejador e mediador do processo ensino e aprendizagem buscando a cada dia mais informações que o capacite a atuar e contribuir significativamente para o processo de ensino e aprendizagem da pessoa com deficiência.

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