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PLANEJAMENTO URBANO AS CRÍTICAS “DA ESQUERDA” HENRI LEFEBVRE (1970) MANUEL CASTELLS (1972) DAVID HARVEY (1973) M A R X IS TA S CRÍTICA À ESCOLA DE CHICAGO CRÍTICA AO PLANEJAMENTO URBANO CRÍTICA AOS MARXISTAS CONSIDERADO-SE QUE AS SOCIEDADES CAPITALISTAS SÃO CONTRADITÓRIAS... MARCELO SOUZA INDAGA : “ Por que dever-se-ia excluir, (...) a possibilidade de um planejamento que mesmo operando no marco de uma sociedade injusta, contribua (...) para a superação da injustiça social?” (SOUZA, 2011, p. 29) AS CRÍTICAS “DA DIREITA” ASCENSÃO DO NEOLIBERALISMO C O N S ER VA D O R ES CRÍTICA A INTERVENÇÃO DO ESTADO NA ECONOMIA CRÍTICA AO PLANEJAMENTO INEFICIENTE A CONSEQUÊNCIA ASCENSÃO DA “GESTÃO URBANA” DECADÊNCIA DO “PLANEJAMENTO” ESCLARECIMENTO PLANEJAMENTO URBANO GESTÃO URBANA Tentar simular os desdobramentos de um processo, com o objetivo de melhor precaver-se contra prováveis problemas ou inversamente, com o fito de melhor tirar partido de prováveis benefícios. Administrar uma situação dentro dos marcos dos recursos presentemente disponíveis e tendo em vista as necessidades imediatas. Fonte: (SOUZA, 2011, p. 46) PLANEJAMENTO URBANO NO BRASIL 1805-1906 1900-1950 1960-1980 1980? 1980? HO HO HO UNIDADE II: DIREITO URBANÍSTICO A REFORMA URBANA DÉFICIT HABITACIONAL + ACESSO INFORMAL A TERRA URBANA = IMPACTO AMBIENTAL+SEGREGAÇÃO DIREITO URBANÍSTICO O acelerado processo de urbanização que ocorre no Brasil desde 1950, intensificado na década de 1970 resultou em : a) Segregação territorial; b) Déficit habitacional; c) Impacto ambiental; d) Acesso informal à terra urbana e à moradia; (...)o processo excludente de urbanização é uma consequência do prevalecimento da ordem jurídica “obsoleta e proibitiva” quanto aos direitos de propriedade imobiliária sobre o princípio da função social da propriedade presente em todas as Constituições desde 1934. (FERNANDES, 2010) Função social da propriedade, o que é isso? CONSTITUIÇÕES ANTES DE 1988= FUNÇÃO SOCIAL INDEFINIDA ___________________________ CONSTITUIÇÃO DE 1988 = LEGISLAÇÃO MUNICIPAL+DIREITO DE PROPRIEDADE=FUNÇÃO SOCIAL DIREITO URBANÍSTICO A Lei Federal nº 6766/1979 é considerada um marco conceitual sobre a função social da propriedade, regulando o parcelamento do solo urbano nacionalmente, estando atualmente em processo de revisão. O Projeto de Lei 20/2007 (Lei de Responsabilidade Territorial) possui três temas principais: a. procedimentos para a aprovação de parcelamento do solo; b. Procedimento para a aprovação de condomínios urbanísticos; c. Regularização de assentamentos consolidados em áreas públicas e privadas DIREITO URBANÍSTICO A Constituição de 1988 estabeleceu a base jurídico-política inicial para a promoção da reforma urbana. (...) conjunto articulado de políticas públicas de caráter redistributivista e universalista, voltado para o atendimento do seguinte objetivo primário: reduzir os níveis de injustiça social no meio urbano e promover uma maior democratização do planejamento e da gestão das cidades. (SOUZA, 2011, p.158) • PRESSÃO POR UMA GESTÃO DEMOCRÁTICA DAS CIDADES, AUTONOMIA MUNICIPAL, “CIDADES MAIS JUSTAS” MOVIMENTO DE REFORMA URBANA • APRESENTADA NA ASSEMBLÉIA CONSTITUINTE COM 131 MIL ASSINATURAS EM 1989 EMENDA CONSTITUCIONAL POPULAR FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE ARTIGO 182; ARTIGO 183; (CONSTITUIÇÃO DE 1988) DIREITO URBANÍSTICO A Emenda Popular trazia como pontos prioritários da política: urbana: PONTOS PRIORITÁRIOS DA E.C.P CONSTITUIÇÃO DE 1988 I Autonomia do governo municipal reconhecida, em termos jurídicos, políticos e fiscais II Gestão democrática das cidades Instrumentos jurídicos- políticos que ampliam as formas de participação direta III Direito a regularização de assentamentos informais consolidados usucapião especial urbano; concessão do direito de uso; IV Função social da propriedade urbana a propriedade urbana é reconhecida como direito fundamental desde que cumpra com sua função social V Combate a especulação imobiliária nas áreas urbanas regulamentação do parcelamento, utilização e edificação compulsórios, IPTU progressivo no tempo VI Direito social a moradia ... (MARICATO, 2010) DIREITO URBANÍSTICO Após a introdução dos capítulos sobre política urbana na Constituição Federal de 1988, Pompeu de Sousa, apresentou em 1989 o Projeto de Lei n° 181, que regulamentava os artigos 182 e 183. Este projeto, entre discussões, polêmicas e ajustes, tramitaria durante treze anos. (FERNANDES, 2010). (MARICATO, 2010) PONTOS PRIORITÁRIOS DA FNRU REFORMA I A incorporação do direito à moradia na Constituição de 1988; Emenda Constitucional nº 26/2000 II A aprovação do PL 181/1989 que regulamentava o capítulo constitucional sobre política urbana; Lei 10257/2001 III Propunha a criação do Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social (FNHIS); O FNHIS foi criado em 2005; IV Reivindicou a criação pelo governo de um aparato institucional adequado que promovesse o planejamento e a política urbana; Criação do Ministério das Cidades em 2003; DIREITO URBANÍSTICO “ (...) a Constituição de 1988 e o Estatuto da Cidade substituem o princípio individualista do Código Civil de 1916 pelo princípio da função social da propriedade (FERNANDES,2002)” “(...)a função social da propriedade [seria] um limite que deve ter seu possuidor de possuí-la tendo em vista as carências sociais e as causadoras das depredações ambientais(MARICATO, 2010)” DÉFICIT HABITACIONAL + ACESSO INFORMAL A TERRA URBANA = IMPACTO AMBIENTAL+SEGREGAÇÃO CIDADE INSUSTENTÁVEL DIREITO URBANÍSTICO A conferência das Nações Unidas sobre assentamento Humanos – HABITAT II - realizada em Istambul, em junho de 1996, já previa o processo de institucionalização da participação social na gestão como fator fundamental na construção da democracia e do desenvolvimento sustentável. A definição de desenvolvimento sustentável levantada aqui em nada tem a ver com a questão ambiental, e sim com a ideia de assentamentos sustentáveis onde existe igualdade da participação de todos na tomada de decisões, visando o desenvolvimento(MATTOS,2002). Como conscientizar a população quanto ao direito urbanístico DIREITO URBANÍSTICO A Constituição de 1988 plantou base jurídicas para o fortalecimento do poder local e da participação popular, estabelecendo a base para a democracia participativa; Surgem então duas linhas de pensamento: a) A participação popular é algo positivo; b) A participação popular é algo negativo; (MATTOS, 2002); (SOUZA,2011); (VAINER, 2005); Existe Transparência Pública sem participação democrática? GESTÃO DEMOCRÁTICA PARTICIPAÇÃO POPULAR INFORMAÇÃO DE QUALIDADE TRANSPARÊNCIA PÚBLICA DOS DADOS PODER DE DECISÃO DIREITO URBANÍSTICO Cabe ao município tornar real a função social da propriedade e o direito a cidade utilizando os instrumentos Jurídicos não somente para regular o uso e ocupação do solo, mas também para direcioná-los. Torna-se fundamental a parceria entre os setores público, privado e a comunidade, assim como o controle fiscal e social; Como construir uma política urbana sustentável A obrigatoriedade dos Planos Plurianuais de conter as propostas do Plano Diretor permitem um “fluxo contínuo de recursos ao longo de anos aumentando sua abrangência social; A sustentabilidade social e ambiental do município está na incorporação de ações que permitam o desenvolvimento de suas potencialidades, tomando a área rural, as áreas industriais e ferrovias abandonadas (BUENO, 2007.p 15). DIREITO URBANÍSTICO A diferença entre PolíticaPública e Interesse Político O que é Política Pública? “Ação do Estado em prol do bem estar coletivo . (LOCH,2012) “ Cidades idealizadas somente por tecnocratas ignoravam os conflitos existentes na sociedade ou favoreciam os interesses do setor privado; (MENEGASSI et al, 2010); (FERNANDES, 2010); Faz-se fundamental a regulação do uso, ocupação e parcelamento do solo para que seja conseguido o equilíbrio entre interesses individuais e coletivos, assim como a educação da população para a concretização da utopia democrática. A cidade prevista no Plano Diretor é uma cidade de conflitos, em que há espaço para membros de setores diferentes exporem suas necessidades; O ESTATUTO DA CIDADE
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