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RELAÇÕES DE PARENTESCO

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FACULDADE INTERNACIONAL SIGNORELLI
DIREITO DE FAMÍLIA E SUCESSÕES
RELAÇÕES DE PARENTESCO
Raffisa Carvalho Banza Armentano Nunes
Barbacena
28/02/2018
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DESENVOLVIMENTO
De acordo com o renomado autor Carlos Roberto Gonçalves, "em sentido estrito, a palavra 'parentesco' abrange somente o consanguíneo, definido como a relação que vincula entre si pessoas que descendem umas das outras, ou de um mesmo tronco. Em sentido amplo, no entanto, inclui o parentesco por afinidade e o decorrente de adoção ou outra origem, como algumas modalidades de técnicas de reprodução medicamente assistida." Essa diversidade na conceituação de parentesco se dá em razão das inúmeras relações possíveis e existentes no Direito de Família.
O vínculo de parentesco é estabelecido por meio de linhas, ao passo que a distância entre gerações se faz por graus. As linhas podem ser reta ou colateral e os graus se contam infinitamente na linha reta ascendente ou descendente, e até o 4º grau na linha colateral (limite estabelecido no Código Civil, em seu artigo 1592). Como exemplo, é possível citar os pais, que são ascendentes em 1º grau; os netos, que são descendentes em 2º grau; os tios, que são parentes colaterais em 3º grau e os primos, parentes colaterais de 4º grau. O casamento não transforma o homem e a mulher em parentes, apenas estabelece entre eles um vínculo conjugal. A adoção assemelha-se à filiação consanguínea, apesar de independer de laços de sangue, e não se pode fazer qualquer distinção entre o parentesco natural e civil. 
Nem só com a consanguinidade se define o parentesco, mas também com a afinidade. O parentesco por afinidade surge através do casamento ou da união estável, vinculando o cônjuge ou companheiro aos parentes do outro. É possível perceber certa semelhança com o parentesco por consanguinidade, mas aqui, os parentes se resumem aos sogros, noras/genros, padrastos, enteados e cunhados, ou seja, aos 1º e 2º graus. É muito importante ressaltar que o parentesco por afinidade em linha reta não chega ao fim com a dissolução do vínculo conjugal, apenas em linha colateral. 
O estudo de tais relações, tipos e contagens de parentesco é muito significativo, como bem lembra a autora Maria Helena Diniz: "Na prática, grande é a importância dessas relações de parentesco, em razão de seus efeitos jurídicos de ordem pessoal ou econômica, que estabelecem direitos e deveres recíprocos entre os parentes, como a obrigação alimentar, o direito de promover interdição e de receber herança, com exceção do parentesco por afinidade etc." Além disso, muitas pessoas ainda fazem confusão, devido ao uso popular do termo "grau", e acabam utilizando expressões como "primo em 2º grau" para se referir a pessoas que o Direito sequer considera como parentes.
Cumpre salientar que o Direito de Família é o mais dinâmico e suscetível a mudanças à medida que a própria sociedade vai evoluindo. Assim, não seria diferente com a matéria referente ao parentesco e com os demais institutos de tal ramo do Direito Civil. Por esse motivo, o Código Civil trouxe previsões acerca da presunção de paternidade para os casos de inseminação artificial homóloga e heteróloga, com o objetivo de não haver dúvidas quanto à filiação nessas hipóteses. 
Da Guarda
Outro assunto abordado durante as aulas foi a guarda. O nome é autoexplicativo: trata-se do ato de guardar, de proteger um "bem" tutelado, que, no caso em tela, são os filhos menores. O artigo 33, §1º, do Estatuto da Criança e do Adolescente conceitua guarda como sendo o meio de regularizar a posse de fato do menor, e tal ato pressupõe os cuidados cotidianos, ou seja, a assistência moral, material e educacional em condições dignas. Portanto, é possível deduzir que aquele que possui a guarda do menor recebe também uma carga maior de responsabilidades. 
O ordenamento jurídico brasileiro estabelece duas espécies de guarda: a unilateral e a compartilhada. Antes de adentrar nas especificidades de cada uma delas, é importante ressaltar que qualquer matéria referente à guarda, em ambas as modalidades, deve, obrigatoriamente, ser levada ao conhecimento do Judiciário, independentemente de haver acordo entre as partes. Enquanto os genitores vivem juntos, o poder familiar é exercido conjuntamente, por ambos; as discussões a respeito da guarda surgem, na maior parte das vezes, com a dissolução do casamento ou da união estável, momento em que a guarda de eventuais filhos menores deixa de ser comum, e o objetivo deve ser sempre o melhor interesse da criança. 
A guarda unilateral é aquela atribuída a apenas um dos genitores, aquele que tenha melhores condições de exercê-la e de propiciar afeto, saúde, segurança e educação, conforme o disposto no Código Civil, em seu artigo 1583, o que não significa que o detentor da guarda será aquele que tem a melhor condição financeira. O outro genitor terá o direito de visitar e conviver com os filhos e o dever de supervisionar seus interesses, ou seja, não perderá o poder familiar. No entanto, esta modalidade de guarda não é a mais recomendada, justamente por atribuir a grande maioria dos deveres a apenas um genitor, e só será aplicada em casos excepcionais, sempre justificadamente.
A guarda compartilhada, por sua vez, é a regra. Instituída em 2008, esta modalidade de guarda garante a ambos os genitores oportunidades iguais de conviver com os filhos, bem como os mesmos direitos e deveres para com eles. É a melhor solução para a criança/adolescente, uma vez que permite a continuidade de sua relação com os pais (uma vez que minimiza os danos da separação), evita disputas entre estes e divide igualmente as responsabilidades, além de ser a melhor forma de efetivar os direitos assegurados no artigo 227, da Constituição Federal.
Existe, ainda, uma terceira modalidade de guarda, não disciplinada na legislação, mas que vem sendo bastante adotada na prática. É frequentemente confundida com a guarda compartilhada, mas apresenta uma característica marcante: a guarda é exercida alternativamente, ou seja, os pais, na sua alternância, exercem com exclusividade a sua guarda, e podem entrar em acordo no que diz respeito ao tempo em que cada um ficará com o filho. Isso significa que a criança/adolescente terá dois lares diferentes e independentes entre si. Por exemplo: em um determinado ano, o filho fica com o pai e a mãe tem o direito de visitas; no ano seguinte, invertem-se os papéis. Não se trata de uma modalidade recomendável, uma vez que cria certa instabilidade na vida do menor, mas acaba sendo a melhor solução quando os pais residem em cidades muito distantes.
Do Poder Familiar
Falou-se também no tema "poder familiar", que é inerente à guarda e com ela se confunde. No entanto, tal assunto já foi objeto de estudo na disciplina anterior, motivo pelo qual se abordará apenas os aspectos concernentes à guarda.
Quando se fala em guarda, é muito comum que as pessoas leigas tenham a convicção de que um dos genitores perde sua autoridade em detrimento daquele que reside de fato com o menor, o que não é verdade. Mesmo nos casos de guarda unilateral, o outro genitor continua tendo direitos e deveres para com a criança/adolescente. Há uma restrição, uma limitação ao exercício do poder familiar, apenas. 
Como visto, o genitor que não possui a guarda ainda detém o dever de cuidar do filho e o direito de convivência, de visitação e de recorrer ao Judiciário a qualquer momento para rever essas questões, principalmente quando notar que o detentor da guarda não está cumprindo seus deveres. 
Em suma, esse foi o conteúdo estudado na disciplina "Relações de Parentesco". 
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REFERÊNCIAS
ALCÂNTARA, Albert Medeiros. Tipos de Guarda. Disponível em: <https://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=16861> . Acesso em 28 fev. 2018
DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro. Volume 5: Direito de Família. 32ª ed. São Paulo: Saraivajur,2018.
GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro. Volume 6: Direito de Família. 14ª ed. São Paulo: Saraivajur, 2017.
		INTRABARTOLO, Daniela. Erros constantemente cometidos no que diz respeito às relações de parentesco. Revista Jus Navigandi, ISSN 1518-4862, Teresina, ano 14, n. 2309, 27 out. 2009. Disponível em: <https://jus.com.br/artigos/13743>. Acesso em: 28 fev. 2018.
VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito Civil. Volume VI: Direito de Família. 16ª ed. rev. e atual . São Paulo: Atlas, 2016.
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