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Geopolítica, 
Regionalização e 
Integração
Prof. Me Maurílio Benite
GEOPOLÍTICA
• Compreensão das relações entre o poder 
político e o espaço geográfico. 
• Preocupada com as estratégias políticas de 
dominação.
CONCEITOS
• A busca pelo poder move as relações sociais e 
políticas entre os seres humanos e, 
consequentemente, entre as nações;
• PODER – capacidade de produzir efeitos sobre 
outro indivíduo, comunidade ou instituição; 
• O objetivo do poder é a dominação sobre os 
homens e os recursos 
• TRÍADE DO PODER – população, território e 
recursos; 
• PODER POLÍTICO LEGÍTIMO – revestido de certo 
grau de consenso na sociedade 
CONCEITOS
• TERRITÓRIO - definido como o espaço sobre o qual se 
exerce a soberania do Estado. (fronteiras) 
• POVO - povo é o conjunto dos cidadãos de um país, ou 
seja, as pessoas que estão vinculadas a um 
determinado regime jurídico, a um estado. Um povo 
está normalmente associado a uma nação e pode ser 
constituído por diferentes etnias. 
• NAÇÃO – grupo de pessoas unidas por laços naturais e 
portanto eternos, se tornando a base necessária para a 
organização do poder sob forma de estado Nacional. 
CONCEITOS
• PAÍS - O país é a terra, é uma porção da superfície terrestre. 
Quando essa, no decorrer da história, passou a ser 
controlada por um Estado, que exerce a soberania sobre 
ela, então se transformou em território. É esse território 
que chamamos de país, ou seja, aquilo que nós vemos, o 
conjunto formado pelas paisagens naturais e culturais sob o 
controle do Estado. 
• ESTADO - estrutura formal de organização do poder político 
e de determinação da hierarquia do poder; detentor do 
monopólio do direito de punição ao indivíduo; organização 
jurídica coercitiva de determinada comunidade; 
organização jurídica – possui estatuto de funcionamento 
determinado pelas leis; 
ORGANIZAÇÕES SUPRANACIONAIS
• FINALIDADE – concretizar um mínimo 
entendimento entre os estados. 
• Uma vez aceita a ideia de associação, o estado 
se obriga a acatar as decisões colegiadas 
pronunciadas pela organização; 
• Os estados somente se associam se isso for de 
seu estrito interesse (a qualquer momento 
pode renunciar)
ORGANIZAÇÕES SUPRANACIONAIS
• ONU – Organização das Nações Unidas –
criada em 1945 com finalidade de 
integralização entre as nações; acima da 
jurisdição dos estados nos assuntos 
internacionais; tem enfrentado perda de 
prestígio (Invasão do Iraque) e dificuldades na 
resolução pacífica para controvérsias 
internacionais.
ORGANIZAÇÕES SUPRANACIONAIS
• OMC – Organização Mundial do Comércio –
determina as diretrizes comerciais internacionais. 
Tem poder de “punição” comercial através de 
tribunal específico. 
• FMI – Fundo Monetário Internacional - é uma 
organização internacional que pretende 
assegurar o bom funcionamento do sistema 
financeiro mundial pelo monitoramento das taxas 
de câmbio e da balança de pagamentos, através 
de assistência técnica e financeira.
Geopolítica
• A Geopolítica: objetivo fazer a interpretação 
dos fatos da atualidade e do desenvolvimento 
políticos dos países usando como parâmetros 
principais ás informações geográficas, visa 
também compreender e explicar os conflitos 
internacionais = surge do interesse de inventar 
o espaço geográfico.
Geografia Política
• Precursor: Friedrich Ratzel, que lançou as bases 
científicas e sistematizadoras dessa ciência com a 
publicação, em 1897, da obra Geografia Política. 
• Para Ratzel, a força do Estado estava intimamente 
ligada ao espaço, à sua posição e ao sentido (ou 
espírito) do povo. 
• Essas ideias, entendidas de maneira simplista e 
distorcida, ficariam conhecidas como 
"determinismo geográfico".
Determinismo Geográfico
• É a concepção segundo a qual o meio ambiente define 
ou influencia fortemente a fisiologia e a psicologia 
humana, de modo que seria possível explicar a história 
dos povos em função das relações de causa e efeito que 
se estabeleceriam na interação natureza/homem. 
• Como esse tipo de pensamento já existe desde a 
Antiguidade Clássica, o mais correto é designá-lo pela 
expressão determinismo ambiental, posto que a 
geografia só se constituiu como ciência no século XIX. 
• Essas idéias seriam, mais tarde, aproveitadas pelos 
cientistas da Alemanha Nazista .
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Geografia Política
• Ratzel, influenciado por experiências pessoais de 
Darwin, refletia sobre a necessidade do "espaço 
vital", já que o Estado, considerado como um 
organismo vivo, estava submetido às mesmas leis 
da sobrevivência e da evolução. 
• Ratzel aplicou essas ideias à espécie e sua vida em 
sociedade. 
• Os seres humanos, raças/etnias mais aptos 
venceriam e dominariam os povos considerados 
inferiores.
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Geografia Política
• O Estado seria a sociedade organizada para 
construir, defender ou expandir o seu território. 
• Também considerava que essa era uma forma de 
organização que aconteceria de forma natural em 
qualquer sociedade avançada. 
• A partir dessa concepção, elaborou o conceito de 
espaço vital, que seria as condições espaciais e 
naturais para a manutenção ou consolidação do 
poder do Estado sobre o seu território.
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Espaço Vital
• Seriam as condições naturais disponíveis para o 
fortalecimento de uma dada sociedade ou povo. 
• Tal noção foi fundamental diante do contexto histórico 
da Alemanha, que havia acabado de passar pelo seu 
processo de reunificação e necessitava de uma base para 
justificar e se afirmar enquanto Estado, com capacidade 
de crescimento, expansão e dominação. 
• Apesar de ser considerado o “pai da Geopolítica”, Ratzel
jamais utilizou essa expressão, que foi elaborada por um 
de seus discípulos, o pensador sueco Rudolf Kjellen.
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Geopolítica
• O termo Geopolítica foi usado, a primeira vez, 
pelo geógrafo sueco Rudolph Kjéllen, em 1905, num 
artigo denominado "As grandes potências". 
• Em 1916, ele reafirmaria as bases da Geopolítica 
em seu livro O Estado como forma de vida, no qual 
sua preocupação fundamental é a de estudar o 
Estado enquanto organismo geográfico. 
• Como suas teses eram inspiradas nas ideias de 
Ratzel, Kjéllen se preocupou em estabelecer as 
diferenças entre as duas formas de conhecimento.
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Geopolítica
• Estariam baseadas, principalmente, na forma de 
abordagem. 
• A Geografia Política deveria ser compreendida 
como um conjunto sistemático de estudos 
restritos às relações entre o território (relações 
de poder) e o Estado (posição, situação, 
características das fronteiras, etc.). 
• A Geopolítica caberia a formulação de teorias e 
estratégias políticas voltadas à obtenção de 
poder, soberania de um Estado sobre outro.
Geopolítica
• O Estado é apenas um distribuidor de direito, isto 
é, um protetor que garante o uso apropriado dos 
direitos individuais. 
• O Estado passa a ser uma espécie de supervisor 
com a função específica de “fazer justiça”; 
• Tal fato conduz a um alto prestígio do Judiciário e 
transforma-o numa espécie de superpoder, como 
ocorre em alguns regimes democráticos.
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Geopolítica
• Reconhecendo que essa limitação das 
atividades do Estado constitui uma verdadeira 
deformação, Kjellen passou ao exame das oito 
grandes potências (Inglaterra, França, 
Alemanha, Austro- Hungria, Rússia, Itália, 
Japão e EUA) a fim de que pudesse verificar 
como se processa,na prática, a vida estatal. 
De sua análise tirou as seguintes conclusões:
Geopolítica
• 1) Vive-se como se o Estado não existisse e 
até, as coisas só se complicam quando o Poder 
Público entra em ação (Imaginário Popular). 
Todavia, quando a ordem social é perturbada, 
o Poder Público aparece para forçar o 
restabelecimento da ordem preestabelecida e, 
desta forma, proteger e garantir o cidadão;
Geopolítica
• 2) O Estado também atua sobre o indivíduo 
pelo imposto, pelo serviço militar obrigatório 
e de várias outras maneiras;
Geopolítica
• 3) O Estado é, cada vez mais, um realizador de 
obras públicas (estradas, portos, usinas etc), 
de educação, de serviços públicos (correios, 
transporte, água, luz) etc. 
• Conclusão: O Estado além de suas atividades 
jurídicas, também exerce atividades econômicas 
e sociais.
Geopolítica
• Século XIX: Friedrich Ratzel se aliou ao projeto 
de unificação alemã de Bismarck= propôs a 
ideia de que o Estado necessita ter o controle 
de um determinado território para se 
desenvolver e prosperar.
Geopolítica
• Na América: Os EUA no século XIX defendeu 
“ América para os americanos” = Doutrina 
Monroe
Geopolítica
• Thayer Mahan nos EUA defendeu a política de 
expansão sobre as águas: prevendo a 
conquista do mundo pela potência que 
dominar os mares, os estreitos e as passagens 
obrigatórias da navegação marítima, 
assegurando-lhe a capacidade de livre 
navegação por todas as partes do planeta.
Geopolítica
• A teoria do "heartland" (1904), também 
chamada de teoria do poder terrestre, de 
autoria do geógrafo e diplomata inglês Halford
Mackinder, segundo a qual a potência que 
dominar "area pivot" centro da massa 
continental euro-asiática dominará a Ilha 
Mundial e quem dominar a Ilha Mundial 
dominará o mundo;
Geopolítica
• Resultado destas teorias:
– Essas teorias influíram na mente e nas decisões de 
importantes chefes de governo do passado, tais como 
Theodore Roosevelt, Guilherme II, Hitler, Mussolini, 
Churchill, Stalin, Franklin Roosevelt, De Gaulle e por 
último Reagan. 
– A estratégia da política de poder da Alemanha no 
tempo do kaiser Guilherme II e de Hitler, assim como 
a da antiga União Soviética, refletiram as teorias de 
Mackinder, enquanto a estratégia de poder norte-
americana tem sido inspirada pelas teorias do 
almirante Mahan e do professor Spykman.
Exemplo: Partilha da África
• Conferência de Berlin – 1884 e 1885
• A conferência de Berlim ocorreu principalmente por quatro motivos:
– Em primeiro lugar, a intenção do Rei Leopoldo II da Bélgica criar uma colônia na região do 
Congo, cobiçada por outros países. Procurando ganhar destaque, Leopoldo II se apresentava 
como um filantropo interessado em ajudar os povos originários da África, quando na verdade 
seu desejo era ser o dono pessoal de um império, segundo nos contam os historiadores.
– O segundo fator que acelerou o processo de partilha da África foi um famoso mapa 
apresentado por Portugal, que ficou conhecido como “mapa cor-de-rosa” em função das 
pretensões portuguesas receberem esta cor. Este mapa pretendia tornar território português 
uma faixa que ligava os territórios de Angola e Moçambique, ligando o continente de leste a 
oeste, procurando colocar sob o domínio português regiões que interessavam a países muito 
mais poderosos que Portugal. 
– Em terceiro lugar é preciso mencionar o expansionismo francês, que procurava atingir 
territórios principalmente na África do norte
– Em quarto lugar havia a intenção inglesa de fazer dos rios Congo e Níger uma área de livre 
navegação, em função de seus interesses comerciais.
Exemplo: Partilha da África
A Nova Ordem Mundial
• A 2a Guerra Mundial foi um conflito armado 
que envolveu diversos países entre 1939 e 
1945, e teve como palco principal o 
continente europeu e o Leste/Sudeste 
Asiático. 
A Nova Ordem Mundial
• Com este fato histórico, houve grandes 
mudanças no cenário geopolítico 
internacional, pois envolveu as principais 
potências econômicas da época, travada 
basicamente por dois grupos de países: de um 
lado, a Alemanha, a Itália e o Japão (países do 
Eixo); e, do lado opositor a estes países, 
estavam os Estados Unidos, a União Soviética, 
a Inglaterra e a França (países Aliados).
A Nova Ordem Mundial
• Passada mais de meia década de intensos 
combates, os países do Eixo foram derrotados: 
primeiramente a Itália (1943), logo depois a 
Alemanha nazista de Adolf Hitler (maio de 
1945) e, em seguida, o Japão (agosto de 
1945). 
A Nova Ordem Mundial
• A rendição deste último deu-se após o 
lançamento de duas bombas atômicas pelos 
Estados Unidos nas cidades de Hiroshima e 
Nagasaki, ação que colocou fim ao conflito e 
que também serviu para amedrontar o 
mundo, demonstrando o poderio bélico do 
país norte-americano.
A Nova Ordem Mundial
• Após a guerra, os grupos confrontantes não 
existiam mais. No seu lugar, emergiu um sistema 
internacional baseado na rivalidade entre os EUA 
e a URSS (União Soviética). 
• Esse sistema bipolar distinguia-se do antigo, 
demonstrando uma rivalidade entre as 
superpotências que produziu a divisão 
geopolítica da Europa e também influenciou, as 
relações entre os outros Estados da Ásia, África e 
América Latina, situação que perdurou, 
teoricamente, até o final da década de 1980. 
A Nova Ordem Mundial
• Os EUA passaram a liderar o conjunto dos 
países que se desenvolviam sob o sistema 
econômico capitalista; e a URSS, o bloco dos 
países que aderiram ao sistema socialista.
A Nova Ordem Mundial
• A efetivação das áreas de influências geopolítica 
soviética e norte-americana no continente 
europeu (principal alvo das duas superpotências) 
deu origem à divisão entre Europa Ocidental 
(países capitalistas aliados aos EUA) e a Europa 
Oriental (com países socialistas aliados à URSS). 
• A partilha dos países derrotados na Segunda 
Guerra Mundial foi o início das disputas entre 
EUA e URSS, como foi no caso da Alemanha.
A Nova Ordem Mundial
• Na Conferência de Potsdam, realizada meses 
antes do fim da guerra, os países Aliados 
estabeleceram zonas de controle dentro da 
Alemanha já derrotada. Assim, existiam 4 
zonas de domínio estrangeiro em território 
alemão, principalmente na capital, Berlim, 
considerada de grande importância 
estratégica. 
A Nova Ordem Mundial
• Dessa forma, a Alemanha encontrava-se sob o 
domínio de três Estados capitalistas (França, 
Inglaterra e EUA) e um Estado socialista 
(URSS), como pode ser observado na figura. A 
figura mais evidente da Guerra Fria foi a 
criação do Muro de Berlim que demonstrava 
esta divisão entre capitalistas e socialistas.
A Nova Ordem Mundial
A Nova Ordem Mundial
A Guerra Fria
• A Europa Ocidental e a Europa Oriental, antes 
de serem espaços definidos pela geografia ou 
pela história, foram fruto da geopolítica. 
• A fronteira estratégica representada pela 
Cortina de Ferro passou a separar os dois 
espaços antagônicos da época: o Ocidente 
capitalista e o Oriente socialista. 
A Guerra Fria
• As instituições internacionais desempenharam 
um papel importantíssimo na estruturação 
desses espaços. 
• A OTAN (Organização do Tratado do Atlântico 
Norte), aliança militar criada em 1949, e a 
Comunidade dos Estados da Europa (CEE –
atual União Europeia) funcionaram como 
pilares da Europa Ocidental. 
A Guerra Fria
• O Pacto de Varsóvia, aliança militar fundada em 
1955, e o Conselho Econômico de Assistência 
Mútua (Comecon), estabelecido em 1949, 
funcionaram como pilares da Europa Oriental. 
• Com a exceção de alguns Estados neutros de 
economia capitalista (Ex.: Suíça) e da Iugoslávia e 
Albânia, todos os demais países do continente 
colocaram-se à sombra das superpotências.Cortina de ferro e a separação da Europa
A Guerra Fria
• Caracterizada por conflitos indiretos, a Guerra Fria foi 
marcada pelas disputas entre os blocos capitalistas e 
socialistas.
• Os EUA, que viam o fortalecimento político e militar 
soviético como uma séria ameaça à sua hegemonia no 
mundo, passaram a criar estratégias que pudessem 
impedir a expansão do movimento socialista na Europa 
e na Ásia. Entre essas estratégias, destacou-se o 
chamado Plano Marshall, que, a partir de 1947, passou 
a destinar recursos financeiros para a recuperação 
econômica dos países europeus afetados pelas guerras.
A Guerra Fria
• Com o capital investido pelos EUA, boa parte 
dos países europeus conseguiu reerguer sua 
infraestrutura interna. 
• E, com a condição de grande credor destes 
países, possibilitou aos norte-americanos 
colocar as nações europeias em uma situação 
subordinada aos seus interesses estratégicos 
durante muitos anos. 
A Guerra Fria
• Como resposta a esta investida dos EUA, a 
URSS efetivou sua influência sobre os países 
do Leste Europeu apoiando o estabelecimento 
de governos com a orientação socialista, 
utilizando muitas vezes suas forças militares 
para tal.
A Guerra Fria
• O envolvimento em conflitos regionais e a 
formação de alianças militares levaram as 
duas superpotências a uma acirrada corrida 
armamentista, como forma de alcançar um 
equilíbrio de poder em escala mundial. 
• Ambas acreditavam que, quanto mais bem 
equipadas militarmente, mais protegidas 
estariam de qualquer ofensiva inimiga. 
A Guerra Fria
• Os gigantes arsenais bélicos desenvolvidos 
durante a corrida armamentista foram 
instalados nos territórios das superpotências 
nucleares, assim como nos países com os 
quais firmaram tratados, além de pontos 
considerados estratégicos.
A Guerra Fria
• Durante a Guerra Fria, não existiram confrontos diretos 
entre EUA e URSS. Porém, entre seus aliados, o que 
não faltaram foram conflitos internos e regionais: 
– a Guerra da Coreia (1950-1953)
– a crise da Hungria (1956)
– Macartismo (década de 1950)
– o movimento dos não-alinhados (1955-1956)
– a Guerra do Vietnã (1960-1975)
– a crise de Cuba (1959- 1962)
– a Primavera de Praga (1968)
– conflito entre China e URSS (década de 1960), dentre 
muitos outros.
Geopolítica Contemporânea
• No entanto, a peculiaridade da Guerra Fria – ainda que houvesse o 
desentendimento entre as potências e a divisão do mundo – residia no 
fato de que não existia um perigo iminente ou uma ameaça definitiva de 
uma Terceira Guerra Mundial. 
• Havia, na verdade, uma subdivisão advinda do final da Segunda Guerra 
Mundial e do acordo entre Estados Unidos da América e URSS. 
• Essa subdivisão apontava que esses países exerceriam influência sob suas 
respectivas áreas sem utilizar a força militar. Segundo Hobsbawn (1995):
– [...] A situação mundial se tornou razoavelmente estável pouco depois da 
guerra e permaneceu assim até meados da década de 1970, quando o sistema 
internacional e as unidades que o compunham entraram em outro período de 
extensa crise política e econômica [...] as duas superpotências aceitavam a 
divisão desigual do mundo, faziam todo esforço para resolver disputas de 
demarcação sem um choque aberto entre suas Forças Armadas [...] 
(HOBSBAWN, 1995, p. 225).
Geopolítica Contemporânea
• O termo coexistência pacífica definia esse 
período de incertezas e de redefinições do 
sistema internacional, no qual uma ainda 
frágil potência, a URSS – se vista por meio das 
mazelas sociais e das revoluções internas –, 
via uma vasta oportunidade de manter sua 
hegemonia e domínio territorial, ao mesmo 
tempo em que seus problemas econômicos, 
cada vez mais evidentes, aproximavam-na 
mais de seu fim.
Geopolítica Contemporânea
• Entretanto, essa nova era da geopolítica mundial, que perdurou de 
1947 a 1991, foi marcada por um hiato ou crise da produção e 
discussão acadêmica referente aos temas geopolíticos. 
• Devido à dissolução da União Soviética e à crise do comunismo no 
mundo, o processo de desenvolvimento, a predominância do 
capitalismo como modelo econômico e a conjuntura internacional 
reacenderam o debate entre a década de 1980 e 1990.
• Desse modo, as mudanças provocadas pelas constantes evoluções 
tecnológicas se tornaram cada vez mais visíveis nas relações 
internacionais (como a Terceira Revolução Industrial). 
• A superação de distâncias geográficas e temporais e a troca de 
informações e de conteúdo em tempo real permitiram o 
aprofundamento da globalização, a interdependência da economia 
mundial e a integração de várias esferas da sociedade, o que 
intensificou os processos e modificou a geopolítica global.
Geopolítica Contemporânea
• Diante dessa crescente conectividade, verifica-se 
a emergência de um sistema internacional cada 
vez mais complexo, juntamente com uma 
economia global dinâmica e a subsequente 
ascensão de novos atores (Estados e não 
Estados). 
• A globalização, portanto, está fundamentada nos 
conceitos de intercâmbio e interdependência 
entre as nações em aspectos mais abrangentes 
do que o econômico, como os aspectos culturais, 
políticos e sociais. 
Pós-Guerra Fria
• A partir dos anos de 1980, o declínio do sistema 
socialista estava ficando cada vez mais comum. 
• Os comunistas passavam por uma série de 
problemas com o mercado e o dinheiro. 
• Na política, a população demonstrava 
desapontamentos por causa da pouca 
participação exercida pelo povo. 
• Deu-se, então, o desmembramento da União das 
Repúblicas Socialistas Soviéticas – URSS, agora, 
apenas Rússia.
Pós-Guerra Fria
• No dia 9 de novembro de 1989 mudou o panorama 
político do século XX. Nessa data foi destruído o 
símbolo concreto da divisão do mundo em dois 
sistemas (capitalismo e socialismo), o Muro de Berlim, 
que caracterizou o período da guerra fria.
• A década de 1990 começou sem o mundo socialista, e 
o modo de produção capitalista voltou a ser o único a 
reger a economia mundial. 
• Antes de analisar o capitalismo dos últimos anos do 
século XX, é muito importante dar uma atenção 
especial às mudanças ocorridas durante a guerra fria 
nos países que adotavam esse sistema.
Pós-Guerra Fria
• Com o pós-Guerra Fria, houve o surgimento 
da expressão “Globalização” e os Estados 
Unidos se transformaram numa potência, 
aparentemente inalcançável. 
Pós-Guerra Fria
• Muitas ditaduras militares foram abolidas e a 
democracia começava a se instaurar em 
diversos países. 
• Os direitos humanos se sobressaem e poucas 
nações continuaram com o sistema de 
economia planificada, que foi o caso de Coreia 
do Norte, Cuba e Mianmar. O restante aderiu 
à política capitalista.
Pós-Guerra Fria
• Estabeleceram-se de vez as relações 
comerciais através dos blocos econômicos, 
como, por exemplo, UE – União Europeia; 
Mercado Comum do Sul – Mercosul, Tratado 
Norte Americano de Livre Comércio – Nafta; 
Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico –
APEC, a Comunidade dos Estados 
Independentes – CE, União Africana e outros.
Pós-Guerra Fria
• No ramo cultural, o idioma inglês tornou-se 
uma língua universal, visto que as tecnologias 
e estudos avançados estavam todos em poder 
dos norte americanos. Isso aconteceu 
principalmente por meio da internet. 
• O cinema, com os mais famosos filmes de 
Hollywood, complementa a expansão cultural 
dos estadunidenses.
Pós-Guerra Fria
• O mundo pós-Guerra já caminhava por outra 
ideologia, a da preocupação com o meio 
ambiente. 
• O aquecimento global se tornou pauta dos 
debates mundiais. 
• As crises no Oriente Médio estouraram, o 
terrorismo tomou conta da região e, novamente 
os Estados Unidos usaram da política de 
intervenção, na tentativa de apaziguar.
Pós-Guerra Fria• Atualmente, o mundo possui uma multipolaridade entre 
três potências mundiais, Estados Unidos, China e 
Alemanha. 
• Além disso, os países se subdividiram em um mapa 
diferente dos geográficos, separado por paralelos e 
meridianos. Agora, começa a existir a divisão entre norte e 
sul, entre países desenvolvidos e em desenvolvimento. 
• Esse avanço tantos nas relações políticas, quanto 
econômicas, trouxe alguns problemas como: 
– o racismo
– a xenofobia (preconceito com imigrantes)
– as questões climáticas e destruição do meio ambiente
– o desemprego, a fome, a exclusão e diversos outros problemas 
sociais.
O G20
• G20 (abreviatura para Grupo dos 20) é um grupo formado pelos ministros de finanças e 
chefes dos bancos centrais das 19 maiores economias do mundo mais a União Europeia. 
• Foi criado em 1999, após as sucessivas crises financeiras da década de 1990.
• Visa favorecer a negociação internacional, integrando o princípio de um diálogo ampliado, 
levando em conta o peso econômico crescente de alguns países, que, juntos, representam 
90% do PIB mundial, 80% do comércio mundial (incluindo o comércio intra-UE) e dois terços 
da população mundial. 
• O peso econômico e a representatividade do G-20 conferem-lhe significativa influência sobre 
a gestão do sistema financeiro e da economia global. 
• O G-20 estuda, analisa e promove a discussão entre os países mais ricos e os emergentes 
sobre questões políticas relacionadas com a promoção da estabilidade financeira 
internacional e encaminha as questões que estão além das responsabilidades individuais de 
qualquer organização.
• Com o crescimento da importância do G-20 a partir da reunião de 2008, em Washington, e 
diante da crise econômica mundial, os líderes participantes anunciaram, em 25 de setembro 
de 2009, que o G-20 seria o novo conselho internacional permanente de cooperação 
econômica, eclipsando o G8, constituído até então pelas sete economias mais 
industrializadas no mundo e a Rússia.
Os Países Emergentes
Embora não exista uma definição exata para os "países emergentes", podemos dizer que são aqueles países cujas 
economias partiram de um estágio de estagnação ou subdesenvolvimento e se encontram em pleno desenvolvimento 
econômico. São também chamados de "países em desenvolvimento". 
Principais características dos países emergentes:
- Padrão de vida de grande parte da população entre os níveis baixo e médio;
- IDH (Índice de Desenvolvimento Humano): entre os níveis médio e alto;
- Renda per capita (PIB per capita) entre 5 e 8 mil dólares.
- Setor industrial em desenvolvimento;
- Crescimento da infraestrutura (portos, rodovias, aeroportos, ferrovias, etc.);
- Atração de capital externo para investimentos nos setor produtivo;
- Aumento da instalação de filiais de grandes empresas multinacionais;
- Crescimento positivo na geração de empregos;
- Taxas elevadas de formação de capital;
- Mudanças significativas e positivas na estrutura social e econômica da população: diminuição da pobreza e aumento 
da classe média baixa;
- Existência de processo de êxodo rural (migração do campo para os centros urbanos).
• Observação: vale dizer que um país não precisa apresentar todas as características acima para ser considerado 
emergente, mas sim boa parte delas.
O Novo Status da China
• A China é uma economia poderosa, de 1,3 bilhão de habitantes. Sua habilidade 
para crescer e aumentar sua influência global, no contexto da crise financeira 
internacional, tem feito com que boa parte do mundo olhe o gigante asiático como 
um farol no meio da tempestade.
• A contração da economia mundial contrasta com os sucessos conseguidos por 
China, depois que iniciou o processo da Reforma e Abertura, há mais de 30 anos. 
Desde 1978 até hoje, Pequim se propôs como tarefa crescer economicamente, 
para benefício de sua população, mas também aceitou o desafio de se tornar uma 
referência global.
• Durantes os últimos anos, sua economia equivale a 30% do Produto Interno Bruto 
Global e é um dos primeiros cinco países que mais investe em outros mercados, o 
que converte a China um dos motores das enfraquecidas finanças globais.
• A lista de sucessos dos chineses, somado ao seu empenho na estabilidade, acima 
de qualquer meta, têm sido essenciais para que a comunidade internacional 
deposite suas esperanças neles. Entre 1980 e 2015, o Produto Interno Bruto (PIB) 
chinês multiplicou-se por 16 e em 2010 superou o do Japão e se tornou o segundo 
maior do mundo, ultrapassado só pelo dos Estados Unidos.
• Antes, em 2009, já tinha superado a Alemanha, para se tornar o primeiro 
exportador em nível mundial. 
O Mercosul
• Mercado Comum do Sul, mais conhecido como Mercosul, é uma organização intergovernamental fundada 
a partir do Tratado de Assunção de 1991. 
• Estabelece uma integração, inicialmente, econômica configurada atualmente em uma união aduaneira, na 
qual há livre-comércio intrazona e política comercial comum entre os países-membros. 
• Situados todos na América do Sul, sendo atualmente quatro membros plenos. 
• Em sua formação original, o bloco era composto por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai; mais tarde, a 
ele aderiu a Venezuela, que no momento se encontra suspensa.
• O bloco se encontra em fase de expansão, uma vez que a Bolívia aguarda a ratificação parlamentar de seu 
protocolo de adesão como membro pleno, documento que necessita ainda para sua vigência das 
aprovações legislativas na Bolívia, no Brasil e no Paraguai, os demais parlamentos já o aprovaram.
• As origens do Mercosul estão ligadas às discussões para a constituição de um mercado econômico regional 
para a América Latina, que remontam ao tratado que estabeleceu a Associação Latino-Americana de Livre 
Comércio (ALALC) desde a década de 1960. 
• Esse organismo foi sucedido pela Associação Latino-Americana de Integração (ALADI) na década de 1980. 
• À época, a Argentina e o Brasil fizeram progressos na matéria, assinando a Declaração do Iguaçu (1985), 
que estabelecia uma comissão bilateral, à qual se seguiram uma série de acordos comerciais no ano 
seguinte. 
• O Tratado de Integração, Cooperação e Desenvolvimento, assinado entre ambos os países em 1988, fixou 
como meta o estabelecimento de um mercado comum, ao qual outros países latino-americanos poderiam 
se unir. 
• Aderiram o Paraguai e o Uruguai ao processo e os quatro países se tornaram signatários do Tratado de 
Assunção (1991), que estabeleceu o Mercado Comum do Sul, uma aliança comercial visando dinamizar a 
economia regional, movimentando entre si mercadorias, pessoas, força de trabalho e capitais.

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