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Aula 7 Assistência de enfremagem ao cliente hematológico

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DISTÚRBIOS HEMATOLÓGICOS
Sistema RetículoEndotelial (SRE)
É o sistema orgânico constituído por células que, situadas em diferentes locais do organismo, têm características reticulares e endoteliais e são dotadas de capacidade fagocitária, intervindo, desse modo, na formação de células sanguíneas, no metabolismo do ferro, além de desempenharem funções de defesa contra infecções generalizadas.
São os monócitos e todas as células a que eles dão origem em outros tecidos como os macrófagos.
Granulócitos:
 células de defesa do corpo humano 65% das células brancas;
 são provenientes da medula óssea e liberados no sangue;
 possuem muitos grânulos no citoplasma.
Monócitos:
 É um leucócito: parte do sistema imune do corpo humano;
 É um dos 5 tipos principais de leucócitos (neutrófilos, eosinófilos, basófilos, monócitos e linfócitos) baseado na aparência em esfregaços vistos com microscopia óptica;
 Os monócitos desenvolvem-se a partir da medula óssea, circula depois na corrente sanguínea por poucos dias e finalmente deslocam-se para os tecidos onde, por razões históricas, são denominados macrófagos (ou outros nomes);
 Os monócitos que migram do sangue para os tecidos são denominados macrófagos. Estes são os responsáveis pela proteção dos tecidos. Mantêm os tecidos livres de corpos estranhos. São também as células predominantes na arteriosclerose.
HEMÁCIA
- Hemoglobina (95%) + Globulina
FERRO
* Hemocaterese:
Sistema de fiscalização
Linfócito T
Imunoglobulina
Linfócito B
GRANULÓCITOS
LINFÓCITOS
Hemácia
Leucócito
Trombócito
ANEMIAS
 Redução do número de hemácias para valores subnormais
 Diminuição do hematócrito e da hemoglobina
Valores normais
 Hematócrito Hemoglobina
Homem: 40 – 52% 14 – 18g/dl
Mulher: 36 – 48% 12 – 16g/dl
 Instalação insidiosa
 Desatenção
 Língua vermelha dolorida e macia
 Parestesia de extremidade
 Falta de equilíbrio (lesão medular
 Perda da propriocepção
Anemias hipoproliferativas:
 Anemias Megaloblásticas
 Anemia perniciosa:
 - Deficiência de vitamina B12
 Anemia Ferropriva
Ingestão deficiente
Ausência do fator intrínseco
Absorção inadequada no TGI : ìlio, 
Doença de Crohn
Anemias Hemolíticas
Intraglobulares ou Intrínsecas:
Anemia falciforme
Síndromes talassêmicas: (alteração genética que reduz a síntese de uma das cadeias de globina que formam a hemoglobina. 
A redução da síntese de uma das cadeias de globina pode causar a formação de moléculas de hemoglobina anormal, causando anemia - sintoma característico de apresentação da talassemia.)
Extraglobulares ou Extrínsecas :
 Destruição por substâncias tóxicas 
 Destruição por parasitas 
 Destruição por trauma mecânico 
 Destruição por anticorpos 
Anemia: Ações de Enfermagem
Orientar para os sinais e sintomas da anemia e comunicar caso eles ocorram;
Orientar para o repouso mais prolongados e freqüentes nos períodos de depressão medular mais intensa;
Anemia: Ações de Enfermagem
Estimular repouso; 
Orientar sobre a importância da alimentação;
elevar a cabeceira do leito;
Evitar esforço físico;
Anemia: Ações de Enfermagem
Proporcionar ambiente agradável, confortável e redução do barulho;
Providenciar oxigenioterapia;
LEUCEMIAS
Doença maligna da medula óssea;
Produção anormal ou acúmulo de um ou mais tipos de glóbulos brancos;
A medula óssea não mantém a produção de hemácias, plaquetas e glóbulos brancos; 
Existem vários tipos de leucemias;
Etiologia ainda não é conhecida.
Leucemias: Sinais e Sintomas:
Ocorrem de acordo com as alterações nas células sangüíneas:
Leucopenia: deficiência de glóbulos brancos;
Trombocitopenia: deficiência de plaquetas; 
Anemia: deficiência de glóbulos vermelhos.
Infecções freqüentes que não melhoram após o uso de antibióticos;
Sintomas de gripe;
Gânglios aumentados;
Leucopenia
Sinais e Sintomas:
Esplenomegalia;
Inapetência;
Perda de peso;
Dores ósseas.
Leucopenia: Ações de Enfermagem 
No ambiente hospitalar monitorar paciente com sinais e sintomas de infecção: febre, rubor facial, taquicardia, calafrios, placas brancas na boca, dor e calor nos olhos, ouvidos, garganta, pele, articulações, região perineal e anal;
Explicar os motivos para prevenir a infecção;
Orientar para higiene corporal e oral rigorosa;
Verificar locais de porta de entrada de infecções;
Realizar técnicas assépticas nos procedimentos;
Evitar procedimentos invasivos desnecessários. 
Trombocitopenia: 
Sinais e Sintomas
Sangramento anormal em pequenos ferimentos ou pequeno procedimento cirúrgico;
Mulheres com períodos menstruais muito prolongados;
Trombocitopenia: Sinais e Sintomas
Sangramentos: gengivorragia e/ou epistaxe;
Sangramentos como: hematúria, melena e enterorragia;
Aparecimento de petéquias, equimoses e/ou hematomas. 
Trombocitopenia: Ações de Enfermagem 
Promover repouso;
Não remover coágulos;
Avaliar hemograma diariamente (nº de plaquetas < 50.000/mm³ = risco de sangramento); 
Trombocitopenia: Ações de Enfermagem
Explicar os motivos para diminuir os riscos de hemorragia (quedas e esforço físico);
Evitar alimentos e bebidas irritantes; 
Evitar o uso de medicações irritantes da mucosa gástrica; 
Trombocitopenia: Ações de Enfermagem
Manter lábios lubrificados;
As mulheres comunicar caso o fluxo menstrual estiver fora do padrão;
Atentar para a constipação;
Trombocitopenia: Ações de Enfermagem
Atentar e comunicar caso ocorra sangramento nasal, oral e anal, assim como nas fezes e urina ou qualquer tipo de sangramento;
Orientar para evitar a depilação, uso de lâminas de barbear e retirada de cutículas.
Linfoma de Hodgkin
A Doença, ou Linfoma de Hodgkin, é uma forma de câncer que se origina nos linfonodos (gânglios) do sistema linfático, um conjunto composto por órgãos, tecidos que produzem células responsáveis pela imunidade e vasos que conduzem estas células através do corpo.
Esta doença pode ocorrer em qualquer faixa etária; no entanto, é mais comum na idade adulta jovem, dos 15 aos 40 anos, atingindo maior freqüência entre 25 a 30 anos. 
A maioria dos pacientes com Doença de Hodgkin pode ser curada com tratamento atual.
Linfoma de Hodgkin
	Os órgãos e tecidos que compõem o sistema linfático incluem linfonodos, timo, baço, amígdalas, medula óssea e tecidos linfáticos no intestino. A linfa, um líquido claro que banha estes tecidos, contém proteínas e células linfóides. Já os linfonodos (gânglios) são encontrados em todos as partes do corpo, principalmente no pescoço, virilha, axilas, pelve, abdome e tórax; produzem e armazenam leucócitos denominados linfócitos. 
	Existem três tipos de linfócitos: os linfócitos B (ou células B), os linfócitos T (ou células T), e as células "natural killer" (células NK).
Tecido Linfático
	• As células B produzem anticorpos, que se ligam na superfície de certos tipos de bactérias e atraem células específicas do sistema imune e proteínas do sangue, digerindo as bactérias e células estranhas ao normal.
• As células T ajudam a proteger o organismo contra vírus, fungos e algumas bactérias. Também desempenham importante papel nas funções das células B.
• As células NK têm como alvo as células tumorais e protegem contra uma larga variedade de agentes infecciosos.
Linfoma de Hodgkin
	Surge quando um linfócito (mais freqüentemente um linfócito B) se transforma de uma célula normal em uma célula maligna, capaz de crescer descontroladamente e disseminar-se. A célula maligna começa a produzir, nos linfonodos, cópias idênticas (também chamadas de clones). Com o passar do tempo, estas células malignas podem se disseminar para tecidos adjacentes, e, se não tratadas, podem atingir outras partes do corpo. 
	Na Doença de Hodgkin, os tumores disseminam-se de um grupo de linfonodos para outros grupos de linfonodos através dos vasos linfáticos. O local mais comum de envolvimento é o tórax, região também
denominada mediastino.
Tratamento
	O tratamento clássico da Doença de Hodgkin, em geral, consiste de poliquimioterapia, com ou sem radioterapia. Dependendo do estágio da doença no momento do diagnóstico, pode-se estimar o prognóstico do paciente com o tratamento. 
Para os pacientes que sofrem recaídas (retorno) da doença, são disponíveis alternativas, dependendo da forma do tratamento inicial empregado. As formas empregadas usualmente, e com indicações relativamente precisas, são o emprego de poliquimioterapia e do transplante de medula.
Linfoma Não-Hodgkin
	Linfomas são neoplasias malignas que se originam nos linfonodos (gânglios), muito importantes no combate às infecções.
Os Linfomas Não-Hodgkin incluem mais de 20 tipos diferentes. O número de casos praticamente duplicou nos últimos 25 anos, particularmente entre pessoas acima de 60 anos por razões ainda não esclarecidas.
Fatores de Risco
	• Sistema imune comprometido;
• Exposição Química; 
• Exposição a altas doses de radiação. 
Linfoma Não-Hodgkin
	Prevenção 
Assim como em outras formas de câncer, dietas ricas em verduras e frutas podem ter efeito protetor contra o desenvolvimento de Linfomas Não-Hodgkin.
Sintomas 
• Aumento dos linfonodos do pescoço, axilas e/ou virilha;
• Sudorese noturna excessiva;
• Febre;
• Prurido (coceira na pele);
• Perda de peso inexplicada.
Linfoma Não-Hodgkin
	Tratamento 
A maioria dos linfomas é tratada com quimioterapia, radioterapia, ou ambos. 
A quimioterapia consiste na combinação de duas ou mais drogas, sob várias formas de administração, de acordo com o tipo de Linfoma Não-Hodgkin. A radioterapia é usada, em geral, para reduzir a carga tumoral em locais específicos, para aliviar sintomas relacionados ao tumor, ou também para consolidar o tratamento quimioterápico, diminuindo as chances de recaída em certos sítios no organismo mais propensos à recaída.
Para linfomas com maior risco de invasão do sistema nervoso (cérebro e medula espinhal), faz-se terapia preventiva, consistindo de injeção de drogas quimioterápicas diretamente no líquido cérebro-espinhal, e/ou radioterapia que envolva cérebro e medula espinhal. Naqueles pacientes que já têm envolvimento do sistema nervoso no diagnóstico, ou desenvolvem esta complicação durante o tratamento, são realizados esses mesmos tratamentos; entretanto, as injeções de drogas no líquido cérebro-espinhal são feitas com maior freqüência.
Mieloma Múltiplo
É uma doença hematológica maligna, incurável, mas tratável, com origem na medula óssea e que se caracteriza pela proliferação excessiva de células malignas. 
	Estas células produzem níveis elevados de anticorpos, proteína M, comprometendo o normal funcionamento da medula óssea e danificando principalmente o osso e rim.
Mieloma Múltiplo
	Quando os plasmócitos se multiplicam de forma descontrolada, podem originar um tumor. Estes tumores surgem geralmente na medula óssea, mas podem também ser detectados no osso ou em outros órgãos.
Este é, em termos de prevalência, a segunda doença hematológica maligna logo a seguir ao linfoma não-Hodgkin.
A idade média ao diagnóstico é de 60-65 anos; contudo, a incidência da doença em indivíduos mais novos está a aumentar e, consequentemente, a idade média de diagnóstico está a diminuir. Mais de 2% dos doentes com mieloma múltiplo tem menos de 40 anos na altura de diagnóstico.
A incidência do mieloma múltiplo aumenta com a idade: 
<65 anos: 1.5 a 2.5 em 100,000.
>65 anos: 25 a 30 em 100,000.
Afeta ligeiramente mais homens que mulheres e existe uma incidência superior nos grupos étnicos Afro-Caribenhos quando comparando com os Caucasianos.
Agranulocitose
	Diz-se de uma condição aguda caracterizada pela falta ou acentuada redução de leucócitos granulócitos (neutrófilos, basófilos e eosinófilos), que são subtipos específicos de um tipo de célula sanguínea, os glóbulos brancos. A quantidade de granulócitos por volume de sangue abaixo da qual se considera como Agranulocitose é de 500 células por milímetro cúbico de sangue.
Agranulocitose
O diagnóstico é feito a partir de uma contagem sangüínea completa, um teste de rotina executado freqüentemente na clínica. A quantidade de neutrófilos estará abaixo de 500 células/mm³, podendo atingir nulidade.
Para diagnosticar corretamente a agranulocitose, outras doenças com sintomatologia semelhante devem ser excluídas, como anemia aplástica,, síndrome mielodisplásica e leucemia. Para isso, é indispensável a análise da medula óssea vermelha.
Agranulocitose
	As causas de Agranulocitose podem ser muito variadas e aí se incluem o uso de alguns medicamentos, exposição à radiação, SIDA, desnutrição, fatores genéticos, dentre outros. Exemplo de droga que pode causar agranulocitose : Clozapina (antipsicótico usado para tratamento da Esquizofrenia), Dipirona (Metamizol).

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