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Princípios de Interpretação Constitucional

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RESUMO DIREITO CONSTITUCIONAL
CLASSIFICACAO CF88 (FED PRAH DEDEU)
Formal
Escrita
Dogmatica
Promulgada
Rigida
Analitica
Heterodoxa
Dirigente
PRINCIPIOS INTERPRETACAO CONSTITUICAO
1) Princípio da unidade – ao interpretar a Constituição devemos levar em conta que ela é um todo coerente e coeso, devendo o intérprete procurar harmonizar todas as suas normas de forma a não estabelecer contradições;
2) Princípio da supremacia constitucional –   o intérprete deve levar em conta que a Constituição está no topo do ordenamento jurídico e é o fundamento de validade de todas as outras normas, sendo assim nenhuma lei pode contrariá-la, formal ou materialmente, sob pena de ser considerada inconstitucional;
3) Princípio da máxima efetividade – a Constituição não estabelece normas supérfluas,  todo intérprete deve buscar o máximo dos efeitos da Constituição;
4) Princípio da harmonização – uma vez que todas as normas constitucionais estão no mesmo patamar hierárquico e devem ter máxima efetividade, ao interpretar a Constituição devemos buscar harmonizar antinomias aparentes de forma proporcional;
5) Princípio do efeito integrador – a Constituição deve ser interpretada de forma a estabelecer critérios e soluções que reforcem o seu papel de principal norma nas relações sociais;
6) Princípio da força normativa da Constituição – a Constituição deve ser interpretada da maneira mais efetiva e atual possível quando diante de um caso concreto, ou seja, a norma quando aplicada deve solucionar o problema real;
7) Princípio do conteúdo implícito – o interprete deve atentar que a Constituição estabelece comandos que não estão expressos explicitamente em seu texto, mas sim na coerência interna de seus objetivos e fundamentos;
8) Princípio da conformidade funcional – o intérprete não pode contrariar a distribuição explícita da repartição de funções estatais estabelecidas pelo Constituinte;
9) Princípio da imperatividade das normas constitucionais – uma vez que todas as normas constitucionais emanam da vontade popular e são normas cogentes ou imperativas, o intérprete deve sempre lhes dar a maior extensão possível;
10) Princípio da simetria – princípio de interpretação federativo que busca adequar entre os entes os institutos da Constituição Federal às Constituições e institutos jurídicos dos Estados-Membros. Por exemplo, cabe ao Presidente da República a iniciativa de leis para o aumento do efetivo das forças armadas, caberá por simetria ao Governador os projetos de lei para aumento do efetivo da Polícia Militar, por exemplo: art. 61 da CRFB/88;
11) Princípio da presunção de constitucionalidade das normas infraconstitucionais – o intérprete deve dar às normas hierarquicamente inferiores à Constituição uma interpretação que as coadune com a Lei Maior, visto que foram fruto de um processo legislativo que, em tese, procurou adequá-las aos comandos constitucionais.
Lei Fundamental - José Afonso da Silva
Um sistema de normas jurídicas, escritas ou costumeiras, que regula a forma do Estado, a forma de seu governo, o modo de aquisição e o exercício do poder, o estabelecimento de seus orgaos, os limites de sua acao, os direitos fundamentais do homem e as respectivas garantias
Fundamentos Constituição
SOberania
CIdadania
DIgnidade da Pessoa Humana
VAlores do trabalho e livre iniciativa
PLUralismo politico
Poder Constituinte
Teoria do Poder Constituinte: A ideia de poder constituinte surge no século XVIII com o teórico Emmanuel Sieyés, contemporânea a ideia de constituição escrita. O poder constituinte incorpora a vontade política, sendo o fundamento de legitimidade manifestado no documento Constituição para a configuração e finalidades do Estado, e como tal, da estrutura de seu ordenamento jurídico. Em poucas palavras, ele é o poder que elabora, em ocasiões excepcionais, as normas jurídicas de valor constitucional.
Trata-se do poder de elaborar e modificar normas constitucionais. Portanto, é o poder de estabelecer uma nova Constituição de um Estado ou de modificar uma já existente. É a expressão da vontade suprema do povo, social e juridicamente organizado. São duas as espécies de poder constituinte: originário e derivado.
O poder constituinte originário ou de primeiro grau é o poder de elaborar uma nova ordem constitucional, ou seja, de criar uma Constituição, quando o Estado é novo (poder constituinte originário histórico), ou de substituí-la por outra, quando o Estado já existe (poder constituinte originário revolucionário). Portanto, é um poder inicial, ilimitado, autônomo e incondicionado.
Por sua vez, o poder constituinte derivado, instituído pelo poder constituinte originário, é subordinado e condicionado. Subdivide-se em reformador, decorrente e revisor. O reformador modifica as normas constitucionais por meio das emendas, respeitando as limitações impostas pelo poder constituinte originário (artigo 60 da CF).
O decorrente é o poder investido aos estados-membros para elaborar as suas próprias Constituições. Por fim, o revisor adéqua a Constituição à realidade da sociedade, conforme artigo 3º dos ADCT.
Direitos Fundamentais
Segundo José Afonso da Silva “os direitos fundamentais é expressão que designa em nível do direito constitucional positivo, àquelas prerrogativas e instituições que ele concretiza em garantias de uma convivência digna, livre e igual de todas as pessoas. No qualificativo fundamental acha-se a indicação de que se trata de situações jurídicas sem as quais a pessoa humana não se realiza, não convive, e às vezes nem sobrevive; fundamentais do homem, no sentido de que a todos, por igual devem ser, não apenas formalmente reconhecidos, concreta e materialmente efetivados”.
1 GERACAO – DIREITOS INDIVIDUAIS
 são direitos que apresentam como principais características terem os indivíduos como titulares e controlar os abusos de poder estatais;
2 GERACAO – DIREITOS SOCIAIS
Exigem do Estado um fazer, um animus de proteção efetiva na persecução desses direitos a fim de amenizarem as desigualdades sociais.
3 GERACAO – COLETIVOS E DIFUSOS
os primeiros caracterizam-se por serem direitos de um grupamento humano com interesses homogêneos, por exemplo o pleito dos sindicatos. Já os difusos são direitos que pertencem a todos, ou seja, não somos capazes de identificar quem são o seus titulares, como por exemplo o meio ambiente;
4 GERACAO – DIREITOS DE NACIONALIDADE
Caracteriza-se como vínculo jurídico-político de uma pessoa com o Estado que nos permite dizer que esta pessoa faz parte do povo deste Estado. Ela pode ser de dois tipos: originária, que chamamos de natos, que no Brasil pode ser adquirida pelo critério misto, ou seja, pelo nascimento em nosso território (ius soli) ou pela consanguinidade (ius sangunis) de pai ou mãe brasileiros ou; derivada, que se adquire com um pedido ao governo brasileiro atendendo aos requisitos de se for originário de país de língua portuguesa: ter visto (autorização de permanência regular no Estado Brasileiro) de permanência, residência ininterrupta por um ano e idoneidade moral e, se originário de outro país: visto de permanência, quinze anos de residência ininterrupta e nenhuma condenação penal. (art. 12 da CRFB/88);
5 GERACAO – DIREITOS POLÍTICOS
segundo Pedro Lenza “direitos políticos nada mais são do que instrumentos através dos quais a Constituição Federal garante o exercício da soberania popular atribuindo poderes aos cidadãos para interferirem na condução da coisa pública, seja direta ou indiretamente”. Esses direitos são basicamente exercidos pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto. O sufrágio (capacidade eleitoral ativa) determina o direito de eleger e ser eleito (capacidade eleitoral passiva). O voto é um direito público subjetivo que tem como características ser personalíssimo, sigiloso, obrigatório, livre, periódico e igual. Apenas para não confundir, vale lembrar que escrutínio significa a maneira pela qual se vota e que a legislação infraconstitucional referente aos direitos políticos é a Lei 4737/65;CARACTERISTICAS DIREITOS FUNDAMENTAIS
(CRU IIIH)
Concorrência
Relatividade
Universalidade
Imprescritibilidade
Inalienabilidade
Irrenunciabilidade
Historicidade
a) Universalidade – eles se destinam a todos os seres humanos;
b) Imprescritibilidade – esses direitos não se perdem pelo decurso do tempo;
c) Inalienabilidade – esses direitos não podem ser transferidos;
d) Irrenunciabilidade – esses direitos não podem ser renunciados;
e) Concorrência – possibilidade de acumular os direitos fundamentais;
f) Relatividade – estes direitos não são absolutos, pois podem entrar em conflito com outros direitos fundamentais e;
g) Historicidade – eles são direitos conquistados por revoluções políticas e tecnológicas no decorrer da história no mundo ocidental.
CONCEITOS DE CONSTITUICAO
CANOTILHO- onstituição é a ordenação sistemática e racional da comunidade política, através de um documento escrito no qual se declaram as liberdades e os direitos e se fixam os limites do poder político.
LASSALE- existem em uma sociedade duas Constituições, uma real, que corresponde a “soma dos fatores reais do poder”, e uma escrita, que somente terá validade se ajustar-se à Constituição real.
SCHMITT - ato proveniente de um poder soberano (unidade política) que dita à ordem social, a política e a jurídica.
KELSEN - Ele atribui à Constituição dois sentidos: lógico-jurídico e jurídico-positivo. No primeiro sentido, Kelsen diz que a Constituição tem seu fundamento de validade na norma hipotética fundamental que sustenta e dá validade a todo o ordenamento jurídico; no segundo sentido, a Constituição seria o fundamento de validade de todo ordenamento infraconstitucional, ou seja, uma norma de hierarquia inferior buscando seu suporte de validade na norma imediatamente superior até chegar à Constituição.
HESSE - Hesse, por outro lado, contrapõe os pontos discutidos por Lassalle afirmando que a Constituição não é meramente composta por relações de poder dominantes. Em outras palavras, Hesse acreditava que a Constituição não se tornava ativa só pela adaptação de normas para os fatores reais do poder, mas também pela vontade de constituição. A Constituição é mais que um pedaço de papel, como falava Lassalle, ela é dotada de uma força normativa. A Constituição somente se desenvolve se ela for dotada de uma ordenação jurídica tangida pela racionalidade.
REMEDIOS E GARANTIAS CONSTITUCIONAIS
Habeas Corpus  – significa tomes o corpo do delito. É uma ação gratuita que visa proteger a liberdade de locomoção, e dispensa a necessidade de advogado. Ela pode ser proposta a seu favor ou de terceiro, preventiva (quando se há ameaça à liberdade) ou repressivamente – art. 5o , inciso LXVIII da CRFB/88;
Mandado de Segurança – ação que pode ser individual ou coletiva que visa proteger direito líquido e certo, ou seja, aquele que pode ser provado de plano, ou seja, só pode ser provado por provas documentais irrefutáveis e apto a ser exercido no momento da impetração, que não seja protegido por habeas corpus ou habeas data quando se sofre um ilegalidade de poder por uma autoridade pública. (art. 5o, incisos LXIX e LXX da CRFB/88 e Lei 12016/09);
Habeas Data – significa tomes a informação. Segundo José Afonso da Silva “tem por objeto proteger a  esfera intima dos indivíduos contra: a) usos abusivos de registro de dados pessoais coletados por meios fraudulentos, desleais ou ilícitos; b) introdução nesse registro de dados sensíveis; c) conservação de dados falsos ou com fins diversos autorizados em lei”. É uma ação gratuita. (art. 5o , inciso LXXII da CRFB/88, Lei 9507/97 e súmula 2 do STJ);
Mandado de Injunção –  remédio que objetiva garantir a toda pessoa a eficácia plena de direitos fundamentais assegurados pela Constituição de forma que busque obrigar o Poder Público a estabelecer norma regulamentadora – art. 5o, inciso LXXI da CRFB/88 e art. 24 da Lei 8038/90;
Ação Popular – ação gratuita  própria de cidadão em sentido estrito que visa proteger atos lesivos ao patrimônio público ou de entidades que o Estado participe, a moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico – art. 5o , inciso LXXIII da CRFB/88 e lei 4717/65 e súmula 35 do STF;
Ação Civil Pública – remédio cabível para defesa do patrimônio público e social, do meio ambiente e de interesses difusos e coletivos e tem a sua única previsão constitucional no art. 129, inciso III. (Lei 7347/85).
DIREITOS INDIVIDUAIS E COLETIVOS
Pela importância do tema destaco alguns direitos estabelecidos no rol do art. 5o da CRFB/88:
Isonomia jurídica – o legislador, o Juiz e o administrador público na elaboração da lei ou em sua aplicação não pode dispensar distinções entre os indivíduos;
Princípio da legalidade – somente a lei pode obrigar a conduta dos indivíduos, todos podem fazer tudo aquilo que a lei não proíbe;
Direito à vida – a Constituição proíbe qualquer conduta que vise à extinção da vida humana, como a pena de morte e o aborto;
Direito à opinião – a Constituição estabelece a regra da manifestação do livre pensamento;
Direito à expressão – é assegurado a manifestação dos valores e sentimentos artísticos;
Direito à informação – assegura a garantia de se receber e buscar informações;
Direito à resposta – garantia de manifestação às ofensas e agravos recebidos;
Direito à informação pública – dever do Estado e direito do cidadão de se manter ciente das atividades públicas;
Direito à intimidade – direito a ver respeitado os seus espaços privados, ou seja, suas atividades e segredos de cunho pessoal;
Direito à privacidade – garantia de manter afastado do público em geral as suas relações privadas;
Direito à honra – divide-se em duas espécies: honra subjetiva, que significa o auto reconhecimento do indivíduo e, honra objetiva, o reconhecimento do indivíduo perante a sociedade;
Direito à imagem – desdobra-se em duas espécies: imagem atributo, que são os conceitos que a sociedade reúne desse indivíduo e, imagem retrato, que significa a reprodução em meios midiáticos da figura física do indivíduo;
Inviolabilidade de domicílio – espaço físico de exercício da privacidade e da intimidade, entende o Supremo Tribunal Federal que este espaço estende-se aos locais de trabalho, como consultórios e escritórios;
Liberdade de locomoção – direito de ir e vir do indivíduo que impossibilita o Estado de incomodá-lo;
Direito de reunião – direito de congregação de indivíduos para trocar interesses comuns;
Direito de associação – direito de reunião de caráter permanente com o objetivo de realizar finalidades em comum;
Direito de propriedade e sua função social – direito de monopólio de um indivíduo sobre bens que deverá dar-lhes uma função que se converta como útil ao bem geral;
Princípio da inafastabilidade da jurisdição – direito de monopólio de jurisdição pelo Estado e de ação pelo indivíduo;
Limites à retroatividade da lei – princípio que visa a segurança jurídica das relações não autorizando o desrespeito ao ato jurídico perfeito, ao direito adquirido e a coisa julgada material;
Princípio do juiz natural – proibição a Juízos de Exceção, ou seja, para cada situação a ser julgada deverá existir previamente um juízo competente predeterminado;
Princípio do devido processo legal – o Judiciário deverá respeitar em todos os casos as formalidades legais. No seu sentido material refere-se a necessidade da observância da igualdade na lei. Já em seu sentido processual engloba a necessidade ao respeito ao contraditório e a ampla defesa, ao Juiz natural e a prévia citação;
Princípio da presunção de inocência – ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de uma sentença condenatória;
Tribunal do Júri – direito a ser julgado pelo povo quando do cometimento de crimes dolosos contra a vida;
Extradição – na verdade é a garantia de não extradição de brasileiros natos e de não naturalizados, caso não tenham cometido crimes antes do processo de naturalização e não estiverem envolvidos em crimes de tráfico entorpecente. A extradição é institutojurídico de medida compulsória de retirada de estrangeiro que tenha cometido crime em outro Estado e este o requisita ao Estado no qual este indivíduo se encontra, para que o prenda e o entregue;
Proibição da prisão civil – não existirá prisão por inobservância de leis civis, salvo nas questões do depositário infiel (revogado pelo pacto de San Jose) e dívida de obrigação alimentar.

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