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5º Trabalho filosofia 2017.1 uff cederj

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Materia: Filosofia e ética
matricula do aluno: 17213110020
curso: Administração pública
pólo: Nova Iguaçu-RJ
Nome do aluno: wellington da silva de campos.
Atividade: 05 
1. Explique a ideia de finalismo em Aristóteles.
RESPOSTA: Em todas as suas ações o homem visa alguma finalidade, alcançar um bem. Isto
faz toda a pessoa consciente de si e de seu agir; só um desequilibrado, como o ébrio, pode
fazer ações sem visar algum resultado, diz Aristóteles. Há, porém, uma hierarquia de bens:
alguns nós os procuramos em vista de obter outros bens; estes são, portanto, bens relativos a
outros maiores como, por exemplo, trabalhar para ganhar um bom salário para comprar uma
casa e viver tranqüilamente. Ora, diz Aristóteles, numa hierarquia de bens e fins ordenados
uns aos outros é preciso que haja um bem final que sintetize todos e que será o fim último e
supremo. Este bem é a felicidade: “Se há, para as ações que praticamos, alguma finalidade
que desejamos por si mesma, sendo tudo o mais desejado por causa dela, e se escolhemos
tudo por causa de algo mais (se fosse assim, o processo prosseguiria até o infinito, de tal
forma que nosso desejo seria vazio e vão), evidentemente tal finalida de deve ser o bem e o
melhor dos bens”Mas se todos concordam que a meta, o bem e a finalidade própria do homem
é a felicidade, quando se trata de dizer em que consiste as discordâncias são muitas e
irreconciliáveis. Aristóteles discute o conceito de felicidade a partir do que a cultura de seu
tempo entendia por esta expressão. Para a plebe, a felicidade consiste nos prazeres e no gozo
sensual. Mas os que defendem tais convicções, diz Aristóteles, “levam uma existência de
escravos e de animais”
2. O que é felicidade e quais as condições da vida feliz?
RESPOSTA: Em síntese, Aristóteles diz que a felicidade está numa atividade, uma função da
alma. Cada parte do homem cumpre uma função própria e exclusiva: assim, a função do olho
é olhar, a função do ouvido é ouvir e a função do pé é andar. A felicidade não é mera
contemplação das essências metafísicas das coisas, mas ela está condicionada e depende de
outras componentes. Citemos apenas um texto da Ética, no qual Aristóteles fala claramente
destes outros ingredientes necessários para ser feliz: “Evidentemente a felicidade também
requer bens exteriores, pois é impossível praticar belas ações sem os instrumentos próprios.
Em muitas ações usamos amigos, riquezas e poder político como instrumentos e há certas
coisas cuja falta empana a felicidade; é por isso que algumas pessoas identificam a felicidade
com a boa sorte, embora outras a identifiquem com a virtude”. Portanto, para ser feliz não
basta a contemplação interior, mas é necessário “também o bem-estar exterior” e “sem este a
felicidade se esvai”. Em termos abrangentes, podemos afirmar que a Ética propõe pelo menos
seis condições para ser feliz: a prática das virtudes, um círculo de amigos, boa saúde,
suficiência de bens materiais, viver numa sociedade justa e a meditação filosófica.
3. O que significa o meio-termo e como se chega a ele?
RESPOSTA: o meio-termo está numa proporcionalidade conveniente a cada um de nós”.
Nós não somos todos corajosos ou temperantes do mesmo modo; cada um de nós tem seu
jeito de sê-lo. Por conseguinte, é difícil estabelecer o meio-termo virtuoso, pois as ações
humanas são flutuantes e mutáveis, segundo as mais variadas circunstâncias. Por isso
precisamos contentar-nos por definir a virtude como um equilíbrio de vida a ser sempre
restabelecido, visto que a ciência da ética não tem a exatidão da metafísica. Em síntese, a ética
prudencial é uma maneira de ser moral adequada a cada um nas suas circunstâncias e faz com
que a pessoa de bem viva segundo o bem moral e a dignidade humana. Para Aristóteles, o
meio-termo ético é, finalmente, decidido pela experiência de vida e pelo juízo prudente de um
homem sensato (fronimos); cabe ao homem prudente descobrir o excesso ou a deficiência nos
seus comportamento se definir os meios mais adequados para alcançar o seu bem possível.
Por isso, diz Aristóteles, a prudência orienta toda a prática ética e não é própria dos jovens aos
quais ainda falta experiência; ela convém mais aos homens maduros e que passaram por
muitas situações humanas. Mas, qualquer pessoa em dificuldade para tomar uma decisão
moral pode recorrer à experiência do ƒronimos, pessoa prudente e experiente. Até aqui,
falamos do extraordinário esforço de Aristóteles para apontar o meio-termo prudencial e
virtuoso. Na verdade, a eqüidistância dos excessos é um princípio da sabedoria humana de
todos os tempos, de antes e depois dos gregos. Com efeito, os romanos e estoicos, por
exemplo, faziam consistir a ética no princípio: “nada se faça em excesso” (ne quid mimis); e
acrescentavam que além e aquém deste limite não pode existir retidão moral. O meio-termo
prudencial é muito importante também em nossos dias; a ética da decisão prudencial é um
excelente guia, por exemplo, nas discussões sobre o uso de células-tronco ou sobre os fetos
anencefálicos; são situações reais dos nossos tempos que as teorias éticas globais (filosóficas
ou religiosas) nunca abordaram diretamente no passado. A via do juizo prudencial toma,
nestes casos, decisões da forma mais equilibrada e prudente que se possa elaborar à luz do
principio básico e universal da ética (fazer o bem) e das Circunstâncias reais dos indivíduos
(fazer o bem em situações particulares e difíceis). É a interpretação (epikeia) do principio
geral da ética segundo as circunstâncias.

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