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FCE - ÉTICA ARISTOTÉLICA & ÉTICA KANTIANA - AULA AO VIVO - ft

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Ética da imanência
Aristóteles e a ética finalista.
Texto: Aristóteles: ética da imanência (Capítulo 2).
PEGORARO, Olinto. Ética dos maiores mestres através da história. Petrópolis, RJ: Vozes, 2006.
https://filosofiatotal.com.br/
Relembrando o que aprenderam em HPF
- Principio da causalidade -
Tudo o que se move é necessariamente movido por outro. O devir (vir a ser) consiste na tendência que todo ser tem de realizar a forma que lhe é própria.
Causa material: diz respeito à matéria da qual algo é feito:
O mármore em uma estátua de mármore; 
A madeira, em uma cadeira de madeira.
No seu caso, seus pais te geraram dando a matéria e a qualidade humana (racionalidade).
Causa eficiente: é aquela que dá impulso ao movimento; aquilo que deu origem a um determinado ser ou objeto:
No caso da estátua, a causa eficiente seria o escultor. 
No caso da cadeira, a causa eficiente seria o marceneiro, o artesão.
No seu caso, seus país são sua causa eficiente.
Causa formal: é aquilo que a coisa tende a ser, a forma que um determinado objeto ou ser possui (sua definição conceitual):
Estátua de mármore representando um deus grego, como Dionísio, deve ter a forma daquele personagem.
Forma de cadeira.
Forma humana.
Causa final: essa causa diz respeito a finalidade ou a razão de existir de um determinado ser ou objeto. 
A causa final de fazer estátua é a beleza, a devoção religiosa, a glória etc.
A causa final da cadeira é servir como assento.
A causa final (em potência) é sua realização como ser ético, para que ela conquiste a felicidade.
Então...
“É daqui que nasce a ética como orientação da liberdade para que ela construa e conquiste a finalidade (causa final) de sua existência que é a felicidade numa sociedade justa, segundo os gregos”
Eudaimonia
Premissas da ética finalista
Em todas as suas ações o homem visa alguma finalidade, alcançar um bem!
Trabalhar para ganhar um bom salário (bem), comprar uma casa (bem) e ter uma vida tranquila (bem).
A ideia de Aristóteles é que há um bem final, um bem que justifique tudo isso, que será o bem último e supremo! Este bem é a felicidade!!!
Mas, para Aristóteles, qual é o conceito de felicidade enquanto causa final do ser humano?
Em seu tempo, para a plebe, o conceito de felicidade seria os prazeres e o gozo sensual (os escravos e animais também o buscam).
A felicidade é a honra, o aplauso e glória que vêm da atividade política (mas tudo isso é exterior ao sujeito!).
A felicidade é o acúmulo de riquezas (mas, na verdade, ela é apenas um meio para outra coisa, não é um fim em si mesmo!).
O conceito Aristotélico para felicidade
A felicidade está numa atividade, uma função “exclusiva” da alma do homem.
Não seria viver, pois os vegetais também vivem, se nutrem, crescem!
Nem será sentir prazer ou dor, pois os animais também sentem!
O conceito Aristotélico para felicidade
Está no “pensar”, que não existe nem nos vegetais nem nos animais, é exclusividade do homem.
Portanto, a atividade racional, o exercício da mente é a finalidade específica do homem e nisto está a sua realização final, a sua felicidade.
Premissas valiosas
Esta atividade é a melhor, já que não somente o intelecto é nossa melhor parte, mas também os objetos com os quais o intelecto se relaciona são os melhores. Segue-se que esta atividade será a felicidade completa para o homem.
O homem vive como se algo divino existisse presente nele; então se o intelecto é divino em comparação com a vida puramente humana, devemos esforçar-nos ao máximo para viver de acordo com o que há de melhor em nós, pois embora esta nossa parte melhor seja pequena em tamanho, em poder e importância, ela ultrapassa todo o resto de nosso corpo.
O intelecto, mais que qualquer outra parte do homem, é o próprio homem. Esta vida, portanto, é também a mais feliz.
A felicidade será só exercício intelectual?
Mas a felicidade humana consiste apenas na contemplação intelectual, parecendo ser um privilégio dos filósofos???
Isso não seria uma alienação, fugir do real e viver um mundo de abstrações?
Outros ingredientes para a felicidade
Diz Aristóteles: “Evidentemente a felicidade também requer bens exteriores, pois é impossível praticar belas ações sem os instrumentos próprios. 
Em muitas ações usamos amigos, riquezas e poder político como instrumentos e há certas coisas cuja falta empana a felicidade; 
é por isso que algumas pessoas identificam a felicidade com a boa sorte, embora outras a identifiquem com a virtude”
Para ser feliz não basta a contemplação interior, mas é necessário “também o bem-estar exterior” e “sem este a felicidade se esvai”.
Seis condições para ser feliz
A prática das virtudes: tema principal da Ética.
Um círculo de amigos: diz Aristóteles: “Não pode ser feliz quem não tem amigos e vive totalmente sozinho, sem filhos”; “os que querem bem a seus amigos por eles mesmos, são os autênticos amigos”.
Boa saúde: a saúde é uma condição da felicidade.
Suficiência de bens materiais: “Precisamos de bens materiais mas só os indispensáveis para viver, pois o excesso de bens externos corrompe a mente”.
Viver numa sociedade justa: a sociedade justa é condição absolutamente necessária para que o homem seja feliz; a razão é que sendo ele, por natureza, um ser social e político precisa viver com os outros.
Meditação filosófica: é o supremo nível da felicidade, a contemplação das verdades imutáveis. A este poucos chegam...
Mas se não chegarmos ao nível da meditação filosófica, seremos infelizes?
De modo nenhum! Quem realiza as demais condições também é feliz!
O cidadão ético e justo é feliz, mesmo que não atinja esse nível, pois a felicidade é um bem humano, uma aspiração de todos.
Resumindo: a felicidade humana é um conjunto de condições de vida
O homem virtuoso
Para Aristóteles, a definição de virtude é de “hábitos dignos de louvor”. É uma disposição para a prática do bem que se adquire com o hábito.
Segundo Aristóteles, “a virtude está no meio”. Essa é uma contribuição central de sua obra que apresenta a virtude como o meio termo entre o excesso e a falta.
Por exemplo, a coragem é o meio termo entre a covardia e a temeridade (excesso de ousadia). O centro (coragem) é considerado a virtude e os extremos (covardia e temeridade) são considerados vícios. Como mostra em sua obra, a mesma regra se aplica a muitas outras virtudes.
Questão
(Unespar 2016)Aristóteles foi um dos pensadores mais importantes da história da filosofia no Ocidente, tanto por sua contribuição para a própria filosofia quanto para as ciências, que partiram de muitas questões apresentadas pelo filósofo para desenvolver suas investigações. Ele deixou duas obras dedicadas aos problemas das ciências práticas: Ética a Nicomaco e A Política. É de conhecimento de todos que, mesmo tendo sido aluno de Platão, Aristóteles construiu seu próprio pensamento e que, muitas vezes, apresentou ideias contrárias às de seu mestre. Um exemplo disso é sua Ética a Nicomaco. Marque a alternativa que melhor caracteriza a obra aristotélica.
A) Trata-se de uma ética baseada no comportamento dos animais;
B) Trata-se de uma ética baseada na lógica e, portanto, defende que as ações são consequências do pensamento;
C) Trata-se de uma ética pautada nas virtudes que o homem tem por natureza e naquelas que ele desenvolve ao longo da sua vida;
D) Trata-se de uma ética fundamentada nos valores aristocráticos da sociedade grega da época;
E) Trata-se de uma ética experimental e, portanto, resultante das experiências que o homem faz, enquanto animal político.
Questão
(Enem 2013)A felicidade é, portanto, a melhor, a mais nobre e a mais aprazível coisa do mundo, e esses atributos não devem estar separados como na inscrição existente em Delfos “das coisas, a mais nobre é a mais justa, e a melhor é a saúde; porém a mais doce é ter o que amamos”. Todos estes atributos estão presentes nas mais excelentes atividades, e entre essas a melhor, nós a identificamos como felicidade.
ARISTÓTELES. A Política. São Paulo: Cia. dasLetras, 2010.
Ao reconhecer na felicidade a reunião dos mais excelentes atributos, Aristóteles a identifica como:
A) busca por bens materiais e títulos de nobreza.
B) plenitude espiritual e ascese pessoal.
C) finalidade das ações e condutas humanas.
D) conhecimento de verdades imutáveis e perfeitas.
E) expressão do sucesso individual e reconhecimento público.
Ética da subjetividade
Immanuel Kant e a ética racional.
Texto: Kant: a ética da subjetividade (Capítulo 5).
PEGORARO, Olinto. Ética dos maiores mestres através da história. Petrópolis, RJ: Vozes, 2006. 
https://filosofiatotal.com.br/
 
Ética Kantiana versus Ética aristotélica
Aristóteles acreditava que a ética era a busca pela felicidade!
Kant vai ser um pouco diferente disso (dever e não um fim); ele vai dar uma conotação um pouco mais aprimorada do conceito de ética, através dos conceitos de imperativos hipotéticos e imperativos categóricos .
Os imperativos são conceitos que são baseados nas nossas ações, como agimos.
Razão teórica (pura) e razão prática
Para Kant, assim como a razão pura busca o conhecimento, o qual, se traduze na forma, por exemplo, de leis, que são universais e necessárias, valendo em qualquer lugar, também a razão prática deve se valer desse mesmo ideal.
Kant busca isso também no campo da razão prática, de nossa moral: busca fundar uma moralidade universal!
Para ele, a moral fundamentada na razão será universal e necessária, válida para todo o planeta! Em suma, a moral independerá dos contextos religiosos, do país que vivemos etc.
Exemplo prático
Kant percebia que na sociedade de sua época havia para cada classe social, ou estamento, uma moral social específica e uma diferenciação no tratamento dado pelos governantes.
Para Kant, essa diferenciação é irracional, pois se todos temos a mesma humanidade, a mesma racionalidade, somos iguais, e portanto devemos ter a mesma moral.
A razão pode universalizar a moral, extinguindo essas diferenciações.
A razão precisa legislar!
Razão prática (consciência moral) vai orientar nosso comportamento
Primeiramente, vamos pensar a natureza: ela é previsível, pois é governada por leis, universais e necessárias. Mas e o ser humano?
Nós, seres humanos, temos consciência e por isso seguimos princípios! Na relação com o mundo escolhemos nossas ações a partir de princípios.
Modelo mental – Razão prática
 Homem livre Princípios
 Consciência moral
 Vontade boa vontade má
 Princípios
 Imperativo hipotético Imperativo categórico Apenas esse é universal
 (Ações movidas pela paixão, pelos desejos, pelo entusiasmo) (ações movidas pela nossa razão)
 
Objetiva outra coisa (pode não ser o correto, mas vou ganhar algo) A ação é um fim em si mesma Moral universal racional
 exemplo: ter prazer (mesmo que contra minha razão) dever (boa vontade)
 
Exemplo aplicável ao modelo anterior
Não sonegar impostos 2. Não roubar
Vou evitar sonegar impostos ou roubar, para não ter problemas com a justiça e ir para a cadeia.
Vou evitar sonegar impostos ou roubar para não pecar e, com isso, não ser castigado por Deus.
Esses casos mostraram que minha ação foi objetivando outra coisa. A ação foi de acordo com minhas paixões, portanto irracional.
Não vou sonegar impostos ou roubar, porque eu sei que essas coisas não são corretas, o que vou roubar é do outro e não me pertence; é meu dever ser honesto. Se todos roubarem...
A ação, nesse caso, é um fim em si mesma, não evitando ou esperando algo, portanto racional.
A pergunta essencial
O que fazer?
Agir por puro dever!
“Age de modo que tua ação possa se tornar uma lei universal”.
Em uma situação, você precisa agir...
Ao decidir sobre a situação, sempre pense: se todos agirem dessa maneira, vai ser bom para a sociedade? Se sim, então OK.
Imperativos hipotéticos
Exemplo:
Exemplo: alguém quer comprar algum sapato novo, ou uma televisão nova, mas a pessoa sabe que se comprar, no final do mês vai faltar dinheiro para as outras contas. Não é algo que a pessoa está necessitando com urgência, mas compra porque foi movida pela paixão, pela ansiedade, pelo consumismo. Não usou a razão, foi uma atitude, de certa forma, sem pensar, uma atitude irracional, não conseguiu usar a razão.
Imperativos categóricos
Imperativos categóricos são as ações movidas pela nossa razão, as ações que precisamos pensar, raciocinar as ações, ter um estudo maior e é nisso que reside a ética; a nossa ética é fundamentada na nossa ação, na nossa prática, no nosso dia-a-dia.
A ética para Kant está em uma razão pura, em uma ação que seja respeitosa, que seja uma ação que tenha os seus limites, uma razão que saiba viver em sociedade, conviver em sociedade pensando muito mais a inteligência, diferente do Aristóteles que dizia que a ética era uma busca pela felicidade.
Questão
Segundo a fórmula universal do imperativo categórico, uma ação está correta quando:
Está de acordo com o princípio de autoconservação.
Gera a maior felicidade e bem-estar para o maior número de pessoas.
Está de acordo com os dez mandamentos.
É uma ação correta.
Pode ser praticada por todas as pessoas.
https://filosofianaescola.com/questoes/exercicios-sobre-etica-de-kant/
Questão
De acordo com Kant, uma falsa promessa:
É moralmente reprovável porque é contra a vontade de Deus.
É moralmente justificável quando necessária para sair de uma situação momentânea de apuros.
Deve ser adotada somente quando necessária para produzir um bem maior, como salvar uma vida.
Está moralmente errada, porque não pode se tornar uma lei universal.
https://filosofianaescola.com/questoes/exercicios-sobre-etica-de-kant/
Questão
Para uma ação ter valor moral para Kant, é necessário que:
seja praticada por dever.
esteja em conformidade com o dever.
seja contrária ao dever.
https://filosofianaescola.com/questoes/exercicios-sobre-etica-de-kant/

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