Buscar

PETIÇAO INICIAL

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO
 2° VARA CRIMINAL - SÃO PAULO/SP
EXC. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA 2° VARA CRIMINAL DA COMARCA DE SÃO PAULO/SP
 O MINISTÉRIO PÚBLICO, através de seu representante abaixo subscrito, vem, mui respeitosamente perante Vossa Excelência, oferecer DENÚNCIA em face de Anna Carolina Trotta Jatobá, brasileira, casada, desempregada, portador do CIRG n.° 7477383298573-8 e do CPF n.° 435.564.863 - 34, filha de Carlos Daniel Fernandes Jatobá e Frascisca Maria Trotta Jatobá, residente e domiciliado na Rua Santa Leocádia, n.°138, no distrito da Vila Guilherme, São Paulo-SP, pelos motivo de fato e de direito a seguir aduzidos. E seu cônjuge Alexandre Alves Nardoni, brasileiro, casado, desempregado, portador do CIRG n.º 050286892013-7 e do CPF n.º 613.930.013 - 43, filho de Antônio ferreira Nardoni e Maria Aparecida Alves Nardoni, residente e domiciliado na Rua Santa Leocádia, n.º 138, no distrito da Vila Guilherme, São Paulo-SP, pelos motivos de fato e de direito a seguir aduzidos.
I. DOS FATOS
Consta do incluso inquérito policial que Alexandre Nardoni e Anna Carolina de Oliveira mantiveram um relacionamento conturbado durante dois anos, e que no segundo ano de namoro, ela engravidou, com apenas dezessete anos de idade. A gravidez não foi bem aceita por Alexandre, pois ele sentiu-se prejudicado na tentativa de ingressar em uma faculdade, algo tão almejado por ele.
 O fruto desse relacionamento foi Isabella de Oliveira Nardoni. Após onze meses do nascimento da filha, Alexandre Nardoni separou-se da mãe de Isabella. E em acordo judicial, foi definida pensão alimentícia de 250 reais e o direito a duas visitas por mês, quinzenalmente.
 Pouco tempo depois, Alexandre casou-se com Anna Carolina Trotta Jatobá, com quem teve dois filhos. Ele continuou cumprindo o acordo judicial e quinzenalmente, Alexandre Nardoni ia buscar Isabella na casa da mãe da garota para conviver com a nova família q ela tinha e tentar desenvolver uma boa relação entre pai e filha, o que é fundamental para a saúde mental, emocional e até física, da criança.
 A madrasta de Isabella passou a enxergar a menina como uma ameaça, já que Alexandre mantinha, até então, um bom relacionamento com a filha e arcava com algumas de suas despesas, que iam além do pagamento da pensão, comprando roupas, calçados, brinquedos e muitas vezes levando Isabella em parques de diversões. Despertando um ciúme excessivo por parte da madrasta.
 O casal estava passando por uma forte crise financeira, Alexandre encontrava-se desempregado, tornou-se cada vez mais difícil manter o padrão de vida que ambos levavam, já q a renda da família havia diminuído drasticamente. 
 No dia 29 de março de 2008, Isabella Nardoni, foi encontrada morta, após ter sido jogada de uma janela de uma altura de seis andares, no jardim do edifício London, prédio residencial, que pertencia a seu pai, onde além dele a madrasta da menina e dois filhos do casal, um de onze meses e o outro de três anos, moravam. 
O porteiro e um morador do prédio foram os primeiros a ver o corpo da menina, a ligação de resgate foi realizada às 23:45 por um vizinho, um pouco depois de ser acionada a emergência, a mãe de Isabella é avisada por Anna Carolina Jatobá e ao chegar ainda encontra sua filha viva. Alexandre e Anna Carolina, não chegaram a ligar para pedir socorro a polícia, fizeram ligações para o pai de Alexandre e para Ana Carolina Oliveira, ainda alegaram que o fato foi operado por um suposto invasor que teria arrombado a porta do apartamento e assassinado Isabella. História que gerou estranhamento aos investigadores do crime, pois o caso ocorreu em pouco tempo daquela noite, e não houve indícios de arrombamento no local ou de algum suspeito estranho ter entrado no lugar.
O pai e a madrasta afirmaram ter um relacionamento harmonioso com Isabella, fato que foi negado pelos vizinhos do apartamento, que relataram ouvir discussões e várias delas aconteciam na presença da menina. A mãe não tinha muito contato com o pai de Isabella, ele apenas pagava a pensão e ficava com a filha quando havia visita, ela cuidava do que estava ao seu alcance parasuprir Isabella, a única relação sobre informações era tida com pai de Alexandre, um advogado. Ela não sabia que Alexandre estava em um momento de crise financeira e que isso estava causando danos ao psicológico a família Nardoni e Jatobá, o que por consequência, gerou um clima instável.
 Ana Carolina também não tinha conhecimento do ciúmes da madrasta para com sua filha. Em todas as visitas quinzenais, Isabella quando voltava para casa da mãe, só discorria sobre seu dia, pouco falava da relação com seu pai e madrasta, o assunto mais recorrente era sobre os irmãos da garota, ela gostava da convivência com seus dois irmãos pequenos.
A última conversa entre mãe e filha ocorreu no dia 28 de março de 2008, às 18:00, por meio de ligação, após isso a mãe tentou ligar no dia de sábado, porém caiu na caixa postal. Naquela noite, Ana Carolina estava na casa de uma amiga durante o ocorrido, e saiu rapidamente do local para ir de encontro com sua filha, após a ligação da madrasta. A mãe ficou absolutamente abalada e transtornada com o caso, e alegou que o pai e a madrasta estão diretamente ligados ao caso.
II. DO DIREITO
Encontra-se os réus incurso nas sanções do (art. 121, § 2°, incisos III, IV e V).
III. DO PEDIDO
Ante o exposto, o Ministério Público denuncia o réu, como incurso nas penas do art. 121/CP, § 2º, incisos III, IV e V. e pede:
a) A prisão preventiva dos reus, como forma de assegurar a aplicação da lei penal, com ase no Artigo 312 do CPP
b) A produção de provas, por todos os meios admitidos em direito
Nesses Termos,
Pede Deferimento.
São Paulo-SP, dia 29 de março de 2008
CAMILA RODRIGUES DA SILVA OAB/234.564
JAINE FERREIRA DA SILVA OAB/354.576

Continue navegando