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História do Direito e Direitos Humanos O Direito Ingles – Common Law AULA 6 1 Introdução • Por meio das decisões dos tribunais, e não mediante atos legislativos ou executivos. Constitui portanto um sistema ou família do direito, diferente da família romano-germânica do direito, que enfatiza os atos legislativos. • Nos sistemas de common law, o direito é criado ou aperfeiçoado pelos juízes: uma decisão a ser tomada num caso depende das decisões adotadas para casos anteriores e afeta o direito a ser aplicado a casos futuros. • Nesse sistema, quando não existe um precedente, os juízes possuem a autoridade para criar o direito, estabelecendo um precedente. O conjunto de precedentes é chamado de common law e vincula todas as decisões futuras. Quando as partes discordam quanto o direito aplicável, um tribunal idealmente procuraria uma solução dentre as decisões precedentes dos tribunais competentes. Se uma controvérsia semelhante foi resolvida no passado, o tribunal é obrigado a seguir o raciocínio usado naquela decisão anterior (princípio conhecido como stare decisis). Entretanto, se o tribunal concluir que a controvérsia em exame é fundamentalmente diferente de todos os casos anteriores, decidirá como "assunto de primeira impressão" (matter of first impression, em inglês). Posteriormente, tal decisão se tornará um precedente e vinculará os tribunais futuros com base no princípio do stare decisis. 2 Common Law • Os sistemas de common law foram adotados por diversos países do mundo, especialmente aqueles que herdaram da Inglaterra o seu sistema jurídico, como o Reino Unido, a maior parte dos Estados Unidos e do Canadá e as ex- colônias do Império Britânico. • O common law emprega um forma de raciocínio baseado em casos ou "casuísmo". • Aplicado a casos cíveis, o common law foi criado para compensar alguém por atos ilícitos chamados torts, quer dolosos, quer culposos, e desenvolveu o ramo do direito que reconhece e regula os contratos. • O procedimento adotado pelos tribunais de common law é chamado adversarial system (algo como "sistema do contraditório"), também criado por este sistema jurídico. 3 4 O pensamento político de Hobbes O Contrato Social 5 Ideologia Em pleno século XVII Hobbes conviveu com a turbulência da Revolução Inglesa e defendeu o estado monárquico, através do poder absoluto dos reis como a melhor forma de governo. Suas ideias eram a de submissão do homem ao contrato social, que era a renuncia de todos os seus direitos naturais, de razão e liberdade a um terceiro: o Leviatã – no caso a figura do Rei Absoluto. A sociedade em pleno século XVII era o ABSOLUTISMO, em que todo poder estava nas mãos do Rei. o Estado se fortalecia e a figura de um Rei se tornava essencial para a Ordem da sociedade. A Igreja, com a Reforma Protestante no século XVI, seu poder foi aos poucos perdendo sua grande influência. Após a Guerra dos 30 anos, diversos estados optaram entre Protestantismo ou Catolicismo. Será nesse contexto social que Hobbes irá fomentar a sua ideologia do povo subordinado a um Leviatã. Hobbes conviveu na época da Revolução inglesa, um período em que a instabilidade política decorreu-se devido ao fato de uma burguesia crescente não encontrar espaço em uma sociedade dirigida por um Rei Absoluto. A justificação de Hobbes para o poder absoluto é estritamente racional e friamente utilitária, completamente livre de qualquer tipo de religiosidade e sentimentalismo, negando implicitamente a origem divina do poder. O que Hobbes admite é a existência do pacto social. 6 Hobbes dizia que: o homem, em seu estado natural era vil, ambicioso, instintivo e egoísta - "o homem é o lobo do homem". Sendo assim, viveriam em uma guerra de "todos contra todos". O filósofo define o Estado como "um mal necessário", e esse "mal" tem a função de organizar o caos através do "homem artificial", assim como o monstro Leviatã. Abrimos mão, então, de nossa liberdade "natural" em nome de um contrato social para viver algo organizado e, juntamente com a filosofia, possamos viver em paz. • para que o contrato social seja cumprido, o Estado deve ser forte, centralizado. • Se o Estado fosse liberal, os homens seriam igualmente ambiciosos, havendo conflitos. Havendo liberdade, a violência contida na natureza humana seria liberta, voltando ao caos inicial. 7 O Iluminismo 8 Principais pontos • Movimento que surgiu na França do século XVII e defendia o domínio da razão sobre a visão teocêntrica que dominava a Europa desde a Idade Média. • Segundo os filósofos iluministas, esta forma de pensamento tinha o propósito de iluminar as trevas em que se encontrava a sociedade. • Os pensadores que defendiam estes ideais acreditavam que o pensamento racional deveria ser levado adiante substituindo as crenças religiosas e o misticismo, que, segundo eles, bloqueavam a evolução do homem. O homem deveria ser o centro e passar a buscar respostas para as questões que, até então, eram justificadas somente pela fé. • influenciou a Revolução Francesa através de seu lema: Liberdade, igualdade e fraternidade. • Influenciou na independência das colônias inglesas na América do Norte. • Influenciou na Inconfidência Mineira, ocorrida no Brasil. • Para os filósofos iluministas, o homem era naturalmente bom, porém, era corrompido pela sociedade com o passar do tempo. Eles acreditavam que se todos fizessem parte de uma sociedade justa, com direitos iguais a todos, a felicidade comum seria alcançada. • Por esta razão, eles eram contra as imposições de caráter religioso, contra as práticas mercantilistas, contrários ao absolutismo do rei, além dos privilégios dados a nobreza e ao clero. 9 Principais filósofos iluministas (finalizando) • John Locke (1632-1704), ele acreditava que o homem adquiria conhecimento com o passar do tempo através do empirismo; • Voltaire (1694-1778), ele defendia a liberdade de pensamento e não poupava crítica a intolerância religiosa; • Jean-Jacques Rousseau (1712- 1778), ele defendia a ideia de um estado democrático que garanta igualdade para todos; • Montesquieu (1689-1755), ele defendeu a divisão do poder político em Legislativo, Executivo e Judiciário; • Denis Diderot (1713-1784) • Jean Le Rond d´Alembert (1717- 1783), • Todos estes, juntos, organizaram uma enciclopédia que reunia conhecimentos e pensamentos filosóficos da época. 10
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