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Nosso mundo

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Nosso mundo,nossa vida
André Luis Silva de Oliveira
Andreluis.silvadeoliveira@yahoo.com.br
Estudante de Psicologia
Introdução
A revolução da tecnologia da informação e a reestruturação do capitalismo introduziram uma nova forma de sociedade, a sociedade em rede.
Caracterizada por: Globalização das atividades econômicas, por sua forma de organização em rede, pela flexibilidade e instabilidade do emprego e a individualização da mão-de-obra.
Por uma cultura de virtualidade interligada e altamente diversificada.
Introdução
Essa nova forma de organização social, vem abalando instituições, transformando culturas, criando riquezas e induzindo a pobreza, incitando a ganância, a inovação e a esperança e ao mesmo tempo impondo o rigor e instalando o desespero.
Trata-se realmente de um mundo novo.
Introdução
Paraísos comunais: identidade e significado na sociedade em rede
Hong Xiuquan
O objetivo da revolta de Taiping Tao, era criar um reino comunal, fundamentalista, neo-cristão na China.
O Reino Taiping, pereceu da mesma maneira que subsistiu, em meio a sangue e fogo, ceifando a vida de 20 milhões de chineses.
Este reino alimentou a esperança de criar um paraíso terrestre, combatendo os demônios que haviam apossado da china.
Era uma época de crise para a maquina burocrática do estado e as tradições morais e um rápido processo de industrialização que se alastrava pelo mundo, de incertezas e crises de identidade.
Identidade: fonte de significados e experiências de um povo, processo de construção de significado com base em um atributo cultural, ou ainda um conjunto de atributos culturais inter-relacionados, o(s) qual(ais) prevalece(m) sobre outra fonte de significado.
Identidade: Organizam significados; identificação simbólica da finalidade da ação praticada
Papeis: Organizam funções; ser trabalhador, mãe, pai, vizinho, freqüentador de uma determinada igreja.
Paraísos Comunais:
A Construção da identidade
Pela matéria prima fornecida pela história, geografia, biologia, instituições produtivas e reprodutivas, pela memória coletiva e por fantasias pessoais, pelos aparatos de poder e revelações de cunho religioso.
Esses materiais são reorganizados em seu significados pela sociedade e grupos sociais em função de tendências sociais e projetos culturais enraizados em sua estrutura social, bem como em sua visão de tempo/espaço.
São construídas pelos determinantes e significados e para quem se identifica ou se excluem deles.
Estão relacionadas ao contexto social.
Mas como, a partir de quê, por quem e para que se constroem a identidade?
Identidade legitimadora: intuito de expandir e racionalizar a dominação pelas instituições dominantes, em relação aos atores dominantes.
Identidade de resistência: criada por atores que se encontram em posição/condições desvalorizadas e/ou estigmatizadas pela lógica da dominação.
Identidade de projeto: construção de uma nova identidade capaz de redefinir sua posição na sociedade e, ao fazê-lo, de buscar a transformação de toda a estrutura social.
Ex: feminismo 
Tipos de identidade
Da origem a uma sociedade civil, ou seja um conjunto de organizações e instituições, e atores sociais que reproduzem, as vezes de forma conflitante, a identidade que racionaliza as fontes de dominação estrutural.
Entende sociedade civil como constituídas por vários “aparatos”, como Igrejas, Sindicatos, Partidos políticos, cooperativas, etc. 
Identidade Legitimadora
Este tipo de identidade leva a formação de comunidades, talvez o mais importante tipo em nossa sociedade.
Da origem a formas de resistência coletiva diante de uma opressão.
São manifestações denominadas por Castells como, “a exclusão dos que excluem pelos excluídos”.
Ex: Movimento gay
Identidade de resistência
Este tipo de identidade produz sujeitos.
Consiste em um projeto de uma vida diferente, talvez com base em uma identidade oprimida, porém expandindo-se no sentido de transformação da sociedade como prolongamento desse projeto de identidade.
Identidade de projeto
“É atributo da sociedade, e ousaria dizer, da natureza humana, encontrar consolo e refúgio na religião”
Os paraísos do Senhor:fundamentalismo religioso e identidade cultural
È construção da identidade coletiva, segundo a identificação do comportamento individual e das instituições da sociedade com as normas oriundas das leis de Deus, interpretada por uma autoridade definida que atua como intermediário entre Deus e a humanidade.
Fundamentalismo
Os fundamentalistas são invariavelmente reativos, reacionários e seletivos
Constroem linhas defensivas para suas fronteiras e à manutenção dos outros a distância...
... Ou seja; constroem sua identidade coletiva segundo a identificação do comportamento individual e das instituições da sociedade com as normas oriundas de Deus.
Fundamentalismo
Para os fundamentalista é impossível discutir ou resolver o que quer que seja com pessoas que não compartilhem de seu comprometimento com alguma autoridade.
Autoridade podem ser a Bíblia, um papa, os códigos da Sharia, etc.
Fundamentalismo
Islã, em árabe, significa submissão, e um mulçumano é alguém que se submeteu a vontade de Alá.
Embora tem se a impressão que todo Islã é fundamentalista, as sociedades e instituições islâmicas são também fundamentadas em interpretações múltiplas.
Os mulçumanos normalmente agem, pensam, se comportam segundo as leis de Alá.
O que é fundamentalismo islâmico?
Para um mulçumano, o vinculo fundamental não é watan (terra natal),mas sim uma comunidade de fiéis, em que todos são iguais em sua submissão perante Alá. 
O objetivo das sociedades muçulmanas é que todas a humanidade obedeçam a lei de Deus.
São capazes de recorrer à uma guerra santa.
Porém, é valido saber que o fundamentalismo islâmico não constitui um movimento tradicionalista.
Fundamentalismo
Nessa estrutura cultural/religiosa/política, a identidade islâmica é construída com base em dupla desconstrução realizada tanto atores sociais e instituições da sociedade.
Devem-se desconstruir como sujeitos, sejam indivíduos membros de um grupo étnico ou cidadãos de uma nação.
O Estado deve negar sua própria identidade com base na Sharia.
A construção da identidade islâmica contemporânea realiza-se como uma reação contra a modernização inatingível (capitalista ou socialista), os efeitos negativos da globalização e o colapso do projeto nacionalista pós colonial.
Como se constroem a identidade Islâmica?
Uma nova identidade está sendo construída, não por um retorno a tradição, mas pela manipulação de materiais tradicionais para a formação de um novo mundo divino e comunal, em que massas excluídas e intelectuais marginalizados possam reconstruir significados em uma alternativa global a ordem mundial excludente.
Fundamentalismo
Deus me Salve!O fundamentalismo cristão norte-americano
Possuem várias influências, como: idéias dos federalistas pós revolucionário, escatologia pré milenária, evangelizadores e reconstrucionistas.
Embora seja uma sociedade que busca desenfreada as transformações sociais e a mobilidade individual, questiona de tempos em tempos os benefícios dessa modernidade ansiando pela segurança, pelos valores tradicionais e instituições na verdade eterna de Deus.
O fundamentalismo teve origem nos Estados Unidos.
O fundamentalismo cristão norte-americano
No pensamento cristão reside alguns conceitos da conversão, o ato de fé e perdão pelo qual os pecadores são tirados do pecado para ganhar a vida eterna.
Por meio desse renascer pessoal, toda personalidade passa por um processo de reconstrução, tornando-se um ponto de partida para a construção de uma noção não só de autonomia e identidade, mas de ordem social e objetivo político.
Como se constrói a identidade fundamentalista cristã?
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O fundamentalismo cristão norte-americano é um movimento reativo voltado a construção da identidade pessoal e social, com base em imagens do passado projetadas em um futuro utópico.
As causas mais imediatas do fundamentalismo cristãoparecem ser: A ameaça da globalização e a crise do patriarcalismo.
A construção dessa identidade parece ser uma tentativa de reafirmação do controle sobre a vida e país ao processo desenfreado de globalização e uma reação contra o desafio ao patriarcalismo, fruto dos movimentos feministas, das lésbicas e dos gays.
Fundamentalismo Cristão-norte americano
Nações e nacionalismo na era da globalização
Nações e nacionalismo na era da globalização 
Nação: Agrupamento político autônomo.
Nacionalismo: vai além das políticas estatais. 
Nações e nacionalismo na era da globalização
Comunidade imaginadas: Não se baseia e interação face a face
Imagens comunais: Aspectos compartilhados de forma comunal
As nações contra o Estado; a dissolução da União Soviética e da Comunidade de Estados Impossíveis
As revoluções russas marcaram a abertura e o fechamento do espectro político do sec. XX.
As experiências soviéticas são terrenos privilegiados para observações de interações entre as nações e o Estado
A revolta dos Estados membros contra o Estado soviético, foi um dos mais importantes fatores, embora não o único para o surpreendente colapso da U. Soviética.
Manifestações contrarias ao comunismo soviético eram impiedosamente reprimidas.
As nações contra o Estado; a dissolução da União Soviética e da Comunidade de Estados Impossíveis
O Estado soviético era organizado em um complexo sistema de 15 republicas federais e cada cidadão soviético apresentava uma determinada nacionalidade, constante em seu passaporte.
Houve um debate para que fosse decidida qual seria a identidade que seria reconhecida no novo Estado Federal.
Os federalistas, e outras tendências socialistas, aspiravam ao reconhecimento de cultura nacionais em todos os níveis estruturais do Estado, sem distinção.
A diversidade de sujeitos territoriais estaria sobre o controle dos aparatos dominantes do partido comunista e do Estado soviético.
As nações contra o Estado; a dissolução da União Soviética e da Comunidade de Estados Impossíveis
A tensão permanente entre o universalismo com base em classes da utopia comunista e os interesses geopolíticos fundamentados em interesses étnicos/nacionais de potenciais aliados que determinou a esquizofrenia da política soviética com relação a questão nacional.
O Estado Soviético sofreu ataque tanto de nacionalista quanto de exigências democratas e interesses das elites políticas de várias políticas.
O ataque ao Estado Soviético assumiu um caráter nacionalista.
Os primeiros anos dos Estados agora independentes revelaram a fragilidade de sua estrutura como a durabilidade de nacionalidades historicamente arraigadas.
As nações contra o Estado; a dissolução da União Soviética e da Comunidade de Estados Impossíveis
Um dos mais poderosos Estados da história da humanidade não conseguiu, mesmo depois de 74 anos criar uma identidade nacional.
O reconhecimento formal das identidades nacionais bem como as políticas de nativação não lograram sucesso.
O vazio ideológico criado pelo fracasso do marxismo-leninismo em sua tentativa de doutrinar as massas, foi na década de 80 substituído e o povo teve condições de se expressar pela única fonte de identidade mantida na memória coletiva: a identidade nacional.
Alguns Comentários:
O autor propõe, como o futuro mais provável e, na verdade, mais promissor, a noção da comunidade de Estados inseparáveis, isto é, de uma rede de instituições suficientemente dinâmicas e flexíveis para articula a autonomia da identidade nacional e uma instrumentalização política compartilhada no contexto da economia global.
Alguns comentários
Nações sem estado: Catalunya
A catalunya é uma nação sem Estado[...], “temos nossa própria língua e cultura, somos uma nação sem Estado” Jordi Pujol.
A Catalunya sofreu invasões,foi um império entre os séculos XIII e XV, após um casamento em prol de união territorial ela deixou de ser soberana.
A união por meio do casamento tinha como premissa o respeito a língua, aos costumes, as instituições e a divisão de riqueza.
Nações sem estado: Catalunya
A Catalunya foi industrializada no final do século XVIII, permanecendo por mais de um século verdadeiramente industrializada da Espanha.
Durante a chefia militar seguiu-se na Catalunya forte repressão cultural e institucional que visava a eliminação gradativa do idioma catalão.
O que é então a nação catalão, capaz de sobreviver a séculos de negação e resistir a formação de um Estado contra outra nação?
Como resposta citamos Prat de la Riba: “É a grande seqüência de gerações, unidas pela língua e tradições”.
Nações sem estado: Catalunya
É em grande medida, lingüística e cultural
Jamais reinvidicou especificidade étnica e religiosa
Não insistiu em questões territoriais nem assuntos estritamente políticos. 
Por mais de dois mil anos interagiu com diversas culturas, mas se distinguindo dos demais por sua língua em literatura.
Para os catalães a língua é importante para a definição de identidade, estar disposto a ser catalão é falar ou tentar falar a língua catalão, ou seja é uma comunidade organizada em torno da língua.
Identidade catalunya
As nações da Era da informação
Pode-se definir nações como comunidades culturais construídas nas mentes e memória coletiva das pessoas por meio de histórias e de projetos políticos compartilhados.
Para que uma determinada coletividade se transforme em nação é necessário que se compartilhe e mesmo assim haverá variações conforme contextos e períodos.
Cidadania não corresponde a nacionalidade, não a nacionalidade exclusiva, como exemplo temos os catalães que se sentem primeiramente catalães ao mesmo tempo se declaram espanhóis e até mesmo europeu.
As nações da Era da informação
O período histórico atual é caracterizado: a desintegração de estados plurinacionais que tentam preservar sua total soberania ou negar a pluralidade de elementos constitutivos nacionais.
O desenvolvimento de nações que ficam no limiar da condição de Estado, porém forçam o Estado a Que estão integrados a se adaptar e a ceder parte de sua soberania. 
As nações não parecem “comunidades imaginadas”, construídas a serviço dos aparatos de poder, mas produzidas por esforços de uma história compartilhada, e discutida nas imagens das línguas comunais cuja primeira palavra é nós, a segunda é nos e, infelizmente, a terceira é eles.
As nações da Era da informação
A desagregação étnica: raça, classe e identidade na sociedade em rede
A desagregação étnica: raça, classe e identidade na sociedade em rede
Ao longo da historia da humanidade, a etnia sempre foi uma fonte fundamental de significado e reconhecimento social e de discriminação.
É uma estrutura primaria de discriminação e distinção nas sociedades dos EUA à África subsaariana.
A etnia foi e é a base para surgimento de revoltas na luta por justiça social, como no caso dos índios mexicanos em Chiapas em 1994.
Consiste em grande medida, como a base cultural que induz a formação de redes e transações de negócios, desde o comercio Chinês até as tribos “étnicas”, que determinam o sucesso na nova economia global.
A desagregação étnica: raça, classe e identidade na sociedade em rede
Nesta era de globalização, assuntos remanescentes sobre racismo parecem antiquados e desatualizados, mas, suas formas de manifestação, parecem apenas serem alteradas pelas atuais tendências societais.
Falaremos da evolução da identidade afro-americana nos Estados unidos da América.
A desagregação étnica: raça, classe e identidade na sociedade em rede
As condições da realidade contemporânea dos afro-americanos têm sido transformadas nas ultimas três décadas por um fenômeno fundamental: sua profunda divisão em termos de classes sociais.
De um lado, estimulados pelo movimento dos direitos civis dos anos 60, uma classe média numerosa, bem-educada e com uma vida relativamente confortável surgiu.
Por outro lado, cerca de um terço dos afro-americanos, inclusive crianças, vivem em situações bem piores nos anos 90 do que nos anos 60.
Aformação desta “subclasse é atribuída a efeitos combinados de uma economia da informação com grandes desigualdades, segregação espacial e uma politica governamental mal conduzida.
A identidade afro-americana
Os negros nos EUA, são precisamente africanos e americanos e sua identidade foi constituída a partir de um povo seqüestrado e escravizado.
Os EUA, para conciliar a evidente contradição entre os ideais de liberdade e a economia escravocrata tiveram de negar a condição humana dos negros, pois a liberdade só poderia ser negada aos não humanos.
Esse ataque impiedoso a condição humana dos negros gerou os princípios fundamentais da cultura negra: invisibilidade e anonimidade.
A cultura negra portanto, teve de aprender a conviver com essa negação sem cair na auto aniquilação.
A desagregação étnica: raça, classe e identidade na sociedade em rede
Todavia, a divisão fundamental introduzida entre os negros pelo sucesso parcial do movimento em defesa dos direitos civis tem transformado este cenário cultural.
O que se esperava, assim como ocorreu com outras etnias, é que os negros constituíssem uma nova identidade, como afro-americanos e pudessem alcançar um novo status social.
A divisão de classes entre os negros, tem criado condições de vida distintas, gerando hostilidade cada vez maior entre os negros de baixa renda com os irmão que os abandonaram.
A desagregação étnica: raça, classe e identidade na sociedade em rede
Negros de classe media tentam se afastar dos guetos e do estigma sobre a cor de sua pele.
Isolam os filhos das comunidades negras de baixa renda, integrando-os em colégios particulares onde predominam os brancos.
Paralelo a isto os guetos vem desenvolvendo uma nova cultura, composta por aflição, raiva e reação contra a exclusão coletiva.
O RAP, produto desta nova cultura, que expressa uma identidade, fundada também nesta tradição racista norte americana e opressão social.
Temas: policia, sistema penal, crime, escolas como área de conflito, Famílias madrecêntricas, gangues, violência, etc.
A desagregação étnica: raça, classe e identidade na sociedade em rede
Como é possível admitir que, em uma sociedade que a todo minuto lembra os negros de sua condição de negros, os próprios negros estejam passando por experiências de vida tão distintas, a ponto de não serem capazes de compartilhar , portando –se ao invés disso, de forma cada vez mais violenta contra outros negros?
Nas trincheiras dos guetos e nas diretorias das empresas, a identidade histórica afro-americana esta se fragmentando e se individualizando, sem estar contudo integrada a uma sociedade aberta e multirracial.
Raça é um fator muito importante, mas dificilmente se pode dizer que seja ainda capaz de construir significados.
 Identidades Territoriais: a comunidade local
Um dos mais antigos debates da sociologia urbana diz respeito ao desaparecimento da comunidade, primeiro em razão da urbanização e depois por causa da suburbanização.
As pessoas se socializam e interagem em seu ambiente local, seja ele a vila, cidade, subúrbio e formando redes socias entre seus vizinhos.
As pessoas resistem ao processo de individualização tendendo a agrupar-se em organizações comunitárias, o que gera um sentimento de pertença e muitos casos uma identidade cultural comunal.
Sendo necessário para isso um processo de mobilização social.
 Identidades Territoriais: a comunidade local
 •Necessidades urbanas de condições de vida e consumo coletivo
 •Afirmação da identidade local
 • Conquista da autonomia política local e participação na qualidade dos cidadãos.
Metas da Mobilização Social; comunidade local
As gangues são velhas conhecidas de diversas sociedades, entretanto há algo de novo nas gangues atuais, caracterizada a construção da identidade como o espelho distorcido da cultura informacional, denominada cultura da urgência.
Trata-se de uma cultura onde tudo tem que ser experimentado, sentido, vivenciado, conquistado, antes que seja tarde demais, pois não existe amanhã.
Será que a identidade dessa nova gangue é a cultura do hiperindividualismo comunal?
Comunal porque para que esse hiperindividualismo se torne uma identidade necessita de um ambiente de valorização e apoio mútuo, uma coluna.
Identidades Territoriais: a comunidade local
Enfim, as comunidades locais, construídas por meio da ação coletiva e preservadas pela memória coletiva, constituem fontes específicas de identidades. Essas identidades, no entanto,consistem em reações defensivas contra as condições impostas pela desordem global e pelas transformações,incontroláveis e em ritmo acelerado. Elas constroem abrigos, mas não paraísos.
Identidades Territoriais: a comunidade local
Conclusão
Para os atores excluídos ou que ofereceram resistência à individualização da identidade nas redes globais, as comunas de cunho religioso,nacional ou territorial parece ser a principal alternativa na construção de significado em nossa sociedade.
São características estas comunas por:
 - são reações a tendências sociais dominantes;
 - constituem identidades defensivas; 
 -são construídas culturalmente
A etnia, não necessariamente resulta no estabelecimento de comunas.
Conclusão
Essas comunas culturais, são comunidades construídas, porém materialmente construídas em torno de reações e projetos determinados por fatores históricos e geográficos.
Reagem a três ameaças fundamentais: 
 -globalização; dissolve a autonomia. 
 -formação de redes; abre as fronteiras;
 -crise patriarcal.
Conclusão
Tais reações defensivas tornam-se fontes de significados e identidades ao construírem novos códigos culturais a partir da matéria- prima fornecida pela história.
Deus, a nação, a família e a comunidade fornecerão códigos eternos, dos quais uma contra- ofensiva será lançada contra a cultura da realidade virtual.
Essa forma de construção de identidade gera em torno do principio da identidade de resistência.
Conclusão
A identidade legitimadora entrou em uma crise devido a desintegração da sociedade civil e o desaparecimento gradativo do Estado-nação.
Com efeito, as comunidades culturais, surgem como fontes de identidades.
O fundamentamentalismo islâmico, rompe com a modernidade.
Conclusão
È possível que destas comunas possam surgir novos sujeitos, agentes coletivos de transformação social.
Possam surgir, construindo novos significados em torno da identidade de projeto.
“Quando o mundo se torna grande demais para ser controlado, os atores sociais passam a ter como objetivo fazê-lo retornar ao tamanho compatível com o que podem conceber” (Castells.Manuel,1999)
O maior desafio do psicólogo, nesta sociedade em rede, talvez seja, construir junto com as pessoas alternativas para uma melhor forma de entender e lidar com este mundo globalizado.
Conclusão
CASTELLS,Manuel. O Poder da Identidade, 5ª edição.São Paulo: Editora Paz e Terra, 2006.
Referência

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