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UC: 410 UC : 41024 _ eFólio B _ Turma 02 de 2015/ 16 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Elites e Movimentos 
Sociais 
 
 
Professor Doutor João Ca etano 
Cecilia do Céu Leal da Rocha 
Nº 1202746 
 
 
https://imagens2.publico.pt/imagens.aspx/344462?tp=UH&db=IMAGENS&w=749 
 Elites e Movimentos Sociais 
Cecília Céu Leal Rocha * Nº 1202746 
2 
 
Feedback 
Nota 3,8 / 4,00 
Avaliado em Segunda, 13 Junho 2016, 16:10 
Avaliado por 
João Caetano 
Comentários de 
feedback 
 
Muito bem, Cecília! 
Fez um excelente trabalho, que me deu muito gosto ler e corrigir. 
Agora, é só o céu. Continuar a apostar no trabalho honesto - e querer mais! 
Apreciei a apresentação e organização do trabalho. 
Sugiro que o apresente nas Jornadas de Ciências Sociais - se não for este, que seja o outro (de Direito 
Comunitário). 
Só falta o p-fólio, que haverá de correr bem. :) 
Abraço. 
João Caetano 
============================================================================= 
 
Contagem de palavras: Q. 1 (878) / Q. 2 (527) / Q. 3 (542) = 1947 palavras (total) 
Exponha desenvolvidamente e por palavras suas a tese da “repolitização” da sociedade civil, referindo-se 
em particular ao papel dos novos movimentos sociais face aos limites evidenciados pela política 
institucional. Fundamente a sua resposta tomando como exemplo as circunstâncias que estiveram na 
origem e no desenvolvimento do movimento ecologista. 
 (…) o lugar é em nada um espaço idílico, mas sujeito às mais variadas tentativas de definição 
e imposição. E no lugar que se concretizam, na modernidade, os confrontos entre grupos e 
facções; é no lugar que se concretiza a sociedade civil (Spink, 2000: 9 apud Alves, 2004). 
A vida social, económica e política, imediatamente a seguir ao fim da Segunda Guerra Mundial, na 
Europa, foi marcada por um grande consenso relacionado com as vantagens do Estado do bem-estar 
liberal democrático (ou “Welfare State”1), que apostou na proteção social dos mais desfavorecidos e 
na melhoria das condições materiais de vida dos cidadãos. Esses objetivos foram alcançados com 
recurso a uma distribuição mais justa da riqueza e a uma aposta na concertação social envolvendo os 
trabalhadores e seus representantes na definição de políticas públicas de cariz económico, diminuindo 
 
1 Para uma explicação mais detalhada do “Welfare State” ver Stock et al. (2005: 229). 
 Elites e Movimentos Sociais 
Cecília Céu Leal Rocha * Nº 1202746 
3 
assim o conflito e a animosidade político-social (Stock et al., 2005: 231). De acordo com alguns 
autores 2 tudo isto originou uma melhoria das condições de vida dos cidadãos e levou a uma 
“suavização” das ideologias e à diminuição das desigualdades entre classes. Verificou-se, no entanto, 
um desinteresse pela política e um “progressivo abstencionismo eleitoral”, tendo surgido várias teses 
acerca da “despolitização da sociedade”3 (Idem, 230) onde se verificava essa falta de interesse na 
política. Contudo, esta situação não se prolongou por muito tempo e no final dos anos 60 do século 
XX, aquilo a que alguns autores se referem como contraculturas, viriam a originar uma “repolitização 
da esfera privada, à fusão do campo politico e não político da vida social e também á discussão da 
dicotomia (…) entre o estado e a sociedade civil” (Idem, 233), com matrizes diferentes e baseada na 
estrutura da sociedade dessa época. Podemos dizer que a política não desapareceu, apenas mudou a 
forma de atuar e de se expressar. Os movimentos sociais que surgiram, na altura, atestam essas 
mudanças (Idem, 233-234). 
Por outro lado, podemos igualmente considerar que as “limitações” da democracia representativa, que 
por vezes aparece “restrita” meramente aos sufrágios eleitorais regulares e ao domínio dos partidos 
políticos “instalados” (“partidocracia” ou “partidos-cartel”) (Pasquino, 2010: 191-192), levaram à 
emergência dos movimentos sociais. 
Segundo Claus Offe (1940- ), assistimos então a uma “repolitização” da sociedade civil alicerçada em 
três aspectos: o reforço das atitudes participativas; o surgimento de novas formas não-institucionais e 
não-convencionais de participação política (“new participation demands”); e o surgimento de novos 
problemas ou questões políticas, económicas e sociais (“new issues demands”) (Offe, 1992 apud Stock 
et al., 2005: 234). 
Neste sentido, os meios de comunicação social assumem grande importância como forma de expressão, 
de propaganda e de reivindicação. Os atores da política então existente eram incapazes de acompanhar 
estas mudanças, onde as pessoas exigiam intervenção e participação, surgindo deste modo os (novos) 
movimentos sociais. Podemos diferenciar duas teorias: a) as que indicam que a “repolitização” 
provocou crises nos governos e nos sistemas políticos existentes no Ocidente; b) as teorias que dizem 
que a sociedade foi “repolitizada” sem ser condicionada pela política tradicional e utilizando os novos 
movimentos sociais da época (Idem, 234). Os novos movimentos sociais que surgiram na segunda 
metade do século XX tiveram tal importância que muitos deles ainda existem atualmente. 
 
2 Designadamente Raymond Aron (1905-1983), John Kenneth Galbraith (1908-2006), Edward Shils (1910-1995), Maurice 
Duverger (1917- ), Daniel Bell (1919-2011) Seymour Martin Lipset (1922-2006), ver Stock et al. (2005: 230-231). 3 Para uma 
análise mais profunda da tese de “despolitização” ver Stock et al. (2005: 230). 
 Elites e Movimentos Sociais 
Cecília Céu Leal Rocha * Nº 1202746 
4 
Procurando caracterizar o “movimento ecologista”, Castells considera que este movimento surge da 
necessidade da “preservação da natureza, sob as suas mais diversas formas, esteve presente na origem 
do movimento ambientalista nos Estados Unidos” (1999:144). Este movimento “nasce” então como 
uma intervenção coletiva que luta abertamente para melhorar o meio ambiente evitando a má utilização 
e/ou abuso do mesmo. Trata-se de lutar por uma questão coletiva através de atores coletivos que ficam 
representados em todos os estratos sociais; são causas e valores que interessam a todos. De salientar 
ainda que estes novos movimentos sociais têm a característica de procurar soluções de forma pacífica 
sem recorrer a meios violentos e assim tentam chegar à opinião pública, modificando-a e exercendo 
pressão junto ao poder instituído, utilizando os meios de comunicação social e as tecnologias de 
informação e comunicação atualmente disponíveis (Juris et al., 2012: 33). Nos anos 80 do século XX, 
as mais importantes organizações ambientalistas, fundaram uma aliança conhecida como o “Grupo dos 
Dez”3 (Idem, 145). Hoje a maior organização ambiental do mundo é a Greenpeace4 que populariza a 
problemática ambiental com ações pacifistas e orientadas para a comunicação social a fim de superar 
fronteiras e fazer chegar a sua mensagem a todos. 
“A reivindicação, por parte do movimento, em defesa da justiça ambiental e contrária 
a substancias tóxicas, de um Estado com maior autonomia para estabelecer 
regulamentações a corporações e que preste contas ao público e não às grandes 
empresas parece totalmente adequada e, possivelmente, constitui base para uma 
reivindicação ainda mais importantes, de que o poder do Estado sobre as corporações 
seja reafirmado e expandido, sendo exercido em função do bem-estar social e 
principalmente do bem-estar dos mais vulneráveis” (Epstein apud Castells, 1999: 147). 
De salientar que Juris et al. (2012: 23-24)falam da evolução dos “velhos” movimentos sociais, do 
século XIX e muito ligados às questões laborais em meio fabril, para os “novos” movimentos sociais, 
da década de 60 do século XX ligados a contraculturas, e mais recentemente para os “novíssimos” 
movimentos sociais, organizados em redes globais e “ciberculturas” que extravasam as classes sociais 
e que procuram uma “alter-globalização”. 
 
Com base no seu conhecimento pessoal e na informação recolhida na internet, em livros ou em revistas, 
caracterize o movimento “15M”, surgido em Espanha, atendendo aos elementos da definição de 
movimento social elaborada por Donatella Della Porta. 
 
3 Para conhecer as organizações que fundaram a aliança, ver Castells (1999: 145). 
4 Para conhecer a história da Greenpeace consultar: http://www.greenpeace.org/portugal/pt/greenpeace/historia-da-greenpeace/ 
 Elites e Movimentos Sociais 
Cecília Céu Leal Rocha * Nº 1202746 
5 
Segundo Donattela Della Porta “os movimentos sociais são redes de grupos e de indivíduos, que 
formam uma identidade coletiva, que possuem uma certa organização, que desenvolvem uma ação 
extra-institucional, que surgem do conflito com os seus oponentes. E que para além da dimensão social 
podem ser movidos por preocupações fundamentalmente politicas, económicas, culturais e religiosas” 
(apud Stock et al., 2005: 248). 
Procurando analisar o movimento “15-M”, podemos dizer que este é um movimento “não-oficial”, que 
desponta da relação entre vários indivíduos que decidem agir perante a situação de dificuldade que se 
encontrava Espanha, em 2011, e que foi designado por alguns meios de comunicação espanhóis como 
“Movimiento 15-M”, “Indignados” ou “Spanish revolution”. 
A génese destes movimentos resulta da reunião informal de várias pessoas com os mesmos interesses 
e inquietudes através das redes sociais. Aos poucos, esta organização “quase espontânea” vai crescendo 
e adquirindo um grande número de adesões. Della Porta destaca que a singularidade desta forma do 
protesto é conseguida através das “redes de interação informais” (Della Porta apud Stock et al., 2005: 
247), mediante as quais se consegue uma boa organização dos movimentos sociais. 
“Da Av. da Liberdade em Lisboa, Porta do Sol em Madrid, à Praça da Constituição em 
Atenas, Praça dos Mártires no Cairo, ou Praça da Independência de Kiev, pela sua 
acessibilidade à rua é uma tribuna democrática a que se juntou no papel divulgador, 
mobilizador e dinamizador das redes (nomeadamente Facebook, Twitter ou YouTube)” 
(Alves, 2014: 15). 
Della Porta ao definir Movimento Social fala dum “sistema de crenças e convicções” (apud Stock et 
al., 2005: 247). Foi este “sistema de crenças e convicções” (Idem) que uniu os cidadãos para lutar 
contra o poder político que não nada fazia para melhorar a situação económica, financeira e social em 
que ficou Espanha. Essas crenças provocaram solidariedade e união entre todos e permitiram a 
identificação geral de “indignados” onde todos propõem transformações e possíveis soluções aos 
problemas da sociedade no momento. 
No jornal espanhol El Pais pode ler-se: “Los españoles confían mucho más en los movimientos sociales 
que en los políticos” (apud Alves, 2014: 19). É óbvio que tudo isto é fruto das tensões e conflitos 
assinalados por Della Porta, as injustiças levam a conflitos e isto provoca a convicção de que as coisas 
podem se os cidadãos se juntaram no âmbito do “15-M”. Através destas “redes” foi possível concentrar 
um elevado número de pessoas nas praças principais de Barcelona e Madrid e, através do poder das 
redes de comunicação e informação, os organizadores conseguiram que houvesse manifestações 
semelhantes noutros países da Europa. 
 Elites e Movimentos Sociais 
Cecília Céu Leal Rocha * Nº 1202746 
6 
Vários líderes de opinião, nomeadamente o conhecido sociólogo Manuel Castells, estavam no 
acampamento de Barcelona para falar das relações de poder e das redes de comunicação social e desta 
forma os partidos políticos, sentiram-se pressionados. No movimento “15-M” foram observadas 
grandes habilidades comunicativas. Este movimento continua a existir, não morreu! Existe uma 
continuidade, como disse Castells (2012) “el poder está en nosotros, en nuestras mentes” e tal facto 
implica uma mudança social necessária para melhorar a vida dos europeus em geral. Embora os 
manifestantes dos “15-M” sejam um grupo heterogêneo, podemos considerar este movimento como 
um exemplo claro de “novo movimento social”. 
 
Identifique as duas principais linhas de investigação sobre os novos movimentos sociais, caracterizandoas 
de forma sumária, indicando os principais autores representativos de cada corrente e comparando-as 
criticamente, realçando os pontos que têm em comum e clarificando o que as separa. Na sua resposta, 
tenha em consideração os movimentos sociais antinucleares, quer nos E.U.A, quer nos diferentes países 
da Europa, em particular no que toca ao diferente sucesso que têm obtido na mobilização da população 
e na obtenção de apoios junto dos agentes políticos, e procure evidenciar de que forma as mencionadas 
linhas de investigação podem ajudar a compreender este fenómeno. 
“O sentido das suas reivindicações não é o de chegar a um acordo negociado com o poder 
instituído, mas sobretudo o de fazer a defesa de princípios indiscutíveis. Daí que, variadíssimas 
vezes, a ação dos movimentos de natureza sócio-politica se baseie em princípios antinómicos: 
sim/não, eles/nós, vitória/derrota, agora/ou nunca, desejável/indesejável” (Ferreira, 1995: 475) 
 
A investigação sobre os movimentos sociais surgiu através do contributo dos diferentes autores que 
estabeleceram as teorias e paradigmas existentes. Para compreendermos melhor esta realidade 
podemos distinguir duas grandes linhas de investigação: 1) as teorias clássicas e 2) as teorias 
contemporâneas, as primeiras orientam-se para o estudo dos movimentos sociais tradicionais e as 
segundas procuram analisar os novos movimentos sociais (Stock et al., 2005: 261). 
De entre as teorias clássicas podemos encontrar (Idem, 261-272): 
- Teoria psicossocial do comportamento coletivo como fenómeno patológico: o 
comportamento das massas é irracional, obedecem aos líderes que as manipulam5; 
- Teoria das tensões estruturais: os movimentos sociais têm carácter negativo e devem ser 
reabsorvidos o mais depressa possível6; 
- Teoria do conflito: as tensões existentes são necessárias e até desejáveis7; 
 
5 Onde se destacou Gustave Le Bom, Tarde, Sighele e autores da “Escola Elitista Italiana” como Vilfredo Pareto e Robert Michels (Stock 
et al., 2005: 261-262). 
6 Os autores mais relevantes são Neil Smelser e Talcott Parsons (Stock et al., 2005: 262-266). 
7 Como principais cultores surgem Max Weber, Simmel, Raymond Aron, Coser e Dahrendorf (Stock et al., 2005: 266-269). 
 Elites e Movimentos Sociais 
Cecília Céu Leal Rocha * Nº 1202746 
7 
- Teoria da privação relativa: ocorre uma situação de privação por parte de um grupo e isto 
origina movimentos sociais8; 
- Teoria da sociedade das massas: os movimentos sociais surgem para satisfazer necessidades 
das massas, de tipo comunitário, pois sem eles as relações entre as pessoas são quase nulas, 
uma vez que os indivíduos se encontram isolados9. 
No que concerne às teorias contemporâneas devemos referir (Idem, 273-300): 
- Teoria da ação coletiva: rompe com o comportamento coletivo como fenómeno patológico, 
defendida na teoria psicossocial do comportamento coletivo, e remete para o comportamento 
racional do ator e as motivações individuais11; 
- Teoriada mobilização de recursos: os movimentos sociais como uma realidade “normal” e 
não têm conotação negativa. Os membros dos movimentos sociais estão conectados 
socialmente e não são10; 
- Teoria da estrutura de oportunidades políticas ou teoria do processo político: define-se 
oportunidades e recursos, mas não se especifica cada um destes conceitos. Os movimentos 
sociais surgem dependendo das oportunidades políticas11; 
- Teorias da identidade coletiva: define-se movimento social como o ator que ajuda a formar a 
identidade ameaçada pelas sociedades em transformação e modernização. Apresenta a 
vantagem de concebem a identidade social de acordo com o grupo e tenta ter em conta as 
perspetivas psicológicas e sociológicas12; 
- Teorias dos novos movimentos sociais: segundo Stock et al. estes movimentos “são ações 
coletivas de carácter sociopolítico, construídas por atores sociais pertencentes a diferentes 
classes e camadas sociais” (2005: 287) e onde existe a procura de uma democracia 
participativa que defenda a paz entre os povos. De entre estes novos movimentos podemos 
enumerar: os pacifistas, os antinucleares, os feministas, os ecologistas, os de defesa das 
minorias étnicas e sexuais, entre outros13. 
No caso dos movimentos sociais antinucleares o cerne da questão são as plataformas nucleares que 
podem conduzir à guerra e/ou à degradação ambiente. Neste sentido, a ação destes movimentos procura 
alterar as políticas públicas e influenciar a tomada de decisões por parte dos governantes, seja no 
sentido de conseguir o desarmamento nuclear ou de desmantelar os reatores nucleares existentes. De 
 
8 Entre os autores mais proeminentes podemos encontrar Hyman, Merton, Davies, Fienstein e Gurr (Stock et al., 2005: 269-270). 
9 William Kornhauser e Ortega y Gasset destacam-se como os cultores mais significativos (Stock et al., 2005: 271-272). 
11 Mancur Olson e Gordon Tullock serão os autores mais significativos (Stock et al., 2005: 273-275). 
10 Como autores mais importantes surgem Oberschall, McCarthy e Zald e Tilly (Stock et al., 2005: 275-280). 
11 Eisinger e Tilly, Sidney Tarrow, Doug McAdam e Hanspeter Kriesi são os principais defensores desta teoria (Stock et al., 2005: 
280283). 
12 Tajfel, Turnes e Klapp são os promotores mais destacados desta abordagem teórica (Stock et al., 2005: 283-285). 
13 Os mais importantes cultores são Ronald Inglehart, Alain Touraine, Alberto Melucci e Clauss Offe (Stock et al., 2005: 285-300). 
 Elites e Movimentos Sociais 
Cecília Céu Leal Rocha * Nº 1202746 
8 
salientar que face à enumeração anterior estes movimentos sociais são simultaneamente antinucleares, 
pacifistas e ecologistas. 
______________________________________ 
Bibliografia: 
Alves, Carlos M.J. (2004) “O Envolvimento Democrático dos Movimentos Sociais” Observatório Político, 
Working Paper #41 - http://www.observatoriopolitico.pt/wp-content/uploads/2014/03/WP_41_CA_548.pdf 
acedido em 10-05-2016 
 
Castells, Manuel “Na acampada de Barcelona 15-M”. Vídeo http://www.youtube.com/watch?v=v7q_TRbNHk 
acedido em 10-05-2016 
 
Castells, Manuel (2012) “Nexos – El poder en la era de 
 las redes sociales”: http://www.nexos.com.mx/?p=14970 acedido em 11-05-2016 
 
Castells, Manuel (1999) “O Poder da identidade. A Era da Informação: Economia, Sociedade e Cultura. V 2.” 
São Paulo: Paz e Terra 
ftp://ftp.ige.unicamp.br/pub/aulas_profa_leda/Castells,M.%20O%20poder%20da%20identidade.%20Cap%20 
3.pdf acedido em 10-05-2016 
 
Ferreira, J.M.C. et al (1995) Sociologia. Lisboa: McGraw-Hill 
 
Imagem de Capa: https://imagens2.publico.pt/imagens.aspx/344462?tp=UH&db=IMAGENS&w=749 
 
Juris, Jeffrey S et al. (2012) “La globalización alternativa y los novísimos movimientos sociales”, Revista del 
Centro de Investigación Universidad La Salle, vol.10, nº137, enero-junio, pp.23-39. 
http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=34223328002 acedido em 10-05-2016 
 
Pasquino, Gianfranco (2010) “Curso de Ciência Política”. Cascais: Princípia 
 
Stock, Maria José et al. (2005) Velhos e Novos Actores Políticos: Partidos e Movimentos Sociais. Lisboa: 
Universidade Aberta.

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