Eugenia e higienismo

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Eugenia
Durante toda a história da humanidade, diversos povos eliminavam de seus grupos pessoas que nasciam com deficiência, má formação e também doentes. Em 1883 nasceu o termo Eugenia, criado por Francis Galton, que dizia que quanto mais pura e mais forte a raça, melhor ela será. 
Ele observou que filhos de homens talentosos com boas profissões geralmente seguiam a carreira de seus pais. Esses mesmos passavam características para seus filhos e, assim, seguia enquanto os pobres geralmente continuavam pobres. 
Diversos países tinham como objetivo impedir a reprodução de pessoas que possuíam doenças hereditárias e exterminar portadores de doenças físicas e mentais. Um grande exemplo de eugenia foi na Alemanha Nazista, onde nazistas almejavam extinguir as raças humanas ditas inferiores deixando apenas as raças nórdicas, que eram consideradas superiores. Resultando no Holocausto. 
Na década de 20 a eugenia estava em ascendência, não só na Europa e nos Estados Unidos mas também no Brasil. Em 1918 foi fundada a primeira sociedade de eugenia do país. Em 1929 aconteceu o primeiro congresso de Eugenismo realizado na cidade do Rio de Janeiro.
Em 1931 foi criada a Comissão Central de eugenismo com os seguintes objetivos: 
Manter o interesse dos estudos relacionados a questões eugênicas; 
Disseminar o ideal de regeneração física, psíquica e moral do homem; 
Prestigiar e ajudar as iniciativas científicas humanitarianas relacionadas à eugenia;
Higienismo
O higienismo surgiu entre os séculos XIX e XX quando médicos e sanitaristas refletiam sobre epidêmicos de algumas doenças que aumentavam as estatísticas de mortes entre populações urbanas. 
Eles verificavam que tanto no trabalho como na vida pessoal da população faltavam aspectos positivos de higiene e ausência de saneamento básico, que contribuíam com a disseminação de doenças. Sendo assim, adotaram-se condutas higienistas para atingir melhor nível de saúde e levar aos necessitados uma forma de vida mais digna.
A cura da raça: Eugenia e higienista no discurso médico sul-riograndense nas primeiras décadas do século XIX 
-livro do autor gaúcho Éder Silveira
No livro, o capítulo 1 nomeado artefatos, tem por objetivo apresentar os becos entre a cultura e a ciência, sendo a biologia a principal ciência do período, uma vez que se caracteriza como fonte germinal para a concepção eugênica.
Capítulo 2 nomeado contatos, apresenta as teorias científicas sobre o racismo e a forma como os padrões sociais e culturais do país construíram um desafio de acordo com as lógicas do pensamento europeu.
Capítulo 3 nomeado conexões, indetifica as concepções eugênicas e higienistas no Rio Grande do Sul. Para Silvio Romero, Nina Rodrigues e Oliveira Vianna, essa região era a realização de um "projeto de arianismos tropical", por apresentar rápido branqueamento racial. Esse processo era também visto com negatividade, visto que a intensa miscigenação levaria a um desequilíbrio regional, o que poderia levar a independência do Rio Grande do Sul.