INTRODUÇÃO AMOSTRAGEM

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INSTITUTO LUTERANO DE ENSINO SUPERIOR DE ITUMBIARA – GOIÁS CURSO DE BACHARELADO EM QUÍMICA
ANDRADE JOSE DOS SANTOS ANJOS
ERNESTO FELIX SANTANA
JEAN FERREIRA DA SILVA
LUANA ALMEIDA MARTINSTHAIS GOMES DA SILVA
RUSKAYA CHRISTINNY ARAÚJO SANTOS
THAIS GOMES DA SILVA
Itumbiara 
2018
INSTITUTO LUTERANO DE ENSINO SUPERIOR DE ITUMBIARA – GOIÁS CURSO DE BACHARELADO EM QUÍMICA
ANDRADE JOSE DOS SANTOS ANJOS
ERNESTO FELIX SANTANA
JEAN FERREIRA DA SILVA
LUANA ALMEIDA MARTINSTHAIS GOMES DA SILVA
RUSKAYA CHRISTINNY ARAÚJO SANTOS
THAIS GOMES DA SILVA
Trabalho apresentado dentro da disciplina de Tratamento de Efluente do Curso de Bacharelado em Química, do Instituto Luterano de Ensino de Itumbiara, Goiás, com a finalidade de obtenção de pontuação. 
Professor (a): DªJoyce Rover Rosa
Itumbiara
 2018
INTRODUÇÃO
	A amostragem é de fundamental importância no que diz respeito à avaliação e controle de contaminação das águas, sendo constituída não somente da coleta das amostras para analise, mas envolvendo etapas que vão desde o planejamento da amostragem até a interpretação dos dados que irão permitir que decisões sejam tomadas no que diz respeito às exigências de tratamento da área, caso contaminada, e do controle de fonte de contaminação.
	Entende-se por amostra como uma porção limitada de material tomada do conjunto selecionada de forma que possua as características essenciais do dado conjunto. Desse modo, o processo de amostragem é a série sucessiva de etapas operacionais especificadas para assegurar que a amostra seja obtida com a necessária condição representatividade.
	O plano de amostragem objetiva definir as atividades de manuseio, coleta, transporte, preservação, assegurando a obtenção de todas as informações necessárias de forma precisa e com menor custo. Um plano de amostragem deve ser fundamentado em informações preliminares e programadas, visando a máxima eficiência. Um bom planejamento deve incluir os pontos de amostragem, tipos de amostradores, números de amostras a serem coletadas, volume das amostras, tipo de amostra, número e tipo do frasco de coleta, tempo de estocagem, métodos de preservação da amostra .
	Frente ao exposto, o presente trabalho tem como objetivo a elaboração do plano de amostragem para analise do efluente de uma indústria de tintas.
AMOSTRAGEM DE EFLUENTE LÍQUIDO
	Ao retirar-se uma amostra espera-se que a mesma reproduza os dados sobre as condições reais do efluente gerado no processo, sendo o mais representativo possível. Para essa condição seja assegurada, a pessoa responsável pela coleta da amostra deve conhecer todo o processamento industrial e o funcionamento das unidades geradoras de efluente que possam interferir nas características do despejo.
	A representatividade e a confiabilidade do plano de amostragem dependem fundamentalmente da seleção criteriosa dos parâmetros que serão analisados, pontos de coleta, utilização corretas das técnicas de coleta e preservação da amostra. As analises de efluentes líquidos são importantes devido a necessidade de avaliar o possível impacto do seu lançamento em curso de água e na rede pública coletoras de esgoto. Tal fato exige que a indústria mantenha registros e controle de todas as atividades de monitoramento, para que possam ser implementadas as medidas corretivas e/ou preventivas para o controle da qualidade ambiental.
	Os efluentes em uma indústria, além dos esgotos domésticos, podem ser compostos por efluentes do processo produtivo, água de refrigeração, lavagem de equipamentos, lavagem de pisos externos. O tipo de indústria e o conhecimento do processo produtivo permitem conhecer a origem do efluente e dos materiais contidos nele. 
PLANEJAMENTO DE AMOSTRAGEM DE EFLUENTE
	Para a elaboração do plano de amostragem devem-se considerar aspectos como o objetivo da avaliação, localização da indústria, tempo de amostragem, pontos de retirada de amostra, vistoria previa do local, conhecimento do processo produtivo, parâmetros a serem analisados no efluentepara avaliação de atendimento à legislação ambiental de controle de poluição das águas.
	Ao escolher os locais de amostragem é preciso considerar que as vazões afluente e efluente do sistema são de fundamental importância para a carga poluidora e consequente avaliação da eficiência do sistema de tratamento; o ponto de amostragem deve ser representativo e com turbulência de modo que se obtenha uma boa mistura, evitando locais situados a montante de vertedores devido à sedimentação de sólidos; local de fácil acesso.
	Tendo definido os pontos de amostragem e os parâmetros a serem analisado, énecessário definir o tipo de amostra, o período e a frequência da amostragem para que então possa ser detalhada a organização e a execução dos trabalhos. A coleta pode ser realizada manualmente ou com auxílio de amostrador automático, podendo ser amostras simples ou compostas.
	A amostra simples é indicada para caso onde a vazão e a composição do efluente não apresentam significativas variações quanti e qualitativas e que por meio de uma única amostra já seja possível obter todas as informações desejadas do efluente.
	Já é amostra composta é adotada para possibilitar a minimização do numero de amostras a serem analisadas, principalmente quando há grande variação do volume de vazão e/ou da composição do efluente.
	A vazão e o tempo podem ser utilizados como base para a composição das amostras de amostras compostas. Quando o tempo é a base da composição, um volume fixo é retirado de amostra é retirado do efluente, em intervalos de tempo fixos. Recomenda-se esse tipo de composição em casos em que a variação da frequência da vazão é conhecida e o intervalo entre as vazões seja o menor possível. Porém quando a base da composição é a vazão, os volumes das alíquotas devem ser proporcionais as variações das vazões instantâneas do efluente.
	
FLUXOGRAMA DA PRODUÇÃO DE TINTAS
Fonte: os autores.
RESÍDUOS GERADOS NO PROCESSO DE FABRICAÇÃO DE TINTAS
Resíduos provenientes de etapas de limpezas com solventes empregados em processos de produção de tintas
Efluentes líquidos provenientes de etapas de limpeza ou materiais cáusticos gerados em processos de produção de tintas
Lodos provenientes do tratamento de efluentes líquidos originados no processo de produção de tintas
Lodos ou poeiras provenientes do sistema de controle de emissão de gases empresados na produção de tintas
Lodos e lavagens aquosas, alcalinas ou com solventes, provenientes de etapas de limpeza de tubulações, e equipamentos utilizados para a formulação de tintas a partir de pigmentos, secantes, sabões e/ou estabilizantes contendo cromo ou chumbo
Resíduos de tintas e/ou borra de tintas
Resíduos de papéis contaminados: sacarias, caixas de papelão
Resíduos de metais contaminados: tambores, latas, baldes, contêineres
Resíduos plásticos contaminados: baldes, bombonas, IBC (contêineres)
Resíduos de madeiras contaminados: pallets
Resíduos de limpeza
PLANO DE AMOSTRAGEM
TIPO DA AMOSTRA
Simples(somente um ponto de coleta)
QUANTIDADE DA AMOSTRA
1 LITRO(Quantidade para realizar teste de laboratório para posteriormente realizar em grande escala)
COLETA
Uma das grandes preocupações dos profissionais atuantes em amostragem consiste em que as amostras coletadas sejam perfeitamente representativas do ambiente estudado e que mostrem a situação ambiental ocorrente durante a amostragem. Portanto, uma amostra mal preservada também fornecerá resultados analíticos, mas esses não serão representativos do ambiente, e assim, não terão validade nenhuma para avaliação ambiental.Os tipos de frascos mais utilizados no armazenamento e que será utilizado neste plano de amostragem são de amostras são os de plástico, vidro borossilicato e do tipo descartável; sendo estes últimos empregados quando o custo da limpeza torna-se muito oneroso.
PARÂMETROS QUE DEVERÃO SER ANALISADOS 
pH, Temperatura, DQO, DBO, Turbidez, Nitrogênio.JUSTIFICATIVA DA ESCOLHA DESTES PARÂMETROS
Muitas empresas possuem, como resultado de seus processos, efluentes que devem ser destinados de alguma maneira. Aquelas que não encontram soluções ecológica e economicamente mais adequadas (como a simbiose industrial), optam pelo descarte deste efluente em corpos d’água.
Porém, existem parâmetros que devem ser atendidos para que o lançamento dos efluentes seja efetuado e a evidência de que estes parâmetros são realmente atendidos é obtida através de análises. Para análise de resíduos gerados na indústria de tintas selecionou os seguintes parâmetros: 
pH: é uma forma de medir a quantidade de íons H+ em uma solução. Todos os seres vivos apresentam melhor desempenho em determinadas condições ambientes. No caso dos microorganismos responsáveis pela autodepuração do corpo d’água, uma mudança significativa no pH do meio pode afetar seu metabolismo de tal forma que a autodepuração seja significativamente afetada.
Temperatura: Temperatura é a grandeza que caracteriza o estado térmico de um corpo ou sistema. Ela representa o grau de agitação das partículas de água e, quanto maior esta agitação, maior a temperatura. A temperatura pode afetar a quantidade de oxigênio dissolvido na água. Quanto maior a temperatura, menor a quantidade de oxigênio nela dissolvido. Isto também pode afetar o metabolismo dos microorganismos presentes no corpo d’água. Por isso, a temperatura do efluente deve ser controlada para o descarte.
DQO: A Demanda Química de Oxigênio (DQO) representa a quantidade de oxigênio necessária para a degradação da matéria orgânica por processos químicos. Analogamente à DBO, uma DQO alta representa que é necessária uma grande quantidade de oxigênio para a degradação da matéria orgânica. As análises de DQO são mais rápidas do que as de DBO, e os resultados normalmente podem ser obtidos em 2 horas. Por isso, a DQO é um parâmetro mais utilizado para fins operacionais. É importante ressaltar que a DQO é sempre maior que a DBO. Isto acontece porque a DBO está relacionada apenas à matéria biodegradável, enquanto a DQO está relacionada a qualquer material presente no meio que possa sofrer uma oxidação.
DBO: A matéria orgânica presente na água pode ser degradada de duas formas: biologicamente ou quimicamente. A Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO) representa a quantidade de oxigênio necessária para a degradação da matéria orgânica por processos biológicos. Uma DBO alta representa que é necessária uma grande quantidade de oxigênio para a degradação da matéria orgânica. Ou seja, uma DBO alta significa que há grande quantidade de matéria orgânica no efluente. Uma baixa DBO pode representar: Ausência de poluição; Ausência de microorganismos de compositores; Os microorganismos decompositores estão incapacitados de decompor a matéria orgânica.
Turbidez: é uma medida do espalhamento de luz produzido pela presença de partículas coloidais ou em suspensão. A turbidez é um parâmetro indicador da possível presença de argila, silt, substâncias orgânicas (Ex: húmus) ou inorgânicas (Ex: óxidos) finamente divididas, plâncton e algas. Indicando, por exemplo, o risco de entupimentos de filtros e tubulações.
Nitrogênio: O nitrogênio é nutriente essencial a diversos processos metabólicos, e são muito utilizados na agricultura para enriquecimento do solo. Como nutriente, o nitrogênio é consumido por organismos para seu desenvolvimento. Porém, o excesso destes nutrientes em um corpo d’água provoca um crescimento exagerado no número de organismos, causando mudanças nas propriedades físicas, químicas e biológicas do meio, levando a perdas em sua produtividade e biodiversidade. Este fenômeno é conhecido como eutrofização. 
Os teores determinados nas amostras analisadas são comparados aos padrões de estabelecidos, os quais são determinados por resoluções legais, que dão subsídios aos laboratórios na expedição de seus laudos.
FREQUÊNCIA DA ANÁLISE
	Parâmetros
	Frequência da análise
	pH
	Diária
	Temperatura
	Diária
	DQO
	Mensal
	DBO
	Bimestral
	Turbidez
	Mensal
	Nitrogênio
	Bimestral
FINALIDADE
REFERÊNCIAS
BRANDÃO, Carlos Jesus et al. Guia Nacional de Coleta e Preservação de amostras: águas, sedimentos e efluentes líquidos. Companhia Ambiental do Estado de São Paulo. São Paulo: CETESB; Brasília: ANA, 2011. Disponível em: <http://arquivos.ana.gov.br/institucional/sge/CEDOC/Catalogo/2012/GuiaNacionalDeColeta.pdf> Acesso em 07 de Março de 2018.
FRIZOLA, Heloisa Ferreira. Manual de Procedimentos de Coleta de Amostras em Áreas Agrícolas para Análise da Qualidade Ambiental: Solo, Água e Sedimentos. Jaguariúna: Embrapa Meio Ambiente, 2006. Disponível em: <https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/129660/1/2006OL-008.pdf> Acesso em 07 de Março de 2018.
LIMA, Endrigo Pereira. Planos e Técnica de Amostragem. Centro Federal de Educação Técnica de Pelotas. Pelotas – RS, 2006. Disponível em: <http://www.vetorial.net/~regissp/amostra.pdf> Acesso em 07 de Março de 2018.
Manual Técnico para Coleta de Amostras de Água. Estado de Santa Catarina. Ministério Público. Centro de Apoio Operacional do Meio Ambiente.