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Uso da Madeira na Construção Civil

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HISTÓRICO
	As estruturas de madeira existem desde os primeiros tempos de vida do homem. A madeira, sendo leve, resistente, fácil de talhar e aparecendo com abundância em comprimentos e diâmetros variáveis, deu ao homem a possibilidade de abandonar a caverna, construindo inicialmente cabanas cuja estrutura resistente era constituída por ramos e canas e cobertura realizada de folhas aglomeradas com argila ou então colmo ou peles. A mais elementar estrutura de madeira surge a seguir, com a forma de dois paus cravados no solo e ligados nas extremidades superiores por elementos vegetais fibrosos, como o vime, por tiras de pele.
	A necessidade de cobrir espaços cada vez mais amplos torna a estrutura mais complexa: pelas inclinadas exigem um apoio intermédio, surgindo assim as escoras e o contranível, uma peça horizontal. O travamento no sentido longitudinal era assegurado por duas madres e por uma fileira ao nível do cruzamento das peças inclinadas.
	A arte de carpinteiro é anterior à de pedreiro, que só surge quando o homem decide fracionar a pedra em blocos facilmente manuseáveis quem sobrepostos, davam longas paredes resistentes. Antes ainda do emprego da alvenaria o homem utilizou o adobo, acamando facilmente a argila com a água.
	Durante muitos séculos foi o carpinteiro o artífice mais importante na construção das edificações. Desde as habitações às primeiras fortificações, com os seus meios de defesa (pontes levadiças, catapultas, etc.), e os edifícios religiosos, cuja cobertura dos mesmos e estruturas das torres trouxeram problemas de vão e de forma de resolução dificílima, a intervenção do carpinteiro foi primordial.
	Os muitos carpinteiros transmitiam de geração em geração a sua própria experiência somada à experiência anterior, embora baseados no empirismo, os seus conhecimentos sobre características da madeira sobre o comportamento das estruturas, permitiam-lhe realizar, na idade média e nos séculos XVI, XVII e XVIII, verdadeiras obras primas quer do ponto de vista de concepção como de realização.
	As primeiras hipóteses descreviam povoações construídas sobre plataformas sustentadas por palafitas e interligadas por pontes e passarelas. Os homens das palafitas tornaram-se logo verdadeiros mitos.
	Nas últimas décadas, porém, graças a modernas técnicas de análise científica, descobriu-se que na realidade esses povos viviam em terra firme, geralmente em áreas pantanosas, buscando recuperar preciosas terras agrícolas. “As palafitas serviam de proteção contra as enchentes, garantindo certa estabilidade a esses povos nômades”.
CIDADES LACUSTRES
8
USO DA MADEIRA
NA CONSTRUÇÃO CIVIL
	As características da madeira variam muito entre as espécies. Em um exemplo, usando-se a densidade de massa aparente ao teor de 15% de umidade como indicador dessas propriedades, verifica-se que a madeira de balsa, com 200 kg/m3 e a de aroeira, com 1100 kg/m3, são materiais com propriedades físicas e mecânicas totalmente distintas.
	Portanto, na escolha da madeira correta para um determinado uso, devem-se considerar quais as propriedades e os seus respectivos níveis são requeridos para que a madeira possa apresentar um desempenho satisfatório. Esse procedimento é primordial, especialmente em países tropicais onde a variedade e o número de espécies de madeiras disponíveis na floresta são expressões de sua biodiversidade. 
10
	Os principais grupos de usos na construção civil, com seus componentes, foram organizados em uma Classificação Geral de Usos na Construção Civil, como segue:
Construção civil pesada 
• Externa 
Estruturas pesadas, cruzetas, estacas, escoras, pontaletes, portas, pranchas, ripas, vigas. 
• Interna 
Carpintaria resistente em geral, tesouras, terças, vigas, treliças, estruturas, colunas, cruzetas, tábuas, caibros, ripas.
11
	Os principais grupos de usos na construção civil, com seus componentes, foram organizados em uma Classificação Geral de Usos na Construção Civil, como segue:
Construção civil leve 
• Externa e Uso Temporário 
Moirões, pontaletes, andaimes, vigas, tábuas, caibros, caixilhos, guarnições, ripas, sarrafos, formas para concreto 
• Interna 
Decorativa Tábuas, lambris, painéis, molduras, perfilados, guarnições, rodapés, sarrafos. 
Estrutural Vigas, caibros, ripas, sarrafos, alçapões. 
Esquadrias Portas, folha de porta, venezianas, caixilhos, batentes, janelas, sarrafos.
12
	Os principais grupos de usos na construção civil, com seus componentes, foram organizados em uma Classificação Geral de Usos na Construção Civil, como segue:
Assoalho 
Tacos, tábuas, parquetes, blocos, estrados
13
VANTAGENS / DESVANTAGENS
1. Pode ser obtida em grandes quantidades a um preço relativamente baixo. As reservas
renovam-se por si mesmas (...) tornando o material permanentemente disponível.
2. Pode ser produzida em peças com dimensões estruturais que podem ser rapidamente
desdobradas em peças pequenas.
3. Pode ser trabalhada com ferramentas simples e ser reempregue várias vezes.
4. Foi o primeiro material empregue, capaz de resistir tanto a esforços de compressão
como de tração.
5. Tem uma baixa massa volúmica e resistência mecânica elevada. Pode apresentar a
mesma resistência à compressão que um concreto de resistência razoável. A resistência
à flexão pode ser cerca de dez vezes superior à do concreto.
6. Permite ligações e emendas fáceis de executar.
7. Não estilhaça quando submetida a choques bruscos que romperiam ou fendilhariam
outros materiais de construção.
8. Apresenta boas condições naturais de isolamento térmico e absorção acústica.
9. No seu aspecto natural apresenta grande variedade de padrões.
As vantagens do uso da madeira como material de construção, são muitas, nomeadamente:
15
1. É um material fundamentalmente heterogéneo e anisotrópico.
2. É bastante vulnerável aos agentes externos, e a sua durabilidade é limitada, quando
não são tomadas medidas preventivas.
3. É combustível.
4. Mesmo depois de transformada, quando já empregue na construção, a madeira é
muito sensível ao ambiente, aumentando ou diminuindo de dimensões com as
variações de humidade.
5. As dimensões são limitadas: formas alongadas, de secção transversal reduzida.
As seguintes principais desvantagens, que devem ser cuidadosamente levadas em consideração no seu emprego como material de construção:
16
	Estes inconvenientes, como visto, fizeram com que a madeira fosse, em determinada época, suplantada pelo aço e pelo concreto armado.
	No entanto, a madeira somente adquiriu reconhecimento como material moderno de construção, com condições de atender às exigências de técnicas construtivas recentemente implementadas, quando outros tantos processos de melhoramento foram desenvolvidas e permitiram anular as características negativas que a madeira apresenta no seu estado natural:
- a degradação das suas propriedades e o aparecimento de tensões internas
decorrentes de alterações da humidade são anulados pelos processos
desenvolvidos de secagem artificial controlada;
- a deterioração da madeira em ambientes que favoreçam o desenvolvimento de
seus principais predadores é contornada com os tratamentos de preservação;
- a marcante heterogeneidade e anisotropia próprias de sua constituição fibrosa
orientada, assim com a limitação das suas dimensões são resolvidas pelos
processos de transformação nos laminados, contraplacados e aglomerados de
Madeira.
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PRODUÇÃO
ABATE
	Consiste na operação de deitar por terra a árvore. Esta operação deve ser realizada
no Inverno.
	A época do corte não tem influência na resistência mecânica da madeira
produzida, mas tem grande importância na durabilidade. A madeira cortada durante o
inverno seca melhor e mais lentamente, evitando o aparecimento de fendas e rachas que
são vias de acesso para os agentes da deterioração. Além disso, o Inverno corresponde a
uma paralisação na vida vegetativa das árvores, quando contêmmenos seiva elaborada,
amido e fosfato que nutrem os fungos e os insetos destruidores da madeira.
FLORESTA TORAS
19
TORAR
	Consiste na operação de cortar transversalmente em “toros” o tronco
abatido, desramado e despontado (sem a parte superior). Em algumas espécies os toros são
descascados e descortiçados nesta fase.
SERRA FILADEIRA SERRA FITA
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FALQUEJAR
	Consiste na operação de converter um toro em falca, isto é num toro esquadriado
em que a secção é aproximadamente retangular por remoção de quatro costaneiras.
FALCA DE MEIA QUADRA FALCA DE ARESTA VIVA
21
SERRAR
	Esta operação consiste em subdividir um toro ou uma peça de madeira por cortes
longitudinais ou em série. A serração pode ser por exemplo realizada por cortes longitudinais paralelos (desfiar) ou por cortes normais aos aneis de crescimento (serração radial).
SERRAÇÃO NORMAL (DESFIAR)
SERRAÇÃO RADIAL
SERRAÇÃO MISTA
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TIPOS/ ESPÉCIES
ANGELIM-PEDRA 
CARACTERÍSTICAS DE PROCESSAMENTO 
Trabalhabilidade:
Fácil de ser trabalhada.
Acabamento de regular a bom.
É moderadamente fácil de serrar e aplainar
É fácil de pregar, parafusar e permite acabamento satisfatório.
DURABILIDADE / TRATAMENTO
Durabilidade natural: madeira durável a muito durável em relação a fungos apodrecedores; moderadamente resistente a brocas marinhas e resistente a cupins-de-madeira-seca 
USOS 
Construção civil 
• Pesada interna: vigas, caibros 
• Leve externa: pontaletes, andaimes 
• Leve interna, esquadrias: portas, venezianas , caixilhos 
• Leve interna, decorativa: forros, lambris 
• Leve interna, estrutural: partes secundárias de estruturas, ripas 
• Uso temporário: fôrmas para concreto 
Mobiliário 
• Utilidade geral: móveis estândar 
Outros usos: 
• cabos para cutelaria 
• lâminas decorativas 
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CEDRORANA 
CARACTERÍSTICAS DE PROCESSAMENTO 
Trabalhabilidade:
É fácil de aplainar, serrar, pregar e parafusar.
Recebe bom acabamento 
DURABILIDADE / TRATAMENTO
Durabilidade natural: a madeira de cedrorana apresenta durabilidade moderada ao ataque de fungos apodrecedores e cupins. Estudo realizado verificou que a durabilidade desta madeira é inferior a 12 anos de serviço em contato com o solo.
USOS 
Construção civil 
• Leve interna, esquadrias: portas, venezianas 
• Leve interna, estrutural: ripas 
• Leve interna, utilidade geral: cordões, guarnições, rodapés 
• Uso temporário: andaimes, escoramento, fôrmas para concreto 
Mobiliário 
• Utilidade geral: móveis estândar, partes internas de móveis
inclusive decorativos 
Outros usos: 
• lâminas decorativas, chapas compensadas, embalagens.
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CUPIÚBA 
CARACTERÍSTICAS DE PROCESSAMENTO 
Trabalhabilidade:
- Moderada permeabilidade às soluções preservativas tanto óleossolúvel como hidrossolúvel.
- A retenção de preservativo oleossolúvel é de 200 kg/m³ a 300 kg/m³ 
DURABILIDADE / TRATAMENTO
Durabilidade natural: em ensaios de laboratório a madeira de cupiúba demonstrou ter alta resistência ao ataque de fungos e cupins. Apresenta resistência a fungos apodrecedores e cupins-de-madeira-seca, entretanto não é resistente aos xilófagos marinhos. A durabilidade desta madeira é superior a 12 anos de serviço em contato com o solo. 
USOS 
Construção civil 
• Pesada externa: postes, pontes, mourões, cruzetas, esteios, escoras 
• Pesada interna: vigas, caibros, 
• Leve externa: caibros, caixilhos, guarnições, ripas, sarrafos 
• Leve interna, estrutural: ripas, partes secundárias de estruturas 
Outros usos: 
• cabos de ferramentas 
• transporte 
• embarcações 
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JATOBÁ 
CARACTERÍSTICAS DE PROCESSAMENTO 
Trabalhabilidade:
- Moderadamente fácil de trabalhar, pode ser aplainada, colada, parafusada e pregada sem problemas.
- Apresenta resistência para tornear e faquear. O acabamento é bom. Aceita pintura, verniz e lustre.
DURABILIDADE / TRATAMENTO
É considerada altamente resistente aos térmitas e fungos de podridão branca e parda, mas susceptível aos perfuradores marinhos. Em contato com o solo apresentou vida média inferior a 9 anos sendo considerada moderadamente durável; já em ensaios de laboratório apresentou resistência média a alta ao ataque de organismos xilófagos. Em ambiente marinho a madeira de ensaiada foi intensamente atacada por organismos. perfuradores 
USOS 
Construção civil 
• Pesada externa: dormentes ferroviários, cruzetas 
• Pesada interna: vigas, caibros, tesouras 
• Leve externa: caibros, caixilhos, guarnições, ripas, sarrafos 
• Leve interna, esquadrias: portas, janelas, batentes 
• Leve interna, decorativa: guarnições, rodapés, painéis, forros, lambris 
Assoalhos: 
• tábuas 
• tacos 
• parquetes 
• degraus de escada.
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ESTUDO DE CASO
	Acompanhando a evolução, a madeira foi-se adaptando às necessidades do homem tendo neste percurso sofrido vários progressos técnicos e tecnológicos que a tornam um material de potencialidades renovadas na área da construção. Num mercado fortemente tradicional no uso de alvenaria e concreto, essa tendência parece estar a mudar, gradualmente, dadas as vantagens inerentes ao uso da madeira. O desenvolvimento tecnológico da indústria da madeira propiciou o aparecimento e/ou aperfeiçoamento de sistemas construtivos, assim como o surgimento de novos produtos derivados de madeira. O incremento das potencialidades de utilização desta matéria-prima fez com que a industrialização das construções das edificações de madeira despertasse e consigo novos processos de produção surgissem.
Caramanchão - CHICAGO
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SHIGERU BAN
Universidade de Artes de Tóquio
Instituto de Arquitetura do Sul da Califórnia
Escola de Arquitetura da Cooper Union
Prêmio Pritzker 2014
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CENTRE POMPIDOU METZ, FRANÇA
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37
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Catálogo de madeiras brasileiras para a construção civil / [coordenação Augusto Rabelo Nahuz]. -- São Paulo : IPT - Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo.
Vários autores. ISBN 978-85-09-00175-9 1. Construção 2. Madeira 3. Materiais de construção 4. Meio ambiente I. Nahuz, Marcio Augusto Rabelo. II. Série. 
Materiais de Construção 1 - Madeiras 1999, Joana de Sousa Coutinho
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